sexta-feira, 16 de abril de 2010

Serafim


NOME ORIGINAL
Serafín

ESCRITOR
Carlos Daniel González

PRODUTOR
José Alberto Castro

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
88

ANO DE GRAVAÇÃO
1999

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Está en ti

INTÉRPRETE
Marco Antonio Solís

Él es el que nunca se separa de tu vida,
es quien te levanta o te evita una caída,
vino especialmente para hacerte compañía a ti.

Él es quien te lleva a todos lados de la mano,
él conoce aún tu pensamiento más lejano,
tú eres la madera y él, el mejor artesano de ti.

Está en ti, siéntelo, cuando del alma se te escapa ese magico reír.
Está en ti, en tu cantar, en ese sol que te ilumina cada día al despertar,
esté en ti.

Él, la vocecita que tú escuchas de repente,
en tu corazón o un poco arriba de tu frente,
en la voluntad de tu deseo transparente está él.

En esos momentos de difíciles jornadas,
ahí entre los sueños que quedaron en tu almohada,
en la diferencia que hay entre tu todo y nada está él.

Está en ti, siéntelo, cuando del alma se te escapa ese magico reír.
Está en ti, en tu cantar, en eso que sabes te sobra, pero te cuesta expresar.

Está en ti, siéntelo, cuando del alma se te escapa ese magico reír.
Esta en ti, en tu cantar, en ese sol que te ilumina cada día al despertar,
está en ti.


ELENCO

Jordi Landeta: Zezinho

Maribel Guardia: Carmem Quiñones de Salgado

Eduardo Santamarina: Miguel Armendáriz

Jacqueline Andere: Alma de Luz

Enrique Rocha: Lúcio Fernández

Guillermo García Cantú: Raul Salgado

Jorge Arizmendi: Pancho 

Mónica Dossetti: Edith

Miguel Galván: Roque

Mariana Botas: Ana

Consuelo Duval: Lupe

Sergio Guerrero: Xavier

José Roberto Lozano: Edy

Paulina Martell: Lulú

Jessica Valdéz: Lupita

Yurem Rojas: Cachito

Jessica Salazar: Marcela

Eduardo Vaughan: Guampi

Roberto Navarro: Tomás

Alejandra Meyer: Felícia

Alejandra Obregón: Helga

Miguel Pizarro: Joaquim

Eduardo Rivera: João

Eduardo Rodríguez: Bernardo

Rafael Rojas: Enrique

Julio Vega: Aníbal

Luis Xavier: David

Horacio Almada: Leonardo

Manuel Benítez: Lalo

Andrés Bonfiglio: Chaparro

Alvaro Cascano: Evelio

María Alicia Delgado: Cachita

Sergio de Fassio: Reintegro

Javier Herranz: Deny

Alicia Montoya: Cruz

María Morena: Cecilia

Juan Carlos "El Borrego" Nava: Calixto Menezes

Arlette Pacheco: Raquel

Rosita Pelayo: Sandy

Ana Luisa Peluffo: Vovó Esther

Aida Pierce: Bárbara

Consuelo Duval: Guadalupe

Andrés Bonfiglo: Chaparro

Raúl Castellanos: Bernie

Cosme Alberto Álvarez: Neto

Manuel Bermúdez: Noé

Guillermo Araujo: Barquetas

René Rodríguez: Tonho

Miguel Martínez: Risitas


PERFIL DAS PERSONAGENS

Zezinho (Jordi Landeta) - é inteligente, audaz e simpático. Sempre ajuda a quem necessita. É sensível, terno e carinhoso, pouco a pouco aprenderá a seguir o que diz seu coração. Mora com a mãe Carmem, o pai Raul e o avô Joaquim. Vivia no céu onde era aprendiz de anjo da guarda. Pode voar e quando está contente canta. É invisível, menos para os que ele deseja fazer-se presente. É muito alegre, travesso e inocente.

Carmem (Maribel Guardia) - é trabalhadora, lutadora incansável. Se apaixonou e casou-se com Raul, mas com o passar do tempo se deu conta que ele não prestava, a maltratava e não amava Zezinho. Ficou decepcionada com o amor, até conhecer Miguel quando sua vida então muda. Não se intimida com nada e defende tudo que ama, com todas as forças.

Lúcio (Enrique Rocha) - é enviado do diabo. Sabe que Serafim está na Terra e deve destruí-lo, tem que evitar que o bem vença e impedirá a todo custo que Serafim retorne ao céu. Sua missão é acabar com os anjos, com a inocência, o amor e a bondade do mundo.

Miguel (Eduardo Santamarina) - é dono de um consórcio. Vive para seu filho com quem não pode ficar muito tempo por causa do trabalho, mas confia cegamente nos cuidados de Helga. Ele tenta superar a morte de sua esposa e encontrar novamente o amor, ao lado de Carmem.

Raul (Guillermo García Cantú) - a única coisa que importa para ele é dinheiro. Faz o que for necessário para conseguir o que quer e não suporta a mulher Carmem e o filho Zezinho. É um interesseiro e obedecendo as ordens de Lucio planeja destruir tudo que é bom.

Enrique (Rafael Rojas) - é supostamente o melhor amigo de Miguel, mas na realidade tem inveja dele e rancor por este ser de classe superior a sua. Não tem moral nem sentimentos, sua obsessão é de ser milionário e conquistar todas as mulheres que passem por ele.

Joaquim (Miguel Pizarro) - sempre quis ser inventor de máquinas sofisticadas que tornariam a vida mais cômoda e divertida. Adora Carmem e Zezinho. É desligado, simpático e de um nobre coração, está completamente envolvido com suas invenções.

Helga (Alejandra Obregón) - se faz passar por estrangeira. Ama Miguel em segredo, mas odeia Xavier por este ser o centro das atenções do pai, vai tentar de todas as maneiras ficar com Miguel e sua fortuna.

Xavier (Sergio Guerrero) - é um pouco antissocial, porque se sente mal de ser tão doente. Quem cuida dele é Helga e seus únicos momentos felizes são ao lado do pai, Miguel. Sua vida muda radicalmente quando conhece Zezinho e Serafim.

Ana (Mariana Botas) - é vizinha de Xavier. Está brigada com os pais pois estão sempre viajando e ela acha que eles não gostam dela. Adora sua avó. Não tem medo de nada e tem sempre algo bom para dizer as pessoas.


INTRODUÇÃO

Serafim foi uma telenovela infantil, onde um anjo de bom caráter, feliz e com muitas qualidades é enviado para viver na Terra de modo a aprender a ser um anjo da guarda.


RESUMO

Serafim é um anjo muito alegre e bondoso, mas com um pequeno defeito: é travesso. Um dia causou um grande problema e mandaram-no à Terra, onde deveria aprender o que falta para se tornar um anjo da guarda. Ao chegar à cidade do México se assusta e, como não sabe o que deve fazer, se esconde numa casa abandonada para pedir ajuda.

Nesta mesma cidade vive Zezinho com sua mãe Carmem, uma mulher trabalhadora que luta para dar o melhor a seu filho; o avô Joaquim, que cria uma série de invenções em seu laboratório com o objetivo de melhorar as condições da família; e o pai de Zezinho, Raul, que não gosta dele e o trata mal.

Contudo, Zezinho é um menino feliz já que conta com um grupo de amigos: Guampi, Cachito, Pancho, Tomas, Risitas e Edy, eles tem um clube só frequentado por meninos, no qual Lulu sonha entrar e fazer parte, com Lupita, a irmã de Edy que deseja ser noiva de Guampi.

Juntos vivem uma série de aventuras e são felizes até que chega para morar no bairro um homem misterioso que se instala com dois ajudantes numa casa abandonada. Seu objetivo é acabar com todos os anjos e meninos que atravessarem seu caminho, pois eles representam a inocência, a amizade e o amor.

Zezinho vai para uma nova escola onde conhece Xavier, um menino rico que apesar de toda a comodidade que há em sua casa, não é feliz, já que vive isolado, por causa dos ataques de asma que sofre. A única amiga de Xavier é Ana, com quem brinca as vezes, quando sua governanta Helga lhe dá permissão.

Helga é muito rigorosa e não deixa Xavier fazer nada, mas suas intenções são outras: quer que o menino seja internado, para que ela possa ficar com a fortuna de Miguel, pai de Xavier. Miguel por excesso de trabalho não fica muito tempo com o menino, a quem ama demais. Ambos sentem falta de Rosália, mãe de Xavier que morreu há algum tempo.

Chega o dia em que o destino une Zezinho e Serafim, que se tornam inseparáveis. Serafim vive em um quarto encantado na casa abandonada, com Côco, um abajour francês; Dimitri, um cabide; Caco, um caminhão e Pensador, um boneco que sempre lhe dá conselhos. Todos os objetos mágicos orientam Serafim sobre o que deve fazer para ajudar Zezinho e a turma, tornando-se assim um anjo da guarda. 

Quando a amizade entre Zézinho e Xavier tem início, os pais, Carmem, a mãe de Zézinho, e Miguel, o pai de Xavier, começaram a se relacionar e logo surge o amor. Mas os vilões não estão de acordo, Raul, pai de Xavier, quer atrapalhar a vida de Carmem e do filho, e a governanta Helga deseja casar-se com o patrão Miguel e ter a fortuna dele.

Com o passar do tempo, Lúcio, o mais perverso dos vilões que deseja destruir o amor e dominar a todos se une a eles para manipulá-los de acordo com seus caprichos e cumprir sua missão. O mal se aproxima perigosamente, e só o amor, a amizade e carinho de todas as crianças, guiados por Serafim, podem salvá-los.

Assim, numa noite fria e tenebrosa, acontecerá o confronto entre o bem e o mal, e mesmo sendo uma luta implacável, todos desejam que Serafim alcance seu propósito: ser um anjo da guarda.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Telenovela: Um olhar do cinema

Muitos acreditam que cinema e televisão são mídias com linguagens muito diferentes, outros dizem que são formas de contar uma boa história. Pensando no assunto, o cineasta José Roberto Sadek escreveu o livro Telenovela – Uma olhar do cinema, onde analisa as telenovelas sob a ótica do cinema, mostrando aspectos das duas modalidades, comparando estratégias e revelando a estrutura dramática que faz da telenovela um fenômeno único.

Quem nunca se encantou por uma telenovela e passou meses e meses acompanhando sua evolução até o desfecho? As tramas e seus personagens inesquecíveis atraem milhões de pessoas para frente da televisão todos os dias. Mas o que justifica esse interesse inabalável, que sobrevive há tanto tempo, mesmo diante de tantas alternativas de entretenimento? A resposta é simples: o antigo prazer de ouvir uma boa história. E a telenovela, segundo Sadek, nada mais é do que uma maneira moderna de contar histórias.

No livro, o cineasta apresenta um trabalho inédito: ele discorre sobre o surgimento dessa modalidade, compara sua estrutura dramática com a do cinema e mostra ângulos pouco conhecidos desse fenômeno de massa da cultura brasileira.

Com base em estudos consagrados sobre as narrativas do cinema clássico, o autor expõe peculiaridades das telenovelas, por exemplo: a correção de rumo durante a produção e os andamentos das tramas; o uso de critérios não-dramáticos, como razões industriais e de mídia, na divisão dos capítulos; e a produção de várias tramas encadeadas e independentes, que constituem um zapping sem mudar de canal. Para corroborar sua tese, ele compara produções marcantes, como O bem-amado, Belíssima e Paraíso tropical, bem como os filmes O cangaceiro, Carandiru e Cidade de Deus, revelando alguns de seus segredos.

Sadek explica que olhar a telenovela com base em paradigmas cinematográficos permite perceber nela características de linguagem atípicas no conjunto dos dramas encenados. Muito dessa originalidade vem da raiz folhetinesca e das histórias contadas em parcelas, das quais As mil e um noites parecem ser a matriz inicial.

Por outro lado, segundo o autor, a telenovela, por ser audiovisual, não se adapta integralmente à sua raiz literária. Em vez disso, agrega condicionantes de produção e de mídia, como o grande peso das emissoras, a influência dos índices de audiência e a atuação dos anunciantes sobre temas e personagens, que não são elementos dramáticos, mas têm participação decisiva no novo padrão de linguagem.

Lembrando que na telenovela se valoriza mais o percurso da história do que a construção dramática, Sadek afirma que outro fator importante, e para o qual uma vertente do cinema contemporâneo está muito atenta, é a evidente mudança de comportamento do espectador, que tem repertório dramático e emocional amplo como jamais foi visto antes da TV, que se acostuma a fazer várias coisas ao mesmo tempo, que zapeia e é capaz de seguir várias histórias concomitantemente e que precisa, cada vez mais, de ações que chamem sua atenção.

Para Sadek, esses componentes foram interferindo e sendo assimilados ao longo dos anos da história das telenovelas. Dessa forma, “amadureceu um paradigma diferente dos anteriores” – do livro, do folhetim, do rádio, do cinema e até da Internet. Por isso, no caso das telenovelas, não há um padrão anterior, mas narrativas sobre as quais elas se apoiaram, e, considerando muitos outros fatores e influências, foram criando e evoluindo seu modo peculiar de contar as histórias.

Sadek esclarece, ainda, que milhões de pessoas alteram seus compromissos para ver as telenovelas, outras organizam suas agendas para estar em frente à TV em determinada hora, e não é por solidariedade teórica ou estética a determinado modelo narrativo. Trata-se de um fenômeno de que dá graça à vida, que proporciona momentos de prazer e de emoção, que permite viver situações que o cotidiano jamais permitiria. Esses novos paradigmas de contar histórias têm simplesmente a única, complexa e delicada intenção de agradar a essa multidão todos os dias.

Ao tratar do cinema e da telenovela com profundidade teórica e abundância de exemplos práticos, José Roberto Sadek vai muito além do óbvio e nos ensina a entender as diferenças e semelhanças de formas narrativas que, a despeito da origem comum, são particularizadas pelos distintos suportes tecnológicos e as respectivas formas de recepção que esses suportes determinam. O olhar cinematográfico que Sadek lança sobre a telenovela serve, também, para nos ajudar a entender o próprio cinema, afirma Bráulio Mantovani, roteirista de cinema, responsável pelo roteiro de Cidade de Deus e Tropa de Elite, que assina o prefácio do livro.

José Roberto Sadek graduou-se na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e na Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie. Fez especialização na Tisch School for the Arts, Universidade de Nova York, com uma bolsa Fulbright. É mestre e doutor em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou como diretor de fotografia em filmes e programas de TV, e depois passou a atuar como diretor de filmes. Diretor da TV Educativa do Ministério da Educação (TV Escola) por quatro anos, escreveu algumas séries de programas e foi diretor-geral de dezenas delas. Ex-consultor do Banco Mundial, passou pela TV Cultura e pela Fundação Roberto Marinho e foi superintendente do Instituto Itaú Cultural, além de consultor de projetos de Educação para Sebrae, Sesi e CNI. É secretário-adjunto da Cultura da cidade de São Paulo desde 2004.

Os filmes que se tornaram telenovelas

Ao contrário do que ocorreu quando levaram histórias da televisão para o cinema, a telona se mostrou mais que ciumenta quando se tentou adaptar alguns filmes clássicos, transformando-os em telenovelas, gerando severas críticas contra seus realizadores e intérpretes.

Uma das produções realizadas com esta ideia, foi uma adaptação para minissérie de Nosotros los pobres, protagonizada por Alberto Vázquez e Lupita Lara nos papéis principais, que anteriormente haviam sido representados por Pedro Infante e Blanca Estela Pavón. A direção foi, inicialmente, do próprio Ismael Rodríguez, que propôs à Televisa a realização deste projeto, mas o abandonou por não se sentir cômodo com a forma de trabalhar nesse meio, que é totalmente diferente do cinema.

Outro experimento que se realizou dentro desta vertente foi Telemecánica nacional, dirigida por Luis Alcoriza, baseada no filme Mecánica nacional, protagonizada por David Reynoso, Lucha Villa (que havia interpretado a mesma personagem do filme na década de 70), e Jorge Ortiz de Pinedo.

Finalmente, podemos mencionar Quinceañera (Quinze anos), que foi, talvez, a única das produções que obteve êxito ao passar do cinema para a televisão. O segredo do sucesso foi, seguramente, sua adaptação literária e também social, já que seus escritores fizeram uso dos problemas que dominavam a juventude mexicana nesta época, durante a segunda metade da década de 80.

As telenovelas mexicanas que chegaram ao cinema

Depois de a televisão ter entrado na vida diária das famílias mexicanas, o cinema começou a experimentar certa ausência por parte do público de classe média em suas salas, motivo pelo qual se deveria planejar como levar à telona, grandes produções que atraíssem essas pessoas que, por sua fascinação diante da novidade, e também pela economia, preferiam ficar nas salas de seus lares vendo seriados norte-americanos, ou as populares, já nessa época, telenovelas.

De fato, foram estas que se apropriaram por completo da atenção do público, já que se tinha a comodidade de se observar, na comodidade de sua casa, a atuação de consagrados atores do cinema, agora interpretando personagens e situações que duravam vários dias e sem nenhum custo.

Foi assim que, logo depois de se transmitir os melodramas na televisão, os produtores e realizadores do cinema já começavam a trabalhar as versões em 35mm dessas histórias, que, repito, estavam roubando audiências.

A primeira telenovela que chegou à televisão mexicana, Senda prohibida, foi convertida ao cinema, com um elenco completamente diferente do que se tinha visto na telinha de cristal, encabeçada, nesse momento, por Silvia Dérbez, Héctor Gómez, entre outros.

Gutierritos, a segunda telenovela realizada no México, também foi adaptada para o cinema, respeitando, nesse caso, seu elenco original, liderado por Rafael Branquells e María Teresa Rivas; o outro caso contrário ocorreu com Teresa, onde o protagonista no cinema foi interpretado pelo espanhol Fernando Rey. A propósito, este filme teve participação na edição de 1959 do Festival de Cannes com excelente resposta por parte do público e da crítica.

Foi na década dos anos sessenta, que o cinema mexicano dedicou grande parte de suas produções à realização de versões cinematográficas de telenovelas exitosas, mas com algumas modificações em seus elencos.

Cabe mencionar, por exemplo, Corona de lágrimas, dirigida por Alejandro Galindo, onde Prudencia Griffell foi substituída por Silvia Dérbez. De fato, a rainha do melodrama, como chamavam Dérbez, também protagonizou a versão em 35mm de Cruz de amor, interpretando uma personagem que havia sido planejada para Sara García, para a edição televisiva, mas esta não a pôde interpretar.

Por sua vez, Silvia Dérbez foi substituída por Silvia Pinal para edição cinematográfica de María Isabel, de Francisco Curiel, filmada em 1967, da qual se realizou uma sequência, chamada El amor de María Isabel, rodada em 1968, também sob o comando de Curiel.

No que se refere a atores, Julio Alemán substituiu Enrique Lizalde na edição cinematográfica de Corazón salvaje, uma da histórias que mais foi apresentada ao público.

Outro dos personagens que foram deslocados da televisão ao cinema foi Chucho el roto, ainda que nesse caso, primeiro se apresentou no cinema, depois na rádio, depois na televisão, para voltar ao cinema em uma trilogia: La vida de Chucho el roto; El inolvidable Chucho el roto e Los amores de Chucho el roto.

Entre algumas adaptações para o cinema que foram baseadas em telenovelas, pode-se mencionar, ainda, El derecho de nacer, La mentira, Rubi (que foi interpretada por Irán Eory), Simplemente María, Yesenia, Doña Macabra e El amor tiene cara de mujer.

Uma vez que a telenovela havia aumentado sua capacidade de produção, os produtores cinematográficos perderam seu interesse em fazer este tipo de adaptação.

As últimas histórias produzidas originalmente para televisão, e que foram adaptada para a telona, foram mal recebidas pelo público, que já estava acostumado às grandes produções cinematográficas estrangeiras, e sua mentalidade estava mais aberta a outro tipo de ideias.

El maleficio 2, dirigida por Raúl Araiza, tentou apresentar uma nova aventura de Enrique de Martino, personagem muito popular na década dos anos 80, interpretado por Ernesto Alonso que teve como companheira Lucía Méndez e atores como Eduardo Yáñez, Armando Araiza e Sergio Giménez, entre outros, alcançando, simplesmente, maus comentários diante da péssima utilização de efeitos especiais e um péssimo argumento, tratando de competir com títulos estrangeiros como O exorcista e A profecia.

Uma das últimas delas foi Más que alcanzar una estrella, terceira parte do projeto Alcanzar una estrella, com Eduardo Capetillo e Mariana Garza como casal principal, criado e produzido por Luis de Llano Macedo. A segunda parte da história, foi também apresentada em telenovela, e, para finalizar, foi filmada esta versão, na qual participaram alguns atores da novela.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amigos para sempre


NOME ORIGINAL
Amigos x siempre

ESCRITORAS
Palmira Olguín, Irma Ramos e Martha Olaiz

PRODUTORA
Rosy Ocampo

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
115

ANO DE GRAVAÇÃO
2000

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Amigos x siempre

INTÉRPRETE
Belinda e Martín Ricca

Si te sientes triste, y todo anda mal
debes de ponerte siempre a pensar
que tienes a un amigo en quien puedes tú confiar,
tú y yo siempre juntos, no nos detendrán.

Tú eres la persona que me ayudará
es nuestro destino el que nos apoyará
a que tú y yo, amigos por siempre
encontremos un gran final.

Eres alguien en quien confiar
vamos juntos, vamos ya
buscando la felicidad.

Ven y acércate un poco más,
amigos por siempre hasta el final,
luchando por la libertad.

Tú y yo siempre juntos, sin mirar atrás,
esa es la manera de alcanzar la libertad,
toma ya mi mano, tienes que confiar
debes de ponerte siempre a pensar
que tú y yo, los dos, amigos por siempre
lucharemos por un lugar.

Eres alguien en quien confiar,
vamos juntos, vamos ya
buscando la felicidad.

Ven y acércate un poco más,
amigos por siempre hasta el final,
luchando por la libertad.

Contra el muro debes luchar,
amigos por siempre.
Amigos por siempre,
contra el muro debes luchar.

Tú y yo hasta el final…
Tú y yo amigos siempre…

Eres alguien en quien confiar,
vamos juntos, vamos ya
buscando la felicidad.

Ven y acércate un poco más,
amigos por siempre hasta el final,
luchando por la libertad.

Eres alguien en quien confiar,
vamos juntos, vamos ya
buscando la felicidad.

Eres alguien en quien confiar,
vamos juntos, vamos ya
buscando la felicidad.

Ven y acércate un poco más,
amigos por siempre hasta el final,
luchando por la libertad.

Eres alguien en quien confiar,
vamos juntos, vamos ya
buscando la felicidad.

Ven y acércate un poco más,
amigos por siempre hasta el final,
luchando por la libertad.


ELENCO

Belinda: Ana Capistran Vidal

Martín Ricca: Pedro Vidal

Adriana Fonseca: Melissa Escobar

Lourdes Reyes: Melissa Escobar (Substituta)

Ernesto Laguardia: Salvador Vidal Ruvalcaba

Carmen Montejo: Júlia Ruvalcaba de Vidal

Susan Vohn: Laura Vidal Ruvalcaba de Capistran

Christopher Uckermann: Santiago del Valle

Rebeca Mankita: Amanda de Vidal

Odiseo Bichir: Francisco Caspitran

Daniela Mercado: Lourdes Egurrola

Grisel Margarita: Patricia 'Patty' Hernández

Bárbara Ferré: Nina Sanchez Galvão

Oscar Traven: Ernesto Sanchez Galvão

Miguel Santana: Gilberto Sanchez Galvão

Naydelin Navarrete: Renata Sanchez Galvão

Ronald Duarte: Rafael Núñez Zaldívar “Bolinha”

Oscar Larios: João 'Sete Léguas'

Yolanda Mérida: Brígida Escobar

Eugenio Bartilotti: 000

Maripaz García: Elizabeth

Germán Robles: Natanel Güemes

Vanessa Angers: Cláudia Hernández

Marcela Páez: Isabel Egurrola

Juan Carlos Bonet: Xavier Egurrola

Julio Mannino: Marcos

Pablo Velasco: Carlos Egurrola “Carlinhos”

Lucía Guilman: Vitória

Héctor Ortega: Cristiano Ávila

Julio Monterde: Félix

Humberto Dupeyrón: Aurélio

Francisco Rossell: Gonçalo

Gabriel Ramos: Alex

Mariagna Prats: Olga

Oscar Morelli: Máximo

Héctor Gómez: Afonso

Raúl Magaña: Geraldo


PERFIL DAS PERSONAGENS

Ana Vidal (Belinda) - é uma menina triste por conta da morte da sua mãe e pela falta de atenção de seu pai.

Pedro Naredo (Martín Ricca) - filho adotivo de Salvador e Amanda. É um ótimo menino. Viaja com Salvador para o México, onde conhece Ana Vidal.

Salvador Vidal (Ernesto Laguardia) - jovem bonito e de bom caráter. Filho da diretora do Instituto, Júlia Vidal. Depois que perdeu a irmã Laura num acidente de carro vai para os Estados Unidos onde fica por 12 anos. Vive com Amanda e tem um filho adotivo Pedro. Quando sua mãe sofre um ataque do coração, volta para o México. Salvador Vidal é músico.

Melissa Escobar (Adriana Fonseca) - jovem bonita que trabalha no Instituto Vidal como bibliotecária. Tem a mãe paralítica e é namorada do viúvo Francisco Capistrano, pai de Ana Vidal. Vai conhecer Salvador e se envolver com ele.

Júlia Vidal (Carmem Montejo) - diretora do Instituto Vidal, mãe de Salvador e avó de Ana Vidal. Depois que perdeu a filha Laura e seu marido Eduardo, tornou-se uma mulher fria e severa.

Francisco Capistrano (Odiseo Bichir) - mau caráter e ambicioso. Casou com Laura Vidal por interesse. É pai de Ana, mas maltrata muito a menina, culpando-a pelo acidente que matou a mãe. Trabalha no Instituto Vidal. Namora Melissa Escobar.

Amanda Naredo (Rebeca Mankita) - mulher bonita e ambiciosa. Vive no Texas com Salvador Vidal. É a mãe adotiva de Pedro.

Renata Sanchez (Naidelyn Navarrete) - estuda no Instituto Vidal. É uma menina má, vive fazendo maldade a Ana Vidal. Namora Santiago e tem um irmão chamado Gilberto.

Gilberto Sanchez (Mickey Santana) - estuda no Instituto Vidal. É irmão de Renata. É um bom menino mas vive sendo perseguido por Bolinha e Santiago. Tem dificuldade para falar é gago.

Santiago do Vale (Christopher Uckermann) - menino rico, estuda no Instituto Vidal. Namora Renata Sanches. Vive fazendo maldade com os colegas.

João (Oscar Larios) - trabalha no Instituto Vidal, é neto de Cristiano que é porteiro do Instituto. Também é chamado de sete léguas. É um bom menino e gosta de animais principalmente de cavalos.

Patrícia (Grisel Margarita) - aluna do Instituto, é muito amiga de Renata Sanches. As duas vivem aprontando com Ana Vidal.

Bolinha (Ronald Duarte) - o nome do personagem é Rafael Nunes. Estuda no Instituto Vidal e é puxa saco do Santiago do Vale, o amigo rico, por isso faz tudo o que ele manda. Vive sendo pego em fragrante pelo inspetor da escola e sempre se dá mal. O apelido de Bolinha ganhou por ser guloso e gordinho.


INTRODUÇÃO

Em Amigos para sempre acontece de tudo, romances, intrigas, música, aventuras, mas principalmente, verdadeiras lições de amizade e companheirismo.


RESUMO

Dona Júlia é a severa diretora do Instituto Vidal, uma das melhores escolas do país, famosa por sua rigorosa disciplina. Nesse lugar, não é permitido barulho, nem brincadeiras. Mesmo o recreio, é tudo em silêncio, já que meninos e meninas são separados por um grande muro.

Dona Júlia é uma mulher triste e amarga, que deixou de ser feliz desde que seu marido e sua filha Laura morreram.

Laura era casada com Francisco, com quem teve uma filha, Ana. A menina é quieta, solitária e triste, e possui um dom especial, com o qual pode mover objetos e pessoas. Desde a morte de Laura, Francisco passou a namorar Melissa, a jovem é uma bonita bibliotecária da escola.

O outro filho de Dona Júlia é o músico Salvador, que vive com paixão seu papel de pai. Ele adotou Pedro, um menino alegre, ainda que sofra certa rejeição de Amanda, sua mãe. Salvador e sua família vivem no exterior, mas voltam ao seu país para ficar perto da sua família.

Pedro, então, conhece Ana, e pouco a pouco, conquista sua confiança. Salvador e Pedro viram grandes amigos de Ana.

Salvador volta disposto a fazer profundas mudanças no Instituto, e torná-lo um lugar mais agradável para se viver. Em meio a isso, também se apaixonará por Melissa, que corresponde.

As crianças ainda temem a figura do inspetor Natanael, um homem tirano e cruel que torna a vida de todos um inferno.

Melissa, Salvador, Pedro e Ana enfrentarão tanta tirania e infelicidade, buscando a liberdade que tanto precisam para serem felizes. Os quatro provarão o valor da amizade e do amor, tocando o coração de todos ao seu redor, sendo amigos para sempre.


CURIOSIDADES

Belinda Peregrín Schull, a protagonista da trama, foi a grande revelação da telenovela, e o motivo de comparação e rivalidade com Daniela Luján (que mais tarde, em Cómplices al rescate, ficaria com os papéis de Belinda).

Adriana Fonseca, que interpretava Melissa, foi muito criticada pela imprensa mexicana por sua má atuação, e logo disciplinada pelos diretores da Televisa devido ao seu atraso nas gravações, até ser afastada da telenovela, que receberia como substituta a atriz Lourdes Reyes. A personagem ficou fraca e passou a ter menos participação durante os capítulos restantes.

A telenovela sensibilizou o público ao abordar a síndrome de Down, através do ator Pablo Tableros que sofria com com a síndrome na vida real, tal atitude recebeu elogios de alguns críticos da TV Brasileira. Assunto este que, anos depois, seria novamente abordado em outra novela: Páginas da vida, da Rede Globo.


COMENTÁRIOS

Amigos para sempre foi uma novela de genêro infantil, marcada por aventuras, emoções e principalmente lições de amizade. O SBT para arrancar a audiência da novela Malhação, exibiu-a no mesmo horário (17:30). Inutilmente, pois Amigos para sempre alcançava apenas 6 pontos de audiência e sequer conseguia chegar nos almejados 10 pontos. Apesar dos fracassos de audiência, Amigos para sempre foi uma trama bem construída.

Rosy Ocampo veio com tudo nessa novela que foi marcada por lições de amizade, mas também por indisciplina nos bastidores. No geral, Amigos para sempre foi um grande sucesso e teve muita repercussão.

Escalando um bom elenco, Rosy Ocampo experimentou mais êxito em sua carreira promissora, começada com O diário de Daniela. Produzida em 2000, Amigos para sempre contou com o mesmo astro infantil da novela anterior: Martín Ricca.

Muitos foram os destaques do elenco. Ernesto Laguardia foi o protagonista Salvador, esbanjando mais uma vez talento e carisma. Essa era uma área não tão explorada por ele. A partir daí, ele foi nome certo para vários eventos infantis que se realizaram no México.

A primeira atuação de Carmen Montejo também foi marcante. A severa Dona Júlia no final mostrou-se não tão severa assim. Assim como Germán Robles, que viveu o inspetor Natanael, que de vilão assustador tornou-se ídolo da criançada.

Odiseo Bichir foi muito bem aproveitado como Francisco, um vilão inesquecível e diferente. Muito malvado, o maior destaque veio mesmo quando ficou desfigurado e passou a usar uma máscara para esconder seu rosto carbonizado. Quase um Fantasma da Ópera. Foi a grande atuação da novela.

Rosy Ocampo optou por revelar uma nova estrela infantil. Assim, Belinda tornou-se uma grande revelação, e foi aí que começaram as comparações e rivalidades com Daniela Luján. Independente disso, Belinda foi crescendo como Ana, que além da grande solidão que sofria, possuía estranhos poderes sobrenaturais. Podia mover objetos apenas com o olhar. Fantasia permitida, já que se tratava de uma novela de cunho infantil.

Agora quem deixou a desejar foi Adriana Fonseca. Ela vinha tendo uma carreira promissora e finalmente havia ganho um papel de protagonista. Mas sua Melissa passou muito desapercebida. Era nítido que as crianças gostaram muito mais de Salvador do que ela. Com isso, também destaca-se a indisciplina da jovem atriz, que costumava chegar atrasada às gravações da novela. Sua impontualidade chegou ao extremo de perder o vôo durante as gravações na floresta em que os personagens ficavam perdidos. Tudo isso por encontros com Fernando Carrillo, seu namorado na época.

Rosy Ocampo, em uma atitude de dividiu muitas opiniões e causou polêmicas, a tirou da novela, colocando em seu lugar a fraca Lourdes Reyes. Com uma nova Melissa, a personagem passou a aparecer bem menos e a ter menos destaque que qualquer um.

Nas subtramas também houveram destaques infantis, como a vilã infantil Renata que cortou os cabelos em um ato de desespero pelo abandono de seu pai, o vilão Santiago e o problemático Gilberto. Em geral, foi um elenco infantil que marcou muito, pois cada um teve sua história e seu desenvolvimento.

Amigos para sempre sensibilizou e mereceu aplausos ao contar em seu elenco com o menino Pablo Tableros, que sofria de síndrome de Down. O assunto foi tratado na novela sem qualquer preconceito e recebeu elogios até da crítica brasileira, que geralmente ignora as novelas mexicanas. Nessa parte, houveram participações especiais de Arturo Peniche e Karla Alvarez como eles mesmos.

Um dos momentos mais entediantes da novela foi quando as crianças e alguns pais ficavam perdidos na floresta após um “acidente” de avião provocado pelo terrível Francisco. O que no início foi bem aproveitado com bons capítulos cheios de aventura, acabou cansando, pois demorou demais.

Nessa novela, Rosy Ocampo continuou com sua estratégia de aproveitar e lançar as crianças em uma banda. Aqui foi muito válido, pois a história principal nunca foi deixada em segundo plano para vender discos. Aqui ela também deu continuidade à tradição de terminar o último capítulo com um show no Estádio Azteca, que foi um grande sucesso.

Aqui no Brasil, Amigos para sempre conquistou muitos fãs, mesmo não tendo ido tão bem em audiência. O único motivo foi mesmo o horário, afinal era incoerente uma novela infantil ser exibida em uma faixa de novelas denominada Tarde de amor. Se tivesse sido exibida no horário tradicional, com certeza teria sido um grande sucesso.

Amigos para sempre teve uma grande trilha sonora, que por sinal foi um grande êxito de vendas. A música de abertura, Amigos x siempre foi interpretada por Belinda e Martín.

Café com aroma de mulher


NOME ORIGINAL
Café con aroma de mujer

ESCRITOR
Fernando Gaitán

PRODUTOR
Pepe Sánchez

PAÍS DE ORIGEM
Colômbia

NÚMERO DE EPISÓDIOS
175

ANO DE GRAVAÇÃO
1994

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Gaivota

INTÉRPRETE
Sandra Porto

Gaivota que voa longe, voa tão alto,
gaivota que sempre voa atrás de um alvo,
nunca desista, gaivota triste, siga seu canto,
siga seu canto, que eu te encontro em outro lugar.

Estava escrito que um mal de amor, em sua alma, deixa-se a dor,
ingrato amor, cortou suas asas,
ingrato amor, levou seus sonhos…

Um dia essa gaivota que eu vi passar,
e a solidão em suas asas eu vi levar.
Triste gaivota, calou seu canto, deixou seu ninho,
triste gaivota, que eu vi passar.


ELENCO

Margarita Rosa de Francisco: Gaivota / Teresa Soares / Carolina Oliveira

Guy Ecker: Sebastião Vallejo

Constanza Duque: Carmela Soares

Cristóbal Errázuriz: Ivan Vallejo

Silvia de Dios: Lucrécia Vallejo

Alejandra Borrero: Lúcia Vallejo

Dora Cadavid: Cecília Vallejo

Gustavo Corredor: Rafael Vallejo

Gerardo de Francisco: Francisco Vallejo

Myriam de Lourdes: Ângela Vallejo

Guillermo Vives: Bernardo Vallejo

Lina María Navia: Paula Vallejo

Danna García: Marcela Vallejo

Juan Ángel: Dr. Mauro Salinas

Santiago Bejarano: Miguel Teixeira

Oscar Borda: Harold McLein

Claudia Liliana González: Dra. Daniela Reyes

Manuel Busquets: Dr. Jorge Latorre

Andrej Satora: Arthur

Juan Carlos Arango: Aurélio

Alejandro Buenaventura: Dr. Roberto Almeida

Haydée Ramírez: Márcia Fontana

Silvio Ángel: Buitrago

Iván Rodríguez: Reinaldo Perez

Rey Vásquez: Homem da guarita / Porteiro

Luz Dari Beltrán: Josefina

Gloria Amparo Carmona: Leonor

Graciela: Jackeline Henríquez


PERFIL DAS PERSONAGENS

Teresa / Carolina "Gaivota" (Margarita Rosa de Francisco) - mulher desejada por todos, mas nunca se soube que alguém pôde, ao menos, cortejá-la. Tem forte instinto de proteção. No fundo, além de uma dedicada apanhadora de café, Gaivota é uma sonhadora. Sua vida muda ao conhecer Sebastião, pois acredita que nele está a realização de seus sonhos.

Sebastião (Guy Ecker) - apesar de ter um sobrenome de tradição, fortuna e futuro promissor, ele carrega uma incerteza que não o deixa viver em paz. Nunca encontrou uma mulher que o amasse. Sua vida muda quando conhece Gaivota. Imediatamente descobre que ela o completa. Ao mesmo tempo, essa descoberta passa a ser motivo de preocupação para ele, pois em sua cabeça não há nada pior que amar uma mulher errante.

Carmela (Costanza Duque) - mãe de Gaivota. Trabalha na lavoura desde criança. Carmela ensinou a filha a se proteger e se guardar para um único homem. Além da filha, a coisa mais importante na vida para ela são as telenovelas que assiste nas fazendas onde trabalha.

Ivan (Cristóbal Errazuris) - primo de Sebastião. Estudou Economia e Comércio Internacional em Londres. Apesar de ser criado como irmão de Sebastião, com a morte do avô ele percebe que a família se dividiu e que cada um deles tem de seguir seu caminho. Herdou do pai, Francisco Vallejo, e do avô a habilidade para os negócios.

Lucrécia (Silvia de Dios) - noiva de Ivan. Ao longo dos anos, esperou pacientemente que ele terminasse os estudos na Europa. Tem tudo o que Ivan admira em uma mulher: é fina, atraente e sexy. Lucrécia sabe que sua vida ao lado dele não será fácil, mas acredita que poderá dominá-lo.

Lúcia (Alejandra Borrero) - os Vallejo acreditam que ela será a salvação de Sebastião. Não faz o tipo apaixonada, e tem toda a paciência do mundo para conseguir o que quer.

Cecília (Dora Cadavid) - viúva de Otávio Vallejo. Antes da morte de seu marido, era uma mulher calada e dedicada à família. Nunca imaginou que, por causa do testamento do marido, seus filhos entrariam em guerra. Para ela, a única maneira de manter a família unida é invocar o fantasma de Otávio.

Francisco (Gerardo de Francisco) - filho mais velho de Otávio. Herdou a habilidade e a visão para os negócios, além de uma paixão exacerbada pela cultura do café. Pôde se formar no exterior e seus conhecimentos lhe proporcionaram uma carreira com cargos importantes como o de Ministro da Economia. Pretende que seu filho Ivan se encarregue da direção da Cafexport Bogotá.

Angela (Miriam de Lourdes) - mulher de Francisco. Sabe como levar o marido e divide seu tempo entre Nova Iorque e Bogotá. Tem uma intensa vida social, mas nunca descuida dos assuntos da família. Deseja que Ivan tenha um filho, não importa se com Lucrécia ou com outra. Só pensa na herança.

Bernardo (Guillermo Vives) - filho caçula de Francisco e Angela, é quieto e disciplinado. Bernardo é o encarregado de abrir mercado para a Cafexport na Ásia e na África. Sua vida íntima é um mistério. Pouco lhe interessa os termos da herança porque casar-se nunca esteve em seus planos.

Rafael (Gustavo Corredor) - filho mais novo de Otávio. Por ter um grande conhecimento do universo do cultivo e da colheita, sempre é escolhido como representante dos produtores de sua região.

Paula (Lina Maria Navia) - filha de Rafael e irmã de Sebastião. Ela vê a atuação do primo Ivan de maneira fria e entende que as intenções dele são apenas as de se apoderar dos bens que o avô deixou para a família. Nas mãos de Paula, estará a tarefa de proteger o seu futuro, o de seu irmão e o da irmã caçula, Marcela.

Marcela (Dana Garcia) - filha caçula de Rafael. Marcela não se interessa pelo mundo cafeeiro. Ao manter uma visão mais racional, ela vê que tudo em sua família é medido como sacas de café, até mesmo os sentimentos. Apesar disso, descobre que esse mundo também vai devorá-la e que não poderá fazer nada para impedir.

Arthur (Andrej Satora) - namorado de Paula. Conheceram-se em Londres, quando ela terminava seus estudos e ele trabalhava na OIC. Sempre teve uma obsessão: conhecer a terra onde se produz um dos mais saborosos cafés do mundo.

Aurélio (Juan Arango) - foi um homem de confiança de Otávio Vallejo. Não somente na administração da fazenda como também para manter alguns dos segredos do velho. Somente Aurélio sabe, por exemplo, porque Otávio tinha tanta preferência por Carmela.

Jorge (Manuel Busquets) - advogado, foi outro homem de confiança de Otávio. A redação do testamento coube a Jorge Latorre, assim como a tarefa de cuidar de um envelope, cujo conteúdo até ele mesmo desconhece, e que inquieta a família Vallejo.


INTRODUÇÃO

É a história de amor entre uma apanhadora de café apelidada de Gaivota e Sebastião, um jovem de família tradicional. Ele nunca havia se apaixonado e ela sonhava encontrar o príncipe encantado.


RESUMO

Sebastião é neto de Otávio Vallejo, famoso patriarca do café, proprietário de grandes extensões de terra e um dos pioneiros nas atividades de exportação de seu país. Ao longo de 60 anos, o velho Otávio consolidou um grande patrimônio e transformou seu sobrenome em símbolo de poder e de prestígio em todos os setores da sociedade.

A história começa com a morte deste patriarca. Com o ocorrido, toda a família, que vive em diferentes países, reúne-se. Sebastião encontra-se em Londres e decide viajar para a Colômbia a fim de assistir ao sepultamento de seu avô.

A morte de Otávio gera uma briga entre as famílias de seus dois únicos filhos: Francisco e Rafael. No testamento constam cláusulas que exigem que a herança seja administrada exclusivamente por herdeiros homens, uma forma de evitar que os bens saiam das mãos dos Vallejo.

As terras ficam em poder de Rafael, pai de Sebastião, e a empresa exportadora nas mãos de Francisco, pai de Ivan. O testamento diz ainda que com a morte de Rafael e Francisco serão seus sucessores os seus filhos mais velhos, Sebastião e Ivan, que foram criados praticamente como irmãos.

O testamento vai além. Com a morte de Ivan e Sebastião, os filhos deles é que seguirão com os bens da família, o que coloca os dois primos em guerra pelo futuro controle dos bens dos Vallejo.

Ivan tem uma vantagem, pois pode ter mais um filho quando quiser. Ao contrário dele, Sebastião tem problemas de ordem psicológica que o impede de se apaixonar, casar e ter um filho.

Ao tomar conhecimento deste segredo, Ivan se sente seguro e sabe que no futuro serão ele e seu filho os responsáveis pelo controle da grande empresa.

Durante sua breve estada na fazenda, Sebastião ouve um canto que o inquieta e que incomoda toda sua família. É o canto de Gaivota, o canto da bela apanhadora de café que, como sempre, chega na fazenda no mês de outubro em busca de trabalho. A vida de Sebastião muda desde então.

O mesmo acontece com Gaivota ao conhecer Sebastião. Ela acredita que nele está a realização de seus sonhos, e aprenderá em menos de um ano o que não conseguiu saber ao longo de toda sua vida. Mas também logo entenderá até que ponto sonhar pode conduzi-la ao inferno.

Gaivota e Sebastião se amam às escondidas, pois a aristocrática família Vallejo jamais aceitaria o relacionamento. Sebastião, porém, precisa voltar à Londres para terminar seus estudos. Os dois fazem um pacto de se reencontrar dentro de um ano e planejam, inclusive, o casamento.

Mas Gaivota descobre que está grávida e viaja à Europa para encontrar Sebastião. Lá, enganada por uns malandros, que se aproveitam de sua inocência, ela é persuadida a agir como prostituta.

Sebastião volta, um ano depois, para cumprir seu compromisso. Mas ao chegar na cidade ele fica sabendo que Gaivota foi para a Europa e vive como prostituta. Desanimado, casa-se com uma amiga que está apaixonada por ele e aceita dividir sua vida com essa mulher, mas sem envolvimento amoroso.


CURIOSIDADES

Café com aroma de mulher foi uma das telenovelas mais assistidas em todo o mundo, com seus 175 capítulos.

No Brasil, a telenovela foi bem sucedida, teve audiência satisfatória na casa dos 17 pontos chegando a 20 pontos.

O tema de abertura que o SBT exibia não era o mesmo da versão colombiana. O tema no Brasil era a música em português "Gaivota", interpretada pela cantora country Sandra Porto; na Colômbia, o tema era interpretado pela protagonista Margarita Rosa de Francisco, que na vida real é cantora.

Em 2006, a rede mexicana Televisa fez o remake da novela: Destilando amor, exibida às 18h pelo SBT, com índices baixíssimos que fizeram com que o SBT cancelasse a exibição. Oscilava entre 2 e 5 pontos médios.

Foi reprisada entre agosto de 2005 e março de 2006, às 14h15, tendo uma audiência satisfatória com médias entre 8 e 13 pontos. Em seus capítulos finais, chegou a ficar na liderança por alguns minutos.

Margarita Rosa de Francisco e Guy Ecker, protagonistas da trama, ganharam os prêmios Melhor Ator e Melhor Atriz TV y Novelas Colômbia 1995.

Camila


NOME ORIGINAL
Camila

ESCRITOR
Eduardo Capetillo (Baseado na obra de Inés Rodena)

PRODUTORA
Angelli Nesma Medina 

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
90

ANO DE GRAVAÇÃO
1998

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Camila

INTÉRPRETE
Eduardo Capetillo

Esta historia no puede terminar
puntos suspensivos sin un final
es cosa de dos...

Sé que el sol se niega
o no ha querido iluminar
¿Dónde estás Camila?
¿Dónde estás?

Mi amada Camila
te jegas los días
rayando melancolias,
afinas recuerdos
latidos de corazón.

Mi amada Camila
me falta tu vida
para completar la mía,
te quiero y te fallo
no hay suero para el dolor.

Sé que cada beso
es un testigo que lloró.
Mi amada Camila
te pierdo y me pierdo yo.

¿Dónde estás Camila?
¿Dónde estás?


ELENCO

Bibi Gaytán: Camila Flores

Eduardo Capetillo: Miguel Gutiérrez

Adamari López: Mônica Iturralde

Gabriela Goldsmith: Ana Maria Iturralde

Enrique Lizalde: Armando Iturralde

Ignacio López Tarso: Genaro Flores

Myrtha Saavedra: Úrsula

Patricia Martínez: Rosário

Julio Mannino: Inácio

José Luis Montemayor: Rafael

Xavier Ortiz: Rodrigo

Abraham Ramos: Paulo

Lourdes Reyes: Cilene

Victor Noriega: Robin Wicks

Giovan d'Angelo: Lourenço

Rebeka Mankita: Natália Galindo

Kuno Becker: Júlio Galindo

Daniel Guavry: Hérman Galindo

Rafael Inclán: Luiz Lavalle

Indra Zuno: Elisa

Maleni Morales: Mercedes Escobar

Martha Navarro: Hilda

Luis Uribe: Nicanor

Genaro Camarena: Jimenez

Diana Golden: Sílvia

Raúl Magaña: Ivan Almeida

Margarita Magaña: Laura Almeida

Raquel Pankowsky: Glória

Lisette Morelos: Ingrid

Evelyn Solares: Adélia

Ricardo Carrion: Lúcio

Ismael Laarumbe: Robles

Dinorah Cavazos: Ada

Yuvia Charlin: Beatriz

Francesca Guillen: Cecília

Mariagna Pratts: Teresa

Arlette Pacheco: Íris


INTRODUÇÃO

Protagonizada por Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo, esta trama é um remake do grande sucesso Viviana, exibido pelo SBT no ano de 1985. A história Original é de Inés Rodena, mas essa versão foi adaptada pelo próprio protagonista Eduardo Capetillo.


RESUMO

Camila Flores é uma doce camponesa que perdeu os pais muito cedo. Sua criação ficou a cargo de seu avô Genaro. Ele é um grande criador de galos, mas é muito pobre. O maior medo de Genaro é que Camila um dia o abandone e que ela não seja feliz.

Um dia, Camila conhece o advogado Miguel Gutiérrez, ele veio da capital, e logo que vê Camila se impressiona com sua beleza. Ele pede permissão para o avô da garota para que possa visitá-la. Genaro pensa que Miguel em breve vai esquecer sua neta então deixa que Miguel a veja.

Em pouco tempo, Camila e Miguel se apaixonam, motivo pelo qual ele pede a mão da garota em casamento. Genaro, mesmo contra sua vontade deixa que Camila se case.

Na capital, Miguel trabalha na empresa de Armando Iturralde, um homem muito rico de quem Miguel pretende se tornar sócio em breve.

Armando tem uma filha, a bela e caprichosa Mônica. Ela volta da Europa, onde fingia estudar Artes Plásticas, e logo que conhece Miguel, fica obcecada por ele, e, sob o pretexto de não conhecer bem a cidade, pede que ele a acompanhe em todos os lugares. Miguel em sua ambição, aceita.

Mônica, com o fim de agradar Miguel, pede que Armando dê uma promoção a Miguel. Ivan, percebendo as segundas intenções de Mônica, aconselha Miguel a explorar essa amizade para tirar proveito e assim poder oferecer um futuro melhor a Camila.

Miguel e Camila finalmente se casam, mas apenas no civil, ele promete que irá a capital e em breve se casarão com a benção de Deus. Genaro considera muito suspeita a atitude de Miguel, mas como não quer se separar da neta, aceita.

Conforme o tempo passa, a relação de Miguel e Mônica vai de amizade a noivado,já que ela persistiu e usou a influencia do pai, que acreditava que Miguel realmente gostava de Mônica.

Como Miguel percebe que seu casamento com Mônica lhe trará muitos benefícios, envia uma carta a Camila terminando o casamento, alegando que foi um erro da parte dele. O primeiro a ler a carta é Genaro, que ao ler, fica cheio de raiva e decide tirar satisfações. Ao ir para a capital, ele sofre um ataque do coração e morre. Camila, após enterrar e chorar pela morte de seu avô, decide ir a capital para encontrar com seu marido.

Miguel fica surpreso ao ver Camila, e após ela contar o que aconteceu, ele percebe que quem ele ama é a camponesa. Por isso, ele decide terminar com Mônica, mas esta segue com a ideia obsessiva de ter Miguel e não se dá por vencida. Ela acredita que o motivo do rompimento seja a diferença de classes entre eles. Então, ela pede a Armando que ofereça uma sociedade com Miguel. Armando atende aos caprichos de Mônica, desde que eles marquem a data do casamento para formalizar a união. Ivan aconselha a Miguel a não perder essa oportunidade de aumentar seu nível econômico. Miguel então, decide se casar com a filha do patrão.

Camila com um coração dilacerado pela hipocrisia de Miguel foge sem dizer que esperava um filho. Uma forte dor é causada pela traição do homem que ama profundamente, e, destruída, Camila sente uma vontade indomável de prosseguir a vida. Sua vontade de vencer será dificultada, a cada passo, mas o seu amor de mãe para avançar a fará vencer.

Determinada a lutar pelo seu filho, tenta esquecer o homem que, apesar de tudo, nunca deixou de amar.


COMENTÁRIOS

Um remake do clássico Viviana era um projeto que atravessou a década de 90 na Televisa, sem nunca sair do papel. Em 1998, esse projeto se concretizou com a produtora Angelli Nesma Medina, uma das discípulas de Valentín Pimstein, produtor da versão original. Assim nasceu Camila.

Ainda que pesasse ser um remake de Viviana, o grande chamariz da novela foi trazer como protagonistas Eduardo Capetillo e Bibi Gaytán, agora casados (eles já haviam protagonizado juntos Baila Conmigo, onde se apaixonaram). No caso dela, o regresso era mais aguardado, já que estava afastada da TV desde 1994, quando terminou Dos mujeres, un camino. Eduardo, por sua vez, não havia se ausentado das telas por tanto tempo.

O elenco de Camila é com certeza um dos mais fracos já vistos. Poucos nomes conhecidos, apesar de alguns consagrados, que foram justamente os que se destacaram. Foi o caso de Gabriela Goldsmith que brilhou como a abalada Ana Maria, e Enrique Lizalde, como Armando, pais da vilã da história. Curiosamente, os nomes mais consagrados tirando os dos protagonistas, foram mortos no decorrer da história. Enrique Lizalde, aliás, foi o segundo nome cotado para viver Armando, já que René Casados de última hora recusou o papel.

Além deles, houve outros destaques. Arlete Pacheco como a prostituta Íris, uma malvada que teve o castigo merecido, em uma das cenas mais impactantes da novela, quando ela fica desfigurada. Em Camila, se destacaram também três jovens atores foram revelados: Abraham Ramos como Paulo, um jovem bondoso e injustiçado pela mãe, Julio Mannino era o ambicioso Inácio, um malandro que sempre conseguia se dar bem. E Kuno Becker, ainda que mais jovem que Bibi Gaytán para formar um par romântico com ela, destacou-se como Júlio e garantiu futuros trabalhos.

O grande destaque da novela ficou mesmo sendo Adamari Lopez, que provou que tinha talento de sobra para ofuscar qualquer um. A vilã Mônica foi uma das mais detestáveis, e se alguém marcou em Camila, com certeza foi ela. Suas maldades foram inesquecíveis!

Isso se deve ao fato de que a protagonista Camila foi uma heroína “sem sal”, com uma passividade quase irritante. Essa camponesa não tinha nada parecido com os personagens intensos que Bibi havia interpretado em suas telenovelas anteriores. Com isso, mesmo com toda a expectativa do par romântico com Eduardo, Camila e Miguel não foram aproveitados como deveriam ser, já que tiveram poucas cenas juntos do que se espera de um casal principal.

Eduardo Capetillo foi o grande “autor” de Camila. Para começar, ele queria estar na novela, já que é assumidamente ciumento quando o assunto é sua esposa. Depois, exigiu mudanças de seu personagem, que a princípio, parecia mais um vilão (bem como na versão original). Em seguida, quis mais força para seu personagem, já que alegava que Abraham Ramos tinha mais destaque que ele. Continuando, ele quis mudar o tema de abertura, saiu a versão rock da música e entrou a versão pop (segundo ele, combinava mais com a história). Falando em música, houve o lançamento do grupo Ragazzi, que além de atuar, marcou com a música “La luna en tus ojos”, que virou o tema de encerramento da novela.

O mais estranho é que Eduardo não queria que Miguel fosse um “vilão” para Camila, como em Viviana, onde a heroína terminou com o personagem agora interpretado por Enrique Lizalde. Mas, desde o início, Angelli Nesma pretendia de qualquer forma, deixar Miguel e Camila juntos nessa versão, já que eles eram também um casal da vida real. Além disso, muito mais foi mudado da versão original, como a própria morte de Armando, a perda de memória de Miguel, o famoso quadro de Viviana (inexistente em Camila), a transformação da protagonista (ainda que a abertura da novela até indicasse algo parecido).

Camila no Brasil foi a primeira novela com música e abertura originais, uma exigência da Televisa que passou a entrar em vigor nessa época. Outro dado de Camila no Brasil, foi o histórico pico de 21 pontos no último capítulo. O maior pico de audiência alcançado pela Tarde de Amor.

Outra coisa estranha sobre Camila, é que em geral, ela foi considerada uma novela fraca, e mesmo assim, saiu-se muito bem de audiência. Ou seja, apesar de tudo, ainda assim foi um grande sucesso!

Pese o que pesar, Camila foi um êxito, com muitos fãs, ainda que a novela não tenha sido o que se esperava.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 4

CRISTAL (El privilegio de amar)

Foi produzida e exibida pelo SBT com 125 capítulos em 2006, baseada na versão mexicana El privilegio de amar, de 1998, que por sua vez já era um remake da venezuelana Cristal, de 1985, todas originais de Delia Fiallo. A versão brasileira foi traduzida por Henrique Zambelli, com a direção de Herval Rossano, Del Rangel, Jacques Lagôa, Luis Antônio Piá e Mayara Magri com a direção geral de teledramaturgia de Herval Rossano e David Grimberg.

Na primeira fase, em 1984, Vitória, empregada doméstica que trabalhava na casa de dona Luísa, tem uma noite de amor e engravida do filho de sua patroa, Ângelo de Jesus, jovem com vocação religiosa, prestes a ingressar ao seminário. Após ser humilhada por dona Luísa, Vitória é expulsa da casa e Luísa esconde de seu filho a existência da criança. Após dar à luz uma menina, Vitória vê-se obrigada a deixá-la na porta de uma mansão. A menina, porém, é entregue pelo casal da mansão às autoridades e encaminhada para um orfanato, onde é educada por freiras. Cristina, a filha de Vitória, torna-se uma linda jovem, com sólida formação moral.

Passam-se 22 anos e Cristina, interpretada por Bianca Castanho, trabalha num banco, mas sonha ser modelo. Vitória Ascânio, que havia se casado e se tornado uma renomada empresária de moda, não tarda em contratar Cristina para ser sua modelo, sem que as duas conheçam o laço familiar que as une.

Vitória, que nunca esqueceu a filha abandonada, procura Ângelo, hoje um respeitado padre, e finalmente ele toma conhecimento da filha e decide ajudar Vitória a buscá-la. Luísa percebe a reaproximação dos dois e descobre antes deles que Cristina é a filha perdida, porém conta ao filho toda a verdade em confissão, impedido-o de revelá-la a Vitória.

Cristina se envolve com João Pedro, o enteado de Vitória, e acaba engravidando, porém, antes de revelar este fato a João Pedro, é surpreendida por ele que lhe diz que se casará com Marión, sua noiva que voltou do exterior dizendo estar esperando um filho dele.

Decepcionada, Cristina esconde sua gravidez e Vitória, que descobre o envolvimento do enteado com a modelo, a demite da empresa.
Luísa diz a Cristina que quer a guarda de sua filha, revelando a ela que é sua avó, mãe de seu pai, portanto bisavó da menina que nascera, porém, não diz quem são os pais de Cristina. Com a filha recém-nascida e desempregada, Cristina, na mesma situação da mãe antes de seu nascimento, mas com o apoio do Padre Ângelo e de amigos, resistirá à todas as maldades e à ira de Vitória que, no fim, se arrepende de tudo o que fez e descobre que Cristina é sua filha. Esta se casa com João Pedro, e Marión volta para o exterior após descobrirem que ela não estava grávida, que era tudo um golpe por dinheiro.


MARIA ESPERANÇA (María Mercedes)

Produzida e exibida pelo SBT com 97 capítulos em 2007, foi adaptada por Yves Dumont, que se baseou no original Maria Mercedes, de Inés Rodena, escrito em 1992. Contou com a supervisão de texto de Therezinha Di Giácomo, a direção de Henrique Martins, Jacques Lagôa e Luís Antônio Piá, e com a direção geral de Henrique Martins.

Narrava a trajetória de Maria, interpretada por Bárbara Paz, uma garota doce e batalhadora que sustentava sozinha a família, vendendo doces e bilhetes de loteria pelas ruas. Abandonada pela mãe ainda quando criança, vivia com o pai, Ramiro, um alcoólatra, e os irmãos: Guilherme, jovem revoltado e problemático; Isabel, adolescente fútil e ambiciosa; e André, um adorável garoto de princípios e inocente, no fundo o único que valorizava a luta de Maria para manter a família unida.

Sua mãe havia deixado os filhos para tentar ter uma vida melhor nos Estados Unidos, porque odiava ser pobre, ter que aturar um marido bêbado que batia nela e ter que cuidar de quatro filhos pequenos.

Após conhecer Santiago Trajano Queiroz, um homem rico e amargurado que detesta os poucos parentes que tem, principalmente a sua interesseira tia Malvina, a vida de Maria passa por uma melhora.

Santiago, jovem ainda, sofre de um câncer incurável, mas vê sua vida renascer ao conhecer Maria, apaixonando-se por ela, que, sem saber que ele é rico, também apaixona-se. Eles se casam, e logo Maria engravida, porém depois que Santiago revela que casou-se com ela, além de amá-la, para lhe deixar todo o seu dinheiro já que está em estado terminal, ela se assusta e, decepcionada, perde o filho.

Enquanto Malvina é uma mulher ambiciosa, que faz de tudo para conquistar o que deseja, seu filho Eduardo é um rapaz esforçado, que guarda uma triste história – sua noiva foi morta ao sair da igreja no dia do casamento. Entre ele e Maria surgirá uma forte atração, já que Maria, agora, viúva está muito carente.

Maria se torna uma mulher elegante e poderosa, ajudando a todas as pessoas. Seu pai e irmãos passam a ter uma vida melhor, ela ajuda asilos, orfanatos e todo tipo de pessoa, o que desperta a inveja doentia de Malvina, que queria o dinheiro só para ela. Maria e Eduardo enfrentam uma série de problemas e pessoas ao longo desta história, porém conseguem namorar, e Maria engravida.

Certa vez, Maria, reencontra sua mãe, que se aproximará dela para arrancar todo seu dinheiro, juntando-se a Malvina para prejudicar a própria filha, cometendo crimes, mortes, roubos e sequestros. Maria luta muito pela sua felicidade ao lado de seu verdadeiro amor, Eduardo, e juntos com seu filho movem céus e terras para verem Malvina e a mãe de Maria presas por todos os crimes hediondos que cometeram por dinheiro.


AMIGAS E RIVAIS (Amigas y rivales)

Produzida e exibida pelo SBT com 140 capítulos em 2007, foi uma adaptação da mexicana Amigas y rivales, original de Alejandro Pholenz, escrita em 2001. A versão brasileira contou com a adaptação de Letícia Dornelles, a direção de Lucas Bueno e Annamaria Dias e a direção geral de Henrique Martins.

A trama girava em torno da amizade de quatro jovens muito distintas entre si. Laura, uma jovem batalhadora que após ganhar uma bolsa de estudos ingressava em uma faculdade particular, onde conhecia a mimada Helena, filha do todo-poderoso empresário Roberto Delaor.

Helena e Laura logo de cara não se entendem, e com a ajuda de Olívia, sua melhor amiga, Helena aprontam muitas com Laura até que se entendem e tornam-se amigas. Helena, esnobe e fútil, tratava Nicole, sua humilde e sonhadora empregada como lixo. Nicole sonhava em ir para São Paulo e lá tornar-se uma grande estrela.

Em meio a seus romances, seus problemas e suas aventuras, essas quatro amigas, Nicole, Helena, Olívia e Laura entenderam o real sentido da palavra amizade, e que esta não foi sempre um mar de rosas, já que, muitas vezes, para dar certo não adiantava elas serem somente amigas, elas tinham que ser amigas e rivais.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 3

CANAVIAL DE PAIXÕES (Cañaveral de pasiones)

Foi exibida em 118 capítulos pelo SBT em 2003, tendo uma reprise em 2005. Sua produção esteve baseada no texto original de Caridad Bravo Adams, que teve sua versão mexicana, Cañaveral de pasiones, em 1996. A versão brasileira traduzida para o português por Henrique Zambelli e Simoni Boer, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção geral de teledramaturgia de David Grimberg.

Canavial de paixões se passava em São Bento dos Canaviais, onde Clara morava com seu pai, Fausto, sua mãe, Débora, e sua tia, a perversa Raquel, que nutria uma paixão pelo cunhado Fausto. Clara mantinha uma grande amizade com João de Deus, Mirella, e com Paulo, filho do poderoso Amador e da vingativa Teresa. Clara e Paulo sempre foram muito amigos e isso era motivo de ciúmes para João de Deus, que, na verdade, era apaixonado pela amiga Clara e nem percebia que Mirella sua outra amiga era apaixonada por ele.

Teresa sempre acreditou que Débora e seu marido foram amantes, só por causa que no passado Débora e Amador eram namorados, sendo que, na verdade, a verdadeira amante de Amador era Raquel. Paulo e Clara sofriam com as diferenças até que um dia foram separados. Raquel e Amador decidiram fugir, porém sua irmã Débora descobriu e, na tentativa de impedir a fuga, morreu no acidente com Amador, o que fez todos da cidade, inclusive Teresa e Fausto, acreditarem que os dois realmente eram amantes. Com ódio Teresa mandou Paulo para São Paulo, separando-o de Clara.

A volta de Paulo causou grande tumulto ao pequeno povoado, já que João de Deus via no amigo, que, na verdade, era seu irmão, um intruso para seu amor com Clara, o que despertou o ciúme de Mirella, melhor amiga de Clara. Paulo e Clara tiveram de lutar muito para serem felizes, já que Teresa e Regina se uniram contra esta união. Para piorar, Raquel matou Fausto, tornando a vida da sobrinha um verdadeiro inferno.


SEUS OLHOS (La fiera)

Produzida e exibida pelo SBT em 2004, com 173 capítulos, foi baseada no texto original de Inés Rodena, La gata, que teve sua adaptação mexicana com La fiera, em 1983, também exibida pelo SBT em 1992. A adaptação da versão brasileira ficou por conta de Ecila Pedroso, Noemi Marinho, Marcos Lazzarini, Aimar Labaki, Mário Viana e Fábio Torres, com direção de Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, com David Grimberg como diretor geral de teledramaturgia.

Seus olhos contava a história, dividida em três fases, de dois jovens que se amavam. A primeira fase se passava em São Paulo na década de 1980, onde Marina, órfã de pai desde pequena, e, agora com 21 anos, levava uma boa vida ao lado de sua mãe, Edite. Vítor e Tiago eram apaixonados por Marina, que não sabia que Vítor era casado com Elaine e tinha um filho de dois anos, Artur.

Ao morrer, Edite deixa Marina órfã, esta, fragilizada, se entrega a Vítor, mas fica chocada ao saber que o namorado é, na verdade, casado e, imediatamente, termina o romance, se aproximando de Tiago, com quem se casa. Vítor dá um golpe que resulta na falência de sua empresa, Sérgio, o vice-presidente, descobre tudo e, depois de uma briga, Vítor o mata e culpa Tiago pelo ocorrido. Vítor conta para Marina toda a verdade, e, para provar que fez tudo por amor, passa todo o dinheiro que roubou para a filha recém-nascida da moça, Renata. Os dois brigam e, no final, Vítor assassina Marina.

Desesperado, ele procura provas para culpar Tiago, que, mesmo sendo inocente, é julgado e condenado a 30 anos de prisão. Renata é sequestrada por Dirce, uma exploradora de crianças. Rinaldo, mais conhecido como Berro e filho da exploradora, comete um assalto e é preso, fazendo companhia para Tiago na cadeia.

Passam-se oito anos. Renata continua morando com Dirce, que a explora o quanto pode, até que uma assistente social inicie uma perseguição contra esta. Renata faz uma grande amizade com Artur, filho de Vítor e Elaine, que lhe ensina a ler e escrever.

Mais doze anos se passam. Renata e Artur se apaixonam e namoram em segredo. Vítor e Elaine comemoram bodas de prata e na ocasião, Artur finalmente apresenta Renata à família como sua noiva. Elaine enlouquece e expulsa a futura nora de casa. Vítor fica pasmo com a semelhança entre Renata e Marina, e, imediatamente, desconfia que se trata da menina desaparecida há anos. A paixão que Vítor sentia por Marina renasce na figura de Renata. Assim, é formado um triângulo amoroso que envolve Vítor, Artur e Renata. Elaine sente que a história de mais de 20 anos atrás está se repetindo e fará de tudo para não perder Vítor.

Renata passa a morar no loft que pertencia à sua mãe e, quando encontra o retrato que foi tirado na maternidade, aos poucos toma conhecimento da verdade. Ela e Artur terão que superar os problemas e traumas do passado e ultrapassar os obstáculos do presente para terem um romance feliz.


ESMERALDA (Esmeralda)

Foi exibida pelo SBT em 2004 com 198 capítulos. É um remake da mexicana com o mesmo título, produzida em 1997, que por sua vez, foi uma versão da venezuelana Topázio, de 1984, que já era um remake de Esmeralda, de 1970, todas baseadas no original de Delia Fiallo. A versão brasileira foi adaptada por Henrique Zambelli e Rogério Garcia, com supervisão de texto de Therezinha Giácomo. A novela foi dirigida por Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, com direção de teledramaturgia de David Grimberg.

A novela contava a história de duas crianças, uma menina rica, e um menino, filho de um camponês, que nasceram numa noite de tempestade. A menina que parecia ter nascido morta, é levada pela parteira Rosário que, sabendo do nascimento do menino que ficou órfão, troca os bebês, com o consentimento da governanta da Casa Grande.

Ao chegar em casa, Rosário descobre que a menina ainda vive e decide voltar para a fazenda Casa Grande para contar a verdade aos Álvares Real, mas é tarde demais, já que a família tinha deixado a casa para comemorar o nascimento do menino. Sentindo-se culpada, a governanta da fazenda conta à patroa, Branca que trocou as crianças porque sua filha havia nascido morta. Mesmo chocada, Branca cria o menino, José Armando, como um verdadeiro filho, sem que o marido saiba a procedência dele. Rosário cria a menina e, pelo pagamento do parto, recebe um par de brincos de esmeralda, que a leva a dar o nome de Esmeralda à menina.

Vinte anos se passam, e a vida dessas crianças, agora adultas, vão se cruzar. Os Álvares Real voltam à fazenda para passar alguns dias, e José Armando conhece Esmeralda, uma pobre cega que caminha pelas cachoeiras de sua fazenda. Eles se apaixonam, mas o rapaz namora sua prima, Graziela. Além disso, seu pai não aceita que ele ame uma moça pobre e cega como Esmeralda. Mesmo com a proibição, os dois jovens se casam no civil, e Esmeralda faz uma cirurgia nos olhos.

A felicidade do casal é ameaçada pelo maquiavélico Dr. Lúcio Malaver, que conta a José Armando que Esmeralda espera um filho dele. Furioso, José Armando parte para a cidade, deixando Esmeralda grávida. Sofrendo muito, Esmeralda cria o filho sozinha, mas ainda ama José Armando e fará de tudo para tê-lo de volta e provar que seu filho é de José Armando e não de Lúcio Malaver.


OS RICOS TAMBÉM CHORAM (Los ricos también lloran)

Foi exibida pelo SBT em 2005, em 153 capítulos. Baseada no original de Inés Rodena, Los ricos también lloran, de 1979, que também foi exibida pelo SBT em 1982. A história já havia ganhado um remake mexicano, María la del barrio, em 1997. A versão brasileira, porém, adaptada por Aimar Labaki e Gustavo Reiz e Conchi, com supervisão de texto de Marcos Lazzarini, foi praticamente uma história inédita, com partes do enredo inexistentes no texto original. Contou. Ainda, com direção de Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, direção de teledramaturgia de David Grimberg e direção de núcleo de Fernando Rancoletta.

Os ricos também choram, contava a história de Mariana, interpretada por Thaís Fersoza, uma jovem de 18 anos que cresceu livre e solta na Fazenda São José, sem conhecer seus pais. Sua mãe morreu no parto e seu pai, o falecido Coronel Evaristo Martins, dono da fazenda, a jovem nunca soube quem era, assim como não sabia que era sua legítima herdeira.

Ester, esposa do coronel, expulsa Mariana da fazenda e, mais tarde, ao saber que a jovem era filha e herdeira de seu marido, se dedica a tentar anular o testamento, como não consegue, passa a perseguir Mariana com o objetivo de destruí-la.

Após ser expulsa da São José, Mariana chega à Ouro Verde suja e esfarrapada. Lá encontra Bernardo, um jovem ajuizado e responsável, que passa a ser seu protetor; este oferece-lhe um emprego na confeitaria do senhor Salgado. Bernardo apaixonara-se imediatamente pela moça, mas não imaginava que Mariana também era cortejada por outro rapaz, galante e divertido, que mexia com sus sentimentos: seu irmão, Alberto.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 2

O DIREITO DE NASCER (El derecho de nacer)

Apesar de estar gravada desde 1997, essa versão somente foi ao ar pelo SBT em 2001. Baseada na radionovela cubana da década de 40, escrita por Félix Caignet, a versão brasileira foi adaptada por Aziz Bajur e Jayme Camargo e dirigida Roberto Talma. No Brasil, duas versões já haviam sido exibidas anteriormente pela extinta TV Tupi, em 1964 e 1978, respectivamente.

O direito de nascer contava a história da jovem Maria Helena, interpretada por Guilhermina Guinle, que, no século 20 na capital cubana e em uma sociedade moralista, engravida do noivo Alfredo e, diante da recusa do rapaz em assumir o filho, torna-se mãe solteira.

A criança será alvo do ódio do avô, o poderoso Rafael. Após o nascimento, temendo as represálias do velho, a criada negra Dolores foge com o bebê, que batiza como Alberto. Depois disso, desgostosa, Maria Helena se recolhe a um convento, e passa a atender por Irmã Helena da Caridade. Sempre fugindo, Dolores cria o menino e ele, já crescido, forma-se em medicina. O destino leva Alberto, agora interpretado por Jorge Pontual, à família que desconhece, para desespero de Dolores. Albertinho se apaixona, sem saber, por sua prima Isabel Cristina, e acaba salvando a vida do avô que o amaldiçoara no passado.


MARISOL (Marisol)

Marisol, exibida em 2002 em 181 capítulos, e reprisada em 2007 com apenas 60, foi baseada no texto original mexicano de Inés Rodena, de mesmo nome, Marisol, exibida no México em 1996 e que, por sua vez, já era um remake de Marcha nupcial, de 1977. A versão brasileira foi adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção de Antonino Seabra, Jacques Lagôa, Henrique Martins e David Grimberg.

A novela contava a história de Marisol, interpretada por Bárbara Paz, uma sofrida jovem que vivia miseravelmente ao lado de sua mãe Sofia, e além disso carregava consigo um trauma muito grande: uma cicatriz no rosto causada por um acidente na infância que a fazia sentir-se rejeitada por todos. Marisol vendia flores de papel, porém tudo que arrecadava gastava com o tratamento de Sofia, cuja saúde estava cada vez mais debilitada. O pouco que lhe restava era entregue à seu namorado, o inescrupuloso Mário. Contudo, o que Marisol nem imaginava, era que, na verdade, ela era herdeira da imensa fortuna da tradicional família Lima do Vale. No passado, Sofia havia se apaixonado por um rapaz de origem simples e enfrentado o seu pai, o poderoso Augusto Lima do Vale para viver esse amor. Augusto, por sua vez, tinha expulsado Sofia de casa e esta vivia de maneira humilde ao lado de seu amor, que, não aguentando a pobreza em que viviam, a abandonou com Marisol recém-nascida.

Os anos se passaram e Marisol conheceu o jovem milionário Rodrigo Lima do Vale e ambos terminaram por se envolverem. Marisol acabou se cruzando com Augusto, e passou a trabalhar em sua mansão sem saber que ele era seu avó. Rodrigo, que todos pensavam ser filho de Leonardo, irmão de Sofia, era na realidade filho de Amparo e Mariano. Marisol se tornara, portanto, a única herdeira da fortuna dos Lima do Vale. Para preservar sua descoberta, Amparo envenena Augusto a fim de impedi-lo de descobrir a verdade, o que, porém, Amparo não imaginava é que Augusto já havia descoberto tudo e deixado Marisol como sua principal herdeira. Para tirar Marisol de vez do seu caminho, Amparo com a anuência de Leonardo e Mariano, planejaram o assassinato de Marisol, executado por Mário, que pensava que de fato assassinou Marisol. Porém, Marisol não havia morrido e logo voltaria para reassumir seu lugar de direito e vingar-se dos seus algozes, agora como Verônica.


PEQUENA TRAVESSA (Mi pequeña traviesa)

Foi produzida e exibida pelo SBT em 2002 com 133 capítulos, e reprisada em 2005 com 92. Foi baseada no texto original de Abel Santacruz, com tradução e adaptação de Rogério Garcia e Simoni Boer, foi dirigida por Jacques Lagôa, Sacha e Henrique Martins. A versão mexicana, Mi pequeña traviesa, havia sido exibida no México em 1997 e, por sua vez, já era um remake de Me llama Gorrión, produzida na Argentina em 1972.

Pequena travessa contava a história de Júlia, interpretada por Bianca Rinaldi, uma garota de cerca de vinte anos, órfã de mãe que morava com o pai, Rafael, e os irmãos caçulas, Antônio e Daniel, num conjunto habitacional. Com várias qualidades, Júlia era querida por todos, especialmente por dois de seus vizinhos: o bondoso Caio e o ambicioso e mau-caráter Fernando, mais conhecido como Mercúrio, ambos apaixonados por Júlia. Esta, porém, se apaixonava ao conhecer Alberto, um homem bonito, rico, bom-caráter e recém-formado em advocacia. Os dois se conheceram no dia em que Rafael foi atropelado e ficou paraplégico.

Após o atropelamento de seu pai, Júlia decidiu trabalhar para sustentar a família e se interessou por um emprego de office-boy na loja Marcello Fantucci que queria um rapaz para o serviço, Júlia teve a ideia de se disfarçar de homem e voltar à loja e, a partir daí, Júlia vira Júlio e consegue o emprego. Um dia, ao entregar uma encomenda no escritório de George, advogado e pai de Alberto. Júlio aproveita para pedir um emprego de recepcionista, dizendo que é para sua irmã gêmea. Com isso, Júlia passa a trabalhar de manhã no escritório de advocacia e à tarde na loja Marcello Fantucci, como Júlio. A partir do reencontro no escritório, Alberto e Júlia começam um grande amor, que passaria por diversas dificuldades e grandes descobertas.

Para esse ano de 2010, a Televisa produz Niña de mi corazón, um novo remake de Mi pequeña traviesa, exibido desde 8 de março pelo Canal de las estrellas.


JAMAIS TE ESQUECEREI (Nunca te olvidaré)

Produzido e exibido em 120 capítulos pelo SBT em 2003, esse remake estava baseado no texto original de Caridad Bravo Adams, Yo sé que nunca, de 1970, que também serviu para a produção do remake mexicano, Nunca te olvidaré, em 1999. A versão brasileira foi traduzida por Henrique Zambelli e adaptada por Ecila Pedroso, que também assinou a supervisão de texto, e Enéas Carlos. A telenovela foi dirigida por Jacques Lagôa, Sacha e Henrique Martins, com David Grimberg como diretor geral de teledramaturgia.

Jamais te esquecerei contava a historia de Beatriz, interpretada por Ana Paula Tabalipa, e de Danilo, interpretado por Fábio Azevedo, que na adolescência juraram amor eterno, sem imaginar que diversos obstáculos viriam dificultar a concretização desse grande desejo.

Leonor, uma mulher amarga que era mãe de Danilo, era o obstáculo mais terrível e se utilizava dos mais terríveis recursos para impedir que seu filho namorasse Beatriz, pois sabia que seu marido, Antônio, ainda não havia esquecido a mãe de Beatriz, sua antiga paixão, Isabela. Quando jovens, Antônio e Isabela foram impedidos de se casar pelo pai da moça, que a obrigou a se casar com outro homem.
Quinze anos depois, Antônio e Isabela se reencontram, num momento em que ela está prestes a morrer e ali ele promete cuidar de Beatriz.

Ao perceber a forte ligação entre Beatriz e Danilo, Leonor vê crescer um ciúme doentio em seu coração e, cada dia mais maquiavélica, separa o casal: Beatriz é matriculada em um convento e Danilo vai estudar nos Estados Unidos. Mas Leonor não previa que o tempo e a distância iriam tornar o amor entre o casal ainda mais intenso. ludibriados, Beatriz e Danilo acreditaram ser irmãos de sangue e tentaram fugir da paixão intensa que sentiam um pelo outro, porém não esqueceram as palavras e a promessa que lhes trariam a verdadeira felicidade.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 1

ANTÔNIO ALVES, TAXISTA (Rolando Rivas, taxista)

Rolando Rivas, taxista, original de Alberto Migré, foi adaptada Ronaldo Ciambroni, e exibida pelo SBT em 1996, tendo a duração de 82 capítulos. Uma versão chamada El oficio de ser taxista, possivelmente será exibida em 2011 pela TV Azteca, no México.

Antônio Alves, taxista, contava a história de Antônio Alves, interpretado por Fábio Júnior, um taxista aspirante a cantor que saia de Florianópolis e tentava a vida em São Paulo, mas antes de estruturar-se financeiramente, se via obrigado a sustentar a família. Diante das dificuldades de sobreviver na capital paulista, o taxista levava como herança um caso amoroso mal resolvido, que se somava com outras conquistas realizadas depois de sua chegada à cidade. Dentre elas, se destacava a paixão por Mônica, que tinha dezoito anos e era filha de um grande milionário que fazia de tudo para ajudá-lo na carreira de cantor.


CHIQUITITAS (Chiquititas)

Chiquititas Brasil, é uma adaptação da original argentina, Chiquititas, escrita pela também autora da original Cris Morena com a ajuda de autores brasileiros, produzida pelo SBT e pelo canal argentino Telefé. Foi uma das telenovelas mais longas da dramaturgia brasileira, tendo 5 temporadas que somaram um total de 937 episódios, indo ao ar de 1997 a 2001, só não é considerada oficialmente a maior trama da teledramaturgia brasileira porque houve interrupções de férias entre uma temporada e outra.

As gravações da 6ª temporada já haviam começado, mas, devido a saída de Cris Morena da Telefé, as gravações foram canceladas e a novela encerrou na 5ª temporada. Em 2007, o SBT exibiu Chiquititas 2000, a sexta temporada, mas em sua a versão original argentina e no ano seguinte, exibiu Chiquititas 2006, que recebeu o título de Chiquititas 2008.


PÉROLA NEGRA (Perla negra)

Foi exibida pelo SBT em 1998, baseada no texto argentino original de Enrique Torres, Perla negra, estrelada por Andrea del Boca. Ainda em 1998, uma versão mexicana chamada Perla, produzida pela TV Azteca, trazia pela primeira vez a atriz Silvia Navarro em papel protagônico. A versão brasileira foi dirigida por Henrique Martins e teve 194 capítulos, sendo reapresentada em 2004 em 210 capítulos.

Curiosamente sua reprise fez mais sucesso que a sua exibição original, em torno dos 17 pontos. A reapresentação conseguiu por mais de uma vez conquistar o primeiro lugar em audiência, e empatar com a Rede Globo muitas vezes.

A novela, protagonizada por Patrícia de Sabrit, contava a história de uma mulher que, ainda recém-nascida, foi abandonada por sua mãe numa escola, sendo entregue à mantenedora da instituição junto a um preciosíssimo colar, contendo 22 pérolas negras que pagariam cada ano em que a menina permanecesse no internato até que completasse 21 anos. Uma das pérolas deveria ser entregue à moça assim que deixasse o colégio. Pérola Marques, assim chamada, cresceu ao lado de sua amiga Eva, herdeira de uma fortuna, que prestes a completar 20 anos, foi seduzida por Tomás e acabou engravidando. Quando o bebê nasceu, foi entregue aos caseiros em troca de um pagamento generoso, mas Pérola e Eva prometeram cuidar do menino assim que deixassem o internato. Alguns meses depois Eva recebe a notícia da morte de seu avô, Carlos, que lhe deixou tudo. Eva decide procurar sua família e assumir seus bens e sua amiga, Pérola, vai junto. Um acidente de carro fatal durante o percurso até a casa dos Pacheco Oliveira tira a vida de Eva. Pérola sobrevive, e, no hospital, é confundida com a amiga. Então ela decide assumir a identidade de Eva para recuperar o "seu filho" cumprindo a promessa de cuidar da criança, que se chama Carlinhos. O fantasma de Eva aparece ajudando Pérola em algumas situações.


PÍCARA SONHADORA (La pícara soñadora)

Exibida em 2001, e reprisada em 2004, foi a primeira produção entre SBT e Televisa. Escrita originalmente pelo argentino Abel Santacruz, é um remake da mexicana La pícara soñadora, de 1991. No Brasil, foi dirigida por Henrique Martins, Antonino Seabra e Jacques Lagôa, tendo 95 capítulos. A novela contava a história de Ludmila “Mila”, protagonizada por Bianca Rinaldi, uma moça muito batalhadora de classe média baixa que chega em São Paulo para trabalhar e estudar.

Na capital, consegue um emprego na seção de brinquedos da loja Soles. Morando com seu tio Camilo, vigia noturno da loja, a moça aproveita para passear pela loja, após o final do expediente, utilizando alguns de seus produtos e anotando tudo o que consome num caderninho para, depois de terminar a faculdade de direito e ser uma advogada bem sucedida, pagar todos seus gastos. Sua vida começa a se complicar quando Rosa, sua amiga que vive em Curitiba, resolve procurá-la em São Paulo. Rosa, que era funcionária da filial da Soles, fugiu da cidade após roubar dinheiro do caixa para tentar pagar um tratamento médico para sua filha doente.


AMOR E ÓDIO (La dueña)

Baseada no texto original de Inés Rodena, foi adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção de Antonino Seabra, Jacques Lagôa e Henrique Martins. Foi exibida com 110 capítulos no ano de 2001. É a versão brasileira da mexicana La dueña, de 1994, que por sua vez é outro remake da também mexicana Domenica Montero, de 1972, todas por sua vez são remakes da original venezuelana La doña, de 1972. Nesse ano de 2010, La dueña ganha outro remake no México, chamando-se agora Soy tu dueña, com previsão de estreia para 19 de abril no Canal de las estrellas.

Protagonizada por Suzy Rêgo, contava a história de Regina Villa Real, uma moça bonita, educada e com uma grande fortuna. Seus pais morreram em um acidente quando ela era pequena. Desde então, mora com sua tia Berenice, e com sua prima Laura Castro. As primas têm a mesma idade e crescem juntas. Fria e calculista, Laura sente muita inveja da prima. A única que percebe essa rivalidade é Martinha, que trabalha para elas. Regina está de casamento marcado com Maurício Padilha, que só quer se aproveitar do dinheiro dela. Para piorar, ainda mantém um romance secreto com Laura. A idéia dele é pegar o dinheiro de Regina e fugir com a amante. A tentativa de fuga é em vão e ele, depois de desmascarado, termina seu romance secreto com Laura e abandona Regina no altar.

Magoada e humilhada, Regina torna-se uma mulher fria e autoritária, abandona tudo e se muda para a Fazenda Cascavel, herança de seus pais, em Santa Rita da Esperança, uma pequena cidade interiorana. Berenice, Laura e Martinha vão junto, bem como Patrícia, a melhor amiga de Regina. O capataz da fazenda, Macário, é um homem inescrupuloso, rude, mentiroso, capaz de fazer qualquer coisa, até mesmo de matar. Logo que conhece Regina, entra em conflito com ela, mas aos poucos acaba se apaixonando pela "Dona" e se tornando seu grande protetor. Na fazenda, Regina conhece José Maria Cortes, herdeiro da Carvalhais, uma fazenda vizinha de suas terras. Ela quer comprar a fazenda dele e vários conflitos acontecem entre os dois.

Ele se apaixona por ela, que tenta resistir, já que seu coração está fechado para o amor. Laura também se interessa por José Maria, ocorrendo mais uma rivalidade. Ema Cortes, mulher dominadora e mãe de José Maria, alia-se a Laura para evitar que Regina e o rapaz tenham um romance. No capítulo a vilã Laura se suicida e Regina se casa com José Maria.