Os seguidores de telenovelas sabem
que existe um sub-gênero do tipo Cinderela que se apresenta na forma da garota
pobre, órfã e desamparada que sempre acaba se casando com um jovem rico. Mas,
dentro do sub-gênero das Cinderelas, temos as que sofrem de alguma invalidez ou
incapacidade que, entretanto, faz com que tenhamos mais pena ainda.
Entre estes casos está o das
cegas, como em Topázio, protagonizada por Grecia Colmenares, e em Esmeralda,
protagonizada por Leticia Calderón, na versão mexicana, e por Bianca Castanho,
na versão brasileira, além da personagem de Victoria Ruffo em Abraça-me muito
forte. O que mais surpreende nesses papéis é o fato de sobreatuarem tanto.
Já sabemos que as atrizes
enxergam, mas poderiam atuar de uma forma mais normal, visto que, como caídas
do céu, andam com as mãos adiante como sonâmbulas. Estas têm outros sentidos
desenvolvidos e poderiam se desenvolver normalmente com a ajuda de um bastão ou
cão-guia, mas, em casos assombrosos como em Esmeralda, interpretada por Leticia
Calderón, se via que a jovem andava pelas montanhas sem problemas, às vezes,
nem mesmo utilizava uma guia, preferia se apoiar com as mãos no chão para subir
e descer os montes.
Outro aspecto são os ticks que
utilizam os atores, bastante exagerados por sinal, para fixarem e desviarem a cabeça
continuamente. Um exemplo desse caso pôde ser notado em Laços de amor, onde
Lucero intepretava trigêmeas, sendo uma delas cega.
E, como também sabemos, todas
estas personagens visitam um médico milagreiro que conhecem a fórmula e a
operação que lhes devolverá a visão e, quase sempre, casam-se com eles.
No entanto, cada vez menos
estes personagens têm aparecido em telenovelas, e, raramente, quando aparecem,
se mostram de uma forma mais natural e simples, sem que sinta pena de sua
personagem, pelo contrário, assumem sua deficiência e sua atitude diante da
vida é exemplar.
Outra categoria são os mudos,
aqueles que ouvem mas não falam, normalmente por algum trauma infantil, como
Celeste, intepretada pela brasileira Ana Carolina da Fonseca, em Te amaré en
silencio; ou por puro fingimento, como Bernardo, interpretado por Ricardo
González, em Zorro: A espada e a rosa, que também se passava por surdo.
Exemplos de mudos são
divertidos porque muitas vezes as outras personagens lhes respondem em seu
idioma: a língua de sinais, mas há um detalhe: no final, geralmente, estes
também recebem o dom da fala.
Continuando com as
enfermidades, temos as paralíticas. Esta categoria afeta normalmente às vilãs,
que utilizam o galã da vez fazendo com este acredite que, por culpa dele, não
podem andar e, desse modo, podem tê-lo na palma da mão, como em Luz María.
Porém estas não acabam andando, porque já o fazem.
Outro tópico são as mães
enfermas que sofrem de ataques cardíacos. Os medicamentos são muitos caros e
lhes dizem que têm pouco tempo de vida, mas, ao final, quase todas acabam
chegando vivíssimas ao final da telenovela.
2 comentários:
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