sábado, 8 de maio de 2010

Amor real


NOME ORIGINAL
Amor real

ESCRITORA
María Zarattini (Baseada na obra de Caridad Bravo Adams)

PRODUTORA
Carla Estrada

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
95

ANO DE GRAVAÇÃO
2003

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Amor real

INTÉRPRETE
Sin Bandera

Un día más se llena de color
y tú vendrás llenándolo de amor.
Ya no me preocupo al caminar
porque tú estás aquí (porque tú estás aquí)
y pierdo todo el miedo que me da
porque tú crees en mí.

Tú me enseñaste a disfrutar
mi vida mucho más,
dejando el sufrimiento atrás…

Dándome un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es amar…

Un día más de mi pasión por ti
y tú vendrás para hacerme sentir
que el límite de la felicidad no llegará jamás, no
que cada nuevo amanecer traerá una sorpresa más.
Tú me enseñaste a disfrutar mi vida mucho más,
dejando el sufrimiento atrás…

Dándome un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es amar.

Vivir, disfrutar, reír, cantar y dar sin preguntar…

Un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es…

Un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es amar.


ELENCO

Adela Noriega: Matilde Penalver e Beristain Curiel de Fontes Guerra

Fernando Colunga: Manuel Fontes Guerra Aranda

Mauricio Islas: Adolfo Solís

Chantal Andere: Antonia Morales

Ernesto Laguardia: Humberto Penalver e Beristain Curiel

Ricardo Blume: General Inácio Penalver e Beristain

Helena Rojo: Dona Augusta Curiel de Penalver e Beristain

Mariana Levy: Josefina de Icaza de Penalver e Beristain

Alejandro Flores: Manuel Inácio Fontes Guerra Penalver e Beristain

Beatriz Sheridan: Damiana García

Harry Geithner: Yves Santibañez de la Roquette

Mauricio Herrera: Padre Urbano de las Casas

Óscar Bonfiglio: Ciro Valdéz

Manuel Ibañez: Emídio

Ana Martín: Rosário Aranda

Paco Ibáñez: Gregório Heredia

Ana Bertha Espín: Prudência Curiel de Alonso

Mario Iván Martínez: Renato Piquet

Sara Monar: Ana

Toño Infante: Benigno

Adalberto Parra: Delfino

Miguel Ángel Fuentes: Negro

Julio Alemán: Joaquim Fontes Guerra

Maya Mishalska: Marianne Bernier

Ingrid Martz: Pilar Piquet de Márquez

Rafael Rojas: Amadeo Corona

Yolanda Mérida: Joana Domínguez Viuda de Palafox

Raquel Morell: Maria Clara de Heredia

Maty Huitrón: Madre Superiora

Gaston Tuset: Gervásio

Tania Vázquez: Adelaide

Jacqueline Voltaire: Luzia

Letícia Calderón: Janaína de la Corcuera

Héctor Sáez: Silvano

Kika Edgar: Catarina Heredia de Solís

Jorge Vargas: General Prisco Domínguez Cañero

Carlos Cámara: Ramón Marquez

Alicia del Lago: Virgínia

José Antonio Ferral: Juiz Benito

Mario del Río: Lourenço Rojas

Alejandro Villeli: Ezequiel

Carlos Amador: Orlando Cordero

Gerardo Klein: Santiago López

Dulcina Carballo: Jacinta

Fernando Manzano: Garça

Benjamín Pineda: Canales

Lorena Álvarez: Bernarda

David Galindo: Nazareno

María Dolores Oliva: Oliva Lázara

Carlos Ache: Graciano

Mayahuel del Monte: Severina

Carlos Cámara Jr: Juíz Pérez de Tejada

Paulina de Labra: Inácia

Joseba Iñaki: Jacó Negrete

Albert Chávez: Chico

July Calderón: Micaela

Fátima Torre: Maria Fernanda Heredia

María Sorté: Rosaura

Frances Ondiviela: Marie de la Roquette

Patricia Martínez: Carmélia Corona

Adal Ramones: Cirquer


PERFIL DAS PERSONAGENS

Matilde (Adela Noriega) – filha do importante general Inácio Penalver e D. Augusta Curiel. É bonita, distinta, inteligente, de caráter alegre e sociável. Foi educada na fé católica e sob as normas morais de sua época. Matilde é boa e carinhosa, importa-se com o bem estar de sua família e adora seu pai. Como toda senhorita da aristocracia sabe de moda e etiqueta; aprendeu bordado, costura, pintura, um pouco de piano, dança e alta cozinha. Sabe cuidar de uma casa e atender com esmero os convidados. Seu passatempo é a jardinagem. Matilde é respeitadora com seus pais, mas também tem caráter. Apaixona-se por Adolfo Solis, um militar sem fortuna, mas, pelas intrigas e pressões familiares casa-se com Manuel Fontes Guerra, um rico fazendeiro.

Manuel (Fernando Colunga) – filho bastardo de um homem rico e uma humilde provinciana, passa seus primeiros anos na fazenda de seu pai, e é tratado como mais um peão, sofrendo com fome, frio e maus tratos do capataz. Aos 14 anos, o padre do povoado o envia para um colégio para órfãos, atendido por religiosos. Com trabalho e estudo, consegue se tornar médico cirurgião. Até que seu pai - cujos filhos legítimos e sua esposa haviam falecido anos atrás - o reconhece em seu leito de morte como filho e herdeiro. Manuel é decidido, audaz, nobre, valente, generoso, de poucas palavras e aparentemente duro, mas no fundo é terno e amável. Como foi carente de família deseja ferventemente uma esposa e filhos. De ideias liberais, aborrece os aristocratas, que considera hipócritas, carentes de moral e banais. Apaixona-se por Matilde e, acreditando ser correspondido, casa-se com ela, começando sua desventura. Apaixona-se por Matilde Penalver, para quem será um marido dedicado e carinhoso.

Adolfo (Mauricio Islas) – filho de uma família humilde, estuda no Colégio Militar, onde recebe preparação e esmerada educação. É conservador, não tanto por convicção, mas por obediência às leis militares. Apaixona-se profundamente por Matilde e recusa-se a terminar com ela, ainda sabendo que a família o desprezará por não ter fortuna. Movendo influências e dinheiro, o irmão e a mãe de Matilde conseguem mandá-lo para a prisão. Mas Adolfo, que sabe amar para sempre e lutar pelo que quer, consegue escapar. Procura Matilde, que também vítima de enganos e mentiras, vê-se obrigada a casar-se com Manuel. Adolfo apresenta-se com outra identidade na fazenda de Manuel para levar sua amada, mas ela se nega, por escrúpulos. Ao conhecer Manuel, Adolfo descobre que é nobre, generoso, leal e valente como ele. Chega a gostar de seu rival, mas ainda assim, não desiste: é tão grande seu amor por Matilde que inclusive está disposto a dar sua vida por ela. Entretanto, ao perceber que ela não corresponde mais aos seus sentimentos, afasta-se.

Augusta (Helena Rojo) – mãe de Matilde e Humberto. É uma mulher bem conservada, ainda bela, elegante e distinta. Renunciou a um amor de juventude para casar-se com um militar rico e aristocrata, vários anos mais velho que ela. É conservadora, autoritária e aparentemente dócil com seu marido, mas persistente em conseguir seus objetivos. Ama muito seus filhos, e sempre busca o que é melhor para eles, desde o seu ponto de vista. É tolerante e até permissiva com Humberto, por ser homem, mas intransigente com Matilde. Para Augusta, o mais importante é o prestígio da família, que somente conversa-se através de uma boa posição econômica e não se detém ante nada para mantê-la. Depois da morte de seu esposo e do grande escândalo que envolve sua família, seu mundo desmorona.

Humberto (Ernesto Laguardia) – é o típico playboy da época. Simpático, agradável e engenhoso, passa de confusão em confusão. Considera humilhante trabalhar é viciado em jogo. Influenciado por seu amigo Renato, seduz Josefina, uma rica herdeira de pouca beleza, finge um matrimônio com ela para conseguir seu dinheiro e fugir para a Europa. Ele não é tão cínico como aparente, tem escrúpulos e a morte de seu pai, junto com os golpes da vida, vai fazendo com que amadureça pouco a pouco. O casamento de Matilde e Manuel ocorre devido a armações dele e também por Matilde descobrir que o futuro marido pagou as dívidas de jogo do irmão.

Rosário (Ana Martín) – camponesa que foi abusada por Joaquim Fontes e que descobriu estar grávida do fazendeiro. Pensando que faria o melhor para seu filho, abandonou o menino deixando-o aos cuidados de seu pai, que só lhe maltratou. Durante a guerra ela encontra com Manuel e morre para salvar sua vida.

Josefina (Mariana Levy) – apesar de ser rica, não teve sorte no amor. É sonhadora e, ao conhecer Humberto Penalver, apaixona-se perdidamente. Chega a casar-se com ele. Seguindo conselhos de sua cunhada, ela muda o visual e consegue conquistar o amor do marido.

Antônia (Chantal Andere) – filha do administrador da fazenda de Manuel. É educada e instruída, sabe ler, escrever, e fazer contas, tanto que com a morte de seu pai, Manuel a nomeia administradora. Apesar de sua excelente preparação e de seu agradável físico, Antônia não pode aspirar a um bom matrimônio devido a sua classe social, mas com Manuel consegue ter esperanças, já que ainda que agora ele seja rico, nasceu bastardo e isso poderia aproximá-los. O tratamento sensível de Manuel, o carinho que lhe demonstra e sua postura contribuem para que nasça em Antônia uma louca paixão por ele. Fica terrivelmente frustrada quando Manuel se casa com Matilde e intriga para separá-los, ajudada por Damiana, sua antiga babá. Quando Manuel expulsa Matilde da fazenda, convencido que o enganou com Adolfo, Antônia vira a sua amante. A relação termina logo que ele volta com Matilde, então Antônia debate-se entre a resignação e a vingança.

Inácio (Ricardo Blume) – general da divisão, é pai de Matilde e Humberto, e esposo de Augusta. Retirou-se do serviço ativo por problemas de saúde e porque não está de acordo com o governo de Miguel Baranda. Inácio é bom, nobre e inteligente, ainda que falte firmeza em seu caráter. É permissivo com Matilde e severo com Humberto, pois lhe dói que seu filho esteja em maus caminhos. Com Manuel simpatiza de imediato.

Renato (Mario Ivan Martinez) – amigo de Humberto, é simpático, refinado e cínico. É de família rica e ilustre, mas por seu comportamento escandaloso foi deserdado. Ele gosta de mesclar palavras francesas em sua conversação.

Padre Urbano (Maurício Herrera) – é o velho padre do povoado de Barranquilhas. Protege Manuel desde o nascimento. Ele o envia para estudar com seus amigos religiosos. Albano é piedoso, paciente, compreensivo e conciliador, porém possui uma forte personalidade e fala sempre na cara, sem rodeios.

Marianne (Maya Mishalska) – francesa bonita e refinada, é liberal para sua época e toca muito bem violino. Amante de Ramon Marquez. Finge ser Maire de La Roquette.

Yves (Harry Geithener) – elegante tenente do exército e primo da verdadeira Maire de La Roquette. Descobre que Marianne se passa por sua prima, no entanto, em vez de desmascará-la, torna-se cúmplice dela para despojar Manuel de seus bens. Ambicioso, interesseiro e sem escrúpulos, sua vida fácil e vazia o faz cair no alcoolismo.

Damiana  (Beatriz Sheridan) – alta e magra, usa roupas pretas. É a clássica “celestina”. Foi babá de Antonia. De origem modesta, mudou sua personalidade por estar sempre envolvida com a alta classe, cuidando de crianças ou acompanhando senhoritas. Hipócrita, com voz doce e modulada, instiga Antonia a cometer atos deploráveis.

Amadeo (Rafael Rojas) – homem e princípios, forte e audaz. Casado e pai de duas crianças. Manuel se une a seu grupo, como combatente e como médico.


INTRODUÇÃO

Esta história, baseada em Bodas de odio de 1983, foi protagonizada pelos atores Fernando Colunga e Adela Noriega e se passa no século 19, onde era proibido o romance entre pessoas de classes diferentes.


RESUMO

Matilde contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Adolfo Solís, um militar da classe baixa. Para se casar com ele, poderá contar com seu pai Inácio, um homem justo e bondoso. Porém, sua mãe Augusta deseja que a filha conquiste um homem rico para salvar a família da ruína econômica. Para Augusta, Manuel Fontes Guerra seria o candidato perfeito, jovem, bonito e herdeiro de uma boa fortuna.

Por meio de intrigas, Augusta e o filho Humberto fazem com que Adolfo seja preso. Para afastar Matilde de seu amado, mentem que ele é casado e tem filhos. Matilde fica desesperada, pressionada por sua mãe e sabendo que Manuel pagou as dívidas da família, aceita se casar com ele.

Mais tarde Adolfo consegue fugir da prisão, mas chega tarde. Ao encontrar com Matilde e dizer-lhe que foi tudo uma armação de Augusta e Humberto, a jovem conta-lhe que está casada com Manuel. Após resolverem os mal-entendidos, o casal decide fugir. Manuel descobre o plano dos dois e os impede, levando Matilde para sua fazenda e consumando o casamento.

Matilde leva uma vida difícil na fazenda, pois não ama seu marido, além de ter que suportar os atrevimentos de Antônia, filha do antigo administrador, que é apaixonada por Manuel.

Adolfo encontra Matilde na fazenda e começa a trabalhar como administrador, com o objetivo de um dia raptar sua amada. Sem desconfiar que Adolfo é seu rival, Manuel se simpatiza com o rapaz. Adolfo apesar de sentir ciúmes de Manuel, admite que ele é um bom homem.

O destino muda a vida de Matilde, quando os olhares repleto de paixão e o desejo ardente de Manuel acabam conquistando seu coração. Ela se dá conta de que o amor que sentia por Adolfo não existe mais. Matilde tem um novo sentimento, mais intenso, um amor real por seu marido. Quando percebe que ama Manuel, ela é sincera com Adolfo e explica que seus sentimentos mudaram.

Adolfo aceita a realidade e mesmo com o coração partido abandona a fazenda, no mesmo dia em que Matilde anuncia a Manuel que ambos serão pais.

Mas a felicidade de ambos dura pouco, pois Antônia, uma mulher cruel, invejosa e amarga que era apaixonada por Manuel, conta ao fazendeiro que o administrador era o ex-namorado de sua esposa. Matilde tenta se explicar, mas Manuel garante que não irá perdoá-la novamente. Furioso ele duvida de sua paternidade e expulsa Matilde da fazenda. Matilde volta para a casa de sua mãe e Manuel tenta esquecê-la com Antônia, mantendo uma relação que o compromete e dificulta voltar para sua esposa.

Matilde volta para a fazenda do marido disposta a implorar por seu perdão e explicar tudo o que aconteceu, porém não o encontra. Apesar dos esforços de Antônia para que ela volte para a cidade, Matilde se mantém firme, inclusive dando ordens a Antônia. Durante a guerra Manuel é dado como morto. Qual não é a surpresa de Matilde ao receber um carregamento e dar de cara com seu marido. Ambos acertam as diferenças e se reconciliam.


COMENTÁRIOS

Já conhecida do público brasileiro, Adela já trabalhou em diversas novelas. Foi a protagonista da primeira novela mexicana adolescente: Quinze anos. Viveu Marilu, uma jovem prestes a completar quinze anos, mas atormentada pela dúvida de um estupro. Já em O privilégio de amar, exibida em 1999, Adela interpreta Cristina, uma doce jovem com o sonho de ser modelo, mas que descobre que a sua maior inimiga é justamente sua própria mãe, que a abandonou quando era uma recém-nascida. No final de 2000, volta às telas brasileiras em Maria Isabel, onde é a protagonista, uma índia que cria a filha de sua melhor amiga e se apaixona pelo patrão. Em 2002, Adela é Adriana, em Manancial, onde sua personagem é uma mulher que volta a sua cidade para se vingar de um estupro sofrido no passado, e reencontrar seu grande amor, filho do homem que a violentou.

Fernando Colunga, o mais famoso galã do México começou nas novelas atuando ao lado de Thalia, em Maria Mercedes, onde viveu o malandro Tito, em Marimar foi o empresário Adrian, até que veio sua grande oportunidade em Maria do Bairro, novamente com a estrela. Em seu primeiro protagonista, foi Luis Fernando, um jovem playboy que muda ao conhecer a catadora de papéis Maria. Mais tarde, o SBT exibe A usurpadora, onde vive Carlos Daniel Bracho, um empresário dividido entre duas mulheres idênticas. Em 2000, ele volta com Esmeralda, onde é o médico José Armando, que se apaixona pela camponesa cega da montanha, Esmeralda. Em Abraça-me muito forte, onde é Carlos Manuel, um jovem que vive um grande amor com uma jovem em meio a muitas intrigas de seu tio e de sua esposa.

Mauricio Islas, considerado um dos atores mais talentosos de sua geração, teve seu primeiro papel de protagonista na novela Preciosa, exibida no Brasil em 2001. Seu papel era Luis Fernando, um médico que se apaixona por uma circense manca. Ele recebeu algumas críticas por esse trabalho, mas serviu apenas para aperfeiçoar sua atuação. Tanto que em Manancial, onde viveu um jovem que se apaixonava pela maior inimiga de sua família, foi elogiadíssimo. Também em Primeiro amor a mil por hora, exibida em fevereiro de 2003 (mas que foi produzida anteriormente a Manancial). Nessa novela, ele foi o inconseqüente vilão Daniel, que chegou a se envolver com drogas e crimes perigosos.

Helena Rojo é uma das grandes damas da atuação no México. No Brasil, alguns de seus trabalhos já foram vistos. Em 1987, o SBT trouxe A vingança, onde ela foi Maria, uma garota que após passar muitas humilhações, transforma-se e volta para uma revanche contra todos que a desprezarem. Essa novela é a primeira versão de Marimar. Somente em 1999, o público pôde vê-la em O privilégio de amar, como a rica empresária Luciana Duval, que no passado, na pobreza, foi obrigada a abandonar sua filha na porta de uma casa. Em 2002, ela aparece nas telas do SBT em uma participação mais que especial em Abraça-me muito forte, como as gêmeas Diana e Juliana, uma era má, a outra era louca, e travavam uma batalha entre si em busca de dinheiro e identidade.

Ernesto Laguardia, grande ator que começou muito cedo e já leva muitos anos de trajetória. No Brasil, foi visto em 1991 em Quinze anos, onde foi o protagonista Paulo, um pobre mecânico apaixonado por Marilu. Somente em 2001, volta ao SBT em Amigos para sempre, onde foi o simpático e liberal Salvador, um professor de bem com a vida e que luta para ajudar as crianças em uma escola muito rígida. Sua participação mais curiosa em novelas foi em Amigas e rivais, onde viveu ele mesmo, o ator Ernesto Laguardia, ao participar de uma novela dentro da novela.

Chantal Andere, bastante conhecida do público brasileiro, ainda que tenha participado em poucas novelas por aqui, porém com atuações muito marcantes. Em Marimar, foi a esnobe Angélica, uma mulher fria e ambiciosa, apaixonada por seu enteado e disposta a tudo para prejudicar a heroína. Já em A usurpadora, foi a complexa e atormentada Estephanie, que usava a religião como fuga para suas frustrações.

Ricardo Blume, veterano ator, no Brasil foi o galã de A vingança, tendo, assim como em Amor real, Helena Rojo como seu par na história. Em Carrossel das Américas, é o porteiro da escola, que se envolve nos dramas das crianças e ajuda a professora Helena. Faz ainda uma atuação especial em Marimar, onde vive o Governador do Vale Encantado. Seu papel mais lembrado foi o de Fernando, o “Tio Louro”, em Maria do Bairro, onde foi o protetor de Maria e pai de Luis Fernando.

Amor real foi um grande sucesso. No México, a novela foi indiscutivelmente o maior sucesso da emissora em anos, quebrando inúmeros recordes de audiência, devido ao impacto que o projeto causou, ao contar com um elenco bem escalado e uma produção cuidadosa de Carla Estrada, revitalizando um gênero que parecia morto: a novela de época.

A novela atingiu uma audiência que talvez nem a Televisa esperasse, mas foi uma novela de enorme repercussão. Aqui no Brasil, a novela também foi bem, mesmo tendo passado no ingrato horário das 14h.
Baseada no original de Bodas de ódio, Carla Estrada foi a responsável por uma produção de qualidade, com cenas grandiosas, cenários reais, figurino caprichado e ambientação perfeita. Pela primeira vez, foi criada uma cidade cenográfica inteira para uma novela, era o povoado de Barranquilhas e a Cidade Trindade, fictícias. As cenas de guerra beiraram a perfeição. O único erro foi a iluminação, já que a novela foi muito escura, mesmo para uma história passada há dois séculos atrás.

Foi uma das raras novelas onde nenhum ator sai reclamando do seu papel, isso rendeu inúmeros destaques no elenco. A começar por Fernando Colunga que surpreendeu a todos em um momento inspirado de sua carreira, fazendo de seu Manuel um personagem humano e convincente. Fernando recebeu merecidos elogios a respeito de sua atuação. Com Amor real, Adela Noriega, vivendo a heroína Matilde, consagra-se definitivamente a principal atriz de novelas nesse momento. Fernando e Adela formaram um par explosivo na tela, sendo um dos favoritos do público graças a excelente química que tiveram. Mauricio Islas fez de Adolfo Solis um dos personagens mais comovedores da história. Um triângulo que rendeu muitas possibilidades e conquistou o telespectador.

Ernesto Laguardia e Mariana Levy também agradaram, e foi uma surpresa ver Ernesto nessa novela, que começou como um vilão e causou muita repercussão. Ana Martin brilhou como a sofrida Rosário, a mãe de Manuel que teve um passado de prostituição. Há tempos que Ana queria ter um papel tão emotivo e dramático como esse. Maya Mishalska saiu-se bem como a francesa Marianne, uma golpista muito sensual e coquete. Assim como ela, Ana Bertha Espin também agradou vivendo a divertida Tia Prudência.

Como sempre, as surpresas vêm de quem menos se espera. Mario Iván Martínez que há anos vinha sendo desaproveitado na TV, acertou em cheio ao viver Renato, um bom vivant. E Kika Edgar que mesmo tão jovem, tinha talento de sobra para emocionar a todos como a tuberculosa Catarina.

Agradável também o regresso de Yolanda Mérida, que participou da versão original como Rosário e agora voltou como D. Joana. Assim como Beatriz Sheridan, que há anos não fazia uma novela inteira, e agradou vivendo a sinistra Damiana.

Lamenta-se o subaproveitamento de Helena Rojo, que ainda que esteve muito bem como já é habitual, não chegou a ter o espaço merecido como Augusta, e Letícia Calderón, que entrou na reta final em uma intervenção especial, mas seu papel foi coadjuvante demais. Carlos Câmara é um ator louvável, mas seu personagem Ramón foi um dos mais intragáveis da história. Seu vilão não tinha motivo nenhum para perseguir Manuel até a morte.

Nos últimos capítulos, houveram algumas participações especiais: como a da atriz e mãe da produtora Maty Huitrón, a Madre Superiora, Frances Ondiviela vivendo a verdadeira Marie, e ainda algumas cenas para Adal Ramones, o famoso apresentador do programa Otro Rollo, e a querida atriz Maria Sorte, que participaram apenas como sinal de amizade com a produtora.

A novela teve uma irregularidade na narrativa. Às vezes lenta e cansativa, outras ágil e eletrizante. O pior momento da história foi o que ficou centralizado em Amadeo Corona, preso e torturado, nesse momento, os personagens principais não renderam muito e a história se arrastou um pouco. A novela ainda contou com um contexto histórico e político que para muitos, foi desinteressante. Na história, Miguel Baranda e João Alvarez eram citados a todo instante. Eram nomes fictícios, mas subentendendo personagens reais na história do México.

Os bastidores estiveram tranquilos, ainda que alguns rumores tentassem abalar a harmonia do elenco. Como a rivalidade de Mauricio Islas e Fernando Colunga, inexistente. Para provar que os dois eram bons amigos, Mauricio tascou um beijo em Colunga na festa de apresentação da história. Também uma rivalidade entre Adela e Letícia, que foi um rumor breve e passageiro. Mas a briga que realmente ocorreu foi entre Harry Gaithner, que vivia Yves e Fernando Colunga. Um mal entendido, onde supostamente Harry teria criticado a performance de Colunga nas telas, teria ocasionado o incidente. Tanto que na festa de despedida do elenco, Fernando Colunga fez questão de não cumprimentar o colega.

Mas nenhum comentário rendeu mais que o suposto romance entre Adela e Colunga fora das telas. Desmentido inúmeras vezes, esse namoro acabou servindo como mais um chamariz para a novela.

Amor real contou com uma maciça divulgação da Televisa, mesmo após a novela ter encerrado suas transmissões. Foram lançadas marcas de sopa e calendários com o nome da novela. O lançamento do DVD duplo com a novela teve festa de lançamento e tudo. Assim como uma reprise da novela em janeiro de 2004, apenas 4 meses após o fim da novela. Obviamente, essa reprise não rendeu o esperado.

Amor real não foi perfeita, mas foi uma grande novela, um exemplo de bom gosto, qualidade, de uma direção de atores adequada, um elenco carismático, uma super produção acertada que deu a emoção na medida certa, naquele que é considerado um dos novos clássicos da televisão mexicana.
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15 comentários:

Mariana Ribeiro disse...

A química entre Fernando e Adela foi incrível, uma coisa mágica! Eles pareciam completamente apaixonados, e por vezes o telespectador se pega pensando "isso não é ficção, é real!"; melhor parceria de ambos, com certeza. Fora isso, o elenco estava impecável, figurino maravilhoso, história bem adaptada. Enfim... A melhor novela já produzida pela Televisa, e dificilmente alguma a superará. Alguém tem dúvida disso?

Manuelle Karla disse...

Essa foi a novela mais perfeita que já assisti na minha vida!
Tenho ela todinha.
Fernando e Adela pareciam totalmente apaixonados de verdade parecia realidade pura!
Acho que é por iso que o nome da novela é AMOR REAL!
E dá vontade de viver um amor Assim

Mary Bastista disse...

Adorei a novela, bem acho que adoro todas elas que a TELEVISA faz, fico grudada na tv e minha mãe mandando eu ir fazer as coisas de casa... mais tudo bem tudo ao seu tempo e outra Manuelle Karla se pude me manda toda a novela em enexo para o meu email: maryllia.crc@gmail.com tah obg desde de já!!

Crigina disse...

Amei a novela. È minha novela de época preferida, empatada com Coração Selvagem de 1993. Tõ baixando e assistindo-a novamente.
Quanto a iluminação, achei-a muito boa pois a época não tinha iluminação elétrica e ficaria pouco crível ambientes bem iluminados apenas com luzes de velas.

Neide disse...

Amor Real foi a novela mexicana mais linda e maravilhosa que eu já assistir. Acompanhei pelo SBT e depois no youtube em espanhol, que para minha felicidade tinha o capítulo extendido que não foi exibido no SBT,tendo um final em alto estilo, como a novela merecia.
Adela y Coluga formaram o casal mais lindo e perfeito de todas as novelas, com uma químic incrível.
Tomara que seja verdade que irão atuar juntos de novo, como está sendo cogitado, em uma novela de Carla Estrada, a mesma produtora de Amor Real.
PS: A sinopse da novela postada no blog, não condiz coma realidade, aliás, é a mesma que está no google, quase que totalmente equivocada.
Por favor pessoal do blog,se possível corrijam.
Beijos! O blog é maravilhoso!

Anônimo disse...

Alguém de vocês poderiam me dizer porque Maya Mishalska era vilã nessa novela?Se seim,quais foram as suas maldades?


Obs:No ano em que passou,em 2004,(no México em 2003)eu não vi porque não era muito afccionado em novelas mexicanas(principalmente as de época)como agora.KKKKKKKKKKKKKKKKKK.

Mas agora falando sério,que saudades dessas novelas,vou te dizer,gostaria de assisti-las de novo.

Anônimo disse...

gostei muito da novela foi muito boa. vcs poderiam repetir ela de
novo né?

Anônimo disse...

olá PARA TODOS QUE GOSTAM DA NOVELA AMOR REAL,EU CRIEI UMA PÁGINA NO FACEBOOK CHAMADA: Sbt Por Favor Volte A Exibir A Novela Amor Real,e peço a ajuda de todos para curtir e compartilhar minha página

Anônimo disse...

Amor real foi a novela da miiinha infância.. sinto saudade de asiistir.
SBT REPITAM PLEEEEEEEEEASE !!!!

Anônimo disse...

amo amor real...SBT POR FAVOR REPRISA ESSA LINDA HISTORIA DE AMOR!!!

Unknown disse...

Gostaria muito de assistir outra vez essa novela no SBT por favor passa outra vez!

Unknown disse...

Queridos, sabemos da nossa paixão pela novela, por isso peço que curtam no Face a página "Campanha volta novela Amor Real". Quem sabe assim consigamos dar destaque a essa linda novela, além de trocarmos informações sobre ela. Novela perfeita! <3

Unknown disse...

Queridos, sabemos da nossa paixão pela novela, por isso peço que curtam no Face a página "Campanha volta novela Amor Real". Quem sabe assim consigamos dar destaque a essa linda novela, além de trocarmos informações sobre ela. Novela perfeita! <3

Anônimo disse...

Ai eu também quero re-assistir essa novela!!! Como faço para baixar???

Gideone disse...

pessoal, vc tem que encher o saco do SBT, por email, twitter, facebook. aqui o dono do blog nao pode fazer muita coisa.