segunda-feira, 15 de março de 2010

Quinze anos (Meus quinze anos)


NOME ORIGINAL
Quinceañera

ESCRITOR
René Muñoz 

PRODUTORA
Carla Estrada

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
183

ANO DE GRAVAÇÃO
1987

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991 / 1997

EMISSORA
SBT / Rede CNT

TEMA DE ABERTURA DO SBT
Quinze anos

INTÉRPRETE
Dalva

Eu não sei, porque me sinto assim tão diferente,
por que não ligo mais pra tanta gente.
Que será?

Eu não sei porque meu corpo muda a cada dia,
sinto que já não sou mais a mesma.
Que será? Que será?

E agora desperta a mulher que em mim dormia,
aos poucos deixo de ser a menina,
começa a aventura dessa vida.

E agora desperto com sol de primavera,
meus sonhos se transformam em promessas,
mas o meu coração não desespera…

TEMA DE ABERTURA DA CNT
Gracias a Dios

INTÉRPRETE
Thalía

Cuando estoy contigo no me importa nada,
solo tu cariño, solo tus palabras.
Cuando estoy contigo se cambia mi vida,
que un mundo divino… lleno de alegrías.
Cuando estoy contigo no me importa nada,
solo tu cariño, solo tus palabras.

Tú eres el amor que yo esperaba, lo que tanto había soñado,
hasta que llegaste tú, le di gracias a la vida
le di gracias al amor, por estar contigo, contigo.

Por haberte encontrado, por haberte conocido, amor,
por ser tan feliz contigo, por estar enamorados,
porque ahora estás conmigo, porque ahora estoy contigo.

Yo le doy gracias, le doy gracias, gracias a Dios,
le doy gracias a la vida, le doy gracias al amor,
por haber nacido en el mismo siglo tú y yo.

Gracias a la vida, gracias a el amor,
yo le doy gracias, le doy gracias, gracias a Dios.


ELENCO

Adela Noriega: Marilu Fernández

Thalía: Beatriz

Ernesto Laguardia: Paulo

Sebastián Ligarde: Memê

Julieta Egurrola: Carmem Fernández

Luis Bayardo: Ramón Fernández

Rafael Rojas: Geraldo Fernández

Luis Bayardo: Ramos

Nailea Norvind: Leonor

Blanca Sánchez: Ana Maria Villanueva

Jorge Lavat: Roberto

Roberto Ballesteros: Antônio

Fernando Ciangharotti: Sérgio

Margarita Sanz: Tia Edwiges

Karen Senties: Teresa

René Muñoz: Timóteo

Abraham Méndez: Ernesto

Silvia Caos: Consuelo

Armando Araiza: Chato

Inés Morales: Elvira

Maricarmen Vela: Enriqueta

Jorge Lavat: Roberto

Julieta Bracho: Palmira

Rosario Granados: Rosália

Carlos Espejel: Reintegro

Roberto Carrera: Joaquim

Alejandra Gollas: Adriana

Ana Bertha Espín: Elisa

Cristopher Lago: Carlinhos

Lucero Lander: Alice

Meche Barba: Lupe

Marta Aura: Gertrudes

Alicia Montoya: Lúcia

Lucha Moreno: Virgínia

Ana Silvia Garza: Sofia

Teo Tapia: Barreira

Ana María Aguirre: Cristina

Pancho Müller: Toluco

Omar Fierro: Artur

Paulina Rubio: Antônia

Alejandro Montoya: Martim

Gabriel: Chamo

Keiko: Orca


INTRODUÇÃO

Escrita pelo falecido ator cubano René Muñoz, Quinze anos foi produzida em 1987 e exibida pelo SBT em 1991. Em 1997, a Rede CNT a reapresenta com o nome de Meus quinze anos. Foi a primeira novela protagonizada por Adela Noriega e por Thalía, que, até então, era integrante da banda Timbiriche, que interpretava o tema de abertura da novela.

Adaptada do filme de mesmo nome, estrelado por Maricruz Olivier na década de 60, e também de autoria de René Muñoz, a telenovela inovou ao tratar de assuntos, até então, considerados tabus, tais como: gravidez na adolescência, drogas, estupro e gangues.


RESUMO

Marilu e Beatriz estudam juntas e são melhores amigas. Ambas estão prestes a completar quinze anos e sonham com suas respectivas festas de debutantes.

Beatriz é uma menina rica, mas que não se sente amada pelos próprios pais. Sua mãe, a renomada advogada Ana Maria, não tem tempo para se dedicar à filha, e seu pai tenta comprar a afeição da menina através de presentes caros.

Marilu, com sua beleza, atrai a atenção dos rapazes, mas ela é apaixonada pelo mecânico Pancho. Sua mãe, a ambiciosa Carmem, não permite esse namoro, mesmo com os bons sentimentos que possui Pancho, já que, por ser humilde, ele não poderia ajudar em nada na festa de quinze anos que Carmem deseja para sua filha, festa essa que estaria acima das possibilidades da família. Carmem sonha que sua filha possa se casar com o milionário Sérgio, um primo de Beatriz.

Memê, o membro de uma gangue, também sente-se atraído por Marilu e, para tentar afastá-la de Paulo, faz com que a moça acredite que ele a tenha estuprado: o marginal põe droga na bebida de Marilu, e depois de ter desmaiado, a garota acredita ter sido violentada. Assim sendo, Paulo perde o interesse por Marilu, que pensa não ser mais virgem, e por vergonha, ela se afasta dele.

Enquanto isso, após a pressão de Carmen para que seus filhos subam na vida, Geraldo, o irmão de Marilu, envolvido com drogas, começa a namorar Beatriz e a engravida. Geraldo abandona Beatriz após saber sobre sua gravidez. Beatriz conta, pela primeira vez, com o apoio dos pais frente à situação inesperada, mas um acidente a faz perder o bebê.

Depois de tantos problemas que surgirão, que incluem a detenção do pai de Marilu, o roubo do dinheiro da festa de uma das debutantes, o suicídio de Sérgio, entre outros, finalmente, Carmem, aceita o namoro de Paulo e Marilu. Beatriz também decide dar outra oportunidade a Geraldo.

A amizade de Marilu e Beatriz fez com que as duas tivessem força para superar e pôr um fim em seus traumas. A mulher que nelas dormia foi despertada e elas sentem que já não são mais as mesmas, que agora é que começam as aventuras da vida.


CURIOSIDADES

A gíria do bad boy Memê, vivido por Sebastián Ligarde, quando chamava Marilu era "Sirena morena" ("Sereia morena"), frase que se perdeu na tradução da telenovela.

Em 2000, quase quinze anos após o lançamento de Quinceañera, Pedro Damián, um dos diretores da telenovela, produziu Primer amor - A mil x hora, um remake da novela original. A nova versão era protagonizada por Anahí, Kuno Becker, Ana Layesvska e Valentino Lanús e, apesar do tempo, a telenovela original permanece sendo a mais ousada para sua época quando comparada a seu remake. O SBT exibiu o remake em questão em 2003.

Aproveitando o sucesso de Thalía no Brasil, em 1997, a Rede CNT adquire os direitos de exibição de Quinceañera e a exibe no horário nobre sob o título Meus quinze anos. A abertura original da elenovela foi completamente alterada. No lugar da canção-título interpretada pelo Timbiriche, o tema foi "Gracias a Dios", sucesso de Thalía do álbum En extasis de 1995. A personagem de Thalía foi praticamente a única a ser mostrada na abertura e até mesmo cenas de Maria Mercedes foram inseridas na mesma.

Quinceañera foi eleita a quinta melhor novela de todos os tempos pela redação da revista People en Español. De acordo com os leitores, é a segunda melhor novela, perdendo por apenas 2% para a brasileira O clone.

Apesar do grande sucesso de Quinze anos em sua exibição original, a telenovela nunca foi reprisada pelo SBT.


COMENTÁRIOS

Em 1987, a produtora Carla Estrada teve uma id eia que mudaria a história das novelas mexicanas. A partir do livro de René Muñoz, ela fez a novela Quinze anos (Quinceañera, no original, que significa “debutante”). Foi a primeira proposta realmente lançada para agradar o público adolescente. Com isso, foram debatidos temas que eram tabus para a época, como a gravidez indesejada, estupro, e outros assuntos fortes. Anteriormente, a própria Carla Estrada havia lançado uma novela jovem, Pobre juventud, mas que não agradou, assim sendo, Quinze Anos é praticamente a primeira novela adolescente no México.

Apesar do projeto em si ter agradado a Televisa, Carla Estrada optou por um elenco que não ia de encontro as ideias que tinha a empresa. Afinal, Carla queria Ernesto Laguardia, que era praticamente um desconhecido para o principal papel masculino da história. Ela também queria Nailea Norvind para viver a vilã Leonor. O presidente da Televisa se opôs a essa escalação, afinal, eram atores sem nenhum peso. Mas Carla lutou para tê-los e os lançou definitivamente a fama. Ernesto Laguardia e Nailea Norvind estiveram perfeitos em seus papéis de Paulo e Leonor, e até hoje estão aí, como dois astros de peso no elenco da Televisa.

Adela Noriega foi a protagonista Marilu. Seu caso é muito curioso. Na verdade, Adela estava cotada para protagonizar Rosa selvagem. Mas a Televisa aproveitou que Verónica Castro estava de volta à empresa e aproveitando sua lucrativa imagem internacional, tirou Adela Noriega do projeto. Na época, comentou-se muito que deram Quinze anos para Adela como consolo. Acabou sendo um grande acerto. Marilu marcou muito e consagrou Adela Noriega no mundo das novelas.

Thalía havia sido lançada por Carla em uma novela anterior, La pobre señorita Limantour, que foi um fracasso. Assim, o rosto de Thalía, oriunda do grupo Timbiriche, era praticamente uma novidade nas novelas. A marcante e sofrida Beatriz teve grande destaque e um excelente desempenho. Sua personagem discutiu vários assuntos polêmicos e pode-se dizer hoje, que foi o papel mais diferente e complexo já interpretado por Thalía. Ironicamente, ela não foi a primeira opção para Beatriz, e sim sua arqui-inimiga Paulina Rubio, que recusou o papel pelo fato que a personagem ficaria grávida ao longo da trama, e isso poderia manchar sua carreira.

Outro grande destaque do elenco jovem foi o inesquecível vilão Memê, vivido por Sebastián Ligarde. O malando era o típico bad boy mexicano dos anos 80, muito topete e roupas chamativas.

Curiosamente, uma das expressões mais marcantes do vilão era quando ele chamava Marilu de “Sirena morena”, que aqui no Brasil foi traduzido como outras coisas, menos como deveria ser. A novela também contou com as presenças de Armando Araiza e Rafael Rojas, hoje, muito conhecidos.

No elenco adulto, os grandes destaques foram as mães das protagonistas e suas grandes diferenças: a elegância e o bom gosto de Ana Maria e o deslumbramento com a riqueza e o status que almejava Carmem. Também vale comentar as atuações de Luis Bayardo, como Ramón, o pai de Marilu, e Inês Morales como a invejosa Elvira.

Quinze anos foi uma verdadeira febre no México, e isso se refletiu nos aclamados Prêmios TVyNovelas. Adela Noriega e Ernesto Laguardia foram os melhores atores jovens do ano. Thalía e Armando Araiza, as revelações, e Sebastián Ligarde foi eleito o melhor vilão do ano. E sobretudo, Quinze anos se consagrou a melhor novela de 1987. A partir daí, veio uma grande virada para todos, tanto para o elenco da novela como para Carla Estrada, que obteve mais espaço como produtora.

Talvez, a discussão dos temas fortes foi o grande acerto da história, pois, misturando toda a magia das festas de debutantes, o drama do estupro, da gravidez fizeram de Quinze anos uma novela que veio em um momento muito adequado para esse tipo de discussão. Marcante também foi o tema musical, Quinceañera, interpretado pelo grupo Timbiriche.

Quinze anos continua sendo a novela adolescente de maior sucesso até hoje, também ditou por muitos anos o modo de como se fazer uma novela para o público jovem. Hoje em dia, a novela já não é tão atual em seu ponto de vista na maneira em como se debater a polêmica da história, mas com certeza, em sua época, ditou moda e comportamento e, por isso, virou um clássico inquestionável.

Em 1988 a gravadora Melody lança um compacto da novela Quinceañera, a trilha sonora foi dada ao grupo adolescente de maior repercussão da época, o Timbiriche do qual Thalía fazia parte. O tema de abertura "Quinceaceñera" era interpretado pelas meninas do grupo. No Brasil, a música de abertura foi uma adaptação da original em português interpretada pela cantora Dalva. Na segunda exibição da novela, dessa vez pela Rede CNT / Gazeta a música de abertura foi Gracias a Dios, em função do enorme sucesso da atriz e cantora Thalía no país.

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