sexta-feira, 12 de março de 2010

Estranho poder


NOME ORIGINAL
El maleficio

ESCRITORA
Fernanda Villeli

PRODUTOR
Ernesto Alonso

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
198

ANO DE GRAVAÇÃO
1983

ANO DE EXIBIÇÃO NO BRASIL
1984

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Estranho poder

INTÉRPRETE
Silvio Brito

Por entre as forças do bem e do mal,
há sempre uma luz que deve ser seguida.
Pode parecer até paranormal,
mas é a verdade, por Deus conhecida.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além…

Além dessa farsa da angústia contida,
da lei que disfarça os motivos da vida,
uma luz vibra com o seu caminhar,
e explica porque temos que amar.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além…

Ame o bastante o mundo que é seu,
procure incessante a luz que Deus lhe deu,
quando encontrá-la não a perca porque
cada um é um mundo, o mundo é você.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.


ELENCO

Ernesto Alonso: Enrique de Martino

Jacqueline Andere: Beatriz de Martino

Norma Herrera: Nora

Humberto Zurita: Jorge de Martino

Carmen Montejo: Dona Emilia

Sergio Jiménez: Raúl de Martino / Damián Juárez

María Sorté: Patricia Lara

Erika Buenfil: Vicky de Martino

Emilia Carranza: Maria Reyna

Gloria Mayo: Eva

Arsenio Campos: Álvaro

Sergio Goyri: César de Martino

Rebecca Jones: Ruth Reyna

Jorge del Campo: Felipe Reyna

Eduardo Yáñez: Diego Flores

Alba Nydia Díaz: Sara

Alfredo Leal: Ricardo / Roberto

Alfonso Meza: Tenente Larios

Patricia Reyes Spíndola: Teodora

Carlos Bracho: Pedro Jiménez

Gina Romand: Alicia

Armando Araiza: Joãozinho

Ana Patricia Rojo: Liliana

Mónica Martell: Alma Bauer

Raquel Olmedo: Juliana Pietri

Héctor Sáez: João

Nerina Ferrer: Lorena de la Garza

Barbara Hermen: Lulu

Guillermo Aguilar: Meyer

Malena Doria: Soledad

Luis Enrique Guzmán Pinal: Paco

Miguel Palmer: Armando Ramos

Rey Pascual: Rioja

Xavier Masse: Luiggi


INTRODUÇÃO

Escrita por Fernanda Villeli, dirigida por Raúl Araiza e produzida por Ernesto Alonso, quem também interpreta o personagem protagônico de Enrique de Martino, El maleficio é a primeira novela que aborda o tema da bruxaria e do ocultismo.


RESUMO

Beatriz é uma respeitável viúva, que desde a morte de seu esposo, tem vivido dedicada à criação de seus filhos, a adolescente Vicky e o pequeno Joãozinho, junto de sua sogra Dona Emília.

Beatriz conhece o poderoso milionário Enrique de Martino que a deslumbra com suas atenções e aceita se casar com ele.

A vida de Beatriz e seus filhos muda totalmente quando eles vão morar na mansão de Martino, onde entram em contato con os estranhos filhos de Enrique, o perverso Jorge, o doce mas confuso César e o enigmático Raúl.

Beatriz descobre que seu esposo pode ser muito ruim e que ele havia levado sua primeira esposa Nora ao alcoolismo.

Joãozinho tem poderes paranormais que se despertam ao entrar em contato com a atmosfera maligna que rodeia o seu padrasto.

Roberto, esposo de Beatriz não morreu, e reaparece em sua vida fingindo ser o irmão gêmeo, Ricardo.

Roberto se horroriza ao ver a má influência que os de Martino exercem sobre sua família. Jorge abusa de Vicky e a engravida.

Vicky se casa com Jorge obrigados por Enrique de Martino, mas contra a vontade de Beatriz e de Jorge.

Diante deste fato, Jorge perde a provável sucessão na fraternidade pela qual está para acontecer o pior, já que Enrique é um feiticeiro que havia feito sua fortuna graças à magia negra e escolheu Joãozinho para que seja seu sucessor.


CURIOSIDADES

Muitos atores usavam escapulários, medalhas e crucifixos debaixo de suas roupas, como proteção.

Durante as gravações da novelas algumas coisas, realmente estranhas, aconteciam: O quadro que representava o antepassado de Enrique de Martino, caia constantemente, por mais que o pessoal da contrarregra o pendurassem. Com isso o chamaram de “El incolgable” (algo como “O impendurável”). As portas do estúdio onde se gravava, se abriam e se fechavam de repente, mesmo sendo muito pesadas.

Patricia Reyes Spíndola, a atriz que interpretava Teodora, recorreu à uma cartomante para prevenir qualquer eventualidade em suas gravações. A mulher lhe disse para que ela colocasse quatro doces nos quatro cantos do cenário. A atriz a obedeceu e realmente não teve nenhum contratempo, o que não aconteceu com a maioria de seus companheiros.

Não só ocorreram situações inexplicáveis no estúdio, como nas casas de alguns atores, como a atriz Malena Doria, que interpretou Soledad, uma bruxa que invocava Satanás. Ao ver que alguns objetos se moviam em sua casa e escutar ruídos estranhos, contratou um xamã para que realizasse uma ”limpeza”, o homem colocou vários copos com água em lugares estratégicos da casa, uma das filhas da atriz bebeu o conteúdo de um deles e ficou doente. Os médicos nunca encontraram a causa.

Em uma das cenas, Jacqueline Andere deveria das bofetadas em Erika Buenfil, mas Jacqueline não mediu o golpe e perfurou o tímpano de Erika. Angustiada, Andere jurou que nunca mais voltaria a dar um tapa de verdade, mas rompeu seu juramento anos depois nas novelas A outra de 2002 e em A madrasta de 2005. Até hoje, Erika não pode nadar sob água, mas garantiu que não guarda nenhum ressentimento de Jacqueline, já que foi um acidente.


COMENTÁRIOS

Poucas novelas tiveram tanta ousadia quanto Estranho poder, por ser uma das primeiras novelas a contar uma história de terror, e que mexesse com um tabu tão forte como a religião e o satanismo.

Ernesto Alonso estava a frente desse projeto que reuniu vários elementos certos que garantiram um sucesso não tão garantido.

A evocação aos temas obscuros foi o ponto mais atrativo da novela. O diabo, aqui chamado de Bael, simbolizado na figura de um quadro, era o “conselheiro” de Enrique de Martino. O diabo foi o grande provocador de todos os conflitos da história, com sucessões diabólicas, entre outros.

O elenco era bom para a época, mas Estranho poder foi a novela que catapultou vários atores para o estrelato. Como Humberto Zurita, filho de Enrique de Martino na trama, e que foi outro grande vilão, uma cena forte é a que Jorge estupra Vicky . Aliás, Érika foi outra que logo viraria uma estrela de primeira grandeza. Armando Araiza vivia o tal sucessor Joãozinho, filho de Beatriz, e era uma criança na época, mas que arrancou todos os elogios da crítica especializada. Outra criança da época era Ana Patrícia Rojo, como uma pequena fantasma chamada Liliana.

Os efeitos especiais eram de primeira qualidade para a época. O brilho dos olhos do quadro marcaram, como as desaparições de Enrique e seu cão (outra personificação de Bael). Tudo em um clima aterrorizante e sombrio.

Ernesto Alonso foi o grande destaque de Estranho poder, tanto como produtor (naquele ano inclusive concorreu com ele mesmo, por Bodas de odio), mas principalmente como ator. Já que Enrique foi simplesmente o maior vilão de todos os tempos, uma espécie de Catarina Creel masculina. Por causa dele, foi uma das primeiras novelas em que o público masculino se interessou, já que ele era o protagonista (algo muito difícil em novelas mexicanas).

A novela para sua época foi um verdadeiro frisson, mas para os dias de hoje seria considerada muito lenta, já que tudo acontecia pouco a pouco. Quer dizer, tirando o eletrizante final que chamou a atenção e deixou questionamentos ao público, com a mansão dos Martino em chamas, Enrique morto no incêndio, gritando por Bael. Em meio as cinzas, a última cena aterroriza ao mostrar o quadro brilhando seus olhos, e o melhor, intacto. Um final no mínimo perturbador.

Estranho poder fez tanto sucesso que teve uma sequência, só que para o cinema, El maleficio II, que trouxe vários personagens da novela original, porém agora protagonizado por Lúcia Mendez. Foi um grande fracasso que deixou muito a desejar, desta vez, Ernesto Alonso se limitou a atuação como Enrique. Eduardo Yáñez por exemplo, na novela viveu Diego Flores, e no filme, era Professor Andrés.

Apesar deste fracasso, cogitou-se fortemente uma continuação em forma de novela para 1999, que se chamaria El elegido (O eleito), cujo vários nomes já estavam praticamente confirmados, como o de Guy Ecker e de Natália Esperón. Desta vez, a produção estaria a cargo de Carlos Sotomayor (outro grande parceiro de Ernesto Alonso), mas sob a supervisão de Alonso, que estava empolgado com o projeto. Acabou não saindo do papel, mas quem sabe daqui a algum tempo eles não retomam essas ideias e voltam a mostrar ao público uma novela tão boa como Estranho poder, que foi uma das pouquíssimas novelas a conseguirem a tratar de temas sobrenaturais com tanta afinidade com o público, e contando com um elenco espetacular.

A abertura original era cantada por Norma Herrera que cantava a música Hombre. No Brasil a abertura da novela foi refeita sendo com a música Estranho poder cantada por Silvio Brito.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Aleks, beleza? Muito bom esse blog e é muito legal saber de tudo sobre as novelas latinas. Legal mesmo. Quero fazer um pedido a você, poste alguma coisa sobre a novela mexicana "Mundo de Fieras" (2006). Essa novela era demais e foi uma injustiça o SBT ter cortado a trama. Na época, fiquei muito triste com isso. Por enquanto, é só. Obrigado. ANDRÉ

Aleks disse...

Tudo bem André,pode deixar, por enquanto comecei com aquelas la do fundo do baú, e estou seguindo a ordem cronológica, mas com certeza, logo, logo, Mundo de fieras passará por aqui também. Agradeço a atenção. Abraço.