Gigi Zanchetta |
Em 1990, a RCTV viveu a
substituição da protagonista da telenovela El engaño. Gigi Zanchetta que,
estando em seu auge de sucesso e juventude, era indisciplinada, viajava
constantemente e chegava tarde às gravações. Certo dia, Gigi teve uma calorosa
discussão com os veteranos Guillermo Ferran e Zulay Garcia, e, acreditando que por
seu status de protagonista os produtores aguentariam suas manhas, se equivocou.
Após um incêndio na história, os escritores a substituíram por Milena
Santander, justificando a mudança com uma cirurgia plástica na personagem.
A RCTV voltaria a produzir, em
1991, uma telenovela que, assim como Estefanía, era ambientada no marco da ditadura;
não era remake, mas possuía uma base argumental semelhante à história anterior.
Intitulada Caribe, também coincidiu na mudança de protagonista; o casal inicial
formado por Carolina Perpetuo e Jaime Araque não tardou em apresentar uma troca
drástica. Jaime, que vinha tendo fortes problemas com os produtores e a empresa
RCTV, foi retirado do projeto e substituído por Miguel de León, que na história
historia interpretava o vilão, passando de mau e bom personagem.
Laura Flores |
Também no ano de 1991, em La pícara
soñadora, protagonizada pelos já falecidos atores Mariana Levy e Eduardo Palomo,
Laura Flores interpretava a irmã de Eduardo, Mónica Rochild. No entanto,
conta-se que na metade da telenovela Laura revelou a Valentín Pimstein sua
vontade de se lançar como cantora e, devido a isso, teria que abandonar sua
personagem. Laura, então, foi substituída por Lola Merino e, apesar de sua bela
voz, não obteve sucesso como cantora e seguiu atuando.
Ainda em 1991, em Garotas
bonitas, originalmente chamada Muchachitas, protagonizada por Kate del Castillo,
Tiaré Scanda, Cecilia Tijerina e Emma Laura, a atriz July Furlong é substituída
por Tina Romero no papel de Verônica, por motivos desconhecidos.
Em 1992, a atriz Angélica
Ruvalcaba participa na telenovela Baila conmigo, estrelada por Eduardo
Capetillo e Bibi Gaytán. Sua personagem, Mary Jean, uma jovem oriunda dos
Estados Unidos que retorna ao México após vários anos, passa para as mãos de
María Rebeca Alonso, já que Angélica, impossibilitada de terminar a telenovela
por problemas de saúde é afastada. A partir daí, abandonou definitivamente o
mundo da atuação. Conta-se que María teve que se disfarçar de gorda para poder
substitui-la.
Em 1993, durante a gravação da
telenovela Ángel o demonio, uma produção da Ecuavisa, novamente Gigi Zanchetta
é despedida da trama e, em um marco sem precedentes, Ángel o demonio torna-se a
primeira telenovela latino-americana cuja trama continua após o assassinato da
protagonista, María Soledad. A produção decide, então, converter em
protagonista a vilã da história, María Fernanda, vivida pela atriz Maria Sol
Corral, que, na história, era a irmã gêmea malvada, separada ao nascer.
Também em 1993, Roberto
Palazuelos é substituído por Sergio Sendel en Dos mujeres, un camino,
telenovela de Emilio Larrosa, protagonizada por Bibi Gaytán e Laura León. A
demissão ocorreu porque Roberto chegava tarde às gravações, atrasando o ritmo
de produção do melodrama.
No ano de 1994, a morte do
renomado ator mexicano Rafael Baledón deixou inconclusa sua participação na
produção de Pedro Damián protagonizada por Maribel Guardia e Saúl Lisazo,
Prisioneira do amor, exibida no Brasil pela Rede CNT, em 1997. Eduardo Noriega
foi o ator responsável por dar sequência ao personagem de Braulio Monasterios.
Em 1995, a Venevision produz Ka
Ina, protagonizada por Jean Carlo Simancas, Viviana Gibelli e Hilda Abrahamz. Cristina
Reyes, que vivia a personagem Mireya Carvajal, gravou apenas onze capítulos e
teve que se ausentar por problemas de saúde. O escritor da trama, César Miguel
Rondón, convidou, então, Fedra López para o papel, com o qual a atriz alcançou
grande popularidade, contracenando ao lado de Aroldo Betancourt, que se passava
por um padre para escapar da justiça.
Ana Colchero |
Nada personal, telenovela
produzida em 1996 pela Argos Comunicación para a Azteca, que, aqui no Brasil
recebeu o nome de Traição, em sua exibição pela Rede Bandeirantes, foi uma
telenovela problemática. Após ter protagonizado Alondra, pela concorrente
Televisa, Ana Colchero tomou a decisão de assinar contrato com a Azteca,
interessada na oferta de melhores condições de trabalho. A atriz apostou
fortemente na personagem que lhe foi oferecida, mas, as coisas mudaram
drasticamente no decorrer da produção. Em declarações à imprensa, Ana conta que
processou a Azteca por descumprimento de contrato, pela modificação da história
sem seu consentimento, porque não lhe promoveram como era devido e não lhe
outorgaram o primeiro crédito como prometido. Ana afirmou que foi objeto de
castigo na produção, onde suas participações foram diminuídas e sua personagem,
que era a protagonista, somente aparecia em cenas avulsas. Em resposta, foi
acusada de abandonar a gravação e seu papel foi parar nas mãos de Christianne
Gouat. O resultado do processo contra a empresa de Ricardo Salinas Pliego somente
saiu em 2002. Seis anos de tramitação renderam à atriz a bolada de 45 mil
dólares. Após o escândalo, a atriz, que era uma das mais cotadas na década de
90, saiu da cena mexicana e se dedicou a estudar Economia e ser escritora.
Durante as gravações de A alma
não tem cor, de 1997, o produtor Juan Osorio substituiu Arturo Peniche pelo
modelo e ator argentino Osvaldo Sabatini, esposo da atriz venezuelana Catherine
Fullop, após problemas com o ator. Nesta ocasião, várias foram as publicações
da imprensa que alegaram, quase com certeza, que Peniche esteve internado em um
centro de desintoxicação por ter atravessado um forte problema de drogas e
álcool que ameaçava destruir sua carreira. Entretanto, segundo a versão do ator,
nada disso é verdade e garantiu que nunca teve problemas com vícios; que
abandonou a produção por não estar de acordo com algumas coisas e depois
aproveitaram para difamá-lo.
Também em 1997, em Esmeralda, Juan
Carlos Serrán foi substituído por Rafael Amador no personagem de Dionísio
Lucero, o capataz da fazenda Casa Grande, pai de Adrian e Florzinha, vividos
por Alejandro Ruiz e Esther Rinaldi, respectivamente.
Em Mi pequeña traviesa,
telenovela de Pedro Damián, protagonizada por Michelle Vieth e Héctor Soberón
também em 1997, Aitor Iturrioz interpreta o papel de Hugo, no entanto, por
motivos não revelados, é substituído por Arath de la Torre.
Marcelo Buquet |
Rosy Ocampo, em sua época de
produtora de telenovelas infantis, tornou-se famosa por substituir os
protagonistas de suas tramas, Marcelo Buquet foi o primeiro quando
protagonizou O diário de Daniela, em 1998. Com o término de seu contrato de
exclusividade com a Televisa, o ator exigiu um aumento de salário muito alto na
renovação, mas, diante da negativa da produtora, renunciou à produção e foi substituído
por Gerardo Murguía em sua estreia como protagonista.
Também em 1998, a personagem Olívia,
vivida por Claudia Vega em A usurpadora, é substituída por Amara Villafuerte.
Por motivos desconhecidos, a amante de Willy, papel de Juan Pablo Gamboa,
deixou a telenovela.
Em 1999, durante as gravações
de DKDA Sueños de juventud, a cantora e atriz Litzy foi substituída por Andrea
Torre, por problemas de saúde, no papel de Laura Martínez. Nesta ocasião, Litzy
contraiu uma forte gripe que a distanciou das gravações por vários dias para
evitar o contágio, entretanto, após deixar o hospital e voltar às suas
atividades, voltou a sentir-se mal e foi recomendada a ficar em repouso por
mais alguns dias. Como os produtores não podiam mais adiar as gravações, Andrea
Torre assumiu sua personagem na telenovela.
Em Rosalinda, produção de Salvador
Mejía Alejandre protagonizada pela atriz e cantora Thalía, também de 1999,
Milagros Rueda é substituída por Ivonne Montero na personagem de Celina
Barreto, por motivos desconhecidos.
Ainda em 1999, a personagem
Juanita, de Alma rebelde, vivida inicialmente por Adriana Lavat, é trocada por Claudia
Ortega. Segundo o produtor, Nicandro Díaz, Adriana era muito rebelde e deixou
de ir às gravações. Outra substituição foi a de Raúl Padilla “Chóforo”. Seu
personagem, Narciso, passou para as mãos de Sergio Ramos “El Comanche”, por
motivos não esclarecidos.
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