Convencida de que a nova Juana
Pérez rompe os padrões daquela jovem que chegou à maternidade de forma
inesperada, a atriz María Gabriela de Faría, protagonista do novo melodrama
produzido pela RTI junto à Televisa para a Televen, confessa que se colocar na
pele da personagem idealizada pela escritora Perla Farías e Basilio Álvarez,
tem sido a melhor experiência que já aconteceu em sua vida. Sua personagem,
mesmo já sendo conhecida, continua obtendo uma boa receptividade dos
telespectadores. A atriz venezuelana protagoniza a telenovela exibida pela
Televen em seu horário nobre, acompanhada de importantes figuras da arte cênica
do país.
Virgen de la calle é uma
história que conduz o público a um panorama atual, com sabor e sotaque
venezuelano, destaca a atuação da jovem atriz que já liderou projetos de
destaque internacional, como Isa TKM e Grachi, acompanhada, nesta ocasião, pelo
galã colombiano Juan Pablo Llano.
“Juana é como qualquer garota
venezuelana” afirma enfática a atriz que agora reside em Los Ángeles, Estados
Unidos. A jovem a qual María Gabriela dá vida se mostra aguerrida, perseverante
e fiel em sua busca pelo melhor caminho para alcançar seus objetivos, se
deparando com as surpresas que o destino se encarregou de lhe apresentar.
Rodeada de diversas personalidades que
atuam na trama, no ar de segunda a sexta-feira, às 21h00, pela telinha da
Televen, María Gabriela de Faría diz estar tranquila diante das comparações que
tem recebido após reviver um papel que já foi encarnado pela atriz Daniela
Alvarado, em Joana, a virgem.
“Estou dando minha essência.
Gosto muito do papel que interpreto; Juana é uma personagem que contribui para
que cada cena saia supernatural”, disse ao exaltar a experiência e o respeito
por Daniela.
A milhares de quilômetros de
sua terra natal, mas com a firme intenção de retornar quando o campo professional lhe permitir, María
Gabriela fala de sua personagem, sobre a mudança que experimentou ao participar
de uma produção com temática adulta e até enviou uma mensagem aos seus
compatriotas.
O público já conhecia Juana,
mas… você acrescentou algum “tempero” para que houvesse uma diferença? Qual?
Confesso que a princípio
estava nervosa por enfrentar uma personagem que já havia sido interpretada por
uma excelente atriz como Daniela Alvarado. Eu sempre soube e quis me esforçar
porque tinha que ser diferente, mas não é tão fácil por ser um remake, mas sem
dúvida tem minha essência, isso se deu em cada uma das etapas de criação da
personagem, mesmo não tendo sido necessário mudar nem adaptar; Juana é uma
garota normal, esperta, perseverante como toda boa venezuelana; claro, seu
desenvolvimento sofreu mudanças porque agora a trama é mais moderna, adaptada
para a Venezuela atual e por mais que Juana viva uma história rosa ou de amor,
agora é mais centrada, com os pés bem firmes no chão.
E como você tem recebido as
comparações com a atriz que interpretou a personagem anteriormente?
Eu sabia desde o princípio que
haveria comparações, mas elas não têm me afetado porque estou segura de que
tenho dado o melhor de mim; é María Gabriela na pele de Juana e me doei por
completa para que fosse o que hoje se vê na telinha. Me comprometi, como
sempre, com a personagem.
Como você se sentiu ao voltar
a trabalhar em seu país, após um tempo ausente?
Feliz. Claro, a princípio
pensei friamente: “Ok, vou voltar”. Colhi muitos frutos em Los Ángeles, onde
moro atualmente, mas não perdi a oportunidade, e sem dúvida foi a melhor
decisão que pude ter tomado, trabalhar em meu país e para minha gente não se
compara com nada. Quando aterrissei foi único; voltar à minha casa, onde ainda
tenho meu quarto rosado, onde está minha família, meu bairro, minha gente.
Estava tranquila e me senti cômoda, hoje digo que foi uma das melhores coisas
que já me aconteceram.
Voltaria a trabalhar na
Venezuela?
Sim, claro que sim. Farei tudo
o que estiver ao meu alcance para continuar oferecendo meu grãozinho de areia
como profissional e cidadã a favor da Venezuela.
Você acredita que a telenovela
exalte ou represente algo das jovens venezuelanas?
Sem dúvida tudo. Juana é o
exemplo vivo da mulher venezuelana. Apesar de ter 17 anos, simboliza o quanto
são aguerridas e empreendedoras as minhas conterrâneas, mesmo com todas as
adversidades. Trabalha, estuda e se importa com sua família. Adora a justiça e
até deseja ser fotógrafa, repórter de guerras, com muita vontade de sempre
buscar a verdade, representa muito do que vivem as mulheres venezuelanas hoje
em dia.
Qual o valor que Juana e os
outros personagens oferecem ao telespectador que você acredita ser o mais
importante?
A maioria dos personagens está
em busca da justiça. Muitos passam por um momento onde se dividem entre o bem e
o mal, com a intenção de buscar o caminho correto para alcançar seus objetivos.
Além disso, se adaptam ao momento que estão vivendo, sem descuidar do trabalho,
dos estudos e da família. Outras coisas estão presentes neles, porém, isto
talvez não vá ao ar, devido à censura que tem tido alguns capítulos.
Por que você diz que existe
uma censura nos capítulos de Virgen de la calle?
Sinto muito e é muito triste o
que acontece com a telenovela, já que a adaptam à lei e cortam muitos
fragmentos que dão rumo à história. Haverá quem não consiga entender algumas
situações já que as cortam e perdem a sequência e o que verdadeiramente se deseja
mostrar.
A telenovela está direcionada, principalmente, ao público mais adulto. Foi difícil a adaptação?
A telenovela está direcionada, principalmente, ao público mais adulto. Foi difícil a adaptação?
Foi um processo que tomou
bastante tempo. Tudo acompanhou a criação da personagem. A princípio, me dei
conta que minha voz era muito aguda, isso foi bom para as tramas juvenis nas quais
vinha trabalhando, mas nesta não muito. Então, trabalhamos na voz, para que se
projetasse a maturidade da personagem. Isso foi a única coisa que tive que
adaptar, do restante, é uma personagem que se adapta para que tudo saia
totalmente natural.
A maioria dos atores é
venezuelana, mas, como você convive com talentos do exterior?
Excelente. Eu já havia
trabalhado com Juan Pablo (foto), ele é como meu irmão e sempre anda cuidando de mim.
De fato, o diretor nos reuniu e pediu que déssemos uma pausa nas brincadeiras,
para que se mostrasse uma atuação ainda mais real e convencêssemos como casal
diante da telinha. Foi uma experiência maravilhosa compartilhar seu
profissionalismo. Sinto-me orgulhosa.
As gravações já terminaram?
Sim, no final de dezembro
terminamos de gravar essa maravilhosa história.
Você disse também que as
gravações desta telenovela foram as mais felizes da sua vida...
Sim, porque tudo contribuiu
para que fosse uma experiência bonita e inesquecível. Aconteceu no momento da
minha vida no qual tinha que acontecer. Como disse: tive dúvidas quando desci
do avião, mas tudo mudou quando me vi em minha terra, em minha cidade, com
minha gente. Imagine você, voltar à RCTV, onde gravamos; o aroma dos
corredores, os estúdios, voltar ao meu antigo camarim e estar entre
venezuelanos, isso me fez sentir feliz e como peixe dentro da água. Além disso,
conheci o amor da minha vida. (Referindo-se a Christian McGaffney, seu atual
parceiro e quem interpreta David Uzcategui em Virgen de la calle).
Em quais outros países você
gostaria que esta produção fosse transmitida?
Em todos (risos). Mesmo que já
esteja sendo exibida na Venezuela, gostaria que entrasse no mercado mexicano,
país potencial em telenovelas, e na Colômbia. Também nos Estados Unidos,
sobretudo nos canais de língua espanhola; seria interessante mostrar nossa arte
por lá.
A inocência de Juana é
parecida com a personalidade de María Gabriela?
Certamente. Juana se parece
bastante a mim e também a muitas jovens que buscam superar-se, amam a verdade e
são apaixonadas pela justiça. Além disso, sempre alguém contribui com algo ao
personagem e o personagem deixa muito a alguém, e creio que o que mais aprendi
de Juana é que é determinada a conseguir o que quer. Ah! Também despertou meu
instinto maternal, já que convivi com um bebê na telenovela mais de 14 horas
por dia, as quais duravam a jornada de trabalho.
Existem outros projetos em
vista?
Muitos projetos. Continuo me
preparando para evoluir nesta carreira e continuar fazendo o que eu gosto:
atuar. Agora estou em Los Ángeles, estudando, e continuo persistente para
cumprir as metas que me propus.
Então, Hollywood é uma meta…
Pelo menos estou mais próxima
(risos). Estou na água pra se molhar. Estamos aí, não descarto nenhuma
oportunidade.
Envie uma mensagem aos seus
compatriotas...
Tantas coisas. Queria estar na
Venezuela e acompanhá-los. Nosso país necessita de pessoas que levantem a voz.
Eu lhes diria que não parem de lutar por seus ideais, que consigam tudo pelo
caminho da paz, da tolerância, sem se importar com as bandeiras políticas. Há
um ditado que diz: O pior da sua luta para acabar com o inimigo é que você se
torne um deles.
Sua relação com Christian
McGaffney tem sido salpicada por polêmicas. Essas situações que a imprensa
tornaram públicas lhes afetaram em algo?
Não! Absolutamente em nada! De
fato, nós ríamos cada vez que víamos o que se comentava ou como a imprensa
reagia. Inventam qualquer coisa para falar. Confesso que nunca havia me
relacionado tão bem com alguém na minha vida como acontece com Christian. Compartilhamos,
trabalhamos, desfrutamos e somos bons amigos.
Colaboração: Televen
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