domingo, 28 de março de 2010

Coração selvagem


NOME ORIGINAL
Corazón salvaje

ESCRITORA
María Zarattini (Baseada na obra de Caridad Bravo Adams)

PRODUTOR
José Rendón

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
80

ANO DE GRAVAÇÃO
1993

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1997 / 2000

EMISSORA
CNT - Gazeta / SBT

TEMA DE ABERTURA
Corazón salvaje

INTÉRPRETE
Manuel Mijares

¿Y cómo cobrale a la vida cuando todo te ha salido siempre mal?
¿Y cómo cerrar tantas heridas si la sangre no ha dejado de brotar?
Cuando al precio de la vida es tan difícil de pagar.

¿Y cómo rogarle al destino cuando estoy acostumbrado a arrebatar?
Porque hoy que te he encontrado no te aparte de mi lado,
no derrumbe nuestros sueños, ni se atreva a separarnos.

Voy a exigirle a la vida que me pague contigo, que me enseñe el sentido del dolor,
porque ya fue suficiente el castigo de no haberte conocido
y dejar de ser por siempre un mendigo del amor, un corazón salvaje…

¿Y cómo explicar a los instintos que mi búsqueda contigo terminó?
que dos caminos tan distintos en algún momento el tiempo los unió,
quien lo dijera, entregar la libertad sin condición.

Voy a exigirle a la vida que me pague contigo, que me enseñe el sentido del dolor,
porque ya fue suficiente el castigo de no haberte conocido
y dejar de ser por siempre un mendigo del amor, un corazón salvaje…


ELENCO

Edith González: Condessa Mônica de Altamira de Alcazar y Valle

Eduardo Palomo: João Alcazar y Valle “João do Diabo”

Ana Colchero: Condessa Aimé de Altamira de Alcazar y Valle

Ariel López Padilla: André Alcázar y Valle

Enrique Lizalde: Noel Mancera

Claudia Islas: Sofia de Alcazar y Valle

Arsenio Campos: Alberto de la Serna

Luz María Aguilar: Catarina de Altamira

Ernesto Yáñez: Batista

Yolanda Ventura: Açucena

Javier Ruán: Guadalupe Cajiga

César Évora: Marcelo Romero

Isaura Espinoza: Amanda

Verónica Merchant: Mariana

Olivia Cairo: Joaninha

Emilio Cortés: Serafim

Ana Laura Espinosa: Lupe

Gerardo Hemmer: Joaquim

Jaime Lozano: Segundo

Adalberto Parra: Capitão Espíndola

Alejandro Rábago: Pedro

Gonzalo Sánchez: Facundo Gómez "Tuerto"

Mónika Sánchez: Rosa

Indra Zuno: Meche

Antonia Marcin: Dolores

Julio Monterde: Frei Domingo

Queta Lavat: Madre Superiora

Arturo Paulet: Juiz Mondragón

Joana Brito: Ana

Maribel Palmer: Teresa

Queta Carrasco: Dona Prudência

María Dolores Oliva: Tehua

Juan Antonio Llanes: Juiz Esperón

Conchita Márquez: Irmã Juliana

Julián de Tavira: João (Criança)

Christian Ruíz: André (Criança)


INTRODUÇÃO

Coração selvagem foi produzida por José Rendón, em 1993. Foi a terceira adaptação para a televisão, por Mary Zarattini, da clássica história original de Caridad Bravo Adams. É a mais bem sucedida e lembrada das três versões produzidas no México.


RESUMO

Francisco Alcázar y Valle é um importante e rico homem que possui uma fazenda de cana de açúcar, casado com uma mulher forte e sem compaixão, Sofia Alcázar y Valle, com quem tem um filho, André Alcázar y Valle. Dona Sofia, é uma mulher de caráter forte, muito severa, e distinta, ela é prima do respeitado Conde de Altamira.

Francisco teve um caso extra-conjugal com uma mulher casada que era maltratada por seu marido. A mulher ficou grávida e morreu quando a criança tinha três anos. O menino, um filho bastardo, é na verdade o primogênito de Francisco.

Em sua gravidez, seu marido se recusa a deixá-la ir, não permite que Francisco saiba que o filho é dele, e tampouco o reconhecem como sendo dele. Então o menino, chamado João, cresce sendo conhecido como João do Diabo, porque não tem sobrenome. A mãe de João morre pelos maus-tratos que recebia de seu marido e o menino acaba crescendo sem amor e educação, em situação de pobreza e abandono.

João até os 15 anos de idade foi criado por seu padrasto, um homem bêbado e vagabundo que só lhe ensinou malandragens. O padrasto de João morre. Francisco Alcázar, ao saber da existência desse menino, esconde esse fato de todos, mas convida-o para morar em sua fazenda com sua família, alegando que ele será um colega para seu filho André. Sofia descobre a verdade e tenta se livrar de João, mas Francisco se opõe.

Francisco sofre um acidente, quando montava um cavalo, justamente quando iria reconhecer legalmente João como seu filho, como havia planejado. Francisco, no entanto deixou uma carta com as suas intenções para seu amigo e advogado Noel Mancera. Sofia intercepta a carta e esconde. Em seu leito de morte, Francisco manda chamar seu filho André, que é apenas uma criança, e lhe diz a verdade, e lhe pede para cuidar de seu irmão João. Após a sua morte, Sofia manda embora João sem dizer nada a André, que sofre muito.

Passa-se quinze anos. João, um homem que viveu entre os marinheiros e piratas no porto, ganhou uma reputação duvidosa com os negócios do contrabando sujo, ganhando seus combates e sendo justo com seus homens, recebe uma fidelidade sem limite. É também um mulherengo, mas ninguém tem roubado o seu coração. Ele sabe quem era seu pai, porque o advogado Noel Mancera lhe havia dito, ele se tornou o seu melhor amigo e o único que lhe deu alguma educação. Noel Mancera ofereceu seu sobrenome, mas João se recusou porque não precisava disso para os seus negócios.

Mônica e Aimé são filhas da viúva Catarina de Altamira, ainda que irmãs, são totalmente distintas. Aimé foi criada por uma tia na capital, frequentou escola para moças, e os mais altos saraus da sociedade mexicana tentando encontrar um marido rico, porém suas tentativas eram todas em vão, já que apesar do nome Altamira que ostentava, a sedutora dama não tinha dote, já a doce Mônica, ficou aos cuidados de sua madrinha Sofia com o intuito de preparar uma verdadeira "senhora" para seu filho André Alcazar que só tinha visto a noiva quando tinha apenas 8 anos de idade.

Na capital, André recém chegado da Europa (onde passou mais de 15 anos estudando), conhece sua prima Aimé, e se apaixona por ela. André conta este fato à sua mãe quando este vai visitá-la. Sofia informa à sua prima Condessa Catarina, os sentimentos de seu filho.

Quando Catarina descobre que a sua filha foi rejeitada fica consternada, sabendo que isso poderia significar a ruína de sua família. Por outro lado, ao saber que André, na verdade, ama sua outra filha Aimé, fica horrorizada com o pensamento de como ficará Mônica com seu coração, mas aceita o novo compromisso.

Quando Mônica descobre os sentimentos de André, fica desesperada, pois não haveria mais o casamento que sempre sonhou. Ela fica doente, mas depois da recuperação, decide entrar para o convento e tomar os hábitos. Diz a todos que se sente aliviada porque André quebrou o seu compromisso e passa a fingir que sempre teve uma vocação religiosa.

Um dia, enquanto Aimé passeava na praia, avistou um homem que tomava banho em uma casa na praia e começou a espioná-lo. O homem era João do Diabo. Aimé, não conhecia nem a ele e nem a seu passado, tampouco sabia que ele era o filho de Francisco de Alcázar y Valle. Ela o observou distantemente, mas João percebeu sua presença.

Nos dias subsequentes, Aimé retornaria várias vezes para espiar João. Ele decide então armar uma armadilha enquanto ela está escondida esperando por ele. Assim que se conhecem eles têm um breve romance e se apaixonam.

André volta para a aldeia. Com a aprovação de sua mãe, e da Condessa Catarina, ele pede a mão de Aimé em casamento, algo que ela aceita, apesar de seu relacionamento com João.

Por outro lado, João começa a pensar que poderia se casar com Aimé, e um dia lhe pergunta se ela casaria com ele se ele fosse rico, ela responde: "Se fosse, por que não?".

Com essa pequena esperança João decide fazer uma viagem de dois meses para acumular uma fortuna e ser apresentado à família de Aimé como um bom futuro marido. Seu mentor, o advogado Noel Mancera, oferece-se para dar o seu sobrenome quando descobre que João está apaixonado por uma mulher, desconhecendo que a moça pela qual João está apaixonado é a Condessa Aimé de Altamira. João parte e Aimé promete esperar e casar com ele, apesar de já estar comprometida com André.

Depois de várias semanas, rumores estão começando a chegar de que João do Diabo havia sido detido em sua viagem e condenado a 10 anos de trabalhos forçados. Face a esta notícia, Aimé continua com o seu compromisso com André e o casamento se realiza.

João chega à cidade, no dia do casamento de Aimé e André. Apenas no dia seguinte, quando se reúne com Noel Mancera, ouve sobre o casamento que se realizara. Então, imediatamente parte para a fazenda de André, chamada "Campo Real", para confrontar e levar Aimé para forçá-la a cumprir sua promessa.

André, que nada sabe do seu parentesco com João e da aventura que este teve com sua esposa, decide empregá-lo como o novo administrador de sua fazenda.

Entretanto, Mônica abandona o convento e encontra-se com sua família na fazenda dos Alcázar y Valle. Ela começa a ser chamada de "Santa Mônica" por João e junto com sua mãe acabam descobrindo o romance que este viveu com Aimé.

André pretende reparar sua ofensa casando Mônica com seu amigo Alberto de la Serna, já que esta havia deixado o convento.

André descobre que João é realmente o seu irmão e que ele teve um caso indecente com alguma mulher da casa. André é incapaz de imaginar a verdade e imediatamente pensa que se trata de Mônica.
Devido a esse equívoco, Mônica é obrigada a se casar imediatamente.

Ela aceita para proteger André e sua irmã da vergonha, do escândalo e de suas consequências. Sendo já nomeado com João Alcazar y Valle, este contrai matrimônio com a Condessa Mônica de Altamira.

João e Mônica, apesar de casados por outros interesses, se apaixonam, mas não será fácil viver felizes para sempre. Apesar de estarem casados, não sabem se querem um ao outro ou só se respeitam.

João, que não tem certeza do amor de Mônica, tenta descobrir o que ela sente por ele, porque não sabe se ela ainda ama André, mas pouco a pouco, tal como ela, vai se apaixonando sem perceber. Mônica sempre negou querer André, e em uma conversa em que ambos confessam suas vidas e anseios, Mônica declara seu amor por João, que quer acreditar nela, porque ele já demonstra não estar mais interessado em Aimé.

Mas Aimé, que não está contente por ter perdido João para sua irmã, prepara um jogo escondendo um retrato de André, onde Mônica declarava o seu amor, dentro de uma roupa que deixou na casa de sua mãe, e a envia para a casa de João. Quando ele encontra, sente muita raiva e pede explicação à Mônica. Ela se recusa a explicar, ele então vai para a cantina do Tuerto e apenas a intervenção do Sr.

Noel faz com que João volte para casa e peça perdão à Mônica, dizendo que ela é a única que o deixa louco, e que se mataria por ela. Passam-se os dias e os dois felizes e apaixonados até que João tem que partir por conta dos seus negócios.

Espíndola e seu amigo Guadalupe Cagigas, preparam uma armadilha para acusar João de contrabando de armas e homicídio. Após o seu regresso, João é preso em sua casa juntamente com Tuerto e Noel, que foi libertado pouco tempo depois.

Espíndola não deixa que Mônica veja João, mas permite Aimé. Enquanto isso, Dona Sofia, consciente do amor que teve sua nora Aimé e João, traça um plano com o seu amigo Alberto de la Serna para se livrar de João e Aimé: dizer a ela que eles vão escapar juntos, e a ele que fugirá com Mônica, para matar sua nora a e João fingindo um acidente.

Como João não confia na senhora Sofia decide, antecipadamente, sua fuga. João agride Espíndola, e é ferindo com gravidade. Tuerto atira e mata o chefe de prisão. Assim conseguem fugir, mas como João está muito ferido, o levam para a cabana da curandeira Tehua, onde também esconde Aimé.

Entre Dona Sofia, Alberto de la Serna, e Guadalupe Cagigas fazem correr rumores que dizem que João e Aimé escaparam juntos no barco de Cajigas, que fazem explodir para fingir que morreram mesmo.
Oportunamente o juiz, em São Pedro se retira e é substituído por Marcelo Romero Vargas, que vem acompanhado por sua cunhada Amanda, viúva do seu irmão e de sua sobrinha, Mariana.

Logo ficam sabendo que Mariana não é filha do marido de Amanda, mas de Noel Mancera. Romero Vargas, que tem um senso de justiça, assume o caso de João, apesar de estar tramitando o processo de certidão de óbito. Noel descobre que as armas encontradas na caravela de João não são provenientes do contrabando, mas de uma apreensão anterior de um outro prisioneiro morto que estava na prisão e que foi réu apenas antes de João.

Mônica, destruída pela dor e luto como todos, acredita que João e sua irmã haviam morrido. Vários dias depois, Mônica descobre que João está vivo e decide vender a casa e o barco para fazê-lo voltar.

Aluga a casa para o novo juiz, e volta para a casa de sua mãe. Apresenta os documentos do navio para que André o venda. Ele compra para se desfazer dele e entrega à Batista, o seu capataz, que afunda o navio.

Mônica, que não cabe em si de tanta alegria ao ver João, cuida de suas feridas e propõe uma fuga juntos, mas João se nega porque não quer fugir a vida toda da justiça, porque ele é inocente, nem de André, que acredita que ele fugiu com a sua esposa e agora pode querer vingança.

Quando João reaparece na missa diante de todo o povoado, André o desafia para um duelo e quando isso ocorre, André estava tão bêbado que falha por duas vezes.

Mônica disse que não podia suportar ver João na prisão. João decide que o melhor seria se afastar dela até que fique provado que ele é inocente. Ele vai para uma fazenda abandonada, e quando Mônica o procura para contar que era incapaz de recuperar o barco que afundou, ele a faz acreditar que o barco era mais importante que ela, e encontra uma desculpa para ela ficar longe dele.

Entretanto, André sabe que Aimé era o amante de João e apenas a mantém em casa à espera de um filho, mas Aimé sofre um aborto, e para esconder a situação, ela decide sair à cavalo e fingir que caiu. Batista, para se vingar de seus patrões, coloca uma pedra embaixo da cela, e enquanto Aimé galopa o cavalo se irrita e a derruba nas rochas. Gravemente ferida, morre, mas não antes de fazer Mônica prometer que nunca mais voltará para João.

André, agora, viúvo, percebe o erro em ter se casado, e decide retirar seu sobrenome. Assim, o casamento seria anulado, pois João Alcazar y Valle deixa de existir.

João se entrega à justiça para esclarecer todos os fatos. Aproveitando a situação e inconformada pela morte de sua filha Aimé, Dona Catarina vende sua casa para João, mas sem Mônica saber que ele a compra. Dona catarina decide, então, ir com Mônica para a capital para a casa de sua tia Amália.

Quando João sai da prisão três meses mais tarde, indo para a capital para buscar sua esposa, sua prima lhe diz que Mônica não quer vê-lo. Desolado, volta a São Pedro.

Dona Catarina vê com bons olhos que André quer casar-se com Mônica e tenta convencê-la a aceitar. Mônica encontra-se novamente com João, que deseja falar com ela e explicar tudo, mas ela se recusa. Então João vai à noite na casa de André, para tentar entrar no quarto onde Mônica dorme com sua prima, pronto para obrigá-la a ouvir mesmo que ela implore para ele ir.

Saindo do quarto é surpreendido por André e Batista. Começa uma briga entre os irmãos. Batista dispara contra João para proteger André, mas Mônica se interpõe e fica ferida.

Determinada a não suportar mais que os dois irmãos a tenham como moeda de troca, ela aluga um quarto e passa a viver sozinha, mesmo com a oposição de todos.

Além disso, como Dona Sofia não quer que seu filho se case com Mônica, em seguida, culpa sua prima Catarina e suas filhas por todas as suas desgraças. Ela pede para que Mônica volte para seu marido João.

Vem à luz novamente a carta que Francisco escreveu reconhecendo João como seu filho. Sofia e Alberto novamente armam um plano para atacar e roubar a carta de Batista, que acreditavam estar com ele, mas João pensa o mesmo e embora saiba que só vai encontrar o envelope, pensa que isso será suficiente para provar a existência da carta para o juiz Romero Vargas.

Quando Batista é espancado pelos mercenários de Alberto, o envelope não aparece, algo que desaponta muito Sofia, porque ele o escondeu no chapéu. João acredita que foram atrasados, mas o chapéu está com Tuerto que acaba aparecendo com ele.

Uma noite, André, bêbado e ansioso por vingança, entra no quarto de Mônica e tenta possuí-la a forças, dizendo que, se João teve Aimé, ele também teria direito sobre Mônica, mas as súplicas delas fazem ele ver o que estava prestes a fazer e vai embora.

João continua insistindo com Mônica que o quer tanto quanto ele a quer. E mesmo correndo perigo, pretende visitá-la à noite em seu quarto. A dona da pensão reclama que não é digno Mônica receber visita de homens em horário inoportuno.

João, que recuperou o seu sobrenome graças à carta e ao juiz Romero Vargas, leva Mônica para a casa que era de Dona Catarina.

João descobre que Mônica está esperando um filho, mas ele diz que não se importa se for de André.

Finalmente, André convida João para ir à sua casa e, enquanto os dois estavam ali, acontece um terremoto que faz desabar a casa sobre suas cabeças. André fica preso sob os escombros e João, comovido, salva sua vida apesar de tudo.

Corre de volta para sua casa em ruínas e descobre que Mônica desapareceu. Desesperado, busca incansavelmente por dois dias entre os mortos e feridos, até que ela finalmente aparece na casa de Tehua. Ele segue para lá e sofre uma emboscada de Batista e os seus homens para matá-lo, mas se joga na água, onde Batista pensa que ele morreu, e Mônica, que o viu, pula atrás dele.

André, ferido pelo terremoto, ciente de que João salvou sua vida, apesar de tudo, reconsidera. Faz a mãe saber que ele não quer saber dela de novo, porque ela com suas intrigas só destruiu sua vida, e com raiva ele mata Batista quando este pretende asfixiar Dona Sofia.

Ao saber que João está em casa, André vai até lá decidido a esclarecer que nunca abusou de Mônica, pedindo perdão por tudo e dizer adeus a seu irmão.

Finalmente, João e Mônica puderam viver felizes.


CURIOSIDADES

Enrique Lizalde, que desempenhou o papel de "João do Diabo" na versão de 1966, desempenhou o papel de Noel nessa produção.

Coração selvagem se tornou uma das maiores telenovelas da história, além de ganhar o prêmio "TVyNovelas" como a melhor telenovela de 1994, que deu a volta ao mundo se tornando uma das mais vendidas pela Televisa.

Em 2009, uma nova versão, protagonizada por Aracely Arámbula e Eduardo Yáñez, foi produzida por Salvador Mejía para a Televisa.


COMENTÁRIOS

Nunca a Televisa esteve tão ambiciosa quanto nesse projeto. José Rendon, o produtor da novela, não errou, e Coração selvagem foi um estrondoso sucesso. Foi um épico, que marcou tanto, que nem dez anos pôde apagar o tamanho desse sucesso.

Aqui no Brasil, a telenovela foi apresentada três vezes, duas na CNT em 1997 e uma no SBT, em 2000.

A telenovela era a terceira reedição de uma história já consagrada pelo público. Nesse remake porém, a perfeição foi alcançada, reunindo um elenco feito especialmente para brilhar. Érika Buenfil seria Mônica, que acabou ficando com Edith González, que por sinal, inicialmente seria Aimé, papel que acabou consagrando Ana Colchero. Ariel López Padilla e Eduardo Palomo por pouco não estiveram na telenovela, mas felizmente acabaram ficando com os papéis de André e João do Diabo, respectivamente.

A trilha sonora e o figurino eram inéditos até então. Vários dos temas instrumentais da trama foram usados em telenovelas posteriores, e a partir de então, a emissora passou a cuidar melhor de suas trilhas sonoras. O figurino também foi confeccionado especialmente para a novela, e mais tarde, também foi reutilizado.

Com o elenco principal definido, começou mais uma trajetória de sucesso onde todos se destacaram. Ariel López Padilla jamais havia tido destaque em nenhuma telenovela, e foi uma revelação na pele de André Alcazar, um jovem rico e arrogante. Edith González como a sensível Mônica emocionou o público, que torceu do início ao fim pela personagem, brilhantemente interpretada. Cláudia Islas personificou a malvada Sofia, papel especialmente pensado para ela.

Yolanda Ventura como a impulsiva Açucena foi um ótimo destaque, viria a ganhar mais papéis principais a partir daí. A telenovela também revelou outros nomes, como César Évora e Verónica Merchant. Cabe ainda destacar o primeiro ator Enrique Lizalde, que como sempre, saiu-se muito bem.

Sobretudo, o grande destaque feminino foi a vilã Aimé e Ana Colchero que souberam aproveitar muito bem a oportunidade, tanto é que ofuscou muito Edith González. Rolam até comentários que Edith, sentindo-se apagada por Ana Colchero, pediu a saída de Aimé antes do previsto (tanto é que ela não morria exatamente no final da telenovela), e mais: Edith teria pedido aos diretores para sempre ficar de frente para câmera e exigia mais closes, onde Ana Colchero sempre ficaria de costas. Verdade ou não, Ana Colchero nem assim ficou por menos, e brilhou como a perversa irmã da heroína.

Eduardo Palomo ganhava seu primeiro papel estelar, e logo consagrou-se como João do Diabo. Ele foi um verdadeiro heroi, mas julgado um pirata pela alta sociedade da época. Apaixonado inicialmente por Aimé, ele apaixona-se pela doce Mônica, e tem seu sangue nobre reconhecido por alguns, tornando-se um grande líder. Eduardo esteve absolutamente perfeito no papel. Ele e Edith formaram um dos pares mais marcantes de todos os tempos. Eduardo e Edith projetavam a química perfeita na tela.

Mas há um fantasma quanto ao que se diz de Coração selvagem: nenhum dos principais envolvidos conseguiram igualar ou superar o êxito da telenovela depois. Eduardo Palomo tentou outras vezes usar uma fórmula parecida com João do Diabo, mas nunca com o mesmo sucesso. A própria Edith González, ainda emplacou êxitos como Nunca te povidaré e Salomé, mas também sem conseguir superar Mônica de Altamira. Ana Colchero ganhou um personagem estelar mais tarde, em Alondra, mas ainda que não tenha fracassado, não teve o mesmo alcance. Cláudia Islas ainda ganhou bons papéis, como a Amparo em Marisol, mas logo caiu no ostracismo e foi para a TV Azteca tentar algo melhor. E José Rendon, o produtor, só emendou fracassos após esse sucesso.

Apesar de tudo, os atores são muito agradecidos, afinal Coração selvagem proporcionou um sucesso avassalador para cada um deles. Eduardo Palomo não nega que João do Diabo foi seu personagem mais querido, assim como muitos outros.

Coração selvagem foi uma das primeiras telenovelas a ganhar praticamente todos os prêmios TVyNovelas (telenovela, ator, atriz, revelação masculina e feminina, primeira atriz, escritora, produtor, fora prêmios técnicos como figurino, direção e trilha sonora). Também pudera, foi um verdadeiro clássico da Televisa, e que seu sucesso jamais será esquecido nem apagado.

Prisioneira do amor


NOME ORIGINAL
Prisionera de amor

ESCRITORA
Valeria Phillips (Baseada na obra de Inés Rodena)

PRODUTOR
Pedro Damián

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
95

ANO DE GRAVAÇÃO
1994

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1997

EMISSORA
Rede CNT - Gazeta

TEMA DE ABERTURA
Prisionera de amor

INTÉRPRETE
Rocío Banquells

Comenzó el día que te conocí, no supe más, solo me perdí.
No me importó ser la otra, después me dolió sentir por ti esta loca pasión.
Me extrañas igual que yo o más que yo y me duele esta verdad de ser…

Prisionera de amor ocultando el dolor, esperando ese día.
Prisionera de amor, suspirar junto a ti, sin pensar nada más.
Prisionera de amor, de saber que hay en ti.
Ha dejado su vida, no lo puedo ocultar amor, me tortura el callar.

Prisionera de amor ocultando el dolor, esperando ese día.
Prisionera de amor, suspirar junto a ti, sin pensar nada más.
Prisionera de amor, de saber que hay en ti.
Ha dejado su vida, me siento triste por ello amor, pero no puedo más.

Entiéndelo, el silencio me matará, desgarra mi alma, sin treguas ni perdón.
Te juro que lo intento y disimulo, mas me duele esta verdad de ser…

Prisionera de amor ocultando el dolor, esperando ese día.
Prisionera de amor, suspirar junto a ti, sin pensar nada más.
Prisionera de amor, de saber que hay en ti.
Ha dejado su vida, no lo puedo ocultar amor, me tortura el callar.
Prisionera de amor ocultando el dolor, esperando ese día.
Prisionera de amor, suspirar junto a ti, sin pensar nada más.
Prisionera de amor, de saber que hay en ti.
Ha dejado su vida, me siento triste por ello amor, pero no puedo más.


ELENCO

Maribel Guardia: Cristina Carbajal / Florência Rondán

Eduardo Santamarina: Rodrigo Miranda

Saúl Lisazo: José Armando Vidal

Carmen Amezcua: Gisele de Vidal

Rafael Baledón: Bráulio Monasterios

Eduardo Noriega: Bráulio Monasterios (Substituto)

Julieta Egurrola: Flávia Monasterios

Irán Eory: Heloísa Monasterios

Alberto Inzúa: Gastão Monasterios

Karla Álvarez: Karina Monasterios

Alisa Vélez: Rosinha Monasterios

Gerardo Hemmer: Alex Monasterios

Alix Bauer: Sônia Monasterios

Ariel López Padilla: Frederico Monasterios

Rosario Gálvez: Eugênia

Rodolfo Arias: Efren

Álvaro Carcaño: Pascual

Juan Felipe Preciado: Albino

Lorena Meritano: Esther

Fernando Ciangherotti: Augusto

Sebastián Ligarde: Geraldo Ávila

Gabriela Goldsmith: Isaura Durán

Juan Carlos Muñoz: Ângelo

Roberto Gutiérrez: Oswaldo Serrano

Silvia Dérbez: Charo

Fabiola Campomanes: Lucila

Patricia Martínez: Eufêmia

Leticia Calderón: Consuelo

Irma Torres: Librada

Alma Rosa Añorve: Jacinta

Leonardo García: Oscar

Mané Macedo: Délia Escobedo

Georgina Pedret: Luz

Mónica Dionne: Teté

Sergio Jiménez: Dr. Santos

Javier Gómez: Humberto


INTRODUÇÃO

Prisioneira do amor está baseada na obra Amalia Batista, protagonizada em 1983 por Susana Dosamantes e Rogelio Guerra. Está baseada também em Ileana, de 1977, com Helianta Cruz e Jean Carlos Simancas.

Essa versão de 1994 foi protagonizada pela atriz e cantora Maribel Guardia e pelo ator argentino Saúl Lisazo.


RESUMO

Cristina Carbajal, é uma mulher que foi presa injustamente por haver sido culpada pela morte de seu esposo. Depois de dez anos presa, consegue sair da prisão por boa conduta. Suas filhas Karina e Rosinha, que tinham respectivamente apenas cinco e um ano de idade, quando ela havia sido presa, agora possuem quinze e onze anos de idade.

Elas foram criadas pelos tios de seu pai, Bráulio e Heloísa Monasterios. Estes odeiam Cristina, pois realmente acreditam que a culpada pela morte de seu sobrinho seja ela. Os Monasterios chegaram a dizer às meninas que elas eram órfãs.

Ao sair da prisão, Cristina regressa ao lugar onde vivia e começa a trabalhar com o nome de Florência na casa de seu advogado defensor, José Armando Vidal, e sua esposa Gisele, uma mulher doce e de nobres sentimentos que está gravemente enferma, em seu estado terminal.

Gisele acolhe Florência e começa a educá-la para que possa fazer parte da alta sociedade e para que encontre um bom esposo.

Depois de vários meses, Gisele morre, mas não antes que José Armando se apaixonasse por Cristina, que sente o mesmo por seu advogado, mas está mais interessada em encontrar suas filhas.

Flávia, cunhada de Bráulio, teme que Karina e Rosinha herdem a fortuna da família no lugar de seus filhos Sônia e Alex. Esta diz a Karina que sua mãe está viva, mas é a assassina de seu pai. O que provoca o repúdio de Karina por sua mãe.

Florência se faz passar por uma assistente social para ajudar sua filha mais velha, Karina, que se tornou uma jovem desobediente e rebelde. Enquanto isso, um fotógrafo nota a extraordinária beleza de Cristina e publica algumas fotos dela em um jornal, com seu verdadeiro nome. Ao vê-la no jornal, suas filhas a procuram e a aceitam como sua verdadeira mãe.

Ainda que Karina esteja encantada vivendo com ela, Rosinha despreza a humilde condição em que vive sua mãe e recusa deixar o estilo de vida cômodo que tem junto a seus tios. Mesmo assim, ao se sentir excluída por eles, e, devido a nova relação que tem com sua mãe, aceita viver com Cristina porque no fundo sempre teve a ilusão de ter uma mãe a seu lado.

Os problemas entre os Monasterios e Cristina se resolvem: Karina se casa, e José Armando também se casa com Cristina. Pouco tempo depois, surgem diversos problemas nos casamentos de mãe e filha: Karina deixa seu esposo e volta a viver com sua mãe na casa de José Armando. Este começa a dar atenção a uma amante, Isaura Durán, que chega fica obcecada por ele, chegando a ameaçá-lo. Tanta é sua obsessão que ela perde as estribeiras, provocando um acidente de trânsito no qual ela morre. Depois da morte de Isaura, o casal se reconcilia.

Durante este tempo, Cristina descobre que está grávida, e dá à luz um menino, Armandinho. O casal está em sua plena felicidade, mas um acidente de trânsito mata o menino, deixando Cristina traumatizada, e esta acaba por culpar seu esposo pela morte de seu filho. Cristina perde a razão, e é internada em uma clínica de saúde mental. Sua crise, faz com Karina volte atrás com seu esposo, buscando apoio, e ambos se reconciliam.

Os meses passam, e Cristina não apresenta melhoras. José Armando chega a iniciar uma relação com Consuelo, a enfermeira que cuida de Cristina no hospital. José Armando consegue que os médicos declarem Cristina como louca e consegue a anulação de seu casamento. Depois disso, se casa com Consuelo.

No entanto, o doutor Miranda havia se apaixonado por Cristina, e decide fazer uma tentativa especial para ajudá-la em sua recuperação. Os esforços do doutor conseguem ajudar Cristina a superar o trauma pela morte de seu filho, e ela volta ao seu lar pensando que ainda continua casada com José Armando. Enquanto isso, José Armando está em conflito com seus sentimentos: quer Consuelo, mas ainda sente a foça do amor que teve por Cristina.

Depois da melhora de Cristina, Consuelo sente e vê o conflito de emoções que existe dentro de José Armando, e ela o abandona, deixando-o em liberdade para voltar com Cristina. Ao mesmo tempo em que Cristina descobre que ele a havia declarado como louca para se casar com outra, e ela se enfurece.

A história termina depois que Cristina descobre essa última e humilhante traição por parte de José Armando. Cristina jura que nunca mais voltará com ele, e o deixa só. Ela segue sua vida junto ao doutor Miranda.

sábado, 27 de março de 2010

Na própria carne


NOME ORIGINAL
En carne propia

ESCRITOR
Carlos Olmos

PRODUTOR
Carlos Téllez

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
8

ANO DE GRAVAÇÃO
1990

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1997

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Instrumental


ELENCO

Edith González: Estephanie Muriel / Natália de Jesus Ortega

Eduardo Yáñez: Leonardo Rivadeneyra

Angélica Aragón: Madalena Ovalle Dumont de Muriel

Gonzalo Vega: Otávio Muriel

Raúl Meráz: Afonso Dumont

Juan Peláez: Jerônimo

Mariana Levy: Dulce Olívia Montenegro

Martha Roth: Leda

Sebastian Ligarde: Abigail Muñóz

Cecilia Toussaint: Laura

Norma Lazareno: Gertrudes

Claudio Báez: Geraldo

Susana Alexander: Irmã Carolina

Liliana Weimer: Coral Labrada

Patricia Reyes Spíndola: Tota

Oscar Narváez: Agusto

Marta Aura: Ângela

Fernando Rubio: Hans

Maya Ramos: Júlia

Fernando Amaya: Dr. Reyes

Noé Murayama: Eusébio

Manuel López Ochoa: Pacheco

Alexis Ayala: Alexandre Tamaris

Irán Eory: Susana Tamaris

Alejandro Tomassi: Alexis

Verónica Terán: Astrid

Carlos Aguila: Dr. Murrieta

José Carlos Infante: Enrique

Lourdes Canale: Aurora

Sebastián Rosas: Abel

Joanna Brito: Anabel

Adrian Taboada: Manzano

María Fernanda Malo: Estephanie

Arturo Romano Orozco: Alfonso

Erika Carlson: Jennifer

Ivan Bonilla: Tranças

Tiaré Scanda: Pinguita

Héctor Parra: Adriano

Lucía Pailles: Joaquina

Alberto Perdomo: Jorge

Luis David: Joaquim

Héctor Dupuy: Franklin

David Armenta: Cachito

Ismael Azcúe: Zepeda

José Ávila: Motorista

Soledad Ruíz: Cecília

Ricardo Lezama: Gumaro

Julia Alfonso: Acácia

Lourdes Villareal: Rainha


INTRODUÇÃO

Essa história policial de Carlos Téllez, conta a com a participação de Edith González como uma menina que, quando criança foi raptada. A personagem de Angélica Aragón que interpreta a mãe da menina, perde sua própria vida nas mãos de seu esposo, o conhecido vilão com a mão de ferro. O encarregado pela investigação era um detetive interpretado por Eduardo Yáñez.

A Rede CNT, que não havia se interessado em exibir a telenovela Na própria carne, deixou que o SBT a exibisse, e este a colocava ao ar somente aos sábados às 15h00, em capítulos gigantescos de mais de quatro horas, como se fosse uma semana inteira em um dia apenas.


RESUMO

Leonardo Rivadeneyra, um detetive particular, recebe a visita de uma bela e elegante mulher que se identifica como Madalena Dumont, esta começa a contar-lhe um relato aterrorizante.

Anos atrás, raptaram a filha de Madalena, chamada Estephanie. O engenheiro Otávio Muriel, esposo de Madalena, foi com o dinheiro do resgate, até o lugar indicado pelos sequestradores, mas os criminosos fugiram com a menina em um helicópteo que explodiu no ar, sem deixar sobreviventes.

Antes do acidente, um dos sequestradores havia baleado a mão de Otávio, que desde então usava uma prótese de metal. Madalena, diante da desesperação se entrega ao alcoolismo. Ela, com muito esforço para tentar deixar a bebida, inicia uma investigação para esclarecer os fatos que rondaram os últimos dias de Estephanie.

Os resultados dessa investigação são horripilantes, já que indicam Otávio como o autor intelectual do rapto de sua própria filha. Para alegria de Madalena, descobrem que Estephanie, na realidade, não morreu, mas agora, vive no Canadá, sob a identidade de Natália de Jesus.

Natália, que desde a explosão, não pôde mais enxergar, não se lembra de seu passado e agora se dedica como professora de crianças com deficiências visuais.

Madalena que havia contratado os serviços de Leonardo para que revelasse a todos o ato criminal de seu esposo, morre em circusntâncias estranhas, antes mesmo de que Leonardo iniciasse sua investigação.

Leonardo é contratado por Afonso Dumont, pai de Madalena, que se encontra muito doente, mas que deseja desmascarar Otávio e provar que este também foi o assassino de sua filha.

Ainda que o engenheiro Muriel fosse o herdeiro universal de sua esposa, o testamento de Madalena trazia uma cláusula na qual ela seria doadora de suas córneas para que fossem transplantadas em Natália de Jesus, para que esta voltasse a ver.

Maria do bairro


NOME ORIGINAL
María la del barrio

ESCRITORA
Inés Rodena

PRODUTORA
Angelli Nesma Medina

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
90

ANO DE GRAVAÇÃO
1995

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1997

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
María la del barrio

INTÉRPRETE
Thalía

Y a mucha honra, María la del barrio soy.
La que de escuincla quedó resola
y pa' cambiar su suerte
de su barrio querido se fue pa' poder comer.

Y a mucha honra, María la del barrio soy.
La que chamaca locamente se enamoró,
y por curar dolencias se desquició cuando la dejó.

María, María la del barrio,
no, no llores más.
María, María la del barrio,
por tu amor él regresará.

María, María la del barrio,
no, no llores más.
María, María la del barrio,
por tu amor él regresará.

Y a mucha honra, María la del barrio soy.
La que señito a su hijo abandonó,
y pa' cubrir este pecado
en su secreto lo convirtió.
Señor, perdóname Señor.

María, María la del barrio,
no, no llores más.
María, María la del barrio,
por tu amor él regresará.

María, María la del barrio,
no te culpes más.
María, María la del barrio,
Dios te perdonará…

Soy María, María la del barrio.
Que de mi corazón se adueñó,
todita mi ilusión él se llevó.

Soy María, María la del barrio.
Que regrese a mí le pido a Dios,
porque yo me pierdo sin su amor.

Soy María, María la del barrio.
Sangre de mi sangre abandoné,
doy mi vida por volverlo a ver.

Soy María, María la del barrio.
Ay, ayúdame Señor
a enmendar este cruel error.

María, María la del barrio…
Soy María, María la del barrio…

María, María la del barrio,
no, no llores más.
María, María la del barrio,
por tu amor él regresará.

María, María la del barrio,
no te culpes más.
María, María la del barrio,
Dios te perdonará.

María la del barrio soy.
Por amor fue que todo pasó.

María la del barrio soy.
Cuanto sufre mi herido corazón.

María la del barrio soy.
Quiera Dios mi pecado perdonar.

María la del barrio soy.
Para que vuelva la felicidad.


ELENCO

Thalía: Maria do Bairro

Fernando Colunga: Luís Fernando de la Vega

Itatí Cantoral: Soraya Montenegro de la Vega Montalbán

Irán Eory: Victória de la Vega

Ricardo Blume: Fernando de la Vega

Héctor Soberón: Vladimir de la Vega

Monserrat Gallosa: Vanessa de la Vega

Ludwika Paleta: Maria dos Anjos de la Vega Hernández "Tita"

Osvaldo Benavides: Fernando de la Vega Hernández "Nandinho"

Carmen Salinas: Agripina

René Muñoz: Veracruz

Mauricio Aspe: Aldo Armenteros

Yuliana Peniche: Alicia Montalbán Smith

Rebeca Manríquez: Carlota 

Ninón Sevilla: Caridade 

Tito Guizar: Padre Honório

Silvia Caos: Calixta Popoca

Meche Barba: Lupe

Aurora Molina: Cacilda 

Beatriz Moreno: Filipa

Gloria Izaguirre: Marcela

Ana Patricia Rojo: Penélope Linhares 

Sebastián Ligarde: Gonçalo Dorantes

Enrique Lizalde: Abelardo

Ariel López Padilla: Dr. Daniel Ordónez

Manuel Saval: Oscar Montalbán

Raúl 'Chóforo' Padilla: Urbano

Pituka de Foronda: Carol

Emília Carranza: Raymunda Robles de Castillo

Roberto Blandón: José Maria Cano

Alejandra Procuna: Brenda

Yadira Santana: Rufina

Amara Villafuerte: Délia

António Medellín: Dr. Carreras

Lilia Michel: Matilde

Juan António Edwards: Dr. Rodrigo Suárez

Jéssica Jurado: Verônica Barena Robles de Castillo

Frances Ondiviela: Cecília

Libia Abihaid: Perlita Ordónez

Eduardo Arroyuelo: Más notas


INTRODUÇÃO

Maria do Bairro, gravada em 1995, foi baseada na história escrita por Inés Rodena, sendo exibida em mais de 180 países. Foi reprisada no Brasil, pelo SBT, nos anos de 1997, 1998, 2004 e 2007, 2012 e 2013, deixando o SBT em primeiro lugar diversas vezes. A trama contou com Thalía e Fernando Colunga como protagonistas e Itatí Cantoral, como a principal antagonista da história.


RESUMO

Maria é uma jovem humilde, que vive com a madrinha Cacilda em um bairro pobre da cidade, chamado João Diego, e trabalha como catadora de lixo para ajudar com as despesas em casa.

No dia em que Maria faz 15 anos, Cacilda acaba falecendo. Antes de morrer, Cacilda pede ao generoso Padre Honório que Maria não fique só. A pedido do religioso, Maria é acolhida na mansão do milionário Fernando de la Vega.

Chegando à mansão de la Vega, Maria se depara com luxos que nunca tinha visto, também encontra Dona Victória, que prontamente a despreza pensando ser uma filha bastarda de seu esposo Fernando, na casa também mora o jovem estudante Vladimir e Vanessa, filhos do casal que tratam muito bem Maria. Chega de viagem o filho mais velho do Casal, Luiz Fernando que depois de uma decepção amorosa tornou-se uma pessoa intragável, ao conhecer Maria, ele só pensa em se aproveitar dela, iludindo a moça.

Luís Fernando tem ao seu lado a louca e apaixonada Soraya Montenegro, uma mulher bonita, porém perversa e que odeia Maria assim que a conhece. Obcecada por Luís Fernando, Soraya fará de tudo para levá-lo ao altar, visando ser a dona da fortuna dos de la Vega. Ela é sobrinha de Victória, e conta com a ajuda dela para acabar com Maria do Bairro.

Maria, sempre humilde, acaba conquistando a todos na mansão, com exceção de Soraya, que a odeia cada vez mais. Luís Fernando e Maria estão completamente apaixonados, o que é estranho para Luís, que só se aproximava das mulheres com intenções maldosas.

Soraya, através de armações, leva Luís Fernando para cama se engravida e o obriga a se casar com ela. Luís Fernando a despreza quando casados.

Enquanto isso, Maria se esforça para deixar de ser ignorante e selvagem, toma aulas de etiqueta e vai trabalhar com o seu " padrinho" o senhor Fernando a quem ela chama de Tio Louro. Ao receber aulas de etiqueta, e de alfabetização, consegue se aproximar de Victória.

Soraya, numa briga com um amante, acaba sofrendo um acidente e cai de um prédio perdendo o filho que esperava. Soraya forja sua morte, e é internada num hospital para ver se consegue voltar a andar, deixando por um longo tempo o caminho livre para que Luís Fernando e Maria se casem.

Depois de anos dada como morta, Soraya volta a vida dos de la Vega e começa a atormentá-los novamente.

Após o casamento, o ciúme e o alcoolismo de Luís se tornam insuportáveis, e ele passa a desconfiar que Maria e seu irmão Vladimir são amantes, e que o filho que Maria espera é de seu irmão a acusando de traição. Isso faz com que Luís Fernando e Maria se separem.

Momentos antes de parir a criança, Maria recebe uma carta de Luís Fernando, na qual ele pede o divórcio. Ela sai de casa desesperada, e passa por momentos de loucura. A jovem dá à luz seu filho num hospital, sendo que ela nem sabe mais qual é seu próprio nome e foge desse hospital, pois queriam interná-la. Desorientada, vaga pelas ruas com o bebê no colo. Sem querer, ela acaba entregando o recém-nascido a Agripina, uma doceira que a encontra enlouquecida pelas ruas. Ela dá a criança e diz que o filho se chama Fernando e que ama o filho, mais ele não tem pai e é melhor ele ficar longe da maldade da família de la Vega.

Quando Maria volta a si, já está sem seu filho, caída na rua, e lembra apenas que o entregou a uma mulher bondosa que conheceu.

Agripina começa a criar a criança como se fosse seu filho, apesar de ir várias vezes de volta ao local para ver se encontrava a mulher para devolver a criança. Luís Fernando se arrepende do que fez e nunca descobre que Maria deu a criança. Maria diz a ele que o filho deles morreu, ela faz isso pois se dissesse que deu a criança, ele pediria o divórcio e ela não teria dinheiro para achar seu filho.

Ele, pensando que o filho morreu, compensa o mal adotando uma recém nascida chamada Maria dos Anjos a qual chamam de Tita, filha de Verônica, uma mulher que é obrigada pela mãe a deixar a filha num orfanato, por ter sido mãe solteira.

Penélope é a nova contratada dos de la Vega. Ela cuidará de Tita, e se intrometerá no casamento de Maria e Luís Fernando.

Sete anos se passam, e Maria não tem mais nenhuma notícia sobre o filho que abandonou num momento de loucura, porém nunca perdeu as esperanças de um dia reencontrá-lo; ela se dedica apenas a isso, afastando-se de Luís Fernando e o aproximando cada vez mais de Penélope. Os dois têm um caso, que logo é descoberto e perdoado por Maria.

Enquanto isso nos Estados Unidos, Soraya, que todos julgam estar morta, sobreviveu ao acidente, está tramando sua vingança e fazendo seu tratamento de saúde com o médico Dr. Mejía.

Mais dez anos se passam. Nando é o filho perdido de Maria; ele vive com a suposta mãe Agripina, numa vila pobre da cidade.

Maria ainda está a procura do filho, e tem de guardar o segredo de que não é a verdadeira mãe de Tita. Maria acaba reencontrando Nando, e descobre por acaso que é seu filho. Assim, Maria começa a sustentá-lo e a ajudar Agripina na criação do filho, porém não conta nada a ele.

Tita acha que Nando é amante da mãe. É quando Tita descobre toda a verdade e descobre que sua mãe é sua professora de inglês Verônica. Tita fica muito emocionada e confusa, mas a perdoa. Logo depois, Nando também descobre que é filho de Maria.

Soraya está completamente recuperada, e planeja sua vingança. Ela se casa com o viúvo Oscar, pai de Alicia, uma menina de cadeira de rodas. Ela planeja e executa a morte do marido, e herda toda a fortuna, porém pelo testamento é obrigada a trazer Alicia consigo.

Luís Fernando é o último a descobrir a verdade, e Nando, ao lado da mãe de criação Agripina vem morar na Mansão de la Vega. Soraya retorna, milionária, e disposta a se vingar de Maria do Bairro e dos de la Vega. Ela se instala com Alicia e sua preceptora Esperança numa mansão, e decide que os filhos de Maria, serão seu alvo na vingança contra os de la Vega. Porém, Maria do Bairro fará de tudo para impedir que Soraya faça algum mal a seus filhos.

A princípio, Soraya se mostra arrependida por tudo que fez, tentando convencer a família, ao mesmo tempo que conhece Nandinho, usando-o como um instrumento de vingança. Apesar de usá-lo com esse propósito, mais tarde aparenta gostar de verdade do mesmo, porém Nandinho descobre suas armações e acaba com tudo, disposto a livrar Alicia das garras da vilã.

Ao descobrir que Nandinho e Alicia estão juntos, Soraya os agride e revela sua verdadeira face perante a Justiça. Soraya é presa tentando fugir do país, e sofre nos primeiros dias na penitenciária.

No dia do julgamento, a vilã é inocentada provocando o desespero de todos. Com isso, ela jura concluir sua vingança. Soraya mata Mejía, sem deixar pistas de sua morte e algum tempo depois reencontra sua mãe, Calixta, antiga empregada da família. Enquanto isso, Maria teme o pior e com ajuda de Esperança consegue tirar Alicia das garras de Soraya.

Soraya tira fotos sensuais com Luís Fernando e manda para Maria, que fica chocada e decide romper com o marido. Calixta entra na casa de Soraya, sofre um acidente quando a megera a empurra de propósito, pois sempre odiou a mãe, e morre. Soraya, então, coloca em cena outro de seus planos diabólicos: colocar Maria do Bairro atrás das grades. Inicialmente Nandinho é acusado pelo crime, mas para salvar o filho da prisão, Maria assume por amor ao filho ter matado Calixta e é presa e condenada. Soraya aparece na cadeia e afirma ter vencido.

Ao ser transferida para uma penitenciária feminina onde ficam as presidiárias mais perigosas, Maria reencontra Penélope, e outro pesadelo começa: Penélope arma vários conflitos com as detentas para se vingar de Maria. Soraya recupera Alicia, e a atormenta com tarântulas, mas Esperança a ameaça dizendo denunciá-la à polícia por seus crimes e a morte de Oscar.

Penélope é desmascarada por carcereiras e é colocada na solitária jurando se vingar. Algum tempo depois, a cadeia pega fogo, e Maria, sempre bondosa e sem maldade no coração, salva Penélope do incêndio e consequentemente desaparece nas chamas. Com isso, todos são informados de que sua morte foi inevitável. Soraya comemora o grande triunfo. Porém, Maria aparece desmemoriada e mendigando nas ruas e é encontrada por um médico que a ajuda.

A polícia descobre que Soraya matou Mejía, seu amante, ao encontrar uma carta que ele escreveu que revelava todos seus crimes. Soraya foge da polícia e reencontra Maria que não a reconhece pela falta de memória. Soraya decide então matá-la, mas Maria consegue fugir, com medo de Soraya, mesmo sem a reconhecer. A família reencontra Maria para felicidade de todos. Porém, Soraya se disfarça de enfermeira e diz à Gonçalo, homem apaixonado por Maria, que irá matá-la.

Após uma discussão, Soraya sequestra Maria e a empurra. Maria bate a cabeça e desmaia. Ao acordar, Maria se lembra de tudo e Soraya confessa seus crimes chorando, completamente enlouquecida. Ela joga álcool ao redor de uma casa, mas o álcool também cai nela. A empregada de Soraya revela onde a patroa está, e Luís Fernando invade a cabana. Soraya joga um palito de fósforo no chão e propaga o fogo. Luís Fernando salva Maria, que com sua infinita bondade e misericórdia, tenta salvar Soraya, que fica presa entre as chamas. Soraya jura vingança e morre carbonizada.

Meses depois, após melhorar o impacto de todos os acontecimentos em suas vidas, Luís Fernando e Maria comemoram felizes a vida nova com seus filhos. Maria revela estar novamente grávida, Luís Fernando e Maria juram amor eterno e se beijam.


CURIOSIDADES

Alguns atores que participaram de Maria do Bairro já morreram: Irán Eory (Dona Victória), Aurora Molina (Madrinha Cacilda), Silvia Caos (Calixta), Tito Guizar (Padre Honório), René Muñoz (Padrinho Veracruz), Meche Barba (Lupe), Paulina Viesca (Esperança).

A novela na versão americana teve uma voz conhecida no elenco. A dublagem de Soraya Montenegro (Itatí Cantoral), ficou por conta da atriz Neve Campbell.

Foi a novela da trilogia das "Marias" que teve mais sucesso, seguida por Maria Mercedes e Marimar.

As novelas da Thalía são as mais reprisadas em todo o mundo, Maria do Bairro em especial.

Soraya Montenegro, interpretado por Itatí Cantoral, foi considerada, por muitos, a maior vilã das telenovelas mexicanas. Foi tão cruel que foi capaz de matar sua própria mãe.

Na vida real, Thalía é a madrinha do filho de Itatí Cantoral, a Soraya Montenegro, da trama.

Em termos de audiência, sua primeira exibição (20h15) cravou entre 17 e 20 pontos de média. O último capítulo registrou 22 com picos de 25. A primeira reprise exibida menos de um ano depois (21h00) não chegou a 10 pontos. A reexibição seguinte, depois de 6 anos, às 15h00, aumentou ainda mais os índices da antecessora Marimar, chegando a picos de 21 pontos no último capítulo. Conseguiu média geral de 14 pontos. A última reprise, em 2007, que sucedeu A usurpadora, não começou muito bem ficando entre 5 e 6 pontos. Mais reagiu, cravando de 7 a 9 pontos.


COMENTÁRIOS

Dando continuidade à Trilogia das Marias, Angelli Nesma Medina optou por um projeto ambicioso: um remake do clássico Os ricos também choram, porém supervisionada por Valentín Pimstein. Se já haviam comparações entre Thalía e Verónica Castro, depois dessa novela, elas ficaram mais evidentes. Mas o que seria um remake, acabou virando outro clássico: Maria do Bairro foi uma verdadeira febre.

Thalía estava à frente de uma história eletrizante que não perdeu o pique em um momento sequer, e que tomou rumos inesperados conforme foram passando os capítulos. Junto a ela, Fernando Colunga, surgia como playboy inconsequente. Formou com Thalía um dos pares mais famosos, principalmente por ter transportado o romance para fora das telas. Inclusive, disseram que os dois se recusaram a trabalhar juntos depois (no caso, A usurpadora, e em seguida, Rosalinda).

Dizem que tal romance teria causado ciúme em Héctor Soberón, que vivia Vladimir, que saiu da novela subitamente. Na novela, explicaram que ele se casou e ficou morando na Europa. Depois de um tempo, Vlad nunca mais foi citado. O mesmo aconteceu com Vanessa, que foi morar na filial da empresa de Fernando no Brasil, sem maiores explicações e citações.

Foram muitos os destaques de Maria do Bairro. A começar por Thalía, mas na primeira fase, quando era uma menina encantadora e ignorante.

A surra que deu em Soraya no teatro após chorar na ópera, foi um momento muito marcante. O momento em que deu seu filho a Agripina foi um dos mais importantes e emocionantes da novela, e Thalía soube transmitir tamanho sofrimento. Pena que passaram os anos, e Thalía destoava do papel de mulher madura, talvez principalmente pela personagem ter perdido a graça que tinha quando Maria era uma moleca.

Ludwika Paleta como a mimada Maria dos Anjos, carinhosamente chamada de Tita, foi outro destaque. Voltava à televisão em grande estilo, e logo retomou uma carreira exitosa, deixada de lado desde Vovô e eu. Ludwika conquistou o público com Tita, compondo uma personagem às vezes terna, às vezes maldosa.

Junto a ela, Oswaldo Benavides, ainda que muitas vezes criticado como Nandinho, o compôs de maneira convincente, talvez não tenha acertado na fragilidade do personagem no início, um tanto exagerada, com o tempo, Nandinho foi tendo mais atitude, e Oswaldo também foi crescendo.

Ricardo Blume e Irán Eory também atuaram muito bem, ele como o “Tio Louro”, o verdadeiro “pigmaleão” de Maria. E ela como a refinada Victória de la Vega, que só com o tempo aceitou Maria. Também Meche Barba como Lupe mostrou seu bom desempenho. E no lado cômico, Rebeca Manríquez arrasou como a hilariante Carlota, a fofoqueira empregada, sempre preocupada mais com as notícias que corriam pela mansão do que com seu serviço. Carmen Salinas como a sofrida Agripina conquistou o público, sua imagem popular também agradou junto a René Muñoz, como Veracruz.

Ana Patricia Rojo destilou muito veneno como Penélope, a chantagista que passou a atormentar a vida de Maria, por saber muitos segredos dos de la Vega.

Mas não teve pra ninguém: Maria do Bairro foi de Itatí Cantoral. Na pele da diabólica Soraya, ela simplesmente arrasou. Fez muitas atrocidades, morreu, ressucitou, e continuou sua carreira de maldades. Foi a primeira vez que outra atriz viria a ofuscar Thalía, e com Itatí Cantoral foi assim, com o tempo, a novela girava em torno de Soraya e de suas maldades, que só tiveram fim no último capítulo, quando ela morreu queimada em um incêndio que provocou para matar Maria. Itati alcançou um sucesso jamais atingido até então, e a partir daí, virou estrela de primeira grandeza da Televisa.

A história fez tanto sucesso que Angelli Nesma não se limitou a um remake de Os ricos também choram e acrescentou uma nova história. Assim, a novela passaria por várias reviravoltas que repercutiram em cada vez mais êxito. Foi a partir daí que vieram várias participações especiais como Antonio Medellín, Enrique Lizalde, Sebastián Ligarde, Ariel Lopez Padilla entre outros.

No Brasil, Maria do Bairro rendeu ao SBT índices há muito tempo não conquistados por novelas. A novela foi um verdadeiro fenômeno, o que rendeu a primeira visita de Thalía ao Brasil. Thalía encantou por onde passou, com sua música e seu talento, e foi a partir de Maria do Bairro, que Thalía passaria a vir ao Brasil diversas vezes.

Maria do Bairro foi uma das novelas mais exportadas de todos os tempos, tendo tanta repercussão e sucesso quanto a Os ricos também choram. É por isso que foi um sucesso avassalador, como poucos, ou seja, um verdadeiro clássico dos anos 90.

A trilha sonora de Maria do Bairro teve como tema de abertura a música Maria la del barrio, cantada pela protagonista Thalía. Os instrumentais da novela dirigidos por Paco Navarrete foram usados em outras novelas posteriores como Preciosa.

Em 1995 a Fonovisa (gravadora da Televisa) lança um single com o tema de abertura, logo em seguida Thalía lança o seu álbum " En extasis" pela gravadora EMI e inclui o tema que até hoje é um dos mais lembrados de sua carreira musical.

Marimar


NOME ORIGINAL
Marimar

ESCRITOR
Carlos Romero Villareal (Baseado na obra de Inés Rodena)

PRODUTORA
Verónica Pimstein 

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
150

ANO DE GRAVAÇÃO
1994

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1996

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Marimar

INTÉRPRETE
Thalía

Marimar, costeñita soy,
con mis abuelos crecí yo
en un lindo y cálido mar,
que todito me dio
cuando al amor me llevó.

Marimar, costeñita soy, costeñita.
Cuánto lo quise yo,
por revancha me enamoró.
Y el mar que todito me dio
como ola se lo llevó.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor…

Marimar, costeñita soy,
con mis abuelos crecí yo
en un lindo y cálido mar,
que todito, todito me dio
cuando al amor me llevó.

Marimar, costeñita soy.
El amor me llevó tras él
en un sueño todito fue.
Cuanto mi vida cambió,
cuando él me reconoció.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Cuando manda el corazón…

Cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Cuando manda el corazón,
siempre manda el amor.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Marimar, Marimar, cachito,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor.

Marimar, Marimar,
cuando manda el corazón
siempre, siempre manda el amor…

No que no.


ELENCO

Thalía: Maria del Mar Aldama Pérez "Marimar" / Bella Aldama

Eduardo Capetillo: Sérgio Santibañez

Chantal Andere: Angélica de Santibañez

Alfonso Iturralde: Renato Santibañez

Tito Guizar: Vovô Chico

Ada Carrasco: Vovó Cruz

Guillermo García Cantú: Bernardo Duarte

René Muñoz: Padre Torres

Martha Zamora: Perfecta

Julia Marichal: Coração

Miguel Palmer: Gustavo Aldama

Indra Zuno: Inocência del Castillo y Corcuera

Marcelo Buquet: Rodolfo

Toño Infante: Nicanor Mejía / Nazário Mejía

Nicky Mondellini: Gema

Frances Ondiviela: Brenda Icaza

Marisol Santacruz: Mônica

Fernando Colunga: Adrián Rosales

Luis Gatica: Chuy López

Kenia Gascón: Antonieta de López

Patricia Navidad: Isabel Estrada

Serrana: Aline

Ricardo Blume: Governador Fernando Montenegro

Amairani: Natália Montenegro

Martha Ofelia Galindo: Josefina

Ana Luisa Peluffo: Selva

Juan Carlos Serrán: Ulisses

Pituka de Foronda: Tia Esperança

Daniel Gauvry: Artur

Claudia Ortega: Prudência

Rafael del Villar: Estevão

Rosángela Balbó: Eugenia

Meche Barba: Dona Florinda

Armando Calvo: Gaspar

Lucero Lander: Elena Zavala

Ricardo Vera: Roberto Piyastre


PERFIL DAS PERSONAGENS

Marimar (Thalía) – jovem moça que mora na praia, ela é bonita e meiga, mas um pouco rebelde. Foi criada por seus avós humildes. Ela se apaixona por Sérgio, mas é traída por ele e odiada pela família do rapaz. Logo sua vida muda e ela decide se vingar das pessoas que a humilharam no passado.

Sérgio Santibañez (Eduardo Capetillo) – bonito e charmoso, ele deixou a universidade para seguir seu amor pelo futebol. Espera pegar o dinheiro que recebeu de herança da fazenda de sua mãe para gastar com festas e mulheres. Usa Marimar para aborrecer seu pai e sua madrasta. Seus sentimentos por Marimar se transformam ao longo do tempo e seu amor por ela se torna avassalador. Deseja se tornar um grande jogador de futebol.

Cruz (Ada Carrasco) – avó de Marimar, ela sempre morou com o marido e a neta. É uma mulher adorável, que divide um segredo com seu marido sobre a vida de Marimar.

Chico (Tito Guizar) – avô de Marimar e marido de Cruz. Por conta de sua idade avançada, ele é doente e incapacitado para trabalhar, o que o impossibilita de sustentar sua família.

Gustavo (Miguel Palmer) – milionário, ele não é um vilão mas tem um caráter muito fraco. No passado foi obrigado a abandonar a mãe de sua filha. Com muitos arrependimentos, ele tenta superar a dor com o amor de Marimar.

Renato Santibañez (Alfonso Iturralde) – pai de Sérgio, ele é um homem repleto de bons sentimentos mas sempre faz escolhas erradas. É atraente e dominado pela esposa, Angélica.

Angélica (Chantal Andere) – esposa de Renato, mulher de sentimentos ruins. Apenas se interessa por dinheiro e poder. Finge ser meiga e generosa, mas é mesquinha. Ela é mais nova que o enteado, Sérgio, e por dinheiro vai ficar contra o amor dele e Marimar.

Brenda (Frances Ondiviela) – esperta e atraente, ela era prometida para se casar com Gustavo, mas a união não aconteceu. Queria a fortuna de Gustavo, mas ele deixa tudo para Marimar. Ela quer destruir Marimar usando a intriga como seu principal artifício.

Bernardo (Guillermo García Cantú) – parceiro de Gustavo no Cassino, ele tenta conquistar Marimar mas não obtém sucesso. Ele e Brenda querem destruir Marimar.


INTRODUÇÃO

Marimar, protagonizada por Thalía e Eduardo Capetillo, teve gravações feitas em Iztapa e Zihuatanejo e na Cidade do México.

A história original é de Inés Rodena, foi produzida na Venezuela e se chamou La indomable. Foi adaptada, em 1975, por Ana Mercedes Escámez, e teve como atores principais Marina Baura, Elio Rubens e Bárbara Teyde. Em 1977, Tere Medina adaptou a trama para o produtor Valentín Pimstein, que chamou os atores Helena Rojo e Enrique Lizalde para serem os protagonistas da versão mexicana, de nome A vingança.


RESUMO

Marimar é uma jovem humilde que vive em São Martim da Costa, um pequeno povoado junto ao mar. Sérgio Santibañez é filho único de uma renomada família do mesmo povoado, seu único sonho é receber a herança deixada pela sua mãe, a fazenda Santibañez. A vida desses jovens se cruzaram em uma complicada história de amor e vingança.

Ignorante e selvagem, Marimar nunca pôde estudar, mora junto a seus avós e seu fiel cachorro "Pulguento" numa choupana à beira mar.

Quando Marimar conhece Sérgio se apaixona perdidamente. Para se vingar do pai e da madrasta Angélica, Sérgio se casa com Marimar e a leva para viver na fazenda Santibañez. Irada, Angélica não poupa maldades para com a jovem recém casada, Sérgio a deixa e vai para a capital para cumprir o seu contrato de jogador de futebol. A vida de Marimar se torna um inferno, desamparada, a jovem descobre que está sozinha no mundo, pois Angélica mandou o capataz Nicanor queimar a choupana onde viviam seus avós. Como se não bastasse, Marimar é acusada de roubo e acaba presa.

Quando Marimar sai da prisão parte para a capital esperando um filho de Sérgio. Lá, a jovem começa a trabalhar na casa do rico Gustavo Aldama, quem descobre ser seu verdadeiro pai. Conhecendo sua origem, Marimar toma aulas de etiqueta e se transforma em uma dama da sociedade assumindo uma nova identidade, Bella Aldama.

Bella reencontra Sérgio e seu único objetivo é vingar-se dele e de sua família, principalmente de Angélica que tanto a humilhou. A rica herdeira, usa todo o seu dinheiro e influência para ficar com a fazenda Santibañez e jogar isso na cara de Sérgio que arrependido pelo abandono tenta reconquistar Marimar.

Muitas armadilhas do destino aparecem para separar o casal, mas Bella e Sérgio finalmente conseguem ser felizes no povoado onde tudo começou, porque quando manda o coração, sempre, sempre manda o amor.


CURIOSIDADES

Foi a primeira novela mexicana que o SBT passou com a abertura com sua música original em espanhol, antes, as aberturas eram modificadas.

Fernando Colunga fez uma participação nos últimos capítulos da novela, no ano seguinte ele viria a protagonizar Maria do bairro junto a Thalía.

Marimar foi reprisada pelo SBT na época da Copa de 1998 às 11 da manha, porém acabou a copa e a transmissão foi interrompida sem maiores explicações.

Grande parte da novela foi gravada numa fazenda pertencente à Thalía.

Thalía perdeu Alfredo Díaz Ordaz, seu amigo e ex-noivo que morre no meio das gravações da novela, provocando uma crise emocional na protagonista.

Em 1994, a Fonovisa lança a trilha sonora de Marimar trazendo a música de abertura cantada pela protagonista Thalía e os temas instrumentais da novela. O CD foi lançado em vários países da América Latina, em alguns deles com faixa bônus das músicas Sangre e Love remix, sucessos de Thalía na época.

Em 2007, o canal GMA Network exibiu a versão filipina de Marimar, protagonizada por Marian Rivera, Dingdong Dantes e Katrina Halili.


COMENTÁRIOS

Marimar foi um verdadeiro sucesso, sendo a novela favorita entre muitos fãs de Thalía.

A trama vinha dando seguimento a trilogia das Marias, desta vez a cargo de Verónica Pimstein. Esta novela, no México, teve o desempenho mais fraco das “Marias” e tampouco foi a novela de maior audiência em 1994, porém, nos EUA, é a novela mais assistida até hoje. Nas Filipinas, Marimar parou uma guerra, só para ter uma ideia da dimensão do sucesso alcançado.

Verónica Pimstein é filha do grande produtor Valentín Pimstein, que na época era o grande chefe das novelas. Em razão da promoção dada a Marimar, a estreia da novela Prisioneira do amor foi adiada várias vezes, afinal Valentín queria que sua filha tivesse o maior destaque na programação. O que eles não contavam é que no momento, a novela Volver a empezar, que nem tinha o horário estelar, era a líder de audiência da emissora.

Desta vez, a história tinha como cenário uma praia no litoral mexicano. Lá, Thalía surgia novamente, para encantar de vez o público como Marimar, a jovem caiçara enganada e disposta a se vingar daqueles que lhe fizeram sofrer.

Ainda que a princípio, a personagem parecia ser uma reedição de Maria Mercedes, Marimar sofreu uma profunda transformação após tantas humilhações. Em um curto espaço de tempo, ela foi para a cidade, encontrou-se com seu verdadeiro pai, e descobriu seu verdadeiro nome: Bella Aldama. Só que cega de ódio, virou uma pessoa fria e sem compaixão, transformando-se quase em uma vilã. Foi uma faceta marcante para Thalía, que diferenciava-se dessa vez.

Marimar foi dentre a trilogia, a novela com elenco mais fraco, com poucos destaques no elenco. Ainda assim cabe mencionar alguns dos destaques. Chantal Andere surgia má e perversa como Angélica Santibañez, a madrasta de Sérgio e apaixonada por ele. Infelizmente, depois de algum tempo, suas maldades enfraqueceram, em compensação, veio a virada, de vilã, Angélica passou a vítima. Uma cena mais que antológica: Angélica pega promissórias na lama com a boca, obrigada por Bella Aldama, na frente de todos. Humilhação semelhante a que fez Marimar passar no passado. Essa cena marcou profundamente a novela.

Outra cena que marcou muito foi a humilhação passada por Marimar nos primeiros capítulos. Iludida por Angélica que iria arrasar usando um extravagante vestido, Marimar é motivo de deboche para todos os convidados em uma festa na fazenda Santibañez. E ao ver uma das convidadas seduzindo Sérgio, Marimar dá uma surra memorável na aproveitadora.

E não é possível esquecer o cachorro Pulguento, que pensava e dava opiniões sobre tudo na vida de Marimar. Ele foi o inspirador de vários animais “pensantes” que teriam em novelas. A participação do cão que pensava como humano foi o grande chamariz para as duras críticas que a novela recebeu. Embora o grande público tenha gostado de Pulguento, a imprensa ridicularizou a novela por isso. Carlos Olmos, autor de Ambição, inclusive chegou a dizer que em suas novelas jamais colocaria um animal que pensasse. Houve um tempo que Pulguento era mais comentado que a própria Marimar, tamanha repercussão que um assunto tão inocente tomou. Mas ele superou as críticas, tanto que mais tarde várias novelas usaram o mesmo artifício.

Mas, Marimar teve alguns tropeços que apesar de não comprometer o andamento da história, não passaram desapercebidos. A começar pela total centralização da história em Marimar, principalmente nos primeiros capítulos. Não havia outro assunto. Com o tempo, foi modificando isso e consertando essas falhas e diversificando mais a história, ainda que não o tanto que deveria. Outra falha foi aquela velha história de alguém aparecer na frente dos personagens e ninguém reconhecer. Foi o caso de Sérgio, que não percebeu de cara que Bela era Marimar. Tudo bem que Marimar havia sofrido uma séria mudança tanto em sua aparência como em seu comportamento, mas aí ao ponto dele não reconhecê-la foi demais.

Eduardo Capetillo declarou-se abertamente arrependido de haver trabalhado em Marimar. Para ele, o personagem Sérgio não acrescentou em nada à sua carreira e só deu motivos para que o público não gostasse dele. O que ele esqueceu de dizer é que sua atuação também não ajudou muito. Enquanto isso, Thalía até hoje diz que seu personagem favorito nas novelas foi Marimar.

Na época, surgiram dois boatos de romances entre dois estúdios de novelas na Televisa, enquanto Eduardo Capetillo curtia seu romance com Bibi Gaytán, Thalía supostamente seria mais que amiga de Rodrigo Vidal, ambos da novala Dos mujeres, un camino.

Outro episódio triste é o da morte de Ada Carrasco, que morreu dez dias depois de encerrar sua participação em Marimar, onde fez a avó da menina.

Beatriz Sheridan, que era a diretora de cenas da novela, mais tarde criticou o comportamento de Eduardo Capetillo e Thalía dizendo que sofriam de estrelismo e que não davam valor ao trabalho dos outros profissionais.

Graças a Marimar, Thalía deu sua primeira entrevista (dublada) ao Domingo Legal. A história de Marimar foi um sucesso sem sombra de dúvidas, e talvez a mais delirante da trilogia, que usou e abusou das ironias do destino e dos desencontros e vinganças, sem contar o cachorro que pensava. Talvez estejam nesses elementos o motivo de tanto sucesso.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Maria Mercedes


NOME ORIGINAL
María Mercedes

ESCRITORA
Inés Rodena

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
80

ANO DE GRAVAÇÃO
1992

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1996

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
María Mercedes

INTÉRPRETE
Thalía

María Mercedes pa’ servirle a usted,
de mi família me encargo yo.
Mi madre nos abandonó,
porque mi padre jamás cumplió.

María Mercedes pa’ servirle a usted,
un buen día mi son cambió.
Compró un cachito y me conoció
y al morir un montón me heredó.

María Mercedes pa’ servirle a usted,
que rico son el que bailo yo.
El baile que alivia cualquier dolor,
su ritmo calienta mi corazón.

María Mercedes,
la vida te premiará, tú ya lo verás.

María Mercedes,
tu amor te corresponderá.

María Mercedes…

Mi felicidad el dinero no compró,
pues al hombre que amo no lo tengo yo…

María Mercedes,
María Mercedes,
María Mercedes,
María Mercedes…

María Mercedes pa’ servirle a usted,
que rico son el que bailo yo.
El baile que alivia cualquier dolor,
su ritmo calienta mi corazón.

María Mercedes,
María Mercedes,
María Mercedes.

María Mercedes,
María Mercedes.

¡Sí señor!


ELENCO

Thalía: Maria Mercedes Muniz del Olmo

Arturo Peniche: Jorge Luís del Olmo

Laura Zapata: Malvina del Olmo

Carmen Amezcua: Dina del Olmo

Fernando Ciangerotti: Santiago del Olmo

Karla Álvarez: Rosário Muniz

Luis Uribe: Manuel Muniz

Gabriela Goldsmith: Magnólia Oliveira

Jaime Moreno: Rodolfo Oliveira

Carmen Salinas: Dona Filomena “Filó”

Luís Gimeno: Estevão Ordoñez

Nicky Mondellini: Miriam de Ordoñez 

Irlanda Mora: Patrícia “Paty” 

Roberto Ballesteros: Aurélio Cordero Manso

Aurora Molina: Natália

Virginia Gutiérrez: Branca

Meche Barba: Joaninha 

Fernando Colunga: Tito

Silvia Campos: Diana San Román

Diana Golden: Fabíola Mayerling San Román 

Arturo García Tenorio: Otacílio “Tatá” 

Rossana San Juan: Sofia 

Evangelina Sosa: Candy

Roberto “Flaco” Guzmán: Téo “Caruncho / Caroço” 

Raúl "Chóforo" Padilla: Bafo

Jaime Lozano: Dr. Díaz

Rafael del Villar: Ricardo 

Alberto Inzúa: Mário Portales

Lucero Lander: Karen

Rebeca Manríquez: Justa 

Cuco Sánchez: Genaro

Ari Telch: Carlos Urbano

Héctor Gómez: Chaplin

Julio Urrueta: Napoleão

Silvia Caos: Alma

Vanessa Angers: Berenice

Rosa Carmina: Rosa 

Patricia Navidad: Íris

Victor Vera: Juiz de Registro Civil

Elia Domenzain: Diretora do Colégio


INTRODUÇÃO

Maria Mercedes é um remake estrelado por Thalía em 1992. Essa história está baseada em Rina (Desprezo), produzida em 1977 e exibida no Brasil em 1983.


RESUMO

Maria Mercedes é uma pobre moça de vinte anos que é abandonada por sua mãe. Ela cuida de seus três irmãos e de seu pai alcoólatra.

Devido à falta de apoio de seu pai sempre bêbado, ela e seus irmãos são forçados à trabalhar nas ruas da Cidade do México vendendo bilhetes de loteria e flores.

Santiago del Olmo, está muito doente e sabe que está morrendo. Uma manhã, quando ele está no jardim, vê Maria vendendo bilhetes de loteria na rua. Ele surge com a ideia de se casar com ela. Inocente, Maria Mercedes não sabia que Santiago só queria se vingar de sua cunhada, a ambiciosa Malvina, e de seu sobrinho Jorge Luís que ficou viúvo no mesmo dia que daria o maior golpe do baú na sua noiva. Ele ganha sua confiança e amizade, propõe casamento e ela concorda.

Após a morte de Santiago, Maria Mercedes toma posse de todos os seus bens, mas enfrenta a ira de Malvina, e de seu filho, Jorge Luís, e Digna, que, segundo a vontade de Maria, devem viver ali, embora eles não haviam herdado nada.

Jorge Luís é um homem triste desde o assassinato de sua noiva, no dia de seu casamento. A jovem Digna era uma mulher muito religiosa que tinha medo de quase tudo, especialmente da mãe.

Depois que Maria se muda para o seu novo lar, ela se apaixona pelo filho de Malvina, Jorge Luís del Olmo, que é fraco contra a vontade de sua mãe e sempre faz o que ela quer.

Malvina torna a missão da sua vida perturbar Maria Mercedes. Quando ela descobre que Maria ama seu filho, o obriga a casar-se com Maria, a fim de obter o dinheiro de volta. Ela tem planos de que, após algumas semanas ele poderia fazer com que ela desse todo o controle sobre a fortuna e que depois se divorciaria.

Jorge Luís e Maria se casam, mas eles não partilham um quarto, nem vivem como um casal tradicional. Com o tempo, Jorge Luís começa a desenvolver um verdadeiro e profundo amor por Maria.

Por outro lado, Maria tem uma outra inimiga, Miriam, uma egoísta mulher. Ela costumava ser namorada de Jorge Luís, mas depois o deixou inconsolável para casar com um homem rico, Sebastião Ordoñez. Ela percebe que ainda ama Jorge Luís e fica furiosa ao saber que ele é casado e sente amor por Maria. Ela promete que irá obter Jorge Luís de volta e começa a ajudar Malvina a se livrar da "Bilheteira".

Maria conhece Magnólia, uma bonita, rica e sofisticada mulher que, na verdade, é sua mãe. Magnólia já é casada e tem outro filho, mas ela lamenta profundamente ter deixado seus filhos. Ela ganha a confiança da Maria e começa a ajudar seus filhos, especialmente Guilherme, que está na prisão, e é o único que reconhece ela. Sua verdadeira identidade permanece em segredo para Maria e os outros irmãos, Rosário e André, porém todas as coisas que ela faz para eles tem que ser escondidas do seu novo marido, Rodolfo, um arquiteto que é chefe de Rosário e também é um amigo da família de Jorge Luís.

Magnólia ensina à Maria boas maneiras e formas de seduzir seu marido. Após uma festa, onde uma parte da alta classe está presente, Sebastião tenta seduzir Maria, mas Jorge Luís movido pelo ciúme e pela visão da bela e bem vestida Maria, finalmente começa a se render aos seus encantos, e eles dormem juntos. Logo Maria descobre que está grávida.

Ela e Jorge Luís partem em uma viagem de férias que se torna terrível por causa da intervenção de Malvina e Miriam que pagam para um salva-vidas local, seduzir Maria. Jorge Luís acredita na mentira e pede o divórcio para Maria, logo que voltam à Cidade do México.

No entanto, Malvina tem outros planos. Ela tenta conduzir Maria para um sanatório com a ajuda de Aurélio, o mordomo. Maria consegue fugir e se esconde da polícia na casa de Dona Filó, uma velha amiga nos seus anos de pobreza.

Com Aurélio como seu aliado, Malvina tenta matar Maria, mas todos falham. Malvina percebe a influência de Magnólia e começa a se perguntar se ela poderia ser a mãe de Maria. Ela diz isto à Rodolfo, que, por sua vez, vai para a antiga casa de Maria, onde Rosário e André ainda vivem e pede para ver uma foto de sua mãe. Ele reconhece sua esposa, Magnólia.

Magnólia, no entanto disse que sobreviveu por ajudar uma francesa que uma vez reconhecendo o seu talento a empurrou para suas ambições, então ela já havia escolhido a sua carreira, abdicando-se de sua família.

Longe de Maria, Jorge Luís percebe que seu sentimento por ela cresceu tão forte, que ele não pode mais viver sem ela. Ele a pede perdão, e ela retorna à casa onde vivem como um verdadeiro casal. Nove meses depois Maria dá a luz à gêmeas, uma das quais morre alguns dias depois.

Jorge Luís põe um fim nas boas intenções da Miriam, após tentativas de prendê-lo com uma falsa gravidez, já que criança era realmente de seu marido, Sebastião.

Quando José Luís descobre que sua mãe ainda odeia Maria, decide que é hora de deixar a mãe e seguir adiante com Maria e a criança. Ele trabalha pela primeira vez contra o desejo de sua mãe.

Malvina fica louca e se veste como Maria. Na sua pobreza corre para a rua onde Maria começou a vender bilhetes de loteria e limpar para-brisas de carros. Ela é capturada e colocada em um sanatório.

Magnólia diz a verdade à seus filhos. Maria é a primeira a ficar chocada com esta revelação, mas esquece seu ressentimento, e aceita sua mãe com amor.

Com esta situação, Rosário fica desgostosa e preenchida com rancor, assim como Rodolfo, que com o tempo, concorda em aceitá-los.
Com isso, as irmãs podem fazer a pazes, e Rosário finalmente aceita Ricardo, um jovem amigo de Jorge Luís.

Maria e Jorge Luís que só tiveram um casamento civil, agora têm uma cerimônia de casamento em uma grande igreja na Basílica de Guadalupe, com todos os seus amigos e parentes.


CURIOSIDADES

Thalía contracenava junto da irmã, Laura Zapata, na novela. Na verdade, foi um pedido de Thalía, que o papel da vilã fosse feito pela sua irmã.

Thalía usava peruca na novela pois, na época, possuía uma mecha loira no cabelo e, segundo os produtores da novela, "era algo que não combinava com a personagem". Thalía, então, recusou-se a escurecer o cabelo, optando pelo uso de uma peruca.

SBT fez o remake de Maria Mercedes em 2007, com o nome de Maria Esperança. Foi substituída em agosto de 2007 pelo remake de Amigas e rivais.

Seu remake no Brasil registrou um índice menor que Maria Mercedes, foram 7 pontos e três mudanças de horário (19h15, 19h30 e 19h45 seus dois últimos capítulos ás 20h15).

Maria Mercedes praticamente dobrou a audiência do SBT. Marcou 22 pontos de média e, em seu último capítulo, registrou 25 pontos.

Maria Mercedes faz parte da trilogia das Marias, juntamente com Marimar (1994) e Maria do bairro (1995), onde todas são protagonizadas por Thalía.

Maria Mercedes foi gravada nos estúdios da Televisa em 1992 e exibida no Brasil aproximadamente 4 anos depois, onde inaugurou o horário de telenovelas das oito do SBT sendo substituída por Marimar, com uma média geral de 4 pontos a mais no ibope (16 pontos ante 12 de Maria Mercedes).

Em Rina (Desprezo), a personagem principal é corcunda, e em Maria Mercedes a personagem é uma bela mulher, igual na versão brasileira, feita 15 anos depois.


COMENTÁRIOS

Maria Mercedes, entre a trilogia das Marias, é a novela que muitos julgam a pior. Por ser antiga, por ter uma Thalía nada esplendorosa, e ainda por cima, por ser cafona. Em compensação, só os que realmente entenderam Maria Mercedes percebem por que ela foi um grande sucesso.

Valentín Pimstein produziu com todo empenho uma verdadeira comédia pastelão, satirizando as próprias novelas mexicanas. Tipos estereotipados, tragédias, e muita maquiagem, em meio a uma história simplesmente tão banal que o público se apaixonou.

Surgia então a trilogia das Marias, da qual, Valentín estaria a cargo da primeira das “Marias”: Maria Mercedes. Sua ideia era ter Lucero no papel estelar, que recusou, foi então que repararam na estrela musical Thalía, para o papel, sábia ideia. Thalía cativou o público como a “mulambenta”. Ela estava vibrante em um papel que parecia ter sido feito para que brilhalhasse totalmente. Claro, com uma certa pitada cômica na ignorância da menina, que permaneceu cafona e sem classe até o final da novela (aliás, é a única novela de Thalía onde isso aconteceu). Sem refinações ou cultura, Thalía mostrou a que veio, usando uma peruca, deixando a personagem mais engraçada ainda, sem qualquer glamour.

Arturo Peniche como galã também não deixou por menos. Ao perceber que Jorge Luís era o típico jovem dominado pela mãe manipuladora, Arturo se aproveitou dos clichês para deixar o personagem mais “realista” ainda.

Mas as maldades incontroláveis da perversa Malvina foram outro toque de comédia que complementou a história. Laura Zapata esteve tão brilhante quanto em Rosa selvagem. O final de Malvina é inesquecível: vestida como a mulambenta, oferece um bilhete de loteria ao telespectador, isso dentro de um manicômio. Um final no mínimo peculiar, já que durante a novela Malvina fez de tudo para deixar Mercedes louca, e quem acabou assim foi ela.

Além disso, outros nomes do elenco também brilharam. Fernando Ciangherotti compôs com perfeição o neurótico e doente Santiago, que impôs condições cômicas em seu testamento (algo do tipo colocar Malvina em um hospício de qualquer jeito dez anos após sua morte), também Carmen Salinas como Filomena, a guardiã de Maria nas horas boas e más, aliás, Carmen Salinas sempre se sai bem nesses papéis, e como esquecer do estilo “beterraba” de Nicky Mondellini como Miriam, que sempre usava o mesmo modelito, nada discreto aliás. Ainda se destaca uma participação de Fernando Colunga, hilariante como Tito, um homem que usava gírias em inglês para se expressar.

Na família de Mercedes, ainda se destacaram Gabriela Goldsmith como a abalada Magnólia, a verdadeira mãe da heroína. E a jovem Karla Alvarez, como a problemática e ambiciosa Rosário, sempre complicando mais ainda a vida da sofrida irmã.

A história teve todos os ingredientes para cativar o público, que de verdade, torceu pela felicidade da bilheteira Maria Mercedes: uma herança, um casamento forçado, uma sogra terrível, garantia de sucesso. Tanto é que no México, Maria Mercedes foi, dentre a trilogia, a de maior audiência, conseguindo índices hoje praticamente impossíveis.

O que muitos não percebem que tamanho exagero em tudo (desde os diálogos até o figurino) eram intencionais, fazendo de Maria Mercedes uma novela divertida, que conquistou muitos. Entretanto, outros, simplesmente pela novela ser antiga, a deixam de lado as vezes.

No ano de 1993 Thalía ganha o Prêmio TV y Novelas como atriz jovem por Maria Mercedes, e também o premio de cantora do ano.

Maria Mercedes foi assim, uma novela com humor escrachado e com um elenco que acompanhou a ideia original, dosando drama e comédia, mas que no final, foi um sucesso indiscutível, abrindo as portas no Brasil para outras Marias e para mais sucessos.

Em 1997 o SBT encurtou a novela Os ossos do barão para reprisar Maria Mercedes, já que Maria do bairro tinha acabado e o sucesso foi tremendo. A reprise de Maria Mercedes causou desavenças no SBT que tinha 2 produções engavetadas, O direito de nascer e Pérola Negra que já estavam praticamente gravadas.

A música de abertura foi cantada pela protagonista Thalía e saiu no seu CD Love, como bônus track. Durante a turnê do CD Love, Maria Mercedes era uma das músicas mais pedidas pelo público.