segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rafaela estreia no Canal de las estrellas


Hoje, 31 de janeiro, às 17h00, estreia pelo Canal de las estrellas, no México, a telenovela Rafaela, uma produção de Nathalie Lartilleux, adaptada por Katis Estrada e Enna Márquez. Baseada no roteiro original de Delia Fiallo, a história de Rafaela já foi levada à televisão em duas ocasiões, a primeira, em 1977, com o mesmo nome, foi produzida por José Crousillat para a Venevisión, com Chelo Rodríguez e Arnaldo André nos papéis principais. A segunda, em 1994, intitulada Alejandra, também foi realizada na Venezuela, mas, desta vez pela RCTV, sob a produção de Hernando Faria e Jhonny Pulido Mora, contando com María Conchita Alonso e Jorge Schubert como personagens protagônicos.

Agora, realizada pela Televisa, no México, Rafaela será protagonizada por Scarlet Ortiz e Jorge Poza, que serão acompanhados por nomes de peso da teledramaturgia mexicana, como Rogelio Guerra, Diana Bracho, Patricia Reyes Spíndola e Manuel Valdés - irmão de Ramón Valdés, o inesquecível Seu Madruga, do seriado Chaves - além de atores e atrizes como Chantal Andere,  Arleth Terán, Arturo Carmona, Ilean Almaguer, Tiaré Scanda, Juan Carlos Flores, entre outros.


SINOPSE

Rafaela é uma bela jovem que, apesar dos escassos recursos financeiros, conseguiu estudar medicina, graças a muito esforço. Após ter concluído sua preparação como doutora, ela se dispõe a reencontrar sua família, depois de tanto tempo ausente. Inesperadamente, um acidente na pista atrasa a chegada de Rafaela, que trata de socorrer um homem ferido, que necessita de ajuda médica; homem este que não é outro senão Víctor Acuña, um reconhecido jogador de futebol.

Na casa de Rafaela, Caridad faz todo o possível para alegrar a chegada de sua filha, já convertida em uma doutora. Para espanto dos paramédicos, os primeiros socorros de Rafaela salvaram a vida do jogador, mas ela é confundida com a esposa de Víctor.

De forma irônica, José María, médico que atende o paciente, ordena que Rafaela saia da sala de emergência, sem que ela explique o que aconteceu. No dia seguinte, Rafaela recebe a notícia que sua solicitação para se especializar em Neurologia foi aceita no hospital. O doutor Rafael Antúnez, diretor da clínica a recebe, sem imaginar o laço de sangue que os une.

Antúnez é o pai de Rafaela, um homem maduro que no passado foi um jovem irresponsável, ao abandonar Caridade quando estava grávida. Agora, apesar dos protestos de sua esposa Morelia, Antúnez tenta ganhar o amor de sua filha, que lhe trata com frieza. Morelia não suporta o escândalo de ter tão próxima a filha ilegítima de seu esposo e tenta se desfazer da jovem doutora.

Rafaela, que decidiu prosperar na vida, amargurada pela miséria na qual vivia com sua mãe e seus cinco irmãos de pais diferentes: Rosalba, Chucho, Belén, Luli e Goyito, ao chegar ao hospital, novamente se depara com José María, um médico brilhante, porém machista e antiquado, que considera a medicina uma profissão para homens. Entretanto, o embate constante de personalidades, irá, pouco a pouco, se tornar uma atração que Rafaela não quer aceitar, pois José María pode ser encantador quando quer, mas também é um Dom Juan e, além disso, é amante de Ileana, uma mulher casada.

José María termina com Ileana porque sua atração por Rafaela já é irresistível. Ele a convida à praia e, apesar de sua decisão de nunca aceitar um homem como ele, Rafaela se deixa dominar por seu coração. Após, sente-se decepcionada de si mesma, já que havia jurado nunca se entregar a um homem sem se casar, para não ser mãe solteira, como foi Caridad, e causar dor a um filho pela rejeição de seu pai, como aconteceu com ela.

Porém, definitivamente, Rafaela já não pode negar o amor que sente por José Maria e aceita sair com ele de férias. A semana que passam juntos é inesquecível e José María lhe promete que ao voltarem viverão juntos e em breve se casarão; no entanto, o que espera Rafaela é uma desagradável surpresa e uma enorme decepção. Ela não sabe que tem sido enganada, pois José María tem uma esposa, Mireya.

A princípio, Rafaela sente impulso por lutar por ele, mas depois se dá conta que será inútil, já que Mireya o domina completamente, e decide distanciar-se para sempre. Agora, a história de sua mãe está a ponto de se repetir, pois Rafaela está esperando um filho de José María. Porém, conta com seu amigo Víctor, aquele jogador, que se apaixonou por ela e lhe propôs casamento para dar seu nome ao filho que espera.

Rapidamente, Rafaela se vê em uma difícil situação: deve decidir se é melhor aceitar a oferta de um homem generoso que dará a seu filho um nome e um lar, um homem a quem estará eternamente agradecida, mas que não ama; ou se vale a pena lutar pelo pai de seu filho, o homem que é, e talvez seja para sempre, o amor de sua vida.


PERFIL DOS PERSONAGENS


Rafaela (Scarlet Ortíz)

É a filha de Caridad e Rafael Antúnez; meio-irmã de Rosalba, Belén, Chucho, Luli e Goyito. Possui 23 anos, é bela, voluntariosa, e não suporta as injustiças. É franca e direta. O amor de José María a leva a se entregar e a aceitar viver a seu lado sem estar casada. Tem vivido ressentida com Rafael Antúnez, seu pai, por não haver se responsabilizado por ela.

José María Báez (Jorge Poza)

Médico acostumado a ter sorte em suas conquistas femininas; mas que escapa de compromissos amorosos. Adora sua profissão, mas acredita que é um terreno somente para machos. Conhece Rafaela e se apaixona por ela. Lhe promete casamento, mas lhe esconde que já está casado com Mireya. Ao saber que Rafaela espera um filho seu tratará de se divorciar de Mireya e lutar por seu bebê.

Rafael Antúnez (Rogelio Guerra)

Médico de meia idade, elegante, frio e arrogante. Está casado com Morelia, com quem não leva uma boa relação. É pai de Alicia, de quem faz pouco caso por considerá-la pouco inteligente e superprotegida. É diretor do hospital onde trabalha Rafaela. Ao saber que ela é sua filha sente uma grande admiração, por ter conseguido se formar, apesar das circunstâncias.

Morelia de Antúnez (Diana Bracho)

Esposa de Rafael. É uma mulher elegante, bela e muito distinta. Leva uma vida social de maneira constante e não tem tempo para dedicar a sua filha, Alicia. Morelia trata de distanciar seu esposo de Rafaela e de tudo o que lhe relacione com Caridad, já que elas representam uma vergonha social que não está disposta a suportar.

Mireya (Chantal Andere)

Esposa de José María. É uma bela mulher, vivida e acostumada a impor sua vontades. É possessiva, com uma grande determinação e sem escrúpulos quando se trata de conseguir algo. Chantageia e manipula José María com um sombrio segredo de seu passado.


Ileana Contreras (Arleth Terán)

Sua vida conjugal tornou-se monótona e rotineira. A falta de incentivo dos filhos e a pouca atenção de seu esposo, Alfredo, lhe fizeram sentir um certo fastio. Sendo jovem e bonita, quer provar a si mesma que ainda pode despertar o amor de um homem, de tal forma que torna-se a amante de José María.


Víctor Acuña (Arturo Carmona)

Jogador de futebol profissional, que sofre um sério acidente automobilístico. No hospital, conhece Rafaela e se apaixona por ela. Ao saber que espera um filho de José María, lhe propõe casamento, para protegê-los.

Caridad Martínez  (Patricia Reyes Spíndola)

É a mãe de Rafaela, uma mulher forte, mas que não consegue viver sem um homem a seu lado. Não esquece o amor que houve entre ela e Rafael Antúnez, e se ilude em silêncio, sonhando que poderiam reatar. Vive atenta por cada um de seus filhos e sofre muito ao vê-los em conflito.


Braulio (Manuel “El Loco” Valdés)

É um indivíduo nefasto, que vive com Caridad; desocupado, bêbado, mulherengo e jogador. Sente-se atraído por Belén, a filha adolescente de Caridad, e a assedia constantemente. Abusa de Alicia e termina assassinando Chucho.


Alicia Antúnez (Ilean Almaguer)

Filha de Rafael e Morelia; meio-irmã de Rafaela. É uma jovem desajustada e bêbeda, a quem lhe falta a companhia e o carinho de seus pais. Sofre porque eles não se interessam por ela e sempre lhe fazem sentir que é um estorvo. Conhece Chucho e se apaixonam.


Rosalba (Tiaré Scanda)

Filha de Caridad e meio-irmã de Rafaela. É forte, positiva e decidida. Trabalha em um bar. Quando as coisas estiveram mais difíceis, chegou a se prostituir para levar dinheiro a sua casa. Gostaria de ser como outras jovens de sua idade, que desejam se casar e formar uma família. Se apaixona por Carlos Luis e trata de prender seu amor a qualquer custo.

Chucho (Juan Carlos Flores)

Filho de Caridad e meio-irmão de Rafaela. Um rapaz bom e inteligente, mas que quase sempre chega aos extremos, por ser esquizofrênico. Se veste de forma extravagante para chamar a atenção. Se apaixona por Alicia e morre após ser ferido por Braulio, seu padrasto.


Belén (Evelyn Cedeño)

Filha de Caridad. É uma jovem inocente e nobre, que sonha ser uma cantora famosa, pois tem uma bela voz. Vive com medo de Braulio, seu padrasto, que lhe assedia constantemente. Quando se apaixona por Raúl, encontra uma saída fácil para escapar do ambiente em que vive, se casando com ele, apesar de sua pouca idade.

Luli (Sarai Meza)

Vive esperando o retorno de seu pai, a quem não conheceu. É criativa e inventa várias histórias nas quais chega a acreditar; é doce, terna e melancólica. Vive alimentando a esperança de que algum dia encontrará seu pai e este lhe dará todo amor que sempre lhe faltou.


Goyito (Emmanuel Chikoto)

É simpático e muito maduro para sua idade, já que a rua tem sido sua escola. Conheceu seu pai e o recorda com grande carinho. Odeia Braulio porque sente que este ocupou o lugar de seu pai. É solidário e terno.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Qual é a melhor telenovela da Rede CNT?


Confira o resultado da enquete:


Acorrentada: 45 votos (45%)

Alma indomável: 25 votos (25%)

Ambas são ótimas: 30 votos (30%)


Total de votos: 100



Acorrentada, originalmente intitulada Acorralada, é de autoria de Alberto Gómez, o mesmo de Gata selvagem, e foi produzida pela Venevisión Internacional entre 2006 e 2007, com Alejandra Lazcano e David Zepeda nos papéis protagônicos.

Desde o dia 05 de abril de 2010 vem sendo exibida pela Rede CNT, após ter sido transmitida com grande audiência em diversos países. Talvez esse sucesso deveu-se à beleza do elenco feminino da telenovela, composto, também, por Frances Ondiviela, Sonia Smith, Mariana Torres, Elizabeth Gutiérrez, Maritza Bustamante, Maritza Rodríguez e Virna Flores, atrizes de grande talento, que possuem uma beleza incontestável.

Acorrentada é uma apaixonante história de amor, ódio e vingança em cenários luxuosos, mansões e edifícios suntuosos, belíssimas vistas para o mar de praias famosas, e muita gente bonita; elementos característicos da cidade de Miami, Flórida. Esta produção original da Venevisión Internacional, foi exibida com grande êxito em mais 50 países e é considerada a segunda telenovela mais longa produzida pela Venevisión.

A trama gira em torno da desenfreada maldade da família Irazábal que, por duas vezes, tenta destruir as vidas de uma mãe e de suas duas filhas. Otávia Irazábal, toma de Fedora o que de mais importante ela possui: suas duas filhas pequenas e sua próspera fábrica de perfumes, acusando-a de um delito que não cometeu e pelo qual Fedora é condenada a prisão. Lá, decide estudar e consegue se formar em Direito, já com vistas em arquitetar o seu plano de vingança.

Ao sair do presídio, Fedora jura recuperar a vida que lhe foi roubada, sem antes imaginar os terríveis obstáculos que terá que enfrentar para salvar sua filha Diana, que, agora com 23 anos, é enfermeira, e se apaixonou por Maximiliano, filho de Otávia.

Afortunadamente, o destino trata de unir Diana e Fedora, que com a identidade de Gaivota se tornara cantora de uma casa noturna. Fedora também reencontra sua outra filha Gaby, que, assim como Diana, trabalha na casa dos Irazábal, como empregada. A partir daí, muitas intrigas, golpes, suspense e histórias de amores impossíveis envolvem os telespectadores.



Alma indomável, conhecida internacionalmente por Alma indomable, é outra telenovela da Venevisión International, também escrita por Alberto Gómez, e gravada entre 2008 e 2009 no sul da Flórida, Estados Unidos, em belas locações externas com muito colorido e vegetação natural.

Protagonizada por Scarlet Ortiz e José Ángel Llamas, com as atuações antagônicas de Lilibeth Morillo e Luis José Santander, Alma indomável vem sendo exibida pela Rede CNT desde 11 de outubro de 2010, após ter sido estreada em diversos países como Estados Unidos, Estônia, Bolívia, Colômbia, Chile, Panamá, Equador, Honduras e República Dominicana, entre outros.

Alma indomável conta a história de uma bela mulher do campo, Alma, filha do milionário Patrício Sorrento, e, portanto, herdeira legítima de sua fortuna. Alma foi criada na mais desprezível pobreza, como uma selvagem inculta, por Fucha, uma mulher cruel que a recebeu quando era apenas um bebê, sem que esta conhecesse sua verdadeira origem. Um jogo do destino a leva à luxuosa fazenda de Patrício, onde, por pena, lhe dão morada, e onde sua vida começa a mudar para sempre.

Ao conhecer o administrador da fazenda, João Paulo Robles, seu coração lhe diz que ele é o amor de sua vida. Mas esse é um amor que não está destinado a florescer facilmente, já que vários personagens cruéis, além de certas circunstâncias infortunadas, conspiram para manter os apaixonados separados.

A vida leva João Paulo e Alma por caminhos diferentes. Impulsionados por motivos inevitáveis ambos se casam com outras pessoas, mas nem o tempo, nem a distância conseguem apagar o que sentem um pelo outro. Após receber seus próprios milhões, e por fim tomar posse da herança que lhe corresponde, ela regressa à fazenda onde passou por tantas humilhações, mas, agora, como a dona.

Com o passar do tempo, os casamentos de João Paulo e de Alma fracassam, o que os deixam livres para reavivar seu amor uma vez mais. Porém, apesar de seu novo refinamento, o caráter de Alma continua intacto, e ela se nega a ser vencida pela maldade. Somente o poder do amor pode conquistar sua alma indomável.

TV Brasil apresenta Postales de Leningrado

A TV Brasil exibe neste domingo, 30 de janeiro, às 23h00, Postales de Leningrado, um filme venezuelano que expressa um momento sensível da história da Venezuela, com tratamento e linguagem inovadoras. Dirigido por Mariana Rondón e lançado em 2007, Postales de Leningrado é considerado uma das maiores produções venezuelanas.

Ambientado no conflito armado entre os guerrilheiros das Fuerzas Armadas de Liberación Nacional (FALN) contra o exército venezuelano na década de 60, a partir da ótica de duas crianças, o filme conta, em 90 minutos, a história de uma jovem guerrilheira que deve dar à luz na clandestinidade. Sua filha é a primeira a nascer no Dia das mães e sua imagem aparece em todos os jornais venezuelanos daquele dia.

A partir deste momento, ambas serão obrigadas a fugir. A menina, narradora do filme junto com seu primo Teo, reinventa a realidade ao seu redor, criando uma série de jogos, histórias e fantasias em que eles aparecem como super-heróis e guerrilheiros. No entanto, esses jogos não podem esconder as torturas, mortes e desaparecimentos que aconteceram no país naquele momento.

Durante décadas, falar das guerrilhas venezuelanas foi um tabu. O medo de ser vinculado aos grupos terroristas dos anos sessenta e setenta fez com que, salvo contadas exceções, se falasse muito pouco dos movimentos que se destacaram durante boa parte de nossa história contemporânea. E é justamente desse medo que o filme Postales de Leningrado vem falar.

A personagem que narra o filme é uma menina de oito anos, filha de combatentes das FALN, grupo guerrilheiro estabelecido pelo Partido Comunista de Venezuela (PCV), em 1962, para lutar contra o governo de Rómulo Betancourt.

Atrás da história contada pelas crianças, se esconde a história adulta, muito mais complexa, que deve ser analisada pelo espectador. A história não se conta de forma linear; a narração vai adiante e regressa no tempo, o que requer um pensamento de criança para entender a trama adulta, que está detrás da narração infantil.

Postales de Leningrado também conta com numerosas animações 2D, que reforçam o ambiente infantil que cria a narração dos pequenos. Flechas, deseninhos, bonequinhos brincando, uma arvorezinha crescendo a partir de um guerrilheiro atingido pelas balas inimigas, ou a bela animação de um garoto passando de bicicleta através dos inimigos, são recursos gráficos que não muitos apreciarão, mas que requereram o trabalho de até doze animadores por três meses.

Postales de Leningrado recebeu diversos prêmios, entre eles: Melhor longa-metragem, no Festival de Cinema Latino-Americano de Biarritz, na França; Melhor longa no Festival de Santa Cruz, na Bolívia; Melhor longa no Festival de Cinema Venezuelano; e Melhor diretor no Festival de Kerala, na Índia. No Brasil, recebeu o prêmio de Melhor longa do 18º Cine Ceará; e prêmio do júri, além de Filme revelação e Prêmio da juventude, na Mostra de Cinema de São Paulo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

As telenovelas paraguaias – Parte 2


Em 2008, o canal Telefuturo produziu Papá del corazón, a primeira telenovela paraguaia exibida diariamente no horário nobre. Com equipamentos básicos, uma boa história - original dos autores Jorge Maestro e Gastón Pessacq - e pouco investimento, Papá del corazón foi produzida por Miguel Ángel Rodríguez e contava a história que surgia a partir do vínculo criado entre Luisito (Eduardo Lezcano), um garotinho de sete anos, e Dani (Dani da Rosa), que não era seu pai biológico. Dani era um rapaz simples, que durante toda sua vida tentou evitar a pressão da responsabilidade que implica o mundo dos adultos, porém, da noite para o dia, se via obrigado a assumir um novo papel: o de pai de Luisito, que era filho de Valeria (Paola Maltese), sua companheira de trabalho. A telenovela, que foi idealizada para durar 100 capítulos, se estendeu, e chegou a 160 capítulos de uma hora cada, competindo diretamente com uma telenovela da Rede Globo.

Também em 2008, o Canal 13 produziu Niñera de adutos, uma série semanal, levada ao ar às quartas-feiras, às 21h00, escrita por José Ayala e dirigida por Néstor Amarilla. Cada episódio durava aproximadamente uma hora e centrava seu enredo na vida dos irmãos Dosantos Ampuero, Rodri (Nico Garcia) e J (José Ayala), que pertenciam à classe alta e levavam uma vida frívola, sem nenhum tipo de restrições, nem problemas. Eram mantidos por seu pai, o qual vivia e trabalhava nos Estados Unidos, lhes enviando dinheiro periodicamente. Nenhum dos dois  trabalhava ou estudava, suas únicas atividades eram ir a festas, comprar e sair com os amigos. Porém, certo dia, tudo mudava quando o pai, cansado da vida fácil que levavam seus filhos, contratava uma babá para endireitar suas vidas. Digna (Susana Escobar) era o nome da mulher que passava a viver com eles sob o mesmo teto, tentando educá-los depois de adultos.

Já em 2009, o canal Telefuturo volta a produzir uma telenovela diária e realiza De mil amores, novamente com roteiro de Jorge Maestro e Gastón Pessacq e produção de Miguel Ángel Rodríguez, que contava a história de dois homens desiludidos por duas mulheres, que chegavam a forjar uma grande amizade. Ramiro (Dani da Rosa) foi abandonado no altar e Alejandro (Nico García), por sua parte, tinha que suportar a dor de ver sua noiva se casar com outro. O azar os unia e juntos decidiam não voltar a cair nas garras femininas. Idealizada para durar 160 capítulos, De mil amores foi um grande sucesso e concluiu sua exibição no 190° capítulo. O amor, o ódio, a traição, a amizade, a alegria e a tristeza são ingredientes infalíveis em toda telenovela e De mil amores mostrou que pôde sim mexer com os sentimentos da “teleplateia”.

Em 2010, novamente a emissora paraguaia se lança no mundo da produção e exibe La doña, sua terceira telenovela diária, e a primeira gravada parcialmente no exterior, mais especificamente em Madri, Espanha. Protagonizada por Lourdes Llanes, La doña se tornou uma produção de alto investimento e tocou um tema relacionado com muitos paraguaios: a imigração. A telenovela estreou em um domingo e sua exibição se deu de segunda a sexta-feira, às 21h00, sendo transferida, posteriormente, para o horário das 19h00. Seu final ocorreu após 130 episódios. La doña, escrita por Ricardo Rodríguez e Marcela Guerty, foi mais uma produção de Miguel Ángel Rodríguez e contou a história de Francisca (Lourdes Llanes), uma mãe solteira de 42 anos, que retornava ao Paraguai após ter vivido dezessete anos na Espanha, em busca de trabalho para manter sua filha. Após sua volta, se deparou com vários problemas a serem resolvidos, inimigos a serem enfrentados e uma herança a ser recebida, mas também se topou com o amor, através de Lúcio (Nico García), um homem muito mais jovem que ela, que lhe devolveu a fé nas relações amorosas.

As telenovelas paraguaias – Parte 1


Alguém já assistiu ou ouviu falar em alguma telenovela paraguaia? Acredito que poucos, ou quase ninguém. Realmente elas são escassas, mas, mesmo não sendo um país que conte com uma grande trajetória em se tratando de produção de ficções seriadas, o Paraguai teve suas oportunidades e produziu algumas tramas em diferentes ocasiões.

A televisão chegou ao Paraguai em 25 de setembro de 1965, com a abertura do Canal 9, TV Cerro Corá. O primeiro teleteatro paraguaio ao vivo foi Una noche en familia, exibido em 1966, com as atuações de Mario Prono, Mercedes e Stella Marys Jané, e Luis D'Oliveira.

No ano de 1967, foram realizados vários teleteatros ao vivo, no horário do meio-dia, e estes contaram com a atuação de Armando Rubín, Carla Fabri, Zuny Joy, Patricia Blasco, Juan Angel Gómez, entre outros.

As primeiras telenovelas que chegaram ao país, graças ao uso do videoteipe, eram de origem argentina, que se somaram aos seriados norte-americanos que já eram exibidos. A estes dois se somaram, também, telenovelas mexicanas e brasileiras e, posteriormente, venezuelanas e colombianas.

Foi em 1978, quando realizou-se a primeira telenovela paraguaia gravada em vídeo: Magdalena de la calle, que foi rodada em cenários naturais, em preto e branco. Após vários atrasos na edição, foi exibida dois anos após, em 1980, quando já eram transmitidos vários programas em cores.

O projeto inicial de vinte capítulos ficou reduzido a cinco capítulos de 60 minutos. Magadalena de la calle foi produzida por Mercedes D'Oliveira e Eduardo Cerebello, foi dirigida por Silvio e Rudi Torga e contou com as atuações de Marilyn Maciel, Miguel Angel González, Amada Gómez, Ramón Patiño, Rosaly Usedo, Ricardo Sanabria e muitos outros.

Passaram-se vários anos e foram produzidas algumas minisséries, como Río de fuego, em 1991, que teve como protagonistas Zuni Castiñeira e Arnaldo André; El amor tiene cara de…, em 1993, com Pelusa Rubin, Alejandra Prayones e Raúl Taibo; Chicos y chicas, em 1999; Edad difícil, em 1999, e Colegio de señoritas, em 2001.

No decorrer do ano de 2005, foram apresentados quatro programas de ficção: González vs. Bonetti, produzida pela Telefuturo, girava em torno de duas famílias tradicionalmente paraguaias, onde os González tinham sérios problemas financeiros; ¡Animo, Juan!, também da Telefuturo, contava a história de um homem comum, de aproximadamente 50 anos, de costumes tipicamente paraguaios, mas com um caráter muito particular, pois vivia mal-humorado e se queixando, a ponto de sua mulher, após vinte e tantos anos de união, pedir o divórcio. Juan, que era incapaz de reconhecer seus erros e assumir que ainda a amava, se mudava para a casa do lado, passando a vigiá-la; González vs. Bonetti: La revancha, a segunda temporada e La novela de cachorros, produzida pelo Canal 13, Teledifusora Paraguaya.

Em 2006, o êxito das duas temporadas de González vs. Bonetti, permitiu a produção de La Chuchi (foto), dando continuidade à produção nacional. Realizada pelo Canal 13, a trama contava a história de Marta Bogarín, La Chuchi, que vivia em um bairro de classe baixa e cujas ambições de pertencer a uma classe social mais alta a levavam a inventar uma falsa realidade a fim de encontrar um namorado para sua sobrinha.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Un año para recordar já tem data de estreia


A partir de 14 de fevereiro, às 21h30, a Telefé passará a exibir Un año para recordar, a nova produção da Underground Contenidos, a cargo de Sebastián Ortega, para o canal argentino. A comédia romântica será protagonizada por Carla Peterson e Gastón Pauls e contará com as atuações de Rafael Ferro, Gonzalo Valenzuela, Eleonora Wexler, Florencia Raggi, Osvaldo Santoro, Valentina Bassi, Roly Serrano, Gastón Ricaud, Eugenia Suárez, Juan Manuel Guilera, Laura Cymer, Alan Sabagh, entre outros.

Un año para recordar contará a história de Ana (Carla Peterson) e Victor (Rafael Ferro). Ambos casados há vários anos trabalham no supermercado administrado pela família de Victor. A relação entre eles tem atravessado uma longa temporada de vaivéns, fazendo com que Ana se proponha a conseguir pacificamente seu divórcio e, assim, poder conviver livremente com Dante (Gaston Pauls), seu verdadeiro amor.

Porém, no dia em que decide tomar o controle da situação, Victor a descobre despedindo-se de Dante e, a partir daí, se desata um fato trágico: acidentalmente, no meio de uma discussão, Ana mata seu marido. Desesperada, sem poder aguentar a culpa que sente pelo que fez, vai até sua casa e chama a polícia para se declarar culpada pelo crime. Após adormece.

No entanto, quando acorda na manhã seguinte, descobre, com espanto, que sua vida retrocedeu exatamente um ano atrás, no dia em que conheceu Dante, e, assim, se dá conta que se marido ainda não está morto.

Entre o desconcerto e a incredulidade, sem entender se o que está vivendo é uma benção ou um pesadelo, Ana voltará a reviver por completo o último ano de sua vida, onde descobrirá que as coisas nem sempre são o que aparentam.

Ao conhecer o futuro, a protagonista poderá modificar situações e destinos de muita gente que trabalha junto dela no supermercado, mas rapidamente se dará conta que ao mudá-los, poderá alterar a ordem estabelecida e não tardará em ver que existem questões do destino, como seu amor por Dante, que serão impossíveis de evitar, haja o que houver.

Entretanto, os demais ignoram essa mudança, apenas sua amiga e grande aliada Mica (Eleonora Wexler) será a única que conhecerá este insólito e grande mistério.

La diosa coronada estreia na Telemundo de Porto Rico


Ontem, 27 de janeiro, às 21h00, estreou na Telemundo de Porto Rico a mini-telenovela La diosa coronada, uma produção da emissora, de aproximadamente 31 capítulos, gravada totalmente na Colômbia e baseada em fatos reais da vida da colombiana Angie Sanclemente Valencia, uma ex-modelo e Rainha da Beleza Colombiana, que sempre teve a ambição e a beleza como principais atributos. A mesma produção já havia sido exibida nos Estados Unidos, entre 26 de julho e 07 de setembro de 2010, além de também já ter sido emitida em países como Bolívia, Colômbia e Chile.

A trama conta a história de Raquel Santamaría (Carolina Guerra), uma jovem de caráter forte e ambicioso, que cresceu na pobreza e, cansada de tanta miséria, decidiu utilizar sua beleza para prosperar no universo dos reinados da beleza, onde encontrou uma oportunidade.

Acreditando que isto lhe renderia uma vida de maior riqueza, rapidamente aprendeu que também estaria cercada de abusos, onde o êxito implicaria em um custo sexual. No entanto, Raquel é capaz de fazer todo o necessário a fim de obter a fama, o dinheiro e o poder que tanto deseja.

Em seu caminho cruza com Genaro (Arap Bethke), um misterioso homem de negócios, com muita influência, que a leva a um mundo que antes parecia inalcançável. Através dele, Raquel é levada ao mundo do narcotráfico, que a coloca em um nível de luxos que nunca antes ela havia imaginado.

Cega pela ambição, Raquel se associa a um dos traficantes mais poderosos do país, utilizando como fachada uma agência de modelos, que as utiliza como “mulas” para transportar cocaína. Desta maneira, a jovem consegue acumular uma grande fortuna e se tornar uma das maiores traficantes do país, a quem todos chamam de La diosa coronada.

Com roteiro de Juan Camilo Ferrand, direção de Rodolfo Hoyos e Miguel Varoni e produção executiva de Hugo León Ferrer, La diosa coronada conta um elenco composto por Carolina Guerra, Arap Bethke, Angeline Moncayo, Margarita Reyes, Valentina Lizcano, Carolina Gaitán, Jhon Mario Rivera, Carlos Humberto Camacho, Jonathan Islas, Luces Velasquez, Katherine Porto, entre outros.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Personagens da telenovela Grachi


Grachi, a quarta telenovela produzida pela Nickelodeon Latinoamérica, que terá 75 episódios de uma hora cada e estreará em 02 de maio, já foi vendida a um grande número de emissoras através da Comarex, a sócia distribuidora desta produção. Veja agora o elenco e os personagens dessa nova trama juvenil:


Graciela “Grachi” (Isabella Castillo) – é uma adolescente que se muda para uma nova cidade e se encontra com novos amigos e primeiros amores, ao mesmo tempo em que descobre que possui poderes mágicos.

Isabella Castillo é uma atriz e cantora de origem cubana. Teve um surpreendente êxito ao ser a personagem principal em El diario de Anna Frank - Un canto a la vida, na Espanha. Atualmente, a atriz interpreta o papel Andrea Girón na bem-sucedida telenovela El fantasma de Elena, junto de seus amigos em Grachi: Katie Barberi e Mauricio Henao.


Daniel (Andrés Mercado) – o galã da escola, e campeão de natação, que rouba o coração de Grachi.

Andrés Mercado começou sua carreira atuando em comerciais aos cinco anos de idade, em sua terra natal, a Colômbia. Hoje, é um consagrado músico e ator, que tem aparecido em inumeráveis campanhas publicitárias e telenovelas. Recentemente fez o papel de Iker, na telenovela mexicana Atrévete a soñar.


Matilda (Kimberly dos Ramos) – a bela namorada de Daniel e, portanto, rival de Grachi. Domina a escola e também tem poderes mágicos.

A atriz e modelo venezuelana Kimberly dos Ramos sempre esteve a maior parte de sua vida diante das câmeras. Se uniu à RCTV aos quatro anos de idade e apareceu em numerosos anúncios de TV e impressos, além de ter conduzido programas de televisão e ter atuado em telenovelas como Amor a palos e La trepadora.


Francisco (Ramiro Fumazoni) – é o amoroso pai de Grachi, mestre em ciências e professor da escola.

Ramiro é originário da Argentina e começou sua carreira como modelo no México, onde apareceu em importantes campanhas publicitárias de marcas como Nine West, Dockers e Fruit of the Loom. Fumazoni também participou em obras de teatro e, mais recentemente, na telenovela mexicana Vuélveme a querer.


Úrsula (Katie Barberi) – é a elitista e excêntrica mãe de Matilda, que se apaixona por Francisco.

Katie é uma importante atriz mexicana que já participou em mais de 30 produções de cinema teatro e televisão. Seus créditos mais recentes são nas telenovelas La marca del deseo, Doña Bárbara, Bella calamidades e El fantasma de Elena.


Tony (Mauricio Henao) – é o nerd da escola e melhor amigo de Grachi, que também está apaixonado por ela.

Mauricio Henao é originário da Colômbia e apareceu em várias campanhas publicitárias e telenovelas, mais recentemente em ¿Dónde está Elisa? e El fantasma de Elena.


Mecha (Sol Rodríguez) – é a melhor amiga de Grachi e uma jovem designer de modas.

Sol é um novo talento argentino. Nascida em Buenos Aires, dançava desde os cinco anos de idade, o que a levou ao canto e a atuação. Filha do reconhecido músico Oscar Beli, Grachi será a estreia de Sol nas telenovelas.


Chema (Lance dos Ramos) – é primo de Daniel, cujo dom para a música não é refletido no âmbito escolar.

Ator e modelo, Lance dos Ramos começou sua carreira aos 10 anos de idade em sua terra natal, a Venezuela, quando formou parte grupo musical Los Mini Pops. Apareceu em vários comercias e telenovelas, como Sabor a ti, Destino de mujer e Cuando hay pasión.


Cristina (Adriana Cataño) – é a mãe de Daniel e de três pequenas crianças de Ezquivel.

A atriz, modelo e apresentadora de televisão colombiana-estadunidense participou em numerosos programas de televisão e telenovelas, como Belinda, Morelia, e Marielena, bem como em filmes americanos como Bad boys e Holy man. Adriana também foi capa de reconhecidas revistas, entre elas Ocean Drive, Gente, Cosmopolitan, Hola e TVyNovelas, entre outras.


Outros integrantes do elenco incluem Alexandra Pomales, María del Pilar Pérez e Sharlene Taule, como Las Panteras; Lianet Borrego, como Cussy; Lino Martone, como Julio; Eva Luna Montaner, como Melanie; Andrés Cortino, como Roberto; Cristian Campocasso, como Luis; Manuel Carrillo, como Ricardo; Martha Pabón, como senhora Diretora e Marisela González, como Lolo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Popland: A segunda telenovela da MTV Latinoamérica


A MTV Latinoamérica anunciou o começo de sua nova produção: Popland, sua segunda aposta no gênero das telenovelas, após Niñas mal. Diferentemente desta última, co-produzida com a Sony Pictures Television, Popland será realizada em sua totalidade pela MTV Networks Latinoamérica, terá 75 episódios de uma hora cada e estreará no último trimestre de 2011.

Escrita por Marcelo Camaño, criador de Vidas robadas, El capo e Montecristo; e Claudia Bom, criadora de Niñas Mal e Enséñame a vivir, a nova trama segue a travessia de uma garota desde seu humilde povoado onde cresceu até sua chegada à cidade grande, cheia de celebridades e festas, onde uma história de amor mudará sua vida.

Produzida com a mais nova tecnologia de alta definição, Popland focará o mundo das celebridades através da lente de uma aspirante a fotógrafa, chamada Carla. Nascida em um pequeno povoado, Carla é uma garota de 18 anos, inteligente, leal, carismática e ambiciosa,  com grandes sonhos. Ela se aventura na cidade grande e, pouco tempo depois, consegue trabalho de paparazzo para um dos sites de fofocas mais populares: o Popland.

Rapidamente, Carla se dará conta que os acessos VIP e uma vida exclusiva sempre têm seu preço. Ainda que o competitivo mundo dos paparazzi põe a carreira de Carla em jogo, sua persistência e determinação não irão desanimá-la.

Popland será distribuída mundialmente pela Divisão Internacional de Vendas de Programação da MTV Networks Internacional. O anúncio foi feito por Fernando Gastón, vice-presidente sênior de conteúdo criativo da MTV/VH1 Latinoamérica na conferência da Natpe, que terminou hoje, em Miami.

María Rojo: A nova contratada da TV Azteca?


Cada vez é maior o número de atores famosos da Televisa que abandonam o barco para se unir ao cast de sua principal rival no México, a empresa TV Azteca. Agora, chegou a vez de uma reconhecida atriz, que conquistou o carinho do público ao longo destes anos na principal criadora de telenovelas: María Rojo.

Após algumas semanas de ter abandonado a produção Rafaela, de Nathalia Lartilleux, onde encarnaria a mãe da protagonista, devido a problemas de saúde, María Rojo anuncia seu grande regresso e sua primeira aparição poderá ser em Secretos del corazón, a primeira telenovela que será produzida para o Canal 7, da TV Azteca. Dirigida por Bruno Bichir e Fabián Torres, este melodrama também contará com as atuações de Ari Telch, Juan Manuel Bernal, Miriam Higareda, Damián Alcázar e Lisa Owen.

La viuda joven: A nova telenovela da Venevisión


As produtoras venezuelanas sempre se destacaram por sua grande originalidade e por suas tramas inovadoras. Agora, a Venevisión já promove a que será sua nova aposta: La viuda joven, protagonizada por Mariángel Ruíz e Luis Gerónimo Abreu. Se trata da nova criação de Martín Hahn, graças ao qual se pôde ver telenovelas como La mujer de Judas e Estrambótica Anastasia.

Sendo a substituta da bem-sucedida produção La mujer perfecta, este novo projeto traz de volta uma grande quantidade de reconhecidos atores e atrizes: Verónica Schneider, Astrid Carolina Herrera, Luciano D'Alessandro, Carlos Mata, Carlos Felipe Álvarez e Rafael Romero, que irão adoçar esta melodramática produção, que aspira a se tornar o novo grande êxito desta empresa venezuelana, criadora de clássicos como Secreto de amor, Ángel rebelde, Rebeca e Gata selvagem.

Desta maneira, e devido ao fechamento da RCTV, o melhor das duas empresas se une nesta, que agora cria histórias muito diferentes daquelas com as habituais protagonistas humildes e tontas que têm a vida impossível devido aos milhares de vilões e vilãs, e mostra tramas mais elaboradas e com um maior número de matizes.

La viuda joven será, igualmente às obras anteriores de Hahn, uma história carregada de dramatismo, intriga e mistério, que fará com que o público se mantenha fiel a história dia após dia.

Amar de nuevo: A nova telenovela da Telemundo


Há apenas algumas semanas da grande estreia da super produção da Telemundo, Los herederos Del Monte, a nova versão da história chilena Hijos Del Monte, que marca o regresso de Mario Cimarro e Marlene Favela à empresa hispânica dos Estados Unidos, a emissora já divulgou a que será sua nova produção, que levará o nome de Amar de nuevo.

Com Eduardo Rodríguez e Patricia Garza como protagonistas, Amar de nuevo contará com 130 capítulos cheios de sofrimento e amor. Da mesma forma, este projeto já está sendo gravado nos estúdios que empresa possui no México. Assim, essa será a segunda produção da Telemundo gravada no país azteca, sendo El juramento a primeira, a qual não teve muita acolhida do público e tornou-se a primeira telenovela própria que a Telemundo tirou de sua programação.

Além da atuação do jovem Jorge Eduardo García, Amar de nuevo marcará o retorno de Alejandro Felipe Flores, um dos personagens mirins mais famoso da empresa. Vale destacar que o escritor da história é Enrique Torres, criador de exitosas histórias como Perla negra, Nano, Muñeca brava, Antonella e Amarte así, Frijolito.

As vinte telenovelas mexicanas que marcaram época - Parte 2

No início dos anos 90, Luis de Llano começou a criar um novo gênero: a telenovela musical, e seu primeiro êxito foi Alcançar uma estrela. Esta era a história de Lorena, um patinho feio que vivia alucinada por um roqueiro interpretado por Eduardo Capetillo. A alta audiência garantiu uma segunda parte, Alcançar uma estrela 2, onde sobressaiam Ricky Martin, Sasha e Bibi Gaitán.

Emilio Larrosa impôs um padrão na telenovela juvenil em 1991. Kate del Castillo, Cecilia Tijerina, Emma Laura e Tiaré Scanda eram as Garotas bonitas, quatro jovens de diferentes classes sociais. O esquema de seguir a vida de um grupo de amigas seria reutilizado por Larrosa em projetos futuros, como Soñadoras e Amigas e rivais, onde o produtor trataria temáticas mais audazes, como o problema com drogas e a AIDS.

Também nos anos 90, a trilogia das Marias converteria Thalía na rainha das telenovelas. Ainda que as três estivessem baseadas em êxitos anteriores, foi a presença da ex-Timbiriche que conseguiu arrastar multidões diante da televisão. Maria Mercedes, de 1992,  iniciou a saga, que seria seguida por Marimar, em 1994, e selada por Maria do bairro, em 1995. Fosse como vendedora de bilhetes de loteria, ribeirinha ou catadora, Thalía enfeitiçou a todos com suas travessuras e sua linguagem cômica. Em Maria Mercedes, curava seu esposo da impotência e brigava com Laura Zapata, sua irmã na vida real; de coletora de sucata passava para a alta sociedade em Maria do bairro; mas foi em Marimar que Thalía brilhou interpretando uma ribeirinha que se casava com um jovem que a abandonava e a humilhava, até o ponto em que sacudia a poeira e renascia como uma deusa da vingança.

Em 1993, quando Emilio Larrosa produziu Dos mujeres un camino, o conceito foi revolucionário. A telenovela contava a história de Johnny, personagem de Erick Estrada, um caminhoneiro de Tijuana que se encontrava dividido entre duas mujeres, ao mesmo tempo em que vivia entre duas culturas: a mexicana e a americana. Junto das aventuras galantes do caminhoneiro, Larrosa incluiu uma subtrama que envolvia o então popular grupo musical Bronco, que permitiu a entrada da sempre recordada Selena nas telenovelas.

A mentira, de Caridad Bravo Adams, tem um recorde de êxitos: seja em como livro, filme ou telenovela causou uma revolução. Marga López, Julissa, Maricruz Olivier e Daniela Castro deram vida à desafortunada Verônica, cuja única culpa era ter um nome que começava com V e uma prima com alma de víbora. Em 1998, A mentira voltou à telinha cheirando a tequila e com um casal impactante formado por Kate del Castillo e Guy Ecker.

Em 1993, os telespectadores presenciaram a telenovela mais romântica de todos os tempos, o casal mais apaixonado do gênero e uma trama que tornaria Eduardo Palomo imortal. Escrita também por Caridad Bravo Adams, Coração selvagem narrava a erótica atração de uma noviça pelo amante de sua irmã, um pirata contrabandista apelidado de João do Diabo. As praias de Nayarit serviram de marco para este paixão tormentosa que, diferentemente de outras versões, não esperava a chegada do último capítulo para se consumar. Edith González esteve belíssima como a noviça Santa Mônica, e, igualmente impressionante, esteve Ana Colchero, como a trágica Aimé.

Emilio Larrosa tornou-se o mestre da tragicomédia em 1995, com El premio mayor, a história de um típico pobretão que se tornava milionário graças a um milagroso bilhete de loteria. Carlos Bonavides fez carreira como o mulherengo Huicho Domínguez, que se mudava de seu barrio e, paulatinamente, ia perdendo toda sua família. Comovedora esteve Sasha, como a filha adotiva de Huicho, maltratada e humildada por este. Laura León era Rebeca, a sofrida esposa do novo ricaço, que farta de tanta tolice e infidelidade buscava seu próprio milionário. El premio mayor gerou uma sequência: Salud, dinero y amor, onde Huicho recebia um justo castigo que lhe permitia se redimir.

Lucero tem se caracterizado por várias coisas, e uma delas é o fato de nos presentear cada vez que aparece na telinha com uma caracterização vibrante. A mais memorável foi em 1995, quando deu vida a trigêmeas em Laços de amor. Extraordinária esteve a atriz como a simples Maria Guadalupe, a cega Maria Fernanda e a perversa Maria Paula. Foi neste último papel onde Lucero demostrou sua versatilidade ao interpretar uma promíscua assassina, que se consumia por uma paixão incestuosa por seu tio, interpretado por Otto Sirgo. O final da trama foi aterrorizante e aberto, visto que o público nunca teve a certeza de que Maria Paula teria realmente se suicidado e não estivesse usurpando o lugar de Maria Guadalupe.

Ainda que Bodas de odio, sua primeira versão, teve muito êxito, não pôde ser comparada ao fenômeno que causou Amor real, a história de uma esposa mentirosa e de um esposo violento, que entre tapas e beijos descobriam o significado do verdadeiro amor, em um ambiente de guerras e revoluções. Adela Noriega e Fernando Colunga tornaram-se os reis da telenovela, mas o elenco, em geral, brilhou com atuações impressionantes, entre eles Ana Martín, Mario Iván Martínez e Ernesto Laguardia, sem esquecer a caracterização de Mariana Levy, como a feiosa Josefina.

Nos anos 60, quando a telenovela ainda não tinha sua fisionomia própria, foram realizadas experiências com heroínas malévolas, e a mais diabinha desta turma foi Rubi, uma criação de Yolanda Vargas Dulché. Porém, em sua reencarnação de 2004, Rubi voltou e conquistou nossos corações. Bárbara Mori trouxe seu talento e beleza para a Televisa e deu vida a insaciável universitária que ira pelo mundo conquistando corações inescrupulosamente sobre seu salto alto. Vestida de vermelho e escoltada por seu fiel guarda-costas e estilista Toledo. A descarada passou por diversas camas e pelas mãos de distintos milionários, sem nunca ter deixado de amar seu eterno Alessandro, papel de Eduardo Santamarina.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As vinte telenovelas mexicanas que marcaram época - Parte 1

Em 09 de junho de 1958, às 18h30, chegava ao ar, pelo canal 4, desde o Televicentro, Senda prohibida, a primeira telenovela mexicana. Quem iria imaginar que um mero projeto experimental, inspirado por um bem-sucedido radioteatro, se tornaria o programa televisivo latino que mais iria conquistar fanáticos em todo o mundo? São quase seis décadas de telenovela mexicana, período suficiente para que grandes clássicos do gênero dessem mostra de seu sucesso. Acompanhe agora mais um artigo sobre os dramalhões que deixaram saudades entre os telenoveleiros mexicanos e brasileiros, entre tantos outros.

Em 1971, realizava-se Muchacha italiana viene a casarse, a primeira telenovela mexicana que alcançaria fama em todo o continente. Tanta foi a popularidade da saga da emigrante napolitana - que com chantagens conseguia emprego na casa de uns misteriosos milionários - que, pela primeira vez, se deu o fenômeno de alargar uma trama. A história combinava os elementos necessários para ser um êxito: um romance amor-ódio; uma respeitável família que escondia segredos sinistros; uma mansão sombria cheia de passagens secretas, e um herói com tantos defeitos como inimigos. Angélica María, como Valeria Donati, e Ricardo Blume, como Giovanni Francesco, se tornaram um dos casais mais lembrados dos melodramas.

Se as telenovelas já haviam conquistado o continente americano, foi com Os ricos também choram, de 1979, que conquistaram o mundo inteiro. Milhões de telespectadores choraram junto da órfã Mariana, interpretada por Verónica Castro. Adotada por um milionário, Mariana terminava se casando com o filho mais velho deste. A popularidade da telenovela obrigou um aumento de capítulos que levaram a heroína a perder a memória e abandonar seu filho em um parque, para voltar a encontrá-lo quinze anos mais tarde.

Também no final da década de 70, Arturo Moya Grau inventava para a televisão chilena uma heroína "sui generis", cabareteira, alcoólica e quase uma prostituta. Em 1980, a Televisa criou sua própria versão de La Colorina, intitulada apenas Colorina, e, assim como no Chile, o conto da dançarina que engravidava de um milionário e aceitava vender seu filho, causou escândalo e sensação. Lucía Méndez, famosa nestes anos por seus papéis de ingênua, em Mundos opuestos e Viviana, aceitou dar vida à Fernanda. A subtrama, na qual Colorina regressava anos mais tarde com três filhos, dentre os quais o herói deveria descobrir o seu, ajudou a aumentar a popularidade da telenovela. Em 2001, Colorina passou a ser loira e tornou-se Salomé, dando a Edith González um grande reconhecimento.

Félix B.Caignet triunfou nos anos 20 com seu radioteatro O direito de nascer, um dramalhão cheio de intrigas, sexo e racismo. Foi levada à telona e, em Cuba, à uma telenovela. A Televisa não ficou para trás e por três vezes narrou a história de Albertico Limonta  e suas mães: a branca e aristocrática Maria Elena del Junco e María Dolores, uma humilde negra. Brilhou por sua qualidade a que em 1981 foi produzida por Ernesto Alonso, com uma ambientação fiel à Veracruz dos anos 50. Vero Castro, no papel de uma moça de família, enfrentava o drama de ser mãe solteira.

Telespectadores de todo o mundo aprenderam as histórias do México graças as produções históricas de Ernesto Alonso. Desde Carlota y Maximiliano, em 1965, até La antorcha encendida, de 1996. Este subgênero dramatizou os eventos mais importantes da história mexicana, alternando personagens reais com fictícios para descrever os sucessos que marcaram a nação azteca durante a Era Colonial, a Insurgencia, o Segundo Império, a Reforma, o Porfiriato e a Revolução Mexicana. Foi em 1986 que se realizou a mais ambiciosa e premiada destas produções, Senda de gloria,  que abordava a vida do México no século 20, desde 1919 até 1939.

Muitas vilãs já foram vistas nas telenovelas, mas nenhuma tão má como Catarina Creel, de Ambição. María Rubio tornou-se famosa no mundo inteiro como essa respeitável matriarca que detrás de seu tapa-olho de seda ocultava um olho são e um cérebro de arqui-criminosa. Aproveitadora, sequestradora de criancinhas e serial killer, a senhora Creel tinha como única desculpa o amor que sentia por seu jovem lobo, interpretado por Alejandro Camacho. Quase tão magistrais como María Rubio, estiveram Diana Bracho e Rebecca Jones, que deram vida às trágicas noras de Catarina. As cenas de amor entre Rebecca Jones e Alejandro Camacho resultavam suspeitosamente reais e, de fato, iniciaram um romance durante a filmagem da telenovela, que culminou em um casamento que tem durado até os nossos dias.

O gênero juvenil nasceu no final dos 80, pelas mãos de Carla Estrada. A primeira telenovela juvenil se chamou Quinze anos e suas protagonistas foram um par de rostinhos não muito conhecidos até então, uma tal de Adelita Noriega e uma integrante do grupo musical Timbiriche, chamada Thalía. Foi uma história que realmente marcou época, combinando o rosa associado com os vestidos que as heroínas usariam para seu baile de debutantes, com  algumas temáticas nuas e cruas para a época, tais como o vício em drogas, o estupro, a gravidez na adolescência e a delinquência juvenil. Sebastián Ligarde roubou a cena como o vilão Memê, que tornou-se inesquecível graças a seu penteado punk e suas famosas expressões.

As telenovelas infantis também tiveram muito êxito e um clássico foi Carrossel, em 1989. Baseado em Jacinta Pichimahuida, de Abel Santacruz, Carrossel narrava a vida de uma professora do ensino infantil e sua desordenada classe. Gabriela Rivero foi a doce professora Helena, cuja vida parecia não existir fora do âmbito escolar. Entre as crianças, se destacava a presumida Maria Joaquina, interpretada magistralmente pela recém-chegada à televisão Ludwika Paleta.

Quando Simplesmente Maria foi feita no Peru, nos anos 60, se tornou o primeiro fenômeno novelístico a cruzar o continente. A escritora Celia Alcántara fez história com a saga da pobre analfabeta que chegava à cidade grande e era enganada por um jovem de bem. O fato de esta Cinderela ter conseguido seguir adiante graças a seu trabalho, a diferenciou de suas contemporâneas e a tornou um exemplo positivo para a mulher. Uma história  tão potente teve que voltar a ser feita. A última vez foi em 1989, com Victoria Ruffo no papel protagônico, que se tornou uma das telenovelas mexicanas mais vendidas no mundo.