sexta-feira, 30 de abril de 2010

A ampliação do mercado das telenovelas latinas

No capitalismo contemporâneo, os conglomerados de comunicação têm sido beneficiados de forma crescente por ações de ordem política e econômica. O acelerado desenvolvimento tecnológico, por sua vez, contraditoriamente, contribui para a ampliação e o estreitamento dos mercados. Em outras palavras, os grupos de mídia podem buscar rentabilidade em espaços internacionais (e partindo para novos setores – em geral culturais – em seus próprios países), mas, ao mesmo tempo, passam a conviver com outras organizações em suas áreas de atuação.

As nações não vivem mais isoladamente, uma vez que os fatores que atingem um país se alastram rapidamente aos demais. Na indústria televisiva, o deslanche do fluxo de bens audiovisuais no mercado externo, através da venda de produtos de estoque para exibidores transnacionais, resulta no aumento do capital de seus realizadores. Paralelamente, a necessidade de atingir simultaneamente mercados internos e externos tem aumentado a prática de sinergias, capazes de potencializar a rentabilidade de seus produtos em territórios globais.

Na América Latina, Brasil e México despontam como principais produtores e exibidores de televisão. O mercado mexicano constitui-se como um duopólio, modelo de concentração onde existem dois competidores principais – no caso, os grupos Televisa e Salinas, os quais adotam estratégias diferenciadas. Embora a Televisa se tenha estabelecido há muitos anos como líder, especialmente através do Canal de las Estrellas, sua estação titular, por diversos momentos, a TV Azteca, controlada pelo grupo Salinas, atingiu um considerável fragmento de telespectadores, ao lançar atrações com estética e narrativa distintas da tradição mexicana.

Na teledramaturgia, em comparação ao mercado brasileiro, a principal diferença é que, enquanto a Globo introduz questões político-sociais em suas produções (onde aproveita para manifestar sua ideologia), o grupo mexicano utiliza-se de livretos argentinos ou colombianos antigos, com pouca ou nenhuma inovação no conteúdo. Com forte investimento em compra e venda de telenovelas, a Televisa transformou-se na maior adquirente de “scripts” produzidos em outras redes da América Latina, para desenvolver a partir destes originais bens simbólicos construídos a partir de seu padrão tecno-estético, reconhecido logo pelo consumidor.

Desde sua fundação, a Televisa teve em suas novelas clássicas – que tratam de situações humanas básicas, como amor/ódio, encontros/desencontros, triunfos/fracassos – a peça fundamental para sua expansão territorial. Nas histórias, a heroína, normalmente incorruptível, é sofrida e desgraçada pela vida; por seu turno, o fio condutor, o amor, faz com que ela transcorra os capítulos em busca de seu príncipe encantado. O triângulo amoroso, sempre presente, traça o paradigma do bem contra o mal. Pode haver também o sacrifício, o desejo de vingança com as próprias mãos, a herança, a acusação de um crime não cometido, as irmãs gêmeas etc.

Esta fórmula tem garantido um grande êxito ao principal grupo de comunicação do México, seguindo o desejo de seu fundador, o falecido empresário Emílio Azcárraga Vidaurreta. No entanto, desde 2008, a desvalorização do peso mexicano tornou as dívidas negociadas em moeda norte-americana muito onerosas para a emissora. Em uma clara tentativa de suavizar seu prejuízo, recentemente tentou ganhar mercado em países que, até então, não faziam parte de sua estratégia de expansão. É o caso de contratos recém-firmados com canais da China e França.

Uma vez que o Brasil detém a condição de importante mercado consumidor de ficção televisual diária (não obstante de novelas produzidas no próprio território nacional), a perda de notoriedade das novelas mexicanas no país – desde 2008 não mais exibidas pelo SBT e hoje em dia transmitidas pela Rede CNT – ocasionou a entrada de realizadores latino-americanos que contam com uma ativa produção de teledramaturgia, como colombianos e argentinos, os quais também participam do mercado transnacional de ficção seriada televisiva.

A Colômbia é um exemplo de mercado produtor que desde cedo conseguiu incorporar problemas sociais e questões econômicas em sua teleficção. Café com aroma de mujer, produzida pela rede RCN em 1994 e exibida no Brasil em 2001 e 2005, apesar de narrar o romance de uma humilde colhedora de cafezal com um rico empresário do ramo, interligou os impactos do mercado de ações com a economia nacional de seu tempo, além de demonstrar os processos artesanais do café, tais como sua colheita, produção tecnológica e comercialização de grãos.

Betty, a feia telenovela colombiana mais vendida mundialmente, e realizada em 1999 pela mesma RCN, já contabiliza mais de 20 adaptações a partir de seu roteiro original (atualmente tendo uma versão brasileira em produção e veiculação pela Record, em co-produção com a Televisa). Além da presença em lugares onde a audiência não é potencialmente consumidora de telenovelas como Alemanha e Estados Unidos, há versões nos países mais longínquos, como Rússia, Turquia, Bélgica, Índia, Israel, Filipinas e China.

A Venezuela, por sua vez, mesmo contando com um padrão de produção exageradamente melodramático, recentemente firmou acordo com a Band para exibir, desde outubro de 2009, a novela infanto-juvenil Isa TKM, co-produzida pela Sony e Nickelodeon. Outro mercado em ascensão é a Argentina, que possui realizações comercialmente interessantes, uma vez que seus produtos contam com maior grau de verossimilhança.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A audiência de uma telenovela está além do IBOPE

Ainda que para as empresas os espectadores são medidos em pontos de rating, a problemática das audiências vem tendo um extenso desenvolvimento no campo dos estudos universitários, raramente levados em conta pela indústria, que diz que a audiência é a grande incógnita. No entanto, para os estudos de comunicação e cultura, as formas em que se veem os programas é de suma importância. A interpretação está estreitamente relacionada com negociações, com empréstimos entre culturas, com a construção de sentido, com a identificação pessoal, entre outros.

Dois fenômenos distintos são responsáveis por colaborar com a audiência, de modo que os espectadores se fazem visíveis, de maneira real ou virtual.

A primeira é a forma que são aclamadas e homenageadas as figuras das novelas em suas viagens internacionais que realizam. Estas referências não são somente anedótas ou curiosidades, mas são resultados significativos para serem pensados desde uma ótica de globalização dos ídolos, dos consumos culturais e da crescente interculturalidade da mídia.

A segunda é a existência de páginas, de blogs e foros de opinião sobre telenovela que se expandiram na Internet. Mesmo as páginas oficiais de certos artistas estarem escritas em espanhol e em várias línguas diferentes, os foros de fans estão escritos predominantemente em espanhol, revertendo a hegemonia do inglês na Internet.

Blogueiros e foristas de diversas nações dialogam, contam capítulos, explicam modismos, disponibilizam informações jornalísticas e alguns também escrevem suas próprias telenovelas, dando lugar a discussões e diversão. Cada dia mais desenvolvidos, nesses espaços virtuais, se encontram desde saudações que somente implicam um contato, a espectadores com um afinado e minuncioso conhecimento dos títulos e da história do gênero, ou colecionistas de vídeos.

Constituem uma fonte de estudo indireto de recepção do gênero, que fala da formação de comunidades interpretativas virtuais, cuja coesão e formação se sustenta a partir de uma determinada mídia – uma telenovela ou seus intérpretes – que transpassa fronteiras territoriais e linguísticas.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Samantha


NOME ORIGINAL
Samantha

ESCRITORES
Vivel Nouel e Silvao Suárez

PRODUTOR
Arnaldo Limansky 

PAÍS DE ORIGEM
Venezuela

NÚMERO DE EPISÓDIOS
100

ANO DE GRAVAÇÃO
1998

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2002

EMISSORA
Rede Record

TEMA DE ABERTURA
Samantha

INTÉRPRETE
Alejandro Martínez


ELENCO

Alicia Machado: Samantha del Llano

Alejandro Martínez: Luis Alberto Aranguren Luján 

Daniel Alvarado: Arcádio 'Maute' Guanipa

Milena Santander: Betzaida Martins

Eva Blanco: Alba Luján de Aranguren

Elizabeth Morales: Elena de Aranguren

Nohely Arteaga: Raíza Rincón Luzardo

Haydée Balza: Lavínia Luzardo de Rincón

Olga Henríquez: Vestália Luzardo

Martín Lantigua: Lourenço del Llano / Martin

Ana Massimo: Laura del Llano

Gustavo Rodríguez: Valdemar Rincón 

Aitor Gaviria: Pascual Martíns

Daniela Bascope: Anabella

Vicente Tepedino: Salvador Hidalgo

Francisco Ferrari: Dr. Artur Hidalgo

Jonathan Montenegro: Alexandre Fernandes

Elaiza Gil: Cigarra

Karl Hoffman: Ramón Demétrio Calzadilla

Julio Capote: Rosendo 

Katerine Castro: Rina 

Carlos Arreaza: Samuel Casanova

Martha Olivo: Dona Teodora Torrealba

Mauricio Renteria: Tadeu Guevara

Jorge Aravena: Rodolfo Villalobos

Sonia Villamizar: Débora Marcano Rodríguez 

Antonio Macuca: Black Jack 

Patricia Oliveros: Sara

Jenny Noguera: Macarena 

Carlos Omaña: Pantoja

Carolina Groppuso: Yusmeri 

Ana Martínez: Querubina

Janin Barboza: Cristina 

José Luis Zuleta: Jorge

Judith Vásquez: Gertrudes 

Martha Carbillo: Alexandrina 

Mauricio González: Padre Lino 

Patricia Toffoli: Damaris

Winda Pierralt: Joanna 

Vangie Labalan: Branca


INTRODUÇÃO

Samantha, produzida em 1998, é uma telenovela venezuelana protagonizada por Alicia Machado e Alejandro Martínez.


RESUMO

Para Samantha, uma bela, mas selvagem camponesa, de espírito livre, que vive e trabalha na fazenda do poderoso Valdemar Rincón, o amor, literalmente, caiu do céu.

Certo dia, enquanto percorria o campo em busca de seu cavalo, Samantha vê um avião explodir. Ela corre imediatamente até o lugar do acidente e aí encontra Luis Alberto Aranguren, ferido, mas consciente. Ela nem imagina, mas, este jovem milionário, se tornará seu grande amor.

Com o impacto do choque, Luis Alberto sofreu uma amnésia temporária que lhe impede de revelar a Samantha e aos Rincón sua verdadeira identidade. Eles o confundem com o piloto do avião, e acreditam que é um simples empregado da poderosa Corporação Aranguren, sem suspeitar, que na realidade, é seu riquíssimo dono.

Para Samantha, sua identidade pouco importa. Ela é uma jovem doce e simples, sem grandes pretensões, somente lhe interessa cuidar desse misterioso estranho que lhe inspira tanta ternura.

No entanto, as coisas não serão fáceis para Samantha. Ainda que este homem está destinado a se tornar seu verdadeiro amor, isto não aconteceria nesse instante, já que o homem deveria antes, recuperar sua memória.

Durante as semanas seguintes, um mágico amor vai nascendo entre Luis Alberto e Samantha, duas pessoas que não sabem nada um do outro, mas que simplesmente obedecem a seus corações.

Entretanto, voltando à capital, Luis Alberto recobra sua memória e, subconscientemente, bloqueia todo o acontecido depois do acidente, incluindo, a iludida Samantha.

Voltando para sua casa, descobre que sua esposa, gravemente doente havia cinco anos, tinha falecido. Todos acreditam que tenha morrido em consequência de sua enfermidade, mas, na realidade, foi assassinada por sua melhor amiga, Betsaida, que está secretamente apaixonada por Luis Alberto e decide conquistá-lo a qualquer preço.

Outra mulher, tratará de fazer o mesmo: Raíssa, a filha de Valdemar Rincón, uma jovem universitária malcriada e egoísta, que pôs seus olhos em Luis Alberto, ao saber sobre sua fortuna e posição social.

Certa vez, estando com Raíssa, Luis Alberto se lembra de Samantha, de sua pele suave, seu radiante sorriso e de sua grande ternura. Uma profunda emoção o surpreende, e ao se dar conta de que havia deixado para trás, decide ir procurá-la.

Poucos dias depois, se casam em uma cerimônia particular. Mas, voltando à Caracas, Samantha passa a enfrentar três terríveis inimigas: Betsaida, Raíssa e Anabella, a filha adolescente de Luis Alberto, que sente-se traída pelo novo casamento de seu pai, realizado rapidamente após ter ficado viúvo.

Se valendo de intrigas e mentiras, essas três mulheres conseguirão separar Samantha e Luis Alberto, que terão que passar por muitas provas difíceis antes de poderem voltar a compartilhar o imenso amor que nasceu tão inocentemente e que seguirá vivo para sempre. As forças unidas contra eles será forte, mas o verdadeiro amor superará qualquer obstáculo.

Um amor de babá


NOME ORIGINAL
La baby sister

ESCRITORA
Ana María Londoño

PRODUTOR
Dago García

PAÍS DE ORIGEM
Colômbia

NÚMERO DE EPISÓDIOS
22

ANO DE GRAVAÇÃO
2000

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2002

EMISSORA
Rede Record

TEMA DE ABERTURA
Dimelo

INTÉRPRETE
Marc Anthony

La gente anda diciendo por allí que tú quisieras acercarte a mí,
si tú supieras que te quiero amar, que hasta el cielo te quiero llevar,
no me dejes solo con mi corazón que está enloquecido con esta pasión,
si es que me deseas nena dimelo porque por tu amor estoy muriendo yo.

Ay dimelo, ven dimelo porque por tu amor estoy muriendo yo.
Ay dimelo, ven dimelo porque por tu amor estoy muriendo yo.
Si yo pudiera acariciar tu piel, tu cuerpo entero quiero conocer.

Esta pasión no me deja dormir, este deseo no me deja vivir,
no me dejes solo con mi corazón que está enloquecido con esta pasión,
si es que me deseas nena dimelo porque por tu amor estoy muriendo yo.

Ay dimelo, ven dimelo porque por tu amor estoy muriendo yo.
Ay dimelo, ven dimelo porque por tu amor estoy muriendo yo.


ELENCO

Paola Rey: Fabiana Estrella Rivera Chitiva

Víctor Mallarino: Daniel Luna

Marcela Gallego: Marta Parejo de Luna

Manuela Bolívar: Valentina Luna Parejo

Geoffrey Ruffel: Vicente Luna Parejo

Ernesto Benjumea: Roberto Villa

Norida Rodríguez: Letícia de Díaz

Victor Hugo Cabrera: Raymundo Díaz

Cecilia Navia: Pilar Guaqueta

Hugo Gómez: Fidel Rivera

Patricia Grisales: Rosália Chitiva de Rivera

Manuela González: Verônica Dávila

Andrés Felipe Martínez: Jorge Camargo

Sebastián Sánchez: Giovanny André Rivera Chitiva

Luis Fernando Salas: Edwin Etiel Paipa

Ana Maria Abello: Catarina

Dario Acosta: Kendall

Felix Antequera: Jhonny

Angelly Moncayo: Sofia Pélvis

Ramiro Meneses: José Gabriel

Adriana Vera: Dra. Luisa

Astrid Hernández: Ângela Maria Pérez

Maria Margarita Giraldo: Ofélia Chitiva

Sain Castro: Emiliano Rivera

Alejandra Miranda: Isabel

Juan David Sánchez: Chan Chan Rivera

Manuel Busquets: Manuel Parejo


INTRODUÇÃO

Um amor de babá, originalmente chamada de La baby sister, um trocadilho com baby-sitter (babá, em inglês), foi um estrondoso sucesso em seu país de origem, Colômbia, além, também, da Espanha e Estados Unidos. A novela alcançou nesses países tanto êxito quanto Betty, a feia. Porém, aqui no Brasil, a novela que estava sendo exibida pela Rede Record, foi tirada do ar no 22º de seus 150 capítulos, segundo alguns, devido à baixa audiência que obtinha.


RESUMO

Os Luna Parejo formam uma família perfeita, com muito êxito e riquezas. Daniel Luna, é um importante advogado especializado em direito de família e professor de uma universidade. Marta Parejo, uma importante e famosa psicóloga de casais, além de autora de vários livros sobre vida matrimonial, apresenta um programa de televisão sobre conselhos sentimentais para melhorar o casamento das pessoas. O casal, que vive dez anos de casamento, têm dois filhos: Valentina e Vicente, que estudam nos melhores colégios.

A história começa no dia em que Marta publica o livro Dez anos de lua de mel, onde revela alguns detalhes secretos sobre sua vida conjugal e sobre a precária vida sexual que leva junto de seu adorável marido. O livro se torna um grande êxito, mas ocasiona problemas na relação entre Marta e Daniel.

No dia da apresentação, Daniel descobre que sua mulher havia anunciado, publicamente, sua ignorância em relação às questões sexuais, que foram superadas graças aos sábios conselhos de sua esposa. Esta atitude de Marta faz com que Daniel se torne motivo de piadas para toda a sociedade.

Bastante indignado e sentindo-se magoado, Daniel ruma, com seu amigo Reynaldo, um infiel patologista, à uma festa na universidade, onde encontra com uma de suas alunas, Verônica Dávila, que deseja conquistá-lo e levá-lo para a cama.

Um pouco bêbados, chegam à casa de Verônica, mas depois de alguns beijos, Daniel recupera a sobriedade e a deixa. O que Daniel não sabe é que, a partir daí, começará seu pesadelo, pois Verônica, uma espécie de femme fatale, se dedicará a persegui-lo, e, com a ajuda de Roberto Villa, um malicioso e imoral apresentador de televisão, e além de tudo, editor do livro de Marta, tentará destruir seu casamento.

Nessa mesma festa da universidade, Fabiana Rivera também está com sua amiga Pili, que é aluna de Daniel. Fabiana, há um ano, suspira por Daniel e, finalmente, havia decidido conquistá-lo, mas tudo “vai por água abaixo”, ainda que Daniel a veja e desde esse momento fique obcecado pela jovem.

Marta, muito ocupada com o lançamento de seu novo livro, pede à Ofélia, sua empregada, que consiga uma pessoa que possa cuidar de seus dois filhos.

Ofélia chama sua sobrinha, que se trata de Fabiana Rivera, a jovem estudante de hotelaria, que aceita o trabalho para ajudar financeiramente sua família, juntar dinheiro para terminar seus estudos e viajar para a Austrália. O que Fabiana não sabe é que seu novo chefe será, nada mais e nada menos, o professor da universidade a quem havia admirado secretamente durante muito tempo e a quem havia tratado de seduzir, sem êxito, naquela festa.

Verônica consegue que Daniel caia em sua armadilha fazendo com que umas fotos cheguem até Marta, que reage de forma absolutamente oposta a como ensina outras mulheres. Esta se manda de casa, deixando Daniel com as crianças e Fabiana, mas, o que Marta não deixa, é que sua separação seja descoberta pela imprensa, arruinando a vendagem dos livros.

Quando Marta se dá conta de que o acontecido foi uma armadilha e que Daniel é totalmente inocente, “o leite já está derramado”, porque Daniel percebe que já não a quer, e, o que é pior, havia se apaixonado por Fabiana.

Muitas coisas separam Daniel e Fabiana: as diferenças sociais, a posição e a educação, mas também, a oposição de todos aqueles que os rodeiam, começando por Marta, seus filhos e toda a sociedde. Fabiana e Daniel, acompanhados por seus amigos, família e uma série de personagens, terão que percorrer um extenso caminho até conseguirem viver juntos.


COMENTÁRIOS

O trunfo de Um amor de babá, atendeu pelo nome de Paola Rey. A protagonista da novela e a tal babá que viveu um controvertido romance com o patrão. Paola iniciou a carreira em 1998, participando das novelas Sin límites e Fuego verde. No ano seguinte trabalhou em ¿Por qué diablos?, onde contracenou com Victor Mallarino, que também fez par com ela em Um amor de babá. O ator, também colombiano, é veterano e já fez mais de 23 novelas em seu país.

Mesmo sem assumir o produto que ia exibir, o objetivo da Record com Um amor de babá era consolidar o horário entre 20h15 e 21h para produções de dramaturgia. Joana, a virgem, por exemplo, chegou ao final com aproximadamente 5 pontos de média e teve dois patrocinadores fixos: Sadia e Marabraz, uma audiência baixa quando comparada às novelas da Globo, por exemplo, que dificilmente ficam abaixo dos 30 pontos e contam com uma ampla divulgação na imprensa.

A meta da Record, no entanto, era voltar a produzir as suas próprias novelas, como fez há anos com Estrela de fogo, Marcas da paixão e Roda de fogo, embora a audiência mal passasse da casa dos 10 pontos.

O interesse ao comprar, em 2002, La baby sister foi a aposta da Record em uma história que tivesse um tom maior de humor, aspecto que tornou Betty, a feia, exibida pela RedeTV!, com maior audiência que Joana, a virgem, um sucesso em vários países latino-americanos e nos próprios Estados Unidos. No entanto, Um amor de babá também tocava em assuntos polêmicos, como o uso de drogas por alguns personagens da trama.

Alguns alegam que Um amor de babá foi retirada da grade de programação da Record devido à falta de audiência, outros chegaram a levantar a hipótese de que a novela deixou de ser transmitida porque lá pelo meio da trama rolava uma certa seita religiosa que era satirizada.

Entretanto, a novela foi dublada até o fim, já que ao quebrar o contrato assinado com o estúdio, à emissora seria acarreta uma multa muito grande, e, mesmo não exibindo a trama até o fim, os dubladores tiveram que concluí-la e receberam cada centavo por isso.

Joana, a virgem


NOME ORIGINAL
Juana, la virgen

ESCRITORA
Perla Farias

PRODUTOR
Hernando Faría 

PAÍS DE ORIGEM
Venezuela

NÚMERO DE EPISÓDIOS
153

ANO DE GRAVAÇÃO
2002

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2002

EMISSORA
Rede Record

TEMA DE ABERTURA
Primeira vez

INTÉRPRETE
Leilah Moreno

A primeira vez que eu te vi foi tudo tão natural, você sorria pra mim e eu descobri então
que as nossas vidas se uniram para sempre, eu sei que o tempo passa e a gente fica mais forte.

Juntos podemos voar mais alto, sinto que esse é o verdadeiro amor.
Juntos pra não precisar da sorte, nossas almas já não sente dor.
Desde a primeira vez eu me apaixonei, seus olhos me diziam, tudo o que eu queria ver.
Desde a primeira vez eu me entreguei e agora eu darei, minha vida pra você.

É tão fácil amar, quando é você, destino se encaixou, segredo se revelou
e é bem real aqui, que eu encontro meu caminho e deixo estar assim,
o meu desejo é ver você e eu.

Juntos podemos voar mais alto, sinto que esse é o verdadeiro amor.
Juntos pra não precisar da sorte, nossas almas já não sente dor.
Desde a primeira vez eu me apaixonei, seus olhos me diziam, tudo o que eu queria ver.
Desde a primeira vez eu me entreguei e agora eu darei, minha vida pra você.

Nada se compara, tudo que eu vivi, ninguém mais me fez sentir laços tão intensos
e você enfim conquistou o sublime amor dentro de mim.


ELENCO

Daniela Alvarado: Joana Pérez

Ricardo Álamo: Maurício de la Vega

Roxana Díaz: Carlota Vivas de la Vega

Juan Carlos Alarcón: Manoel Ramón Pérez

Jonathan Montenegro: David

María Alejandra Martín: Ana Maria Pérez

Eduardo Serrano: Rogério Vivas

Eliana López: Enriqueta

Leonardo Marrero: Alfredo Vivas

Miguel Ferrari: Armando Salazar

Manuel Salazar: Salvador

Flor Helena González: Amparo de Vivas

Freddy Galavís: Pablo “Popeye”

Aura Rivas: Dona Açucena de Pérez

Norkis Batista: Desiré de Rojas

Verónica Cortés: Bibi

Martín Brassesco: Humberto Vivas

Julia Lima: Brandy Yuleisy

Laura Muñoz: Shiva

Gabriel López Medrano: Rafael

Miguel Ángel Sanz: Nícolas

Luis Gerardo Nuñez: Alfonso

Saul Marin: Francisco Rojas


PERSONAGENS

Joana Pérez (Daniela Alvorado) – rebelde, idealista e bela. Apaixonada por fotografia. Quando suas aulas, no último ano do colégio, permitem, se dedica a realizar trabalhos gráficos para a BBC (Bodas, Batizados e Comunhão). Sol, como a chama seu tio desde criança, é sonhadora, mas não do tipo que sonha e vive na fantasia. Apesar de sua pouca idade, ainda não completou os dezoito, sabe que as coisas se conseguem a base de esforço e da persistência. Sonha com um futuro diferente do que tiveram sua mãe e sua avó, porque ela sim será feliz, encontrará seu caminho, fará o que gosta, mas antes terá que lutar muito. Sua vida dará um giro ao conhecer Mauricio de la Vega.

Maurício de la Veja (Ricardo Álamo) – é um comprometido homem de negócios. Principal acionista da revista Positivo, além de ser o diretor da mesma, o que não era só o sonho de seu pai, agora também é o seu. Mas seu maior sonho é ser pai. O que já não pode ser. Deu adeus a sua vida de solteiro, junto a Carlota Vivas. Lamentavelmente, um câncer superado no passado lhe deixou impossibilitado para ser pai e o fato de sua mulher ser incompatível com seu esperma faz com que sua única esperança seja uma barriga de aluguel e algumas amostras de sêmen congelado. Quando conhece Joana, começa a planejar sua estabilidade familiar e se dá conta que nunca construiu una verdadeira família, porque nunca teve a seu lado uma mulher a quem realmente amasse.

Carlota Vivas (Roxana Díaz) – sua vida gira ao redor de seu matrimônio com Maurício de la Vega. Fria, superficial e calculista, vive no mundo da alta sociedade, onde aparenta e cria uma imagem de perfeição. Acostumada a conseguir o que quer, usa de todos os métodos.

Ana Maria Pérez (María Alejandra Martín) – é a mãe de Joana. Uma mulher que criou a filha sem haver alcançado sua maturidade. Trata sua filha de igual para igual, o que às vezes faz com que Joana que tome as rédeas e se faça de mãe. É professora de ginástica no colégio onde Joana estuda o último ano. Passa a vida entre homens que não lhe convém, supostamente marcada pelo abandono de seu padre, o qual culpa sua mãe.

Rogério Vivas (Eduardo Serrano) – é um ser sem escrúpulos. Pai de Carlota. Tem outros dois filhos Alfredo, que é usado, e Humberto, que vive ignorando, isso quando não o agride. Bem-sucedido homem de negócios, dispôs de uma grande fortuna em negócios sujos, que trata de encobrir com o negócio da construção e com outras empresas. Sempre detrás da figura de seu sogro, o único que, às vezes, é capaz de freá-lo.

Dona Açucena (Aura Rivas) – Abi, como a chama Joana, é uma mulher que vive amargurada desde que seu esposo a abandonou. Vive recitando provérbios e dando lições de moral. Do seu ponto de vista, se classifica como realista, ainda que todos a chamam de pessimista. Defende sua filha Ana Maria quando descobre que está com algum homem casado, enquanto encobre a seu outro filho, Manoel, todos debaixo de sua saia.

Amparo de Vivas (Flor Helena González) – é uma colombiana que vive viajando pela Europa com seu filho Humberto, que também não sai debaixo da saia de sua mãe, para não assumir que seu casamento é um desastre. Não se fala com seu esposo, do qual não pode se separar, porque apesar de tudo o ama e porque deve respeitar as normas da sociedade na qual vive, onde um divórcio não seria bem visto. É insegura, desconfiada e amargurada.

Manoel Pérez (Juan Carlos Alarcón) – é o tio de Joana. É um garoto muito culto e instruído, apesar de não ter desfrutado de uma chance para estudar. Assumiu o papel de homem da casa quando era muito novo e teve que trabalhar. Sua maior paixão é a fotografia e isso é o que mais une ele à Joana, da qual é confidente. Leitor insaciável, escritor de poesia, amante de cozinha, é um rapaz com conselhos e soluções para tudo, menos para ele mesmo. Seus maiores fracassos estão no campo amoroso, onde não tem comprometimento.

Brandy Yuleisy (Julia Lima) – apesar de ser mais velha que Joana, é uma de suas melhores amigas, talvez pela surpreendente maturidade de Joana. Brandy é mais superficial. Gosta de se arrumar pensando em David, um companheiro da revista onde trabalha como secretária e o que lhe dá mais dor de cabeça. Trata de fazer tudo correto, mas seu nervosismo lhe provoca mais problemas aos olhos implacáveis de sua chefe, Enriqueta.

David (Jonathan Montenegro) – é um garoto prodígio, um gênio, como o descreveria Maurício, seu amigo e chefe. É um rapaz trabalhador, que desempenha muito bem o papel de jornalista. Amante da ecologia, sabe guardar distância das mulheres, até conhecer Joana, a qual, em seu primeiro encontro, a descreveu como a mulher de sua vida.

Enriqueta (Eliana López) – é a chefe de redação da revista Positivo. É uma mulher muito dura, marcada pela luta nesse mundo claramente machista, no qual está disposta a demonstrar que as mulheres podem ser iguais que os homens. Sempre autossuficiente, reta, estrita, nunca deixou que nenhum homem a dominasse, se manteve distante deles até que um acidente no elevador lhe mostrasse a realidade aos trancos e barrancos. Ainda assim, lutará contra si mesma em uma batalha perdida de antemão.

Desiré de Rojas (Norkis Batista) – é uma mulher fria e charmosa, além disso, conhece seus poderes com os homens, aproveitando disso o tempo todo. Com um passado obscuro, tem um grande secredo, ao qual atribui sua frigidez. Frigidez esta que, garante que só superaria, passando uma noite com Maurício, esposo de sua melhor amiga e grande amigo de seu marido, Francisco de Rojas, com o qual, infelizmente, vive casada. Depois da desaparição de seu marido, se unirá a Rogério Vivas, mas não ficar na mais absoluta ruína, e se instalará na casa de Carlota e Maurício, criando mais uma situação incômoda.

Armando (Miguel Ferrari) – machista sem remédio, vive metido entre seus galanteios e velhos costumes de homens. Grande amigo e confidente de Maurício, trabalha com ele na revista, onde vive um romance com Enriqueta.

Salvador (Manuel Salazar) – é chefe de brigada policial. E muito justo em seu trabalho, ainda que seja um pouco aborrecido. Está apaixonado por Ana Maria, que por sua culpa se irrita com sua superproteção. É um homem simples, não fugindo do tradicional.

Alfredo Vivas (Leonardo Marrero) – apesar de se negar, vive imitando a seu pai. Trabalha no departamento administrativo da revista Positivo. Despreza seu irmão Humberto por considerá-lo débil. É incapaz de amar a sua família e muito menos a uma mulher.

Bibi (Verónica Cortés) – ex-modelo quarentona, nunca foi capaz de assumir sua idade, que supera ajudada por um bom trago de vodka. Extremamente preocupada com seu peso, se vê incapaz de encontrar um companheiro estável, já que o somente consegue dar algumas escapadas esporádicas, entre outros, com Alfredo.

Shiva (Laura Muñoz ) – vive perdida no mundo e se converte no centro das atenções, com suas constantes mudanças e visual. Trabalha na revista como desenhadora de páginas.

Humberto (Martín Brassesco) – é como um sopro de ar fresco no meio do inferno. Esse inferno que é sua família. Jovial, sensível e feminino, vive incompreendido pelos que lhe rodeiam. Seu pai culpa sua mãe por superprotegê-lo, mas, certamente, deverá se aceitar para seguir em frente. Se passará por amigo de Joana apesar do que os separa.

Pablo (Freddy Galavís) – mais conhecido por todos como Popeye, se vende como um galã. Capaz de transformar tudo em problema. Vive situações cômicas com seu jeito particular de ver a vida e de se expressar.

Nícolas (Miguel Ángel Sanz) – um velhinho sábio no corpo de um jovem. Mesmo que não saiba, possui a sabedoria provinda das lições de vida da rua. Vende as empadas que prepara Dona Açucena. Este jovem nos mostrará como viver com pouco e desfrutar da simplicidade da vida sempre com alegria.

Rafael (Gabriel López Medrano ) – é menino órfão da paróquia do bairro de Joana que é sua grande amiga, se convertendo na pessoa mais amada por ele. Sua vida dá um giro quando Carlota o adota para recuperar seu casamento em ruínas. A partir desse dia lhe espera a felicidade de ter uma nova família, o que talvez terá que esperar mais.


INTRODUÇÃO

Joana, a virgem conta a história de Joana, uma jovem terá sua vida mudada depois de ficar grávida sem haver tido relações sexuais.

Maurício é um homem obcecado por ser pai a qualquer preço. Ambos verão unidas suas vidas, não sem antes sofrer terríveis desencontros.
Uma telenovela onde o valor de uma mulher vai além de sua virgindade.


RESUMO

Joana Pérez é uma adolescente de 17 anos, mesmo sendo um pouco rebelde, é maravilhosa e muito querida, tem boas notas no colégio, muitos sonhos e uma virgindade à prova de sedutores. Filha e neta de mãe solteira, Joana decidiu que seu destino será diferente, e não permitirá que nem o amor, nem uma gravidez não planejada interfiram no cumprimento de suas metas.

Joana tem grandes planos para seu futuro: está para se formar no colégio e quer estudar jornalismo no exterior. Ela recebeu uma bolsa de estudos de uma universidade de grande prestígio no exterior, e tudo o que ela deseja e sonha está diretamente relacionado a esta grande oportunidade. Ela sabe que sua vida irá mudar para melhor e ela lutou muito para conseguir esta chance. Apesar de ser muito jovem, Joana tem sempre demonstrado uma personalidade muito adulta a respeito de seu futuro.

Em sua vida social, Joana, apesar de ser muito cobiçada pelos homens jovens, por incrível que possa parecer, nunca teve um namorado e nem almeja ter um. Na verdade, ela tem medo do amor: ela viu o sofrimento de sua mãe por várias desilusões e acredita que o amor não traz felicidade, que o amor apenas traz dor e sofrimento. Ela se sente atraída pelo sexo oposto, mas ela acredita que os homens irão apenas desviá-la de seus objetivos.

No dia de sua partida, Joana sofre um desmaio e sua mãe, Ana Maria, marca um consulta no ginecologista. Ela vai a essa consulta. Uma das enfermeiras deixa cair uns papéis e acaba misturando a ficha de Joana com a de outra mulher, a que seria inseminada e teria o filho de Maurício de la Veja, um homem que deseja a todo custo ter um filho. Ele ficou muito doente após ter câncer e decidiu congelar seu sêmen para que pudesse ter filhos. Depois que termina o tratamento, descobre que ficou estéril. Ele é dono de uma Revista chamada Positivo, ali trabalham Rogério Vivas e seu filho Alfredo Vivas. É casado com Carlota. Rogério, o grande vilão da história, deseja a todo custo ter o controle da Revista e para isso fará de tudo para prejudicar Maurício, mesmo este sendo seu genro, já que se casou com Carlota, sua filha. Rogério ainda é pai de Humberto, de quem não gosta muito, já que acha que sua mulher Amparo o mimou demais. Rogério irá cometer um crime: matará Francisco, um dos sócios da Revista. Tudo para comandar as suas ações e ficar com Desiré, mulher de Francisco.

No consultório médico, devido à inseminação artificial cometida por engano, Joana terá de experimentar a maternidade sem ter, contudo, tido a experiência de ser mulher.

Joana nem percebe o que está se passando, mas depois de alguns dias começa a sentir enjoos e, ao consultar um médico, descobre que está grávida.

Grávida, Joana deverá suportar a desinformação e o fanatismo de quem vê nela uma espécie de reencarnação da Virgem Maria, e quando Maurício descobre que há uma mulher desconhecida que espera um filho seu, começa então uma busca desesperada, até que ambos, por motivos profissionais, terão unidas suas vidas, não sem que antes hajam muitos desencontros.


CURIOSIDADES

A trama foi produzida pela RCTV, quase no mesmo ano em que foi exibida pela Rede Record e deu ao canal venezuelano uma ótima audiência: 60% de share, liderando fácil contra sua principal concorrente, a Venevisión.

Na época em que a trama fez sua estreia marcou 6 pontos de picos no primeiro capítulo. Vale resaltar que a trama foi concorrente direta de Betty, a feia, exibida pela RedeTV!

O final da trama foi inesperado, houve uma passagem de 60 anos e via-se Joana e Maurício na Igreja aonde se casaram, relembrando o beijo em que deram no dia de seu casamento. Ali Joana diz que dona Açucena, Ana Maria, Tia Eva e Salvador haviam morrido. Foi uma emoção à parte.

O tema de abertura na Venezuela é Solo a tu lado quiero vivir, interpretado pelo grupo Jyve V. No Brasil, a música foi Primeira vez (versão remix), interpretada por Leilah Moreno, que na época era caloura do Raul Gil.

Foi substituida pela colombiana Um amor de babá, que nem chegou a ser exibida totalmente devido a Guerra do Iraque, justificativa da emissora.

Perla Farias, a autora da novela, é fã de novelas brasileiras e busca inspiração nas tramas do Brasil para suas obras.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

RCN estreia versão colombiana de Grey's anatomy


Nesta segunda-feira, 26 de abril, o canal colombiano RCN estreia a telenovela A corazón abierto, remake de Grey’s anatomy, uma série de televisão americana criada por Shonda Rhimes e emitida originalmente pela American Broadcasting Company, ambientada em um hospital fictício, no qual uma história relacionada à vida e ao trabalho de cirurgiões é centralizada.

Na Colômbia a série foi adaptada, baseada nas quatro primeiras temporadas, para o formato de telenovela que contará com 80 capítulos. Esteve sob a realização de Vista Producciones, contou com a adaptação de roteiro de Mauricio Miranda, Cecilia Percy e Mauricio Guerra; a direção geral de Sergio Osorio e a supervisão de Fernando Gaitán, criador de grandes êxitos como Betty, a feia e Hasta que el dinero nos separe.

Um dos grandes desafios que a produtora enfrentou foi conseguir que os atores se adaptassem ao ambiente e a linguagem médica. Houve treinamentos prévios às gravações onde os atores tiveram a oportunidade de ir a clínicas e hospitais para assistirem operações. Sergio Osorio comentou que uma equipe médica está constantemente atenta às cenas protagonizadas e à terminologia usada pelos atores, que são assessorados.

A corazón abierto conta com um elenco de primeiro nível que, graças à sua trajetória dramatúrgica, farão desta produção uma das preferidas dos colombianos. Fernando Gaitán comentou que o cast não foi definido esperando-se atores parecidos aos da série original, mas, sim, buscaram-se pessoas com maior afinidade com a personagem do que com o ator norte-americano, propriamente dito.

A corazón abierto, cuja gravação em alta definição se iniciou em 2009, é dramatizada no Hospital Universitario Santa María, onde se decidiu que o estúdio de gravação servirá também para a versão mexicana da série, possivelmente produzida em parceria com a TV Azteca.

O elenco é integrado, entre outros, pelos seguintes atores:

Verónica Orozco (María Alejandra Rivas)

Rafael Novoa (Andrés Guerra)

Carolina Gómez (Alicia Durán)

Jorge Enrique Abello (Mauricio Hernández)

Juan Pablo Espinosa (Augusto Maza)

Juan Manuel Mendoza (Jorge Maza)

Sandra Hernández (Isabel Henao)

Natalia Durán (Cristina Solano)

Jorge Cao (Dr. Ricardo Cepeda)

Santiago Moure (Germán de la Pava)

Aida Morales (Miranda Carvajal)

Os principais estilos da telenovela latino-americana


Apesar de cada vez mais surgirem produtos padronizados, homogeneizados pela circulação dos formatos, ou remakes de remakes, os títulos ainda conservam marcas de estilos próprios, como modos culturais que ainda são percebidos. Abaixo segue três modelos consolidados de novelas nos países de maior destaque na teledramaturgia: México, Brasil e Colômbia.


O MODELO MEXICANO

É o modelo tradicional, o melodrama clássico; tem estéticas e temáticas fortemente apoiadas no cinema e na rádio dos anos 30 a 50. Em suas novelas, a moral católica tem um peso determinante, e em suas histórias de amor somente se alcança a redenção através do sofrimento. As personagens recorrem uma Via-sacra, um calvário, para depois conseguirem a glória.

A novela forma parte de um plano normativo. Enunciam uma rigorosa defesa da família tal como se percebia nos séculos 19 e começos do século 20 (antes dos anos 50); sempre existe um respeito aos valores morais estabelecidos.

As histórias têm um alto nível de redundância e de obviedade, que podem resultar tanto cômicas como comoventes; os segredos são conservados até o ponto de virem à tona; as maldades se complicam, se entrecruzam e vão gerando pouco a pouco uma teia de aranha, que, também, pouco a pouco vai se desfazendo devido ao manejo dosado.

Apesar do relato tratar sobre uma paixão, quase não há lugar para o erotismo. As personagens sensuais são malvadas; a sensualidade é castigada, é vista como um vício, algo que deve ser controlado e penalizado. Sempre está relacionada com alguma atitude ambiciosa, interessada.

O relato é constituído por personagens padronizadas, caracterizadas por um traço comum, não somente pelo discurso, mas também pela maquiagem e vestuário. São indispensáveis: a mãe; a malvada; a inocente; o ambicioso; o jovem pobre, mas honesto etc., que expressam uma única motivação e respondem à essência que os caracteriza.


O MODELO BRASILEIRO

Moderno, ágil e colorido. Desde a própria apresentação é forte o cuidado com o visual e o ritmo. Expressa uma estética de classes médias.

É um modelo permissivo no plano moral; não há condenação à sexualidade explícita, são permitidos casais onde a mulher é a mais velha, ou casos onde a mãe é amante de quem no futuro será seu genro. Aparecem de maneira natural, mas nem tanto, gays ou lésbicas. O sexo é apreciado; o corpo é exibido sem temores; a vitalidade se comunica por todos os poros. O componente erótico está presente na cena, na composição das imagens e nas personagens.

É caracterizado por uma notável elaboração estética, que é visível nas tonalidades, na iluminação e na musicalização. Com o desenvolvimento tecnológico e a utilização de efeitos, se ampliou as possibilidades de se narrar histórias épicas, de multidões.

Raramente se fazem remakes de um título, contam-se histórias novas. A temática melodramática se mantém, mas sem a quota de sofrimento expressado de maneira exagerada. Existe sofrimento, mas sem a característica absoluta que se dá no modelo mexicano. As personagens não expressam suas emoções da mesma maneira que no modelo mexicano, o fazem de maneira mais natural e menos acentuada.

Estabelecendo uma comparação entre o modelo mexicano e o brasileiro, mas sem a intenção de privilegiar um ou outro, pode-se observar que os temas se enraízam nas tradições culturais de cada país. Os dois modelos surgem de diferentes escolas de artes cênicas. O modelo brasileiro se implantou com o teatro dos anos 60, no qual prevalecia a atuação natural, realista, enquanto que o modelo mexicano, como vimos, se alimenta da forte tradição melodramática do cinema dos anos 30 e 50, a qual se remete constantemente.

O protagonismo não está unicamente num casal, mas sim em todas as personagens, que também têm uma história. Há vários núcleos narrativos que se desenvolvem em âmbitos definidos e que têm personagens e conflitos delineados; às vezes essas histórias se desenvolvem de forma paralela à principal.

Mesmo havendo personagens padronizadas, estes não se apresentam de maneira tão evidente, como no caso mexicano. Nas telenovelas brasileiras tende-se ao individual, ao se constituir um caráter, ao se desenvolver uma personalidade. As personagens crescem, amadurecem, mudam, evoluem, escolhem, dialogam e debatem entre si; têm muitos pontos de vista diferentes e divergentes.

No Brasil, a novela forma opinião e impõe uma agenda. O que acontece na novela se discute na própria televisão, na rádio, nos jornais ou mesmo na rua. Tudo o que acontece na novela se discute, não somente a história de amor. Devido à sua relevância social, tomaram-na como veículo apto para a informação sobre saúde e cidadania, por exemplo, de onde também surge o merchandising comercial.


O MODELO COLOMBIANO

Combina elementos modernos com os tradicionais; explora universos urbanos, provinciais e rurais; âmbitos trabalhistas, domésticos e profissionais. Destaca os mundos da província, da vida nos povoados distantes dos centros urbanos e de suas personagens.

A nível audiovisual é muito importante a combinação entre uma musicalização forte, as cores e a textura na tela. A divisão entre o bem e o mal que reclama o melodrama se mantém, mas talvez o mais atrativo seja a apresentação de personagens com pequenos traços identificáveis.

Aparecem traços de maneira minuciosa, combinando o vestuário, a fala, o tipo físico e os tics, onde existe uma articulação com humor e ironia, e de onde se sobressai a presença de personagens caricaturadas. A sensualidade e o humor são sinais característicos; tem uma energia abundante, muita astúcia e um ritmo contagioso.

A novela colombiana se atreveu a várias coisas, até mesmo em colocar em papel de galã um personagem que sofria de impotência, zombando dos estereótipos mais comuns, que geralmente julgam o galã um Don Juan, até que se apaixone pela heroína.

Outra ousadia foi a incorporação da bebida não como vício – como ocorre no caso mexicano – mas como costume, como cultura.

Outra audácia a mais na novela colombiana tem importância equiparável: a de colocar uma protagonista feia, e que se mantinha feia em 80% da história. Seu embelezamento final não se devia a cirurgias, mas a um processo interior onde encontrava sua própria segurança. Da mesma maneira, fez com que um galã sedutor se apaixonasse dela, mesmo sendo feia.

Desses três modelos, podemos notar que a Televisa parece segura no qual está. O modelo global inove e experimenta, mas dentro da busca pela estética que se distancia cada vez mais da emoção. O modelo colombiano é o que apresenta mais aberto, uma narrativa em busca, em exploração de novos caminhos.

Biografia de María Rubio


INTRODUÇÃO

María de Jesús Rubio Tejero nasceu em Tijuana, estado da Baja California, no México, dia 21 de setembro de 1934. Filha única adotiva de María Tejero e Olayo Rubio, um diplomata e empresário, María Rubio é uma atriz de cinema e televisão.


SUA HISTÓRIA

Aos quatro anos de idade foi detectado em María uma infecção cardíaca, algo que aumentava prematuramente seu coração, fazendo com que ela não pudesse frequentar a escola até os 9 anos, aprendeu a ler e escrever em sua casa e depois em colégios católicos, o que alimentou seu amor e fé em Deus.

Ela também sofreu as sequelas da Guerra Civil Espanhola, quando criança acompanhou seus pais até a Espanha para visitar seus avôs maternos, e ficaram sem poder sair durante 10 anos da cidade de San Sebastián.

Aos treze anos de idade regressou ao México com seus pais e começou seus estudos no Colegio Oxford. Estudou dança e mais adiante atuação na Escuela de Artes Teatrales del Instituto Nacional de Bellas Artes. Estreou como atriz no Teatro Fantástico de Cachirulo. Enrique Alonso foi quem deu a primeira oportunidade de trabalhar no meio, sendo sua primeira obra El portal de Belén em 1956, após iniciou seus trabalhos na televisão e no cinema.

Se casou com o escritor, crítico e adaptador de telenovelas, o mexicano Luis Reyes de la Maza, com quem teve dois filhos, Claudio e Adriana. Este casamento durou 40 anos, e após terminou em divórcio.

Seu papel de maior destaque foi como a vilã Catarina Creel na telenovela Cuna de lobos de 1986, que foi um grande sucesso no México e em vários países, inclusive no Brasil, onde foi exibida pelo SBT com o nome de Ambição, em 1991.

Graças à sua atuação em Ambição, telenovela considerada por diversos críticos como uma das melhores telenovelas de todos os tempos, e eleita pela revista People en español uma das dez melhores telenovelas, María Rubio é considerada, a "mãe de todas as vilãs”.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2008 - Querida enemiga (Hortensia Viuda de Armendáriz)
2007 - Amor sin maquillaje (Participação especial)
2006 - Las dos caras de Ana (Graciela Salgado)
2002 - Viva às crianças! – Carrossel 2 (Senhora Arredondo)
2001 - Salomé (Lucrécia de Montesino)
1999 - Laberintos de pasión (Ofelia)
1999 - Amor gitano (Isolda)
1997 - Amada enemiga (Reinalda)
1997 - No tengo madre
1994 - Império de cristal (Lívia Arizmendi)
1986 - Ambição (Catarina Creel Viúva de Larios)
1985 - Abandonada (Carolina)
1984 - Tú eres mi destino (Ursula)
1984 - Te amo (Consuelo)
1981 - O direito de nascer (Clemência)
1980 - Colorina (Amy)
1978 - Pasiones encendidas (Lidia)
1977 - Desprezo (Rafaela)
1976 - Mañana será otro día (Olivia)
1975 - El milagro de vivir
1974 - Ana del aire (Vera)
1973 - Entre brumas (Susan)
1972 - Me llaman Martina Sola
1971 - Las máscaras
1971 - Muchacha italiana viene a casarse (Elena)
1970 - Claroscuro (Elsa)
1970 - La Constitución (María)
1969 - Lo que no fue
1969 - Sin palabras (Sara)
1967 - Lágrimas amargas
1963 - Doña Macabra

SÉRIES

2008 - La rosa de Guadalupe
2007 - Mujer casos de la vida real

FILMES

1990 - Traficantes de niños
1976 - El vengador justiciero y su pastelera madre
1976 - Morir, dormir, tal vez soñar
1976 - La mujer es cosa de hombres
1971 - Nadie te querrá como yo
1971 - Intimidades de una secretaria
1969 - La noche violenta


SEUS PRÊMIOS

PRÊMIOS TVYNOVELAS

1995 - Melhor atriz antagônica (Império de cristal)
1987 - Melhor atriz antagônica (Ambição)
1987 - Melhor primeira atriz (Ambição)

domingo, 25 de abril de 2010

TV Brasil apresenta Carandiru

A TV Brasil apresenta neste domingo, 25 de abril, às 23h00, Carandiru, o primeiro filme brasileiro da série Cine Ibermedia, que reúne obras de países da América Latina, Espanha e Portugal, que está sendo exibida pelo canal público brasileiro.

O filme foi dirigido pelo argentino Hector Babenco, naturalizado brasileiro, escrito por Victor Navas, Fernando Bonassi e pelo mesmo Hector Babenco, baseados no livro homônimo do médico Dráuzio Varella, de 1999, que vendeu mais de 220 mil cópias.

Lançado em 2003, Carandiru recebeu o prêmio Glauber Rocha, concedido pelo 25º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano de Havana. Baseado em fatos reais e sob a perspectiva do médico Dráuzio Varella, o filme retrata o cotidiano dos internos da casa de detenção Carandiru, de São Paulo, maior presídio da América Latina.

São histórias de crime, vingança, amor e amizade, que culminam com o fatídico massacre ocorrido em 1992. No confronto, 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar do estado de São Paulo, fato que resultou em grande repercussão nacional e internacional.

No presídio, Dráuzio encontra violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica. Com mais de sete mil detentos, merece sua fama de "inferno na Terra". Porém, Dráuzio logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas, ao contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver.

Fascinado, Dráuzio resolve iniciar um trabalho voluntário. Oncologista famoso, habituado a mais sofisticada tecnologia médica, ele pratica a medicina como os antigos: com estetoscópio, olhar sensível e muita conversa.

Com 147 minutos de duração, o filme contou com um elenco de 26 atores principais, entre eles grandes nomes da teledramaturgia brasileira, como Wagner Moura, Rodrigo Santoro, Ailton Graça, Lázaro Ramos, Caio Blat, entre outros, além da participação especial de Rita Cadillac; 120 secundários; além de oito mil figurantes.

O filme contou com 40 locações/cenários. As locações foram todas feitas em torno da grande São Paulo e as cenas do Carandiru foram filmadas em três lugares diferentes – na cadeia do hipódromo, no Presídio do Carandiru, além de estúdio.

A Casa de Detenção de São Paulo, conhecida popularmente como Presídio do Carandiru, foi inaugurada em 1956 pelo então prefeito Jânio Quadros. Passaram-se 46 anos até que, em oito de dezembro de 2002, o governador Geraldo Alckmin comandou, pessoalmente, a implosão de três de seus pavilhões. Bastaram oito segundos para que paredes, celas e solitárias se transformassem em pó e abrissem espaço para a construção de complexo de lazer e cultura, denominado Parque da Juventude. A equipe de Babenco registrou a implosão com oito câmaras e com essas imagens encerram o filme.

Pedro, o escamoso


NOME ORIGINAL
Pedro, el escamoso

ESCRITORES
Adriana Barreto, Mónica Domínguez, Juan Andrés Granados, Perla Ramírez e Rafael Rojas

PRODUTORES
Luis Felipe Salamanca e Dago García

PAÍS DE ORIGEM
Colômbia

NÚMERO DE EPISÓDIOS
327

ANO DE GRAVAÇÃO
2001

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2003

EMISSORA
RedeTV!


ELENCO

Miguel Varoni: Pedro Coral

Sandra Reyes: Paula Davila

Marcela Mar: Mayerly Pacheco

Javier Gómez: César Luis Freydell

Alina Lozano: Nidia Stella Pataquiva de Pacheco

Álvaro Bayona: Pastor Gaitán

Enrique Carriazo: Lourenço de la Espriella

Fernando Arévalo: Gustavo Angarita

Diego Ramos: Sandro Billycich

Jairo Camargo: Alirio Perafán

Martha Osorio: Ana Dávila

Andrea Guzmán: Yadira Pacheco

Juan Carlos Arango: Enrique Bueno Lindo

Fernando Solórzano: René

Inés Oviedo: Lidya

Bibiana Navas: Lidya (Substituta)

Teresa Gutiérrez: Pastora de Gaitán

Astrid Junguito: Pepita de la Espriella

Diego Ramos: Sandro Bilicich

Alexandra Restrepo: Marlen Chávez

Aura Helena Prada: Mônica Ferreira

Nadia Rowinsky: Susana Recoba

Carlos Kaju: Pedrinho Coral


PERSONAGENS

Pedro Coral (Miguel Varoni) - é um homem metido a charmoso, conquistador e sonhador. É o típico machão que pensa ser irresistível e usa a mentira como arma de sobrevivência. Cria histórias, acha que sabe tudo e que pensa que todas as mulheres são apaixonadas por ele. Ele é um galã com cheiro de naftalina, pois tem ar de dom Juan dos anos 80. Se veste com exagero e mau gosto, mas está sempre crente que está abafando. É do tipo que anda de esquina em esquina demonstrando seus dotes de poeta e improvisando seus flertes. Está sempre tentando seduzir e cativar a atenção das mulheres. Mas debaixo deste coração de conquistador, vaidoso e homem do mundo, se esconde um nobre e bom coração, que faz com que ele capture a atenção de muitas mulheres e de alguns homens também.

Paula Dávila (Sandra Reyes) - é uma jovem executiva de 28 anos, sensual, atraente, de bons sentimentos e muito alegre.Tem o estereótipo de mulher independente dos dias de hoje. É fruto do amor proibido de Juan Pacheco, um homem casado e milionário que nunca reconheceu ela e a mãe. É muito ingênua e acredita que pode controlar qualquer situação, mas não é assim, porque acaba namorando o chefe, César Luis Freydell. Pedro Coral, seu chofer, é o único que lhe entende, por isso, torna-se seu confidente e, mais tarde, no amor da sua vida.

Mayerly Pacheco (Marcela Gardeazábal) - tem 25 anos, é filha de Juan Pacheco e Nidia. Garota esperta e honesta e não gosta das coisas que a mãe e a irmã fazem contra os outros. Por seu temperamento forte, não consegue ser amiga de Pedro, pois acredita que ele está interessado em ser seu amigo para depois tentar namorar com ela. Apesar de não gostar muito de Paula e sua mãe, que são rivais da família, ela não guarda rancor pois sabe que elas foram vítimas do pai. No final, Paula e ela trabalharão juntas, se transformando em aliadas.

César Luis (Javier Gómez) - é um belo homem de 43 anos, muito atraente e cobiçado pelas mulheres. Ao mesmo tempo, é manipulador e de poucos sentimentos. Acredita que pode ser diretor da área de importações da empresa Freydell, empresa de muito prestígio no país, e que pode controlar e manipular quem seja. Tem um grande poder de persuasão entre as mulheres, que ficam loucas por ele, mesmo sabendo que ele é casado. Seu braço direito e confidente é Pastor Gaitán, diretor geral da empresa, que conhece todos os seus segredos e aproveitará tudo o que sabe para lhe causar muitos problemas no futuro.

Nidia de Pacheco (Alina Lozano) - é uma mulher de aproximadamente 45 anos, mas ainda bastante namoradeira. Ataca todos os homens pelos quais se sente atraída, especialmente Pedro, amigo com quem mora junto. Ela é viúva de Juan Pacheco, com quem teve duas filhas, Yadira, sua aliada incondicional, e Mayerly, a mais sensata das três. Ela é calculista e está disposta a passar por cima de quem for paraconseguir o que quer,e é por isto que ela namora e manipula Perafán,o advogado da família, fazendo com que ele cometa muitas fraudes.

Pastor Gaitán (Alvaro Bayona) - é o diretor geral da empresa e é homossexual, embora não assuma. É invejoso, fofoqueiro e só tem Lídya como amiga e confidente. Ele continua morando com a mãe, que controla todos os seus passos. Tem como aliado César Luís Freydell, ao qual dá conselhos de como ele pode conquistar Paula, com o propósito de usar esse relacionamento proibido no momento mais indicado para chantageá-lo. É apaixonado por Pedro e o persegue, aproveitando sua posição de chefe.

Alirio Perafán (Jairo Camargo) - é o típico mentiroso que tenta tirar vantagens de tudo e de todos. Sempre cuidou dos negócios de Juan Pacheco e é muito próximo de Nidia, por quem ele é apaixonado. Por isto, fica tão fácil para Nidia o manipular, pois ele sempre acaba fazendo os negócios fraudulentos que ela propõe. Ela tenta mudar o testamento que Juan deixou, no qual Paula é a única beneficiária. Aproveitando a situação, Alirio exige que Nidia se case com ele.

Ana Dávila (Marta Osorio) - é uma jovem senhora, bonita, inteligente e honesta. Foi amante de Juan Pacheco, o que lhe custou muito caro, pois sempre teve que viver este amor às escondidas. Por esta razão, ela sempre fez de tudo para que a filha Paula não cometesse o mesmo erro. Porém, ela sabe que a filha está próxima de ter a mesma sorte, que ela não poderá evitar. Tem uma personalidade forte que lhe faz enfrentar Nidia de Pacheco, sua eterna rival.

Mônica de Freydell (Aura Helena Prada) - tem 30 anos, é uma mulher bonita, com um corpo espetacular e uma brilhante profissional. Pelo grande cargo que ocupa tem que viajar o tempo inteiro, o que lhe impede de estar, a maioria do tempo, com o marido, César Luis, por quem é apaixonada. Ela acredita que tem o marido mais fiel e perfeito do mundo, mas no fundo é uma mulher muito sozinha. Sua única companhia é a empregada.


INTRODUÇÃO

Produzida pela rede colombiana Caracol Televisión, esta novela foi exibida pela RedeTV! estrategicamente para repetir o sucesso da sua antecessora Betty, a feia.

Protagonizada por Miguel Varoni, Sandra Reyes, Javier Gómez, Diego Ramos e Marcela Mar (nessa época conhecida como Marcela Gardeazábal), essa trama conta a história de um homem extravagante, que vive no interior da Colômbia, com muito apelo popular. Ele se muda para a cidade para encontrar sua fortuna e encontra uma série de eventos e pessoas que mudam sua vida radicalmente. Pedro é um exemplo de homem que pode obter todas as mulheres que quiser, mas não consegue a que ele ama.


RESUMO

Pedro Coral é um tipo diferente, não é o típico galã, não é tão bonito, não é rico, não se veste bem, e nem é tão bom bailarino, mas acredita que seja tudo isso e muito mais. Além disso é mentiroso e como se fosse pouco, é um mulherengo que sempre aproveita cada oportunidade para conquistar qualquer mulher que atreva a cruzar seu caminho.

Ele foge de seu povoado, devido a problemas com mulheres, para ir a outra cidade procurar melhores oportunidades.

Pedro consegue um trabalho como chofer em uma boa empresa, onde conhece Paula Dávila, uma bela moça que está muito longe de seu alcance, já que ela está profundamente apaixonada por César Luis Freydell, seu chefe.

Pedro, para estar perto de Paula, se converte em seu confidente, não conseguindo evitar que apaixone cada vez mais mais, mesmo sabendo que o coração da mulher amada pertence a outro homem.

Em Bogotá, Pedro conhece a família Pacheco, integrada unicamente por mulheres e que, além disso, acaba de perder o chefe da casa, que faleceu. Pedro decide ajudá-las, contribuindo materialmente e trazendo felicidade para a casa.

Enquanto isso, Paula, que sofre uma traição de César Luis, procura Pedro para desabafar seus problemas e este aproveita a situação para consolá-la e por decisão do destino terminam juntos.

Pedro acaba criando seu próprio universo, mesmo com grandes mentiras, ainda que bem intencionadas, e finalmente, este sedutor termina sendo a pessoa chave na vida de todo ser humano que passar por sua vida, contagiando-a com sua alegria e com seu sorriso de orelha a orelha , além de sua particular forma de se vestir, falar e emocionar.


CURIOSIDADES

Pedro, o escamoso se tornou um fenômeno na Colômbia, entre homens e mulheres. Logo após o êxito obtido com a novela Betty, a feia, não se acreditava na possibilidade de se encontrar outra personagem que cativasse os corações dos colombianos.

Com o “Baile del Pirulino”, Pedro expandiu ainda mais sua fama pela Colômbia, Venezuela e Estados Unidos. Miguel Varoni, o protagonista da história, teve que frequentar academia para fortalecer seus músculos, além de mudar sua dieta alimentar para acompanhar sua transformação física.

Essa novela foi vendida para 18 países, com 327 capítulos. Na Colômbia foi apresentada com 427, entre abril de 2001 e fevereiro de 2003.

A segunda parte da trama foi produzida pela Caracol Televisión para a Telemundo em formato de série , que se chamou Como Pedro por su casa.

A RedeTV! cortou muitos capítulos de Pedro, o escamoso, que teve um final muito mal contado, com flashbacks de momentos que nunca haviam sido mostrados antes. Como a novela não alcançou o sucesso de audiência de Betty, a feia, e por ser muito longa, estava saindo cara demais pra emissora, resolveram cortá-la de uma vez.

O personagem principal masculino teve sua voz trocada (por exigência da emissora ) depois de vários capítulos já terem ido pro ar.

Em 2007, a Televisa produziu um remake intitulado Yo amo a Juan Querendón.

TL Novelas x Viva

A Rede Globo anunciou há poucos dias o Viva, um canal pago programado pela Globosat, que entrará entra no ar em 18 de maio, e terá em sua grade de programação novelas, minisséries e séries da emissora brasileira. Segundo o site RD1 Audiência, o novo canal pago já estaria confirmado na NET e Via Embratel. Por enquanto os assinantes da SKY e TVA estariam de fora.

Por outro lado teremos também o canal TL Novelas, da Televisa. O diretor geral de vendas e afiliados da Televisa Networks, Fernando Muñiz, confirmou que o TL Novelas vai mesmo ganhar uma versão em português e chegará ao Brasil. Também foi revelado que a programação será toda dublada. O TL Novelas exibirá produções recentes e antigas da emissora mexicana. Além do México, o canal está disponível na América Latina e Europa.

Segundo Fernando, o mercado brasileiro tem um enorme potencial a ser explorado e era um desejo antigo do grupo. Conseguindo entrar no Brasil, a Televisa planeja lançar o TL Novelas também no mercado português e demais países de língua portuguesa. Ainda que os custos com dublagem sejam altos, para os mexicanos isso não importa, pois seu objetivo é poder entrar de vez no Brasil e posteriormente, trazer outros de seus canais para cá.

Os canais da Televisa já foram transmitidos para o Brasil em 1996 através do sistema NET e SKY. Entre eles, estava o Canal de las estrellas, com o mesmo conteúdo do canal aberto mexicano. O canal foi retirado da grade de programação das operadoras por estar em espanhol e sem legendas.

Dizem que foi justamente a entrada do canal TL Novelas no país que acelerou a Rede Globo a criar um novo canal dentro da empresa Globosat, porém o Viva, não será um canal 24 horas de novelas, séries e minisséries produzidas pela emissora, trará também, outros programas da Rede Globo, como Caldeirão do Hulk, Mais você e Estrelas.

A exibição de clássicos da teledramaturgia nacional era uma antiga exigência dos assinantes dos canais pagos da Rede Globo. Em comunidades e fóruns de redes sociais, telespectadores constantemente sugeriam que a Globosat criasse um canal voltado à exibição de novelas, minisséries e séries que marcaram época no canal brasileiro.

As telenovelas de época

Presidentes da República, soldados em plena Guerra do Pacífico, piratas, imigrantes, bandoleiros, escravos e até mesmo herois mascarados são algumas das personagens que desfilaram na extensa lista de produções de época que marcaram as superproduções do continente americano nos últimos quarenta anos.

A seguir, veremos algumas dessas produções realizadas que permanecem inesquecíveis na memória coletiva de seus respectivos países ou mesmo onde alcançaram êxito internacional.

No embalo do estilo, os mexicanos, mais uma vez, foram os que mais vezes se atreveram a explorar personagens históricos: El vuelo del águila (1994), mostrou a vida do presidente Porfirio Díaz; a vida do padre Miguel Hidalgo foi interpretada em Los caudillos (1968); o presidente Benito Juárez teve sua história relatada em La tormenta (1967) e, posteriormente, em El carruaje (1972); a história do revolucionário Emiliano Zapata foi levada à telinha em Senda de gloria (1987).

Os mexicanos também lançaram títulos como Coração selvagem (1993), com Eduardo Palomo, como João do Diabo, o pirata apaixonado por uma jovem da alta sociedade. E este mesmo roteiro já teve outra tantas versões (1966, 1977 e mais recentemente em 2009). O mesmo Eduardo também encarnou o índio Yahí em Ramona (2000), uma novela ambientada na Califórnia no começo do século 20.

Bodas de odio foi um fenômeno dos anos oitenta com Humberto Zurita e também seu remake em 2003: Amor real. Ambas centradas na época após a independência do México e com claras referências ao contexto político e social destes anos. Zorro: A espada e a rosa, também alcançou êxito graças a um elenco estelar, encabeçado por Christian Meier e Marlene Favela, na mais recente versão da história do heroi mascarado.

No Brasil, a predileção, certa vez, foi pelas apaixonantes vidas de algumas mulheres que marcaram a história do país, como Francisca da Silva, que se transformou no êxito Xica da Silva (1997), com Taís Araújo como a sensual e vingativa escrava negra.

Mas a combinação de erotismo e tramas apaixonantes já surgira desde muito antes com a adaptação da vida de Ana Jacinta de São José, conhecida como Dona Beija (1986), com Maite Proença interpretando a sensual cortesã que conseguia uma imensa fortuna, enquanto lutava para recuperar seu primeiro amor no século 18.

O Brasil, porém, é também pioneiro em super-produções se tratando de telenovelas de época e o escritor Benedito Ruy Barbosa é quem mais entende do assunto: Os imigrantes (1981), Vida nova (1989), e as exitosas Terra nostra (1999) e Esperança (2002) são algumas da criações brasileiras que buscaram narrar a vida de estrangeiros que chegaram ao Brasil desde finais de 1800.

Alem dessas, em terras cariocas também foram produzidas novelas como Estúpido cupido (1976) que mostrava a vida de um pequeno povoado da década de 60 ao ritmo do rock and roll.

No Chile, alguns argumentos brasileiros que tiveram êxito foram A sucessora (1979), Irmãos coragem (1995) e o fenômeno internacional A escrava Isaura, que surpreendeu com seu êxito na versão de 2004 e também na original de 1980.

Atualmente no Chile, e pela segunda vez, duas telenovelas desse gênero competem no mesmo horário. Em 2004, Los Pincheira, da TVN, enfrentou Hippie, do Canal 13. Esse ano, Martín Rivas e Manuel Rodríguez estrearam nos canais TVN e CHV, respectivamente.

A atual Martín Rivas já soma 3 versões com esta protagonizada por Diego Muñoz: a de 1970, com Leonardo Perucci e a de 1979 com Alejandro Cohen. Todas relatando a história do idealista provinciano que chega à Santiago para realizar seus sonhos.

Porém, antes de Martín Rivas ou Manuel Rodríguez, a TV chilena já havia exibido telenovelas de época, como La sal del desierto (1972), ambientada no final da Guerra do Pacífico e com Héctor Noguera como protagonista. Também nesse ambiente, La patrulla del desierto (1993) buscava refletir as mudanças sociais ocorridas durante o período, através de uma minissérie.

Com o mesmo formato em 15 capítulos, Amelia (1981) mostrou detalhes do período da “Patria Vieja”, a “Reconquista” e a “Patria Nueva”, através de uma história familiar. La Quintrala, com Raquel Arganoña, conseguiu reconhecimento em 1987, contando a vida de uma rica fazendeira do século 17. A la sombra del ángel (1989) foi mais longe e, em seus 97 episódios, contou a história de amor que atravessava o tempo, mostrou com detalhes a vida nas décadas dos 40 e 60. As novelas do horário nobre chileno também trouxeram histórias antigas como El señor de la querencia, ambientada em 1920, e Conde Vrolock, ambientada no final de 1800.

Como vemos, as telenovelas de época sempre fizeram parte da teledramaturgia latina e, mesmo relatando romances clássicos, determinada figura política, algum período marcante do país ou simplesmente uma história fictícia ambientada em outro período, consegue cativar o público e não deixa de ser uma obra que se utiliza das tecnologias atuais.

sábado, 24 de abril de 2010

Betty, a feia


NOME ORIGINAL
Yo soy Betty, la fea

ESCRITOR
Fernando Gaitán

PRODUTORES
María del Pilar Fernández e Raúl Tinjacá

PAÍS DE ORIGEM
Colômbia

NÚMERO DE EPISÓDIOS
169

ANO DE GRAVAÇÃO
1999

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2002

EMISSORA
RedeTV!

TEMA DE ABERTURA 1
Se falam de mim

INTÉRPRETE
Sarah Regina

Se falam de mim…

Me dizem que sou feia, meu andar desengonçado,
meu nariz é engraçado, minha voz é de trovão,
que pareço desdentada, sempre estou descabelada
e por mais que eu me arrume sou mais feia que um canhão.

Só sei que a verdade é bem diferente,
só falam de mim porque incomodo muita gente.
Mas já entendi e vou confessar:
os homens estão querendo me amar…

E falam muitas coisas, mas só uma me interessa
porque perdem tanto tempo falando assim de mim?

Só sei que falam quando passo, mas suspiram,
se desmancham, se deliram se eu pedir algum favor.
E fazem tudo que eu quiser mas não me iludo,
aproveito e faço tudo, mas não peçam meu amor.

E se quiser me namorar tem que pedir, tem que aceitar,
vir de joelhos, se humilhar, vir rastejando me implorar.
E não me digam que sou má, são só os amores que vivi.

Eu sou assim!

TEMA DE ABERTURA 2
Se dice de mí

INTÉRPRETE
Yolanda Rayo

Se dice de mí…

Se dice que soy fea, que camino a lo malevo,
que soy chueca y que me muevo con un aire compadrón,
que parezco un dinosaurio, mi nariz es puntiaguda,
la figura no me ayuda y mi boca es un buzón.

Si charlo con Luis, con Pedro o con Juan, hablando de mí los hombres están,
critican si ya la línea perdí, se fijan si voy, si vengo o si fui.
Se dicen muchas cosas, mas si el bulto no interesa,
porque pierden la cabeza ocupándose de mí.

Yo sé que hay muchos que desprecian con mentiras
y suspiran y se mueren cuando piensan en mi amor.
Y más de uno se derrite si suspiro
y se quedan si los miro resoplando con temor.

Si fea soy, pongámosle, que de eso ya yo me enteré,
mas la fealdad que Dios me dio, mucha mujer me la envidió
y no dirán que me creí porque modesta siempre fui, yo soy así,
que digan lo que quieran…ye, ye, ye, como un rayo…
Y ocultan de mí…

Ocultan que yo tengo unos ojos soñadores,
además otros primores que producen sensación.
Si soy fea sé que en cambio tengo un cutis de muñeca,
los que dicen que soy chueca no me han visto en camisón.

Los hombres de mí critican la voz, el modo de andar, la pinta, la tos,
critican si ya la línea perdí, se fijan si voy, si vengo, o si fui.
Se dicen muchas cosas, mas si el bulto no interesa,
porque pierden la cabeza ocupándose de mí.

Yo sé que hay muchos que desprecian con mentiras
y suspiran y se mueren cuando piensan en mi amor.
Y más de uno se derrite si suspiro
y se quedan si los miro resoplando con temor.

Si fea soy, pongámosle, que de eso ya yo me enteré
mas la fealdad que Dios me dio, mucha mujer me la envidió.
Y no dirán que me creí porque modesta siempre fui, yo soy así…

Se dice que soy fea, que parezco un dinosaurio, fea…
Se dice que soy fea, mi nariz es puntiaguda, fea…
Se dice que soy fea, mi boca un buzón, fea…
Se dice que soy fea, la figura no me ayuda, fea…

Oye que rico, esto me gusta…

Y no me importa, a mí no me importa lo que digan, yo soy así,
podrán decir, podrán hablar y murmurar, yo soy así,
hablando de mí los hombres siempre estarán, yo soy así,
si soy fea, que critiquen, que va, yo soy así.


ELENCO

Ana María Orozco: Beatriz Aurora Pinzón Solano "Betty"

Jorge Enrique Abello: Armando Mendoza Sáenz

Natalia Ramírez: Marcela Valencia

Lorna Paz: Patricia Fernández de Brickman

Luis Mesa: Daniel Valencia

Julián Arango: Hugo Lombardi

Ricardo Vélez: Mário Calderón

Mario Duarte: Nicolás Flaminio Mora

Kepa Amuchastegui: Roberto Mendoza

Talú Quintero: Margarita Sáenz De Mendoza

Celmira Luzardo: Catalina Ángel

Jorge Herrera: Hermes Pinzón Galarza

Adriana Franco: Júlia Solano Galindo de Pinzón

Pilar Uribe: María Beatriz Valencia

Júlio César Herrera: Freddy Stewart Contreras

Dora Cadavid: Inés Peña de Gómez

Stefanía Gómez: Aura María Fuentes

Paula Peña: Sofía de Rodríguez

Luces Velásquez: Bertha Muñoz de González

Marcela Posada: Sandra Patiño

María Eugenía Arboleda: Mariana Valdéz

Martha Isabel Bolaños: Jenny García

Paulo Sanchez Neira: "Engenheiro Ortiz"


INTRODUÇÃO

Escrita por Fernando Gaitán, essa novela colombiana teve duas exibições pela RedeTV! no Brasil: originalmente em 2002 e reapresentada em 2006.

Mostra a vida de uma moça sonhadora, Beatriz Aurora Pinzón Solano, interpretada por Ana Maria Orozco, que é apaixonada por seu chefe, Armando Mendoza, interpretado por Jorge Enrique Abelló em uma organização empresarial do mundo da moda, a Ecomoda.

A personagem é caracterizada por usar óculos de lentes grossas, aparelho nos dentes e roupas estranhas e cafonas, além de ser atrapalhada para falar. Uma típica nerd solteirona que vive a suspirar por um amor.


RESUMO

Beatriz Aurora Pinzón Solano, ou somente, Betty, tem vinte e seis anos, e é uma economista que não possui nenhum atributo físico que a torne atrativa perante os olhares dos homens. A personagem, desacreditada de seu futuro, se imagina morando a vida inteira, solteira, com seus pais. Ainda por cima, introvertida e esquisita, só tem Nícolas como amigo, que não a ajuda em nada, já que vive brincando com seu jeito muito esquisito.

Sonhadora e muito inteligente, Betty foi a melhor aluna de economia, em sua turma na faculdade onde se formou. Apesar disso, sua aparência também a prejudica em sua realização profissional.

Ainda que tenha uma maestria em finanças, Betty nunca obteve uma oportunidade de entrevista de emprego, porque, segundo ela, suas fotografias arruinam seu impressionante currículo. Depois de buscar sem êxito um posto de trabalho que seja compatível com sua formação e experiência, Betty decide enviar seu currículo para o posto de secretária do presidente de Ecomoda. Ela consegue uma entrevista, mesmo enviando seu currículo sem fotografia.

Armando Mendoza, o novo presidente da Ecomoda, é o filho educado, inteligente e bonito do fundador da empresa, Roberto Mendoza, que se afastou. Armando está comprometido com Marcela Valencia, executiva da Ecomoda e filha do falecido co-fundador Valencia.

Armando que estava procurando uma nova secretária faz sua primeira entrevista com Patrícia Fernández, a melhor amiga de Marcela. Ele sente um certo receio em contratá-la, já que dada sua reputação como mulherengo, Patrícia poderia se tornar uma espiã para Marcela.

Ao entrevistar Betty, Armando se preocupa com sua feiura, mas sente que ela poderia ser uma aliada, ao invés de uma espiã. Afim de agradar Marcela, Armando contrata como suas secretárias, tanto Betty, a feia, mas brilhante economista, como Patrícia, que é atraente, mas burra.

Como a Ecomoda é uma empresa que está interessada principalmente na imagem e beleza, Patrícia fica sentada na recepção, e Betty em um depósito, detrás do escritório de Armando. Na Ecomoda, também trabalham um grupo de secretárias chamadas de "O quartel das feias e Hugo Lombardi, o estilista.

Betty é constantemente desprezada pelos seus companheiros superfificias da Ecomoda, mas, para Armando Mendoza, é considerada indispensável para a empresa. Ela se converte na cúmplice de Armando em um plano clandestino para salvar a Ecomoda da ruína financeira, mas esta cumplicidade se converte em uma relação amorosa. No entanto, Betty demonstra seu valor e começa a ganhar o respeito dos membros da empresa.

Com a cumplicidade de Betty, Armando falsifica balanços para esconder as dívidas e a situação real da empresa, para não perder a presidência. Ao ver a situação complicada, empresta capital suficiente para a criação da empresa Investimentos Terramoda, por Betty. A nova empresa será a responsável por embargar a Ecomoda e evitar que ela seja entregue e partilhada pelos bancos.


CURIOSIDADES

Em 2010, Yo soy Betty, la fea, entrou para o livro Guinness World Records como a telenovela mais exitosa da história, ao ser emitida em mais de 100 países, ao ser dublada em 15 idiomas e ao contar com umas 22 adaptações ao redor do mundo.

A versão mexicana A feia mais bela, produzida pela Televisa foi exibida no Brasil pelo SBT, em 2006.

Nos Estados Unidos a telenovela tornou-se série com Ugly Betty, de grande sucesso, exibida, originalmente pelo canal fechado Sony Entertainment Television, e também comprada pelo SBT.

Também foi feita uma série animada baseada na novela, Betty Toons, que foi transmitida para a América Latina pelo canal a cabo Cartoon Network.

A novela estreou na Colômbia com 36 pontos, os quais chegariam a 45 e posteriormente a picos de até 54, 7 pontos, quando foi transmitido o capítulo em que Armando convida Betty para sair. Betty, a feia conseguia reunir, cada noite, três milhões e meio de colombianos, sendo até 2004, o programa mais visto na história da televisão colombiana.

O êxito da novela conduziu à criação, em 2002, de uma sequência chamada Ecomoda, a qual foi uma co-produção entre o canal RCN e Univisión. Algumas cenas do primeiro capítulo foram filmadas em Buenos Aires e outras da abertura em Miami, Flórida.