domingo, 26 de dezembro de 2010

TV Brasil apresenta Ojos que no ven

A TV Brasil exibe neste domingo, 26 de dezembro, às 23h00, o filme peruano Ojos que no ven, do diretor Francisco Lombardi, considerado o diretor mais ativo do país. O longa, escrito por Giovanna Pollarolo e gravado em 2003, revela a teia de corrupção generalizada que permeava a sociedade peruana na década de 90. É um história contemporânea sobre a deterioração moral, a hipocrisia e o oportunismo que a corrupção do poder político pode gerar.

O filme narra, em 155 minutos, histórias que se desenvolvem durante a conjuntura posterior ao descobrimento dos “vladivideos”, célebres vídeos de Vladimiro Montesinos, chefe do Serviço de Inteligência Nacional (SIN) e assessor do presidente Alberto Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000.

Os vladivideos eram uma coleção de vídeos filmados com câmera escondida, a pedido de Montesinos nas Instalações do SIN, onde se observava como o próprio Montesinos, o mais leal assessor de Fujimori, subornava membros de outros partidos políticos e de importantes empresas privadas de comunicação para que se pusessem à disposição do governo. Após uma exibição em rede nacional, os vídeos provocaram a queda do governo de Alberto Fujimori.

Como ponto de partida, o filme oferece indícios de que o que se gravou em vídeo: a corrupção, a manipulação, etc. é um verdadeiro reflexo da sociedade. As mentiras, o engano pela sobrevivência, as armadilhas, a aceitação, o cumprimento das ordens e o silêncio diante do poder são características que condicionam o comportamento humano.

A estrutura do filme se sustenta em seis histórias que se entrelaçam permanentemente em diversos ambientes sociais: umas histórias transitam pelo drama, outras pelo humor negro; os personagens alternam idades, objetivos, atitudes, a fim de que o conjunto possa ter um efeito de retrato social.

Ojos que no ven não pretende reproduzir dramaticamente os fatos reais, nem recriar a vida dos personagens envolvidos do governo. Ele propõe uma reflexão sobre a decomposição moral que percorreu todas as classes e gerações da sociedade peruana na época.

Não é um filme político, mas vemos que a política é o contexto no qual se narram as histórias, cujos personagens têm um vínculo com o que acontece em seu entorno. Não é um filme sobre Montesinos ou sobre Fujimori, mas, sim, sobre seres humanos que, de uma ou de outra maneira, se veem afetados pelas coisas que estão passando ao seu redor.

No ano de seu lançamento, o filme recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Latino-americano de Biarritz, França; e Festival Internacional de Cinema de Valdivia, Chile.

Álbum de fotos: Isa TK+

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

El imperio de cristal: A nova produção da Telemundo

As novas apostas da Telemundo para 2011 estão levantando grande expectativa. Assim, junto a Los herederos Del Monte, com Mario Cimarro e Marlene Favela; La reina del sur, protagonizada por Kate del Castillo e Rafael Amaya; e Ojo por ojo, com Miguel Varoni e Gabriela Espino, chega uma nova série que terá como título El imperio de cristal.

A produção deste projeto foi revelada pelo ator mexicano Sergio Reynoso (foto), que participará no mesmo, possivelmente junto de seu irmão Jorge Reynoso. O nome desta história tem desatado diversos rumores. Isto se deve ao fato de que há alguns anos, em pleno auge de Sin senos no hay paraíso, a Telemundo chegou a anunciar sua intenção de realizar um remake de Império de cristal, uma história da Televisa, de grande êxito em 1995, com Rebeca Jonnes, que até mesmo chegou a ser exibida no Brasil pela Rede CNT/Gazeta.

Desta maneira, já estão surgindo as especulações sobre este novo projeto da Telemundo, que iniciará seus castings e gravações, proximamente, em 2011.

sábado, 25 de dezembro de 2010

As rainhas de telenovelas latinas

Marina Baura
Nos anos 60, iniciava-se uma triunfal sucessão de telenovelas, a Venezuela foi uma das primeiras nações, juntamente ao México, a desenvolver o gênero que logo levaria a imagem das grandes protagonistas dos dramas televisivos aos mais longínquos lugares do mundo.

Marina Baura, uma referência da telenovela venezuelana, não era nem venezuelana, nem se chamava Marina. Havia nascido em Galícia, Espanha, com o nome de Julia Pérez, em 1941.  Sendo ainda adolescente, seus pais se mudaram à América, mais precisamente à Venezuela e, sendo uma jovem atraente, provou sua sorte em alguns programas televisivos, passando às telenovelas, onde estreou nos anos 60.

Em 1967, Marina Baura era a protagonista em muitas telenovelas, as quais sempre serão lembradas como as da época de ouro do gênero: Doña Bárbara, Lucecita, La usurpadora, Emperatriz, junto ao que logo se tornaria o maior galã das telenovelas venezuelanas: José Bardina. À par de sua carreira na televisão, Marina atuou em muitos filmes e após uma longa ausência do meio artístico foi vista, recentemente, nos corredores da RCTV Internacional.

Lupita Ferrer
Em 1970, uma rica jovem vinda de uma família de Maracaibo, também Venezuela, viria compartilhar o reinado de Marina Baura como a protagonista principal de muitas telenovelas. Para ela, a atuação começou sendo um hobbie, mas acabou por levá-la a uma carreira internacional que dura até hoje, falo de Lupita Ferrer.

Em 1971, Lupita protagonizou a clássica Esmeralda. Após, sucederiam muitos títulos mais, tanto na Venezuela, como nos Estados Unidos, La Zulianita, Peregrina, Mariana de la noche, Traição (Nada personal), Amándote e tantas outras. Também conseguiu algumas satisfatórias apresentações em filmes americanos.

Verónica Castro começou sua carreira como atriz de fotonovelas e, rapidamente, apareceu como a imagem de programas de variedades. A beleza de seus olhos e sua simpatia conquistaram o posto de Rosto mais belo do México, no ano de 1970, o que impulsionou sua carreira televisiva.

Verónica Castro
Ainda que tenha continuado atuando em fotonovelas, programas de comédias e alguns filmes, Verónica estreou, em 1979, Os ricos também choram. A partir daí, a atriz se tornaria a Rainha das telenovelas O direito de nascer, Amor prohibido e No creo en los hombres. À par de sua carreira como atriz, Verónica desenvolveu com regular êxito uma carreira como cantora de música popular. Hoje, Verónica segue atuando, ocasionalmente, em algumas telenovelas e séries atuais. Também teve grande êxito como apresentadora de shows de variedades, graças ao encanto e a simpatia que sempre teve com o público.

Porém, nos anos 70, Verónica não reinava sozinha nas telenovelas, rapidamente chegaria alguém que, durante décadas, competiria pelo reinado do gênero televisivo: Lucía Méndez, que também chegava ao meio televisivo nos anos 70, ganhando, em 1972, o Rosto mais belo do México e estreando na célebre telenovela Muchacha italiana viene a casarse. Daí em diante, a carreira de Lucía foi êxito após êxito: Viviana, Colorina, El extraño retorno de Diana Salazar, etc.

Lucía Méndez
Lucía iniciou também uma bem-sucedida carreira nos Estados Unidos com Marielena, e, à par, seguia com uma exitosa carreira de cantora. Também decidiu produzir sua própria linha de roupas e perfumaria. Hoje em dia, Lucía continua atuando e tem se dedicado a múltiplas atividades artísticas e pessoais.

Se alguém merece um destaque especial na história do gênero telenoveleiro, é Angélica María. A chamada Namoradinha da América iniciou-se sendo garotinha, no cinema, graças a sua mãe que era uma conhecida mulher do meio artístico. Angélica, uma jovem bonita e inteligente, logo atuava com êxito no teatro e começava uma carreira de cantora, a qual a situou entre as cantoras adolescentes mais representativas dos anos 60.

Angélica María
Nos anos 70, Angélica adentrou na música rancheira e como apresentadora, para passar, após diversas pequenas participações, a protagonizar telenovelas. A primeira delas foi Muchachita italiana viene a casarse, onde compartilhava os créditos com quem naquela época tornavam-se grandes estrelas: a mesma Lucía Méndez, Fernando Allende e Andrés García. Angélica continua atuando há mais de 60 anos no meio artístico, seja como cantora ou atriz, muito querida pelo público.

O gênero telenoveleiro tem se mantido por décadas no gosto do público e novos rostos foram substituindo as grandes estrelas do dramalhão, com muito ou pouco talento, mas a grande época do gênero já passou. As telenovelas atuais acabam sendo insossas e são sempre remakes de histórias que aquelas divas fizeram, verdadeiras histórias lacrimogêneas e emocionantes. Mas, ainda assim, não se pode deixar de mencionar os novos rostos do mundo do melodrama televisivo.

Lucero
As três atrizes a seguir começaram suas carreiras sendo meninas ou adolescentes. Lucero soube ser uma triunfadora cantora à par de uma boa atriz. Telenovelas como Chispita, Los parientes pobres, Laços de amor, Alborada e, recentemente Soy tu dueña, deram conta de sua capacidade.

Adela Noriega
Adela Noriega começou como modelo de vídeos de cantores como Luis Miguel, em alguns papéis pequenos em comédias e em uma ou outra telenovela. Porém, seu sucesso veio a calhar com Quinze anos, Maria Isabel, O privilégio de amar e Amor real.

Thalía
Já Thalía é um caso à parte. Com êxito alcançado graças ao empurrão de sua irmã, Laura Zapata, a atriz se consolidou no meio artístico começando desde menina como cantora na obra Vaselina, no teatro, para, logo depois, incorporar-se ao grupo musical Timbiriche. Daí em diante, o sucesso de Thalía se deveu a seus papéis muito populares, de garota pobre, que muito agradaram ao público e que recordavam a trajetória de Verónica Castro. Thalía também se aventurou no mundo do canto, ao qual se dedica exclusivamente nos dias atuais.

Para você, quem é atual Rainha das telenovelas latinas? Deixe sua opinião, comente.