sábado, 20 de julho de 2013

Do original ao remake: La que no podía amar


Delia Fiallo é, talvez, uma das escritoras com maior o maior número de histórias famosas levadas à telinha, inclusive, autora de algumas que nunca foram realizadas no México. Mas o certo é que antes do país asteca realizar suas próprias versões, foi a Venezuela que saboreou o êxito com as histórias de Delia Fiallo, inclusive, muito superiores em produção do que as realizadas posteriormente pela Televisa.

Entretanto, por um ou outro motivo, esta produção intitulada La que no podía amar, baseada na radionovela de Delia chamada La mujer que no podía amar, não teve o privilégio de ser levada primeiramente aos venezuelanos. Foi a Televisa que descobriu a história, adaptou-a e transformou-a em um sucesso.

Foi em 1986 quando Valentín Pimstein realizou a primeira versão, que se chamou Monte Calvario, que relatava a vida de Ana Rosa (Edith González), uma mulher casada e atormentada por seu esposo, Octavio Montero (José Alonso), um homem que tinha severos problemas com o álcool e o machismo. Octavio vivia uma eterna obsessão por ela e por interesses pessoais e de negócios com a família de Ana Rosa, assim a tornava sua esposa, com base em uma cruel chantagem.

Ao se casar com Octavio, Ana Rosa passava a viver um verdadeiro inferno, além de ter que suportar Olivia (Ursula Pratts), uma meia-irmã que a odiava. Rapidamente Octavio ficava atado a uma cadeira de rodas e descontava toda sua amargura e inveja contra sua esposa, tornando sua vida impossível. Com o tempo, Ana Rosa conhecia Gustavo (Arturo Peniche), um dedicado doutor por quem se apaixonava e com o qual passava a enfrentar a família de Ana Rosa, Octavio e Olivia, quem pretendia a todo custo conseguir que Gustavo se apaixonasse por ela.

Sem dúvida, esta história de Delia Fiallo brilhava pelo atrativo de mostrar um vilão, cruel e desapiedado, mas também forte e aguerrido que podia esmagar com suas próprias mãos o galã da trama, porém, por estar atado a uma cadeira de rodas, era impossibilitado de acabar com o amante de sua esposa, e acabava ficando reprimido pela rejeição de sua mulher, com quem nunca teve uma relação íntima. Esta adaptação de Delia Fiallo resultou tão atraente que a Televisa já contava com outra história com a qual poderia tirar proveito, por isso, seu remake era somente questão de tempo.

Assim, nasceu Sigo te amando (Te sigo amando), uma produção de Carla Estrada, realizada em 1996, no México, e exibida aqui no Brasil, pelo SBT, nos anos 2000, substituindo Kassandra na faixa do horário denominada Tarde de amor. Sigo te amando recorreu a outro grande talento que brilhava como vilão, esse era Sergio Goyri, ao passo que Claudia Ramírez, convenceu em seu papel, por ter personificado a aparência de uma jovem frágil e submissa, mas com certa sensualidade, o que prendia a audiência.

No SBT, o folhetim é considerado um dos grandes responsáveis por a emissora ter continuado a exibição de produções da Televisa até meados de 2008, já que Kassandra, uma produção venezuelana, com uma audiência muito baixa, havia desiludido os produtores, que ameaçaram remover a Tarde de amor do ar, se Sigo te amando mantivesse a média de Kassandra. No entanto, a trama superou as expectativas e deu um fôlego novo para outras produções que vieram em seguida.

Em Sigo te amando, Yulissa (Claudia Ramírez) Luiza, na dublagem brasileira, era uma bela jovem da classe alta que havia ficado órfã desde muito pequena. Ela foi criada por sua avó Paula (Carmen Montejo), que, na ruína e sem um centavo, decidiu hipotecar todos seus bens a Ignacio Aguirre (Sergio Goyri), sendo este o último recurso que Paula tinha para sobreviver e evitar a pobreza.

Ignacio Aguirre era um homem cruel, desapiedado e violento, odiado por todos aqueles que estavam ao seu redor, inclusive sua irmã Leticia (Olivia Collins). Ignacio conhece Yulissa e se encapricha com ela, a quem passa a querer somente para si.

Paula, desesperada para conseguir dinheiro, planeja casar sua neta com Ignacio, mesmo que esta se negue completamente. No entanto, Ignacio sofre um acidente ao cair de um cavalo, o que o deixa com problemas na coluna e por fim paralítico. Isto provoca sua fúria e aumenta sua coragem, fazendo com que use esta condição a seu favor. Assim, ele e Paula negociam o casamento com Yulissa em troca de que ele perdoe a dívida e não denuncie ou faça mal a Alberto, o irmão da jovem, que foi quem operou Ignacio. Yulissa, para salvar sua família, aceita tal compromisso.

Yulissa, atormentada pelo inferno que vive em seu casamento, foge para Porto Escondido e aí conhece Luiz Ángel (Luis José Santander), por quem se apaixona. Ambos não podem concretizar seu amor pelas maldades de Ignacio e a inveja de Leticia, que o deseja a seu lado.

A história foi tão bem-sucedida quanto sua versão original. Aqui, Carla Estrada recorreu a um homem que tivesse as mesmas características que o personagem antagónico requeria e o escolhido foi Sergio Goyri, que se apoderou da trama e contribuiu com seu personagem para que o desenlace da história fosse o mais atraente possível.

Passaram-se alguns anos e novamente, em 2011, a história foi produzida no México sob os cuidados de José Alberto Castro para a Televisa. Adaptada por Ximena Suárez, La que no podía amar foi protagonizada por Ana Brenda Contreras, em seu primeiro papel protagônico, além de Jorge Salinas e José Ron.

Em La que no podía amar, Ana Paula Carmona (Ana Brenda Contreras) é uma jovem que, sendo apenas uma criança, teve que cuidar de sua mãe doente. Após a morte desta, Ana Paula decidiu estudar enfermagem para poder ajudar a quem precisasse.

Estando a ponto de se formar, Ana Paula conhece Bruno (Julián Gil), o advogado do temível Rogelio Montero (Jorge Salinas). Bruno está buscando uma enfermeira para que atenda seu chefe. O salário é bom e Ana Paula aceita o emprego para ajudar economicamente sua tia Rosaura (Ana Bertha Espín), que tem cuidado dela e de seu irmão Miguel (Osvaldo Benavides) desde que eram crianças.

Rosaura se queixa amargamente de haver perdido oportunidades amorosas, por ter passado todo o tempo cuidando de seus sobrinhos e por isso pretende que sejam eles os que a mantenham, fingindo-se de doente.

Miguel é namorado de Dany (Ingrid Martz), uma garota engenhosa e entusiasta que trata de mudar seu caráter inseguro. Ela também é a melhor amiga de Ana Paula, ambas estudaram juntas para enfermeiras.

O que Ana Paula não imagina é que terá que trabalhar em condições muito difíceis na fazenda de Rogelio, um homem de caráter muito difícil, já que não superou as consequências do acidente que sofreu quando estava a ponto de se casar com Vanesa (Mar Contreras), uma mulher frívola e egoísta que ao saber que estava inválido terminou com ele.

Além de Rogelio, na fazenda vive sua irmã Cinthia (Susana González), que se sente presa por não receber de Rogelio a parte da herança que lhe corresponde, além de ser obrigada a permanecer a seu lado para cuidá-lo. Para não se chatear mais, às escondidas do irmão, Cinthia se envolve com Efraín (Fabián Robles), o capataz da fazenda, que verdadeiramente se apaixona por ela. Por isso ele evita Consuelo (Michelle Ramaglia), uma empregada que o ama sinceramente.

Na fazenda também vive María (Ana Martín), a madrinha de Consuelo, uma mulher bondosa que tem sido como uma mãe para Rogelio e Cinthia. Foi sua babá e agora se encarrega de prestar serviços na casa. O toque de alegria nesse ambiente tão restrito é dado por Margarito (Juan Bernardo Flores), um menino encantador e inocente que não tem família e é protegido por María.

Ana Paula conhece Gustavo Durán (José Ron), um engenheiro nobre e trabalhador, que tem uma irmã enfermeira, de nome Mercedes (Anaís). Eles se apaixonam, mas sua felicidade se vê destruída, pois Rogelio também se apaixona por ela, formando um triângulo amoroso de terríveis consequências.

Quando Miguel provoca um terrível acidente e está a ponto de perder a mão e ir para a prisão, Rogelio o salva em troca de que Ana Paula se case com ele. Ela se sacrifica por seu irmão, mas não imagina o calvário que lhe espera ao lado de Rogelio, quando este descobre que ela ama outro.

Sexo forte, sexo frágil


NOME ORIGINAL
El sexo débil

ESCRITOR
Joaquín Guerrero Casasola

PRODUTORES 
Carlos Payán e Epigmenio Ibarra

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
121

ANO DE GRAVAÇÃO
2011

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2012

EMISSORA
Rede CNT

TEMA DE ABERTURA
Instrumental


ELENCO

Itatí Cantoral: Helena Román

Raúl Méndez: Dante Camacho

Mauricio Ochmann: Julián Camacho

Khotán Fernández: Álvaro Camacho

Arturo Ríos: Agustín Camacho

Pablo Cruz Guerrero: Bruno Camacho

Adriana Parra: Silvia Bermúdez

Marco Treviño: Máximo de la Croix

Luciana Silveyra: Tamara Camacho

Martina García: Maria

Rodrigo Oviedo: Pedro

Bianca Calderón: Aída

Adrián Alonso: Víctor Camacho

Julia Urbini: Tania Camacho

Leticia Fabián: Luisa Durán

Augusto Di Paolo: Benjamín

Karina Gidi: Camila

Cecilia Suárez: Alexandra

Juan de Dios Ortiz: Gerardo Ramos

Cristhian Alvarado: Pancho

Johanna Murillo: Lucia

Rocío Vázquez: Gabriela

Giovanna Zacarías: Alicia


PERFIL DAS PERSONAGENS

Helena Román (Itatí Cantoral): independente, doutora e administradora. Sua especialidade é a andrologia, responsável pelo estudo, exploração e investigação de qualquer aspecto relacionado com as funções sexuais e reprodução masculina. É a companheira ou a rival perfeita. Chega da Alemanha e abandona o noivo no altar no dia do seu casamento. O que ela não imagina é que sua vida terá uma virada de 360 graus e quando perceber estará envolvida com todos os homens da família Camacho.

Dante Camacho (Raúl Méndez): estudou psiquiatria e é meio-irmão dos Camacho, filho de Agustín e Pilar, a melhor amiga de Silvia. Não sabe quem é sua mãe e sempre se sentiu no abandono, apesar de ter sido criado por Silvia desde sua chegada à casa dos Camacho. Por muitos anos, seu pai Agustín, lhe disse que sua verdadeira mãe o havia abandonado e já estava morta, nunca lhe disse qual sua origem. Entretanto, Dante se dá conta de que sua mãe esteve viva todo este tempo e consegue conhecê-la em seus últimos momentos de vida. Vê-se como um meio-homem e a única coisa que deseja é tornar-se um ser completo. Com muito jogo de cintura, consegue salvar um paciente que ia se suicidar e depois do susto, descobre que sua amada, em andanças pela Europa o trocou por um sueco. Apesar de equilibrado, Dante sentirá algo muito forte pela encantadora Helena.

Julián Camacho (Mauricio Ochmann): cirurgião plástico, 30 anos, amante das mulheres, sedutor e viciado em sexo. Sente que é o momento de tomar juízo. Sempre envolvido em transformar o corpo de suas pacientes, Julián não perde tempo em usufruir de excitantes momentos de prazer se elas derem uma brecha. Só que ele tem uma namorada que não vai perdoar suas traições. Luisa pagará na mesma moeda e ele a encontrará nos braços de seu melhor amigo.

Álvaro Camacho (Khotán Fernández): é um ginecologista afamado e o primogênito. Tem 37 anos e é o braço direito de seu pai, Agustín. Bem casado e com dois filhos, apesar de bem sucedido e de ter uma bela esposa, não deixa de dar seus pulinhos e o que é pior; não aceita que sua mulher faça sucesso em sua carreira profissional. Por causa disso, paga o preço da solidão. Tamara, sua esposa o deixa, e seu filho decide ficar na casa do pai. Assim, Álvaro terá que aprender a se situar e a ser um homem independente, além de seguir em frente com seu filho adolescente.

Bruno Camacho (Pablo Cruz): tem 29 anos é o filho mais novo dos Camacho. Mesmo sendo neurologista, não quer trabalhar na clínica da família, pois preferiu atuar em um centro de reabilitação em um bairro carente. É homossexual assumido e dono de um albergue. Seu parceiro, Pedro, é o pilar de sua vida e juntos encaram todo tipo de preconceito, ainda assim, não deixam de ajudar amigos metidos em enrascadas. Bem aceito pelos irmãos e pela mãe, Bruno tem a repulsa do pai, um machista convicto.

Agustín Camacho (Arturo Ríos): é o patriarca da família Camacho. É um cardiologista de 64 anos muito respeitado. Dono da clínica, tem uma amante jovem e sensual. Sua esposa o deixou justamente quando comemoravam 35 anos de casados. Sua tarefa é não permitir que sua família, composta por filhos varões, se desagregue. Não importa que para isso ele tenha que buscar outras mulheres ou as mesmas para conseguir. Sua vida é cercada pelo fantasma de Máximo de la Croix, que vive lhe dando palpites, às vezes acertados ou furados. Ele pensa que tem o mundo em suas mãos e que as mulheres são meros objetos. Vai sentir na pele quando vir seu casamento de 35 anos terminar de maneira inexplicável.

Máximo de la Croix (Marco Treviño): é o espírito do ex-marido de Alma, a antiga moradora da mansão, que se torna o consultório dos Camacho. É um tipo cínico, irresponsável, rude, ácido e crítico de primeira, porém, inteligente e interessante. Aparece somente para Agustín, lhe abrindo seus olhos, com seu sarcasmo.

Silvia Bermúdez (Adriana Parra): esposa de Agustín. Quando completa 35 anos de casada, descobre que não era essa a vida que desejava e diz ao marido que é o fim de tudo. Sua escolha, tomada a partir da decisão de Helena em abandonar o noivo no altar, mexe com os brios de todas as mulheres da família, inclusive a doméstica.

Aída (Bianca Calderón): Aída não é a típica amante que deseja tomar o marido da esposa. Seu relacionamento com Agustín é bem à vontade, pois não há um compromisso formal, somente o vê quando sente desejo, quando quer fazer amor e ter momentos de prazer. O trabalho de levantar cedo, passar a roupa e preparar o café não faz parte do perfil de Aída. Ela não destrói lares, pois são os homens que aceitam suas condições. Aída é muito batalhadora, é órfã de pais e trabalhou durante muito tempo. É contadora e, mesmo sem trabalho, continua lutando.

Luisa (Letícia Fabían): química farmacobióloga, Luisa trabalha nos laboratórios da clínica dos Camacho. É uma mulher que deseja ter uma relação estável, ainda que no caminho permeiem as infidelidades de seu namorado, o médico cirurgião Julián. O amor não é suficiente para ambos, pois é constante seu medo com o compromisso e a deslealdade deste. No entanto, não conseguem se separar facilmente. Ela é a preferida de Julián, mas sabe que ele, por ser cirurgião plástico está sempre envolvido com outras mulheres. Desconfia de sua fidelidade e o surpreende com outra no quarto. Depois ela se vinga da mesma maneira. Apesar de jovem, sensual, bonita e inteligente, não esconde sua paixão pelo mulherengo, mas fará da vida dele um verdadeiro inferno.

Tamara (Luciana Silveyra): mãe, profissional e uma jovem mulher entregue à sua família. Assim é Tamara, a representação daquelas que depois de dedicar toda sua vida aos demais, um dia percebeu que sua vida também era importante. Ela é muito audaz e afortunada no campo profissional, talvez até mais que seu marido, não que isso o torne menos produtivo. Ainda que aparentemente tudo esteja bem, ela sofre agressões por debaixo dos panos, pois Álvaro, seu esposo, a boicota com esquecimentos importantes para seu trabalho, como recados. O questionamento de Tamara é saber como fazer com que as mulheres tenham uma vida profissional bem-sucedida, combinada com uma relação pessoal também exitosa.

Pedro (Rodrigo Oviedo): diferentemente de Bruno, seu namorado, Pedro sim tem algo afeminado e vive encucado com a ideia de envelhecer e morrer. Doa sua vida pelo ativismo e também aposta pelo amor de um homem somente. Não vive com a ideia de pintar um mundo homossexual promíscuo, cheio de depravação e drogas, enxerga a vida de um casal homossexual a partir do ponto de vista hétero, mas sem pretender copiar este modelo tradicional de vida.

Maria (Martina García): é uma jovem que desde os quinze anos tem sido vítima de abuso sexual e emocional, ao se tornar alvo do machismo e ser utilizada em uma casa de acompanhantes. Maria não deseja estar aí e sofre com tudo isso. Bruno a ajuda a encontrar uma nova forma de vida. Assim, surge algo bonito com Julián, porque quando um homem tão mulherengo se encontra com uma mulher com um extenso histórico de amantes involuntários, e com grande experiência, o confronto é muito grande.

Alexandra (Cecília Suárez): advogada e meia-irmã de Dante Camacho, filha de Pilar. Aparece a fim de esclarecer mais dúvidas sobre sua mãe, acabando com as farsas e mentiras que amarguravam seu irmão.

Víctor Camacho (Adrián Alonso): Víctor, filho de Álvaro, é um jovem irresponsável, alcoólico, e a alguns passos da dependência química, além disso, não possui a mínima educação sexual. É um garoto machista dentro de casa, se envolve com diversas garotas, com as quais tem relações sem camisinha. Responde alto à sua mãe e se mete em diversos problemas com os garotos. Tem desavenças com seus pais e com sua irmã, a quem trata mal. Se traumatiza com a separação de seus pais, razão que contribui para que entre no mundo das drogas, como chantagem para que eles não se divorciem. Pensa que com estas atitudes contribui para a união do matrimônio. Tem medo de que sua irmã encontre um namorado, por não querer que ela tenha relações sexuais, o que o leva a se comportar agressivamente com ela, a fim de protegê-la.

Tania Camacho (Julia Urbino): Tania é uma jovem que, apesar de sua pouca idade, é bastante madura. Levará uma estreita relação com Aída, a nova parceira de seu pai, já que de alguma forma, esta trata de suprir a figura materna.


INTRODUÇÃO

A história da Argos, onde também colabora a Sony Pictures, centra-se na vida dos Camacho, uma família composta por cinco homens, o pai e seus quatro filhos, todos dedicados à prática da medicina. Certo dia, as mulheres de cada um dos Camacho decidem abandoná-los sob diferentes circunstâncias, todas cansadas do machismo imperante na personalidade de cada um deles.


RESUMO

Os homens sempre tiveram o pensamento de que o machismo é sinônimo de respeito, liderança e valentia, quando na verdade o “ser macho” é algo provocado por sentimentos que um homem não deve revelar, ou algo que, pelo menos, a sociedade recrimina. Isso ocorre com os Camacho, uma família de médicos que, por seu caráter machista, pensam que podem controlar o mundo e todas as mulheres que os rodeiam. De fato, este é o principal motivo que faz com que, um dia, cada uma das mulheres dos Camacho abandone seus parceiros.

Agustín Camacho e seus quatro filhos, Álvaro, Julián, Dante e Bruno, todos educados de forma tradicional, possuem tudo para chamarem-se o sexo forte: prestígio profissional, êxito com as mulheres, carisma e posição econômica. A família de médicos aluga uma casa para montar sua própria clínica, esta havia sido habitada anteriormente somente por mulheres. Em uma noite de festa, as mulheres das suas vidas - avó, esposa, namorada, neta e empregada - decidem abandoná-los. Nesse dia, os Camacho ficam sozinhos, como se uma maldição houvesse caído sobre eles.

Álvaro é abandonado por ter ciúmes de sua esposa, por esta ser mais bem-sucedida no âmbito profissional. Dante, porque sua namorada atual o deixa por um sueco que conheceu em Paris. Julián é deixado por sua noiva por ter sido infiel várias vezes e Agustín, o patriarca, é abandonado por sua esposa por não tê-la escutado durante três décadas de matrimônio. O único que é brindado com uma relação estável é Bruno, o filho mais novo, que é homossexual.

Após estes acontecimentos, os Camacho têm que enfrentar seus medos sozinhos, combinados com a chegada de Helena, uma mulher que abandona seu noivo no dia de seu casamento, e que muda a vida de todos os homens desta família. Helena descobre que detrás dos músculos, da força e de todo machismo destes cinco homens, também habitam seres sensíveis, cheios de medo e insegurança. Já estes, buscam em Helena uma explicação, a fim de detectar suas falhas como esposos e pais.


COMENTÁRIOS

Desde 2010, a emissora mexicana Cadenatres se aventurou na transmissão de telenovelas diferentes e atuais junto ao produtor Epigmenio Ibarra. Foi então quando a dupla planejou uma saga de tramas que abordassem as relações humanas, conjugando a realidade com a ficção. Assim nasceu, primeiramente, Las Aparicio, uma produção que refletiu, sem hipocrisias e tabus, a realidade da atual sociedade mexicana, desde a ótica feminina.

Em seguida, surgiu El sexo débil, que aqui no Brasil, através da Rede CNT, tornou-se Sexo forte, sexo frágil, e que, ao contrário da primeira, revelou segredos dos homens mexicanos, educados para não expressar seus sentimentos e levar como bandeira seu forte machismo. Ambas as produções utilizaram recursos similares, que se diversificaram pelo contexto no qual foram apresentadas, mas foram estes os ingredientes de uma telenovela inovadora.

Entre as coincidências das duas produções esteve a temática homossexual. Enquanto que em Las Aparicio se viu de perto o conflito de um casal de mulheres, em Sexo forte, sexo frágil os papéis se inverteram para um casal de homens, que, além de se casarem, se aventuraram no controverso processo de adoção. Além disso, se deu ênfase em uma família mexicana contemporânea que com o passar do tempo se dilui, pois em ambas as histórias seus integrantes foram abandonados, pela morte ou ausência de seus respectivos parceiros.

Utilizou-se, também, um narrador, que oferecia alguns detalhes de cada capítulo, no caso de Sexo forte, sexo frágil, a voz em off estevo a cargo do ator Raúl Méndez, quem deu vida à Dante Camacho. A locação também foi um elemento que, inclusive, se tornou um personagem, primeiramente na casa das Aparicio e depois na clínica da família Camacho. Foi neste lugar onde habitou um fantasma, Máximo, interpretado pelo ator Marco Treviño, que primeiro aludiu a um dos falecidos maridos de uma das Aparicio e ficou na clínica como o álter ego dos homens.

Os elementos visuais foram fundamentais em toda a campanha de divulgação e nesta parte estiveram bastantes presentes seus criadores, os quais optaram por uma cena que lembra os quadros gregos, onde a deusa (neste caso Itatí Cantoral), vestida vaporosamente, tem a seus pés seus súditos que a olham com certa adoração. É uma representação onírica da mulher dizendo: “Enquanto não deixarem de ser machos, com todos seus erros, continuarão sendo o sexo frágil”.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Do original ao remake: Rubí



Uma das autoras mexicanas mais prolíficas e que conseguiu capturar a imaginação de milhões de pessoas é, sem dúvida, Yolanda Vargas Dulché, mais conhecida como “A rainha das historietas”, criadora de mais de 60 histórias e de personagens inesquecíveis. Em meados da década de 50, Yolanda adentrou a indústria editorial com a revista de historietas românticas Lágrimas, Risas y Amor, de onde nasceram verdadeiras lendas e clássicos, como Rubí.

Tempo depois, com a imagem em preto e branco, pouco sinal de cobertura no país e muitas outras limitações da televisão da época, foi ao ar, em 1968, às 18h30, a primeira versão televisiva de Rubí, telenovela escrita por ela, Yolanda, dirigida por Fernando Wagner e produzida por Valentín Pimstein para a emissora Televicentro, hoje Televisa. O melodrama deu novos ares à televisão mexicana e encantou o público que seguiu os 60 capítulos de meia hora que colocaram em evidência a atuação de Fanny Cano, a encarregada de dar vida à personagem que exalava sensualidade com sua figura curvilínea e uma assombrosa capacidade de exibir sua beleza mesmo nos momentos mais dramáticos.

A trama contava a história de Rubí (Fanny Cano), uma jovem pobre, porém, muito ambiciosa, que vivia com sua mãe Refugio (Alicia Montoya) e sua irmã Cristina (María Eugenia Ríos), que pagava seus estudos universitários. Sua melhor amiga era Maribel (Irma Lozano), uma companheira de estudos que tinha uma deficiência em sua perna direita, devido a uma paralisia infantil. Maribel vivia com seu pai, o senhor De la Fuente (Antonio Raxel), um homem muito milionário. Rubí invejava Maribel, que era rica e tinha um namorado com quem se correspondia por cartas, César Valdés (Carlos Fernández), um engenheiro que vinha conhecê-la pessoalmente na companhia de seu melhor amigo, o médico Alejandro del Villar (Antonio Medellín). Ambos estudaram no exterior e imediatamente Rubi sente-se atraída por César, por ser bonito e ter dinheiro, o que não acontecia com Alejandro, quer era de origem humilde.

Percebendo que Rubí não era sincera e que odiava Maribel, Alejandro advertia César dizendo que a bela mulher poderia destruir sua sorte antes mesmo dela se realizar. Maribel e César planejavam seu casamento e Rubí se oferecia para ajudar César com as compras da aliança e do enxoval. Com sua sensualidade, começa, assim, a atrair César, que se apaixona perdidamente por ela. César confessa seus sentimentos a Alejandro, e este lhe aconselha que deva casar-se com Maribel e esquecer Rubí, por quem sente somente desejo. Rubí consegue pôr César contra seu amigo, inventando que Alejandro tratou de abusar dela. César esmurra Alejandro e lhe diz que não quer voltar a vê-lo.

Em seu escritório, César propõe a Rubí que viaje com ele à Nova Iorque, onde o contrataram para a construção de um edifício, e Rubí aceita. Maribel, que nesse momento estava vindo ver César, escuta tudo. César e Rubí planejam fugir, mas antes de embarcar no avião, sua irmã a maldiz e a bofeteia.  Maribel, depois de um tempo isolada, visita Alejandro no hospital onde ele trabalha e este lhe oferece emprego como voluntária.

Longe de todos, Rubí torna-se viciada em jogos de azar. César sofre um acidente, cai do alto do edifício que projetou e fica em cadeira de rodas. Maribel conhece o doutor Fernando Cuevas (Javier Ruán) no hospital onde trabalha, se apaixonam e se casam. Rubí continua jogando e deixando César na ruína. Precisando de uma operação e sem dinheiro, ambos decidem voltar ao México, onde Rubí procura Alejandro e conta o que aconteceu com César. Alejandro a despreza, mas, por compaixão, visita César e decide operá-lo.

Rubí começa a conquistar Alejandro, que a princípio a rejeita, mas que depois acaba aceitando-a. Rubí propõe a Alejandro que mate César durante a operação e ele a ignora. Minutos antes da operação, Rubí diz a César que ama Alejandro e que se casarão. César fica destruído e, durante a operação, Alejandro se atormenta pensando nas coisas que Rubí lhe havia dito, se distrai e César morre.

Alejandro, sentindo-se culpado, procura Rubí, discutem e a estrangula. Rubí, na tentativa de escapar, tropeça e cai da janela do sétimo andar do Hotel Regis, onde não havia pagado a conta há vários meses. No hospital, Rubí, destruída, com faixas por todo seu corpo e rosto, acusa Alejandro de atirá-la do edifício, mas faz isso para que a polícia o traga até ela. Quando este chega para que Rubí ratifique sua acusação, ela confessa que mentiu, dizendo que Alejandro não teve nada a ver com o acidente e pede para que os deixem a sós. Rubí tira as faixas do rosto e depois de pedir perdão por haver brincado com seus sentimentos, morre em meio a terríveis dores. Alejandro, ao sair do hospital, se encontra com Eloísa (Velia Végar), a enfermeira que o auxiliava no trabalho e que sempre lhe amou em silêncio. Ele se dá conta de seu amor verdadeiro e se casam.

No final, se exibiam as imagens de Rubí e, na voz da própria escritora, se escutava a seguinte advertência: “A ti mulher que tem seguido passo a passo o desenvolvimento desta história, que ela te sirva de exemplo para evitar que tua beleza física apague tua beleza moral. A ti homem que viu o engano e a perversidade ocultos sob a beleza, não se detenha diante de lábios acesos e olhos fascinantes, conheça primeiro a alma da mulher que há de amar, te diz tua amiga Yolanda Vargas Dulché”.

Passado um ano após a exibição de Rubí, Yolanda sentia-se animada com a ideia de levar a história da bela ambiciosa ao cinema e, para isso, em 1969, gravou a versão fílmica estrelada pela recém-chegada em terras mexicanas, Irán Eory, sob a direção de Carlos Enrique Taboada. Devido ao seu acentuado sotaque espanhol, Irán teve que ser dublada por Norma Lazareno, para que convencesse como personagem legitimamente nacional. O filme - que pode ser encontrado no Youtube - estreou em 17 de setembro de 1970 e se manteve em cartaz no cinema por três semanas. Críticos afirmam que apesar da beleza indiscutível de Eory, não se via a atriz tão sensual quanto Fanny Cano, pois lhe faltou algum detalhe na interpretação, certa desenvoltura e malícia.

O filme foi apenas um resumo da telenovela e contou a mesma história da jovem ambiciosa que morava com a mãe (Sara Guasch) e a irmã Cristina (Rosa María Gallardo) e invejava a riqueza de sua amiga Maribel (Alicia Bonet), que sofria de uma deficiência na perna que lhe fazia mancar. A ambição de Rubí fazia com que traísse sua amiga, roubando-lhe o noivo César (Carlos Bracho), e casando-se com ele. Enturmando-se nos altos círculos sociais para se relacionar com gente que a faria escapar da mediocridade e da pobreza, tornava-se viciada em jogos de cassinos e pôquer e perdia tudo que possuía.

Quando César sofre um acidente que o deixa preso em uma cadeira de rodas, sem recursos, decidem procurar Alejandro (Aldo Monti), o amigo cirurgião com quem Rubí teve problemas no passado. Este aceita ajudá-los, contanto que após a cirurgia, Rubí mantenha-se distante dele. No entanto, ela volta a utilizar seus encantos femininos para conseguir o que quer e atiça Alejandro para assassinar seu marido durante a cirurgia. O médico, arrependido depois ter dado ouvidos à maldita mulher e ter perdido seu amigo na mesa de operação, confronta a vilã, que termina caindo pela janela do apartamento. Seu rosto fica deformado, ela se arrepende e pede perdão por todo mal que causou. Alejandro, sem chão, decide reconstruir sua vida ao lado da enfermeira Eloísa (Adriana Roel), que todo tempo esteve ao seu lado.

Nos anos oitenta, houve uma tentativa de se realizar uma nova versão da história para a televisão, porém a Televisa não chegou a nenhum acordo com Yolanda Vargas Dulché e o projeto não se concretizou. A nova versão somente veio surgir em 2004, cinco anos após o falecimento de Yolanda, quando a Televisa novamente adquiriu os direitos da história e realizou o remake, adaptado por Ximena Suárez e produzido por José Alberto Castro, cheio de novas situações e personagens, mas que se tornou um triunfo internacional.

Assim como na versão fílmica, não foi uma mexicana que viveu a sensual e descarada Rubí. Nesta ocasião, dentre nomes como Patricia Manterola, Aracely Arámbula, Sara Maldonado, Vanessa Guzmán, Sabine Mousier e Jacqueline Bracamontes, que eram as principais cotadas para o melodrama, foi a uruguaia Bárbara Mori a encarregada de dar vida à perversa heroína mais malévola das telenovelas.

Aclamada pelo público e pela crítica como a melhor telenovela de 2004, o remake contava a já conhecida história cheia de intrigas e traições que nos mostrava como o destino havia negado a Rubí Pérez (Bárbara Mori) uma boa situação econômica, mas lhe favorecido com uma extraordinária beleza. A vaidade, o orgulho e a cobiça que a invadiam, levava-a a lutar constantemente entre o desejo de encontrar um grande amor e a obsessão desesperada pelo dinheiro. Esse desejo fazia com que Rubí quisesse mudar sua situação econômica utilizando sua beleza como arma para casar-se com um homem rico que lhe proporcionasse a vida luxuosa que sempre sonhou.

Rubí estudava em uma universidade particular graças a uma meia bolsa e ao apoio de sua irmã, Cristina (Paty Díaz), que trabalhava duramente para complementar a mensalidade da faculdade e ajudar sua mãe, Refugio (Ana Martín), nas despesas de casa. Na universidade, Rubí fazia amizade com a doce e sensível Maribel (Jacqueline Bracamontes), uma jovem milionária que ficou com um problema na perna depois de sofrer um acidente em que também perdeu sua mãe.

Quando Rubí visita a mansão de sua amiga, se convence de que esta é a classe de vida que ela merece e fará o que seja necessário para consegui-la. Maribel, tímida devido ao seu defeito físico, passa a maior parte do tempo no computador com um rapaz chamado Héctor (Sebastián Rulli), por quem se apaixona. Héctor mora nos Estados Unidos e algum tempo depois volta ao país para conhecer Maribel, que omitiu do rapaz sua deficiência. Héctor fica encantado por Maribel e lhe pede em casamento.

Através de Maribel, Héctor conhece Rubí e lhe apresenta para seu melhor amigo, Alejandro (Eduardo Santamarina), um jovem ortopedista que fica encantado com a beleza de Rubí. Entre os dois nasce um profundo amor e Rubí fica muito feliz, pois além de estar apaixonada por Alejandro, também acredita que finalmente sua vida será mais justa, pois poderá se casar com um jovem rico, bonito e perdidamente apaixonado por ela. A felicidade de Rubí dura pouco, pois ela logo descobre que a família de Alejandro não é rica e que terá que escolher entre se casar com o homem que ama ou ir atrás do sonho de ser rica, mesmo que nunca volte a encontrar esse verdadeiro amor. A ambição acaba falando mais alto e Rubí rompe seu compromisso com Alejandro.

Fiel a seu juramento, e apesar de seu amor pelo médico, o rejeita. Alejandro se distancia e a ambiciosa jovem segue disposta a conseguir um marido rico, mesmo que para isso tenha que pisotear sua amizade com Maribel. Rubí decide separar sua amiga de Héctor para que possa ser ela quem se case com o arquiteto e realize, assim, seus ambiciosos sonhos. No entanto, ainda que seu sonho de luxos e riquezas se torne realidade ao se casar com Héctor, terá finalmente que aprender uma dolorosa lição: que a vaidade, o orgulho e a cobiça são pecados terríveis e que a justiça divina é implacável.

Essa versão da telenovela foi exibida no Brasil pela primeira vez em 2005, pelo SBT, que editou capítulos e reduziu sua duração. Assim como em todos os lugares onde foi exibida, surgiram comentários após o último capítulo, já que seu desenlace causou grande controvérsia entre o público e os meios de comunicação. Muitos acharam que o castigo foi pouco para tamanho estrago causado pela protagonista e o pior, o mal continuava vivo e deixava raiz, crescendo de geração em geração.

Em 2006, o SBT apostou novamente na história e reapresentou a telenovela em sua íntegra, assim como se espera para essa reprise de 2013. Vale destacar que alguns nomes usados na dublagem foram modificados, como é o caso de Héctor, que aqui tornou-se Heitor, Alejandro, que traduziu-se para Alessandro, Refugio para Rosário, Pancha para Magda, Cayetano para Caetano, Loreto para Toledo e Garduño para Cardoso, entre outros. Merece destaque, também, a atuação de Antonio Medellín, o pai de Alessandro na trama, que, em 1968, personificou o papel do médico.

Passou-se algum tempo e em 2010, a rede de televisão ABS-CBN, das Filipinas, a qual já produziu os remakes de Betty, a feia; Lalola; Rosalinda; Marimar, entre outras, estreou sua versão local de Rubí, em comemoração aos sessenta anos das telenovelas filipinas. Protagonizado pela atriz Angelica Panganiban, o melodrama foi produzido por Eileen Angela Garcia. Jake Cuenca personificou Alejandro, Shaina Magdayao deu vida à Maribel e o papel de Hector Ferrer esteve a cargo de Diether Ocampo.

Mesmo mantendo a essência da história, a ambição desmedida de Rubi, essa versão alterou grande parte da trama, recriando personagens e seus destinos. Desta vez, a mãe de Rubi é Vivian (Cherry Pie Picache), uma mulher que teve uma vida miserável, e que faz de tudo para ganhar dinheiro, desde roubar, enganar, até ser prostituta. Nessa condição, conhece o ricaço Arturo de la Fuente (Gardo Versoza), de quem engravida. Após cometer um de seus delitos, Vivian é mandada à prisão, onde a história se inicia.

Ao dar a luz à sua filha, ainda estando presa, Vivian nota que a bebê possui uma marca de nascença nas costas, a qual é muito parecida a uma pedra preciosa, um rubi, mas se vê sem outra saída a não ser entregar a criança para adoção. Por coincidência e sem saber a verdade, Arturo e sua esposa, Sylvana (Cherie Gil), que não pode ter filhos, adotam a criança e lhe dão o nome de Theresa, que passa a ter todo amor e carinho, além do luxo que a boa vida da família pode lhe proporcionar.

Ao sair da prisão e pensando em obter a menina de volta, Vivian a sequestra e planeja mudar de vida, sai da cidade e coloca em sua filha o nome de Rubi, ela também muda de identidade e passa a se chamar Rosanna, ou melhor, Rose. Danilo (Allan Paule), o amante possessivo de Vivian, as localiza. Rubi escapa, mas se perde na cidade, e para sobreviver passa a pedir esmolas de carro em carro. Um tempo depois, sua mãe que sempre lhe procurava, a reencontra pelas ruas graças à sua marca de nascença.

Sylvana e Arturo, que sofriam pela perda da filha, adotam uma menina chamada Maribel, que desafortunadamente sofre um acidente de carro com o pai adotivo, o que lhe deixa como sequela um problema na perna que prejudica seu caminhar.

Os anos passam e mesmo sem dinheiro Rubi cresce rodeada de luxos, fruto do sacrifício de sua mãe. Sem medo de exibir sua beleza, a ambição da jovem é se casar com um homem rico para sair da favela onde vive e possuir tudo o que deseja. Sua mãe, Rose, mesmo sem condições, se esforça muito para que Rubi estude em uma escola particular de prestígio e é lá, onde o destino a coloca de frente com Maribel, a quem conhece quando vê a jovem sendo maltratada por outras alunas por ser manca. Ao deixar cair sua carteira, Rubi descobre que Maribel tem muito dinheiro e decide defendê-la, tornando-se sua amiga, por conveniência. Ambas tornam-se melhores amigas e Rubi descobre que Maribel tem um complexo de inferioridade por causa de sua deficiência.

Maribel a convida para ir até sua casa para que conheça seus pais e rapidamente a encantadora jovem ganha a simpatia do casal. Rubi, que se lembra vagamente da vida que levou na rua e também da vida de luxo que teve quando pequena, não imagina que Arturo e Sylvana foram seus pais adotivos e nem eles desconfiam que estão diante da filha que tanto sentiram falta.

Maribel conta à Rubi sobre Hector, seu namorado virtual, e também revela o fato de ser filha adotiva. Quando Maribel vai se encontrar com Hector, Rubi a acompanha e de cara se apaixona pelo namorado da amiga, que ao vê-la também se sente atraído. Hector lhes apresenta seu melhor amigo, Alejandro, que logo se apaixona por Rubi. Ao imaginar que Alejandro fosse rico como Hector, Rubi tenta seduzir o rapaz e passa a sentir atração por ele, porém, ao descobrir que Alejandro não é rico e sim, apenas um estudante, ela termina sua relação e vai atrás de Hector.

Na véspera do casamento de Maribel, Rubi e Hector se encontram e vivem uma noite de amor. No dia seguinte, ele abandona Maribel e decide se casar com Rubi. Maribel e Alejandro, ao descobrirem a verdade, decidem se dar uma chance e com o passar do tempo alimentam um profundo amor um pelo outro. Porém, mesmo apaixonado por Maribel, Alejandro não consegue esquecer Rubi, e o mesmo se passa com ela. Hector torna-se inseguro quanto a sua esposa, enquanto que ela continua tramando para conseguir mais dinheiro da família de Hector, já que sabe que seu marido está cegamente apaixonado por ela e nem desconfia de seus planos secretos.

Ainda namorando Alejandro, Maribel flagra Rubi aos beijos com seu namorado e sente-se destruída. Enquanto isso, Rubi festeja por ter certeza que Alejandro ainda a ama. Ambos disfrutam de uma noite de amor e ao descobrir tudo, Maribel decide ir embora. Rubi engravida e questiona a possibilidade de que o bebê possa ser de Alejandro, ao invés de Hector. Mesmo sem ter certeza, Rubi diz a Hector que o bebê é dele.

Enquanto isso, Alejandro vai à casa de Maribel, esperando que ela o perdoe. No entanto, descobre que ela está na Europa, mas que irá voltar para reconquistar Alejandro e mostrar à Rubi que não está sofrendo pelo que aconteceu. Hector descobre a verdade sobre a noite que Rubi e Alejandro fizeram amor e a confronta. Eles discutem e ele abusa dela. Hector perfura sua barriga e Rubi sofre um aborto espontâneo. Depois de alguns testes, é revelado que Hector matou o próprio bebê. Devido a este incidente, Hector perde completamente a razão.

Após se recuperar, Rubi volta a falar com Hector, sem saber sobre seu estado de transtorno. Hector leva Rubi até sua casa em construção e novamente abusa da jovem. Hector, na tentativa de assassinar Alejandro, finge ser amigável. Rubi tenta impedi-lo, mas ele, acidentalmente, a empurra para a beira do edifício. Alejandro e Hector tentam salvá-la, mas Hector tropeça, cai e morre. Rubi cai com ele sobre os vidros e é levada às pressas ao hospital.

Percebendo que ela já teve de tudo, família, amigos, o homem que realmente a amava, e que considerou tudo inútil graças à sua ambição, ela acorda com uma enorme cicatriz no rosto e com sua perna amputada. Devido a uma doença rara na pele, a cicatriz não pode se curada. A beleza que ela tanto usou para enganar a todos havia desaparecido. Rubi finalmente aprende a lição e mesmo com o coração partido, concorda que Maribel e Alejandro se casem.

Ela volta para a favela para morar com a tia e na última cena, conversa sobre o túmulo de sua mãe, pedindo-lhe que ao ver Hector no céu, diga-lhe que ela realmente o amava, embora tenha percebido isso tarde demais. Rubi vai embora com suas muletas, dizendo que agora está livre, livre para amar, sem ganância e sem pedir nada em troca.

Diferentemente das versões mexicanas, nesta adaptação filipina, Cristina (Kaye Abad) era a irmã mais nova de Vivian e tia de Rubi. Seu verdadeiro nome era Princess e quando jovem viveu uma vida difícil com sua irmã, devido à falta de dinheiro. Quando Vivian foi levada à prisão, Princess foi enviada a um orfanato e, após recuperá-la, se escondendo da polícia, Vivian passou a chama-la de Cristina, o nome de sua falecida mãe.

Aqui também aparece o personagem Loreto (Mel Martinez), o Toledo, na dublagem brasileira, que entra na história muito mais cedo, e é um dos confidentes de Rubi. Ele é a pessoa que mais a incentiva roubar o noivo da amiga, sendo mais irónico e até um pouco mais malvado, sempre arquitetando planos com Rubi para conquistar Hector.

Outra diferença é que a implicância que Magda, Yaya Pancha (Susan Africa) neste remake, tinha com Rubi na versão anterior, passa a ser de Sylvana, porém, muito maior, já que ela percebe rapidamente as intenções de Rubi e passa a odiá-la, proibindo a jovem de se aproximar de Maribel e também de Arturo.

O que também mudou nessa história é que Elisa (Coney Reyes) e Genaro (Juan Rodrigo) não são os padrinhos, mais sim os pais de Hector e é Elisa quem inicialmente implica com Maribel, primeiro por ela ser adotada e segundo pelo problema que tem na perna.

Kristine Hermosa e Angelika de la Cruz foram outras duas atrizes escaladas para a personagem de Rubi, mas foi  Angelica Panganiban a escolhida para viver a protagonista vilã. La descarada, inesquecível música de Reyli, também foi utilizada como tema de abertura desta versão, porém, na voz de Anton Alvarez.

A trama, que contou com 107 capítulos, teve uma enorme repercussão nas Filipinas. Seu capitulo final foi exibido no dia 13 de agosto de 2010 e bateu o recorde de audiência do canal. Antes somente a versão de Marimar havia conquistado uma média de 25 pontos para a emissora que é a líder no país.

Álbum de fotos: Rubi

 

domingo, 14 de julho de 2013

Marido en alquiler desembarca na Europa e na Ásia



Recentemente estreada nos Estados Unidos, no último dia 10 de julho, pela Telemundo, Marido en alquiler, a versão hispânica da telenovela Fina estampa, da Rede Globo, será licenciada pela emissora brasileira juntamente com a Telemundo para o mercado europeu e africano, e com exclusividade da Globo para a os países da Ásia-pacífico. Gravada no sul da Flórida, a adaptação da história corre pelas mãos da escritora venezuelana Perla Farías, sob supervisão do próprio Aguinaldo Silva.

O elenco principal de Marido en alquiler reúne talentos de vários países como México, Colômbia e Venezuela e conta com diversos atores conhecidos do público brasileiro: a estrela americana Sonya Smith, conhecida por sua atuação na telenovela Acorrentada (Acorralada), exibida pela Rede CNT, o galã argentino Juan Soler, protagonista de A outra, exibida pelo SBT e também pela Rede CNT, a atriz colombiana Maritza Rodríguez, que também atuou em Acorrentada e Dona Bárbara, entre outros.

Além destes, esta grande história cheia de emoções e realidade conta com a atuação de Roberto Manrique, Ricardo Chávez, Pablo Azar, Paulo Quevedo, Sandra Destenave, Ariel Texido, Daniela Navarro, Alba Roversi, José Guillermo Cortines, Maite Embil, Ismael La Rosa, Víctor Corona, Dad Dager, Ana Carolina Grajales, Gabriel Valenzuela, Adrián Carvajal, Lino Martone, Jalymar Salomon, Anthony López, Adriana Lavat, Sandra Eichler, María del Pilar Pérez, Sol Rodríguez, Ahrid Hannaly, Gustavo Pedraza, Luis Alvarez, Nadia Escobar e Emmanuel Pérez.

Cheia de romance e intriga, Marido en alquiler conta a história de Griselda (Sonya Smith), uma mulher forte e trabalhadora que conseguiu sozinha criar seus três filhos. Pelos caminhos da vida, conhece Reinaldo (Juan Soler), um artista culinário que fica encantado com sua essência. Isso desata os ciúmes doentios de sua esposa, Teresa Cristina (Maritza Rodriguez), uma mulher vaidosa e com uma grande fortuna, que, para conservar seu casamento, torna impossível a vida de Griselda. Marido en alquiler trata de questões universais como família, amor e valores éticos. As tensões aumentam quando Griselda ganha na loteria: muitas pessoas à sua volta mostram seu verdadeiro caráter.

Para dar vida aos personagens, os atores passaram por treinamentos específicos, que enriqueceram suas atuações. A atriz americana que cresceu e atuou na Venezuela, Sonya Smith, aprendeu a fazer trabalhos de carpintaria, mecânica, encanamento e alvenaria, já Juan Soler teve aulas de etiqueta e de apresentação de pratos de alta gastronomia.

No Brasil, Fina estampa marcou uma das maiores audiências dos últimos tempos no primetime da Globo com média de 68% de share. O último capítulo atingiu 47 pontos de audiência com 77% de participação. A telenovela também fez imenso sucesso nos outros países em que foi exibida como Portugal (SIC), Uruguai (Teledoce) e Equador (Ecuavisa).

Esta não é a primeira vez que a Telemundo produz o remake de uma trama brasileira. Vale todo (2002) e El clon (2010) também foram produzidas a partir de originais globais, Vale tudo (1988), de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e O clone (2002), de Glória Perez.

MundoFOX estreia Secretos del paraíso: Amores malditos



A MundoFOX, rede de televisão americana em espanhol que começou suas transmissões em agosto do ano passado em uma parceria entre a FOX International Channels e a rede colombiana RCN Televisión, anunciou a estreia de Secretos del paraíso: Amores malditos, remake da telenovela colombiana La maldición del paraíso, autoria da falecida escritora e roteirista Mónica Agudelo, realizada em 1993, pela Producciones JES e exibida pelo Canal A, extinto canal público da Colômbia.

Adaptada por Natalia Ospina e Camila Brugés, a nova versão do melodrama é realizada pela Vista Productions, sob a produção de Silvia Durán e direção de Pepe Sánchez. Nesta ocasião, serão Natalia Durán e Juan Pablo Espinosa os encarregados de protagonizar a história que vinte anos atrás teve Maria Elena Doering e Alejandro Martínez à frente do elenco dirigido por Víctor Mallarino.

A trama estará cheia de desejo, paixão, amor e pecado e promete cativar a audiência dos Estados Unidos, Porto Rico e México, onde a MundoFOX emite sua programação, e posteriormente, na Colômbia, através da RCN Televisión.

O enredo da telenovela gira em torno de Victoria Márquez (Natalia Durán), uma linda mulher que acredita estar apaixonada por Alejandro Soler (Iván López), seu esposo, até que Cristóbal Soler (Juan Pablo Espinosa), seu cunhado, a seduz. Ela cai na tentação da infidelidade para descobrir que está condenada a repetir a história de sua mãe e ficar presa em um triângulo amoroso de cuja maldição somente a morte poderá lhe libertar.

O elenco de Secretos del paraíso: Amores malditos está composto, ainda, por Linda Baldrich, Jorge Cao, Patricia Tamayo, Silvia de Dios, Ernesto Benjumea, Carlos Torres, Susana Rojas, Carlos Hurtado, Alina Lozano, Marcela Gallego entre outros talentos.

A telenovela é gravada em sua maior parte nos arredores do departamento de Cundinamarca, Colômbia, e sua estreia está programada para o próximo dia 22 de julho, às 20h00, pela MundoFOX.

Confira a chamada de estreia no Youtube: