quarta-feira, 26 de outubro de 2011

El sexo débil: A substituta de Dona Bárbara na Rede CNT


Desde 2010, o canal mexicano Cadena Tres se aventurou na exibição de telenovelas diferentes e atuais junto ao produtor Epigmenio Ibarra. Foi aí que essa dobradinha planejou uma saga de três histórias que abordam as relações humanas e seus integrantes, combinando a realidade com a ficção. Assim, nasceu Las Aparicio, a primeira das histórias, que abordou os sentimentos da mulher contemporânea. Após, veio à luz El sexo débil, que, ao contrário da primeira, revelou os segredos dos homens mexicanos, educados para não expressar seus sentimentos, mas sempre levando consigo o machismo interno como bandeira.

Ambas produções utilizaram recursos similares, que se diversificaram pelo contexto em que foram apresentados. Estes foram os ingredientes de uma telenovela inovadora. Entre as coincidências, está a temática homossexual. Enquanto que em Las Aparicio se viu o conflito de um casal de mulheres, em El sexo débil os papéis se inverteram para um casal de homens, que além de se casarem, se aventuraram em um controverso processo de adoção de crianças.

Durante as chamadas promocionais da telenovela, apareceram frases como: “As mulheres já não necessitam da metade de suas laranjas”, “Os homens ficaram para trás”, “As mulheres deixaram o papel de Cinderela para tornarem-se guerreiras”, “Os homens perderam o rumo escondidos detrás da máscara do machismo”, “O que acontece quando o príncipe perde seu cavalo e sua princesa desaparece?”, “Como deve ser o homem moderno?”, “Para chegar a ser um homem deve-se aprender a renunciar, mostrar os sentimentos, se atrever a pedir perdão, aceitar os erros”, “Para chegar a ser um homem, primeiramente deve-se deixar de ser macho, enquanto não deixarmos de ser machos continuaremos sendo… O sexo frágil”.

E já está praticamente confirmado – até que se prove o contrário – que a substituta de Dona Bárbara, na Rede CNT, será mesmo El sexo débil (O sexo frágil), uma espécie de telenovela com características de série, produzida pela Argos Comunicación em parceria com a Sony Pictures Television.

A trama, que estreou pelo canal mexicano Cadena Tres no dia 7 de fevereiro deste ano, e concluiu suas exibições em 24 de julho, é uma história original de Joaquín Guerrero Casasola, produzida por Epigmenio Ibarra e Carlos Payán, sob a direção de Moisés Ortiz Urquidi.

Protagonizada por Itatí Cantoral e Raúl Méndez, El sexo débil contou com 120 episódios e teve como coadjuvantes os atores Mauricio Ochmann, Khotan Fernández, Arturo Ríos e Pablo Cruz Guerrero.

Com uma temática bastante real, a telenovela aborda uma problemática bastante viva em nossa sociedade, algo enraizado em nossa cultura e em nosso cotidiano: o machismo. Os homens pensam que o machismo é sinônimo de respeito, liderança e valentia, quando na verdade o “ser macho” é algo provocado por sentimentos que um homem não deve revelar, ou algo que, pelo menos, a sociedade recrimina.

É exatamente isso que é mostrado em El sexo débil, onde se conta a turbulenta história de cinco membros de uma distinta família de médicos que, por seu caráter machista, pensam que podem controlar o mundo e todas as mulheres que os rodeiam. De fato, este é o principal motivo que faz com que, um dia, cada uma das mulheres dos Camacho abandone seus parceiros.

Álvaro é abandonado por ter ciúmes de sua esposa, por esta ser mais bem-sucedida no âmbito profissional. Dante, porque sua namorada atual o deixa por um sueco que conheceu em Paris. Julián é deixado por sua noiva por ter sido infiel várias vezes e Agustín, o patriarca, é abandonado por sua esposa por não tê-la escutado durante três décadas de matrimônio. O único que é brindado com uma relação estável é Bruno, o filho mais novo, que é homossexual.

Após estes acontecimentos, os Camacho terão que enfrentar seus medos sozinhos, combinados com a chegada de Helena, uma mulher que abandonou seu noivo no dia de seu casamento, e que mudará a vida de todos os homens desta família. Helena irá descobrir que detrás dos músculos, da força e de todo machismo destes cinco homens, também habitam seres sensíveis, cheios de medo e insegurança. Já estes, buscarão em Helena uma explicação, a fim de detectar suas falhas como esposos e pais.

A trama, que ainda não tem nome definido para exibição aqui no Brasil, possivelmente entrará no ar assim que encerre a transmissão de Dona Bárbara, por volta de janeiro de 2012. É esperar pra ver! Aguardemos!
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2 comentários:

Andy disse...

Essa é uma história diferente, mas vou querer ver. Não sou muito fã de Itati Cantoral, mas acho que a trama será boa e que vai agradar a todos. O público quer ver novelas diferentes. Eu tbm! É isso aí!

Danilo Didho disse...

É uma ótima novela. Assisti no netflix e me surpreendi com a qualidade do roteiro. são inúmeras reviravoltas a todo momento. É uma novela que vai te ganhando aos poucos e tem cara de série.