domingo, 23 de fevereiro de 2014

As trocas de atores nas telenovelas latinas - Parte 2

Para conferir a primeira e a terceira parte da publicação, clique aqui aqui.


Gigi Zanchetta
Em 1990, a RCTV viveu a substituição da protagonista da telenovela El engaño. Gigi Zanchetta que, estando em seu auge de sucesso e juventude, era indisciplinada, viajava constantemente e chegava tarde às gravações. Certo dia, Gigi teve uma calorosa discussão com os veteranos Guillermo Ferran e Zulay Garcia, e, acreditando que por seu status de protagonista os produtores aguentariam suas manhas, se equivocou. Após um incêndio na história, os escritores a substituíram por Milena Santander, justificando a mudança com uma cirurgia plástica na personagem.

A RCTV voltaria a produzir, em 1991, uma telenovela que, assim como Estefanía, era ambientada no marco da ditadura; não era remake, mas possuía uma base argumental semelhante à história anterior. Intitulada Caribe, também coincidiu na mudança de protagonista; o casal inicial formado por Carolina Perpetuo e Jaime Araque não tardou em apresentar uma troca drástica. Jaime, que vinha tendo fortes problemas com os produtores e a empresa RCTV, foi retirado do projeto e substituído por Miguel de León, que na história historia interpretava o vilão, passando de mau e bom personagem.

Laura Flores
Também no ano de 1991, em La pícara soñadora, protagonizada pelos já falecidos atores Mariana Levy e Eduardo Palomo, Laura Flores interpretava a irmã de Eduardo, Mónica Rochild. No entanto, conta-se que na metade da telenovela Laura revelou a Valentín Pimstein sua vontade de se lançar como cantora e, devido a isso, teria que abandonar sua personagem. Laura, então, foi substituída por Lola Merino e, apesar de sua bela voz, não obteve sucesso como cantora e seguiu atuando.

Ainda em 1991, em Garotas bonitas, originalmente chamada Muchachitas, protagonizada por Kate del Castillo, Tiaré Scanda, Cecilia Tijerina e Emma Laura, a atriz July Furlong é substituída por Tina Romero no papel de Verônica, por motivos desconhecidos.

Em 1992, a atriz Angélica Ruvalcaba participa na telenovela Baila conmigo, estrelada por Eduardo Capetillo e Bibi Gaytán. Sua personagem, Mary Jean, uma jovem oriunda dos Estados Unidos que retorna ao México após vários anos, passa para as mãos de María Rebeca Alonso, já que Angélica, impossibilitada de terminar a telenovela por problemas de saúde é afastada. A partir daí, abandonou definitivamente o mundo da atuação. Conta-se que María teve que se disfarçar de gorda para poder substitui-la.

Em 1993, durante a gravação da telenovela Ángel o demonio, uma produção da Ecuavisa, novamente Gigi Zanchetta é despedida da trama e, em um marco sem precedentes, Ángel o demonio torna-se a primeira telenovela latino-americana cuja trama continua após o assassinato da protagonista, María Soledad. A produção decide, então, converter em protagonista a vilã da história, María Fernanda, vivida pela atriz Maria Sol Corral, que, na história, era a irmã gêmea malvada, separada ao nascer.

Também em 1993, Roberto Palazuelos é substituído por Sergio Sendel en Dos mujeres, un camino, telenovela de Emilio Larrosa, protagonizada por Bibi Gaytán e Laura León. A demissão ocorreu porque Roberto chegava tarde às gravações, atrasando o ritmo de produção do melodrama.

No ano de 1994, a morte do renomado ator mexicano Rafael Baledón deixou inconclusa sua participação na produção de Pedro Damián protagonizada por Maribel Guardia e Saúl Lisazo, Prisioneira do amor, exibida no Brasil pela Rede CNT, em 1997. Eduardo Noriega foi o ator responsável por dar sequência ao personagem de Braulio Monasterios.

Em 1995, a Venevision produz Ka Ina, protagonizada por Jean Carlo Simancas, Viviana Gibelli e Hilda Abrahamz. Cristina Reyes, que vivia a personagem Mireya Carvajal, gravou apenas onze capítulos e teve que se ausentar por problemas de saúde. O escritor da trama, César Miguel Rondón, convidou, então, Fedra López para o papel, com o qual a atriz alcançou grande popularidade, contracenando ao lado de Aroldo Betancourt, que se passava por um padre para escapar da justiça.

Ana Colchero
Nada personal, telenovela produzida em 1996 pela Argos Comunicación para a Azteca, que, aqui no Brasil recebeu o nome de Traição, em sua exibição pela Rede Bandeirantes, foi uma telenovela problemática. Após ter protagonizado Alondra, pela concorrente Televisa, Ana Colchero tomou a decisão de assinar contrato com a Azteca, interessada na oferta de melhores condições de trabalho. A atriz apostou fortemente na personagem que lhe foi oferecida, mas, as coisas mudaram drasticamente no decorrer da produção. Em declarações à imprensa, Ana conta que processou a Azteca por descumprimento de contrato, pela modificação da história sem seu consentimento, porque não lhe promoveram como era devido e não lhe outorgaram o primeiro crédito como prometido. Ana afirmou que foi objeto de castigo na produção, onde suas participações foram diminuídas e sua personagem, que era a protagonista, somente aparecia em cenas avulsas. Em resposta, foi acusada de abandonar a gravação e seu papel foi parar nas mãos de Christianne Gouat. O resultado do processo contra a empresa de Ricardo Salinas Pliego somente saiu em 2002. Seis anos de tramitação renderam à atriz a bolada de 45 mil dólares. Após o escândalo, a atriz, que era uma das mais cotadas na década de 90, saiu da cena mexicana e se dedicou a estudar Economia e ser escritora.

Durante as gravações de A alma não tem cor, de 1997, o produtor Juan Osorio substituiu Arturo Peniche pelo modelo e ator argentino Osvaldo Sabatini, esposo da atriz venezuelana Catherine Fullop, após problemas com o ator. Nesta ocasião, várias foram as publicações da imprensa que alegaram, quase com certeza, que Peniche esteve internado em um centro de desintoxicação por ter atravessado um forte problema de drogas e álcool que ameaçava destruir sua carreira. Entretanto, segundo a versão do ator, nada disso é verdade e garantiu que nunca teve problemas com vícios; que abandonou a produção por não estar de acordo com algumas coisas e depois aproveitaram para difamá-lo.

Também em 1997, em Esmeralda, Juan Carlos Serrán foi substituído por Rafael Amador no personagem de Dionísio Lucero, o capataz da fazenda Casa Grande, pai de Adrian e Florzinha, vividos por Alejandro Ruiz e Esther Rinaldi, respectivamente.

Em Mi pequeña traviesa, telenovela de Pedro Damián, protagonizada por Michelle Vieth e Héctor Soberón também em 1997, Aitor Iturrioz interpreta o papel de Hugo, no entanto, por motivos não revelados, é substituído por Arath de la Torre.

Marcelo Buquet
Rosy Ocampo, em sua época de produtora de telenovelas infantis, tornou-se famosa por substituir os protagonistas de suas tramas, Marcelo Buquet foi o primeiro quando protagonizou O diário de Daniela, em 1998. Com o término de seu contrato de exclusividade com a Televisa, o ator exigiu um aumento de salário muito alto na renovação, mas, diante da negativa da produtora, renunciou à produção e foi substituído por Gerardo Murguía em sua estreia como protagonista.

Também em 1998, a personagem Olívia, vivida por Claudia Vega em A usurpadora, é substituída por Amara Villafuerte. Por motivos desconhecidos, a amante de Willy, papel de Juan Pablo Gamboa, deixou a telenovela.

Em 1999, durante as gravações de DKDA Sueños de juventud, a cantora e atriz Litzy foi substituída por Andrea Torre, por problemas de saúde, no papel de Laura Martínez. Nesta ocasião, Litzy contraiu uma forte gripe que a distanciou das gravações por vários dias para evitar o contágio, entretanto, após deixar o hospital e voltar às suas atividades, voltou a sentir-se mal e foi recomendada a ficar em repouso por mais alguns dias. Como os produtores não podiam mais adiar as gravações, Andrea Torre assumiu sua personagem na telenovela.

Em Rosalinda, produção de Salvador Mejía Alejandre protagonizada pela atriz e cantora Thalía, também de 1999, Milagros Rueda é substituída por Ivonne Montero na personagem de Celina Barreto, por motivos desconhecidos.

Ainda em 1999, a personagem Juanita, de Alma rebelde, vivida inicialmente por Adriana Lavat, é trocada por Claudia Ortega. Segundo o produtor, Nicandro Díaz, Adriana era muito rebelde e deixou de ir às gravações. Outra substituição foi a de Raúl Padilla “Chóforo”. Seu personagem, Narciso, passou para as mãos de Sergio Ramos “El Comanche”, por motivos não esclarecidos.
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