domingo, 14 de março de 2010

Carrossel


NOME ORIGINAL
Carrusel

ESCRITORES
Valeria Phillips, Lei Quintana e Abel Santacruz

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
375

ANO DE GRAVAÇÃO
1989

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Carro-céu

INTÉRPRETE
Super Feliz

Entre duendes e fadas, a terra encantada espera por nós,
abra o seu coração na mesma canção em uma só voz.
Entra, vem no picadeiro pintar essa cara com tinta e pó,
deixe a criança escondida esquecida, esquecer que ela é avó.

Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…
Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…
Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…
Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…

No nosso circo maluco você é de tudo até super heroi,
você é a roda-gigante, a anão elefante, o índio cowboy.
Venha, não perca o seu tempo que até a idade se pode escolher,
venha ser uma criança, girar nessa dança, ser o que quiser

Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…
Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…
Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…
Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu…


ELENCO

Gabriela Rivero: Professora Helena Fernandes

Abraham Pons: Daniel Zapata

Adriana Laffán: Luiza

Alejandro Tommasi: Alberto Del Salto

Alvaro Cerviño: Miguel

Arturo García Tenorio: Rafael Palilo

Augusto Benedito: Firmino

Armando Calvo: Firmino (Substituto)

Beatriz Moreno: Diretora Oliva

Beatriz Ornelas: Natália

Cecilia Gabriela: Rosana Del Salto

David Ostrosky: Isaac

Flor Eduarda Gurrola: Carmem Carrilho

Gabriel Castañón: Mario Ayala

Georgina García: Marcelina Guerra

Hilda Chávez: Laura Quiñones

Ismael Larumbe: Roberto Guerra

Janet Ruiz: Professora Suzana

Johnny Laboriel: José Rivera

Jorge Granillo: Jaime Palilo

Joseph Birch: Davi Rabinovich

Karen Nisembaum: Bibi Smith

Karen Sentíes: Clara

Kenia Gazcón: Clara (Substituta)

Krystel Klitbo: Valéria Ferreira

Ludwika Paleta: Maria Joaquina Villaseñor

Manuel Fernández: Adriano Román

Manuel Guízar: Sr. Marcos Morales

Marcial Salinas: Germano Ayala

Mauricio Armando: Paulo Guerra

Odiseo Bichir: Frederico Carrilho

Pedro Javier Viveros: Cirilo Rivera

Raquel Pankowsky: Matilde

Rebeca Manríquez: Inês

Rossana Cesarman: Rebeca

Silvia Guzmán: Alícia

Yoshiki Taquiguchi: Kokimoto Mishima

Yula Pozo: Joaninha


PERFIL DAS PERSONAGENS

Professora Helena (Gabriela Rivero) – é a personificação de tudo o que é bom, a jovem e linda professora Helena era tutora, amiga e mãe de seus alunos. Com seu jeito meigo e enorme paciência, a professorinha era amada por todos.

Cirilo (Pedro Javier Viveros) – é um menino pobre e negro. Cirilo caracterizava-se por sua ingenuidade e inocência. Cirilo costumava acreditar e cair em praticamente todas as brincadeiras que fizessem contra ele, sendo por isso sempre motivo de chacota por alguns colegas, em especial o temível Paulo Guerra, que se divertia levando Cirilo na conversa de diversas maneiras. O pequeno Cirilo era ainda apaixonado por uma coleguinha de turma, a linda e mimada Maria Joaquina Villaseñor; amor esse que não era correspondido, pois Maria Joaquina era, além de tudo, egoísta, mimada, e, sobretudo, racista.

A mãe de Cirilo doou sangue à mãe de Maria Joaquina, o que fez com que a moça sentisse certo afeto por ele por breve período. Cirilo usou uma pomada feita pelos temíveis Paulo Guerra e Mario Ayala, o qual atribuiu à pomada o poder de deixar a pele branca de quem a usasse. Cirilo usou a pomada crendo que ao se tornar branco, Maria Joaquina passaria a gostar dele. Paulo e Mario convenceram a alguns colegas, como Valéria, a dizer que a pele de Cirilo estava ficando mais clara, e Valéria até o chamou de "Senhor Brancura". Até que, num dia no pátio escola, Cirilo pergunta à Maria Joaquina se esta havia notado que ele estava se tornando branco. Foi o suficiente para a loirinha morrer de rir e zombar do pobre menino, que a repreendeu e a empurrou. Então Maria Joaquina o diz com desprezo que ele continuava negro, mais negro do que nunca, para o desespero de Cirilo, que logo em seguida foi consolado e defendido dos insultos de Maria Joaquina pelo seu bondoso amigo Jaime.

Quando a história chegou aos ouvidos da Professora Helena, Paulo e Mario foram punidos e Cirilo foi convencido por sua mestra de que, ao querer se tornar branco, estaria sendo mau e injusto com seus pais, pois assim Cirilo estava desejando não se parecer com eles. A sorte de Cirilo enfim muda, pois seu pai ganha o prêmio máximo da loteria (em um close dado no bilhete, aparece escrito "300 milhões"). O pequeno infante pode enfim realizar seus sonhos, os quais incluíam comprar um carrinho de corrida. Numa aula de música, Cirilo senta-se perto de Maria Joaquina na tentativa de cortejá-la, e esta o trata mais uma vez com o mesmo desprezo e indiferença de sempre. Como vingança, Cirilo desfere-lhe um forte pisão no pé, enfurecendo assim a professora de música, que o leva arrastado à Professora Helena pelo braço como se fosse um "criminoso".

Maria Joaquina (Ludwika Paleta) – é uma menina rica, filha de um renomado médico (o Dr. Villaseñor), bonita e egoísta que menosprezava seus colegas, mas com o tempo aprende a dar valor as coisas importantes da vida. Na trama, foi sequestrada, mas salva por seus amigos e seu enorme pretendente, Cirilo. E nem isso fez com que a menina sentisse um pouco de afeto pelo pobre menino negro.

Laura (Hilda Chávez) – é uma gordinha comilona e romântica, passava o dia com um grande sanduíche na mão, e não perdia a chance de desabafar num suspiro "Isso é tão romântico!" E também: "Você é muito anti-romântico!", ou "Isto é muito sentimental".

Kokimoto  (Yoshiki Taquiguchi ) – é um espevitado oriental, sempre com sua faixinha de karatê amarrada na cabeça, era invocado e não levava desaforo para casa, sendo um dos capangas guarda-costas do temível Paulo Guerra. Porém Kokimoto era um bom menino, e foi mais tarde substituído do cargo de braço-direito de Paulo por Mário Ayala. Kokimoto é o mais "saidinho" de seus colegas. Inclusive, na ocasião de férias de fim de ano, sempre tentava espiar as meninas trocando de roupa nas barracas.

Davi (Joseph Birch) – é um estudante judeu. Com seu rosto angelical e cabelos loiros e cacheados, o pequeno Davi não perdia tempo com as mulheres, tendo como affair a levada Valéria, sua colega de classe. O clímax da atuação do jovem semita se deu quando se oferece para sacrificar seu amado animal de estimação, uma tartaruga, para fazer uma sopa capaz de curar o porteiro Firmino de uma doença. A ideia se dá após uma aula na qual a professora Helena afirma que uma sopa de tartaruga poderia até ressuscitar os mortos. Não precisamos dizer que Firmino não aceitou a realização deste ato cheio de ternura.

Valéria  (Krystel Klithbo) – é a namoradinha míope do Davi. No auge da pobreza, quando seu pai assinou papéis para um canalha que o traiu deixando-lhe uma dívida enorme, costurou roupinhas de boneca durante a madrugada para tentar vendê-las numa loja de brinquedos; pelas manhãs mostrava-se exausta e era constantemente repreendida pelos pais, que não sabiam da boa ação.

Jaime (Jorge Granillo) – é um gordinho de coração enorme que sempre dizia "Mas que droga de cabeça!" quando não acertava um problema de matemática. Jaime Palillo só temia seu velho pai, o grosseirão Rafael Palillo, um mecânico de automóveis de bom coração, mas que sempre brigava com o garoto na época de assinar os boletins escolares. Numa ocasião, ao tirar nota baixa na escola, Jaime fugiu de casa e pelos caminhos da vida, encontrou um mendigo que o ensinou a tocar gaita e até lhe deu uma de presente. Esse dom serviu mais tarde para que Jaime tocasse "La bamba" em sua gaita na festa da escola.

Carmem (Flor Eduarda Gurrola) – é uma menina estudiosa, extremamente pobre, que sofria com a separação dos pais. Destacou-se ao sofrer de apendicite aguda, precisando ser rapidamente operada pelo pai de Maria Joaquina. Outras várias situações envolveram a menina, como a festa de Primeira Comunhão da prima rica, que exigia que suas convidadas vestissem-se de branco dos pés a cabeça. Carmen não tinha essa roupa e seus pais não podiam comprar para ela. Mas no fim, a Patrulha Salvadora deu um jeito na situação e mais uma vez mostraram o quanto são unidos e amorosos.

Mario Ayala é uma personagem que entra bem depois do início da novela. Filho de um homem que vive de viagens para ganhar duramente a vida e vivia também com a meia-irmã e a madrasta. Estudava na Escola Mundial, assim como a quase totalidade das crianças da série. Em seu primeiro dia de aula com a professora Helena se comportou tão mal que fez a professora Helena e toda a turma chorar. Ele já vinha de outra turma e o trocaram por problemas similares. O próximo passo seria sua expulsão. Mas com o passar do tempo foi se tornando mais comportado e amigo de todos. Possuía um cachorro, com o nome de Rabito.

Incrivelmente, durante a sucessão de capítulos da novela o cachorro que representava Rabito foi trocado por outro bastante diferente. Após sentir-se forçado pela moral a doar Rabito para uma garota de cadeira de rodas (sua dona anterior, que o chamava de Caramelo), Mário Ayala ganhou dela um outro cão, um pastor alemão ao qual também colocou o nome de Rabito e se tornou o mascote da heroica Patrulha Salvadora. Sua madrasta o odiava e chegava a esconder dele coisas de comer para dar somente à sua legítima filha. Em uma das viagens do pai do menino, Natália - a madrasta - se uniu a seu cínico irmão para matar o coelho do garoto para cozinhá-lo. Mario chegou a tempo de salvá-lo. Esse fato causa a separação do casal. No final, Natália se arrepende, volta com seu marido e passa a viver em paz com o garoto, inclusive se tratando como mãe e filho.

Paulo  (Mauricio Armando) – era um garoto problema. Temido por quase todos, Paulo estava sempre aprontando, ora colocando tachinhas na cadeira da roliça Laura, ora bolando um plano maquiavélico contra o pobre Cirilo. Aparece com uma zarabatana no vídeo de abertura. Mais para o final da novela, por incrível que pareça, a conduta de Paulo piora, a ponto de ser expulso da Patrulha Salvadora.

Marcelina (Georgina García) – é a irmã de Paulo, é o oposto do irmão, sendo boazinha demais e sempre defendendo os injustiçados, como Cirilo e Laura.

Adriano (Manuel Fernández) – é um menino gordinho secundário na trama, com pouca importância na saga, passando a maior parte do tempo no Mundo da Lua e dividido entre bocejos e cochilos.

Daniel  (Abraham Pons) – é o líder intelectual da turma, 100% correto e incorruptível, com seu cabelo em forma de tigela e rosto sardento, foi o criador da organização filantrópica e sem fins lucrativos "Patrulha Salvadora", que com suas missões ajudou vários personagens nas mais inusitadas situações.

Bibi Smith (Karen Nisembaum) – é uma garota descendente de estadunidenses. Por vezes, fala expressões em inglês. Incrivelmente, na segunda metade da novela, a menina some do mapa sem qualquer explicação. Nunca mais apareceu.

Clementina – é una garota de voz insuportável mantida sob cárcere privado por suas tias ultra-conservadoras, Rosa e Matilde. Embora residisse atrás da Escola Mundial, suas tias não a deixavam estudar desde o acidente de carro de seus pais que estavam no hospital. Isso até que a brava Patrulha Salvadora a libertasse para o mundo externo.

Jorge – é o menino mais rico da saga, foi apresentado ao público mais ou menos na metade da trama. Possuidor de um invejável carrinho branco motorizado, arrancava sorrisos e piscadelas de Maria Joaquina e despertava inocente ciúme do pobretão Cirilo. Teve sua participação mais memorável durante a esperada corrida contra o carro preto do já ricaço Cirilo. Algumas de suas mais notáveis aparições ocorrem quando interpreta o "Defensor da Justiça". Para tanto, faz uso de um lenço para alterar sua voz e, falando às vezes também com outra entonação, lança mão de ligações anônimas (identificando-se apenas como Defensor da Justiça) por exemplo para a Diretora Oliva, e repassa informações sigilosas e incriminatórias a respeito de Jaime Palillo e seus amigos. Porém, suas fofocas e maldades nunca deram certo, pois por pior que as situações ficassem, sempre eram bem resolvidas no fim.

Diretora Oliva (Beatriz Moreno) – é o oposto da doce Professora Helena, Oliva era uma solteirona amarga e autoritária, o horror dos alunos e professores. Presenteou Jaime Palillo com uma nota zero que preencheu toda a folha de rosto da prova, quando este foi pego colando.

Firmino (Augusto Benedito / Armando Calvo) – é o velho porteiro e amigo dos alunos, sempre ajudava a acobertar suas estripulias.

Dorotéia – é incluída na história já em andamento, Dorotéia era uma mulher atrapalhada e representante do velho estilo pastelão. Vestida sempre a caráter, andava com seu inseparável espanador e criou laços de amizade com os alunos do colégio.

Sr. Morales – é um rico e bondoso empresário, amigo do Dr. Villaseñor, que deu à Professora Helena um segundo emprego (além de seu emprego de professora) em sua empresa.

Carlão – representado por um ator de traços grosseiros e estatura aparentemente superior a 2,20m, fazia parte da quadrilha que sequestrou Davi Rabinovich e causou espanto nos telespectadores ao tornar pública sua inteligência desfavorecida. Sua frase mais marcante foi no esconderijo da quadrilha: após ouvir comentário de seu chefe, que disse: "É a minha prima. Deve estar querendo saber se nós já chegamos." Carlão indagou "E nós já chegou?". Carlão, juntamente com o resto do bando e seus cúmplices foi preso no final do sequestro. Nunca mais apareceu. Sua participação na novela durou apenas alguns capítulos.


INTRODUÇÃO

Esta telenovela conta a história de uma turma de crianças que descobre os prós e os contras da vida e procuram resolver seus problemas com alegria e descontração.


COMENTÁRIOS

Essa história acontece em cenário estritamente católico. O garoto Cirilo, por exemplo, filho do carpinteiro José, dedica orações diárias a seu santo preferido, o São Martim dos Pobres. Também temos o menino Davi que é judeu, mas a predominância é realmente o catolicismo.

A novela não deixa de passar sua mensagem relativa às drogas. Cirilo experimenta substâncias psicotrópicas, após aceitar chocolates com tatuagens de um desconhecido na porta da escola. Começa a responder asperamente seus pais. Laura também acaba se drogando, pois Cirilo lhe levou alguns desses chocolates em agradecimento a uma pequena ajuda na prova que sua coleguinha lhe dera.

É interessante observar as diferenças alimentares entre os mexicanos da novela e nós. Enquanto aqui somos acostumados a comer pão com manteiga, café e leite no café da manhã, os protagonistas mirins acordavam e se deparavam com uma vasta mesa, com arroz, feijão, carne e outras comidas pesadas.

Bastante presente na saga, o racismo é abordado de maneira praticamente constante. Segue o estereótipo padrão: as crianças nascidas em berço de ouro inferiorizando ou desejando distância do colega negro e pobre. Também há aparições de anti-semitismo entre algumas crianças, sentimento dissipado no decorrer da trama.

Todos os pais dos alunos possuem valores de "bondade" e "igualdade", com a exceção da mãe de Jorge Del Salto. Os pais de Maria Joaquina, por exemplo, tratam com igualdade e benevolência a todos os outros pais pobres, os quais também são geralmente um exemplo de amor e dedicação para com os filhos.

Toda a história se passa durante a segunda série escolar, com os alunos possuindo oito anos de idade. Não obstante, vários tinham flertes e chegavam a namorar entre si, como Valéria e Davi. Uma das únicas personagens cujo fim do celibato seria comemorado pelos telespectadores era a doce professora, que nunca chegou a mostrar interesse por homens, mantendo sua imagem imaculada.

Por um único episódio, Cirilo se revoltou contra Maria Joaquina. Quando alguns dos alunos estavam reunidos falando sobre com quem iriam se casar, Cirilo olhou para Maria Joaquina e disse "Quer que eu diga com quem eu vou me casar?", e Maria Joaquina disse " Se você tiver que se casar com alguém, vai ser com a Cheeta do Tarzan". Então Cirilo gritou "Eu te odeio! Você já me encheu a paciência!". Depois disto, a rotina entre os dois voltou ao normal e esse fato foi ignorado pelo resto da novela.

Outra passagem extremamente interessante foi quando, após muito torcer e rezar, Cirilo ganha numa promoção um pequeno triciclo motorizado. Desfila com o veículo por alguns capítulos, comemorando sua recém-chegada riqueza, mas em pouco tempo seu objeto de desejo misteriosamente desaparece e o pobretão volta a reclamar de sua sorte, como se nada tivesse acontecido.

Por duas vezes, não por coincidência, um fato se repetiu na novela: Ao ver que Maria Joaquina era cruel demais e que denunciou a colega Marcelina quando esta estava colando durante um teste, a turma resolve aplicar sobre Maria Joaquina um castigo chamado Castigo do silêncio, que consistia em todos ignorarem a menina como se ela não existisse. Cirilo foi o único que não participou do esquema, e conversava com a menina em segredo, sem receber qualquer gratidão.

Com o passar do tempo, Maria Joaquina não suportou a solidão e entrou em depressão. A turma então decide retirar o castigo. O fato se repetiu exatamente com Jorge del Salto, que denunciou Bibi quando esta colava em um teste, mas desta vez o castigo foi nomeado como Lei do gelo.


CURIOSIDADES

Em julho de 1991, quando a novela estava no auge no Brasil, Cirilo e Marcelina vieram ao Rio de Janeiro para serem a atração internacional de uma grande exposição de filhotes de animais. A participação dos dois na exposição foi anunciada por comerciais de televisão nas emissoras SBT e Rede Globo. Quando o comercial foi transmitido pelo SBT, Cirilo e Marcelina apareciam com filhotes de cães nas mãos e o narrador dizia coisas como: Surpresa! Cirilo e Marcelina do Carrossel… O programa de maior audiência destas férias!. Porém, quando o anúncio era transmitido pela Rede Globo, Cirilo e Marcelina apareciam com sombras cobrindo os seus rostos, impedindo seu total reconhecimento, e o narrador do comercial apenas dizia: Quem será que vocês vão encontrar na exposição?, sem nem ao menos revelar os nomes dos dois. A explicação é muito clara: A Rede Globo deve ter se recusado a expor a imagem dos pequenos atores por estes fazerem parte de uma novela que estava dando grandes números de audiência à emissora rival.

A atração chegou a incomodar seriamente a programação da Rede Globo, que precisou tomar atitudes de caráter emergencial para frear a perda repentina de audiência, migrada para a emissora rival.

A novela foi um fenômeno tão retumbante que virou matéria de capa na revista VEJA, em sua edição n.º 1.186, datada de 12 de Junho de 1991.

Foi a primeira novela estrangeira a concorrer o Troféu Imprensa na categoria Melhor Novela, mas recebeu apenas um voto. A novela fez tanto sucesso que Gabriela Rivero, atriz que interpretou a Professora Helena, desceu a rampa do Congresso Nacional com o então presidente Fernando Collor de Mello.

Mais tarde, ganhou uma espécie de continuação, intitulada Carrossel das Américas, também exibida pelo SBT. Na verdade, tratava-se de um remake.

Em 2002 foi feita uma outra versão da novela, chamada Viva as Crianças! - Carrossel 2. Dizem, inclusive que, devido à baixa audiência quando exibida no Brasil, a novela teve seu fim acelerado com grandes cortes nos capítulos.

Um aspecto singular da trama é a mudança do ator que interpretava o porteiro ancião. Mesmo com a mudança de ator no meio da série, quando a novela foi exibida no Brasil, o dublador Jomery Pozolli foi o mesmo para ambos atores que interpretaram o mesmo personagem.

A vingança


NOME ORIGINAL
La venganza

ESCRITORAS
María Teresa Madero e Tere Medina (Basedas na obra de Inés Rodena)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

ANO DE GRAVAÇÃO
1977

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1987

EMISSORA
SBT


ELENCO

Helena Rojo: Maria Olivares / Alessandra Balmaseda

Enrique Lizalde: Xavier Narváez

José Luis Jimenez: Maximiliano

Azucena Rodríguez: Rosa

Raymundo Capetillo: Eduardo

Aurora Cortes: Santa

Luz Adriana: Sofia

Nelly Meden: Andréa

Beatriz Sheridan: Carmem Narváez

Tony Carbajal: Dupré

Javier Marc: Rafael Narváez

Karina Duprez: Lucy

Patricia Davalos: Isabel

Germán Robles: Governador de Santo Ângelo

Rogelio Guerra: Sultão de Omán

René Muñoz: Mohamed

Eugenia D'Asil: Esther

Miguel Angel Ferriz: José Luis

Roberto Cañedo: Alexandre Balmaseda

Héctor Gómez: Vítor

Laura Zapata: Violeta

Odiseo Bichir: Caleta

Héctor Cruz: Nazário

Marcela Rubiales: Sônia

Otto Sirgo: Afonso

Magda Haller: Dona Clementina

Graciela Bernardos: Daniela

Jorge Fink: Padre Julián


INTRODUÇÃO

A vingança é a história de uma heroína romântica. Remake de uma trama criada por María Teresa Madero, chamada La indomable, realizada anteriormente na Venezuela. Mistura de "Cinderela", conto célebre de Charles Perrault; de "Pigmalião", obra de teatro escrita por George Bernard Shaw e de "A fera domada", comédia de William Shakespeare.

A vingança serviu de inspiração para a criação da novela Marimar, de 1994, a qual também obteve uma nova versão nas Filipinas em 2007, protagonizada por Marian Rivera e Dingdong Dantes.


RESUMO

Esta telenovela conta a história de Maria Olivares, uma humilde camponesa que vive com seu avô materno Maximiliano, em uma palhoça na fazenda dos Narváez. Maria se apaixona por Xavier Narváez, que é piloto, seu irmão, Rafael Narváez e sua esposa Carmem se opõem ao casamento dos dois porque Maria é pobre.

Carmen humilha Maria jogando um bracelete na lama e faz com que esta o retire com os dentes, depois queima a palhoça, onde morre Maximiliano.

Maria foge para a capital grávida e jura se vingar dos Narváez. Consegue trabalho na casa de um homem de negócios chamado Alexandre Balmaseda, que está enfermo. Alexandre sente pena de Maria e oferece sua proteção e ajuda sem saber que se trata de sua filha que havia procurado por anos.

María se torna fina. Toda a verdade vem à tona e Maria adquire seu verdadeiro nome, Alessandra Balmaseda.

Quando seu pai morre de infarto, Alessandra herda todos seus bens, incluindo um hotel em Santo Ângelo. Alessandra se encarrega de cuidar do hotel e se enfrenta com o sócio de seu pai, Dupré e sua amante Andréa, que a roubavam.

Para surpresa de Alessandra, no hotel se hospedam os pilotos da linha aérea de Santo Ângelo, Xavier Narváez, Eduardo e a aeromoça Sônia. Em uma festa no hotel, Alessandra se encontra com Xavier, que fica surpreso pela fisionomia parecida à de Maria Olivares, mas pensa que não pode ser porque Alessandra é uma mulher fina e distinta.

O governador de Santo Ângelo se apaixona por Alessandra e sua filha Lucy é a prometida de Xavier. Em Santo Ângelo chega o Sultão de Omán que também se apaixona perdidamente por Alessandra.

Rafael e sua esposa Carmem abandonam a Fazenda Narváez e vêm viver em Santo Ângelo. Alessandra consegue a parte do hotel que pertencia a Dupré e Andréa se torna sua empregada e aliada. Alessandra começa sua vingança com a ajuda de Andréa.

Em uma visita ao hotel, Rafael conhece Andréa e se apaixona por ela, esta o deixa bêbado e o leva para jogar no cassino do hotel, levando-o ao vício pelo jogo e pelo álcool. Perde todo seu dinheiro e Andréa, seguindo as ordens de Alessandra, faz com este assine uma nota promissória de muito dinheiro, que acaba por deixar Rafael com uma dívida muito grande com o hotel, Alessandra exige que lhe pague a dívida , caso contrário, tomará suas terras.

Ao saber sobre a dívida de seu marido, Carmem pede clemência a Alessandra, que lhe pede para que venha ao hotel no dia seguinte para que lhe entregue a nota promissória.

Alessandra manda colocar terra em uma área do hotel, lançam água, formando lama. Convida o governador, sal filha e Xavier para que estejam presentes. Quando Carmem chega, Alessandra lhe diz, na frente de todos, que lhe entregará a nota promissória caso consiga retirá-lo da lama com os dentes. Carmem, desesperada e chorando, o faz. Alessandra pega a nota promissória com sua mão e lhe diz que ela não havia sido tão cruel como Carmem havia sido com ela anos atrás e lhe entrega a nota.

Xavier quer voltar com Alessandra, mas ela se nega. Xavier decide se casar com Sofia, dona de terras vizinhas de sua fazenda. Alessandra, utilizando outra pessoa, propõe a Rafael Narváez que venda sua fazenda. Este aceita para sair da pendura que se encontra.

Carmen é atropelada por um carro e morre. Rafael se perde em meio ao álcool e Alessandra regressa como dona da fazenda dos Narváez.

Finalmente Xavier se divorcia de Sofia, pede perdão a Alessandra e se casam.

Só você


NOME ORIGINAL
Tú o nadie

ESCRITORA
María Zarattini

PRODUTOR
Ernesto Alonso 

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
36

ANO DE GRAVAÇÃO
1985

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1986

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA 1
Corazón de piedra

INTÉRPRETE
Lucía Méndez

En tu mar, estoy, perdida, tu corriente me ha arrastrado
y ahora flota a la deriva sin saber cual es mi estrella
sin mañana, sin amor, sin rumbo,
por que sin ti, querido amor, sin ti no sé sobrevivir.

Corazón de piedra, corazón, corazón de piedra…

Otra vez, cayo, la noche, otra vez la madrugada
y me faltan tus caricias y me falta tu mirada.
Tus abrazos, tu saber, tu mundo
Por que sin ti, querido amor, sin ti no sé sobrevivir.

Corazón de piedra, corazón, corazón de piedra…

TEMA DE ABERTURA 2
Don corazón

INTÉRPRETE
Lucía Méndez

Don corazón es embustero,
don corazón aventurero,
don corazón maestro de amor.

Don corazón de terciopelo,
don corazón de hielo y fuego,
don corazón maestro de amor.

Cuando tengas que decir un asunto especial,
cuando todo se ponga mal, no dudes háblale,
pregúntale, respuesta te dará…

Cuando el cielo esté negro y no puedas soñar,
cuando quieras volver al mar, no dudes, háblale,
pregúntale y pronto tú sabrás…

Don corazón es misterioso,
don corazón es pendenciero,
don corazón maestro de amor.

Don corazón maestro de amor…
Don corazón maestro de amor…


ELENCO

Lucía Méndez: Raquel

Andrés García: Antônio Lombardo

Salvador Pineda: Maximiliano

Luz María Jerez: Martha

Magda Guzmán: Vitória

Úrsula Prats: Maura

Liliana Abud: Camila

Miguel Manzano: Daniel

Arsenio Campos: Cláudio

Miguel Ángel Negrete: Paulo

Fabio Ramírez: Oscar

Ignacio Rubiell: Ezequiel

Guillermo Zarur: Ramón

Tony Bravo: Luis

Roberto Antúnez: Chucho

Marcela de Galina: Carla

Antonio Valencia: Rodrigo

Gastón Tuset: André

Paola Morelli: Alessandra

Fernando Sáenz: Gato

Julieta Egurrola: Meche

Abraham Méndez: Gabriel

Luis Xavier: Humberto


RESUMO

Raquel é uma moça bonita, simples e romântica. Sua vida muda completamente ao se apaixonar por um homem que se apresenta como Antônio Lombardo, e que diz ser um importante empresário. Raquel é seduzida e acaba se casando com ele.

Tudo parece um verdadeiro conto de fadas. Mas logo depois do casamento, Antonio lhe diz que tem que resolver alguns problemas de negócios e a envia para sua casa, em outra cidade, prometendo que iria voltar para acompanhá-la mais tarde.

Raquel chega na casa da família de seu marido e tem uma surpresa: Antônio simplesmente não havia dito que havia se casado e todos passam a ver Raquel com maus olhos. Pouco depois, todos recebem uma notícia que inesperada. O avião onde Antônio viajava explodiu e ele morreu. Raquel fica desconsolada, mas recebe toda sua herança.

Mas a vida continua a surpreender Raquel, quando Antônio regressa com uma notícia: não é Antonio, mas Max, parente de Antônio, e que planejava ficar com toda sua herança usando o golpe do casamento. Max diz que depois de um tempo, eles poderão se casar sem problema e assim, desfrutar o dinheiro herdado.

Decepcionada com a verdadeira face de seu Antônio, Raquel se nega a participar da farsa, mas Max a ameaça. O conflito maior acontece quando o verdadeiro Antônio aparece vivo, conhece Raquel e se apaixona completamente por sua esposa.

Raquel e Antonio passarão a viver um romance ardente, que enfrentará muitos conflitos e lutará para ser vivido plenamente.


COMENTÁRIOS

Só você foi um dos maiores fenômenos mexicanos dos anos 80. A produção estava a cargo de Ernesto Alonso, que naquele mesmo ano de 1985, também emplacou outro grande sucesso: De pura sangre. Mas Só você foi uma novela de enorme popularidade, se convertendo em um incontestável clássico das novelas.

A frente de tanto sucesso, estava a rainha Lucía Méndez, que como Raquel, se sobressaiu e fez de Só você sua novela mais bem-sucedida internacionalmente. Lucía Méndez foi a verdadeira rainha naquela época, brilhando absoluta em meio a um elenco de peso.

Junto a ela, Andrés García foi o galã do momento vivendo Antônio. Andrés García por pouco não esteve na novela. O papel foi idealizado para José Luiz Rodriguez “El Puma”, que chegou a gravar 11 capítulos como Antônio, mas a ele não agradou a história, que considerou a novela ruim. Andrés García então foi escalado e marcou de maneira inconfundível sua presença na história, formando ao lado de Lucía um casal marcante, sensual e cheio de química.

Mas, a verdade é que entre Lucía Méndez e Andrés García havia uma certa disputa. Todos os dias, na abertura da novela, o crédito de Lucía Mendez vinha primeiro ao de Andrés, passado o logotipo “Tú o nadie”, vinha o de Andrés García, seguido do de Lucía Méndez.

A novela chamou a atenção por cenas extremamente sensuais protagonizadas pelos astros da história, e na época, tais cenas, consideradas picantes, deram muito o que falar.

Os vilões também não deixaram por menos. Salvador Pineda num de seus papéis de maior sucesso, Max, aproveitou e deu tudo de si. Mas a maior malvada da história foi mesmo Úrsula Prats, como a vilã Maura, uma megera que causou a ira do público do início ao fim.

Só você no México teve dois temas musicais, ambos interpretados por Lucía Méndez. Corazón de piedra foi o primeiro, e o mais marcante. Mas, mais tarde, o tema foi mudado para a também ótima Don corazón. Ambas as músicas ficaram durante várias semanas em primeiro lugar nas paradas de sucesso. Sendo que até ocuparam as primeiras posições simultaneamente.

A produção foi marcada pela valorização das paisagens e dos cenários naturais, fazendo do Porto de Acapulco, o lugar mais importante na história.

A história simples, onde o conto de fadas ganhou uma nova roupagem, e foi contada de uma maneira diferente e mais mordena foi o que garantiu a excelente aceitação da novela. María Zarattini, escritora da novela, estava em um período de muita criatividade e realização profissional, já que De pura sangre, do mesmo ano também era dela. O sucesso foi tanto que Só você é a primeira novela no México a atingir 100% da audiência em um capítulo.

Nos prêmios TV y Novelas, Luz María Jerez, a Martha da novela, foi considerada a melhor atriz do ano. Os primeiros atores foram Miguel Manzano e a excelente Magda Guzmán. Mas quem roubou a atenção nos prêmios, foram os vilões, Salvador Pineda e Úrsula Pratts. Só você ainda recebeu um prêmio especial por ter sido a novela de maior repercussão e projeção internacional naquele ano. E isso é verdade, para Lucía Méndez, Só você é sua novela mais significativa no exterior, mesmo que ela tenha sido protagonista de vários outros sucessos de igual importância como Viviana, Colorina e El extraño retorno de Diana Salazar.

No Brasil, a novela não é muito lembrada e passou em 1986, finalizando o primeiro ciclo de novelas mexicanas no SBT, iniciado com Os ricos também choram em 1982.

Já foi feito um remake de Só você no México. Trata-se de Acapulco, cuerpo y alma, que traz Patricia Manterola, Saúl Lizaso, Guillermo García Cantú e Chantal Andere nos papéis que consagraram Lucía Méndez, Andrés García, Salvador Pineda e Úrsula Pratts. Essa nova versão de 1995 fez muito sucesso, ainda que não tenha superado o êxito da original. Nesse mesmo ano, o produtor Carlos Sotomayor realizou outra versão produzida pela Televisa e Fox Television, intitulada Acapulco Bay, protagonizada por Raquel Gardner e Jason Adams.

Só você é uma novela que marcou época, e hoje é considerada uma das melhores novelas já produzidas pela Televisa.

A trilha de Só você é uma das mais belas, enquanto muitas novelas da mesma época tinham músicas instrumentais como tema de abertura, Corazón de piedra interpretado por Lucía Méndez fez um enorme sucesso seguido de Don corazón o segundo tema de quando muda a abertura da novela.

As 20 melhores telenovelas segundo a revista People

1º LUGAR
Os ricos também choram (1979) – Televisa
Protagonistas: Verónica Castro e Rogelio Guerra


2º LUGAR
Colorina (1980) – Televisa
Protagonistas: Lucía Méndez e Enrique Álvarez Félix


3º LUGAR
Estranho poder (1983) – Televisa
Protagonistas: Jacqueline Andere e Ernesto Alonso


4º LUGAR
Topázio (1984) – RCTV
Protagonistas: Grecia Colmenares e Victor Cámara


5º LUGAR
Vivir un poco (1985) – Televisa
Protagonistas: Angélica Aragón e Rogelio Guerra


6º LUGAR
Ambição (1986) – Televisa
Protagonistas: María Rubio, Gonzalo Vega e Diana Bracho


7º LUGAR
Quinze anos (1987) – Televisa
Protagonistas: Adela Noriega e Ernesto Laguardia


8º LUGAR
Amor em silêncio (1988) – Televisa
Protagonistas: Erika Buenfill e Arturo Peniche


9º LUGAR
Cadenas de amargura (1991) – Televisa
Protagonistas: Diana Bracho, Daniela Castro e Raúl Araiza


10º LUGAR
Coração selvagem (1993) –Televisa
Protagonistas: Eduardo Palomo e Edith González


11º LUGAR
Café com aroma de mulher (1994) – Canal RCN
Protagonistas: Guy Ecker e Margarita Rosa de Francisco


12º LUGAR
Maria do bairro (1995) – Televisa
Protagonistas: Thalía e Fernando Colunga


13º LUGAR
Olhar de mulher (1997) – TV Azteca
Protagonistas: Angélica Aragón e Ari Telch


14º LUGAR
Betty, a feia (1999) - Canal RCN
Protagonistas: Ana María Orozco y Jorge Enrique Abello


15º LUGAR
O clone (2001) – Rede Globo
Protagonistas: Giovanna Antonelli e Murilo Benício


16º LUGAR
Pedro, o escamoso (2001) – Canal Caracol
Protagonistas: Miguel Varoni e Sandra Reyes


17º LUGAR
A madrasta (2005) – Televisa
Protagonistas: Victoria Ruffo e César Évora


18º LUGAR
Amor real (2003) – Televisa
Protagonistas: Adela Noriega e Fernando Colunga


19º LUGAR
Rubi (2004) – Televisa
Protagonistas: Bárbara Mori e Eduardo Santamarina


20º LUGAR
Destilando amor (2007) – Televisa
Protagonistas: Eduardo Yáñez e Angélica Rivera


Podemos observar nesta lista algumas curiosidades:

A maioria das novelas são mexicanas, e não há nenhuma argentina na lista.

Vivir un poco e A madrasta estão na lista, mas são versões de uma novela chilena que também leva o nome de La madrastra, originalmente. Seria mais lógico se estivesse na lista a novela original e não as adaptações.

Outro remake escolhido como melhor novela foi Destilando amor, a versão mexicana de Café com aroma de mulher, que também se encontra na lista.

sábado, 13 de março de 2010

Angelito


NOME ORIGINAL
Angelito

ESCRITORA
Ligia Lezama

PAÍS DE ORIGEM
Venezuela

ANO DE GRAVAÇÃO
1981

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1985

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Pé no chão

INTÉRPRETE
Mário Lúcio de Freitas

Olha a força que só você tem,
vai chegar, sei que um dia vai, vai chegar.
A alegria vai, vai reinar
e mais fácil será viver pra você, cê vai ver.

Anjo, clareia essa escuridão,
coração tá perdido na multidão
e na hora da solução
ele vai torcer pra você, com você, cê vai ver.

Um parque lindo, pé no chão,
o sol sorrindo esta canção.
Anjo, clareia essa escuridão
coração tá perdido na multidão
e na hora da solução
ele vai torcer pra você, com você, cê vai ver.

La la, la la la...

Olha a força que só você tem,
vai chegar, sei que um dia vai, vai chegar.
A alegria vai, vai reinar
e mais fácil será viver pra você, cê vai ver.

Anjo, clareia essa escuridão
coração tá perdido na multidão
e na hora da solução
ele vai torcer pra você, com você, cê vai ver.

Um parque lindo, pé no chão,
o sol sorrindo esta canção.
Anjo, clareia essa escuridão
coração tá perdido na multidão
e na hora da solução
ele vai torcer pra você, com você, cê vai ver.

La la, la la la...


ELENCO

Amílcar Rivero: Angelito

María Conchita Alonso: Inês

Amalia Pérez Díaz: Mamãe Chepa

Leopoldo Regnault: Protágoras

Gustavo Rodríguez: Avô de Angelito

Edgard Serrano: Babalu

Carlos Olivier / Raúl Amundaray

Tatiana Capote

Liliana Durán

Lucio Bueno

Elizabeth García

Julio Gassette

Rosario Prieto


INTRODUÇÃO

Angelito foi uma telenovela venezuelana transmitida originalmente pela RCTV, Canal 2, em meados de 1981, no horário das 18h30. Foi protagonizada pelo ator mirim Amílcar Rivero e pelos veteranos María Conchita Alonso e Carlos Olivier, que, tendo problemas com a produção do canal, foi abruptamente substituído por Raúl Amundaray.


RESUMO

Angelito contava a história de um garotinho pobre que, após a morte de seu avô, era recolhido por caridade por Mamãe Chepa.

Viviana - Em busca do amor


NOME ORIGINAL
Viviana – En busca del amor

ESCRITORES
Luis Reyes de la Maza, Carmen Daniels e Tere Medina (Baseados na obra de Inés Rodena)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
204

ANO DE GRAVAÇÃO
1978

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1984

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Viviana

INTÉRPRETE
Wilson Miranda

Viviana sobrevive, braço aberto, mente livre,
desencanto dos prazeres.
Viviana uma saudade, outro dia sem vontade,
outra noite sem querer.

Mas é que Viviana chora, o som do mar lá fora,
um aceno e foi embora, paraíso de viver.
Viviana, vive e ama, Viviana…

Mas é que Viviana existe, o amor ainda existe,
nunca mais vai esquecer.
Viviana uma esperança, quem procura sempre alcança
e você ainda vai saber.

Mas é que Viviana chora, o som do mar lá fora,
um aceno e foi embora, paraíso de viver.
Viviana, vive e ama, Viviana…


ELENCO

Lucía Méndez: Viviana Lozano

Héctor Bonilla: Jorge Armando Moncada

Juan Ferrara: Júlio Montesinos

Maricruz Olivier: Glória

Claudio Brook: Anselmo

Isabela Corona: Consuelo

Sara García: Augusta Rubio Montesinos

Carlos Cámara: Jesus

Adriana Roel: Adélia

Luisa Huertas: Eloísa

María Fernanda: Mari Loli Moreno

Germán Robles: Manuel

Rosa María Moreno: Beatriz de los Reyes

Emma Roldán: Matilde

Lily Inclán: Matilde (Substituta)

Miguel Córcega: Geraldo Aparicio

Javier Marc: Gordo

Raquel Olmedo: Sônia

Miguel Palmer: Jaime Ordóñez

Tamara Garina: Vera

Beatriz Aguirre: Luz Maria

Raúl Meraz: Dr. Ibáñez

Felix Santaella: Estevão Rubio

Eduardo Alcaráz: Marcelo Mayordomo

Raymundo Capetillo: Alonso Cernuda

Héctor Cruz: Inspetor Manzanos

Alicia Encinas: Clara

Ada Carrasco: Rosa

Rafael Banquells: Dr. Navas

Flor Trujillo: Isabela

Arturo Benavides: Chefe de polícia

Gastón Tuset: Padre Raul

Alicia Bonet: Paty

Antonio Medellín: Roberto

Maricruz Nájera: Enfermeira

Mauricio Ferrari: Enrique

Antonio Brillas: Doutor André Montiel

Miguel Ángel Negrete: Sócio de Estevão

Mercedes Pascual: Belina

Rafael del Río: João Manuel León

Roberto Ballesteros: José Aparicio

Manuel Guízar: Motorista


INTRODUÇÃO

Essa telenovela, gravada em 1978, tem como principais atores Lucía Méndez, em seu segundo papel como protagonista e Héctor Bonilla, que há tempos trabalhava em televisão.

Viviana foi a responsável por lançar Lucía Méndez ao estrelato convertendo-a em um dos grandes nomes de atrizes de telenovelas.

A telenovela se trata de um remake de Siempre habrá un mañana, transmitida no México em 1974, que foi protagonizada por Mercedes Carreño e Eduardo Alcaraz. Em 1988, também foi produzida Camila, outra versão desta mesma história, que teve como protagonistas Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo.


RESUMO

Viviana é uma jovem pobre que vive em um povoado junto de seu avô. Jorge Armando, um turista da capital que passa alguns dias de férias nesse lugar, conhece Viviana e se apaixona por ela. Ele, convencido do amor que sente pela jovem, decide pedi-la em casamento, Viviana, iludida, aceita.

Após o casamento, Jorge Armando decide voltar à capital, pedindo à Viviana que o espere no povoado enquanto ele iria resolver alguns problemas. A pobre moça, confiando cegamente no rapaz, acredita e espera pacientemente. Passam-se meses e sem saber nada sobre seu marido, Viviana decide procurá-lo na capital, mas, Jorge Armando agora tem uma relação com Glória, filha de seu chefe Anselmo, um homem milionário, dono de muitos restaurantes.

Jorge Armando se reencontra com Viviana e como agora ela representa um obstáculo entre os planos de casamento com Glória, Jorge Armando a esconde em uma casa de propriedade de dona Beatriz, uma senhora excêntrica, amiga de dona Consuelo, a “madame” de um bordel, que vê em Viviana um bom negócio, tratando de tornar-se sua amiga para prostitui-la, lhe tirando dinheiro.

Jorge Armando se divorcia de Viviana de uma forma fraudulenta e suspeita, sem saber que ela está grávida. Viviana se dá conta de todo o engano após o casamento de Glória e descobre também que dona Beatriz, ajudada por dona Consuelo, tentam vendê-la. Viviana foge, e, lamentavelmente, perde seu filho.

Algum tempo depois, Viviana conhece um renomado médico chamado Júlio Montesinos, que a contrata como dama de companhia de sua avó, dona Augusta. Júlio se apaixona perdidamente por Viviana e tenta conquistá-la, lhe dando apoio incondicional.

Entretanto, o casamento interesseiro de Jorge Armando e Glória se torna um fracasso, pois ela não deixa de ir procurar homens em clubes e casas noturnas, e ainda que Jorge Armando o saiba, não se manifesta, por interesse.

Anselmo conhece Viviana e se apixona pela jovem, assim como Júlio. Jorge Armando decide procurá-la para tratar de recuperar sua relação, mas se dá conta que já tem dois rivais, Júlio e Anselmo.

Porém, Viviana, que havia se apaixonado por Julio, consegue, depois de muitas desavenças, casar-se com ele e viver feliz.


CURIOSIDADES

Parte do êxito desta telenovela se deveu às fortes e atrevidas cenas. Viviana foi a primeira trama mexicana a mostrar sequências com conteúdo sexual. Tal êxito, refletiu-se em transmissões em idiomas, além do português, como inglês, francês, italiano e árabe.

Christian Bach declarou na edição de fevereiro de 1983 da revista Cosmopolitan que a escolhida por Valentín Pimstein para encarnar Viviana seria ela, e mesmo já tendo assinado o contrato, teve que renunciá-lo por motivos pessoais, no caso pudor, além de outros compromissos fora do país.

O tema original de abertura Viviana, interpretado por Lucía Méndez, se tornou um êxito nas rádios, o que levou Valentín Pimstein a pedir a gravação de um disco com o tema principal e outros criados especialmente para a telenovela.

A atriz Emma Roldán, que interpretava Matilde, faleceu a 29 de agosto de 1978, durante sua participação na telenovela, sendo, então, substituída por Lily Inclán.

O produtor Valentín Pimstein fazia com que cada capítulo fosse ao ar há poucos dias de sua gravação, isto lhe permitia fazer mudanças na trama, caso a história não agradasse ao público. O final de Viviana, segundo o roteriro original, mostrava a morte da vilã Glória em um acidente, deixando, assim, o caminho livre para que Viviana e Jorge Armando se casassem, mas a audiência mostrava maior aceitação ao romance entre Viviana e Júlio, o que fez com que Valentín casasse os dois e deixasse para trás os protagonistas, que inicialmente formavam o casal.


COMENTÁRIOS

Em 1978, Pimstein rematou um ano de êxitos com Viviana, que contava com a presença de atores como Lucía Méndez, Héctor Bonilla e a excelente Maricruz Olivier. A trama abordava, com cenas eróticas, o tema da bigamia, que até então não podia ser tratado devido à censura oficial.

O público, que achou isso o cúmulo da audância e da modernidade, não tardou em se identificar com a pobre e sofredora Viviana, uma mulher honesta enganada por um mal-caráter, que, ao mesmo tempo, havia se casado com outra. Muitas lágrimas rolaram até que a protagonista resolvesse recuperar sua dignidade com um novo homem.

Viviana também obteve um grande êxito em Porto Rico, onde chegaram a comentar que Maricruz Olivier, com sua interpretação de Glória, conseguiu ofuscar Lucía Méndez. Também se comentou que esta, sentindo ciúmes de Maricruz, fez com que matassem a personagem de Glória, para fúria de Maricruz que a acusou e lhe deu um tapa por isso.

As 10 novelas mais influentes da América Latina

Esta lista é resultado da conclusão que chegaram vários críticos mexicanos, intrevistados pela Associated Press. As listas, como sempre, são sugestivas e geram controvérsias, já que cada um tem motivos pessoais que levam a julgar uma novela mais influente que outra. Estas novelas não foram eleitas por serem as melhores, mas sim pelo tipo de influência que causaram, pela audiência que tiveram e pelas tendências de moda que lançaram.

Curiosamente a maioria delas não têm aquele típico final onde a jovem se apaixona pelo galã e só pode permanacer definitivamente com ele no último capítulo. Estas histórias, em seu momento, aplicaram formas de relatar o conteúdo de forma diferente, fazendo com que a trama não caísse na mesmice.


1º LUGAR
El derecho de nacer (1966) – Cuba


2º LUGAR
Simplemente María (1969) – Peru


3º LUGAR
Papá corazón (1974) – Argentina


4º LUGAR
A escrava Isaura (1976) – Brasil


5º LUGAR
Os ricos também choram (1979) – México


6º LUGAR
Ambição (1986) – México


7º LUGAR
Kassandra (1994) – Venezuela


8º LUGAR
Quinze anos (1987) – México


9º LUGAR
Señora Isabel (1997) – México


10º LUGAR
Betty, a feia (1999) – Colômbia


As mais antigas: El derecho de nacer e Simplemente María criaram o gênero melodramático.

Algumas novelas tratam de temas sociais e questiona estilos de vida e classes de uma determinada época como em El derecho de nacer. A situação de servidão em A escrava Isaura, o contraste do campo e da cidade em Simplemente María ou em Señora Isabel, onde uma mulher madura se apaixona por um jovem rapaz.

Outras novelas da lista são precedentes do estilo infanto-juvenil, como Papá corazón ou Quinze anos, que influenciaram o novo público que puderam conquistar.

Ambição é também uma novela diferente porque deu início às tramas do gênero policial e de suspense, deixando de lado tramas mais românticas ou amorosas.

No caso de Kassandra, supõe-se que foi eleita devido ao fato de ser vendida para mais de 128 países e pela escolha de dois belos protagonistas que puderam despertar grandes paixões.

Betty, a feia quebrou padrões ao apresentar uma história onde não se utilizava elementos melodramáticos, foi além da heroína e do galã, passando para o mundo do trabalho, mas sem deixar de lado a crítica social.

Soledade


NOME ORIGINAL
Soledad

ESCRITORES
Carlos Romero e Enrique Jarnés (Baseados na obra de Inés Rodena)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

ANO DE GRAVAÇÃO
1981

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1985

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Alma mía

INTÉRPRETE
Libertad Lamarque

Alma mía, sola siempre sola,
sin que nadie comprenda tu sufrimiento tu horrible padecer,
fingiendo una existencia siempre llena de dicha y de placer, de dicha y de placer.

Si yo encontrara un alma como la mía cuántas cosas secretas le contaría,
un alma que al mirarme sin decir nada, me lo dijese todo con la mirada.

Un alma que embriagase con suave aliento, que al besarme sintiera lo que yo siento
y a veces me pregunto qué pasaría si yo encontrara un alma como la mía...

Y a veces me pregunto qué pasaría si yo encontrara un alma como la mía.


ELENCO

Libertad Lamarque: Soledade González

Orlando Rodríguez: Anselmo

Héctor Bonilla: Jesus

Salvador Pineda: André

Christian Bach: Sheila

Edith González: Luíza

Manuel Capetillo: Ramiro

Roberto Cañedo: Bernardo Pertierra

Manuel López Ochoa: Guilherme

Rita Macedo: Rebeca

Lucianne Silva: Margarida

Rolando Barral: Rolando

Nuria Bages: Cínthia

Rosalía Valdéz: Daisy

Pituka de Foronda: Dona Martha

Rafael Baledón: Félix


INTRODUÇÃO

Soledade foi uma produção mexicana de Valentín Pimstein, cujo êxito permitiu que se agregassem mais capítulos à novela. Foi a grande aparição de Libertad Lamarque em território mexicano, cujo papel a consagraria diante dos olhos do público noveleiro com a energia similar a que havia sucedido com as audiências cinematográficas no passado.


RESUMO

Soledade González é empregada de Anselmo, pai de cinco filhos: Jesus, que é inválido, Ramiro, Sheila, André e Luíza. Anselmo, sabendo que está prestes a morrer, se casa com Soledade, para que esta fique a cargo de seus filhos.

Jesus, Ramiro e Luíza gostam de Soledade, mas Sheila e André, que a odeiam, pensam que Soledade somente aceitou se casar com Anselmo por interesse financeiro.

Soledade guarda um segredo que somente Jesus conhece: André é seu filho ilegítimo, fruto de uma relação na juventude entre Soledade e Bernardo Pertierra, um homem rico que a seduziu, engravidou e logo a abandonou. Para evitar a vergonha de seu filho no futuro, Soledade pediu a Anselmo que o criasse como um de seus filhos. Em agradecimento, Soledade amaria e cuidaria de todos os seus filhos.

Por problemas econômicos, têm que se mudar para uma casa simples. Ramiro trabalha em um banco, mas começa a roubar dinheiro de seu trabalho, é descoberto e enviado à cadeia. Pela intervenção de Soledade, é sentenciado a pouco tempo de prisão.

Sheila consegue trabalho no escritório de Guilherme, este se apaixona por Sheila e se tornam amantes. Rebeca, esposa de Guilherme, que é muito ciumenta, descobrindo a traição, o mata, fazendo com que Sheila fosse culpada pelo assassinato. Soledade para salvá-la, se entrega às autoridades, dizendo que ela havia assassinado e esta vai para a prisão. A polícia descobre que a verdadeira assassina é Rebeca, inocentando Soledade, que é liberta.

André se dá conta que sua mãe é Soledade, mas a despreza por esta ser pobre. Este se envolve sentimentalmente em várias relações. Namora Margarida, a seduz, engravida e a deixa.

Sheila, se envolve com Rolando, um milionário que reside na cidade de Miami. Ao conhecê-la sendo como é, a abandona. Ramiro se casa, e vai viver e trabalhar nos Estados Unidos, levando consigo Luíza.

Jesus é operado em suas pernas, e, agora, podendo caminhar, se torna um exitoso escritor. Conhece Cínthia e se casa com ela, mas, infelizmente, depois de pouco tempo, esta morre devido à uma doença incurável. Posteriormente, Jesus se casa com Daisy. Ele pode perdão a Soledade, se reconciliam e ele vai viver em outro país.

Soledade, por sua vez, vai trabalhar como dama de companhia de Dona Martha. Quando esta morre, Soledade vai trabalhar com o irmão de Dona Martha, Félix, que é cego. Ambos se apaixonam, se casam e vivem felizes.


COMENTÁRIOS

Soledade era a empregada de um milionário, que, ao morrer, lhe herdava a responsabilidade de cuidar de seus filhos com pouco dinheiro. Havia um secredo: um filho, fruto de um antigo pecado.

Cabe salientar que o tema musical original de Soledade era interpretado pela mesma Libertad Lamarque e que o projeto em geral era uma homenagem à figura materna na América Latina. Soledade, serviu de marco de referência para que Libertad Lamarque realizasse viagens por diferentes partes do mundo e temporadas em programas de televisão de variedades, se posicionando, também, como estrela da música.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Estranho poder


NOME ORIGINAL
El maleficio

ESCRITORA
Fernanda Villeli

PRODUTOR
Ernesto Alonso

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
198

ANO DE GRAVAÇÃO
1983

ANO DE EXIBIÇÃO NO BRASIL
1984

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Estranho poder

INTÉRPRETE
Silvio Brito

Por entre as forças do bem e do mal,
há sempre uma luz que deve ser seguida.
Pode parecer até paranormal,
mas é a verdade, por Deus conhecida.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além…

Além dessa farsa da angústia contida,
da lei que disfarça os motivos da vida,
uma luz vibra com o seu caminhar,
e explica porque temos que amar.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além…

Ame o bastante o mundo que é seu,
procure incessante a luz que Deus lhe deu,
quando encontrá-la não a perca porque
cada um é um mundo, o mundo é você.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.

Vá confiante (vá confiante),
na força que você tem (na força que você tem),
lá está radiante a luz do além.


ELENCO

Ernesto Alonso: Enrique de Martino

Jacqueline Andere: Beatriz de Martino

Norma Herrera: Nora

Humberto Zurita: Jorge de Martino

Carmen Montejo: Dona Emilia

Sergio Jiménez: Raúl de Martino / Damián Juárez

María Sorté: Patricia Lara

Erika Buenfil: Vicky de Martino

Emilia Carranza: Maria Reyna

Gloria Mayo: Eva

Arsenio Campos: Álvaro

Sergio Goyri: César de Martino

Rebecca Jones: Ruth Reyna

Jorge del Campo: Felipe Reyna

Eduardo Yáñez: Diego Flores

Alba Nydia Díaz: Sara

Alfredo Leal: Ricardo / Roberto

Alfonso Meza: Tenente Larios

Patricia Reyes Spíndola: Teodora

Carlos Bracho: Pedro Jiménez

Gina Romand: Alicia

Armando Araiza: Joãozinho

Ana Patricia Rojo: Liliana

Mónica Martell: Alma Bauer

Raquel Olmedo: Juliana Pietri

Héctor Sáez: João

Nerina Ferrer: Lorena de la Garza

Barbara Hermen: Lulu

Guillermo Aguilar: Meyer

Malena Doria: Soledad

Luis Enrique Guzmán Pinal: Paco

Miguel Palmer: Armando Ramos

Rey Pascual: Rioja

Xavier Masse: Luiggi


INTRODUÇÃO

Escrita por Fernanda Villeli, dirigida por Raúl Araiza e produzida por Ernesto Alonso, quem também interpreta o personagem protagônico de Enrique de Martino, El maleficio é a primeira novela que aborda o tema da bruxaria e do ocultismo.


RESUMO

Beatriz é uma respeitável viúva, que desde a morte de seu esposo, tem vivido dedicada à criação de seus filhos, a adolescente Vicky e o pequeno Joãozinho, junto de sua sogra Dona Emília.

Beatriz conhece o poderoso milionário Enrique de Martino que a deslumbra com suas atenções e aceita se casar com ele.

A vida de Beatriz e seus filhos muda totalmente quando eles vão morar na mansão de Martino, onde entram em contato con os estranhos filhos de Enrique, o perverso Jorge, o doce mas confuso César e o enigmático Raúl.

Beatriz descobre que seu esposo pode ser muito ruim e que ele havia levado sua primeira esposa Nora ao alcoolismo.

Joãozinho tem poderes paranormais que se despertam ao entrar em contato com a atmosfera maligna que rodeia o seu padrasto.

Roberto, esposo de Beatriz não morreu, e reaparece em sua vida fingindo ser o irmão gêmeo, Ricardo.

Roberto se horroriza ao ver a má influência que os de Martino exercem sobre sua família. Jorge abusa de Vicky e a engravida.

Vicky se casa com Jorge obrigados por Enrique de Martino, mas contra a vontade de Beatriz e de Jorge.

Diante deste fato, Jorge perde a provável sucessão na fraternidade pela qual está para acontecer o pior, já que Enrique é um feiticeiro que havia feito sua fortuna graças à magia negra e escolheu Joãozinho para que seja seu sucessor.


CURIOSIDADES

Muitos atores usavam escapulários, medalhas e crucifixos debaixo de suas roupas, como proteção.

Durante as gravações da novelas algumas coisas, realmente estranhas, aconteciam: O quadro que representava o antepassado de Enrique de Martino, caia constantemente, por mais que o pessoal da contrarregra o pendurassem. Com isso o chamaram de “El incolgable” (algo como “O impendurável”). As portas do estúdio onde se gravava, se abriam e se fechavam de repente, mesmo sendo muito pesadas.

Patricia Reyes Spíndola, a atriz que interpretava Teodora, recorreu à uma cartomante para prevenir qualquer eventualidade em suas gravações. A mulher lhe disse para que ela colocasse quatro doces nos quatro cantos do cenário. A atriz a obedeceu e realmente não teve nenhum contratempo, o que não aconteceu com a maioria de seus companheiros.

Não só ocorreram situações inexplicáveis no estúdio, como nas casas de alguns atores, como a atriz Malena Doria, que interpretou Soledad, uma bruxa que invocava Satanás. Ao ver que alguns objetos se moviam em sua casa e escutar ruídos estranhos, contratou um xamã para que realizasse uma ”limpeza”, o homem colocou vários copos com água em lugares estratégicos da casa, uma das filhas da atriz bebeu o conteúdo de um deles e ficou doente. Os médicos nunca encontraram a causa.

Em uma das cenas, Jacqueline Andere deveria das bofetadas em Erika Buenfil, mas Jacqueline não mediu o golpe e perfurou o tímpano de Erika. Angustiada, Andere jurou que nunca mais voltaria a dar um tapa de verdade, mas rompeu seu juramento anos depois nas novelas A outra de 2002 e em A madrasta de 2005. Até hoje, Erika não pode nadar sob água, mas garantiu que não guarda nenhum ressentimento de Jacqueline, já que foi um acidente.


COMENTÁRIOS

Poucas novelas tiveram tanta ousadia quanto Estranho poder, por ser uma das primeiras novelas a contar uma história de terror, e que mexesse com um tabu tão forte como a religião e o satanismo.

Ernesto Alonso estava a frente desse projeto que reuniu vários elementos certos que garantiram um sucesso não tão garantido.

A evocação aos temas obscuros foi o ponto mais atrativo da novela. O diabo, aqui chamado de Bael, simbolizado na figura de um quadro, era o “conselheiro” de Enrique de Martino. O diabo foi o grande provocador de todos os conflitos da história, com sucessões diabólicas, entre outros.

O elenco era bom para a época, mas Estranho poder foi a novela que catapultou vários atores para o estrelato. Como Humberto Zurita, filho de Enrique de Martino na trama, e que foi outro grande vilão, uma cena forte é a que Jorge estupra Vicky . Aliás, Érika foi outra que logo viraria uma estrela de primeira grandeza. Armando Araiza vivia o tal sucessor Joãozinho, filho de Beatriz, e era uma criança na época, mas que arrancou todos os elogios da crítica especializada. Outra criança da época era Ana Patrícia Rojo, como uma pequena fantasma chamada Liliana.

Os efeitos especiais eram de primeira qualidade para a época. O brilho dos olhos do quadro marcaram, como as desaparições de Enrique e seu cão (outra personificação de Bael). Tudo em um clima aterrorizante e sombrio.

Ernesto Alonso foi o grande destaque de Estranho poder, tanto como produtor (naquele ano inclusive concorreu com ele mesmo, por Bodas de odio), mas principalmente como ator. Já que Enrique foi simplesmente o maior vilão de todos os tempos, uma espécie de Catarina Creel masculina. Por causa dele, foi uma das primeiras novelas em que o público masculino se interessou, já que ele era o protagonista (algo muito difícil em novelas mexicanas).

A novela para sua época foi um verdadeiro frisson, mas para os dias de hoje seria considerada muito lenta, já que tudo acontecia pouco a pouco. Quer dizer, tirando o eletrizante final que chamou a atenção e deixou questionamentos ao público, com a mansão dos Martino em chamas, Enrique morto no incêndio, gritando por Bael. Em meio as cinzas, a última cena aterroriza ao mostrar o quadro brilhando seus olhos, e o melhor, intacto. Um final no mínimo perturbador.

Estranho poder fez tanto sucesso que teve uma sequência, só que para o cinema, El maleficio II, que trouxe vários personagens da novela original, porém agora protagonizado por Lúcia Mendez. Foi um grande fracasso que deixou muito a desejar, desta vez, Ernesto Alonso se limitou a atuação como Enrique. Eduardo Yáñez por exemplo, na novela viveu Diego Flores, e no filme, era Professor Andrés.

Apesar deste fracasso, cogitou-se fortemente uma continuação em forma de novela para 1999, que se chamaria El elegido (O eleito), cujo vários nomes já estavam praticamente confirmados, como o de Guy Ecker e de Natália Esperón. Desta vez, a produção estaria a cargo de Carlos Sotomayor (outro grande parceiro de Ernesto Alonso), mas sob a supervisão de Alonso, que estava empolgado com o projeto. Acabou não saindo do papel, mas quem sabe daqui a algum tempo eles não retomam essas ideias e voltam a mostrar ao público uma novela tão boa como Estranho poder, que foi uma das pouquíssimas novelas a conseguirem a tratar de temas sobrenaturais com tanta afinidade com o público, e contando com um elenco espetacular.

A abertura original era cantada por Norma Herrera que cantava a música Hombre. No Brasil a abertura da novela foi refeita sendo com a música Estranho poder cantada por Silvio Brito.