sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Álbum de fotos: Telenovelas da Televisa em 2011

Teresa



Dos hogares




Cuando me enamoro




Rafaela




Ni contigo, ni sin ti




Triunfo del amor




Una familia con suerte




La fuerza del destino




Esperanza del corazón




Amorcito corazón




La que no podía amar






Colaboração: Portal Televisa (Lo mejor de las telenovelas 2011)

Notas de amor: A versão mexicana de Glee!?


A Azteca promete surpreender e muito com suas telenovelas para o próximo ano. Além de preparar a adaptação do melodrama La mujer de Judas e uma nova história original do escritor Eric Vonn, o mesmo de Cielo rojo, está entre seus planos realizar uma história juvenil que irá refletir a realidade e as problemáticas enfrentadas pela juventude mexicana.

Recém-graduado na carreira de Ciências da Comunicação, e há dois anos e meio atuando como diretor de câmeras, o ator Rodrigo Cachero informou que está à espera da aprovação da Azteca para dirigir, em 2012, Notas de amor, uma telenovela juvenil musical, “uma mistura de Glee e High school musical”, mas com um toque especial, com uma linguagem mais local e em uma escola pública, algo mais próximo da realidade e, portanto, mais arriscado.

Se aprovado o projeto, esta seria a estreia do ator como diretor de cena. Rodrigo comentou que espera ter uma data definida para o próximo ano e, assim, poder brindar o público com uma história nova, juvenil e bastante divertida. Os temas a serem tratados abrangem o mundo das drogas, o descobrimento do sexo, o bullying, a falta de emprego e outros aspectos com os quais o adolescente possa sentir-se identificado.

Mesmo não tendo elenco definido, o diretor busca dar oportunidade a novos talentos, entre os quais poderiam estar Marcela Guirado (foto), que atuou na série Soy tu fan, da Once TV, que segundo Cachero canta muito bem, assim como Cristóbal Orellana (foto), o ganhador de High School Musical: La selección, que também canta incrivelmente.

Além disso, Cachero pretende incluir ex-alunos do reality show musical La academia, como Cynthia Deyanira Rodríguez Ruiz, Rosa Alejandra Garza Guizar “Alex”, Alan Fernando Velázquez Suárez, Vince Miranda Espinoza e Sandra Itzel Estrada Olvera. A produção estará a cargo de Carlos Yáñez e Fides Velasco.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lidia de amor iniciará gravações no Chile


Lidia de amor, a nova telenovela da Televisa para o horário das 19h00 continua surpreendendo. E isso porque além de contar com Silvia Navarro e Christian de la Fuente como protagonistas, soube-se agora que a história iniciará suas gravações no Chile, terra natal do protagonista.

Através de seu Twitter, Carlos Moreno, o produtor da trama, comentou: “É uma honra para mim começar as gravações nesse país tão belo. Christian de la Fuente amavelmente contribuiu para isso”.

Sem dúvida essa é uma grande notícia, já que não é com tanta frequência que as telenovelas da Televisa têm a oportunidade de inciar gravações no exterior. Lidia de amor entrará no ar ao término de La que no podía amar.


Colaboração: TVBoricua.USA

Jorge Amado: o tradutor de Dona Bárbara

O romancista Jorge Amado (1912-2001), esporadicamente exerceu a atividade de tradutor, sendo o responsável pela divulgação de vários escritores hispânicos no mercado editorial brasileiro nos anos quarenta, como o equatoriano Jorge Icaza, o uruguaio Enrique Amorim, o peruano Ciro Alegría e o venezuelano Rómulo Gallegos, de quem traduziu o romance Dona Bárbara.

O romancista venezuelano Rómulo Gallegos nasceu em Caracas (1884-1969), tornou-se conhecido ao publicar Os Aventureiros (1913), livro de contos, gênero muito limitado para as suas intenções. Dividido entre as duas correntes literárias da época, o Americanismo de crítica social e o Modernismo refinado e exótico da primeira fase.

Tendo vivido muitos anos na Espanha, onde publicou vários de seus livros. Foi ministro da Educação (1936-1937) e presidente da República, eleito em 1948. Deposto por um golpe de estado, exilou-se no México. Em 1958, volta para a Venezuela, aclamado herói nacional e o maior escritor do país. Em sua obra, procurou assimilar as peculiaridades da Venezuela, do espanhol falado pelo povo à natureza tropical e as tradições indígenas seu tema principal é o conflito entre civilização e a barbárie.

Ficou célebre internacionalmente com o romance, Dona Bárbara, publicado em Barcelona em 1929 e que dois anos depois era traduzido ao inglês. Dividido em três partes, as duas primeiras contendo treze capítulos e a última quinze, distribuídos em 173 páginas, o romance mescla elementos líricos, costumbristas, psicológicos e sociológicos. Constitui uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. A presença de símbolos em sua narrativa telúrica, numa recriação em profundidade: o personagem Santos Luzardo, volta ao lhano para vencer superstições e crendices e o espírito do mal, representado pela “devoradora de homens”, Dona Bárbara.

O romance Dona Bárbara apresenta como cenário as savanas de Apure, localizadas na região de Arauca, Venezuela, cuja produção econômica se baseia na pecuária. Essa narrativa retrata a natureza fundamentada nos ideais positivistas e de pressupostos deterministas. Desse modo, o progresso e civilização são contemplados como instrumentos de redenção para o ambiente e para os homens. Em Dona Bárbara, tanto a natureza quanto os homens são representados como bárbaros, sendo que a natureza abrange uma dinâmica significativa dentro do fio condutor da obra, pois o espaço narrativo é um ambiente que determina e, ao mesmo tempo, conduz as ações das personagens.

Dona Bárbara, uma descendente de índios, é personagem-título do livro. Ela é descrita como uma mulher cruel, não quis filhos para não dar prova do domínio do homem sobre a mulher. Seu principal opositor é Santos Luzardo, retratado no romance como um civilizador.

A ideia de tradução desta obra ocorreu após uma viagem que Jorge Amado empreendeu pela América Latina iniciada em 1937. A viagem despertou em Jorge a vontade de divulgar algumas obras hispânicas em solo brasileiro.

Talvez o seu interesse em traduzir Dona Bárbara, resida nas coincidências temáticas e nos propósitos literários entre a referida obra e as suas: denúncia social, renovação da linguagem literária, valorização das tradições culturais e perspectivas ideológicas. Após alguns anos a procura de um editor que pudesse publicar sua tradução, finalmente foi encontrar no Estado do Paraná, uma pequena editora, Guaíra, que se interessou e publicou Dona Bárbara em 1939 e outros títulos recomendados por Jorge, formando uma coleção denominada “Estante Americana”.

A partir dessa tradução, Jorge Amado passa a ser o divulgador de obras de autores latino-americanos no Brasil e na década de 1940, época em que se liam, no país, praticamente só obras de origem francesa. A literatura hispânica era desconhecida pela maioria dos leitores e, para muitos, não era possível ler obras em espanhol.

Diz-se inclusive, que o ex-presidente venezuelano tinha grande desgosto dessa edição brasileira. Ela não teria sido autorizada, logicamente não teria recebido os direitos autorais, ele a considerava uma das piores traduções feitas no Brasil, de escritores hispano-americanos. Por este motivo, Jorge Amado reeditou o livro, pela editora Record, em 1974, revisando e readaptando a tradução, além das notas esclarecedoras de rodapé.

Dona Bárbara é um romance que ainda corresponde à atualidade, ou como diz o texto em uma de suas abas: “Dona Bárbara é um livro de vida longa e fama altíssima. É justamente um clássico, isso é, um livro que espelha a verdade sobre a alma e os anseios do povo e da terra que lhe deu origem e, como tal, está destinada a atravessar os tempos como um registro fiel, acentuado pela arte e pela emoção compreensiva, da gente humilde e sofrida que habita os imensos lhanos da Venezuela”.

Texto de Gilfrancisco, jornalista, professor universitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE) e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHBA). Adaptado.

Saiba mais em: Do original ao remake: Dona Bárbara