quarta-feira, 17 de março de 2010

A árvore azul


NOME ORIGINAL
El árbol azul

ESCRITORES
Elio Erami, Leonardo Bechini, Ivonne Fournery e Óscar Tabernise

PRODUTOR
Alejandro Sessa

PAÍS DE ORIGEM
Argentina

NÚMERO DE EPISÓDIOS
200

ANO DE GRAVAÇÃO
1991

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991

EMISSORA
Rede OM

TEMA DE ABERTURA
El milagro de la vida

INTÉRPRETE
Xuxa

Descubrí una palabra que no hay quién sepa qué es,
digan ya lo que es milagro y un premio le daré.

Es el aire que aspiramos, un gran árbol fue el que habló.
Es el agua que bebemos, el riacho susurró.
La comida que comemos, dijo un perro comilón.
No lo sé, escribió en el cielo el piloto en un avión.

Es el mar y sus misterios, la sirena aseguró.
Es la flor que da la tierra, un pajarito me contó.
Es nacer uno del otro, un viejito sentenció.
Es el sol que nos calienta, dijo el hada, bajo el sol.

Vida, vida que entibia el corazón,
en la risa de los niños encontré la solución,
el amor que hay en tu pecho hace el sueño acontecer,
cada día que amanece un milagro puede ser.

Si la abeja da la miel y una planta el algodón,
el payaso da la risa y el ruiseñor una canción.

Pregunté: qué es un milagro a una estrella bien distante,
ella dijo que es la vida que sorprende a cada instante.
Si la vida es un milagro que nos inunda con su luz,
descubrí, bajito mío, que el mayor milagro eres tú.

Vida, vida que entibia el corazón,
en la risa de los niños encontré la solución.


ELENCO

Guido Kaczka
: Daniel “Danny” Figueroa

Belén Blanco: Luciana Fernandez

Paula D'Amico: Valéria Cardone

Mónica Gonzaga: Mônica Cardone

Antonio Caride: Roberto Cardone

Facundo Espinosa: Frederico

Eugenia Talice: Mariana

Mauro Martín: Miguel

Carlos Pedevilla: Francisco “Pancho” Fernández

Desiree Nagüel: Maria

Guillermo Santa Cruz: Guille

Paula Montel: Flor

Maximiliano Greco: Rafael

Matías Puelles: José

Natalia Pérez: Verônica Calzone

Diego Bozzolo: Matias

Horacio Dener: Don Juan

Andrés Vicente: André Fernandez

Morena Druchas: Morena Figueroa

Noelia Alegna
: Ani

Pablo Albino: Anthony “Tony”

Matias Galigniana: Jorge Gutiérrez

Michelle Diehl: Michelle Gutiérrez

Carlos Carrache: Fernando Gutiérrez

Victoria Onetto: Senhorita Angélica

Marzenka Novak: Carmen

Ana María Caso: Délia

Raquel Albeniz: Teresa

Carlos Muñoz: Sebastião

Dora Baret: Teresa Visconti

Roberto Antier: Daniel Ferrero

Gustavo Bermúdez: Franco Ferrero

Andrea Del Boca: Celeste Verardi

Sandra Dipp: Laura

Cristina Fernández: Mathilda

Roberto Fiore: Domenico Colacci

Mónica Galán: Antônia

Adela Gleijer: Aída Ferrero

Pablo Francini: Paulo “Paulinho” Tacone

Roberto Gonzalo: Ramón Tacone

Anahí Martella: Esther Tacone

Diego Greco: Tomás

Estela Kiesling: Magdalena

Germán Palacios: Enzo Ferrero

Abel Sáenz Buhr: Manuel

Beatriz Vives: Andrea

Francisco Nápoli: José Luis

Andrés Caliendo: Ricardo

Martín Gianola: Gonçalo



RESUMO

Um grupo de crianças de classe média de várias raças e religiões entrelaçam suas vidas através de experiências desenvolvidas no colégio e no bairro onde vivem.

Uma comédia na qual surgem os problemas infantis e de famílias, através de histórias cheias de ternura. O mistério de uma mágica árvore azul envolve as crianças de uma escola do bairro, que não escaparão de problemas econômicos, de amizade, de amor e de família, muitos dos quais poderão ser resolvidos graças ao esforço de todos.

A árvore azul tem o estilo de várias comédias norte-americanas do gênero, do programa espanhol Verano azul e dos lembrados programas argentinos Pelito, Jacinta Pichimahuida e Señorita Maestra.

terça-feira, 16 de março de 2010

Ambição


NOME ORIGINAL
Cuna de lobos

ESCRITOR
Carlos Olmos

PRODUTOR
Carlos Téllez

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
165

ANO DE GRAVAÇÃO
1986

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Ambição

INTÉRPRETE
Arthur Resende

Tudo tem segredo, caminhos cheios de amor e ilusão,
vai sem medo, seguindo o que manda seu coração.

No brilho do sol, nas águas do mar,
tem um mistério que não dá pra explicar.
E a vida é assim, tem ódio e paixão,
muda o destino quando existe ambição.

Tudo tem segredo, caminhos cheios de amor e ilusão,
vai sem medo, seguindo o que manda seu coração.

No brilho do sol, nas águas do mar,
tem um mistério que não dá pra explicar.
E a vida é assim, tem ódio e paixão,
muda o destino quando existe ambição.


ELENCO

Diana Bracho: Leonora Navarro de Larios

Gonzalo Vega: José Carlos Larios

María Rubio: Catarina Creel de Larios

Raúl Meraz: Carlos Larios

Alejandro Camacho: Alexandre Larios

Rebecca Jones: Vilma de la Fuente de Larios

Rosa María Bianchi: Bertha Moscoso / Michelle Albán

Carmen Montejo: Esperança Mandujano Aguirre

Carlos Cámara: Gustavo Ribeiro

Lilia Aragón: Rosa Mendala

Ramón Menéndez: Dr. Frank Syndell

Edna Bolkan: Paulina

Josefina Echánove: Elza

Lourdes Canale: Carmen

Luis Rivera: Mauricio Bernardes

Magda Karina: Lúcia

Mercedes Pascual: Olga 

Cynthia Riveroll: Aurélia Conti

Carlos F. Pouliot: Edgar

Blanca Torres: Clotilde

Enrique Muñoz: Capitão Jordão

Julia Alfonzo: Cecilia de la Mancorra

José Ángel Espínoza: Braulio / Samuel Navarro

Roberto Vander: Gilson Fontes

Margarita Isabel: Elena Fontes

Jorge Fegan: Joalheiro

Miguel Gómez Checa: Dr. Telmo

Edna Bolkan: Paulina Pedrero

Humberto Elizondo: Inspetor Soares

Alfredo Wally Barrón: Inspetor Lima

Ramón Menéndez: Blásquez

Blanca Torres: Clotilde

Eduardo Alcántara: Melquíades

Edmundo Barahona: Trejo

José Luis Caro: Edgar de la Fuente

Ana Bertha Espín: Mayra

Enrique Hidalgo: Gamboa

Ricardo Ledezma: Chico

Gerardo Mayol: Gomes 

Oralia Olvera: Rocío

César Arias: Senhor Suárez

Maricruz Nájera: Viúva de Gustavo

Alfonso Obregón: Inspetor de Polícia

Jorge Santos: Inspetor de Polícia

Emilio Guerrero: Controlador Aéreo


INTRODUÇÃO

Considerada um clássico, essa telenovela teve seu nome alterado no Brasil: de Cuna de lobos (Berço de lobos, em português) passou a se chamar Ambição.

É uma das telenovelas mais exitosas da história da televisão mexicana, conseguindo transcender as fronteiras e se consagrar também como a novela mais exitosa em todos os países em que foi exibida.

Seu final é considerado um dos mais surpreendentes da história das novelas mexicanas. Além disso, sua grande marca foi a vilã Catarina Creel.


RESUMO

Leonora Navarro trabalha no México e vive na casa de sua madrinha, Esperança. Um dia, um carro se choca contra os cristais da oficina onde Leonora trabalha e ela ajuda o motorista, um rico empresário dono de um laboratório farmacêutico, chamado Carlos Larios, que acaba morrendo no acidente. O filho de Larios, Alexandre, agradece Leonora pela ajuda prestada. Ambos se simpatizam e voltam a se ver.

Alexandre está casado com Vilma e ambos vivem com a mãe dele, Catarina Creel, que usa um tapa-olho. Alexandre tem um meio-irmão, chamado José Carlos, que vive no exterior e volta para o funeral de seu pai. Catarina odeia seu enteado José Carlos.

Acontece a leitura do testamento de Carlos. Nele, se estabelece que seus filhos não receberão o dinheiro enquanto não lhe derem um neto. Catarina se alegra, porque Alexandre tem vantagens sobre José Carlos (já que este não é casado e não parece ter previsão para tal, enquanto Vilma pode engravidar de Alexandre a qualquer momento). Mas Vilma é estéril e só ela e Alexandre sabem. Alexandre tem um plano para conseguir um filho. Engravidará Leonora para depois ficar com seu filho. Leonora corresponde ao amor de Alexandre sem saber que ele é casado e se entrega; pouco tempo depois descobre que está grávida. Alexandre envolve Vilma em seu plano, que, ante o desejo e o desespero por ter um filho, forja uma gravidez. Para os olhos de todos, o filho de Leonora será de Vilma.

Tempos depois, Catarina descobre que a gravidez de sua nora era uma farsa e acaba sendo cúmplice de Alexandre e Vilma para conseguir o filho de Leonora. Enquanto José Carlos é constantemente humilhado por Catarina, que o culpa de ter tirado seu olho por acidente quando era pequeno. José Carlos, que gosta dela como sua própria mãe, se sente culpado por isso. A megera, sozinha em seu quarto, tira o tapa-olho e revela que nunca perdeu seu olho, mas só usa essa mentira para martirizar José Carlos.

Chega a hora de Leonora dar a Luz. Através de mentiras, Alexandre a leva até São Miguel Allende, em uma clínica de um doutor, onde é atendida por uma sinistra enfermeira chamada Rosália (que logo depois irá ser morta por Catarina, que lhe arma uma emboscada). Quando o menino nasce, é tirado de Leonora e entregue à Vilma.

Leonora, quando percebe a armadilha em que caiu, decide lutar como uma loba para recuperar seu filho e se vingar de Alexandre, Vilma e Catarina. Acidentalmente conhece José Carlos e será por meio dele que Leonora chegará até a família Larios. Os dois se apaixonam.

Catarina comete vários crimes para impedir que descubram seus segredos: que não perdeu o olho e que o filho de Alexandre, chamado de "pequeno Edgar", não é de Vilma.

A trama vai se desenrolando e os crimes de Catarina vão sendo descobertos. Seus crimes chegam no ápice quando, acreditando que José Carlos e Leonora, que se casaram, viajarão no seu jatinho particular, adultera o combustível do avião para que ele exploda no ar. Mas não são José Carlos e Leonora quem viajam no jatinho.

Alexandre pede ao irmão que ceda seus lugares no avião, porque Vilma, que está com um câncer incurável no útero, está morrendo e ele precisa levá-la a Houston. José Carlos aceita e são Alexandre e Vilma que viajam no jatinho quando ele explode em pleno voo.

Catarina, a ponto de ser presa pela polícia, se suicida ao saber que matou seu filho por engano. Leonora recupera seu filho, a quem troca de nome, que agora é Bráulio, como o pai dela. Agora ela é feliz e está grávida de José Carlos.

Passam-se os anos. O menino Bráulio e seu primo, o filho de Leonora e José Carlos, brincam no quarto onde Catarina se suicidou, há anos. Acidentalmente, eles encontram os tapa-olhos. Bráulio coloca um deles no olho, seu irmão pergunta: "Bráulio, vamos almoçar?" e ele responde: "Eu não sou Bráulio. Eu sou o Edgarzinho!".


CURIOSIDADES

A telenovela foi exibida no Brasil em uma época na qual o SBT costumava editar/refazer por completo as aberturas (e seus temas também) na exibição brasileira. Com Ambição não foi diferente. Se no México, o tema de abertura era instrumental, no Brasil a música de abertura foi criada especialmente para a novela. O tema de abertura era cantado por Arthur Rezende, que foi integrante do grupo Super Feliz, e também cantava a música tema da novela Carrossel.

Carlos Olmos, escritor da novela, se inspirou em uma personagem de Bette Davis, atriz de filmes norteamericanos, para iniciar a personagem de Catarina Creel. Depois escreveu o livro "Cuna de lobos" onde o protagonismo de Leonora Navarro é total, e o final é diferente do apresentado na telenovela.

Esta trama obteve impacto no México no dia de seu término e no dia seguinte após sua exibição: todo país ficou paralisado, as ruas onde o trânsito era normalmente grande, estavam vazias e no dia seguinte muitas pessoas aclamavam "Catarina Creel para presidente do México". O furor do final se intensificou na zona de Chihuahua, pois ai (nesse tempo) os donos de um jornal possuíam o sobrenome "Creel", tanto que no jornal posteriormente foi publicada a seguinte mensagem: "Sentimos muita pena pela morte de nossa Tia Catarina Creel".

A revista "People en español" a incluiu na lista das “10 melhores telenovelas do mundo e da história". A personagem de Catarina Creel tem sido nomeada "A mãe de todas as vilãs", e ainda hoje, mais de 20 anos depois de sua produção, Catarina é um ícone de maldade.

A partir dessa novela, muitas produtoras internacionais fizeram suas adaptações: como a espanhola La verdad de Laura, produzida em 2002 com a colaboração da Televisa, protagonizada por Mónica Estarreado e Mariano Alameda. Nessa versão a vilã, interpretada por Mirtha Ibarra, fingia estar paralítica ao invés de ser cega de um olho.


COMENTÁRIOS

Em 1986, o grande escritor Carlos Olmos, famoso por suas histórias nada convencionais para novelas, escreveu aquele que foi um marco na história das novelas mexicanas: Ambição (Cuna de lobos, no original). Junto ao já falecido produtor Carlos Tellez, fez de Ambição um grande sucesso. Hoje, a novela é considerada um clássico.

Unindo uma história cheia de intrigas, crimes e reviravoltas, Ambição foi uma novela repleta de destaques. No elenco, Diana Bracho e Gonzalo Vega viveram Leonora e José Carlos, um casal cujo destinado é manipulado por todos os vilões da história. Diana comoveu o México como Leonora, que aos poucos foi dando a volta por cima, voltando para se vingar de todo o engano que a fizeram viver.

Alejandro Camacho e Rebeca Jones brilharam como Alexandre e Vilma, dispostos a tudo pela herança do pai de Alexandre. Alejandro Camacho esteve soberbo como o manipulador Alexandre, um grande vilão, e Vilma, uma vilã que fazia maldades para saciar sua infelicidade de não poder ter filhos. Foram atuações de arrepiar.

Entre os coadjuvantes, muitos brilharam e marcaram. Rosa María Bianchi lançou-se definitivamente como a fiel secretária Bertha, Humberto Elizondo fez uma de suas melhores atuações como Inspetor Soares, e Lilia Aragón como a malvada Rosa Mendala, que mantinha Leonora drogada.

Mas sem sombra de dúvidas, o grande destaque do elenco veio com María Rubio, que imortalizou a personagem Catarina Creel de Larios, a grande vilã da história. Até hoje, suas vilanias não foram superadas, o que é uma honra para María Rubio, que por outro lado, teve que se afastar um pouco da televisão depois de Ambição. Tudo isso, porque Catarina marcou muito. Também pudera, María Rubio fez uma atuação impecável. Como esquecer do sinistro tapa-olho que Catarina usava, tudo isso para atormentar José Carlos, culpando-o por um acidente no qual ela teria perdido o olho. Catarina eliminou um a um seus inimigos, e acabou se suicidando ao saber que matou, por engano, o filho Alexandre.

Em uma situação inédita e até hoje jamais repetida, uma atriz ganhou sozinha dois prêmios TVyNovelas pelo mesmo personagem. María Rubio, tamanha a perfeição de sua atuação, ganhou o prêmio de melhor atriz experimentada (primeira atriz) e obviamente, vilã do ano. Catarina ainda é a maior vilã de todos os tempos, conhecida mundialmente como a “vilã do tapa-olho”, já que a novela foi muito vendida e dublada para muitos idiomas.

Uma curiosidade quanto a elenco, é que Diana Bracho não foi a primeira escolha para viver Leonora. Carlos Tellez sonhava com Angélica Aragón no papel, mas a atriz não pôde participar. Em 1990, Carlos finalmente trabalharia com Angélica Aragón em Na própria carne, em uma participação nos primeiros capítulos.

A novela gerou muito suspense ao longo dos capítulos, captando a atenção de todos. Ambição fez tanto sucesso que um dia após o final, o público exigiu a reprise do último capítulo. Isso não é nenhuma novidade no Brasil, mas no México não havia esse costume.

Ambição teve cenas memoráveis desde o seu primeiro capítulo, quando mostrava Catarina envenenando o marido, ou quando Bertha flagrava Catarina sem seu tapa-olho, e a perseguição de carro de Catarina em busca de Bertha, para matá-la ou ainda a fuga desesperada de Leonora do manicômio onde foi parar, ou quando Vilma descobria seu câncer, até a última cena já com os filhos de Leonora brincando, e a menção ao “pequeno Edgar”, sonho de Catarina. Momentos inesquecíveis de uma novela diferente de tudo o que havia sido feito antes.

Em 1994 Carlos Sotomayor produziu a novela Império de Cristal com a ideia original de Alexandre Camacho e Rebeca Jones que também atuaram na novela. Não se trata de um remake de Ambição, mas possui ideias muito parecidas, tanto é que vários atores de Ambição também participaram. Além dos dois, Maria Rubio também estava na novela.

Ambição foi um momento da televisão onde tudo chegou a perfeição. Diálogos inteligentes, atuações espetaculares e uma história magistral em uma novela que jamais será esquecida.

Mortes causadas por Catarina Creel

Somam um total de 11 mortes cometidas pela personagem conhecida como "A mãe de todas as vilãs". No início da história, Catarina mata aqueles que considera uma ameaça para seus planos, já no final se pode ver como seus planos mortais terminam por ir contra ela mesma, como no caso de seu filho e de sua nora. As mortes são:

1. Carlos Larios: Quando Catarina descobre que seu marido a viu sem o tapa-olho e sim com com o olho perfeito, decide envenená-lo. O efeito era tardio, já que quando Carlos ia em seu carro, foi perdendo a consciência pouco a pouco até que o veículo colide contra uma oficina, causando-lhe a morte.

2. Joalheiro: Estando em viagem por Nova Iorque, vê Catarina sem o típico tapa-olho, completamente bem, isso lhe motiva a informar a José Carlos sobre o que viu e combinam de se encontrar para para que pudesse lhe contar. Em um estacionamento, o Joalheiro é surpreendido por Catarina com seu disfarce de assassina, ela lhe dispara três vezes. O Joalheiro, antes de morrer, lhe revela que existe mais alguém que conhece seus crimes.

3. Gustavo Ribeiro: Sócio de Carlos Larios, descobre algumas irregularidades em Lar Creel, que apontam diretamente para Catarina. Bertha, que já conhece os crimes de Catarina, decide alertar Gustavo, que Catarina vai até seu departamento para matá-lo. Este se prepara e Catarina chega. Aparentemente tudo não passava de uma conversa tranquila, mas Gustavo tenta detê-la e Catarina prontamente o deixa cego, lhe injeta um poderoso medicamento venenoso, parte dos produtos de Lar Creel.

4. A avó de Bertha: Catarina, ao saber que Bertha a traiu, ordena Rosa que incendeie o asilo onde a avó de Bertha está internada. A pobre senhora padece entre os gases emitidos pelas grades de ventilação do quarto, impossibilitando que Bertha possa ajudá-la a escapar.

5. Doutor Syndell: Curiosamente, também morre no incêndio do asilo.

6. Rosa Mendala: Alegando querer ajudá-la a escapar da polícia, Catarina a disfarça com seu próprio traje de assassina e lhe dá instruções para escapar usando o trem. Minutos depois, chama José Carlos e lhe diz que Rosa é a causadora do incêndio do asilo e lhe informa sobre seu paradeiro. A polícia chega à plataforma e dispara contra Rosa. A enfermeira cai morta por um disparo nas costas. Vale ressaltar que apesar de não ser uma assassina direta, Catarina possivelmente já pensava que iriam matá-la.

7. Lúcia: Bertha, que agora passa a se chamar Michelle Albán, conta com a ajuda de sua assistente chamada Lúcia, que consegue entrar na casa de Catarina e pegar evidências da máquina de escrever. Uma noite em que está em seu apartamento escutando animada "Papa don´t preach", é surpreendida por Catarina, que a estrangula com os cabos de seu próprio fone.

8. Inspetor Soares: Com as evidências acima, o Inspetor Suárez visita Catarina na mansão Larios, para interrogá-la pelos crimes já mencionados. Catarina, astutamente, finge uma lesão e Suárez cai na armadilha. Catarina o lança na piscina e em seguida lança também um podador elétrico, lhe matando eletrocutado.

9. e 10: Vilma e Alexandre Larios: Preparando seu golpe mais letal contra José Carlos e Leonora, Catarina sabota o avião dos Larios colocando açúcar no combustível. Mas não sabia que Alexandre havia pedido a José Carlos o avião emprestado devido às complicações de Vilma, ou seja, seu filho e sua nora que estavam a bordo no avião morreram na explosão.

11. Ela mesma: Os dois assassinatos anteriores seriam o fato que levaria Catarina a seu inevitável suicídio, o qual, também é tido como seu último assassinato. Mesmo assim, vale dizer que Catarina também planejou, mas não conseguiu a matar Bertha, Leonora Navarro, José Carlos Larios, entre outros, também pensava que o assassinato não era a única forma de se desfazer dos obstáculos.

As personagens mexicanas - Parte 3

GÊMEAS

Gabriela Spanic foi as gêmeas Paulina e Paola em A usurpadora, Belinda e Daniela Luján viveram Mariana e Silvana em Cúmplices de um resgate e em Mundo de feras, César Évora deu vida aos gêmeos Damião e Gabriel. Todos foram separados ao nascer. Já Lucero viveu as trigêmeas Maria Guadalupe, Maria Fernanda e Maria Paula na novela Laços de amor. Yadhira Carillo interpretou sósias e não gêmeas em A outra.


SUBSTITUIÇÕES

Marcelo Buquet foi substituído por Geraldo Murguía, no papel de Henrique em O diário de Daniela. Daniela Luján entrou no lugar de Belinda, como Mariana e Silvana em Cúmplices de um resgate. Outras tramas infantis com troca de atores foram Amigos para sempre onde Melissa foi interpretada primeiramente por Adriana Fonseca e depois por Lourdes Reyes. Em Amy, a menina da mochila azul Sharis Cid e Yolanda Ventura interpretaram Angélica.

Em Carrossel, Armando Calvo e Augusto Benedico interpretaram o porteiro boa-praça Firmino. Clara, nome da mãe de Maria Joaquina, também foi vivida por duas atrizes. A primeira foi Karen Sentíes e a segunda, Kenia Gazcón. Detalhe: enquanto a primeira tinha, na época, longas madeixas loiras, a substituta possuía cabelos pretos encaracolados.


MARIAS

Toda novela mexicana que se preze, tem que ter uma Maria. Assim foi em Maria Mercedes, Marimar e Maria do bairro, todas vividas por Thalía, Maria Isabel com Adela Noriega e Maria Belém com Danna Paola. Victoria Ruffo foi Maria em Simplesmente Maria e A madrasta.

Já em Abraça-me muito forte, Aracely Arámbula viveu Maria do Carmo. Laços de amor trouxe três Marias: Maria Guadalupe, Maria Fernanda e Maria Paula, vividas por Lucero. Gabriela Spanic interpretou Maria do Céu em Por teu amor. Já em Marielena o papel-título foi de Lucía Méndez. Houve também Maria José, exibida pela Rede CNT - Gazeta.


CRIANÇAS

Uma grande tradição no México é lançar crianças em cada novela e várias delas seguem o caminho da teledramaturgia, outras se tornam estrelas, com o passar dos anos. Ludwika Paleta iniciou sua carreira em Carrossel, depois foi vista em Vovô e eu, ao lado de Gael García Bernal, em Menina, amada minha e mais recentemente em Amanhã é para sempre.

Lucero é lembrada até hoje por Chispita, Belinda ganhou fama em Amigos para sempre, já Daniela Aedo foi a estrela de Carinha de anjo, Danna Paola em Maria Belém e Amy, a menina da mochila azul, as duas estiveram em Viva às crianças – Carrossel 2. Luz Clarita lançou Daniela Luján, que estrelou O diário de Daniela, trama que revelou também Martín Ricca.

Christopher Uckermann ainda era criança quando esteve em O diário de Daniela e Amigos para sempre, também participou de Amy, a menina da mochila azul, até estourar em Rebelde. Maria Chacón deu vida à esperta Chofis de Alegrifes e rabujos e Natasha Dupeyrón à sofrida Alexandra de Poucas, poucas pulgas.


BICHOS

Os animais também ganharam muito espaço nas tramas latinas, a maior parte deles, foram cães-atores. Rabito, era o pastor alemão, e Fucinho, um coelho, em Carrossel. Dois labradores ficaram famosos: Manteiguinha em Cúmplices de um Resgate e Tomás em Poucas, poucas pulgas. Houve também o Pulguento, de Marimar, a Fadinha de Carinha de anjo e os cavalos Parnaso, de No limite da paixão e Chocolate de Feridas de amor.

As personagens mexicanas - Parte 2

AS ESTRELAS

Várias foram as estrelas mexicanas que passaram pelo Brasi durante todos esses anos de telenovelas exibidas: Thalía, Gabriela Spanic, Adela Noriega, Leticia Calderón e Victoria Ruffo são os principais nomes.

Thalía fez sua primeira aparição no Brasil em Quinze anos, depois vieram a trilogia das Marias – Maria Mercedes”, Marimar e Maria do bairro – e Rosalinda. Adela Noriega, parceira de Thalía em Quinze anos, brilhou em Maria Isabel, O privilégio de amar e Amor real. Gabriela Spanic foi vista em três tramas A usurpadora, Por teu amor e Caminhos do amor, e conquistou os brasileiros.

Uma das primeiras estrelas, Victoria Ruffo, apareceu pela primeira vez em Simplesmente Maria, depois integrou o elenco de A fera, Abraça-me muito forte e A madrasta. Leticia Calderón participou dos primeiros capítulos de O diário de Daniela, foi a protagonista de Esmeralda e esteve em Eu compro essa mulher.

A falecida atriz Irán Eory é outro rosto bastante conhecido. Sua primeira novela a ser exibida por aqui foi Carrossel das Américas, atuou também em A usurpadora, Maria do bairro, Esmeralda, Por teu amor e Gotinha de amor.

Anahí debutou em O diário de Daniela, interpretando Adélia, participou também de Primeiro amor – A mil por hora e Rebelde, quase sempre interpretando patricinhas. María Rubio se destacou pelas vilãs de Ambição e Salomé, sem esquecer de Império de Cristal, exibida pela Rede CNT - Gazeta.

Edith González estrelou Salomé e Coração selvagem e foi a vilã Joselyn de Mundo de Feras. Jacqueline Bracamontes protagonizou Feridas de amor, Rubi e Alegrifes e rabujos. Ludwika Paleta era uma criança quando brilhou em Carrossel. Ainda menina, participou de Vovô e eu, já adolescente, esteve em Maria do bairro, depois integrou o elenco de Amigas e rivais e Menina, a amada minha.

A grande dama mexicana Carmen Salinas já foi vista em cinco novelas: Maria Mercedes, Maria do bairro, Abraça-me muito forte, No limite da paixão e Mundo de feras. Paty Díaz é a grande recordista entre as mulheres, quase sempre vivendo empregadas. Luz Clarita foi sua primeira novela a ser exibida no país, depois vieram mais sete trabalhos: A usurpadora, Rosalinda, Carinha de anjo, Salomé, Gotinha de amor, Rubi e Mundo de feras.


OS ATORES

Fernando Colunga é o maior galã das tramas mexicanas que passaram no país. Ele deu as caras, como protagonista, em Maria do bairro, interpretando Luiz Fernando, esteve em A usurpadora, Esmeralda, Amor real, Abraça-me muito forte e na recente Amanhã é para sempre, exibida pela Rede CNT, sem contar as participações pequenas em Maria Mercedes e Marimar. Já Fernando Carrillo esteve apenas em duas tramas: Rosalinda e Maria Isabel. Eduardo Capetillo foi o galã de Alcançar uma estrela, Marimar e Amy, a menina da mochila azul, em Camila fez par romântico com esposa na vida real, Bibi Gaytán.

O colombiano Juan Pablo Gamboa participou de duas tramas infantis: O diário de Daniela, como Pepe, e Carinha de anjo, interpretando o Noel onde foi o mocinho, e três novelas adultas: Esmeralda, Menina, amada minha e A usurpadora. Falando em novelas infantis, Miguel de León é outro veterano. Participou de quatro delas: Carinha de anjo, Gotinha de amor, Viva às crianças – Carrossel 2 e Alegrifes e rabujos, além de A usurpadora.

O cubano César Évora é o terceiro colocado no ranking dos recordista de novelas. Mesclando vilões e românticos assumidos, passando por um padre, engordou, emagreceu, voltou a engordar e emagreceu novamente. Debutou no Brasil em Coração selvagem, depois vieram nada menos que sete tramas: Abraça-me muito forte, Mariana da noite, O privilégio de amar, Luz clarita, Manancial, A madrasta e Mundo de feras.

Com nove novelas, o falecido ator René Muñoz apareceu pela primeira vez no Brasil em Rosa selvagem, depois integrou o elenco de Quinze anos, Carrossel das Américas, Marimar, Maria do bairro, A usurpadora, Abraça-me muito forte, Rosalinda e Sigo te amando.

Porém, o posto de rosto mais conhecido é do veteraníssimo Enrique Lizalde. Com mais de 70 anos, já esteve em dez tramas exibidas no Brasil: Feridas de amor, No limite da paixão, A usurpadora, Camila, Maria do bairro, Esmeralda, Coração selvagem, Alcançar uma estrela, A vingança e Chispita.

As personagens mexicanas - Parte 1

OS VILÕES

Toda novela que se preze tem que ter um vilão, porém, algumas delas tem mais de um. Foi o caso de Paola e Willy (Gabriela Spanic e Juan Pablo Gamboa) em A usurpadora, Maciel e Frida (Alberto Estrella e Sabine Moussier) em No limite da paixão e Demétrio e Alba (Guillermo García Cantu e Jacqueline Andere) em A madrasta.

Outros vilões marcaram época, se tornando inesquecíveis até hoje, como Soraya Montenegro (Itatí Cantoral) em Maria do bairro, que simulou a própria morte e matou a mãe, Malvina (Laura Zapata) em Maria Mercedes e Catarina Creel de Larios (María Rubio) em Ambição, com seu inseparável tapaolho, que combinava com suas roupas e Mônica (Adamari López) em Camila.

Sem contar os malígnos mais recentes: Joselyn (Edith González) em Mundo de feras, Silvana (Belinda e Daniela Luján) em Cúmplices de um resgate, Bertha de Aragão (Diana Bracho) em Feridas de amor, Rubi (Bárbara Mori) na novela homônima.

César Évora fez três grandes vilões: Damião em Mundo de feras, Frederico de Abraça-me muito forte e Atílio de Mariana da noite. Outro ator que se acostumou a viver vilões foi Odiseo Bichir. Ele foi o antagonista Joel em O diário de Daniela, Francisco em Amigos para sempre e Tibério, em Mundo de feras.

Ainda no ramo de novelas infantis, temos em O diário de Daniela, David Ostrosky vivendo o mal-feitor Gustavo Corona; Harry Geithner, o temido tio Rogério em Maria Belém; Enrique Rocha, o vilão Lúcio em Serafim; Ana Patricia Rojas, Nicole de Carinha de anjo; Cecília Gabriela, a malévola Regina em Cúmplices de um resgate e Rosa María Bianchi, a bruxa Helga em Alegrifes e Rabujos.

Karina, personagem de Mercedes Molto, era a vilã de Menina, amada minha, Joana Benedek fez a serial-killer Rosana em Amigas e rivais. Nora Salinas interpretou a malvada Vera de Rosalinda e Chantal Andere, a Angélica em Marimar. Isso sem contar Ana Colchero, a Aimé de Coração Selvagem, Nailea Norvind, a Valéria de Preciosa, Katie Barberi, Miranda em Por teu amor e Cinthia Klitbo como Tamara em O privilégio de amar.

Entre as aprendizes de vilões em tramas infantis destacam-se: Ludwika Paleta, a Maria Joaquina de Carrossel, Nancy Patiño, Bibi de Poucas, poucas pulgas) e a dupla Andrea Soberon e Priscila Herrera, como Frida e Bárbara em Carinha de anjo.


PARES ROMÂNTICOS

Luis Fernando e Maria (Fernando Colunga e Thalía) em Maria do bairro

Carlos Daniel e Paola / Paulina (Fernando Colunga e Gabriela Spanic) em A usurpadora

Manuel e Matilde (Fernando Colunga e Adela Noriega) em Amor real

Carlos Manuel e Maria do Carmo (Fernando Colunga e Aracely Arámbula) em Abraça-me muito forte

José Armando e Esmeralda (Fernando Colunga e Letícia Calderón) em Esmeralda

Rosalinda e Fernando José (Thalía e Fernando Carrillo) em Rosalinda

Marimar e Sérgio (Thalía e Eduardo Capetillo) em Marimar

Maria do Céu e Marco Durán (Gabriela Spanic e Saúl Lisazo) em Por teu amor

Cristina e Vítor Manuel (Adela Noriega e René Sticker) em O privilégio de amar

Maria Isabel e Ricardo (Adela Noriega e Fernando Carrillo) em Maria Isabel

Adriana e Alexandre (Adela Noriega e Mauricio Islas) em Manancial

Miguel e Camila (Eduardo Capetillo e Bibi Gaytán) em Camila

Otávio e Ana Cristina (César Évora e Suzana González) em No limite da paixão

Gabriel e Mariângela (César Évora e Gaby Espino) em Mundo de Feras

Estevão e Maria (César Évora e Victoria Ruffo) em A madrasta

Alessandro e Maribel (Eduardo Santamarina e Jacqueline Bracamontes) em Rubi

Alessandro e Miranda (Guy Ecker e Jacqueline Bracamontes) em Feridas de amor

Demétrio e Verônica (Guy Ecker e Kate del Castillo) em A mentira

Júlio e Salomé (Guy Ecker e Edith González) em Salomé

João do Diabo e Mônica (Eduardo Palomo e Edith González) em Coração selvagem

Fernando e Letícia (Jaime Camil e Angélica Vale) em A feia mais bela

Luisa e Luís Angel (Cláudia Ramírez e Luis José Santander) em Sigo te amando

Rosa e Ricardo (Verónica Castro e Guillermo Capetillo) em Rosa selvagem

Álvaro e Carlota (Juan Soler e Yadhira Carrillo) em A outra

Carolina e Paulo (Ludwika Paleta e Julio Mannino) em Menina, amada minha

Giovana e León (Anahí e Kuno Becker) em Primeiro amor – A mil por hora

Mia e Miguel (Anahí e Alfonso Herrera) em Rebelde

Estrela e Greco (Ana Layevska e José Luis Reséndez) em A madrasta

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ética e telenovelas latino-americanas

Oscar Guarín, produtor e roteirista televisivo, conceitua a ética, a moral e a telenovela


A ética é a ciência do que é bom para o homem, a arte de viver adequadamente com o objetivo de alcançar a plenitude e a felicidade humanas. A telenovela é um gênero muito particular televisivo, de ficção, no qual se avivam os sentimentos e as paixões humanas, ou seja, é um gênero com uma linguagem e uma narrativa distinta aos das séries de ficção do cinema.

Tratando-se de um fenômeno social complexo e polêmico, destacou-se a falta de códigos éticos ou recomendações normativas em importantes instituições de referência televisiva, como comissões nacionais de televisão, que orientem os profissionais. O remédio diante desta falência, é a autorregulação, ou seja, a responsabilidade pessoal do produtor, do roteirista e do telespectador que como consequência acaba gerando uma maior ética televisiva.

Também se falou a respeito das novelas da RCN e Caracol, a primeira em maior qualidade estética e de maior cuidado formal, a segunda para um público mais popular. Em geral, os atores não tem tanta liberdade e poder para introduzir mudanças nos roteiros, de fato, a melhor opção seria um acordo entre o produtor, o diretor e o ator ou atriz.

Por último, se refletiu sobre um dos obstáculos que impede a ética nas telenovelas, talvez o principal de todos: a guerra de audiência, porém, sabemos sobre a ineficiência das medições de audiência das transmissões, já que, na realidade, não se medem todos os canais.

Pergunta principal para o acadêmico:

Como se pode ajudar o público a aprender a “ler” as telenovelas?

Muitas pessoas desconhecem as três características principais do melodrama televisivo: o maniqueismo (polarização do bem e do mal), ênfase nas emoções (a história é de conflitos emocionais, de sofrimentos e desfrutes extremos), e o triunfo da justiça.

Depois de um longo diálogo pôde-se chegar às seguintes conclusões:

- As novelas são e geram cultura, para bem ou para mal.

- Não importa o “Que”, mas o “Como”. Deve-se aprender a mostrar tudo, sem medo, ainda que nas telenovelas o que se mostra são sentimentos extremos.

- Há a necessidade de impulsar o diálogo entre empresários televisivos, roteiristas e educadores para se propor produtos de ficção que agradem ao público e que gerem uma boa audiência.

Quinze anos (Meus quinze anos)


NOME ORIGINAL
Quinceañera

ESCRITOR
René Muñoz 

PRODUTORA
Carla Estrada

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
183

ANO DE GRAVAÇÃO
1987

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991 / 1997

EMISSORA
SBT / Rede CNT

TEMA DE ABERTURA DO SBT
Quinze anos

INTÉRPRETE
Dalva

Eu não sei, porque me sinto assim tão diferente,
por que não ligo mais pra tanta gente.
Que será?

Eu não sei porque meu corpo muda a cada dia,
sinto que já não sou mais a mesma.
Que será? Que será?

E agora desperta a mulher que em mim dormia,
aos poucos deixo de ser a menina,
começa a aventura dessa vida.

E agora desperto com sol de primavera,
meus sonhos se transformam em promessas,
mas o meu coração não desespera…

TEMA DE ABERTURA DA CNT
Gracias a Dios

INTÉRPRETE
Thalía

Cuando estoy contigo no me importa nada,
solo tu cariño, solo tus palabras.
Cuando estoy contigo se cambia mi vida,
que un mundo divino… lleno de alegrías.
Cuando estoy contigo no me importa nada,
solo tu cariño, solo tus palabras.

Tú eres el amor que yo esperaba, lo que tanto había soñado,
hasta que llegaste tú, le di gracias a la vida
le di gracias al amor, por estar contigo, contigo.

Por haberte encontrado, por haberte conocido, amor,
por ser tan feliz contigo, por estar enamorados,
porque ahora estás conmigo, porque ahora estoy contigo.

Yo le doy gracias, le doy gracias, gracias a Dios,
le doy gracias a la vida, le doy gracias al amor,
por haber nacido en el mismo siglo tú y yo.

Gracias a la vida, gracias a el amor,
yo le doy gracias, le doy gracias, gracias a Dios.


ELENCO

Adela Noriega: Marilu Fernández

Thalía: Beatriz

Ernesto Laguardia: Paulo

Sebastián Ligarde: Memê

Julieta Egurrola: Carmem Fernández

Luis Bayardo: Ramón Fernández

Rafael Rojas: Geraldo Fernández

Luis Bayardo: Ramos

Nailea Norvind: Leonor

Blanca Sánchez: Ana Maria Villanueva

Jorge Lavat: Roberto

Roberto Ballesteros: Antônio

Fernando Ciangharotti: Sérgio

Margarita Sanz: Tia Edwiges

Karen Senties: Teresa

René Muñoz: Timóteo

Abraham Méndez: Ernesto

Silvia Caos: Consuelo

Armando Araiza: Chato

Inés Morales: Elvira

Maricarmen Vela: Enriqueta

Jorge Lavat: Roberto

Julieta Bracho: Palmira

Rosario Granados: Rosália

Carlos Espejel: Reintegro

Roberto Carrera: Joaquim

Alejandra Gollas: Adriana

Ana Bertha Espín: Elisa

Cristopher Lago: Carlinhos

Lucero Lander: Alice

Meche Barba: Lupe

Marta Aura: Gertrudes

Alicia Montoya: Lúcia

Lucha Moreno: Virgínia

Ana Silvia Garza: Sofia

Teo Tapia: Barreira

Ana María Aguirre: Cristina

Pancho Müller: Toluco

Omar Fierro: Artur

Paulina Rubio: Antônia

Alejandro Montoya: Martim

Gabriel: Chamo

Keiko: Orca


INTRODUÇÃO

Escrita pelo falecido ator cubano René Muñoz, Quinze anos foi produzida em 1987 e exibida pelo SBT em 1991. Em 1997, a Rede CNT a reapresenta com o nome de Meus quinze anos. Foi a primeira novela protagonizada por Adela Noriega e por Thalía, que, até então, era integrante da banda Timbiriche, que interpretava o tema de abertura da novela.

Adaptada do filme de mesmo nome, estrelado por Maricruz Olivier na década de 60, e também de autoria de René Muñoz, a telenovela inovou ao tratar de assuntos, até então, considerados tabus, tais como: gravidez na adolescência, drogas, estupro e gangues.


RESUMO

Marilu e Beatriz estudam juntas e são melhores amigas. Ambas estão prestes a completar quinze anos e sonham com suas respectivas festas de debutantes.

Beatriz é uma menina rica, mas que não se sente amada pelos próprios pais. Sua mãe, a renomada advogada Ana Maria, não tem tempo para se dedicar à filha, e seu pai tenta comprar a afeição da menina através de presentes caros.

Marilu, com sua beleza, atrai a atenção dos rapazes, mas ela é apaixonada pelo mecânico Pancho. Sua mãe, a ambiciosa Carmem, não permite esse namoro, mesmo com os bons sentimentos que possui Pancho, já que, por ser humilde, ele não poderia ajudar em nada na festa de quinze anos que Carmem deseja para sua filha, festa essa que estaria acima das possibilidades da família. Carmem sonha que sua filha possa se casar com o milionário Sérgio, um primo de Beatriz.

Memê, o membro de uma gangue, também sente-se atraído por Marilu e, para tentar afastá-la de Paulo, faz com que a moça acredite que ele a tenha estuprado: o marginal põe droga na bebida de Marilu, e depois de ter desmaiado, a garota acredita ter sido violentada. Assim sendo, Paulo perde o interesse por Marilu, que pensa não ser mais virgem, e por vergonha, ela se afasta dele.

Enquanto isso, após a pressão de Carmen para que seus filhos subam na vida, Geraldo, o irmão de Marilu, envolvido com drogas, começa a namorar Beatriz e a engravida. Geraldo abandona Beatriz após saber sobre sua gravidez. Beatriz conta, pela primeira vez, com o apoio dos pais frente à situação inesperada, mas um acidente a faz perder o bebê.

Depois de tantos problemas que surgirão, que incluem a detenção do pai de Marilu, o roubo do dinheiro da festa de uma das debutantes, o suicídio de Sérgio, entre outros, finalmente, Carmem, aceita o namoro de Paulo e Marilu. Beatriz também decide dar outra oportunidade a Geraldo.

A amizade de Marilu e Beatriz fez com que as duas tivessem força para superar e pôr um fim em seus traumas. A mulher que nelas dormia foi despertada e elas sentem que já não são mais as mesmas, que agora é que começam as aventuras da vida.


CURIOSIDADES

A gíria do bad boy Memê, vivido por Sebastián Ligarde, quando chamava Marilu era "Sirena morena" ("Sereia morena"), frase que se perdeu na tradução da telenovela.

Em 2000, quase quinze anos após o lançamento de Quinceañera, Pedro Damián, um dos diretores da telenovela, produziu Primer amor - A mil x hora, um remake da novela original. A nova versão era protagonizada por Anahí, Kuno Becker, Ana Layesvska e Valentino Lanús e, apesar do tempo, a telenovela original permanece sendo a mais ousada para sua época quando comparada a seu remake. O SBT exibiu o remake em questão em 2003.

Aproveitando o sucesso de Thalía no Brasil, em 1997, a Rede CNT adquire os direitos de exibição de Quinceañera e a exibe no horário nobre sob o título Meus quinze anos. A abertura original da elenovela foi completamente alterada. No lugar da canção-título interpretada pelo Timbiriche, o tema foi "Gracias a Dios", sucesso de Thalía do álbum En extasis de 1995. A personagem de Thalía foi praticamente a única a ser mostrada na abertura e até mesmo cenas de Maria Mercedes foram inseridas na mesma.

Quinceañera foi eleita a quinta melhor novela de todos os tempos pela redação da revista People en Español. De acordo com os leitores, é a segunda melhor novela, perdendo por apenas 2% para a brasileira O clone.

Apesar do grande sucesso de Quinze anos em sua exibição original, a telenovela nunca foi reprisada pelo SBT.


COMENTÁRIOS

Em 1987, a produtora Carla Estrada teve uma id eia que mudaria a história das novelas mexicanas. A partir do livro de René Muñoz, ela fez a novela Quinze anos (Quinceañera, no original, que significa “debutante”). Foi a primeira proposta realmente lançada para agradar o público adolescente. Com isso, foram debatidos temas que eram tabus para a época, como a gravidez indesejada, estupro, e outros assuntos fortes. Anteriormente, a própria Carla Estrada havia lançado uma novela jovem, Pobre juventud, mas que não agradou, assim sendo, Quinze Anos é praticamente a primeira novela adolescente no México.

Apesar do projeto em si ter agradado a Televisa, Carla Estrada optou por um elenco que não ia de encontro as ideias que tinha a empresa. Afinal, Carla queria Ernesto Laguardia, que era praticamente um desconhecido para o principal papel masculino da história. Ela também queria Nailea Norvind para viver a vilã Leonor. O presidente da Televisa se opôs a essa escalação, afinal, eram atores sem nenhum peso. Mas Carla lutou para tê-los e os lançou definitivamente a fama. Ernesto Laguardia e Nailea Norvind estiveram perfeitos em seus papéis de Paulo e Leonor, e até hoje estão aí, como dois astros de peso no elenco da Televisa.

Adela Noriega foi a protagonista Marilu. Seu caso é muito curioso. Na verdade, Adela estava cotada para protagonizar Rosa selvagem. Mas a Televisa aproveitou que Verónica Castro estava de volta à empresa e aproveitando sua lucrativa imagem internacional, tirou Adela Noriega do projeto. Na época, comentou-se muito que deram Quinze anos para Adela como consolo. Acabou sendo um grande acerto. Marilu marcou muito e consagrou Adela Noriega no mundo das novelas.

Thalía havia sido lançada por Carla em uma novela anterior, La pobre señorita Limantour, que foi um fracasso. Assim, o rosto de Thalía, oriunda do grupo Timbiriche, era praticamente uma novidade nas novelas. A marcante e sofrida Beatriz teve grande destaque e um excelente desempenho. Sua personagem discutiu vários assuntos polêmicos e pode-se dizer hoje, que foi o papel mais diferente e complexo já interpretado por Thalía. Ironicamente, ela não foi a primeira opção para Beatriz, e sim sua arqui-inimiga Paulina Rubio, que recusou o papel pelo fato que a personagem ficaria grávida ao longo da trama, e isso poderia manchar sua carreira.

Outro grande destaque do elenco jovem foi o inesquecível vilão Memê, vivido por Sebastián Ligarde. O malando era o típico bad boy mexicano dos anos 80, muito topete e roupas chamativas.

Curiosamente, uma das expressões mais marcantes do vilão era quando ele chamava Marilu de “Sirena morena”, que aqui no Brasil foi traduzido como outras coisas, menos como deveria ser. A novela também contou com as presenças de Armando Araiza e Rafael Rojas, hoje, muito conhecidos.

No elenco adulto, os grandes destaques foram as mães das protagonistas e suas grandes diferenças: a elegância e o bom gosto de Ana Maria e o deslumbramento com a riqueza e o status que almejava Carmem. Também vale comentar as atuações de Luis Bayardo, como Ramón, o pai de Marilu, e Inês Morales como a invejosa Elvira.

Quinze anos foi uma verdadeira febre no México, e isso se refletiu nos aclamados Prêmios TVyNovelas. Adela Noriega e Ernesto Laguardia foram os melhores atores jovens do ano. Thalía e Armando Araiza, as revelações, e Sebastián Ligarde foi eleito o melhor vilão do ano. E sobretudo, Quinze anos se consagrou a melhor novela de 1987. A partir daí, veio uma grande virada para todos, tanto para o elenco da novela como para Carla Estrada, que obteve mais espaço como produtora.

Talvez, a discussão dos temas fortes foi o grande acerto da história, pois, misturando toda a magia das festas de debutantes, o drama do estupro, da gravidez fizeram de Quinze anos uma novela que veio em um momento muito adequado para esse tipo de discussão. Marcante também foi o tema musical, Quinceañera, interpretado pelo grupo Timbiriche.

Quinze anos continua sendo a novela adolescente de maior sucesso até hoje, também ditou por muitos anos o modo de como se fazer uma novela para o público jovem. Hoje em dia, a novela já não é tão atual em seu ponto de vista na maneira em como se debater a polêmica da história, mas com certeza, em sua época, ditou moda e comportamento e, por isso, virou um clássico inquestionável.

Em 1988 a gravadora Melody lança um compacto da novela Quinceañera, a trilha sonora foi dada ao grupo adolescente de maior repercussão da época, o Timbiriche do qual Thalía fazia parte. O tema de abertura "Quinceaceñera" era interpretado pelas meninas do grupo. No Brasil, a música de abertura foi uma adaptação da original em português interpretada pela cantora Dalva. Na segunda exibição da novela, dessa vez pela Rede CNT / Gazeta a música de abertura foi Gracias a Dios, em função do enorme sucesso da atriz e cantora Thalía no país.

Simplesmente Maria


NOME ORIGINAL
Simplemente María

ESCRITORES
Carlos Romero, Kary Fajer e Gabriela Ortigoza (Baseados na obra de Celia Alcántara)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
150

ANO DE GRAVAÇÃO
1985

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991 / 1997

EMISSORA
SBT / Rede CNT - Gazeta


ELENCO

Victoria Ruffo: Maria López

Claudio Báez: Gustavo del Villar

Manuel Saval: João Carlos del Villar

Gabriela Goldsmith: Lorena del Villar

Amairani: Laura del Villar Rivera

Servando Manzetti: Alberto Rivera

Toño Mauri: José Inácio López

Alejandro Aragón: Diego López

María Almela: Ana López

Adriana Parra: Rita

Silvia Derbez: Matilde Carreño

Jaime Garza: Vítor Carreño

Juan Bernardo Gazca: Marcos Carreno

Javier Herranz: Marcos Carreno (Substituto)

Roberto Ballesteros: Artur D'Angelle

Germán Bernal: Luis

Marcelo Buquet: Fernando Torres

Constantino Costas: Clemente Reyes

Esther Fernández: Dona Chayo

Rosa Carmina: Camélia

Mauricio Ferrari: Dr. Valladéz

Bárbara Gil: Dulce

Rafael Inclán: Chema

Andrea Legarreta: Ivonne D'Angelle

Manuel López Ochoa: Frederico

Lola Merino: Fernanda Amolinar

Irlanda Mora: Caridade

Inés Morales: Florência Amolinar

Frances Ondiviela: Natália Preciado

David Ostrosky: Rodrigo de Peñalbert (Conde de Arenso)

Raúl "Chóforo" Padilla: Renê

Roberto Palazuelos: Pedro Cuevas

Mercedes Pascual: Constância

Angélica Rivera: Isabella de Peñalbert

Roxana Saucedo: Luíza

Karen Sentíes: Sílvia Rebollar

Juan Carlos Serrán: Romão

Cuco Sánchez: Cuco

Roberto Vander: Rafael Hidalgo

Liliana Weimer: Brenda

Serrana: Zuleima

Rosario Granados: Dona Cruz Torres

Rosa María Moreno: Sara

Joana Brito: Raquel

María Morett: Madre Carmela

Ignacio Retes: Abel

Tina Romero: Gabriela

Gabriela Hassel: Íris

Vanessa Bauche: Júlia

Carlos Bonavides: Doutor Rojas

Patricia Castro: Palmira

Sandra Felix: Senhora Urquiaga

Estela Furlong: Senhora González

Alberto González: Tomás

Ines Jacome: Rufina

Arturo Lorca: Furtado

Tere Rabago: Eusébia

Rodrigo Ramón: Germano

Evangelina Sosa: Perla

Ignacio Reites: Abel

Sergio Acosta: Zepeta

Roberto Carrera: Maurício

Beatriz Olea: Yolanda

Carlos Tenorio: Juiz

Eduardo Borja: Chefe da estação


INTRODUÇÃO

Essa versão de Simplemente María foi produzida a partir da original peruana de 1969, a qual também teve uma versão brasileira em 1970, realizada pela extinta TV Tupi. A versão mexicana exibida pelo SBT em 1991 alcançou excelente audiência, com uma média geral de 19 pontos, beneficiada pelos bons índices de Ambição.


RESUMO

Maria é uma inocente jovem que deixa seu pequeno povoado natal para viajar à Cidade do México a fim de conseguir um trabalho com o qual possa se manter de maneira digna. Ela consegue trabalho na casa de uma rica família e é ai onde conhece João Carlos del Villar, um rapaz rico e vaidoso que a seduz.

Maria, confusa, cai em seu jogo e fica grávida sem que João Carlos se preocupe com ela e com o bebê que espera. Maria sai de casa e cria seu filho sozinha, trabalhando como costureira.

Depois de um tempo, Maria conhece Vítor Careno, um homem que a ama profunda e sinceramente e que espera anos para ser correspondido, mas Maria ferida e maltratada pela vida já não quer se apaixonar, assim, consegue triunfar por mérito próprio e se torna uma grande designer de modas, se torna rica e dona de uma das casas de desenho mais famosas e importantes do país.

Maria que, agora, já não pode mais esconder que ama Vítor, lhe confessa que seu amor é correspondido. Ao crescer, José Inácio, o filho de Maria, se apaixona pela filha de sua tia, Lorena, que odeia Maria e sua família, preferindo ver José Inácio morto a permitir que sua filha e o rapaz estejam juntos.

Rosa selvagem


NOME ORIGINAL
Rosa salvaje

ESCRITORES
Carlos Romero e Abel Santacruz (Baseados na obra de Inés Rodena)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
200

ANO DE GRAVAÇÃO
1987

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1991

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Tempos modernos

INTÉRPRETE
Sylvia Patrícia

Eu vejo a vida melhor no futuro,
eu vejo isso por cima de um muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear.

Eu vejo a vida mais clara e farta,
repleta de toda satisfação
que se tem direito de todo firmamento ao chão.

Hoje o tempo voa amor escorre pelas mãos,
mesmo sem se sentir que não há tempo que volte amor,
vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.

Eu quero crer no amor numa boa,
que isso valha pra qualquer pessoa,
que realizar a força que se tem numa paixão.

Eu vejo o novo começo de Era,
de gente fina, elegante e sincera
com a habilidade pra dizer mais sim do que não, não, não.

Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos,
mesmo sem se sentir que não há tempo que volte amor,
vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.

Eu quero crer no amor numa boa,
que isso valha pra qualquer pessoa,
que realizar a força que se tem numa paixão.

Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos,
mesmo sem se sentir que não há tempo que volte amor,
vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.

Eu vejo o novo começo de Era,
de gente fina, elegante e sincera
com a habilidade pra dizer mais sim do que não.

Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos,
mesmo sem se sentir que não há tempo que volte amor,
vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.

E não há tempo que volte amor,
vamos viver tudo o que há pra viver
vamos nos permitir.


ELENCO

Verónica Castro: Rosa García Mendizábal

Guillermo Capetillo: Rogério Linhares / Ricardo Linhares

Laura Zapata: Dulcina Linhares de Robles

Liliana Abud: Cândida Linhares

Roberto Ballesteros: Germán Laprida

Claudio Báez: Frederico Robles

Armando Calvo: Sebastião

Ada Carrasco: Carmem

Jaime Garza: Ernesto

Bárbara Gil: Amália

Edith González: Luciana Villareal

Felicia Mercado: Luciana Villareal (Substituta)

Magda Guzmán: Tomasa

Mariana Levy: Linda

Irma Lozano: Waldete

Alejandro Landero: Rigoberto

Alejandra Maldonado: Madalena

Servando Manzetti: Eduardo

Alberto Mayagoitia: Paulo

David Ostrosky: Carlos

Renata Flores: Leopoldina

Aurora Clavel: Mãe de Ernesto

Maleni Morales: Miriam

Beatriz Ornella: Caridade

Patricia Pereyra: Norma

Gustavo Rojo: Padre Manuel de la Huerta

Otto Sirgo: Ângelo de la Huerta

Gastón Tusset: Roque

Liliana Weimer: Vanessa

Antonio Valencia: Jackson

Mariagna Prats: Ex-namorada de Gérman Laprida

Gerardo Murguía: Martim

Ninón Sevilla: Zenaide

Alejandro Montoya: Gonçalo

Jacaranda Alfaro: Irma

Patricia Ancira: Estrela

Magda Karina: Fernanda

Ari Telch: Jorge

René Cardona: Feliciano

Karina Dupréz: Maria Elena Torres

Alicia Encinas: Lulú

Arturo García Tenorio: Mateus

Josefina Escobedo: Pepina

Alberto Insúa: Nestor Parodi

Beatriz Moreno: Eulália

Juan Carlos Serrán: Pedro Luis García

Mauricio Ferrari: Carlos Monero

Leonardo Daniel: Enrique

Roxana Saucedo: América

Javier Herranz: Raul

Lilia Aragón: Sílvia

Raymundo Capetillo: Doutor Reynaldo

Eduardo Borja: Hilário

Rosita Bouchot: Tigresa

Rafael del Villar: Ramón

Aurora Medina: Mary

Raquel Pariot: Rosaura


INTRODUÇÃO

Rosa Selvagem, estrelada por Verónica Castro e Guillermo Capetillo, foi inspirada nos romances "La gata" e "La indomable" de Inés Rodena, e em uma história de Abel Santacruz, foi adaptada por Carlos Romero, e produzida foi Valentín Pimstein. A novela se tornou um verdadeiro clássico da dramaturgia, por sua trama que encantou desde o início e pelo grande sucesso que foi. Rosa Selvagem representa um marco que quebrou todos os recordes de audiência, superando todas as novelas anteriores.


RESUMO

A história de Rosa começa a 20 anos atrás quando sua mãe Waldete, filha de uma rica família, se envolve com um humilde motorista que a engravida. A criança que Waldete espera é uma vergonha para a família, a jovem não vê outra alternativa e entrega sua filha aos cuidados de sua babá Tomasa.

Rosa García, assim batizada por Tomasa cresce ingênua, sem possuir muita educação, acostumada a xingar e dar golpes naqueles que a incomodam, pelo que a chamam de selvagem. Rosa também se parece a um homem, já que se acostumou a jogar futebol e outros jogos característicos de meninos.

No outro lado da cidade vive a família Linhares, formada por Ricardo, um jovem muito generoso, sua irmã Dulcina, malvada por natureza, ambiciosa e vaidosa, a quem somente importa o dinheiro e a classe social, e Cândida a irmã mais nova que se deixa influenciar pelas maldades da outra irmã, também faz parte da família o irmão gêmeo de Ricardo, que se chama Rogério, um homem de fibra que ficou paralítico devido a um acidente de carro. Ricardo que é um homem rico, vive em constantes discussões com suas irmãs que sempre querem decidir com quem ele deve se casar. O sonho de Dulcina e Cândida é que Ricardo se case com a milionária Luciana, uma jovem bela, porém, frívola e vingativa.

Tudo corre bem na mansão Linhares até que um dia a fiel empregada Josefina pega um moleque roubando ameixas do jardim e arma um escândalo, logo chega Dulcina e Ricardo, que ao tirar o boné do ladrão percebe que não passa de uma garota assustada, querendo apenas brincar. Ricardo é bondoso com Rosa, diz que não chamará a polícia se ela lhe der algumas ameixas. Contra o gosto das irmãs, Ricardo dá algum dinheiro para Rosa e a deixa ir embora, com a promessa de que um dia voltaria para visitá-lo. A amizade dos dois cresce, Rosa se apaixona por ele, enquanto ele só decide se casar com ela para provocar suas irmãs.

Na mesma noite de seu casamento, Ricardo Linhares se questiona a gravidade de seus atos, ao haver se casado com Rosa García, a humilde e rústica jovem, que o admira e o ama com todo seu coração. A preocupação deste milionário jovem se deve a seu caráter impulsivo e arrogante, e ao querer dar uma lição em suas meio-irmãs, Dulcina e Cândida, dominantes e avarentas, filas do primeiro casamento do pai deste, elas, para aumentarem sua fortuna, queriam casá-lo com Luciana Villareal, então, por vingança e para lhes demonstrar que podiam contra ele, Ricardo decidiu tomar tão aventurada decisão da qual parece começar a se arrepender.

Dulcina e Cândida se unem a Luciana Villareal, jovem que possui uma grande fortuna e que sempre havia sentido atração por Ricardo, juntas, as três fazem todo o possível para separar Rosa e Ricardo. Este, realmente, se apaixona por Rosa, mas ela deixa a casa após algumas intrigas de suas cunhadas que diziam que sua amizade com Rogério havia se transformado em algo mais.

Rosa volta para o bairro onde vivia e só quer esquecer Ricardo e todo o mal que ele provocou com o seu desamor, mas o indeciso marido percebeu com a distância que Rosa é sempre será seu amor.

Além do mais, por intermédio de Tomasa, Waldete, que nunca havia deixado de procurar sua filha, a reencontra, e depois de lhe revelar que é sua mãe, a leva, afim de torná-la uma dama fina e educada.

Ricardo, que começa a amá-la verdadeiramente, faz com que Rosa retorne, mas esta não ficaria por muito tempo, pois Dulcina e Cândida lhe confessam que Ricardo teve outras razões para se casar com ela.

Pouco tempo depois, Rosa descobre que está grávida e aceitando a ajuda de sua mãe, decide se superar, cobrando vingança contra os Linhares, por todo o dano que lhe causaram.

Paulo, enteado de Waldete, se apaixona por Rosa, mas ela continua amando Ricardo apesar de não conseguir perdoá-lo. Rosa dá a luz a seu filho, quase ao mesmo tempo em que sua mãe morre de um infarto, lhe deixando como herança uma imensa fortuna e grandes negócios.

Ricardo e Rosa se encontram, ele já sabe que tem um filho e oferece sua ajuda a Rosa, que o rejeita, dizendo que nem ela, nem seu filho precisam dele.

Em seu novo mundo, Rosa conhece um multi-milionário, que lhe pede em casamento. Rosa, decidida a seguir adiante com seu plano de vingança, exige o divórcio de Ricardo.

Faltando a última audiência para que o divórcio seja concedido, Rosa anuncia seu casamento com o milionário e Ricardo, que agora a ama loucamente, em sua desesperação e ao vê-la perdida, tenta pela última vez recuperá-la e consegue.

Vencida pelo grande amor que sente por Ricardo, Rosa rompa seu compromisso e se reconcilia com Ricardo. Finalmente o casal pode ser feliz ao lado de seu pequeno filho.


COMENTÁRIOS

Em 1987, iniciou-se mais uma produção da Televisa que se tornou um verdadeiro clássico da dramaturgia, por sua trama que encantou desde o início e pelo grande sucesso que foi. Rosa selvagem representa um marco que quebrou todos os recordes de audiência, superando todas as novelas anteriores. A novela se trata de mais uma produção do famoso Valentín Pimstein, o produtor que mais clássicos possui em seu acervo. Rosa selvagem é um desses clássicos que merece mais destaque.

O curioso é que, a princípio, os protagonistas não eram Verónica Castro e Guillermo Capetillo, a Televisa queria Adela Noriega e José Luíz Rodríguez “El puma”. Porém, o ator abandonou o projeto. E com isso, Valentín Pimstein quis Verónica no papel da menina pobre, ainda que a atriz fosse muito mais velha que o papel de Rosa. Foi assim que Adela Noriega foi parar em Quinze anos.

A escolha de Verónica Castro foi polêmica, já que a atriz havia abandonado a Televisa alguns anos, para se dedicar à produções de outros países. Havia um boato de um certo veto a Verónica Castro, mas Valentín bateu o pé e trouxe novamente a rainha das novelas para sua casa. Ele ainda quis causar certa polêmica, quando escolheu para galã Guillermo Capetillo, que em Os ricos também choram havia sido filho da personagem de Verónica.

A história era muito simples, e o mais estranho é que no México substituiu Ambição. Entretanto, ao contrário da antecessora, essa novela optou por abordar todos os clichês e exageros das novelas mexicanas, uma fórmula que demonstrou estar mais do que na moda.

As atuações foram memoráveis. A começar justamente por Verónica Castro, que mesmo já tendo quase 40 anos e interpretando uma de 20, fez com isso fosse um detalhe irrelevante, fazendo de Rosa uma heroína muito querida pelo público, em uma atuação que foi da comédia ao drama.

Magistral e inesquecível a atuação de Laura Zapata como a grande vilã Dulcina Linhares, sua maldade ficou marcada até hoje e consagrou a atriz como uma especialista em vilãs. Tanto ela, como Verónica, receberam prêmios TV y Novelas como vilã e atriz do ano.

Houve ainda outros destaques, como o de Guillermo Capetillo que viveu dois papéis, o do galã Ricardo e seu irmão gêmeo Rogério, muito amargurado e ressentido por estar paralítico. Liliana Abud, que é escritora de novelas, foi Cândida, a irmã apagada que seguia as ordens de Dulcina, mas no final, virava uma aliada de Rosa.

Essa novela foi a inspiradora do clichê “criada fofoqueira”, assim foi Leopoldina, vivida pela hilária Renata Flores. Os trejeitos engraçados e o exagero da atuação foram justamente o atrativo dessa personagem. No meio da novela, Leopoldina mudou de visual, já que na época, reprisaram Chispita no México, onde a atriz usava o mesmo penteado. Leopoldina é a visível base de criação de personagens como Perfecta (Martha Zamora) em Marimar, Carlota (Rebeca Manríquez) em Maria do bairro e Lalinha (Paty Díaz) em A usurpadora.

Outra vilã da história foi Luciana, que a princípio foi interpretada por Edith González e mais tarde sendo substituída por Felicia Mercado. Dois motivos foram apontados como os causadores da saída de Edith da novela. O oficial, que foi o dado pela Televisa, é que a emissora não queria manchar a imagem de Edith como vilã de novelas, já que a queriam como mocinha. A outra é que Valentín Pimstein havia prometido uma grande vilã para Edith interpretar, mas que o grande destaque acabou sendo Dulcina, o que irritou Edith que teria brigado com o produtor, tanto que nunca mais trabalharam juntos. Curiosamente, quando Felicia Mercado passou a interpretar Luciana, o personagem ganhou mais força na história.

A novela foi marcada por momentos muito marcantes: a começar pela antológica cena onde Rosa é castigada por Dulcina e Cândida por ter roubado frutas da mansão Linhares; também o momento onde Rosa descobre que Waldete era sua verdadeira mãe; quando Rosa se vê deparada pelos dois irmãos gêmeos, que a princípio a confundiam; quando Dulcina mata o advogado da família, e empurra Cândida da escada, fazendo com que ela perca seu bebê; e no final, ao atropelar Rosa, o carro de Luciana é levado por um trem; e finalmente quando Dulcina mata Leopoldina, e tem seu rosto queimado por um ácido, terminando louca e histérica em um manicômio.

Rosa selvagem é uma história original de Inés Rodena, mas que acabou sendo como se fosse de Carlos Romero, já que ele pouco usou do original e criou muito. Durante a novela, Abel Santacruz, outro famoso escritor, encontrava-se no México e assim como Romero, era um grande amigo de Valentín Pimstein. Abel Santacruz passava por uma séria crise financeira. Em nome da amizade, Valentín pediu que Carlos Romero se afastasse por um tempo da novela, e que Abel a assumisse por um tempo, afim de ganhar algum dinheiro. A audiência teve uma leve caída, o motivo é que o estilo de Abel era um tanto antigo, bem diferente da agilidade imposta por Romero, que logo em seguida voltou ao seu posto e conduziu a novela até o final. Rosa selvagem foi uma das primeiras novelas, junto a Ambição, a ter o ritmo ágil das novelas de hoje.

Verónica Castro, com essa novela, recuperou sua coroa de rainha absoluta das telenovelas. A novela era para ter sido esticada no México, mas Lucía Méndez, queria estrear logo sua novela El extraño retorno de Diana Salazar no lugar da história de Rosa García.

A história de Carlos Romero é com certeza a maior inspiração da famosa Trilogia das Marias, em especial Marimar, ainda que cada uma tenha sido um remake de uma outra novela.

Rosa selvagem foi um estrondoso sucesso, e que no Brasil, foi inclusive reprisada. A novela é um misto de todos os elementos que fazem sucesso, aliados a boa fase dos artistas, tornando-se um verdadeiro mito na história das telenovelas “rosas”.

Como sempre Laura Zapata é destaque como grande vilã, ela vivia a irmã mais velha de Ricardo, Dulcina, ambiciosa e calculista, dominava a vida de todos na mansão Linhares. Laura Zapata desenvolveu muito bem o psicológico da personagem que teve um trágico final digno das melhores vilãs, é inesquecível a cena em que ela se tranca na mansão com a fiel empregada Josefina que a ataca com ácido quando sua patroa ameaça queimar toda a casa.

O grande final de Rosa selvagem emociona o público. No último capítulo Rosa é atropelada por Luciana já enlouquecida, sua vida está por um fio e só sobrevive porque seu amor Ricardo a perdoa. Destaque para René Muñoz que faz uma participação especial como médico nas ultimas cenas.

A novela rendeu bons frutos a Verónica Castro. Assim que terminou de gravar, foi convidada pela diretoria da Televisa para apresentar um talk-show chamado Mala noche no, onde recebia convidados vips além de todos os grupos musicais da moda.

No Brasil não foi diferente, o sucesso de Rosa selvagem foi tremendo, o SBT investiu muito na novela, lançou uma trilha sonora, e trouxe pela segunda vez Verónica Castro ao país para participar de vários programas, entre eles Hebe Camargo e o Viva a noite apresentado por Gugu.Verónica chegou a gravar um clipe nas praias do Guarujá de sua música "La movida" tema de abertura do programa de mesmo nome que apresentava no México.

No Brasil o SBT decidiu lançar uma trilha exclusiva com temas brasileiros para a novela, destaque para os cantores Fabio Júnior e Rosana que estavam no clímax de sua carreira, o LP ainda contava com o sucesso de Lulu Santos, a música Tempos modernos que foi tema de abertura da novela na voz de Sylvia Patrícia. No México, a música original de abertura era Rosa salvaje, interpretada pela própria protagonista da novela, Verónica Castro.

Desencontros (O duende azul)


NOME ORIGINAL
El duende azul

ESCRITOR
Gerardo Vietri

PAÍS DE ORIGEM
Argentina

NÚMERO DE EPISÓDIOS
90

ANO DE GRAVAÇÃO
1987

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1990

EMISSORA
Rede Bandeirantes

TEMA DE ABERTURA
El duende azul

INTÉRPRETE
Pimpinela

¿Cómo encontrar el camino aquel de las cosas que un día perdí?
¿Cómo saber si al seguir andando encontraré lo que estoy buscando?
¿Cómo empezar dónde ir?
¿Cómo llegar hasta allí?

Guíame, duende azul…

¿Cómo vivir en la oscuridad sin perder la esperanza y la fe?
¿Quién me dirá cuál de los caminos me llevará hasta mi destino?
¿Cómo encontrar mi lugar?
¿Cómo saber dónde está?

Guíame, duende azul…

Seguiré, porque aún me queda tanto por soñar,
porque aún conservo fuerza para andar, yo seguiré…
Seguiré, porque la vida no es la realidad,
porque mis ojos miran más allá de la verdad, siempre seguiré…

¿Cómo buscar sin mirar atrás sin saber lo que un día yo fui?
¿Quién me dirá si aún no es tarde?
¿Quién cambiará lo que el tiempo cambie?
¿Cómo empezar dónde ir?
¿Cómo poder ser feliz?

Guíame, duende azul…

Seguiré, porque aún me queda tanto por soñar,
porque aún conservo fuerza para andar, yo seguiré…
Seguiré, porque la vida no es la realidad,
porque mis ojos miran más allá de la verdad, siempre seguiré…


ELENCO

Lucía Galán Cuervo: Lúcia

Joaquín Roberto Galán Cuervo: Joaquim

Mario Pasik: Marcelo

Carlos Estrada: Xavier

Regina Alcóver: Laura

Liliana Benard: Paquita

Rubén Bermúdez: Roberto

Eloísa Cañizares: Madame Françoise

Nelly Fontán: Inês

Emily Kreimer: Carolina

Christine Page: Rosalinda

Nelly Prono: Letícia

Josefina Ríos: Soledade

Ethel Rojo: Gilda

Patricia Rozas: Irene

Diego Varzi: Artur

José Yedra: Dr. Rodrigo


INTRODUÇÃO

O duende azul, produzida entre 1987 e 1988, foi apresentada em toda América e conseguiu emocionar os telespectadores: seu índice de audiência foi assombroso nos países onde foi exibida. A telenovela narra basicamente a história de dois irmãos separados pelo destino e seu final reencontro. Foi protagonizada pelos irmãos Lucía e Joaquín Galán que formavam o duo Pimpinela.


RESUMO

Nos últimos dias de 1967, o barco Stella Maris naufraga no Rio da Prata, entre Montevidéu e Buenos Aires. Em uma noite escura e tormentosa, as caldeiras explodem, causando pânico e desesperação.

Os pequenos irmãos Lúcia e Joaquim, que viajavam na companhia de sua mãe, casada com um rico médico, se perdem em meio a tormenta e são separados.

A única coisa que lhes havia restado em comum foi um colar, com um duende azul, que sua mãe lhes havia entregue momentos antes da tragédia.

Os anos passam, Joaquim vive em um povoado na costa argentina com Maria, uma humilde mulher que o encontrara na praia depois do naufrágio, Maria o havia criado como um filho, sempre lhe demostrando os princípios da honestidade e do trabalho.

Por sua vez, Lúcia, começa a ganhar fama e reconhecimento internacional como cantora, mas Joaquim, seu irmão, não a reconhece, já que o impacto do naufrágio lhe havia causado amnésia absoluta, que fez com que esquecesse sua vida anterior ao acidente.


COMENTÁRIOS

Há vários anos o duo argentino Pimpinela vinha fazendo sucesso em toda América Latina, o que levou os irmãos Galán, Lucía e Joaquín, a serem convocados para gravar uma telenovela juntos. O que surpreendeu e escandalizou foi o fato de que Lucía e Joaquín protagonizariam uma história de amor entre irmãos. Porém prevaleceu o senso comum e o bom gosto e o recurso foi a clássica história de dois irmãos separados pela fatalidade e que lutam para se encontrar.

O duende azul, financiada com capital interncional, começava com um flashback dos dois irmãos, que na trama também tiveram seus nomes reais, quando viajavam em um barco pelo Rio da Prata junto de sua mãe. Como se estivesse chamando a desgraça, a mulher entrega a cada um deles um colar com um duende azul, de onde vem o nome da telenovela, dizendo que este objeto lhes trairia boa sorte. Não passam cinco segundos deste emotivo ritual e o barco onde viajam sofre um terrível incêndio. Este infortúnio marcaria a separação dos irmãos e a história avançaria vinte anos, com ambos personagens adultos e cantores.