quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os vinte finais inesquecíveis de telenovelas

Veja, a seguir, os vinte finais de telenovelas inesquecíveis, segundo a revista People:


20° Al diablo con los guapos (2007)


Milagros (Allisson Lozz) e Alejandro (Eugenio Siller) se casam, têm filhos, enterram seus pais, assistem ao casamento de sua filha e morrem juntos abraçados e velhinhos em uma praia. A par dos protagonistas, pôde-se ver a evolução futura de outros personagens, mas, ainda assim, este comovedor final deixou algumas perguntas como: O que aconteceu com tio Braulio (Miguel Pizarro)?


19° Alborada (2005)


Ninguém esperava ver Hipólita (Lucero) grávida e açoitada publicamente pelo Santo Ofício, após ter sido declarada adúltera. O inesperado também foi que dona Juana (Daniela Romo), morrendo de câncer, se suicida após haver envenenado seu sifilítico filho, o falso Conde de Guevara (Luis Roberto Guzmán). Esquecendo tanta desgraça, Hipólita e Luis (Fernando Colunga) se casam, batizam sua filha Aurora e celebram a liberação do México do domínio espanhol.


18° Rubi (2004)


Após cair do segundo andar, desfigurar o rosto com o vidro de uma mesa e sofrer a amputação de uma perna, Rubi (Bárbara Mori), com a ajuda de sua sobrinha, planeja se vingar de Alessandro (Eduardo Santamarina). Anos mais tarde, a mocinha, idêntica a Rubi, se apresenta diante deste com claros propósitos de seduzi-lo… e a história se repete.


17° A outra (2002)


Toda a vida de Carlota (Yadhira Carrillo) esteve marcada pelo desamor e a ambição de sua mãe Bernarda (Jacqueline Andere), que, afim de ficar com a fortuna de suas filhas, as destruía, lhes impedindo de amar. No último capítulo, Carlota simplesmente entrega a fortuna à sua mãe para que ajudasse a libertar Álvaro (Juan Soler). Bernarda, assassina, aproveitadora e péssima mãe, foge e gasta sua fortuna com jovens rapazinhos.


16° Manancial (2001)


Como se poderia solucionar o dilema de Adriana (Adela Noriega) e Alexandre (Mauricio Islas)? Como ela poderia recuperar seu manancial e o direito de ser mulher? Como Alexandre poderia perdoar seu pai, o maligno Justo (Alejandro Tommasi), que violou a mulher que amava? A solução veio da mão de Margarida (Daniela Romo), matando Justo e logo tentando cortar-se as veias. Alexandre impediu o suicídio de sua mãe e, após um retiro espiritual, Margarida pôde assistir ao casamento de Adriana e Alexandre.


15° Ramona (2000)


Foi triste ver dona Ramona (Helena Rojo) agonizar; assustador, ver Felipe (René Strickler) vencer sua fobia de água e se lançar no rio para salvar o bebê de Ramona (Kate del Castillo); e, emocionante, seu duelo final com o xerife Green (Sergio Sendel). Após, viu-se o final de cada personagem e inclusive o de Ramona, anos mais tarde casada com Felipe, vivendo no México e contando a história a seus filhos.


14° Tres mujeres (1999)


Fátima (Karyme Lozano) voltaria com Sebastián (Jorge Salinas), seu marido ressuscitado, ou ficaria com o oncologista (Eduardo Verástegui) que lhe havia salvado a vida? Ao final, Fátima vai buscar Sebastián até as Cataratas do Niágara e lhe confessa seu amor. O que ninguém esperava era que Yamile (Niurka), em uma de suas primeiras aparições na telenovela, matara Bárbara (Erika Buenfil), deixando Daniel (Alexis Ayala) e Manuel (Guillermo Capetillo) viúvos, encurtando, assim, o título somente para “duas mulheres”.


13° La dueña (1995)


Após ser resgatada por sua própria sogra (Rosita Quintana) das mãos de seu capataz (Salvador Sánchez), Regina aceitava se casar com o ex-seminarista José María (Francisco Gattorno). No mesmo dia de seu casamento, se celebrava os casamentos de outros personagens, mas a noiva mais esperada, a terrível Regina, não chegava. Quando o noivo já se desesperava, entrava na igreja Regina, vestida com trajes vaqueiros brancos.


12° Alondra (1995)


Após deixar que Bruno (Gonzalo Vega), seu amante, voltasse com sua esposa e seus filhos, Alondra (Ana Colchero) e sua bebê viajavam de volta ao México. No porto de Veracruz, eram recebidas por sua prima e melhor amiga María Elisa (Verónica Merchant), acompanhada pelo pintor Carlos Tamez (Ernesto Laguardia), marido enganado de Alondra. Carlos se aproximava dizendo que vinha conhecer sua filha, fazendo com que a adúltera percebesse que sua falha havia sido perdoada.


11° Laços de amor (1995)


Lucero enfrentou o maior desafio de sua vida ao interpretar Maria Paula, Maria Fernanda e Maria Guadalupe, trigêmeas muito diferentes entre si. No último capítulo, a assassina em série, Maria Paula, mantinha sequestradas suas irmãs e confessava a seu tio Eduardo (Otto Sirgo) que o amava, mas não como pai. Ele, horrorizado, a rejeitava e, como resposta, recebia um disparo mortal. Em seguida, Maria Paula se suicidava ou nos fazia acreditar nisso. Na cena final, nos damos conta que ela supostamente havia sobrevivido ao realizar seu gesto característico: levantar a sobrancelha.


10° Café com aroma de mulher (1994)


Acreditando que Gaivota (Margarita Rosa de Francisco) não o queria, Sebastião (Guy Ecker) se embriagava tomando todas de bar em bar. Gaivota, que havia chegado de Londres no último minuto, lhe seguia até a região cafeeira e terminava resgatando-o em uma tourada. Logo após um acelerado casamento, a história saltava sete anos, para mostrá-los felizes, criando seus cinco filhos, além dos filhos de outros personagens.


9° Dos mujeres, un camino (1993)


Com qual de suas mulheres ficaria Johnny? Difícil escolha tinha Erik Estrada entre a jovem Tania (Bibi Gaytán) e sua esposa, Ana María (Laura León). Após Tania morrer esfaqueada, Johnny voltava aos braços de sus esposa, mas esta o abandonava quando chamava por Tania em seus sonhos.


8° Los parientes pobres (1993)


Chucho (Ernesto Laguardia) compreendia que Margarita (Lucero) o amava e não ao odioso Bernardo (Alexis Ayala). Enquanto Chucho e Margarita se casavam na igreja do povoado, Bernardo os observava cheio de amargura por suas más decisões. Os recém-casados visitavam o túmulo do pai da noiva para que Margarita pedisse perdão por não cumprir seu juramento de viver de ambições e não de amor.


7° Coração selvagem (1993)


A história termina com um terremoto abalando o povoado de São Pedro; os vilões lançando João do Diabo (Eduardo Palomo) atado ao mar e Mônica (Edith González), grávida, resgatando seu marido. Ao final, o amor triunfa e o vilão da história, André Alcázar (Ariel López Padilla) pede perdão por toda sua maldade.


6° Amor de nadie (1990)


Após se salvar de um último ataque por parte de sua inimiga Vera (Alejandra Maldonado), que a tentou apulanhar, Sofía (Lucía Méndez) era feliz com seus filhos e seu terceiro marido (Saúl Lisazo). Após o incidente, a malvada foi presa e ficou muda, mas o pior castigo foi recebido pelo infame Raúl (Joaquín Cordero), que, na enfermara do presídio, se via marcado pelos estragos causados pelo HIV.


5° Cuando llega el amor (1990)


Enquanto Isabel (Lucero) e seu noivo (Omar Fierro) celebravam seu compromisso, sua prima e grande inimiga, Alejandra (Nailea Norvind), aparecia no terraço em seu cadeira de rodas, gritando: Isabeeeel!. Diante do susto de todos, a malvada se lançava da sacada e, na última cena, abria os olhos e sorria de forma diabólica.


4° Eu compro essa mulher (1990)


Ainda que Alexandre (Eduardo Yáñez) e Ana Cristina (Leticia Calderón) haviam feito as pazes, ele era acusado falsamente de um crime e somente o estouro da Revolução Mexicana o livrava do paredão. Os vilões, ao contrário, tiveram finais horripilantes. Rodrigo (Enrique Rocha) foi deixado atado em uma vala, a perversa tia Matilde (Alma Muriel) ficou presa em um sótão.


3° Paixão e poder (1988)


Um final insólito teve Artur Montenegro (Carlos Bracho), junto de sua família e amigos, quando celebravam a inauguração de seu hotel, longe da maldade de Eládio Gómez Luna (Enrique Rocha). Com o que não contavam era com a astúcia deste vilão que havia instalado uma bomba no sótão do hotel. Quando o artefato explodia, os bons morriam e Gómez Luna ia embora em sua limousine.


2° Vanessa (1982)


Enquanto o público se perguntava com quem ficaria a heroína: com o malvado Pierre (Rogelio Guerra), pai de sua filha, ou com seu marido (Héctor Bonilla), se espalhavam os rumores de que Lucía Méndez, a protagonista Vanessa, não aparecia nas gravações, alegando estar com bronquite. Como castigo, o produtor decidiu assinar sua personagem. Na última cena, Pierre dispara contra Méndez.


1° Ambição (1986)


Vários anos após o suicídio da malvada Catarina Creel (María Rubio), o filho que Alexandre (Alejandro Camacho) e Vilma (Rebecca Jones) roubaram de Leonora (Diana Bracho), de repente coloca um tapa-olho, como o que usava sua avó, e se lembra do nome com o qual esta o havia apelidado, pronunciando a frase mais memorável das telenovelas: “Eu não sou Bráulio. Sou o pequeno Edgar!”.

Mulheres assassinas 2: Soledad, cativa


DATA
28/10/10

HORÁRIO
22h50

CANAL
Rede CNT

COM
Angelique Boyer, Alfonso Herrera, Roberto Ballesteros, Alejandra Procuna, Francisco Avendaño, Fernanda Reto, Alexandra de la Mora, Pámela Reiter, Claudia Torres, Athalia Jiménez, Kara Kilinsky, Nur Rubio, Eryka Foz, Guadalupe Colin e Antonio Manuel

RESUMO
Soledad é uma jovem que não aceita o romance do pai. Outrora, quando sua mãe ainda era viva, o pai mantinha um romance secreto que se tornou aberto após ficar viúvo. Claro que Soledad já sabia e a vida para ela, diante disso, não tinha um sentido claro.

Numa viagem curta, a bordo do automóvel, ela discute com o pai e a madrasta e decide ficar pelo caminho. Pede carona na estrada até conseguir que uns agricultores a deixam num vilarejo. Ali, ela entra num bar, pede água e tenta telefonar para a melhor amiga sem obter sucesso.

Neste espaço de tempo, chega ao local o jovem chamativo Esteban, por quem Soledad se encanta de imediato e segue o resto da viagem ao seu lado. Anoitece e Esteban arma o seu esquema. Percebe que a jovem está apaixonada e ela nem se importa de passar a noite com ele num motel e de ali, entregar-se de corpo e alma.

Na partida, Esteban a deixa em determinado ponto, prometendo um dia telefonar. Ele sabe que ela vai pedir para seguir junto dele e assim, a leva para uma verdadeira fortaleza, uma refinada casa de prostituição onde a vende por bom dinheiro. Lá, ela é submetida a todo tipo de abuso e acaba tendo que se transformar numa fera.

A polícia tenta localizar o seu paradeiro e, para isso, utiliza toda a tecnologia disponível. Neste período de buscas, Soledad, confinada na casa começa a armar um plano de fuga sem obter sucesso. Mas num belo dia, os policiais finalmente localizam uma fugitiva do local que dá as primeiras dicas de onde fica.

Ao mesmo tempo, Esteban decide voltar a casa e pagar um alto preço para passar a noite com a moça. Ela, toda produzida promove nele um grande encanto e põe em prática a sua sede de vingança. Pena que ela não sabe que naquele exato momento os policiais já invadiram a casa para salvá-la. O preço a ser pago por ela é alto. E lembre-se: jamais se deve confiar em estranhos, afinal de contas, as aparências enganam e de vítima, você pode passar a criminoso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Do original ao remake: A usurpadora


Corriam os anos cinquenta quando em Cuba se escutava pelo rádio a história de duas irmãs gêmeas separadas ao nascer e reencontradas pelo destino, uma, exemplo do bem, e outra, do mal. A história original de Inés Rodena teve tanto êxito na rádio cubana que transcendeu fronteiras.

Com a Revolução Cubana, a princípio dos anos sessenta, muitos autores saíram de seu país por não estar de acordo com o socialismo ditatorial ao qual seriam submetidos, entre eles estava Inés Rodena, que fugiu com uma boa quantidade de suas histórias e se estabeleceu em Miami com grande parte de sua família, pretendendo vender seus roteiros à Venezuela, que já decolava na produção de telenovelas.

A RCTV, na pessoa do diretor Juan Lamata, foi quem se interessou neste libreto, vendo muitas possibilidades de impacto entre o público. Inés duvidada que essa radionovela pudesse ser levada à televisão, já que seriam necessárias duas atrizes idênticas para interpretar as personagens, o que ela não imaginava é que, apesar da precariedade de recursos da época, Juan Lamata, a atriz Marina Baura e a RCTV enfrentariam o desafio.

Em 1971, vai ao ar a primeira versão para televisão de La usurpadora, protagonizada por Marina Baura e Raúl Amundaray, adaptada por Ana Mercedes Escamez, que recebia de Inés oito cenas diárias e as transformava em um total de dezessete, com a adaptação.

O sucesso em preto e branco ainda é recordado até hoje, Marina, excelente ao interpretar a mulher dupla  nos gestos, na voz, na maneira de andar, tudo fez para brilhar como atriz. De costas, Marina era duplicada pela atriz Helianta Cruz, que na telenovela interpretava a intrometida empregada da família Bracho.

Em 1981, após vários anos vendendo suas obras para a Televisa, do México, é produzida uma segunda versão intitulada El hogar que yo robé, que obteve os benefícios da televisão a cores, e cenas externas. Com roteiros adaptados pelo escritor Carlos Romero, uma ou outra vez, o produtor Valentín Pimstein quis modificar a história, introduzindo cenas de violência ou mortes para obter destaque no horário noturno. Romero, que não aceitava destruir tão boa história, se negava e de fato abandonou o projeto.

Daí em diante, o escritor Enrique Jarnes assumiu e continuou a adaptação, modificando a história que não recebeu boa resposta do público como se esperava, uma pena para figuras que antes haviam desfrutado do êxito, como Angelica María e Juan Ferrara.

Em 1986, a RCTV volta a produzir um remake desta história, agora com o título de La intrusa, com Mariela Alcalá e Víctor Cámara, alcançando melhor repercussão que El hogar que yo robé, mesmo não se tornando um fenômeno de audiência. A trama teve de ser modificada e a telenovela, que havia iniciado no horário nobre, teve de ser movida para o horário da tarde.

Em 1998, o produtor Salvador Mejía decide por produzir outra versão mexicana, retomando o título que tanto êxito havia obtido. Adaptada do começo ao fim por Carlos Romero, este queria Thalía como protagonista, mas esta, sentindo-se insegura, na aceitou interpretar o duplo papel. Vários nomes foram cogitados, mas enfim a protagonista escolhida por Romero foi sua compatriota, a venezuelana Gabriela Spanic, que com esta telenovela alcançou o sucesso mundial. Até o presente, essa versão é considerada outro clássico, tal como a protagonizada muitos anos atrás por Marina Baura.

Quando o México conquistou o mercado externo?


Logo após a chegada do videoteipe no México, no final da década de 1950, teve início a exportação de telenovelas, quando a televisão ainda era em preto e branco e os capítulos tinham apenas 30 minutos diários. Nessa etapa artesanal, as produções tinham traços parecidos, já que utilizavam textos do rádio ou do cinema e a mesma tecnologia. A produção era destinada principalmente ao mercado local ou, em menor escala, aos países do continente americano.

No México, a primeira a chegar ao mercado externo, nos anos 60, foi Gutierritos, da Televisa, na época Telesistema Mexicano. Nesse período as telenovelas mexicanas, até a década 70, tinham muitas vezes mais de 300 capítulos. No começo dos anos 80 a média padrão passou a ser de 140 a 160 capítulos. Todas as 103 telenovelas dessa década foram exportadas.

Entre 1970 e 1980, o gênero atinge o caráter decididamente industrial e de principal produto de exportação, ainda que apenas para o próprio continente, em diversos países, passando a ser transmitidas com maior intensidade. Na etapa industrial, cada país começa a adotar formas específicas de narrar uma história, com aspectos correspondentes à cultura do país produtor. México, Venezuela e Brasil destacam-se como os principais produtores e exportadores de telenovelas.

Foi em 1979 que o México se definiu como um produtor dramático para fins de exportação ao vender o maior sucesso de todos os tempos, visto em aproximadamente 130 países, Os Ricos também Choram (foto), com Verónica Castro e Rogelio Guerra. A trama chegou à Espanha, França, Itália, Suíça, Rússia, China e ao Brasil, que, a partir daí, começou a transmitir os sucessos mexicanos.

Do mercado latino-americano e do latino nos Estados Unidos tomam conta, em primeiro lugar, México e, mais tarde, a Venezuela. O alvo do Brasil começou na Europa - cujo mercado televisivo está cada vez mais aberto às telenovelas latino-americanas e às soap operas dos Estados Unidos - para depois atingir a América Latina.

Para os europeus, que estão acostumados a ritmos bem mais lentos de produção, seria muito mais caro produzir telenovelas diárias do que comprá-las. Diferentemente da América Latina, onde os profissionais são capazes de finalizar um capítulo em apenas um dia de trabalho. Sem contar que os países da Europa são os que mais pagam por capítulo diário exibido, em comparação à Ásia, América Latina e aos Estados Unidos.

A globalização do mercado fez da telenovela latino-americana uma verdadeira febre nos anos 80 e 90, etapa transnacional, que se mantém até hoje graças à exibição crescente de várias telenovelas em outros territórios, como a Europa e a Ásia. Com o objetivo de chegar ao mercado internacional, as tramas, desde sua produção, apresentam cada vez menos traços da cultura do país produtor, e ficam mais neutras, para agradar ao maior número possível de telespectadores.

O videoteipe levou outra inovação ao México, além da possibilidade de gravação e da exportação: o hábito de utilizar o ponto eletrônico, recurso também adotado pela Venezuela. O ponto, que ainda faz parte da rotina dos atores de telenovelas mexicanas, substitui os longos scripts, dispensa a tarefa de decorar textos, evita as interrupções das cenas, permite trabalhar em ritmos velozes, e, consequentemente, aumentar a produção. O objeto serve também para o diretor da telenovela fazer alterações ou dar dicas de última hora.

Ao mesmo tempo, o artifício impede que as produções mexicanas possam evoluir no quesito naturalidade na interpretação do elenco: como forma de ganhar tempo, o uso do ponto eletrônico para ditar os textos atrapalha a concentração dos atores. Na falta de ensaios, os profissionais acabam com a função de repetir o que a produção está ditando no ouvido. Na escola de formação de atores da Televisa os alunos aprendem a usar o ponto eletrônico desde o início.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Wallpapers da telenovela Camaleões

Clique nas imagens para ampliar e salvar:

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Triunfo del amor estreia no Canal de las estrellas


Hoje, 25 de outubro, às 21h15, estreia no Canal de las estrellas, no México, Triunfo del amor, a nova adaptação do clássico venezuelano Cristal, escrito por Delia Fiallo em 1985, e protagonizado por Jeannette Rodríguez, Carlos Mata, Lupita Ferrer e Raúl Amundaray.

Esta será a segunda versão realizada pela Televisa, que, em 1998, realizou O privilégio de amar, adaptada por Liliana Abud, com edição literária de Ricardo Fiallega, e protagonizada por Adela Noriega, René Strickler, Helena Rojo, Andrés Garcia e César Évora, sob a produção de Carla Estrada.

No Brasil, a trama que também teve sua versão, chamada Cristal, foi traduzida por Henrique Zambelli, adaptada por Anamaria Nunes com colaboração de Maria Lúcia Dahl, Eleusa Mancini e Rogério Garcia e dirigida por Herval Rosano e David Grinberg. Produzida em 2006, o remake brasileiro teve como protagonistas Bianca Castanho, Dado Dolabella, Marisol Ribeiro, Giuseppe Oristânio e Victor Vagner.

Desta vez, adaptada por Ricardo Fiallega, que combinará elementos de outra telenovela chamada Mi rival, de 1973, original de Inés Rodena, quem está no comando da produção é Salvador Mejía Alejandre, que conta com o talento de grandes atores da teledramaturgia mexicana como Maite Perroni, William Levy, Victoria Ruffo, Carmen Salinas, Daniela Romo, Cuauhtémoc Blanco, entre outros, para que essa nova versão se torne outro grande êxito.


RESUMO

Victoria Sandoval é a mais bem-sucedida designer de modas mexicana. Vinte anos atrás foi, premeditadamente, atropelada por Bernarda, que a separou de sua pequena filha. Victoria, apesar de seu empenho por encontrá-la, nunca mais soube notícias suas.

Por ironia do destino, María Desamparada pede trabalho a Victoria, quem decide contratá-la como modelo, ignorando que é a filha que tanto tem procurado. Victoria pensa que seu esposo a trai com María, e por isso a aceita como aprendiz quando, na verdade, seu objetivo é descobrir um suposto adultério.

Victoria humilha e maltrata María Desamparada todo o tempo. Antonieta, que sempre esteve ao a seu lado desde que perdeu sua filha, desaprova tantos maltratos contra a pobre jovem. Ainda assim, Victoria não sabe explicar os sentimentos que lhe desperta María Desamparada, pois, por um lado, deseja abraçá-la e, por outro, a rejeita.

Maximiliano conhece María Desamparada na cada de modas. O rapaz lhe esconde quem realmente é. Imediatamente nasce entre eles uma atração poderosa que posteriormente se tornará um grande amor, e que levará à jovem a se entregar a Maximiliano.

Pouco tempo depois, María Desamparada descobre estar grávida e quando tenta dizê-lo a Maximiliano, este se adianta e lhe diz que tem que se casar com Jimena, que está grávida. María Desamparada descobre que Maximiliano estava lhe enganando e esconde sua gravidez.

A vida matrimonial de Maximiliano com Jimena é um inferno, sobretudo quando Jimena, por um acidente provocado sem querer por Maximiliano, perde o filho que esperava e começa a enlouquecer.

Maximiliano se dá conta que o filho que María Desamparada espera é seu e não de Ernesto, um jovem fotógrafo, que havia se apaixonado pela jovem e queria se casar com ela, se passando pelo pai da criança.

Jimena descobre que nunca mais poderá ser mãe e então decide roubar a filha de María Desamparada, provocando um grande sofrimento na jovem, já que está disposta a dar a criança em adoção.

Victoria, anos mais tarde, se reencontra com Juan Pablo, a quem recrimina por sua covardia e por não haver se despedido antes de ir ao seminário, e lhe confessa que teve uma filha com ele, e que Bernarda, sua mãe, sempre soube.

Juan Pablo, agora sacerdote, muito indignado, reclama com sua mãe seu silêncio, sentindo-se, a partir desse momento, cheio de culpa e impotência. Ainda assim, decide procurar sua filha até encontrá-la.

Ao redor de mãe e filha se desenvolverá uma grande história de amor e maus entendidos que trará milhares de obstáculos e múltiplas atrocidades para que com um beijo e três palavras o amor possa, enfim, triunfar.


PERSONAGENS

María Desamparada (Maite Perroni)

É uma jovem extraordinariamente bela, com uma personalidade nobre, gentil e cativante. A partir dos três anos passou a viver em um orfanato, sempre pensando que foi abandonada na rua por seus pais, quando na verdade sua mãe, Victoria, sofreu um acidente que as separaram. María cresceu com um ressentimento muito forte pelos os pais, sobretudo pela mãe, pois não entendia o porquê de haver sido abandonada.

Quando María Desamparada sai do orfanato, passa a morar em um apartamento com Nati e Linda, duas garotas muito diferentes, tanto física como moralmente, mas que também têm sofrido muito na vida. A três tornam-se verdadeiras irmãs, mesmo tendo personalidades completamente diferentes. María Desamparada, quase sempre, é quem tem que mediar entre o afeto e a verdadeira amizade que as unirá para sempre.


Maximiliano (William Levy)

É o filho de Victoria e Osvaldo. Jovem, bonito, atraente e inteligente, é audaz nos negócios de sua mãe. Tem um bom gosto para se vestir, gosto esse herdado de seu pai e ensinado por Victoria. Além disso, tem um encanto especial pelas mulheres, as quais caem rendidas a seus pés devido ao seu sorriso cativante.

Trabalha na área administrativa da casa de modas de Victoria. É muito responsável e criativo. Sabe resolver os problemas de maneira rápida e eficiente. É amigo de Sergio Duarte, com quem trabalha.

Maximiliano conhece María Desamparada e fica encantado por sua beleza. Assim, tenta conquistá-la e a engana dizendo que se chama Sergio Duarte. As intenções de Maximiliano são passar momentos agradáveis sem compromisso, mas a rejeição da jovem lhe desperta a curiosidade, e por isso começa a conhecê-la mais a fundo, descobrindo que María Desamparada é uma jovem muito diferente de todas que já conheceu.


Victoria (Victoria Ruffo)

É uma das mais bem-sucedidas designers mexicanas. Sua casa de modas é uma das mais respeitadas a nível mundial. Victoria é uma mulher sumamente talentosa, possuidora de uma sensibilidade notável que lhe facilita pressentir as mudanças no gosto das pessoas e se adiantar para estar sempre em dia com as tendências, e não somente isso, como também deixar sua marca na história da moda no México.

Percorreu um longo caminho até se tornar a mulher célebre que é agora. Deixou de ser uma humilde empregada doméstica para ser dona de um império no mundo da moda. Quando jovem sofreu as injustiças da vida, mas foram estas as que lhe motivaram a mudar radicalmente seu modo humilde e a começar, desde baixo, uma carreira promissora.

Após sofrer grandes penalidades, inclusive perder sua filha, deixou de ser empregada doméstica e começou a trabalhar como costureira em uma fábrica de roupas. Aí foi onde descobriu que possuía um talento inato para desenhar, visto que desde pequena ajudava sua madrinha a bordar e a fazer sua própria roupa.


Bernarda (Daniela Romo)

É uma mulher madura e elegante, com uma extraordinária personalidade que inspira respeito e inclusive temor, devido ao fato de ser muito estrita. Aparenta ser uma alma bondosa e caritativa, dedicada a Deus, quando, na realidade, é uma mulher desapiedada, cheia de rancor e remordimentos. Vive em si mesma uma contradição, pois havia de fazer o bem quando, na realidade, ela mesma é a encarnação da maldade.

Aparenta uma vulnerabilidade que não possui, pelo contrário, é uma mulher com uma extraordinária força e inteligência para causar danos aos que estão próximos, ou a quem ela julga estar contra sua vontade. É uma mulher sedutora, hábil para a chantagem e que sabe manipular as situações a seu favor. A fragilidade que mostra lhe permite atacar seus inimigos sem despertar suspeitas.

Bernarda, se mostrando como um ser imaculado, julga a todos os demais e os acusa de pecadores. Se dedica a perseguir àqueles que ela acredita ser pecadores e os castiga pensando que possui esse direito já que seu filho, Juan Pablo, é um sacerdote.


Juan Pablo (Diego Olivera)

É um sacerdote que ama sua vocação serviçal de proteger e ajudar aos mais necessitados a encontrar uma vida melhor. Todas suas energias estão canalizadas a resguardar aos mais desprotegidos, aos idosos, que visita e socorre com obras de caridade, e as crianças e adolescentes, que correm risco de agressão, abuso ou vício em drogas. Se dedica a incentivar o esporte e outras atividades recreativas entre esses jovens, sempre se comportando como um sacerdote moderno, porém respeitoso.

Juan Pablo tem clara sua missão sacerdotal de aproximar os seres humanos de Deus, mantê-los próximos do bem e não permitir que caiam nas seduções do mal. Como todo ser humano, sendo jovem, duvidou de sua vocação. Esto o levou a cometer uma falta e a ter uma noite de prazer com Victoria, quando esta era a jovem empregada doméstica, humilde e inocente.


Jimena (Dominika Paleta)

É uma modelo de extraordinária beleza, a mais importante da casa de modas de Victoria. Tem uma relação instável com Maximiliano, a quem realmente trata de atar sua vida por interesse, já que sabe que é herdeiro da grande fortuna dos Sandoval.

Mas a relação entre ambos cada dia é mais insustentável, e Maximiliano decide romper o compromisso com Jimena, que é chantagista, ciumenta e possessiva. Na realidade, Jimena sofre de transtornos mentais. Ela pede a Victoria que intervenha e evite a separação, mas Maximiliano está decidido a deixar a modelo.


Osvaldo (Osvaldo Ríos)

É um ator maduro, bem conservado e atraente que está casado com Victoria, a quem ama profundamente e com quem teve uma filha chamada Fernanda. Osvaldo era viúvo quando se casou com Victoria. Teve um filho de seu primeiro casamento, Maximiliano, a quem Victoria criou como seu e pelo qual se empenhou em tornar um homem feito e direito.

É um dos galãs mais cotados na televisão mexicana. É um homem bem-sucedido, amável e muito carinhoso com sua família. Victoria está convencida que Osvaldo é um homem fiel, perfeito e incapaz de enganá-la ou lhe mentir. Mas a realidade é outra, pois ele esconde um grande segredo que o atormenta.

Cansado de ser abandonado por Victoria, que se dedica exclusivamente a seus negócios, Osvaldo conhece Linda, amiga de María Desamparada, com quem começa a ter uma relação extra-conjugal.


Álvaro (Guillermo García Cantú)

É um homem maduro, amargo e ressentido com a vida, já que, apesar de ser bonito e atraente, não teve as mesmas oportunidades que Osvaldo. Álvaro o tem odiado toda sua vida, pois garante que este lhe roubou o amor de Amalia, os papéis protagônicos que a ele correspondiam e, sobretudo, o amor de Victoria. Desde então, Álvaro, fingindo ser amigo de Osvaldo, se propôs a destruí-lo.

Solitário, perverso e malvado, vive remoendo sua falta de êxito. Mantém uma relação com Jimena, a noiva e logo esposa de Maximiliano, a quem submete seus desejos e caprichos. Álvaro sabe muito bem que o filho que Jimena espera é dele, mas não se importa que ela se case com Maximiliano, já que arruinar a vida do jovem é parte de seu plano de vingança contra a família Sandoval.


Antonieta (Erika Buenfil)

É uma mulher madura, elegante e muito bem conservada. É o braço direito de Victoria, que quem conheceu desde que estava grávida de María Desamparada. Juntas, trabalharam no mesmo ateliê de costura de Humberto Padilla. Ela ajudou Victoria a ter sua filha e a cuidá-la até que aconteceu o terrível acidente provocado por Bernarda, no qual Victoria se separou de sua filha.

Sofre igualmente a sua amiga, pois considerava a menina como sua própria filha. É a confidente de Victoria e a única que sabe seu segredo, sendo-lhe fiel e disposta ao que for para vê-la feliz. É a única pessoa que tem o direito de enfrentar Victoria e lhe fazer rever seus erros. Está apaixonada por Claudio, o administrador da casa de modas, mas sofre em silêncio, pois sabe que o homem sempre esteve apaixonado por Victoria.


Pipino (Miguel Pizarro)

É o designer estrela da casa de modas de Victoria. Aparenta, mas não é homossexual, e se veste de maneira extravagante. Tem uma enorme coleção de perucas, com diferentes cortes e cores, que usa indistintamente devido a sua calvície.

Odeia Luchiano Ferreri, um designer de moda italiano, com quem, a todo tempo, rivaliza e acusa de copiar seus desenhos. É o confidente de Victoria e de Antonieta, a quem anima a conquistar o coração de Claudio. Pipino é de ascendência italiana e sua mãe se chamava Pipina, Josefina, daí vem seu nome, pois sua mãe o batizou com seu nome.


Linda (Dorismar)

Nasceu na cidade de Monterrey, onde viveu pouco tempo, já que seus pais se divorciaram sendo ela muito nova. A mãe decidiu se mudar à Cidade do México, onde iniciou uma nova vida e se casou pouco tempo depois, mas Linda não se deu bem com o padrasto e assim que pode morar sozinha não perde tempo.

É possuidora de uma notável beleza, a qual utiliza para sua conveniência. É sedutora e, graças a essa habilidade, consegue que os garotos lhe deem o que ela pede, sem dar nada em troca. Linda espera encontrar um homem rico que lhe dê uma vida cheia de luxos e comodidades, o que sempre desejou possuir.


Milagros (Carmen Salinas)

Originária de Guadalajara e “chiva” de coração, é uma mulher madura, que ficou viúva muito jovem e teve que cuidar sozinha de seu filho Juanjo, o que a fez imigrar à Cidade do México. Milagros tem um consultório sentimental, onde assessora aos corações solitários para que consigam um par, também se dedica a leitura de cartas e a fazer horóscopos pessoais.

É uma estupenda cozinheira, especializada em todos os tipos de pratos típicos de sua terra natal. Adora seu time de futebol e discute todo o tempo com Juanjo, pois o jovem torce para o América. Juntos vão ver as partidas e cada um se integra a sua torcida.


Juan José “Juanjo” (Cuauhtémoc Blanco)

É um jovem brilhante, de origem humilde e de alma generosa. Americanista de coração, briga todo o tempo com sua mãe que por ter nascido em Guadalajara torce para o Chivas. Desde pequeno sempre gostou de ajudar aos demais, e isso lhe incentivou a ser bombeiro, profissão da qual vive.

Juanjo adora sua mãe, com quem compartilha todas suas alegrias e tristezas. Sempre sorri de todas as ideias de sua mãe e espera que um dia ela consiga conquistar o coração de Don Napo, como é chamado Napoleón.

Ao conhecer Linda se apaixona perdidamente e decide cortejá-la e se declarar. Linda, acostumada às paqueras, aceita ser namorada do rapaz e se casar, mesmo mantendo uma relação ilícita com Osvaldo.