sexta-feira, 12 de março de 2010

Chispita


NOME ORIGINAL
Chispita

ESCRITORES
Carlos Romero e Lucía Carmen (Baseados na obra de Abel Santacruz)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
200

ANO DE GRAVAÇÃO
1982

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1984 / 1997

EMISSORA
SBT / Rede CNT - Gazeta

TEMA DE ABERTURA
Anjo bom

INTÉRPRETE
Sarah Regina

Corre no ar uma vibração,
que não dá pra explicar, que não tem versão,
atravessa o mar, chega a outra nação,
parece a cor que faz brilhar um gesto de amor.

A criança é quem diz se o mundo é feliz!
Um anjo bom, peralta,
no coração, faz falta,
com um anjinho ao redor,
tudo fica melhor.

Um anjo bom, peralta,
no coração, faz falta,
com um anjinho ao redor,
tudo fica melhor…

Corre no ar uma vibração,
que não dá pra explicar, que não tem versão,
atravessa o mar, chega a outra nação,
parece a cor que faz brilhar um gesto de amor.

A criança é quem diz se o mundo é feliz!
Um anjo bom, peralta,
no coração, faz falta.

Um anjo bom, peralta,
no coração, faz falta.

Um anjo bom, peralta,
no coração, faz falta.

Um anjo bom, peralta,
no coração, faz falta.

TEMA DE ENCERRAMENTO
A família

INTÉRPRETE
Sarah Regina e Turminha levada da breca

Lá, lá, lá, lá, lá, lá,
lá, lá, lá, lá, lá, lá,
lá, lá, lá, lá, lá, lá…

Um, dois, três, quatro,
turminha sapeca levada da breca,
essa é minha família.

A família, a família, mãe de todos, grande filha,
a família, lha, a família, lha, mãe de todos, grande filha, lha.

Como é gostoso sentir que tenho pra onde voltar,
que tenho de onde partir, que este é o meu lugar.

Papaizinho, me compra um brinquedo? (agora descansa),
mamãezinha, eu quero papá (ai, já vai querida),
hoje eu durmo mais cedo (prometem?)
pra amanhã mais cedo acordar.

A família, a família, meu encanto, maravilha,
a família, lha, a família, lha, meu encanto, maravilha, lha.

Às vezes um berro no ouvido,
um tapinha no meu bumbum (tem que ser corrigido!),
então eu choro sentido (não filho)
e mamãe não dá mais nenhum (ah é, é?)

Mas quando a gente se abraça, sente a força do criador.
Nos vem do céu essa graça, a família o berço do amor.

A família, a família, meu recanto, minha ilha,
a família, lha, a família, lha, meu recanto, minha ilha, lha.

Como é gostoso sentir que tenho pra onde voltar,
que tenho de onde partir, que este é o meu lugar.

Papaizinho, me compra um brinquedo,
mamãezinha, eu quero papá,
hoje eu durmo mais cedo,
pra amanhã mais cedo acordar.

A família, a família, mãe de todos, grande filha,
a família, lha, a família, lha, mãe de todos, grande filha, lha.

A família, a família, mãe de todos, grande filha,
a família, lha, a família, lha, mãe de todos, grande filha, lha.

A família, a família, mãe de todos, grande filha,
a família, lha, a família, lha, mãe de todos, grande filha, lha.

A família, a família, mãe de todos, grande filha…


ELENCO

Lucero Hogaza: Isabel "Chispita"

Enrique Lizalde: Alexandre de la Mora

Angélica Aragón: Maria Luisa / Lúcia

Roxana Chávez: Olga

Aurora Clavel: Flora

Elsa Cárdenas: Irmã Socorro

Leonardo Daniel: João Carlos

Alma Delfina: Glória

Josefina Escobedo: Diretora

Rogelio Guerra: Estevão

Javier Herranz: Bráulio

Manuel López Ochoa: José

Alberto Mayagoitia: Anjo guardião

Inés Morales: Pilar

Beatriz Moreno: Lola

Nailea Norvind: Sarita

Renata Flores: Irene

Marta Resnikoff: Alicia

Roberto Sosa: Pecas

Gastón Tuset: Padre Eugênio

Usi Velasco: Lili

Jorge Victoria: Benito

Aurora Cortés: Jesusa

Samuel Molina: Rogério

Hilda Aguirre: Tia Beatriz

Lorena Rivero: Mabel

Marco Muñoz: Doutor Torres


INTRODUÇÃO

Chispita é um remake da telenovela argentina Andrea Celeste produzida em 1979 e estrelada por Andrea del Boca, Raul Taibo e Ana Maria Picchio.

Em 1996, a Televisa fez um remake da telenovela que é intitulada Luz Clarita, com Daniela Luján, Ximena Sariñana e César Évora.


RESUMO

Esta telenovela conta a historia de Isabel, uma menina muito carismática, carinhosa e possuidora de uma energia muito particular, pelo que todos a chamam Chispita. Ela vive, em um colégio de freiras, junto a sua avó, que ai trabalha como cozinheira.

Lamentavelmente, a avó de Chispita falece, sem antes lhe contar que ela não é órfã, o que a menina havia acreditado ser até esse momento, já que sua mãe vive em algum lugar do México.

Pouco depois de morrer a avó de Isabel, a diretora do colégio se vê na obrigação de contratar uma nova cozinheira, para substituir a falecida avó da menina, e é assim como chega uma doce mulher chamada Lúcia, porém enigmática. Que não é nada mais que a mãe de Chispita, mas que, devido ao acidente de automóvel, em que faleceu seu marido, sofre de amnésia. Ela, junto a Lola, outra das cozinheiras, e a irmã Socorro se tornam as melhores amigas da menina no colégio.

Enquanto isso, em outro lugar da cidade, na residência do viúvo Alexandre de la Mora, sua filha Lili, que é a mais nova, continua com seus problemas de comportamento, que começaram no dia em que morreu sua mãe. Estes problemas se acentuam ainda mais, como consequência das más ideais que sua tutora Irene sempre colocam em sua cabeça. Irene é uma mulher amarga e autoritária.

Alexandre também tem outro filho mais velho, João Carlos, um jovem de bons sentimentos, que estuda medicina. O rapaz, por sua vez, está namorando com Olga , uma moça orgulhosa e caprichosa, que é, por sua vez, filha de Pilar, a noiva de seu pai.

Alexandre, sem saber, despertou o amor em outra jovem que está próxima a ele: Gloria, a empregada de sua casa, que, é também sobrinha de Flora, a cozinheira da família de Alexandre de la Mora.

Acontece que, através do Padre Eugênio, que é amigo e guia espiritual de Alexandre e seus filhos, é que Chispita, aos dez anos, chega até esse lar, pois o Padre pensou que se Lili tivesse ao seu lado outra menina de sua idade e conhecendo as características de Isabel, poderia mudar seu comportamento, o que, infelizmente não acontece, já que desde que Chispita chega à residência de Alexandre de la Mora, é rejeitada por Lili, que, seguindo os conselhos de Irene, a faz vítima de humilhações e desprezo.

Por sorte, os demais moradores da casa, a recebem muito bem, em particular Flora e Glória, com quem a menina acaba dividindo o quarto. E é, precisamente aí, onde nasce uma grande amizade entre ambas, ao passo de Gloria fazer de Isabel sua confidente, lhe contando seus sentimentos por João Carlos. A menina, por sua vez, se valendo do afeto e simpatia que lhe demonstra também o rapaz, faz com que ele veja o boa e bonita que é Glória, o que faz com que ele comece a suspeitar.

No entanto, apesar de Chispita estar muito bem instalada na residência de Alexandre, não deixa de pensar em sua mãe, a que anseia em poder encontrar algum dia. A menina pede ao Padre Eugênio que, por favor, faça todo o possível para encontrar sua mãe. Pedido este que faz com que o sacerdote inicie assim uma busca que, aos poucos, se torna muito difícil, ao ver que não possui informações sobre a mãe de Isabel.

Enquanto isso, Alexandre conhece Lúcia, nascendo entre ambos uma forte atração desde o primeiro momento, o que faz com que ele faça visitas frequentes ao colégio de freiras, do qual é um dos principais benfeitores.

Esta situação não passa despercebida por Pilar, que procura Lúcia, para lhe humilhar, lhe dizendo que Alexandre nunca poderia ficar com ela seriamente, já que ela era pouca coisa para um homem naquela condição social.

Por sua vez, José, que entrega as frutas e verduras no colégio de freiras, também começa a sentir ciúmes pelo que acontece entre Alexandre e Lúcia, já que ele vê, nesta última, a mulher ideal, com quem gostaria de formar uma família.

No entanto, João Carlos começa a esse apaixonar por Glória, o que faz com que Irene, ao perceber este fato, comece a hostilizar a mocinha constantemente, fazendo com que ela veja que, por ser uma simples empregada, nunca poderá ser aceita pela família do rapaz.

Alexandre, ao ver que o interesse por Lúcia aumenta cada vez mais, decide pedi-la em casamento, sem antes romper seu compromisso com Pilar, que, posteriormente, sofre um acidente de automóvel, situação que a mulher aproveita para fingir uma invalidez, a fim de recuperar Alexandre, o que consegue finalmente, lhe pedindo , ademais, que se casem o antes possível, obrigando Alexandre dizer que sim.

Lúcia, ao ver que Alexandre volta com Pilar, decide afastar-se do colégio, refugiando-se na casa de sua amiga Cristina, que a acolhe com muito afeto. A fuga de Lúcia é aproveitada por Pilar, que não perde a oportunidade para insinuar que ela fugiu porque tinha mais alguém.

A busca empreendida pelo Padre Eugênio começa a dar resultados, pois ele encontra Bertha, que diz ser irmã da mãe de Isabel, e que mostra, desde o princípio, interesse em levar a menina para morar com ela, o que, definitivamente, não se concretiza, apesar do grande carinho que nasce entre ambas.

Por sua vez, Chispita, decide se afastar da casa de Alexandre, depois de ter uma conversa com Irene, que a acusa de haver roubado o amor que havia entre Alexandre e Lili, como também de ser uma mal-agradecida.

A menina, então, decide falar com José pelo telefone, para lhe pedir sua ajuda, e este prontamente aceita o pedido, sem antes saber os verdadeiros motivos da fuga de Isabel.

Após o escândalo, a menina fala ao telefone com Padre Eugênio, altas horas da noite, para lhe avisar que está na casa de um amigo, o que preocupa a todos no colégio e na residência de Alexandre.

Entretanto, na casa de sua amiga, Lúcia, começa a recordar, lentamente, seu passado e diz para sua amiga Cristina que se recordou da capela onde sua filha foi batizada.

José, ao ver a preocupação causada pela desaparição de Isabel, revela seu paradeiro. A menina retorna à casa de Alexandre, onde é recebida com grandes demonstrações de carinho, inclusive de Lili, que começa, lentamente, ignorar Irene e manifestar afeto e simpatia por Chispita.

Alexandre, descobre o paradeiro de Lúcia, mas ela se nega a falar com ele, o que é aproveitado por José, que decide propor matrimonio à Lúcia, e ela acaba por aceitar. José, começa fazer planos para que, uma vez casado com Lúcia, eles possam adotar Isabel.

Uma amiga de Pilar, que, a fim de se vingar, conta à Alexandre que sua invalidez é fingida, situação que esta que ele não tarda em descobrir, dando por terminado assim o compromisso entre ambos.

Alexandre tenta novamente falar com Lúcia, mas tudo é inútil, já que ela já está comprometida com José, que, por sua vez, começa a suspeitar que Isabel poderia ser a filha de Lúcia, e decide investigar.

Durante o casamento de Lola, que acaba se casando com Rogério, motorista de Alexandre, a tia de Chispita consegue ver, de longe, Lúcia e diz a todos que sua irmã Maria Luisa (o verdadeiro nome de Lúcia) estava muito perto dali.

José decide terminar seu compromisso com Lúcia ao se dar conta que o verdadeiro amor dela é Alexandre. Lúcia, entretanto, recupera a memória e descobre que Chispita é sua filha, o que acaba por confirmar depois de se reencontrar com sua irmã Bertha, que, antes de viajar para os Estados Unidos, pede à menina que se apresente à essa senhora que tanto a ama.

Alexandre, por sua vez, confirma que Lúcia e Isabel são mãe e filha, e ambas acabam se reencontrando. Depois deste emotivo reencontro, Alexandre pede à Lúcia que seja sua esposa, e ela responde que sim.
João Carlos termina com Olga e pede à Glória que se case con ele, pedido que a moça aceita imediatamente. Seu sonho se torna realidade.

Irene pede perdão à Chispita e a Glória por seu mal proceder com as duas. Lili, agora, está feliz, pois terá uma nova mãe e uma irmã.

Alexandre e Lúcia combinam de se fazer um casamento duplo, juntamente com João Carlos e Glória, casamentos estes que são abençoados pelo Padre Eugênio.

Finalmente, Chispita tem sua madre e uma família que ela tanto desejou em seus sonhos.


CURIOSIDADES

Esta foi a primeira telenovela de Lucero que estrelou como um personagem principal.

No Brasil, Chispita teve sete reprises, sendo a última no ano de 1996.

Um fato curioso é que a abertura da novela era muito semelhante à abertura de Pai heroi, novela exibida anteriormente pela Rede Globo entre janeiro e agosto de 1979, no horário das 20 horas. Nos dois casos, era a montagem de um quebra-cabeças, cuja gravura era uma criança em um bosque. Ao final, sempre faltava a peça que representa a figura do pai ou da mãe. Havia ainda, nos dois casos, créditos em ângulos.


COMENTÁRIOS

Em 1982, Valentín Pimstein produziria Chispita, aproveitando o talento, a graça e a beleza de uma das participantes do programa "Chiquilladas", Lucerito, onde um grupo de talentosas crianças parodiavam as figuras adultas da televisão.

Em Chispita, uma menina de grandes tranças buscava sua mãe e ajudava aos demais a encontrar a felicidade com a colaboração de personagens imaginários. Primeiro triunfo de Lucero em telenovelas.

O direito de nascer


NOME ORIGINAL
El derecho de nacer

ESCRITOR
Félix Caignet

PRODUTOR
Ernesto Alonso

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
190

ANO DE GRAVAÇÃO
1981

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1983

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
O direito de nascer

INTÉRPRETE
Jerry Adriani

Você me deixou sozinho no mundo,
você me ninou num sono profundo,
depois se fechou, se cubriu, se negou para mim
e um outro alguém guiou os meus passos,
e como ninguém juntou meus pedaços,
me fez crer em Deus, me amou, me ensinou ser assim...

Oh mãe, o amor é uma coisa tão forte,
oh mãe, o direito de nascer ninguém conseguiu me tirar,
oh mãe, esse amor vai mudar minha sorte,
oh mãe, vou até conseguir perdoar...

E um outro alguém guiou os meus passos,
e como ninguém juntou meus pedaços,
me fez crer em Deus, me amou, me ensinou ser assim...

Oh mãe, o amor é uma coisa tão forte,
oh mãe, o direito de nascer ninguém conseguiu me tirar,
oh mãe, esse amor vai mudar minha sorte,
oh mãe, vou até conseguir perdoar...


ELENCO

Verónica Castro: Maria Elena do Juncal

Ignacio López Tarso: Rafael do Juncal

Sergio Jiménez: José Luis Armenteros

María Rubio: Clemência do Juncal

Humberto Zurita: Alberto Limonta

Salvador Pineda: Alfredo Martínez

Socorro Avelar: Maria Dolores

Erika Buenfil: Cristina do Juncal

Beatriz Castro: Matilde do Juncal

Cristian Castro: Alberto (Criança)

Laura Flores: Amélia Montero

Miguel Macía: Alexandre

Miguel Angel Ferriz: Osvaldo Martínez

Fernando Balzaretti: Ricardo

Alba Nydia Diaz: Virgínia

Manuel Ojeda: Armando

Julio César Inbert: Bruno

Eduardo Liñán: Padre João

Flor Trujillo: Magalí

Adriana Lafan: Marina

Malena Doria: Júlia

Hector Sáez: Ramón

Carlos Inacio: Raul

Roberto Antúnez: Afonso

Martha Patricia: Assunção

Maristel Molina: Amparo

Andaluz Russel: Lolita

José Luis Duvall: Salvador

Julio Monterde: Nícolas

Alberto Parra: Tony

Jorge del Campo: Pepe

Macario Álvarez: Inspetor Álvarez

Fabio Ramírez: Tio Pepe

Margarita de la O: Josefa

Silvia Manríquez: Tete

Lorena Rivero: Gina

Carmen Rodríguez: Alma

Adrian Sotomayor: Adrian

Enrique Mazin: Doutor Jorge

Patricia Renteria: Rosita

Felix Santaella: Pedro

Norma Herrera: Maria

Héctor Suárez: Heitor

Aurora Medina: Lúcia


INTRODUÇÃO

Esta telenovela está baseada em uma radionovela cubana escrita na década de 40 por Félix Caignet.


RESUMO

Uma jovem pede ajuda ao doutor Alberto Limonta, para que ele pratique um aborto, já que não quer ter seu filho, mas o doutor, para impedir isto começa a contar sua história, a qual recai na família do Juncal, uma das famílias mais importantes da cidade de Veracruz. Esta é integrada por Rafael, o patriarca, sua esposa Clemência, uma mulher abnegada, e suas filhas, Maria Elena e Matilde, que estão sob os cuidados de Maria Dolores, sua babá, que é uma mulher negra.

Maria Elena tem um romance com Alfredo Martínez, e resulta em uma gravidez, razão pela qual ele a abandona. Seu pai ao saber sobre a gravidez reage com fúria e pouco tempo depois para que Maria Elena não seja vista assim por todos, a manda para uma propriedade que tem longe da cidade, junto com sua babá. Após nascer seu filho, Rafael dá ordens a Bruno, o capataz para que mate o recém nascido. Uma noite Bruno leva para longe o bebê de Maria Elena para obedecer o mandado de Rafael, mas de repente chega Maria Dolores para impedir esse ato tão maldoso.

Tanto Bruno como Maria Dolores tem que tomar uma decisão drástica, para que Rafael não saiba que o bebê continua vivo, Maria Dolores foge com o pequeno Bruno, mata um animal e apresenta o filhote ensanguentado para que Rafael, acredite que ele cumpriu com a ordem. Em seguida, ele avisa Maria Elena sobre o malvado plano de seu pai, e que Maria Dolores levou seu filho para salvá-lo. Maria Elena reage muito mal e culpa seu pai por seu filho não está a seu lado.

Passa um tempo e o casal do Juncal celebra seu aniversario de casamento, em uma celebração onde Maria Elena conhece Jorge Luis Armenteros, um homem rico que se interessará por ela, mas que se surpreende quando Maria Elena lhe confessa que teve um filho, e pouco tempo depois decidiu entrar para um convento e ser religiosa. No entanto, Alberto, seu filho vive feliz ao lado de Maria Dolores, que lhe deu seu sobrenome, Limonta.

Passam os anos e Maria Elena vive muito triste por não estar com seu filho, que se torna um importante médico.

Uma noite chegam vários feridos graves por consequência de um acidente e Alberto decide doar seu sangue para um deles, se tratava de Rafael, seu próprio avô, que queria sua morte para evitar uma vergonha na família por parte de Maria Elena, e que o salvou graças a essa transfusão de sangue.

Amor cigano


NOME ORIGINAL
Ariana: Un amor de leyenda

ESCRITORES
Martín Clutet e José Fuentes

PAÍS DE ORIGEM
Porto Rico

NÚMERO DE EPISÓDIOS
100

ANO DE GRAVAÇÃO
1981

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1983

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Amor cigano

INTÉRPRETE
João Marcel

Podemos compartilhar um amor cigano,
forte, durável, rebelde, cheio de paixão.
Juntos vamos retratar um triste engano,
foi um tratado de sangue com teu coração.

Junto de ti meu amor eu me sinto tão livre,
nômade, amado, alado, solto pelo ar.
Junto de ti meu amor eu não volto pra casa,
sou a caravana que parte sem ter q voltar.

Sou mutante, amor cigano,
viajante, de longe eu te chamo,
vem amor, vem me encontrar...


ELENCO

Gladys Rodríguez: Ariana

Arnaldo André: Dario

Lucy Boscana: Salomé

Leonardo Oliva: Geraldo

Giselle Blondet: Virgínia

Luis Abreu: Jairo

Sully Díaz: Leonela

Axel Anderson

Angela Meyer

Jesús Manuel Junior Álvarez

Lucho Cabrera

Flor D' Loto

Carmen Belén Richardson

Nelson Milián


RESUMO

Em uma fazenda, o dono Dom Pedro não aceita que um circo de ciganos se instale em suas terras e mata um deles. A viúva desse cigano, Salomé, jura se vingar e troca sua filha recém-nascida pelo bebê recém-nascido de Dom Pedro.

Ariana cresce na fazenda acreditando ser a filha do dono. Passam-se 25 anos, Ariana está comprometida com o militar Geraldo, amigo de seu pai. Ariana não ama Geraldo, mas se casa com ele pela pena que sente por Virgínia, a filha paralítica de Geraldo.

O circo cigano retorna. Com ele, vem Salomé e seus filhos Dario e Jairo. Dario e Ariana se apaixonam, apesar das desavenças entre Dom Pedro e Salomé. Ainda assim, Ariana é obrigada a se casar com Geraldo, que a molesta em sua noite de núpcias. Ariana foge na chuva e é resgatada por Dario.

Após idas e vindas, descobre-se que ela é a cigana e ele, o herdeiro do fazendeiro. Ao saber da verdade, Ariana se disfarça de palhaça e vai morar no circo, uma das vilãs provoca um acidente que a deixa cega.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A paixão dos brasileiros por novelas mexicanas

O que o público televisivo mexicano e o brasileiro tem em comum? A resposta é bem simples: paixão por telenovelas. Seria fenomenal se não fosse algo já tão corriqueiro neste universo de tramas que prendem milhões de pessoas na frente do televisor para acompanhar uma boa história e, ao mesmo tempo, novas tendências.

É bem verdade que muito antes do SBT importar as novelas mexicanas e aos poucos conquistar o público brasileiro com elas, a hegemonia das nossas novelas jamais fora ameaçada até porque, as novelas se tornaram uma tradição do nosso público e um grande filão para as nossas produtoras. Alguém já disse inclusive que, se Hollywood é o templo em produções cinematográficas, a Rede Globo aqui no Brasil, é o templo em teledramaturgia. Bem, essa verdade um tanto questionável deve ser dividida com a poderosa Televisa mexicana, que produz dezenas de novelas anualmente e com elas cativa públicos de diversos países, inclusive o Brasil, onde suas novelas se tornaram uma febre que a gente nem faz, em princípio, uma ideia real.

Ao longo dos anos, não só a Rede Globo produziu grandes tramas, tivemos no passado a extinta Rede Tupi de Televisão, a Rede Bandeirantes, a também extinta Rede Manchete, o próprio SBT e a Rede Record, que está na ativa criando grandes produções do gênero para o nosso público. Num passado não tão distante, a então Rede OM de Televisão passou também a exibir novelas e naqueles tempos, colocou no ar novelas às pencas, atraindo um grande público também. Entre altos e baixos, Rede OM virou Rede CNT – Central Nacional de Televisão e continuou com suas novelas por mais uns tempos.

O SBT do Senior Abravanel abraçou ainda mais as novelas mexicanas e por mais um tempo agradou os fãs dessas produções, porém, recentemente os deixou na mão, devido à questões internas ou contratuais, afinal estas produções mexicanas imprimem custos elevados e nem sempre o nosso mercado publicitário aposta suas fichas nestas novelas. É uma pena, porque no geral, as produções mexicanas são bem tramadas e conquistam rapidamente o telespectador que, mesmo sendo fiel às novelas nacionais, sempre encontra uma pontinha para acompanhar uma trama mexicana.

Em 2008, A Rede CNT retomou a transmissão de novelas da Televisa após uma nova e salutar parceria, trazendo logo de cara a novela Manancial, que já havia sido exibida pelo SBT em outros tempos. O público foi chegando de mansinho e a CNT trouxe Sonhos e caramelos, uma novela mais direcionada ao público infanto-juvenil mas que acabou cativando muita gente grande. A emissora também optou por reprisar Marimar, estrelada pela cantora Thalía, que possui fãs ardorosos de norte a sul do Brasil.

A Rede CNT trouxe, além das novelas, alguns bons seriados, como S.O.S. Sexo e outros segredos, E agora, que faço?, O pantera e 13 medos – seriados que já fizeram sucesso no México e em diversos países de língua espanhola. Essas escolhas feitas pela Rede CNT contribuíram de maneira esplêndida para que a rede começasse a evoluir no mercado e, já no final de 2008, a Rede CNT era incluída entre as oito empresas do seu segmento na preferência do público brasileiro segundo a conceituada revista Meio & Mensagem. Visando dar novos passos, o canal exibe Amanhã é para sempre, que no México atingiu elevados índices de audiência, e A outra, já exibida pelo SBT, ambas se encontram em suas retas finais.

Além dessas duas novelas, a Rede CNT trouxe ainda a segunda temporada da série S.O.S. Sexo e outros segredos e a segunda temporada de O pantera, além de já estar fazendo estudos para a escolha das próximas novelas para 2010 bem como de outras produções da Televisa.

Cristina Bazán

NOME ORIGINAL
Cristina Bazán

ESCRITOR
Manuel G. Piñera (Baseado na obra de Inés Rodena)

PAÍS DE ORIGEM
Porto Rico

NÚMERO DE EPISÓDIOS
100

ANO DE GRAVAÇÃO
1978

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1983

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Silver queen

INTÉRPRETE
Malcolm Forest


ELENCO

Johanna Rosaly: Cristina Bazán

José Luis Rodríguez: Rodolfo Alcântara

Clarabella García: Laura Bazán

Gilda Haddock: Sandra Alsina

Esther Sandoval: Rosaura Alsina

Alejandra Pinedo: Teresa Alsina

Maribella García: Laura

Luis Daniel Rivera: Miguel Angel

Walter Rodríguez: German

Alba Nydia Díaz: Tainá

Michel Corbiere: Miguelito

Orville Miller: César Sandoval

Elsa Roman: Madre Superiora


INTRODUÇÃO

Este foi o primeiro grande êxito das telenovelas porto-riquenhas, favorecido pela aparição de Puma Rodríguez como o galã que se divide entre duas irmãs. Comovedora atuação de Gilda Haddock como a trágica Sandra e Esther Sandoval como uma matriarca manipuladora, bruxa que destrói sua filha mais amada.


RESUMO

Esta telenovela conta a história de Cristina Bazán, uma jovem que estuda em um prestigioso internato para moças em São João, Porto Rico. Junto de Cristina estuda sua meia-irmã Sandra Alsina que é muito frívola e malvada.

Cristina acredita que sua mãe, Laura seja viúva e que se encontra viajando atendendo seus negócios. Laura, na verdade, não é uma mulher de negócios, e sim uma cabareteira que foi apreendida por cargos falsos. Nessa ocasião, se desespera e assim, pede ao pai de Cristina que se encarregue de cuidar da menina.

Quando Cristina e Sandra se graduam no internato vão viver na casa do pai de Cristina, que está casado com Rosaura, que é a mãe de Sandra. Rosaura, assim como sua filha, odeia Cristina e a torna uma espécie de empregada.

Sandra está comprometida com o respeitado jovem Rodolfo Alcântara, que não suspeita que sua noiva o engana com seu melhor amigo, Miguel Angel, que é doutor em medicina. Pouco a pouco, Rodolfo se interessa por Cristina, que o ama em silêncio.

Quando Sandra e Rodolfo se casam, este a despreza em sua noite de núpcias por ela não ser virgem. Sandra está grávida de Miguel Angel, que está perdido no alcoolismo. Sandra não quer que saibam que espera um filho dele.

Rosaura inventa um plano: diante de todos, Cristina será a “mãe” do filho de Sandra. Cristina se vê obrigada a fingir que espera um filho do motorista, sendo enviada ao campo para ter seu filho, acompanhada por Sandra.

Desprezo


NOME ORIGINAL
Rina

ESCRITOR
Luis Reyes de la Maza (Baseado na obra de Inés Rodena)

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
188

ANO DE GRAVAÇÃO
1977

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1983

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Desprezo

INTÉRPRETE
Instrumental


ELENCO

Ofelia Medina: Rina

Enrique Álvarez Félix: Carlos Augusto Miranda e Castro

María Rubio: Rafaela

Alicia Rodríguez: Maria Júlia / Vitória

Ana Laura: Betina

Rafael Llamas: Carmelo

Alicia Encinas: Gisela

Rosa María Moreno: Dionísia

Sasha Montenegro: Marcela

Virginia Gutierrez: Rosário

Raúl Meraz: Guilherme

Guillermo Zarur: Xavier

Otto Sirgo: Omar

Lupita Lara: Margarida

María Fernanda: Nora

Javier Ruan: Daniel

Carlos Ancira: Senhor Leopoldo

Olga Breeskin: Silvia

Demian Bichir: Joãozinho

Aurora Molina: Eleuteria

Ruben Rojo: Rodolfo

Renata Flores: Renata

Gerardo del Castillo: Manolo

Mauricio Ferrari: Lambertie

Ruben Calderón: Doutor

Miguel Palmer: Carrillo

Salvador Pineda: Nenê

Daniel Santalucia: Ramiro

Maricruz Najera: Enfermeira

Ramiro Orsi: "Chato"

Queta Lavat: Martha


INTRODUÇÃO

Foi a segunda telenovela mexicana a ser exibida pelo SBT. É um remake, já que a telenovela original é de origem venezuelana e se chama La italianita, de 1973, adaptada para a versão mexicana por Luis Reyes de la Maza e produzida por Valentín Pimstein.


RESUMO

Essa é a história de Rina, uma garota pobre, corcunda, que vende flores para manter seu pai alcoólatra e seus irmãos. Sua mãe, Maria Júlia, os abandonou quando eram pequenos.

Um dia, quando vendia suas flores, um homem velho, inválido, amargurado e muito rico, chamado Leopoldo, a chama por uma janela e a manipula para que se case com ele. Esse senhor não suporta a ideia de que, quando ele falecer, toda sua herança ficará para sua odiosa cunhada Rafaela, o filho dela, Carlos Augusto Miranda e Castro, e a irmã dela, Dionísia.

Rina aceita se casar pelos problemas econômicos em que vive sua família. Pouco tempo depois, esse senhor morre, deixando-a como herdeira universal de todos os seus bens.

Rafaela não consegue suportar perder a herança de seu cunhado. Para isso, traça um plano utilizando seu filho, que vive amargurado depois de ter perdido sua esposa no altar. Ela arquiteta para que Rina se apaixone por Carlos Augusto, com isso, ele se casa com ela, para poder desfrutar da herança.

Rina se apaixona perdidamente por Carlos Augusto, que a despreza e a humilha. Eles se casam, mas conforme o plano de Rafaela e seu filho, o casamento não se consumaria. Em uma noite porém, Rina e Carlos Augusto bebem muito, e eles acabam fazendo amor.

Rina fica grávida, e Rafaela tenta enlouquecê-la, para ficar com a herança e com seu neto. Mas apenas o grande amor de Rina é capaz de vencer sua sogra e fazer com que Carlos Augusto a corresponda inteiramente.

Esse amor é o que fará Rina se superar, dar a volta por cima, e esquecer tanto desprezo.


CURIOSIDADES

No Brasil, foi lançado um LP com músicas originais da telenovela e outras cantadas na trama apenas aqui no Brasil.

Rina fez tanto sucesso que recebeu alguns remakes: em 1989 a Venezuela produz Rubi rebelde, com a atriz Mariela Alcala, mas sem dúvida o remake de maior sucesso foi o que a mexicana Televisa produziu em 1992 com a grande cantora e atriz Thalía, Maria Mercedes, passando em 100 países, tanto sucesso que em 2004 produziu um novo remake Inocente de ti com Camila Sodi, que é sobrinha de Thalía. Um remake também foi produzido no Brasil pelo SBT em 2007 e se chamou Maria Esperança com Barbara Paz.


COMENTÁRIOS

Desprezo foi a segunda telenovela mexicana exibida pelo SBT, e uma das que poucos sabem qual é, tudo isso, porque o nome original da telenovela é Rina, uma produção de 1977, ou seja, Desprezo foi uma das novelas mais antigas que o SBT já exibiu.

No México, a telenovela foi um grande sucesso, que inaugurou o horário das 21 horas. A história da corcunda Rina emocionou o país, e fez com que a intérprete da protagonista e o galã da história, o falecido Enrique Alvarez Felix, virassem grandes astros no México. Desprezo foi, na época, uma das telenovelas mais exportadas.

Rina era corcunda, mas esses não eram os planos iniciais. Luis Reyes de la Maza, adaptador da história, havia escrito uma Rina manca, mas os produtores decidiram três dias antes do início das gravações da telenovela que Rina seria corcunda. Isso dificultou muito o trabalho da produção, pois a gravação se atrasava muito em torno da maquiagem. Decidiram então que Rina ia se curar. Vários médicos foram consultados, e todos disseram a mesma coisa: não existia cura. Mesmo assim, Rina curou-se, numa operação inédita e milagrosa. Tamanha foi a transformação, que Rina, de corcunda, em três dias, virou uma mulher belíssima.

Houve uma grande vilã na história, a temível Rafaela, que queria fazer de tudo para Rina enlouquecer. Maria Rubio, antes de Ambição (Cuna de lobos), foi muito destacada por esse papel. Foi uma atuação memorável.

Desprezo trata-se de uma versão anterior da telenovela Maria Mercedes. A história é igual, mas o clima era totalmente diferente. Enquanto em Maria Mercedes, a comédia predominou, em Desprezo o drama, a obscuridade e a infelicidade de Rina era o principal.

Muitos acreditam que outra história inspirada em Desprezo tenha sido Marisol. Mas isso não aconteceu, apesar de ter algumas semelhanças, como um defeito físico nas protagonistas, a proteção de um velho rico (em Desprezo, o homem com quem Rina casou-se era mais velho que em Maria Mercedes), mas as semelhanças são poucas.

Desprezo foi uma telenovela marcada pela tensão. Já que uma história simples de Inés Rodena foi transformada em um drama pesado e complexo, onde a psicologia dos personagens foi muito trabalhada, mesmo sendo uma telenovela absolutamente rosa.

Desprezo foi um verdadeiro sucesso, no Brasil não teve muito destaque, mas mundo afora marcou pela grande história, pelo casal inesquecível e o status popular que os atores alcançaram depois de participar desse êxito.

Em 1991, a telenovela foi reprisada no “Novelas da tarde”, com mudanças na abertura e no logo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Os países e suas telenovelas

A telenovela mexicana, igualmente ao resto de novelas produzidas por outros países, originalmente da América Latina, pode ser comparada aos grandes êxitos de Hollywood, pela importância econômica que tem no país, pelos grandes investimentos destinados à sua produção e pelas adaptações e continuações realizadas.

O México é o maior exportador de telenovelas, inclusive utilizando-se de histórias repetidas a nível local, ou adaptações de outros países. Este fenômeno é comum desde os anos oitenta e se estendeu a outros países. Talvez o maior exemplo tenha sido Los ricos también lloran, uma das novelas mais exitosas da história, além de María la del barrio e Marina.

A respeito das protagonistas das novelas mexicanas, vale destacar Thalía (Maria do Bairro), Edith González (Salomé), Gabriela Spanic (A usurpadora). Quanto aos protagonistas masculinos podemos mencionar Fernando Colunga (A usurpadora), Eduardo Yáñez (Destilando amor) e Mauricio Islas (Manancial).

A telenovela argentina narra uma história fictícia, às vezes baseada em fatos reais, de alto conteúdo melodramático. Nos últimos anos, tendeu-se a tratar de temas de compromisso social, tentando-se eliminar alguns tabus sobre temas como homossexualidade, e informando sobre deficiências e enfermidades, aproximando do público a difícil realidade a qual enfrentamos em certas ocasiões, mas sem deixar de dar o toque rosado da ficção.

Como protagonistas femininas de novelas argentinas podemos mencionar Andrea del Boca (Antonella), Grecia Colmenares (Manuela) ou Natalia Oreiro (Muñeca brava). E masculinos Gustavo Bermúdez (Nano), Osvaldo Laporte (Além do horizonte) e Gabriel Corrado (Chiquititas).

A telenovela colombiana conseguiu posicionar no mundo cerca de 84 histórias, todas com um grande êxito. De fato, a Colômbia é o quarto maior exportador de novelas para o mundo. Yo soy Betty, la fea, um dos maiores êxitos televisivos da história, foi exportada a numerosos países, onde conseguiu alcançar elevados índices de audiência. Entre suas adaptações se encontram Ne rodis krasivoy, na Rússia; Lotte, nos Países Baixos; La fea más bella, no México; Jassi Jaissi Koi Nahin, na índia; Verliebt in Berlin, na Alemanha; Ugly Betty, produzida por Salma Hayek para a ABC dos Estados Unidos; Yo soy Bea, a adaptação espanhola e Bela, a feia, produção brasileira.

Assim como o México, um meio de exportação e inclusive de repetições a nível local, é a adaptação de outros formatos, um fenômeno também comum na Colômbia desde os anos noventa até a atualidade. Como antecedentes da novela colombiana, existiram os folhetins e mais recentemente, no século 20, precisamente na década dos anos sessenta, as foto-novelas com atores reais e, que, apoiando-se em um pequeno texto, desenvolveram suas histórias, e as rádio-novelas dos anos quarenta e cinquenta.

Destacamos como atrizes de novelas colombianas Margarita Rosa de Francisco (Café com aroma de mulher), Ana María Orozco (Betty, a feia) ou Zharick León (¿Adónde vas Soledad?). Como atores, vale mencionar Jorge Enrique Abello (Betty, a feia), Juan Pablo Raba (Por amor a Gloria) e Manolo Cardona (¿Por qué diablos?)

As telenovelas venezuelanas gozam de grande popularidade em toda América Latina e em países como Portugal, Espanha, Itália, Grécia, na parte leste da Europa, Ásia Central, Turquia, China, Indonésia e no continente africano.

Podem ser classificadas, segundo o público a que se destinam: juvenis, infantis e de época; segundo a periodicidade com que emitem: diariamente, semanalmente, etc. e de acordo com o tema de que tratam.

Podemos destacar Jeanette Rodríguez (Cristal), Amanda Gutiérrez (Rosa de la calle), Catherine Fulop (Abigail), como destacadas atrizes de novelas venezuelanas e Carlos Mata (La dama de rosa), Jean Carlo Simancas (Mundo de fieras) e Fernando Carrillo (Pasionaria), como destacados protagonistas masculinos.

Os ricos também choram


NOME ORIGINAL
Los ricos también lloran

ESCRITORA
Inés Rodena

PRODUTOR
Valentín Pimstein

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
248

ANO DE GRAVAÇÃO
1979

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
1982

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Sombras

INTÉRPRETE
Sarah Regina

Quero encontrar um caminho que eu possa chegar,
essa sombra me deixa louca, os teus passos ecoam em mim,
vou pulsando a tua imagem, sou coragem, sou carne, eu sou tudo enfim.

Quero buscar um carinho que eu possa amar
essa sombra me deixa louca, os teus atos destoam na escuridão
um reencontro desfaz a miragem
e a colagem refaz a razão da razão, da razão.

Quero curtir novamente a tua presença tão linda,
quero partir firmemente pra te encontrar.
Eu quero curtir novamente a tua presença tão linda,
quero partir firmemente, eu vou te encontrar

Quero buscar um carinho que eu possa amar,
essa sombra me deixa louca, os teus atos destoam na escuridão,
um reencontro desfaz a miragem
e a colagem refaz a razão da razão, da razão.

Quero curtir novamente a tua presença tão linda,
quero partir firmemente pra te encontrar.
Eu quero curtir novamente a tua presença tão linda
quero partir firmemente, eu vou te encontrar.

Eu quero curtir novamente a tua presença tão linda
quero partir firmemente, pra te encontrar.


ELENCO

Verónica Castro: Mariana Villareal

Rogelio Guerra: Luis Alberto Salvatierra

Christian Bach: Joanna

Rafael Banquells: Padre Adrian

Rocío Banquells: Esther

Fernando Mendoza: Leonardo Villarreal

Augusto Benedico: Alberto Salvatierra

Guillermo Capetillo: Beto

Edith González: Maria Isabel

Ada Carrasco: Felipa

Aurora Clavel: Mama Chole

Yolanda Merida: Ramona

Ricardo Cortes: João Manuel

Marina Dorell: Sara

Arturo Lorca: Jaime

Magda Haller: Dona Rosário

Robertha: Roberta

Alicia Rodríguez: Dona Elena

Marilu Elizaga: Dona Elena (Substituta)

Columba Domínguez: Maria

Maricruz Najera: Maria (Substituta)

Miguel Palmer: Diego

Fernando Luján: Diego (Substituto)

Miguel Angel Negrete: Máximo

Federico Falcón: Psiquiatra

Humberto Cabañas: Humberto

Connie de la Mora: Patrícia

Manuel Guizar: Dr. Gómez

Flor Procuna: Irma

Carlos Fernández: Carlos

Carlos Cámara: Fernando

José Elias Moreno: Pascual 'Pato'

Leonardo Daniel: Leonardo Mendizábal

Carlos Pouillot: Frederico Mendizábal

María Teresa Rivas: Úrsula

Leticia Perdigón: Lili

Socorro Bonilla: Sra. Jiménez

Victoria Vera: Vitória

Antonio Bravo: Luis de la Parra

Raúl Meraz: Rivas

Estela Chacón: Enfermeira Virgínia

Socorro Avelar: Morena

María Rebeca: Maria Isabel (Criança)

Armando Alcazar: Beto (Criança)

Gastón Tuset: Dr. Suárez

Oscar Bonfiglio: Sebastião

Teo Tapia: Dr. Joaquim Herrera

Aurora Medina: Teresa

Fernando Borges: Eduardo Sagredo

Lina Michel: Collette

Javier Marc: González


INTRODUÇÃO

Foi a primeira telenovela mexicana a ser exibida pelo SBT. Verónica Castro veio ao Brasil na época prestigiar o sucesso de sua telenovela.

Em 2005, o SBT produziu o remake Os ricos também choram, protagonizado por Márcio Kieling e Thaís Fersoza, com alteração no nome das personagens e ambientação na década de 1930.


RESUMO

Mariana Villareal é uma doce garota que vive com seu pai e sua madrasta em uma fazenda. Desgraçadamente, seu pai vem a falecer e ela fica aos cuidados de Irma, sua madrasta que passa a viver com seu amante Diego, os quais tomam o controle da fazenda de seu pai.

Mariana não deixou se educar, cresce selvagem e ignorante, desconhecendo que tem uma grande fortuna para receber. Ela decide ir a capital, onde é ajudada pelo Padre Adrian, que conversa com o milionário Alberto Salvatierra, que a leva para viver em sua casa, mesmo contra vontade de sua esposa, Dona Elena, onde Mariana será educada e melhorará seus modos.

Alberto se apega à Mariana, sente uma grande satisfação em poder ajudá-la e educá-la, no entanto, sofre porque seu filho Luis Alberto é um irresponsável. Luis Alberto trata de fazer com que Mariana se apaixone por ele, mas seu pai o proíbe.

Na casa, chega para morar Esther, prima de Luis Alberto, junto com sua empregada Ramona. Alberto e Dona Elena esperam que seu filho se case com Esther e deixe Mariana em paz.

Contudo, Luis Alberto se apaixona por Mariana, prefere sua simplicidade e sinceridade do que a vaidade e o orgulho de sua prima. Mariana provoca muitos problemas na casa por sua falta de modos e tem muitos desentendimentos com Esther que deseja que Mariana saia da casa. Luis Alberto, por amor a Mariana, muda seu jeito irresponsável de ser e esta o aceita.

Com mil artimanhas, Esther, auxiliada por Ramona, trata de separar Luis Alberto de Mariana. Certa noite, Luis Alberto chega bêbado e Esther se deita junto a ele, posteriormente dirá a todos que ele a seduziu e que espera um filho seu, conseguindo o casamento que tanto deseja. Sendo amante de Diego, Esther finge ter um aborto e após descobrir que Ramona é sua verdadeira mãe, perde a razão.

Esther que agora está grávida de Diego, morre por complicações em sua gravidez. Ramona se arrepende e se torna amiga de Mariana, que se casa com Luis Alberto.

Recém chegados de lua-de-mel, Luis Alberto precisa deixar Mariana, por que tem que fazer uma viagem de negócios, por razões de trabalho. Quando Luis Alberto viaja, Leonardo Mendizábal, o colega e sócio de Luis Alberto, vai até a casa de Mariana para cumprimentá-la pelo casamento e a abraça. Mariana sofre um desmaio e cai nos braços de Leonardo. Luis Alberto chega e interpreta as coisas erradas, pois é enganado pelas aparências, por isso vai embora, cheio de mágoa no coração, pensando que Mariana, sua esposa, o traiu.

Quando o médico dá o diagnóstico e confirma a gravidez de Mariana, Luis Alberto rejeita a criança, porque recusa-se a acreditar que o bebê é seu, e força Mariana a entregar o bebê para adoção.

Desesperada e enlouquecida, Mariana entrega seu filho a Chole, uma vendedora de bilhetes de loteria. Chole o aceita e o cria como sendo seu, unicamente sabendo que a criança se chama Beto.

Mariana se dá conta do que havia feito e se desespera cada vez mais. Ela se reconcilia com Luis Alberto que também havia percebido seu engano, e junto de Mariana começa uma incessante busca pelo filho perdido. O remorso, a dor que causará esse abandono e a busca incessante pelo menino, marcarão, a partir desse momento, a vida de Mariana.

O tempo passa e Beto, agora crescido, vive na pobreza, aos cuidados de Chole. Luis Alberto e Mariana haviam adotado uma menina, a qual puseram o nome de Maria Isabel. O destino se encarregará de fazer com que Mariana se reencontre com seu filho.

Certa vez, Beto entra na casa dos Salvatierra para roubar. Mariana ao se dar conta das razões que obrigam o menino a se delinquir, se converte em sua protetora. Mariana que vai visitar Chole no hospital, descobre que Beto é seu filho quando essa lhe confessa como Beto chegou até ela. Mariana sofre um desmaio. Desde este momento, Mariana cuida de Beto, e, sem confessar que ele é seu filho, lhe compra roupas, lhe paga professores particulares e lhe consegue um luxuoso apartamento, ao qual leva para viver com eles Felipa, a fiel amiga de Chole.

As visitas de Mariana ao apartamento lhe trazem problemas, já que Sara, que havia sido a babá de Maria Isabel e, neste momento, estava desempregada, por haver se metido com Luis Alberto, vê Mariana e pensa que esta tem um amante e começa a chantageá-la, dizendo que revelará seu caso a Luis Alberto.

Finalmente, se descobre a verdade quando Luis Alberto, acreditando que Beto é amante de Mariana, tenta disparar um tiro contra o rapaz, diante desta situação, Mariana revela que Beto é seu filho.

Beto vem morar na casa, os Salvatierra fazem uma festa, Maria Isabel e Beto se apaixonam, Mariana e Luis Alberto, depois de descobrirem que os ricos também choram, podem agora, viver completamente felizes.


CURIOSIDADES

A segunda parte desta telenovela é um remake da produção venezuelana Raquel de (1973) com Doris Wells, original de Inés Rodena.

Em 1995, a Televisa estreou uma nova versão tanto de Raquel como de Os ricos também choram, chamada Maria do bairro, protagonizada pela cantora Thalía, Fernando Colunga e Itatí Cantoral. O remake bateu todos os recordes de audiencia das 21 horas.

No ano de 2006, a produtora da Telemundo retomou a guia original e fez sua própria versão, chamada Marina, com Sandra Echevarría e Mauricio Ochmann, que foi substituído depois por Manolo Cardona.

Quando a novela foi transmitida na Argentina, mudou de nome Mariana, já que o governo militar considerou seu titulo original demasiado transgressor.


COMENTÁRIOS

Em 1982, Silvio Santos resolveu investir em novelas no SBT. Mas não tinha condições de produzir uma novela nacional ainda. Então notou o fenômeno mundial que estava acontecendo. Trouxe Os ricos também choram para o Brasil. Foi a primeira novela estrangeira no país, e criou uma tradição desde então.

Os ricos também choram foi, simplesmente, a novela de maior êxito de todos os tempos. É também a novela mais exportada, nada menos que 180 países. No ano de 1979, mal sabia-se que Valentín Pimstein estava lidando com sua obra prima. Também, Los ricos, como era conhecida no México, tem muitas histórias dentro e fora das telas para contar.

A começar por Verónica Castro, que virou a Rainha das Telenovelas encarnando Mariana, a moça selvagem que derramou um rio de lágrimas durante os seis meses de novela. O mais curioso é que Valentín Pimstein tinha motivos de sobra para não querê-la em sua novela. Anos antes, ela havia sido expulsa de uma outra novela dele, Barata de primavera, por indisciplina. Naquela época, ela era coadjuvante. Valentín só quis Verónica para Mariana, porque de fato, viu que esse papel tinha que ser dela. E acertou em cheio. Ela viu sua carreira catapultar do dia para noite, e ficou conhecida no mundo inteiro.

Hoje, o nome de Verónica Castro se confunde com o da própria telenovela mexicana. Vale comentar ainda que ela mesma interpretou o tema musical da novela, Aprendí a llorar, mas sua carreira como cantora nunca chegou a ter o mesmo impacto que o de suas novelas posteriores.

Muitos foram os destaques além de Verónica Castro. Rogelio Guerra foi o galã, Luis Alberto, e sua atuação seguiu os padrões da época. Ele também se consagrou nessa novela. Guillermo Capetillo era Beto, filho de Mariana anos depois. Ironicamente, anos depois, em Rosa selvagem, ele foi seu galã. Augusto Benedico e Alicia Rodrigues estiveram impecáveis como Alberto e Dona Helena, pais de Luis Alberto. Mais tarde, entraram Edith González (ainda menina e com cabelos negros, porém mais tarde ela ficava loira) e a belíssima Christian Bach, como a sedutora Joanna. A maldade ficou a cargo de Rocio Banquells que compôs uma das vilãs mais odiadas de todos os tempos: Esther. Porém, ela não ficou durante a novela toda.

Troca de atores foi algo constante nessa novela. Columba Domínguez foi substituída por Maricruz Najera como Maria. Miguel Palmer, que vivia o irmão de Luis Alberto, Diego, apesar de sua elogiada atuação, foi trocado por Fernando Luján. Alicia Rodríguez também deixou a novela, sendo substituída por Marilu Elizaga. O motivo da saída de vários deles foi o mesmo: depois da morte da terrível Esther, a novela foi esticada em várias semanas, e nem todos puderam continuar. Uma pena, a partir daí a história começa a ser baseada em um texto antigo de Inês Rodena, Cuando se regala un hijo.

Mas a troca de atores foi um mero detalhe perto da grande troca que houve, a de adaptadores. A princípio, era María Zarattini, que conduzia de maneira a centralizar na psicologia das personagens e em diálogos mais profundos. Notou-se a brusca diferença quando ela saiu da novela. Foi substituída por Carlos Romero, que conduziu a novela de maneira mais açucarada, e optando pelo clássico. Carlos Romero, aliás, é um profundo conhecedor dos textos de Inés Rodena, tanto é que depois quase todas as novelas baseadas nos textos dela, foi ele, que foi seu grande amigo, que adaptou. Mesmo com todas essas turbulências, com atores e adaptadores, o sucesso permaneceu intacto, embora alguns considerem que a trama perdeu um pouco da emoção em uma fase intermediária, recuperada a tempo da novela não ficar marcada por isso.

Uma curiosidade é que Os ricos também choram trouxe como figurante a até então desconhecida Carla Estrada, que mais tarde viraria a produtora mais respeitada da emissora.

Todos sabem que Maria do bairro é um remake dessa história de grande sucesso. Porém com muitas diferenças. Para começar, Mariana tinha uma herança para receber, e vinha de uma família rica. Já Maria sempre foi pobre e ia por acaso parar na mansão de la Vega. Esther, a vilã, morria na metade da história, e não voltava, como aconteceu com a formidável Soraya Montenegro. Vale lembrar que assim como em Os ricos também choram, em Maria do bairro também chegava outra vilã mais tarde: Penélope. Ou seja, só a volta da vilã mudou muitas coisas nesse remake. Tanto é que a Televisa ainda pretende fazer uma versão de Os ricos também choram que seja mais fiel à original.

Depois de ser transmitida aqui no Brasil, lançaram-se discos e Verónica Castro que virou uma estrela aqui também, consagrando-se definitivamente em Rosa selvagem. Ela provou no Brasil que a dublagem não era um empecilho quando se tinha uma boa história.
Embora essa dublagem tenha sido muito criticada na época, e só mais tarde tenha melhorado de fato sua qualidade.

Outra vitória alcançada, Os ricos também choram é a primeira novela do mundo lançada em DVD. A história da novela se dividiu em 5 DVDs.

Os ricos também choram foi, é, e sempre será o símbolo maior das novelas mexicanas em todo o mundo. Mas não apenas entre as mexicanas, mas como um ícone das novelas também foi um verdadeiro marco. Percorrendo o mundo, conquistando continentes e atravessando o tempo, pois hoje, quase 30 anos depois, ainda pedem, e muito, reprise dessa novela que jamais será esquecida, porém, infelizmente o SBT não tem mais a novela arquivada.

Verónica Castro cantou o tema original de abertura, "Aprendí a llorar" que ficou conhecido em todos os países que a novela foi exibida. No Brasil, a música de abertura foi Sombras, interpretada por Sarah Regina.

O início das telenovelas latinas no Brasil

O SBT estava recém iniciado, e no ano de 1982 eles tiveram vontade de colocar uma telenovela no ar, porém não tinham recursos para produzir uma, então começaram a reparar que havia uma novela que vinha causando furor mundo afora, tratava-se do fenômeno mexicano Os ricos também choram, com Verónica Castro e Rogelio Guerra.

Muitos não quiseram colocar a novela no ar, afinal, a julgavam cafona, mas Silvio Santos deu o braço a torcer e logo Os ricos também choram estava sendo exibida com êxito. Até discos foram lançados: Os ricos também choram Nacional e Internacional. Em seguida, veio outra trama mexicana: Chispita, com a então menina Lucero. A trama também encantou o público, com o lançamento de discos e brinquedos que inclusive criaram uma polêmica com os pais de Lucero, já que eles não gostaram da boneca e brigaram por seus direitos autorais. O sucesso de Chispita foi ainda maior que o da antecessora, sendo exibida em dois horários, e mais tarde, viria a ser reprisada infinitas vezes. Chispita é a novela mexicana mais reprisada que houve, seu sucesso no Brasil chegou a ser maior do que no próprio México, segundo a estrela Lucero.

Daí em diante, as novelas latinas ocupariam o mesmo espaço com produções brasileiras, sempre com má qualidade e histórias fracas, que dificilmente ofuscavam as produções da Televisa. Durante anos, foram exibidos títulos como Só você e Viviana, com a diva Lucía Méndez, Quinze anos com as jovens Adela Noriega e Thalía que futuramente tornariam se estrelas internacionais.

Chegando na década de 90, o SBT enfrentava séria crise, não pelas novelas, mas por um conjunto de programas problemáticos, foi quando o SBT apostou em uma novela infantil, viria então o maior sucesso em termos de novelas mexicanas já exibido: Carrossel. A história da professora Helena, Cirilo, Maria Joaquina, Jaime e tantos outros personagens marcantes fez história e foi um ícone na infância de todos aqueles que acompanharam a história. Carrossel foi a primeira novela estrangeira a balançar a hegemonia global, que na época exibia o fracasso O dono do mundo e se viu apavorada por uma produção pobre e malfeita, como eles julgavam.

Gabriela Rivero, a professora Helena da novela, veio ao Brasil e foi recebida com todas as regalias possíveis. Discos, revistas, álbuns de figurinhas, brinquedos: o êxito era gigantesco, e ajudou o SBT voltar a ser o que era, alguns anos depois foi transmitida a nova versão, Carrossel das Américas, que nem chegou aos pés do sucesso da primeira.

No repertório de sucessos do SBT foi inclusa Rosa selvagem, a história de Rosa, uma mulher grosseira e vulgar que se apaixona por um milionário, apesar de que o tema já havia sido abordado, essa novela foi outro grande sucesso. Isso impulsionou a vinda da estrela Verónica Castro ao Brasil, esbanjando luxo e carisma em grandes programas como o de Hebe Camargo por exemplo. Nessa época a Televisa não era tão exigente com o SBT que podia manipular as novelas de qualquer forma, as aberturas em sua maioria eram edições das originais, títulos e músicas eram alteradas com uma adaptação brasileira para agradar o público, até o sucesso de Lulu Santos, Tempos modernos, ganhou versão de Sylvia Patrícia para o LP de Rosa Selvagem.

Muito antes do sucesso das "Três Marias" de Thalía, uma outra Maria encantaria os lares brasileiros, era ela, Simplesmente Maria, com a estrela Victoria Ruffo, que viveu uma simples camponesa que sonhava em triunfar no mundo da moda mexicana, grande êxito do SBT que depois viria a ser reprisada na fase Gold da Rede CNT/Gazeta. Devido ao sucesso de Simplesmente Maria o SBT importou uma nova novela de Victoria Ruffo, A fera.

A novela adolescente Alcançar uma estrela também ganhou seu espaço no SBT, que, empolgado com o sucesso, transmitiu Alcançar uma estrela II após o ultimo capitulo da I como se fossem uma única novela.

Mesmo com tantos sucessos mexicanos o SBT também investiu numa novela venezuelana: Topázio, com Grécia Colmenares, a doce cega que viveu uma emocionante história de amor, foi a segunda novela "não brasileira" a concorrer ao Troféu Imprensa, (a primeira novela foi Carrossel, que recebeu um único voto do jornalista e crítico de TV Leão Lobo). Anos depois, o SBT viria transmitir o remake de Topázio, Esmeralda, feito pela Televisa.

Em 1991, o SBT mostraria ao Brasil uma das maiores vilãs da teledramaturgia: Catarina Creel de Larios: estava no ar o sucesso Ambição. Essa até os críticos brasileiros, geralmente avessos a tudo o que não é Rede Globo, aplaudiram de pé a magistral interpretação de María Rubio e todo o elenco, fazendo de Ambição uma novela diferente, muitas das crianças da época tinham medo da novela exatamente pelo tapa-olho da vilã, sua marca registrada.

Muitos estilos de novelas foram exibidos, até mesmo uma novela de época: Eu compro essa mulher, outro grande sucesso da Televisa, com Leticia Calderón, Enrique Rocha e Eduardo Yáñez, numa história marcada por uma vingança sem limites e uma perigosa paixão; muita rivalidade em Paixão e poder, também com Enrique Rocha e Paulina Rubio; abalos de uma mulher amarga em Eu não acredito nos homens; o desafio de um Amor em silêncio; a volta de Lucía Méndez em Marielena, a secretária que se apaixona pelo seu chefe casado; os encantos de quatro amigas em Garotas bonitas, novela precursora de Amigas e rivais do mesmo diretor Emilio Larrosa que tratou com muito cuidado os problemas dos jovens no início dos anos 90.

Uma trama argentina viria a cativar o público: A estranha dama. A saga da sofrida camponesa Gina, que, por um amor perdido e a benção de dar à luz uma filha saudável, se torna Irmã Piedade, uma religiosa que entrega sua vida a Deus, mas que também busca se encontrar numa secreta identidade, uma estranha dama. Se aproveitando do sucesso de SBT, a Rede OM viria a exibir, uma continuação, da novela: O regresso da estranha dama, inferior à original.

A Rede Record entra no embalo das novelas latinas e transmite a venezuelana A revanche, com Rosalinda Serfat e Jean Carlos Simancas, uma trama diferente onde o destino separa duas irmãs por condições sociais e por um amor em comum, mas que por fim as une com um desejo incontrolável de revanche.

A saudosa Manchete exibiu Valéria e Maximiliano com Letícia Calderón, e a grande novela argentina Além do horizonte, uma novela de época com uma das produções mais caras já vistas, foram mais de 100 modelitos usados pela protagonista Grécia Colmenares, já conhecida no Brasil por seu trabalho em Topázio.

Em 1995, o SBT exibiu Carrossel das Américas, não se sabia ao certo se era uma continuação ou um remake de Carrossel. A verdade é que essa versão não agradou a maioria do público. Uma decepção para aqueles que esperavam uma novela tão envolvente como a que gostavam no início da década.

Em 1996, o SBT passou a investir somente em tramas brasileiras, mas nenhum sucesso, além disso, só gastos e prejuízos. Foi quando no final do ano, Silvio Santos apostou em mais uma novela simples, mas sabendo que essa novela fazia parte de uma trilogia que vinha fazendo sucesso: era Maria Mercedes.

Maria Mercedes contava a história da jovem ignorante que se casa com um homem rico e sofre nas mãos da cruel sogra. Thalía brilhava como a protagonista, mas apesar da novela dar uma boa audiência, ela ainda não estava tão famosa por aqui. Em seguida, veio Marimar. A história da caiçara surpreendeu a todos, tanto que até o jornal O estado de São Paulo comentou os índices alcançados pela novela. Um grande sucesso. No meio da exibição de Marimar no Brasil, o apresentador Gugu exibiu uma entrevista direto do México com a estrela Thalía, que estava surpresa com o sucesso que a novela estava fazendo no Brasil, mas ainda não tinha planos de visitar o país.

A consagração definitiva veio com a estreia de Maria do Bairro, em 1997. Foi essa novela que fez com que Thalía virasse símbolo das novelas mexicanas. Incentivada pela sua gravadora EMI, sua música também ficou conhecida, e Maria do Bairro foi o trampolim para que a estrela viesse ao Brasil e causasse tanto furor. Depois disso, Thalía ainda viria várias vezes ao país, sempre com o êxito de uma diva. Tamanho sucesso que logo depois do último capítulo de Maria do Bairro, o SBT já reprisou Maria Mercedes, e em seguida, novamente Maria do Bairro.

Nessa época a Gazeta se une com a Rede CNT, uma rede de televisão paranaense, e, decididos a aumentar seu Ibope, resolvem investir nas novelas mexicanas assinando um contrato com a Televisa, adquirindo um gordo pacote de novelas e vários programas como Lente loco, o famoso talk show Cristina, e alguns shows.

Disposta a bombardear o SBT e subir no Ibope, a Rede CNT estreou nada menos do que 5 novelas no mesmo dia, foram elas: Alcançar uma estrela, Simplesmente Maria, Prisioneira do amor, apresentando o talento de Maribel Guardia, Coração selvagem uma novela de época, e às 22h30 da noite Império de cristal, um remake da novela Ambição, também de grande sucesso. Para facilitar a transmissão das novelas a Rede CNT aproveitou as novelas que o SBT já tinha e estavam dubladas para reprisá-las como Meus quinze anos, Alcançar uma estrela, Simplesmente Maria e a novela infantil Chispita que foi mais que explorada, chegava a passar em quatro horários diferentes no mesmo dia.

Também foram exibidos títulos como Maria José com Claudia Ramírez e Arturo Peniche, já conhecido no Brasil por Amor em silêncio e Maria Mercedes, A força de uma mulher, com a grande atriz e diretora Cristian Bach e Saúl Lisazo que também fez Prisioneira do amor e outro sucesso, Canavial de paixões, a novela mais anunciada pela Rede CNT, que fez um grande marketing dessa novela passando cenas de todos os prêmios TV y Novelas que ganhou, mas apesar do sucesso, teve uma das exibições mais conturbadas na emissora. Na época a novela estava sendo dublada quase que simultaneamente ao mesmo tempo de exibição, e, por azar, o sindicato dos dubladores brasileiros declara greve geral, com isso ocorre um fato inédito até então, Canavial de paixões foi exibida legendada. Apesar disso, fez muito sucesso, o próprio SBT realizou uma versão brasileira da novela.

Na época a Rede CNT, não se interessou em exibir a novela Na própria carne, com Edith González e Eduardo Yáñez. Assim sendo, deixou o SBT exibir a novela, que ia ao ar somente aos sábados às 15h00, em capítulos gigantescos de mais de quatro horas, como se fosse uma semana inteira em um dia apenas. Antes de todas essas novelas a CNT já tinha passado a novela Guadalupe com Adela Noriega e Eduardo Yáñez e a novela argentina Manuela com Grécia Colmenares que já era famosa no Brasil pelo sucesso Topázio e por Além do horizonte que passou em 1995 na rede Manchete.

A Rede CNT estava cheia de dívidas e não pôde mais pagar o contrato de exclusividade com a Televisa. Assim sendo, o SBT voltou a comprar novelas da rede mexicana. Luz Clarita estreou no início de 1999, durante as férias de Chiquititas, e fez um grande sucesso. Daniela Luján encantou a todos nesse remake de Chispita. Em junho do mesmo ano, o SBT voltaria a emplacar outro grande sucesso mexicano: A usurpadora. As gêmeas Paola e Paulina chegaram no horário das 20h00 e logo causaram grande furor. A usurpadora foi outra daquelas tramas do SBT que romperiam marcas de audiência como Carrossel e Maria do Bairro. Até o Jornal Nacional ficou abalado com essa novela. Gabriela Spanic, estrela da novela, veio ao Brasil divulgar a novela e também encantou a todos, aumentando ainda mais os índices da novela, que já estava indo para suas últimas semanas.

Em seguida, exibiu-se O privilégio de amar, que iniciou com índices bem inferiores aos da antecessora, mas reagiu de maneira brilhante e terminou com audiências maravilhosas. Outro sucesso. Em janeiro de 2000, estreava O diário de Daniela que foi outro grande êxito, novamente com Daniela Luján.

Também foi criada mais uma faixa de horário, que recebeu o nome de Tarde de amor, que começou com a continuação em dois capítulos de A usurpadora, em seguida, a venezuelana que foi uma das novelas mais vendidas da história, segundo o Guinnes Book: Kassandra.

Em meados de 2000, Guy Ecker, o astro brasileiro, veio ao Brasil para divulgar A mentira, um enorme sucesso mexicano que rompeu recordes por lá e que aqui também ia muito bem.

Sigo te amando, às tardes, também ia muito bem. Foi criada outra faixa dentro da Tarde de amor, com uma reprise de A usurpadora. A Tarde de amor conheceu seu maior sucesso com Maria Isabel, que foi a novela mais bem-sucedida das tardes. Maria Isabel conseguia à tarde índices que muitas vezes nem as novelas do horário das 20h00 no SBT conseguiam.

Esmeralda, remake de Topázio, brilhou às noites. A história da cega voltava a comover o público. A Rede Record apostou em Olhar de mulher, da TV Azteca, sem muito sucesso. Depois viria a venezuelana Samantha, que igualmente não fez sucesso. Nessa época também, a Rede Bandeirantes apostou em produções desconhecidas como Caminhos do Amor, Sombras do passado e Belas e intrépidas nas tardes. A Rede Mulher também, com a reprise de A revanche, além de Por amar-te tanto e A mulher proibida, com Fernando Carrillo.

O SBT queria exibir a colombiana Café com aroma de mulher às tardes, mas a Justiça proibiu. Com isso, ela foi parar nas noites do SBT e surpreendeu, com ótimos índices, apesar de ser antiga. Guy Ecker e Margarita Rosa de Francisco formaram um grande casal, ela inclusive veio ao Brasil para divulgar a novela.

A Tarde de amor ainda veio a emplacar sucessos como Camila, Rosalinda, com o regresso de Thalía e Por teu amor, com Gabriela Spanic. Camila inclusive cravou um histórico pico de 21 pontos, isso as 16h00, o que foi uma grande surpresa, já que nem no México a novela teve tanto sucesso.

Carinha de anjo trouxe bom humor e animação às noites do SBT. A trama infantil ofuscou a milionária produção As filhas da mãe, da Rede Globo. Daniela Aedo rompeu recordes e fez de Carinha de anjo uma das novelas de maior audiência do SBT. Foi nessa época que o SBT inventou de produzir novelas com textos mexicanos, como Pícara sonhadora, Amor e ódio, Marisol e Pequena travessa. Para compensar, foi criado mais um horário para novelas mexicanas, entrou no ar Abraça-me muito forte com Fernando Colunga e Aracely Arámbula, e fez muito sucesso.

Após vieram vários títulos como Preciosa, a doce manca vivida por Irán Castillo que se apaixonava pelo médico que a curava Luiz Fernando, interpretado por Mauricio Islas, A alma não tem cor, com Laura Flores e Arturo Peniche, muito se perguntou o que foi essa novela, um grande fracasso da Televisa e que não foi diferente aqui. A história da jovem Guadalupe que perde sua filha não cativou ninguém.

Maria Belém trouxe a talentosa Danna Paola, mais uma criança que viria cativar os brasileiros. Em geral todas as novelas infantis que passaram aqui fizeram sucesso, Gotinha de amor foi cativante com a historia de Belinha, uma órfã que procurava seus pais verdadeiros, Amigos para sempre com a estrela Belinda foi a única que passou à tarde, Serafim foi uma novela futurista, cheia de efeitos especiais para agradar as crianças, Cúmplices de um resgate não foi tão bem no Ibope, já Viva às crianças - Carrossel 2 tornou-se um dos maiores orgulhos do SBT, que, satisfeito com a novela, lançou álbum de figurinhas entre outros produtos.

A Rede Record surpreendeu com Joana, a virgem, uma história diferente que foi muito bem. A RedeTV! trouxe ao Brasil uma das novelas de maior sucesso internacionalmente: Betty, a feia. A novela foi um sucesso, por ser a primeira exibida na emissora. O problema foi a exibição a conta-gotas da RedeTV! para esticar a novela.

terça-feira, 9 de março de 2010

O enredo da telenovela latina

As tramas latinas são tão básicas que até mesmo uma criança pode se utilizar de poucos neurônios para entender de que se tratam.

A maioria apela para os mesmos recursos argumentadores, que há anos se repetem em cada produção: bebês perdidos; uma jovem mulher humilde que se apaixona pelo filho de um empresário milionário; triângulos amorosos; amores proibidos; assassinatos aos montes; heroína que fica cega e no último capítulo recupera a visão; galã que perde a memória e se apaixona pela outra; mentiras; armadilhas e enganos; personagens populares e simpáticos; cenas na cozinha, quartos e salas-de-jantar e a infalível morte dos vilãos.

Atualmente, observamos que as atitudes dos protagonistas se limitam a motivações muito singelas, como o encontro acidental entre a heroína e o galã no primeiro capítulo, o que justifica a amor que sentirão no decorrer dos 300 capítulos restantes. Vilãos malvados aparecem em histórias secundárias sustentadas por eles mesmos, fazendo com que alguns telespectadores se sintam-se identificados com algumas situações.

Uma história tende a durar mais de 200 capítulos com os mesmos protagonistas, sendo assim, os escritores se esforçam adaptando-a ao gosto popular, já que depois dos primeiros vinte capítulos da trama, a história tende a se resumir em qualquer história apresentada anteriormente.

Infelizmente, hoje, as telenovelas são julgadas, na maioria das vezes, por sua qualidade audiovisual e não mais por sua qualidade literária ou interpretativa. Protagonizadas por atores e atrizes atraentes, as tramas muitas vezes não transmitem as emoções que deveriam transmitir, e apenas iludem o telespectador. Enfim, as telenovelas seriam melhor aproveitadas se esses vícios determinados pela chamada “Lei do mínimo esforço” deixassem de ser utilizados.

Telenovelas latinas

INTRODUÇÃO

A palavra telenovela é uma palavra de origem castelhana, particularmente do espanhol falado em Cuba, país precursor desse gênero audiovisual que foi inspirado nas radionovelas. O vocábulo é fruto da fusão das palavras: tele (de televisão) e novela, que em espanhol é o mesmo que romance em português.

Devido a sua longa duração, há quem aponte uma pretensa contradição em sua denominação, ao dizer que as telenovelas deveriam se chamar "telerromances". Porém, para a língua portuguesa, o gênero literário novela distingue-se do romance não pelo seu tamanho, mas pela forma como os eventos se sucedem na narrativa e pela abordagem folhetinesca de sua escrita.

A matriz original do termo mostrou ser forte a ponto de conseguir legitimidade em outros idiomas, como o russo, que preferia a palavra serial, para designar os folhetins audiovisuais.

A fala cotidiana em países como Brasil e a própria Cuba, aceita a forma abreviada de novela para chamar a obra audiovisual. Em Portugal e outros países da Europa, prefere-se o termo telenovela, a fim de distinguir a obra audiovisual da literária.

Nos EUA, as telenovelas recebem o nome de soap operas porque as primeiras produções, na década de 1960, eram patrocinadas por fabricantes de sabão (soap). Em língua inglesa, não se fala em novel porque isso indica o gênero literário romance, e não um programa de televisão como no Brasil. Em outros países latinos também são aceitas as formas: teleseries, teleteatros ou mesmo culebrones.


A TELENOVELA LATINO-AMERICANA

O Brasil conhece muito bem as tradicionais e grandiosas novelas do México. Tudo porque uma privilegiada emissora brasileira, que dava seus primeiros passos de carreira, contratou estas tramas à fazerem sucessos de audiência, nos anos 80, justamente por conta da gigante Televisa, uma das maiores emissoras e produtoras do planeta.

Em 1979, quando o SBT ainda era a TV Tupi, ia ao ar uma memorável obra de Inés Rodena: Os ricos também choram, um sucesso histórico, que rendeu a esta produção uma inacreditável vendagem para mais de 180 países pelo mundo, para vindouras adaptações. Os ricos também choram consagrou definitivamente à Verónica Castro, hoje, ainda uma grande atriz e, atualmente, apresentadora. No Brasil, essa novela foi produzida em 2005 pelo SBT, porém, com pouco sucesso.

Outras novelas da Televisa também foram um marco para a história da televisão mexicana e brasileira também. Nos anos 80 e 90, brilhava a estrela de Thalía. A cantora pop arrasava em todos os tipos de veículos televisivos e, além de tudo, emplacou 7 novelas. As quatro últimas, porém, foram as que mais renderam, nos dois países. Maria Mercedes, Marimar, Maria do bairro e Rosalinda. O sucesso de audiência foi gigantesco.

As crianças também não ficaram de fora deste embalo mexicano. Carrossel foi um marco no início dos anos 90, a ponto de abalar a forte concorrência que pairava na TV brasileira, afetando significativamente a Rede Globo. Carrossel, protagonizada exclusivamente por alunos, diretamente de escolinhas, em meio à uma professora simpática, um jardineiro fiel, entre outras mirabolâncias, foram os diversos fios condutores de um histórico sucesso. Tanto que, já nos anos 2000, uma segunda versão foi produzida e exibida com muito sucesso.

E não para por aí. Outros exemplos de grandiosas novelas também não merecem esquecimento. A usurpadora, feita entre 1998 e 1999, fez com que o SBT registrasse patamares incríveis, fazendo com que a protagonista Gabriela Spanic viesse várias vezes ao Brasil. Bem como várias vezes, esta e outras novelas mencionadas anteriormente foram reprisadas. Esmeralda, Amigas e rivais, O diário de Daniela, A outra, Por teu amor, entre outras, também tiveram sua vez de emplacar, e não fizeram feio.

E há exemplos recentes como, o principal deles, Rebelde, uma influência mundial entre jovens e adultos, crianças e adolescentes, que originaram o fenômeno auspicioso, da banda RBD. Rubi, A madrastra, A feia mais bela, Mundo de feras, Destilando amor, etc. são outros exemplos de referência dramatúrgica mexicana da década atual.

A Televisa, contudo, rompeu a duradoura parceria com o SBT, e agora terá adaptações produzidas pela Record. Enquanto isso, a CNT reprisa algumas tramas e exibe outras inéditas.

Os Estados Unidos não seguem em risca à tradicionalidade das telenovelas mundiais, seu negócio mesmo é seriado. Grandes sucessos marcaram gerações de enlatados norte-americanos, que vai à décadas, ainda no auspicioso surgimento da TV.

Alguns exemplos: Agente 86, Hulk, Super-Homem, Miami Vice, Barrados no baile, Dallas, Sex and the city, Friends, Gossip girl, Law and order, ER, Smallville, Lost, entre muitos outros.

Mas os Estados Unidos até que tem uma novelinha ou outra e até um novelão: All my children, exibida pelo canal ABC há quase 40 anos. Pois é. Quarenta anos! Quatro longas décadas, com uma história pouco alterada, mas um elenco diferenciado a cada ano. Apesar se ser uma das piores audiências desta emissora, que, junto com a CBS, CNN e NBC, são os canais mais populares dos States, e até mesmo do mundo.

As novelas da América Central também são lembradas positivamente. No Panamá e na Guatemala, recentemente, suas respectivas histórias de amor e romances puros geraram recordes de audiência.

A Venezuela, assim como outros países sul-americanos como o Brasil, também se destaca pelas produções noveleiras. Algumas delas inspiraram também títulos brasileiros. Exemplos recentes são Esmeralda, Cristal e Belísima. Raquel, nos anos 90, foi uma das maiores audiências da história do país. Mas a novela venezuelana mais conhecida por aqui é A revanche da Rede Record, que pôde garantir o sucesso desta exibição, em 1994. Atualmente, Isa TKM que combina humor, música, romance, muita cor e uma história escrita no estilo de comédia maluca, irreverente e ousada é apresentada em sua última semana pela Rede Bandeirantes, podendo ter uma sequência exibida em 2011.

Peru também garantiu seus sucessos. Nos anos 80, contou com o importante reforço de Manoel Carlos, já consagrado novelista brasileiro, para escrever novelas, não apenas peruanas, mas por quase toda a América do Sul. Este foi um dos momentos mais áureos da pacata teledramaturgia do país.

A Colômbia encantou com inúmeras telenovelas a partir dos anos 80, e também já trouxe enormes alegrias aos fanáticos. Em 2002, a ainda novata RedeTV! surpreendeu com Betty, a feia, mega sucesso do país que elevou, e muito, as audiências deste canal, conquistando muitas vezes a vice-liderança. Betty, a feia, gerou diversas adaptações, incluindo a mexicana A feia mais bela, e a série norte-americana de enorme repercussão Ugly Betty, ambas exibidas pelo SBT. Até mesmo o Brasil, atualmente, tem sua oportunidade para exibir a versão brasileira intitulada Bela, a feia, apresentada pela Rede Record. A RedeTV! trouxe também Pasión de gavilanes (Paixões ardentes), porém, com um fracasso surreal em 2004, registrando zero ponto de audiência.

Ainda no SBT, Café com aroma de mulher é mais um exemplo relevante. De grande audiência alcançada anos atrás, a surpreendente reprise de 2006 também repetia tal façanha às tardes.

O exemplo mais recente é Zorro: A espada e a rosa, adaptação televisiva da série badalada sobre o cavaleiro mascarado. Foi transmitida pela Rede Record em 2007, porém, sem muito sucesso, e com muitos problemas.

Por fim, nosso rival futebolístico também faz bonito em novelas. Na Argentina, sucessos passados e recentes marcaram épocas distintas. Casos de Alma pirata, Casi ángeles, Corazones de fuego, Kachorra, Laberinto, Princesa, Rincón de luz, entre outros. Também são feitas versões de nome Rebelde Way e Chiquititas, essa última com temporadas 2000 e 2008 exibidas pelo SBT, já terminando a parceria com a mexicana Televisa. A mesma emissora ainda exibiu, em 2007, o fenômeno portenho Lalola, com uma história totalmente inovadora e inédita que, por sua vez, não emplacou por aqui.

As novelas brasileiras, por sua vez, são referência no mundo inteiro. Famosas pela qualidade técnica e pelos enredos inovadores, muitas delas são exportadas para diversos países. Mesmo sendo as globais as preferidas dos telespectadores, outras emissoras ao longo da história conseguiram produzir alguns sucessos de audiência.

Porém, por mais que a qualidade dos enredos e das produções seja superior, a influência que elas têm sobre os telespectadores é muito maior. O jogo de imagens e sons, misturado com temas da atualidade e paisagens cinematográficas, muitas vezes acaba sendo mais prejudicial que o inocente drama das telenovelas genuinamente latinas.

Considerações iniciais - Apresentação

¡Hola!

Me chamo Aleks e dedico este blog a todos aqueles que como eu são noveleiros e noveleiras assumidos e que se encantam por telenovelas latinas, entre elas, mexicanas, argentinas, colombianas, venezuelanas, portorriquenhas e até mesmo americanas, entre outras, e que buscam matar a saudade de alguma forma.

Aqui irei apresentar textos e a sinopses de algumas dessas novelas que foram exibidas em diversos canais brasileiros, que conquistaram o povo tupiniquim e deixaram saudades.

O conteúdo aqui apresentado é fruto de uma grande pesquisa, edição, tradução e adaptação, que está sendo criado a fim de trazer ao público noveleiro a maior quantidade de informação possível. Caso haja alguma informação equivocada, peço que me comunique, pois como disse alguns conteúdos foram traduzidos do espanhol e talvez não estejam de acordo com o que foi exibido no Brasil.

Agradeço aos parceiros dos sites e blogs dos quais fiz uso para editar esse blog e espero que este também seja uma ferramenta a mais para suas pesquisas.

Enfim, espero que desfrutem do tema aqui abordado e me ajudem, através de comentários, críticas e sugestões, a melhorá-lo cada vez mais.

Agora, os deixo em companhia de alguns textos e sínteses, esperando que deixem seus comentários e divulguem este blog, especialmente criado para todas as noveleiras e noveleiros latinos!

Grande abraço!