As tramas latinas são tão básicas que até mesmo uma criança pode se utilizar de poucos neurônios para entender de que se tratam.
A maioria apela para os mesmos recursos argumentadores, que há anos se repetem em cada produção: bebês perdidos; uma jovem mulher humilde que se apaixona pelo filho de um empresário milionário; triângulos amorosos; amores proibidos; assassinatos aos montes; heroína que fica cega e no último capítulo recupera a visão; galã que perde a memória e se apaixona pela outra; mentiras; armadilhas e enganos; personagens populares e simpáticos; cenas na cozinha, quartos e salas-de-jantar e a infalível morte dos vilãos.
Atualmente, observamos que as atitudes dos protagonistas se limitam a motivações muito singelas, como o encontro acidental entre a heroína e o galã no primeiro capítulo, o que justifica a amor que sentirão no decorrer dos 300 capítulos restantes. Vilãos malvados aparecem em histórias secundárias sustentadas por eles mesmos, fazendo com que alguns telespectadores se sintam-se identificados com algumas situações.
Uma história tende a durar mais de 200 capítulos com os mesmos protagonistas, sendo assim, os escritores se esforçam adaptando-a ao gosto popular, já que depois dos primeiros vinte capítulos da trama, a história tende a se resumir em qualquer história apresentada anteriormente.
Infelizmente, hoje, as telenovelas são julgadas, na maioria das vezes, por sua qualidade audiovisual e não mais por sua qualidade literária ou interpretativa. Protagonizadas por atores e atrizes atraentes, as tramas muitas vezes não transmitem as emoções que deveriam transmitir, e apenas iludem o telespectador. Enfim, as telenovelas seriam melhor aproveitadas se esses vícios determinados pela chamada “Lei do mínimo esforço” deixassem de ser utilizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário