segunda-feira, 3 de março de 2014

Biografia de Saúl Lisazo


INTRODUÇÃO

Saúl Gustavo Lisazo Ozcoidi nasceu em 1° de junho de 1956 na cidade de Los Toldos, província de Buenos Aires, Argentina. Filho de Saúl José e Araceli Ozcoidi, Saúl Lisazo é ex- jogador de futebol, empresário e um dos galãs hispânicos mais reconhecidos da atuação, com uma grandiosa trajetória artística que inclui telenovelas, cinema e teatro. Também trabalhou como modelo e locutor. Tem cinco irmãos: María Fernanda, Araceli, Alejandro, Mauricio e Vanina. É casado com Mónica Viedma, com quem tem dois filhos: Paula, de catorze anos e Martín, de dez anos.


SUA HISTÓRIA

Gustavo Lisazo, como era conhecido, teve uma infância feliz. Vivia no campo, já que seu pai, a quem perdeu quando era apenas um garoto de dezessete anos, se dedicava ao cultivo. Desde muito pequeno, sonhava se tornar um jogador profissional de futebol. Este sonho o levou a jogar durante vários anos em diversas equipes.

Começou sua carreira futebolística nas equipes locais do Club Atlético Sarmiento (1973) e, posteriormente no Club Atlético Atlanta (1974), ambos da Argentina. Após, veio para o Brasil, onde jogou pelo Clube Atlético Juventus (1975). Em seguida, defendeu o KSK Beveren (1976 a 1979) e o KV Mechelen (1979 a 1981), ambos da Bélgica. Voltando para a Argentina, Saúl jogou por mais um ano no clube em que havia iniciado sua carreira, o Sarmiento (1982 a 1983).

Desafortunadamente, sofreu uma lesão que o distanciou das quadras, encerrando sua trajetória como jogador, mas, inesperadamente, abrindo as portas de uma carreira bem diferente e também promissora. Sem ter em mente o que seria de seu futuro, a vida tratou de cruzá-lo com um agente publicitário e daí em diante seu destino tomou um rumo inesperado.

Em setembro de 1983, Saúl acompanha sua então namorada, a modelo Mónica Viedma, em uma audição na Espanha. Durante a entrevista, a presença de Saúl também agradou a entrevistadora que lhe ofereceu seu primeiro contrato como modelo. Em Madri, passou a trabalhar para a agência Maroe, onde permaneceu por cinco anos. Nesse período também realizou trabalhos como locutor, sem imaginar que anos mais tarde percorreria também o mundo da atuação, tornando-se uma das figuras mais cotadas no mercado latino.

Em 1988, ainda em Madri, inicia seus estudos de Arte Dramática pela escola de interpretação Cristina Rota. Após um período de preparação, chega sua primeira oportunidade no filme El regreso a la Isla del Tesoro, de 1989.

Tempo depois, surge a proposta de filmar telenovelas na terra do melodrama, o México, a qual veio acompanhada de um conselho: “Tire o Gustavo, cara!”. Daí em diante, passou a ser reconhecido pelo nome Saúl Lisazo. Assim, em 1990, viaja ao México, época em que se tornou conhecido por ser a imagem dos comerciais da Bacardi, uma das mais famosas empresas de bebidas do mundo.

Devido ao seu forte sotaque argentino, Saúl teve que tomar aulas de dicção com o ator e mestre Eduardo Torres Lapham. De fato, em seus comercias da Bacardi era dublado por Rubén Moya, um conhecido locutor, ator e diretor de dublagens mexicano, responsável pelas vozes de He-man, Morgan Freeman, entre outros. Enquanto isso, atuava em obras de teatro, tais como La fierecilla domada; Tartufo, entre outras.

No mesmo ano, grava no México a telenovela Amor de nadie, com ninguém mais, ninguém menos que Lucía Méndez. Nesta produção de Carla Estrada, Saúl divide o papel de galã com Bertin Osborne e Fernando Sáenz, que também disputam o amor de Sofía, vivida na história por Méndez. Esse foi um marco, por ser um dos primeiros melodramas onde sua protagonista tinha três amores e não somente um como era de costume. A atração estreou em 42 países ao redor do mundo, levando um elenco de primeira, composto, também, por Joaquín Cordero, Mónica Miguel, Irma Lozano, Alejandra Maldonado, entre outras consagradas estrelas das telenovelas. E não havia dúvidas, a câmera e a audiência sentiam magnetismo pela figura de Saúl Lisazo, que se saiu muito bem em sua estreia. Seu carisma e boa aparência física chamaram a atenção dos produtores e sua carreira artística deu um salto.

Em 1993, atua em Tenías que ser tú, telenovela produzida por Carlos Téllez, com Alejandra Ávalos e Chao nos papéis principais. Nesta produção, Saúl interpreta Alejandro Reyes e divide créditos com Mariana Garza, Héctor Cruz Lara, Otto Sirgo, Carlos Monden, entre outros. A telenovela ficou conhecida por sua abertura um tanto inovadora, onde somente os nomes dos atores apareciam sobre um fundo preto, ao som da música Tenías que ser tú, uma versão de It had to be you, interpretada pela própria Alejandra Ávalos.

Também em 1993, se casa com Mónica Viedma, uma ex-modelo e designer espanhola, nascida em Madri e nove anos mais nova que ele. Seu casamento faz parte de uma reduzida lista de casais do meio artístico dos quais não se conhece qualquer escândalo. Segundo o próprio ator, a fidelidade e o amor a Mónica são o segredo do sucesso desta união.

Em 1994, Saúl interpreta José Armando Vidal, o protagonista de Prisionera de amor, telenovela produzida por Pedro Damián. Nesta trama, Saúl encarna o advogado de Cristina, vivida por Maribel Guardia, uma jovem mulher acusada e presa injustamente pela morte de seu esposo. Necessitando de um trabalho, começa a prestar serviços na casa de José Armando, casado com uma mulher doente, vítima de uma enfermidade terminal, de quem Cristina passa a cuidar. Pouco a pouco, José Armando começa a se apaixonar por sua empregada e cliente, que está mais interessada em recuperar suas filhas, as quais acreditam que sua mãe está morta e que foi a culpada pela morte de seu pai. No Brasil, a trama foi exibida pela Rede CNT - Gazeta, em 1997, com o nome Prisioneira do amor, trazendo em seu elenco destacadas figuras como Ariel López Padilla, Carmen Amezcua e Leticia Calderón, além dos já falecidos Rafael Baledón, Irán Eory, Silvia Derbez e Karla Álvarez.

Ainda em 1994, Saúl viaja à Argentina, sua terra natal, para gravar a telenovela El día que me quieras, a última coprodução da Televisa e Artear neste país. Esta trama uniu novamente o famoso casal principal de Mas allá del horizonte: Grecia Colmenares e Osvaldo Laport, telenovela esta que, aqui no Brasil, foi exibida pela Rede Manchete, intitulada Além do horizonte. El día que me quieras, no entanto, não alcançou o sucesso esperado e caiu no esquecimento.

De volta ao México, em 1995, Saúl atua em Bajo un mismo rostro, uma produção do casal Humberto Zurita e Christian Bach, marcada pela ostentação, luxo, poder e dinheiro, ironicamente em uma época em que a crise econômica mexicana repercutia internacionalmente. Nesta ocasião, Saúl deu vida ao grego Alexis Theodorakis, um empresário milionário por quem Irene Saldívar, a protagonista da história vivida pela mesma Christian Bach, se apaixonava perdidamente. Bajo un mismo rostro, que no Brasil foi exibida pela Rede CNT - Gazeta, em 1997, com o nome de A força de uma mulher, teve uma produção ambiciosa, com diversas locações na Grécia e Estados Unidos. É considerada umas das melhores histórias da década de 90, porém, exibida em um momento inoportuno.

Também em 1995, protagoniza Acapulco, cuerpo y alma, uma telenovela do produtor José Alberto Castro que significou para a cantora Patricia Manterola seu primeiro papel estrelar, interpretando uma humilde vendedora de peixes que mudava de vida ao se casar com um milionário, David Montalvo, personagem de Saúl. Acapulco, cuerpo y alma foi uma nova versão de Tú o nadie, exibida no Brasil, pelo SBT, em 1986, intitulada Só você. Sua história é a mesma que mais tarde também originaria Sortilegio, de 2009.

Em 1997, Saúl é convidado para protagonizar La jaula de oro, telenovela produzida por José Rendón, inspirada em De pura sangre, realizada em 1986 por Ernesto Alonso. La jaula de oro contava a história de Oriana, vivida por Edith González, que durante sua adolescência corria livremente pelo campo, se banhava no manancial e não tinha outra companhia senão seus cachorros, os empregados da mansão e sua tia Ofelia, personagem de María Teresa Rivas. Após uma vida isolada da sociedade, a jovem se apaixonava pelo esposo de sua falecida irmã gêmea, Alex Moncada, interpretado por Saúl, que, sob o nome falso de Franco, visitava a mansão onde vivia Oriana a fim de investigar as causas da morte de sua esposa, Carolina. De pura sangre, que serviu de base para esta história, também inspirou Amor bravío, produzida recentemente por Carlos Moreno Laguillo, em 2012.

No ano de 1998, participa no programa de televisão humorístico ¿Qué nos pasa? e retorna aos melodramas em Vivo por Elena, telenovela de Juan Osorio, onde divide cenas e beijos com Victoria Ruffo, que interpreta Elena, uma jovem humilde, que consegue trabalho na casa de Juan Alberto, personagem de Saúl, um juiz casado, pai de um filho pequeno, que após descobrir a traição de sua esposa a expulsa de casa e torna-se um homem amargurado que não confia mais nas mulheres. Seu filho torna-se uma criança malcriada e infeliz. Elena, então, é contratada para ajudar o menino e, pouco a pouco, não somente conquista o carinho da criança, mas também o de Juan Alberto.

Em 1999, atua em El niño que vino del mar, telenovela infantil produzida por Mapat, onde interpreta Don Alfonso Cáceres de Ribera, o Duque de Oriol, um rico fazendeiro. Nesta produção, protagonizada pelo ator mirim Imanol Landeta, Saúl compartilha os créditos com Natalia Esperón e Enrique Ibáñez, os protagonistas adultos, além de figuras como Patricia Reyes Spíndola, Yadhira Carrillo, Manuel Landeta e Renée Varsi.

Ainda em 1999, Saúl Lisazo protagoniza ao lado da atriz e cantora venezuelana Gabriela Spanic a telenovela Por teu amor, produzida por Angelli Nesma. Neste folhetim, o ator encarna o galã Marco Duran, um sujeito misterioso que desconhece sua origem. Possuidor de uma grande fortuna baseada no trabalho, chega ao povoado de São Carlos para investir em um hotel à beira da praia. O que não esperava era se encontrar com o amor de sua vida, Maria do Céu, personagem de Gabriela Spanic, por quem se apaixona perdidamente e trata conquistar de qualquer forma. Nesta trama, Saúl divide cenas com Katie Barberi, Adriana Nieto, Yadira Santana, Joaquín Cordero, Margarita Magaña, entre outros.

Também nesse ano, em março, Saúl inaugura o restaurante Piantao, um projeto idealizado por ele juntamente com o ex-jogador de futebol Mario Favaretto e o médico Ricardo Asch, que se uniram para formar um restaurante argentino diferente do conceito tradicional, localizado na Cidade do México. Em junho deste ano nasce sua primeira filha, Paula.

Em seguida, o ator grava El derecho de nacer, uma produção de Carlos Sotomayor, realizada em 2001. Ao lado de Kate del Castillo, Saúl Lisazo interpreta Aldo Drigani, um biólogo científico, honesto e de grande coração. Aldo casou-se muito jovem com uma mulher estadunidense, cujo pai era dono de alguns laboratórios importantes. Aldo, que nunca pensou em constituir uma família, com o passar do tempo, se dá conta que seu sogro era cruel e que contribuiu com a infecção e morte de muitos seres. Sentindo-se responsável, decide dedicar sua vida e seu dinheiro à ecologia e a ajudar aos povos indígenas de seu país. Ao iniciar sua missão, se divorcia de sua frívola esposa, e conhece María Elena, por quem se apaixona perdidamente.

Ainda em 2001, viaja à Croácia por cinco dias para promover Por teu amor; nesta ocasião, participa como jurado na premiação Miss Croácia, país onde é reconhecido como um dos maiores astros da televisão.

Em 2003, seu contrato com a Televisa termina e não é renovado; por sua parte, Saúl sai da casa onde trabalhou por mais de treze anos alegando não estar de acordo com a postura soberba da empresa, onde a única coisa que interessava era fazer dinheiro fácil, além de afirmar que a qualidade a produção já não era a mesma. Apesar da tentativa de negociação, a discussão não levou a nenhuma eventual renovação. Neste ano, nasce seu segundo filho, Martín.

Assim, após mais de treze colhendo os frutos de seus trabalhos no México, em 2004 Saúl aceita a proposta da gigante Telemundo para protagonizar Gitanas, um coprodução com a empresa mexicana Argos Comunicación, gravada nos Estados Unidos. Baseada na telenovela chilena Romané, esta história trouxe Saúl no papel de um padre, Juan Domínguez, um homem forte, entregue a Deus, e que apesar de ser sacerdote se apaixona por Jovanka, personagem cigana de Dolores Heredia. Nesta produção, atuam também figuras como Ana de la Reguera, Manolo Cardona, Saby Kamalich, Erick Elías, Arturo Ríos, entre outros.

Ao término de Gitanas, é novamente convidado pela Telemundo, em 2006, para participar da produção original do escritor Eric Vonn, Tierra de pasiones, onde volta a contracenar com Gabriela Spanic, além de Catherine Siachoque, Geraldine Bazán, Héctor Suárez e grande elenco. Nesta telenovela, personifica Francisco Contreras, um homem brilhante que trabalha em uma importante companhia de marketing em Los Ángeles e que termina administrando os vinhedos da fazenda de seu pai.

Ainda em 2006, vive um dos momentos mais marcantes de sua carreira ao receber uma estatueta dos Prêmios Emmy Latino, como reconhecimento por seu trabalho dentro do meio artístico latino-americano na televisão estadunidense.

Em 2007, Saúl retorna ao México para gravar Mientras haya vida, uma telenovela produzida pela Azteca e Argos Comunicación, onde protagoniza ao lado de Margarita Rosa de Francisco, acompanhado pelos protagonistas juvenis Paola Núñez e Andrés Palacios, e pelos antagonistas Romina Gaetani e Héctor Arredondo. Neste folhetim, Saúl encarna Héctor Cervantes, um prestigiado empresário que deseja a todo custo construir um centro comercial onde vivem María e Elisa, interpretadas por Margarita e Paola Nuñez, respectivamente. Porém, quando Héctor e seu filho Alejandro, vivido por Tomy Dunster, descobrem a força, a beleza e, sobretudo, a valentia de María e Elisa, se apaixonam por elas, que vivem em meio da luta diária e da injustiça.

Ainda em 2007, percorre o âmbito cinematográfico figurando no filme Ladrón que roba a ladrón, dirigido por Joe Menéndez e estrelado por Fernando Colunga, onde trabalha com reconhecidas figuras como Miguel Varoni, Sonya Smith, Gabriel Soto, Ivonne Montero e Julie Gonzalo. Rodado nos Estados Unidos, México, América central e Colômbia, Ladrón que roba a ladrón relata a saga de dois ladrões experientes, Alejandro Toledo, vivido por Fernando Colunga, e Emilio López, personagem de Miguel Varoni, que se unem para o maior roubo da história: contra outro ladrão, Moctesuma Valdéz, interpretado por Saúl Lisazo, um magnata dos comerciais de televisão que se tornou milionário, vendendo produtos inúteis aos imigrantes latinos pobres.

Em 2008, se integra ao elenco da primeira série produzida pela HBO Latin America, Capadocia, drama que relata crônicas da vida de várias mulheres detidas em uma prisão experimental da Cidade do México, onde Saúl dá vida ao Procurador Javier Cordova e divide créditos com Ana de la Reguera, Cecilia Suárez, Cristina Umaña, Dolores Heredia, entre outros.

Em 2009, Saúl sofre pela morte de sua mãe, Araceli Ozcoidi, de 80 anos, que falece devido a uma pneumonia que não pôde ser tratada. A mãe de Saúl já havia sofrido dois infartos que deixaram sua saúde muito debilitada.

Em 2010, o ator argentino se une ao elenco de El clon, interpretando Leonardo Ferrer, um homem dominante, sério e sempre dono da última palavra. De temperamento forte e empreendedor, é dono de uma grande empresa de importação e exportação de alimentos; foi um dos primeiros a utilizar técnicas de inseminação artificial em animais. Leonardo é viúvo desde o nascimento dos gêmeos Lucas e Diego, interpretados por Mauricio Ochmann, e em todos esses anos teve algumas aventuras amorosas, mas nunca imaginou casar-se novamente, até que Cristina, vivida por Géraldine Zivic, aparece em sua vida e se apaixona perdidamente por ela. Nesta coprodução ente a Telemundo e a Globo, gravada em Miami, Marrocos e principalmente na Colômbia, Saúl divide créditos com Sandra Echeverría, Andrea López, Juan Pablo Raba, Roberto Moll, entre outros.

Saúl retorna à cena em 2011, para dar vida ao papel de um corrupto coronel da policia em El cartel de los sapos, filme do produtor Carlos Moreno, uma adaptação cinematográfica do livro homônimo do ex-traficante colombiano Andrés López. Rodado na Colômbia, Estados Unidos e México, a produção contou com um elenco internacional de atores como Tom Sizemore, dos Estados Unidos, Kuno Becker, Pedro Armendáriz e Adriana Barraza, do México e Manolo Cardona, Juanita Acosta, Diego Cadavid, Robinson Díaz, Julián Arango, Andrés Parra, Fernando Solórzano e Juan Pablo Raba, da Colômbia. Em mais de 20 anos de atuação, esta foi a primeira vez em que Saúl interpretou sua morte em uma ficção.

Também em 2011, ano em que se celebrou o décimo aniversário dos ataques de 11 de setembro em Nova Iorque, Saúl participa em El octavo mandamento, telenovela que narra a história de uma família de jornalistas que perdeu a mãe, uma reconhecida fotógrafa, que aparentemente morreu nas Torres Gêmeas, mas que é reencontrada dez anos depois. Nesta ocasião, Saúl dá vida a Julián San Millán, o dono de um jornal e esposo da fotógrafa desaparecida. Sara Maldonado, Leticia Huijara, Erik Hayser, Ximena Rubio, Alejandra Ambrosi e Arap Bethke são outros atores que conformam o elenco desta produção, realizada pela Argos Comunicación e exibida pela emissora mexicana Cadena Tres.

Em 2012, grava o filme El entrenador, produzido por Mauricio Islas e dirigido por Walter Doehner. O longa-metragem conta a história de “El Araña” Salazar, um jogador de futebol afastado que, após perder sua esposa em um acidente, se afunda em uma grande depressão, da qual deverá sair, pois precisa cuidar de sua pequena filha, Tania. Nesta produção, Saúl divide cenas com reconhecidos atores como Jacqueline Bracamontes, Mauricio Ochmann, Gerardo Taracena, Irán Castillo, Memo Quintanilla e Adriana Barraza. Sua previsão de estreia é para este ano de 2014, em ocasião da Copa do Mundo.

Também em 2012, o ator argentino retorna à tela da Telemundo em El rostro de la venganza, uma produção de Aurelio Valcárcel e Jairo Arcila, protagonizada por David Chocarro, Maritza Rodríguez e Elizabeth Gutiérrez, onde Saúl atua também ao lado de Marlene Favela e Felicia Mercado, entre outros. Seu personagem, Ezequiel Alvarado, é um homem que subiu na vida por seu próprio esforço. Dono de um banco, sua vida profissional tem colhido muito êxito, no entanto, sua vida pessoal é outra história. Impulsionado por sua insegurança, arruína a vida de sua ex-mulher com seus ciúmes e obsessão. Quando o amor bate em sua porta novamente, Ezequiel começa um novo romance com Mariana, personagem de Elizabeth Gutiérrez, porém, mais uma vez, é levado por seus ciúmes e contrata Martín, vivido por David Chocarro, para que a vigie dia e noite, fazendo-se passar por seu guarda-costas.

Em 2013, se une ao elenco de Quiero ser fiel, comédia romântica que inicialmente era conhecida como No dejen caer a Alberto en tentación, onde atua junto de Valentino Lanús, Dulce María, Sandra Echeverría, Evelyna Rodríguez, Lisbeth Santos, Cuquin Victoria, Felipe Polanco e Kenny Grullón, entre outros. Com gravações no México e principalmente na República Dominicana, o filme com roteiro de Leonardo de Léon deve estrear também em 2014.

Em 2014, já com 57 anos, Saúl recebe uma nova oportunidade na Azteca, onde protagonizará junto a Edith González a telenovela Las Bravo, história centrada na vida de vários homens que ganham a vida dançando como strippers em um bar. Produzida por Maricarmen Marcos e baseada no melodrama chileno intitulado Las Vega’s, essa telenovela contará com as atuações de Mauricio Islas, Lambda García, Pedro Sicard, Héctor Arredondo e Juan Vidal, entre outros. Saúl, que se mostrou bem exigente com a produtora, exigiu uma casa de luxo, carro do ano blindado com motorista disponível 24 horas por dia, além de um salário mensal de 75 mil dólares; além disso, deixou bem claro que não irá trabalhar nos finais de semana. Neste folhetim, Lisazo dará vida ao advogado Enrique Velázquez, apaixonado por Valentina, vivida por Edith González, e fará o possível para conquistá-la, inclusive eliminar do caminho o personagem de Mauricio Islas, que também terá interesse pela heroína da história.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2014 - Las Bravo - Azteca (Enrique Velázquez)
2012 - El rostro de la venganza - Telemundo (Ezequiel Alvarado)
2011 - El octavo mandamiento - Cadena Tres (Julián San Millán)
2010 - El clon - Telemundo (Leonardo Ferrer)
2007 - Mientras haya vida - Azteca (Héctor Cervantes)
2006 - Tierra de pasiones - Telemundo (Francisco Contreras)
2004 - Gitanas - Telemundo (Juan Domínguez)
2001 - El derecho de nacer - Televisa (Aldo Drigani)
1999 - Por teu amor - Televisa (Marco Duran)
1999 - El niño que vino del mar  - Televisa (Don Alfonso Cáceres de Ribera “Duque de Oriol”)
1998 - Vivo por Elena - Televisa (Juan Alberto)
1997 - La jaula de oro - Televisa (Alex Moncada)
1995 - Acapulco, cuerpo y alma - Televisa (David Montalvo)
1995 - A força de uma mulher - Televisa (Alexis Teodorakis)
1994 - El día que me quieras - Televisa Argentina (Miguel)
1994 - Prisioneira do amor - Televisa (José Armando)
1993 - Tenías que ser tú - Televisa (Alejandro Reyes)
1990 - Amor de nadie - Televisa (Luis)

SÉRIES

2008 - Capadocia (Javier Cordova)
1998 - ¿Qué nos pasa?

FILMES

2014 - Quiero ser fiel (Mr. Gasmer)
2014 - El entrenador
2011 - El cartel de los sapos (Coronel Ramiro Gutierrez)
2007 - Ladrón que roba a ladrón (Moctesuma Valdéz)
1989 - El regreso a la Isla del Tesoro

TEATRO

La fierecilla domada
Tartufo
Cartas de amor
La viuda alegre
Hoy contigo, mañana también
Aquel tiempo de campeones
Carta a mi padre

sábado, 1 de março de 2014

Qual telenovela inédita no Brasil você gostaria de ver pelo SBT?


Confira o resultado da enquete:


Soy tu dueña: 155 votos (25%)

Corona de lágrimas: 136 votos (22%)

Mi pecado: 117 votos (19%)

La intrusa: 104 votos (17%)

Clase 406: 101 votos (16%)

Teresa: 89 votos (14%)

 Emperatriz: 73 votos (12%)

Alborada: 49 votos (8%)

Porque el amor manda: 43 votos (7%)

Llena de amor: 40 votos (6%)

Un refugio para el amor: 38 votos (6%)

Querida enemiga: 33 votos (5%)

Al diablo con los guapos: 30 votos (5%)

Código postal: 17 votos (2%)

Outras: 106 votos (17%)


Total de votos: 600


Com 25% dos votos, a vencedora da enquete Qual telenovela inédita no Brasil você gostaria de ver pelo SBT? foi Soy tu dueña, uma produção de Nicandro Díaz, realizada em 2010 e protagonizada por Lucero e Fernando Colunga, com as participações antagônicas de Gabriela Spanic, David Zepeda e Sergio Goyri, além das atuações estelares dos renomados atores Julio Alemán, Ana Martín, Jacqueline Andere e Silvia Pinal.

Soy tu dueña é remake da telenovela La doña, uma história escrita por Inés Rodena e produzida em 1972, pela RCTV, a qual originou diversas outras versões. Em 1978, a própria Televisa realizou Doménica Montero, versão protagonizada por Irán Eory, Rogelio Guerra e Raquel Olmedo. Posteriormente, a mesma empresa viria a produzir La dueña, protagonizada por Angélica Rivera, Francisco Gattorno e Cynthia Klitbo. No Brasil, a versão nacional desta história foi ao ar em 2001, intitulada Amor e ódio, e protagonizada por Suzy Rêgo, Daniel Boaventura e Viétia Rocha.

Dublada em português desde 2011, Soy tu dueña tem enfrentado problemas quanto à sua exibição no Brasil, pelo SBT, graças à classificação indicativa dada pelo Ministério Público, que a impede de ser exibida à tarde, devido às cenas em que a vilã aparece seminua e ao roteiro que envolve uma série de assassinatos, o que seria pesado demais para a faixa vespertina.

Por conta dessas cenas regadas de erotismo e assassinatos, o folhetim teria que passar por uma série de revisões e cortes para se adequar a classificação para maiores de 10 anos, liberada para todos os horários, porém, para que seja exibida na íntegra, o SBT só poderia exibi-la após ás 21h00 - classificação 14 anos -, horário que atualmente é ocupado pela reprise de Rebelde.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nicandro Díaz define protagonistas de Sangre de guerreras


Os preparativos para o remake mexicano da telenovela argentina Dulce amor estão a todo vapor. Aos poucos, Nicandro Díaz, o produtor da nova atração, está divulgando o elenco que fará parte deste melodrama que tem a missão de garantir os bons índices que vem obtendo Lo que la vida me robó. Ao longo de sua carreira, Nicandro tem produzido diversos sucessos, entre os quais se destacaram Soy tu dueña, Amanhã é para sempre, Destilando amor e, mais recentemente, Amores verdaderos.

Nesta última quinta-feira, em entrevista ao programa Fórmula Espectacular, Nicandro confirmou a participação de Claudia Álvarez para completar a trama das três irmãs protagonistas de Sangre de guerreras, entre as quais Marjorie de Sousa e Danna Paola já haviam sido definidas anteriormente.

A história está baseada na vida de uma família proprietária de uma fábrica de doces e tem muita semelhança com a trama de Amores verdadeiros, já que ambas contam com dois protagonistas masculinos que entram para trabalhar na casa de uma rica família e se apaixonam por suas respectivas patroas; mas, nesta ocasião, não será um guarda-costas, mas sim, um motorista que conquistará o amor da protagonista.

A nova versão de Dulce amor terá locação em lugares do Distrito Federal, como a colônia Santa María la Ribera; no centro da cidade; bem como em algumas regiões populares, e sua estreia está programada para o horário das 21h15, pelo Canal de las estrellas, em substituição a Lo que la vida me robó.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Silvia Navarro e Iván Sánchez são cotados para protagonizar Mi corazón es tuyo


Os rumores sobre a volta de Silvia Navarro às telinhas mexicanas estão fortes, isso porque segundo a revista TV Notas a atriz, conhecida no Brasil por sua atuação em Amanhã é para sempre, estaria realizando casting para a nova telenovela do produtor Juan Osorio, a qual, também se rumoreja, teria o espanhol Iván Sánchez como protagonista masculino.

Vale destacar que esta não seria a primeira vez que Navarro e Sánchez trabalhariam juntos, ambos participaram da obra teatral Locos de amor, que esteve em cartaz no ano passado, junto aos atores Alejandro Ibarra e Franky Martín.

Iván, que recentemente participou no melodrama La tempestad, e há alguns anos em La reina del sur, junto a Kate del Castillo, dando vida a Santiago, conhece muito bem o projeto, já que se trata de uma adaptação inspirada na série espanhola Ana y los siete.

Há alguns dias, Paulina Goto foi anunciada como a protagonista juvenil da telenovela, assim como a participação de Polo Morín como parte do elenco.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Telemundo Africa anuncia a estreia de A Dama e o Operário


A partir do próximo dia 03 de março, a Telemundo traz em sua programação mais uma novidade para os telenoveleiros do continente africano. Dama y Obrero, telenovela produzida em 2013 pelos estúdios da emissora estadunidense em Miami e baseada na telenovela chilena homônima, de 2012, é a nova aposta do canal, trazendo Ana Layevska e José Luis Reséndez (Estrella e Greco, de A madrasta), Fabián Ríos e Felicia Mercado nos papéis centrais da trama.

O mote do folhetim gira em torno de Ignacia (Ana Layevska), uma jovem engenheira que trabalha em uma grande empresa construtora, da qual Tomás Villamayor (Fabián Ríos), seu noivo, é o proprietário. O casal, junto há muito tempo, finalmente decide se casar, mesmo Ignacia desconhecendo o tipo de homem que Tomás é realmente. Faltando poucos dias para o casamento, uma briga entre os dois faz com que Ignacia decida sair da cidade e dar um tempo na relação. Nesse intervalo, conhece Pedro Pérez (José Luis Reséndez), um homem aparentemente rico, que faz com que ela se esqueça de todos seus problemas.

A atração é imediata e mútua e sem que eles mesmos possam evitar, passam um fim de semana inesquecível, e ao terminar a tarde de domingo, os dois se encontram perdidamente apaixonados. Porém, Ignacia sabe que o que está vivendo é um sonho, um parêntese em sua vida, por isso, na manhã seguinte, ao acordar, Pedro encontra um bilhete ao seu lado. Nele, Ignacia lhe agradece por tudo e vai embora sem deixar rastros. Arrependida pelo que fez, Ignacia retorna à sua casa, onde Tomás a espera com um novo cargo na empresa, pretendendo, assim, que ela o perdoe. Ela aceita a proposta e grande é sua surpresa quando chega à construção, agora como administradora de obra, e se depara frente a frente com Pedro, um simples peão de obra, sem dinheiro, nem grandes pretensões. Ignacia e Pedro descobrirão que apesar de terem todos os motivos do mundo para não estarem juntos, se amarão acima dos preconceitos, das diferenças e das rejeições.

Dublada pelos estúdios The Kitchen, em Miami, em português para Moçambique e Angola, onde se chamará A Dama e o Operário, e em inglês para os demais países da África, onde será conhecida como Labour of Love, a produção internacional traz em seu elenco nomes de destaque da teledramaturgia latina, entre os quais figuram Diana Quijano, Sofía Stamatiades, Leonardo Daniel, Mónica Sánchez Navarro, Shalim Ortiz, Christina Dieckmann, entre outros.

Telemundo Africa anuncia a estreia de A Rainha do Sul


A Telemundo Africa prepara mais uma estreia para as próximas semanas; desta vez, será a “narco-novela” La Reina del Sur, uma produção baseada no bestseller homônimo, escrito pelo espanhol Arturo Pérez-Reverte e publicado em 2002. Produzida por Hugo León Ferrer, em 2011, a telenovela tornou-se a produção mais cara já realizada pela Telemundo, com um orçamento de dez milhões de dólares. Dublada em português, A Rainha do Sul será transmitida a partir do dia 03 de março para os telenoveleiros de Moçambique e Angola, e em inglês para os demais países do continente, onde se chamará The Queen of the South.

Protagonizada por Kate del Castillo, La Reina del Sur conta, também, com as atuações de Rafael Amaya, Humberto Zurita, Gabriel Porras, Iván Sánchez, Cristina Urgel, Miguel de Miguel, entre outros, e relata a história de Teresa Mendoza, uma jovem humilde nascida na cidade de Culiacán, estado de Sinaloa, no México, a qual tem a vida mudada drasticamente ao se apaixonar pelo homem errado, um jovem atraente, piloto méxico-estadunidense de San Antonio, estado do Texas, Estados Unidos, que se envolve no tráfico de drogas a mando do poderoso chefe mafioso Epifanio Vargas. Teresa jamais quis se tornar rainha de alguma coisa, mas o destino jogou sujo com ela. O amor por Güero a condenou e a escolheu para ser a “dona da coca” e conquistar um mundo de homens, tornando-a uma poderosa e temida narcotraficante. Ela virou lenda e hoje a conhecem como A Rainha do Sul…

Acostumada a caminhar pelas ruas inundadas de cambistas, traficantes e policiais corruptos, Teresa cai na armadilha de um mundo do qual sempre fugiu. Ela somente perdeu uma aposta para o coração e, ao ritmo da música nortenha, vive sua história de amor com Güero Dávila, um homem que, com seu segredos irreveláveis, entre drinques de tequila, contrabandistas e malotes de cocaína, conseguiu enamorá-la. Suas promessas lhe devolveram a fé nos homens, após ser vítima do roubo de sua inocência.

Certa manhã, o telefone toca, é uma ligação para Teresa, na qual dizem que Güero, seu namorado e piloto dos traficantes, está morto por haver burlado as normas do tráfico e ter dado a com a língua nos dentes. Ela, devido à sua relação com ele, está condenada. Sua sorte está lançada. São as normas dos traficantes e nesse instante começa sua fuga. A Espanha é seu destino, via Melilla, conseguirá chegar ao mais alto e perigoso mundo do narcotráfico.

Assim, chegará a torna-se A Rainha do Sul, a principal fornecedora de coca da Costa do Sol. Em sua trajetória, conhecerá um novo amor, Santiago Fisterra, um contrabandista de drogas que lhe fará reviver a complicada relação que havia tido com Güero. Finalmente as notícias de seu êxito cruzam o Atlântico e chegam até a pessoa que um dia a deixou escapar com vida, mas que, agora, não quer cometer o mesmo erro. Após um acidente, Fisterra morre, mas Teresa sobrevive e é enviada à prisão.

Aí conhece Patricia O’Farell, uma mulher bissexual, traficante de drogas, que se apaixona por ela. Após saírem da cadeia, ambas iniciam um negócio de tráfico pelo estreito de Gibraltar, com negociantes russos. Graças à sua grande habilidade com números e sua inovação, consegue forjar uma “empresa” que se torna a mais bem-sucedida no ramo do tráfico de drogas no sul da Espanha.

Teresa inicia um novo romance com seu contador, Teo Aljarafe, mesmo sem chegar a se apaixonar. Ao descobrir que ele facilitava a informação de seus negócios ao governo, decide matá-lo.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

As trocas de atores nas telenovelas latinas – Parte 3

Para conferir a primeira e a segunda parte da publicação, clique aqui e aqui.

O novo milênio também trouxe algumas mudanças na teledramaturgia latina, digamos que uma troca de mocinhas e galãs do momento deu início às substituições. No ano 2000, a produtora Rosy Ocampo substituiu Adriana Fonseca, que chegava tarde às gravações, por Lourdes Reyes, em Amigos para sempre, onde dava vida à Melissa Escobar.

Libertad Lamarque
Um triste fato que marcou a produção da telenovela infantil Carinha de anjo, produzida também no ano 2000, foi a partida da grande atriz argentina e cantora de tango Libertad Lamarque, que interpretava a madre superiora. Enquanto gravava a telenovela, começou a sentir fortes dores em suas costas, sendo internada e atendida por seu médico particular. Apesar de tudo, Lamarque não se dirigiu ao hospital até que terminasse de gravar os episódios correspondentes desse dia, sendo considerada muito profissional de sua parte. Diagnosticada com uma bronquite que originou uma pneumonia, seu estado de saúde se agravou, vindo a falecer aos 92 anos, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Sua personagem foi substituída pela atriz Silvia Pinal.

Adriana Nieto
Locura de amor, também de 2000, esteve envolta em polêmicas com a atuação de Adriana Nieto, que, segundo o produtor Roberto Gómez Fernández, desde o início das gravações demonstrava que sua atuação era somente um hobby. Marcada por altos e baixos, a participação de Adriana, intérprete da estudante Natalia Sandoval, se destacou não somente pelos conflitos com Juan Soler, mas também por sua falta de respeito com os horários. Adriana defendeu sua versão afirmando que a produção e seu ator coestrelar a tratavam mal e não lhe permitiam tirar os descansos necessários. O ápice da polêmica foi quando declarou que Juan Soler chegava alcoolizado para trabalhar. Após os escândalos, Jaime García e Orlando Merino, os escritores da história, tiveram a missão de centrar a trama em alguns dos personagens restantes e recriar o de Natalia Sandoval, que passaria para as mãos de Irán Castillo, após receber a permissão do produtor Carlos Sotomayor, com quem, nesta ocasião, gravava a nova versão de O direito de nascer. Talvez por essa desagradável experiência com seu primeiro e último papel protagônico, Adriana Nieto não tenha mais encontrado espaço na Televisa, conhecida por vetar atores que não cumprem com seu papel e que se deixam uma produção pela porta dos fundos, dificilmente voltarão a entrar pela porta principal.

Ainda em 2000, Renato Bartilotti substituiu Alan Gutiérrez em Primeiro amor - A mil por hora. Seu personagem, Enrique, era o chefe dos garçons no café onde Giovana, vivida por Anahí, trabalhava para ajudar seu pai a pagar as altas mensalidades do colégio onde estudava.

Em 2001, outra produção de Rosy Ocampo passou por mudanças. Em Aventuras en el tiempo, protagonizada por Belinda e Christopher Uckermann, o ator Héctor Ortega substituiu Luis de Icaza no personagem de Kent Wolf, devido à morte do ator, vítima de uma parada cardíaca justamente no estacionamento da Televisa San Ángel, quando chegava para as gravações da telenovela.

Em A vida é um jogo, também de 2001, Ivonne Montero foi substituída por Jessica Salazar, no papel de Carola, a mulher que queria se casar por interesse com o pai de Paulina de la Mora, vivida por Ana Layevska. Desconhece-se o motivo da troca atrizes.

Silvia Derbez
Ainda em 2001, em La intrusa, protagonizada por Gabriela Spanic, três mudanças: Silvia Derbez, no papel de Sagrario, é substituída por Barbara Gil, devido ao seu estado de saúde delicado que a obrigou a deixar a produção. Após gravar 16 capítulos, os quais foram exibidos, Silvia Derbez foi diagnosticada com câncer nos pulmões, o qual a levaria à morte um ano depois. Também por motivos de saúde, Enrique Lizalde foi substituído por Carlos Cámara, em seu personagem Rodrigo Junquera, a partir do capítulo 27. E, por último, Amparo Garrido, no papel da diretora Villalobos, substituída pela atriz Rosita Bouchot.

Em Siempre te amaré, produzida pela Televisa em 2002, decidiu-se prolongar a história. No entanto, os compromissos previamente contraídos por Fernando Carrillo, o galã da história, lhe impediram de continuar com as gravações, fazendo com que a produção “planejasse sua morte” e o substituísse por Arturo Peniche, que seguiu o roteiro elaborado e garantiu o sucesso da exibição.

Belinda
No mesmo ano, em 2002, Cúmplices de um resgate apresentou uma das mudanças mais controversas da televisão: Belinda é substituída quase no final da telenovela. Conta-se que os pais da atriz mirim pediram mais dinheiro a Televisa, já que, devido ao sucesso, a atração seria prolongada. No entanto, em uma coletiva de imprensa, Rosy Ocampo, a produtora, anunciou com profunda tristeza que a saída de Belinda era devido aos compromissos que a garota havia agendado anteriormente, sobretudo os de caráter escolar. Daniela Luján, a escolhida para substituir Belinda, continuou o papel das gêmeas Mariana e Silvana. Outra substituída na produção foi Verónica Macías, que deixou seu lugar para Yolanda Ventura, no papel de Clarinha. Conta-se que a primeira não era pontual com seus compromissos e que teve desavenças com a produção, por esses motivos a substituíram por Yolanda Ventura, que também já havia trabalhado com Rosy Ocampo em O diário de Daniela.

Eugenia Cauduro
Em 2003, Eugenia Cauduro foi substituída por Cecilia Gabriela em Alegrifes e rabujos, outra produção de Rosy Ocampo. Eugenia, que interpretava a rabuja Mercedes, mãe de Estevão e madrasta de Sofia, retirou-se da telenovela devido a uma gravidez de alto risco, para que tivesse tempo de se cuidar e estar em repouso. Cecilia Gabriela, que havia trabalhado pela primeira vez com Rosy Ocampo na produção Cumplices de um resgate, foi a escolhida para continuar com a personagem.

Em Amy, a menina da mochila azul, produzida por Juan Osorio para a Televisa, em 2004, a atriz Yolanda Ventura substituiu Sharis Cid no papel de Angélica, já que esta saiu da produção para participar da edição mexicana do Big Brother VIP 3.

Mujer de madera, também produzida pela Televisa em 2004, alterou a protagonista da história vivida por Edith González, que deixou o melodrama na metade de sua gravação para se dedicar à sua gravidez. Sua substituta foi a atriz Ana Patricia Rojo, que seguiu a história após a decisão dos produtores planejarem um incêndio na trama onde Marissa Santibáñez, a personagem vivida inicialmente por Edith, ficava desfigurada e mediante uma cirurgia tinha sua face reconstituída.

Mauricio Islas
Produzida em 2004 pela Telemundo e protagonizada por Gabriela Spanic, Prisionera também foi a protagonista de um dos escândalos mais comentados em sua época. O ator mexicano Mauricio Islas se viu envolvido em uma polêmica das grandes ao ser acusado de abuso sexual ao se envolver com a filha do cantor e ator José Luis Rodríguez “El Puma”, Génesis Rodríguez, nesta ocasião, com apenas 17 anos. Mauricio foi retirado da telenovela e seu personagem, Daniel Moncada, passou a ser vivido por Gabriel Porras.

Em La mujer en el espejo, telenovela colombiana produzida pela RTI para a Telemundo também em 2004, a vilã Bárbara Montesinos, interpretada por Gabriela Vergara, foi substituída pela própria protagonista da história, Paola Rey, em uma saída muito original do escritor. Logo depois, o papel da vilã passou para as mãos de Xilena Aycardi.

Natalia Streignard
Um insólito acontecimento ocorreu em La tormenta, telenovela de 2005, produzida pela RTI para a Caracol Televisión e Telemundo. Devido ao sucesso, a Telemundo decidiu esticar a telenovela, mas Natalia Streignard, a protagonista da trama, não pôde continuar com as gravações devido aos compromissos previamente adquiridos. Uma semana antes do término das gravações, a Telemundo optou por gravar cerca de mais 40 capítulos, porém, a atriz que já estava com uma cirurgia marcada devido a problemas no pulmão, se negou a gravar esses capítulos adicionais. Para congelar a trama da heroína, os produtores planejaram um acidente de avião; como resultado, sua personagem María Teresa Montilla ficava desfigurada e com o rosto vendado. Para sustentar esses capítulos que foram agregados, a atriz Gabriela Vergara, que havia deixado sua personagem em La mujer en el espejo, interpretou a sequestradora do bebê do casal principal. Entretanto, a mudança foi temporal, pois, como Natalia já havia gravado os capítulos finais, reapareceu no desenlace da trama. Fãs de todo o mundo saíram em defesa da atriz, protestando contra esse inevitável alargue que, literalmente causou uma tormenta de críticas.

Em 2006, mais uma vez Gigi Zanchetta deixa uma produção inconclusa ao abandonar Los Querendones, telenovela realizada por Venevisión, conhecida internacionalmente como Sueño con tu amor. Conta-se que, nesta ocasião, a atriz tinha muito carinho por sua personagem, mas levava seu filho às gravações e devido a uma discussão com o produtor foi demitida. Sua personagem, Caridad Arriechi, foi assassinada.

Mauricio Ochmann
Mauricio Ochmann, conhecido ator mexicano e protagonista de Marina, telenovela produzida pela Telemundo, também em 2006, foi substituído por Manolo Cardona no papel de Ricardo Alarcón. Em um brevíssimo comunicado de imprensa, a Telemundo disse que o ator tomou a decisão de se retirar do projeto por motivos de saúde. No entanto, jornais reportavam que a verdadeira razão de sua renúncia era devida à sua adição a drogas. Mauricio foi internado em uma clínica de reabilitação no México e, mais tarde, em 2010, voltou a contracenar com Sandra Echeverría, em El clon, a versão americana da telenovela brasileira, O clone, de Gloria Perez.

Em Muchachitas como tú, de 2007, a cantora Dulce se retirou do projeto devido aos seus compromissos como cantora. Em seu lugar entrou a atriz Socorro Bonilla, no papel de Esther. Após sua substituição, Dulce declarou que a decisão do produtor parecia muito adequada, pois Socorro Bonilla aceitaria qualquer tipo de caracterização. Em sua defesa, Socorro respondeu que Dulce é uma cantora que zela por uma imagem e que não continuou no projeto por ter que se caracterizar como uma mulher de classe média baixa. Já ela sim era uma mulher de caracterização, não era de aparências e que não se importaria em viver uma mulher pobre na telenovela.

Derrick James
Também em 2007, duas mudanças ocorrem no decorrer de Al diablo con los guapos. Derrick James é substituído por Daniel Ducoing, no papel de Ramsés e Mónika Sánchez dá lugar pra Maribel Guardia no papel de Rosario. No primeiro caso, segundo os esclarecimentos da produtora Angelli Nesma, a substituição de Derrick ocorreu simplesmente porque ele abandonou a produção e nunca mais voltou. Certo dia em que Derrick tinha gravações chegou ao produtor associado e disse que devido a um compromisso fora do México não poderia participar naquele dia e se não poderiam adiar a gravação. O produtor lhe disse que não poderia adiar, pois já havia contratado os músicos e garçons para a cena da festa que seria gravada. Então, Derrick disse que estava tudo bem e agradeceu. Todos pensaram que iria para o estúdio, mas não, deixou todos plantados. Já a substituição de Mónika Sánchez na segunda fase da telenovela se deveu à sua aparência jovem para interpretar a mãe de Milagros, vivida por Allisson Lozz, aos seus 15 anos de idade.

Em Bellezas indomables, uma produção da Azteca, também de 2007, a atriz Marcela Ruiz Ezparza foi pega de surpresa ao ser retirada da produção sem aviso prévio por parte da empresa. Sua personagem, Maria Ángeles, se submetia a uma cirurgia plástica para não ser reconhecida por alguns personagens que a perseguiam e, após a suposta operação, María Ángeles era encarnada por Cinthia Vázquez, que, além de ter um timbre de voz diferente era muito mais alta e magra que a atriz original. Em declarações à imprensa, Marcela se mostrou chateada por sua saída repentina e sentiu que faltou cortesia por parte da produção em avisá-la o momento certo de sua retirada. No entanto, destacou que ela simplesmente acatou as medidas em benefício da empresa, para oferecer um produto de qualidade para o público.

Miguel Córcega
Durante as gravações de Cuidado com o anjo, em 2008, o ator e diretor Miguel Córcega, na ocasião com 78 anos, veio a falecer por consequência de uma embolia cerebral. O Padre Anselmo, seu personagem na telenovela, passou para as mãos de Héctor Gómez, outro grande ator, que também viria a falecer poucos meses depois do término das gravações.

Mi pecado, de 2009, protagonizada por Maite Perroni e Eugenio Siller, também sofreu mudanças. Vannya Valencia, a atriz que inicialmente interpretava a personagem de Lorena Mendizábal Molina, a ex-namorada de Julián, personagem de Eugenio, é substituída por Altair Jarabo como a vilã da história.

Wendy González
Em Cuando me enamoro, o remake de A mentira, produzido por Carlos Moreno Laguillo em 2010, a atriz Wendy González, após sofrer uma severa lesão no joelho, teve que abandonar o melodrama, deixando a personagem Adriana Beltrán nas mãos de Florencia de Saracho, que teve a missão de dar vida a uma personagem bastante divertida, e, às vezes, imprudente, melhor amiga de Renata, a protagonista da história, vivida por Silvia Navarro.


Em 2011, após a saída repentina do ator cubano Pedro Moreno do melodrama Porque el amor manda, uma produção de Juan Osorio, incorporou-se Alejandro Ávila como o novo Fernando Rivadeneira, um dos vilões encarregados de perturbar a vida de Fernando Colunga, o protagonista da trama. Ainda que as cenas não tenham ido ao ar, Pedro Moreno, já havia gravado algumas sequências, mas não se encaixou no personagem. Para substitui-lo, Juan Osorio chamou Alejandro, que, a princípio, havia se apresentado no casting para interpretar Elías, o padrasto da filha de Colunga na telenovela.

As trocas de atores nas telenovelas latinas - Parte 2

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Gigi Zanchetta
Em 1990, a RCTV viveu a substituição da protagonista da telenovela El engaño. Gigi Zanchetta que, estando em seu auge de sucesso e juventude, era indisciplinada, viajava constantemente e chegava tarde às gravações. Certo dia, Gigi teve uma calorosa discussão com os veteranos Guillermo Ferran e Zulay Garcia, e, acreditando que por seu status de protagonista os produtores aguentariam suas manhas, se equivocou. Após um incêndio na história, os escritores a substituíram por Milena Santander, justificando a mudança com uma cirurgia plástica na personagem.

A RCTV voltaria a produzir, em 1991, uma telenovela que, assim como Estefanía, era ambientada no marco da ditadura; não era remake, mas possuía uma base argumental semelhante à história anterior. Intitulada Caribe, também coincidiu na mudança de protagonista; o casal inicial formado por Carolina Perpetuo e Jaime Araque não tardou em apresentar uma troca drástica. Jaime, que vinha tendo fortes problemas com os produtores e a empresa RCTV, foi retirado do projeto e substituído por Miguel de León, que na história historia interpretava o vilão, passando de mau e bom personagem.

Laura Flores
Também no ano de 1991, em La pícara soñadora, protagonizada pelos já falecidos atores Mariana Levy e Eduardo Palomo, Laura Flores interpretava a irmã de Eduardo, Mónica Rochild. No entanto, conta-se que na metade da telenovela Laura revelou a Valentín Pimstein sua vontade de se lançar como cantora e, devido a isso, teria que abandonar sua personagem. Laura, então, foi substituída por Lola Merino e, apesar de sua bela voz, não obteve sucesso como cantora e seguiu atuando.

Ainda em 1991, em Garotas bonitas, originalmente chamada Muchachitas, protagonizada por Kate del Castillo, Tiaré Scanda, Cecilia Tijerina e Emma Laura, a atriz July Furlong é substituída por Tina Romero no papel de Verônica, por motivos desconhecidos.

Em 1992, a atriz Angélica Ruvalcaba participa na telenovela Baila conmigo, estrelada por Eduardo Capetillo e Bibi Gaytán. Sua personagem, Mary Jean, uma jovem oriunda dos Estados Unidos que retorna ao México após vários anos, passa para as mãos de María Rebeca Alonso, já que Angélica, impossibilitada de terminar a telenovela por problemas de saúde é afastada. A partir daí, abandonou definitivamente o mundo da atuação. Conta-se que María teve que se disfarçar de gorda para poder substitui-la.

Em 1993, durante a gravação da telenovela Ángel o demonio, uma produção da Ecuavisa, novamente Gigi Zanchetta é despedida da trama e, em um marco sem precedentes, Ángel o demonio torna-se a primeira telenovela latino-americana cuja trama continua após o assassinato da protagonista, María Soledad. A produção decide, então, converter em protagonista a vilã da história, María Fernanda, vivida pela atriz Maria Sol Corral, que, na história, era a irmã gêmea malvada, separada ao nascer.

Também em 1993, Roberto Palazuelos é substituído por Sergio Sendel en Dos mujeres, un camino, telenovela de Emilio Larrosa, protagonizada por Bibi Gaytán e Laura León. A demissão ocorreu porque Roberto chegava tarde às gravações, atrasando o ritmo de produção do melodrama.

No ano de 1994, a morte do renomado ator mexicano Rafael Baledón deixou inconclusa sua participação na produção de Pedro Damián protagonizada por Maribel Guardia e Saúl Lisazo, Prisioneira do amor, exibida no Brasil pela Rede CNT, em 1997. Eduardo Noriega foi o ator responsável por dar sequência ao personagem de Braulio Monasterios.

Em 1995, a Venevision produz Ka Ina, protagonizada por Jean Carlo Simancas, Viviana Gibelli e Hilda Abrahamz. Cristina Reyes, que vivia a personagem Mireya Carvajal, gravou apenas onze capítulos e teve que se ausentar por problemas de saúde. O escritor da trama, César Miguel Rondón, convidou, então, Fedra López para o papel, com o qual a atriz alcançou grande popularidade, contracenando ao lado de Aroldo Betancourt, que se passava por um padre para escapar da justiça.

Ana Colchero
Nada personal, telenovela produzida em 1996 pela Argos Comunicación para a Azteca, que, aqui no Brasil recebeu o nome de Traição, em sua exibição pela Rede Bandeirantes, foi uma telenovela problemática. Após ter protagonizado Alondra, pela concorrente Televisa, Ana Colchero tomou a decisão de assinar contrato com a Azteca, interessada na oferta de melhores condições de trabalho. A atriz apostou fortemente na personagem que lhe foi oferecida, mas, as coisas mudaram drasticamente no decorrer da produção. Em declarações à imprensa, Ana conta que processou a Azteca por descumprimento de contrato, pela modificação da história sem seu consentimento, porque não lhe promoveram como era devido e não lhe outorgaram o primeiro crédito como prometido. Ana afirmou que foi objeto de castigo na produção, onde suas participações foram diminuídas e sua personagem, que era a protagonista, somente aparecia em cenas avulsas. Em resposta, foi acusada de abandonar a gravação e seu papel foi parar nas mãos de Christianne Gouat. O resultado do processo contra a empresa de Ricardo Salinas Pliego somente saiu em 2002. Seis anos de tramitação renderam à atriz a bolada de 45 mil dólares. Após o escândalo, a atriz, que era uma das mais cotadas na década de 90, saiu da cena mexicana e se dedicou a estudar Economia e ser escritora.

Durante as gravações de A alma não tem cor, de 1997, o produtor Juan Osorio substituiu Arturo Peniche pelo modelo e ator argentino Osvaldo Sabatini, esposo da atriz venezuelana Catherine Fullop, após problemas com o ator. Nesta ocasião, várias foram as publicações da imprensa que alegaram, quase com certeza, que Peniche esteve internado em um centro de desintoxicação por ter atravessado um forte problema de drogas e álcool que ameaçava destruir sua carreira. Entretanto, segundo a versão do ator, nada disso é verdade e garantiu que nunca teve problemas com vícios; que abandonou a produção por não estar de acordo com algumas coisas e depois aproveitaram para difamá-lo.

Também em 1997, em Esmeralda, Juan Carlos Serrán foi substituído por Rafael Amador no personagem de Dionísio Lucero, o capataz da fazenda Casa Grande, pai de Adrian e Florzinha, vividos por Alejandro Ruiz e Esther Rinaldi, respectivamente.

Em Mi pequeña traviesa, telenovela de Pedro Damián, protagonizada por Michelle Vieth e Héctor Soberón também em 1997, Aitor Iturrioz interpreta o papel de Hugo, no entanto, por motivos não revelados, é substituído por Arath de la Torre.

Marcelo Buquet
Rosy Ocampo, em sua época de produtora de telenovelas infantis, tornou-se famosa por substituir os protagonistas de suas tramas, Marcelo Buquet foi o primeiro quando protagonizou O diário de Daniela, em 1998. Com o término de seu contrato de exclusividade com a Televisa, o ator exigiu um aumento de salário muito alto na renovação, mas, diante da negativa da produtora, renunciou à produção e foi substituído por Gerardo Murguía em sua estreia como protagonista.

Também em 1998, a personagem Olívia, vivida por Claudia Vega em A usurpadora, é substituída por Amara Villafuerte. Por motivos desconhecidos, a amante de Willy, papel de Juan Pablo Gamboa, deixou a telenovela.

Em 1999, durante as gravações de DKDA Sueños de juventud, a cantora e atriz Litzy foi substituída por Andrea Torre, por problemas de saúde, no papel de Laura Martínez. Nesta ocasião, Litzy contraiu uma forte gripe que a distanciou das gravações por vários dias para evitar o contágio, entretanto, após deixar o hospital e voltar às suas atividades, voltou a sentir-se mal e foi recomendada a ficar em repouso por mais alguns dias. Como os produtores não podiam mais adiar as gravações, Andrea Torre assumiu sua personagem na telenovela.

Em Rosalinda, produção de Salvador Mejía Alejandre protagonizada pela atriz e cantora Thalía, também de 1999, Milagros Rueda é substituída por Ivonne Montero na personagem de Celina Barreto, por motivos desconhecidos.

Ainda em 1999, a personagem Juanita, de Alma rebelde, vivida inicialmente por Adriana Lavat, é trocada por Claudia Ortega. Segundo o produtor, Nicandro Díaz, Adriana era muito rebelde e deixou de ir às gravações. Outra substituição foi a de Raúl Padilla “Chóforo”. Seu personagem, Narciso, passou para as mãos de Sergio Ramos “El Comanche”, por motivos não esclarecidos.

As trocas de atores nas telenovelas latinas – Parte 1

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O mundo das telenovelas é incerto e ninguém sabe o rumo que uma história pode tomar com os imprevistos que podem surpreender uma produção em andamento. Muitas vezes por conflitos com a produção, problemas pessoais ou de saúde, alguns protagonistas ou atores de elenco são substituídos por outros. Em alguns casos, essas saídas podem ser justificadas com a morte do personagem, mas, em outras, são simplesmente substituídas, deixando o público um tanto confuso. Para bem ou para mal, os escritores enfrentam um desafio ao recompor as histórias; às vezes, são bastante engenhosos, outras, nem tanto.

Desde o início da produção de telenovelas, há pouco mais de sessenta anos, são pouquíssimas as produções que começam a ser exibidas totalmente gravadas. As telenovelas entram no ar com uma média de quarenta capítulos gravados, raras vezes com quinze, dez e até mesmo cinco capítulos prontos. Como se trabalha com pessoas, o que não faltam são imprevistos detrás das câmaras.

Jorge Mistral
Começando pelos anos 70, temos a produção Hermanos Coraje, telenovela realizada pela Panamericana Televisión, do Peru, e Televisión Independiente de México, baseada na obra da autora brasileira Janete Clair. Nesta ocasião, o suicídio do ator Jorge Mistral, o intérprete do vilão da história, que na vida real estava passando por um período depressivo, devido a um câncer detectado no duodeno, colocou em apuros os produtores que tiveram que buscar um substituto para o papel, outro ator durão, com aspectos físicos parecidos ao de Mistral, para que desse vida ao cruel Pedro Barros. O escolhido, então, foi Armando Calvo, que seguiu o caminho traçado por Mistral e simplesmente gravou a telenovela até o seu final.

Em 1972, a RCTV produz La doña, a primeira versão da história que renderia diversas outras adaptações, inclusive uma brasileira e a mais recente versão mexicana Soy tu dueña. Nesta ocasião, Lila Morillo, em seu primeiro papel protagônico, interpretava Doménica, uma doce mulher que após ser abandonada no dia de seu casamento passava por uma grande transformação de personalidade. Entretanto, faltando apenas sete dias para o final da telenovela, a protagonista foi despedida por não cumprir com os horários de chegada às gravações. Com sua saída, convidaram Agustina Martín para a personagem de Doménica, e o melodrama foi cortado abruptamente em uma semana.

Nessa mesma década, no México, quando a televisão em cores chegava a muitos países, inclusive no Brasil, o sucesso brindava as produções de Valentín Pimstein e a versão original de Os ricos também choram, de 1979. No entanto, o melodrama sofreria uma perda significativa em seu elenco com uma greve entre o sindicato de atores da época e um problema pessoal de uma atriz que fizeram com que três atores do elenco fossem retirados da produção. Miguel Palmer, Columba Domínguez e Alicia Rodríguez se ausentaram da telenovela, sendo substituídos por outros atores que não desafinaram em nada e a produção seguiu com o mesmo êxito em terras astecas e em outros países como no Brasil e no Peru, onde a transmitiam quase que simultaneamente com o México, devido ao acordo que a América Televisión havia firmado com os executivos da Televisa.

Também em 1979, na telenovela Estefanía, produção venezuelana da RCTV, protagonizada por Pierina España e José Luis Rodríguez “El Puma”, o então solicitado ator e cantor recebe uma oferta internacional que o obriga a deixar a produção; matam seu personagem e um papel secundário interpretado por Carlos Olivier sobe ao nível de protagonista e fica com a heroína ao final da história.

Nos anos oitenta, também ocorreram mudanças nas telenovelas, uma delas foi em 1983, em A fera, quando Lupita Lara teve que retirar-se durante a rodagem da trama e foi substituída por Nuria Bages, no papel de Helena. Outro substituído foi Alfredo Alegría, que deixou seu personagem, Lupito, para Alfonso Iturralde.

Edith González
Em Rosa selvagem, de 1987, realizada pela Televisa, Leonela, interpretada por Edith González sofreu uma mudança de atriz e foi substituída por Felicia Mercado. Conta-se que Edith tinha problemas com Verónica Castro, a protagonista da telenovela, além disso, que não estava contente com o rumo que sua personagem teria na história. Se bem que a mudança não tenha prejudicado em nada a produção, o talento de Edith se notou superior ao de Felicia, que recentemente havia começado no universo da atuação.

No ano de 1986, o remake de El amor tiene cara de mujer, intitulado Principessa e produzido por Valentín Pimstein, sofreu várias mudanças. Devido à quilométrica duração da telenovela, vários personagens foram interpretados por mais de um ator. Fernanda, inicialmente interpretada por Angélica Aragón, que saiu da produção para protagonizar Vivir un poco, foi vivida por Alma Muriel, que, posteriormente, também se retirou para protagonizar Los años felices. Finalmente a personagem ficou nas mãos de Hilda Aguirre. Outra mudança foi a substituição de Manuel Saval por Gerardo Paz e Roxana Saucedo por Cristina Rubiales.

Também em 1986, durante as gravações de Monte Calvario, uma produção de Valentín Pimstein protagonizada por Edith González e Arturo Peniche, Odiseo Bichir substituiu Alfonso Iturralde no papel de Roberto. O motivo foi porque o ator não chegou a um acordo de pagamento com a produção.

Doris Wells
Ainda em 1986, a venezuelana RCTV produz La dama de rosa, telenovela original de José Ignacio Cabrujas, que, originalmente, seria protagonizada por Jeannette Rodríguez, Gustavo Rodriguez e Doris Wells. Em etapa de pré-produção, Doris se nega a participar do projeto alegando que devido sua ampla trajetória merecia o primeiro crédito, acima de Jeannette, querendo que seu papel fosse protagônico e não co-protagônico. Em seguida, a atriz foi substituída por Nancy González, que gravou alguns capítulos. Não passou muito tempo quando ela e o ator Gustavo Rodríguez foram separados abruptamente da produção por problemas de drogas. Como a telenovela já estava no ar na Venezuela, Gustavo teve que ser substituído às pressas por Carlos Mata que havia sido o par romântico de Jeannette em Cristal. Para o mercado internacional, Carlos Mata teve que regravar todos os capítulos já feitos por Gustavo, que foram cerca de dez, enquanto que na Venezuela a telenovela seguia no ar. A pressão para o ator foi tanta que sua saúde foi afetada. O papel que nem Doris Wells, nem Nancy González puderam fazer caiu nas mãos de Dalila Colombo, que apareceu nos primeiros capítulos e logo desapareceu, reaparecendo com a história já avançada. Com a saída temporária da personagem, Gigi Zanchetta, que entrou como figurante assumiu o lugar de protagonista, contracenando com Fernando Carrillo, cuja relação traspassou para a vida real.

Em 1987, Amanda Gutierrez protagoniza com grande destaque a telenovela noturna da Venevision intitulada La luna, junto ao galã porto-riquenho Carlos Cesteros. Desde o princípio, a relação do galã com a Amanda era mais que péssima; conta-se que ele chegou a faltar com respeito a ela e esta pressionou aos executivos pedindo que escolhessem entre ela ou ele. De um capítulo para outro mataram o personagem de Cesteros e Amanda ficou sozinha em seu protagônico, ainda que a subtrama juvenil de Ruddy Rodríguez e Luis José Santander tenha sido reforçada e eles se tornaram o par romântico desta desafortunada telenovela.

Alma mía, telenovela venezuelana da RCTV, realizada em 1988, marcou a carreira de Astrid Carolina Herrera. Sua imagem correu por todo o continente quando se tornou a única protagonista desta história, já que Nohely Arteaga abandonou a produção por motivo de gravidez. Este detalhe fez com que a telenovela conseguisse ainda mais fama porque quando Nohely deixou a produção, vários meios da Venezuela e de países que exibiam a telenovela, disseram que entre as duas atrizes havia certa rivalidade que inclusive havia chegado aos tapas pelos camarins. No entanto, quando Nohely esclareceu os verdadeiros motivos pelos quais decidiu abandonar a telenovela a tensão baixou consideravelmente. Inclusive foi convidada por vários programas junto a Astrid Carolina Herrera. Entre elas nunca houve rivalidade e sempre eram vistas juntas, sobretudo após o nascimento do filho de Nohely.

Mariana Garza
Em Flor y canela, uma produção de Eugenio Cobo, também de 1988, para Televisa, Mariana Garza era a protagonista Marianela. Entretanto, abandona a produção por problemas de saúde e é substituída por Daniela Leites.

Em Rubí rebelde, de 1989, produzida pela RCTV, o papel da vilã principal, interpretado por Yajaira Orta teve que ser substituído de emergência. Yajaira foi diagnosticada com tuberculose e foi substituída por Dalila Colombo, que desde o capítulo 42 até o final interpretou a malvada Lucrecia Miranda. Vale destacar que paralelamente a esta telenovela, Dalila trabalhava na telenovela Abigail, sucesso em vários países - menos no Brasil, onde saiu do ar - protagonizado por Catherine Fullop e Fernando Carrillo, em um papel menor. Durante as gravações de Rubí rebelde uma nova mudança ocorre, Mariela Alcalá, a protagonista, engravida na vida real e sua gravidez é escondida o máximo possível até que sua personagem, Rubí, também ficasse grávida. Entretanto, Mariela é acometida por rubéola e se ausenta uma semana da telenovela com um princípio de aborto. Sua personagem continua nas mãos da atriz María Alejandra Martín, cujas cenas gravadas foram vistas somente na Venezuela, já que para o exterior, a atriz pôde gravar os capítulos feitos por sua substituta.

Também em 1989, durante as gravações de Carrossel, Augusto Benedico, ator espanhol intérprete do personagem Firmino, falece vítima de um infarto. Armando Calvo é escolhido para substitui-lo, a troca foi notória e o personagem original jamais foi esquecido. Outa mudança foi a mãe de Maria Joaquina, vivida por Ludwika Paleta: Clara Villaseñor, originalmente interpretada por Karen Senties, deixa a telenovela e é substituída por Kenia Gazcón.

Ainda em 1989, quando Lucía Sanoja atuava em Maribel, uma produção da Venevision, protagonizada por Tatiana Capote e José Luis Santander, foi despedida por ordem expressa do já falecido produtor Joaquín Riviera, já que na empresa estavam fartos da irresponsabilidade de Lucía, que se sentia uma diva e chegava tarde às gravações. Sua personagem, Estrella Luna, foi substituída por Imperio Zammataro.

ZAP Novelas anuncia a estreia de Maldição de Amor


Com O Meu Ex Deseja-me em sua reta final, a ZAP Novelas investe em outra produção venezuelana para ocupar sua vaga. Trata-se de Maldição de Amor, originalmente intitulada Válgame Dios, outra telenovela produzida pela Venevision. Protagonizada por Sabrina Seara e Eduardo Orozco, o folhetim é uma história original da escritora Mónica Montañés, produzida por Carolina de Jacobo e dirigida por José Alcalde. Iniciou suas gravações em novembro de 2011 e estreou em seu país de origem em março de 2012.

Em processo de dublagem no Brasil pelo Studio Gabia, de São Paulo, Maldição de Amor conta, também, com a participação antagônica de Ricardo Álamo, Raquel Yanez e Carlota Sosa. Além da atuação de atores como Jean Carlo Simancas, Flavia Gleske, Gigi Zanchetta, Beatriz Valdés, entre outros.

Exibida em países como Equador, Honduras, El Salvador, Panamá, Costa Rica, Canadá e Espanha, chegou a vez de Angola e Moçambique conhecerem a história que conta em seus 144 episódios a trama de um grande amor, tão imenso quanto impossível, cheio de magias, de risos e de esperanças, bem como de lágrimas, sofrimentos, segredos, mentiras, medos e até mesmo assassinatos que tentarão impedir que o bem triunfe sobre o mal e que Yamilet López consiga quebrar uma maldição e por fim ser feliz.

Maldição de Amor tem previsão de estreia para a segunda semana de março; o mote do folhetim é, literalmente, um casal em chamas, mas chamas de verdade, já que o drama conta a história de um bombeiro, o herói que todas desejam ter, e de uma doce psicóloga, disposta a desafiar uma maldição familiar para encontrar o homem perfeito.

Ignacio Castillo arrisca sua vida a cada dia. Em meio ao fogo, à fumaça e à angústia de um incêndio, demonstra sua valentia, coragem e grande valor como ser humano. É bombeiro e, além disso, faz bicos como taxista. Este é o personagem encarnado por Eduardo Orozco, que interpreta seu primeiro papel como protagonista.

Yamilet López, uma jovem recém-formada em psicologia, é muito sonhadora, entretanto, astuta e segura de si mesma. Yamilet, porém, além de todas estas qualidades, possui um pequeno problema: está desesperada para conseguir um esposo. Provém de uma família muito matriarcal - as López- que foram amaldiçoadas por seus antepassados com a praga de que sempre escolheriam o homem errado. Ela tratará de ser a exceção à regra e se debaterá entre dois pretendentes: Ignacio, o bondoso trabalhador, e José Alberto, interpretado por Ricardo Álamo, um galã sem-vergonha.

Sem dúvida, a aparição deste vilão acarretará uma difícil concorrência para Ignacio, pois à sua maneira, ele também é herói, o mau não é mau gratuitamente, assim como também o bondoso não é, tem suas razões e sua verdade que defenderá até o final.