sábado, 15 de maio de 2010

De quem é essa voz? - Os dubladores famosos


FERNANDA BARONNE

Adela Noriega (Maria Isabel, em Maria Isabel; Cristina, em O privilégio de amar; Adriana, em Manancial e Matilde, em Amor real)

Angelica Rivera (Silvana, em Alcançar uma estrela II; Márcia, em Mariana da noite e Tereza/Mariana, em Destilando amor)

Mónika Sánchez (Elena, em O diário de Daniela; Ângela, em Salomé; Regina, em A outra e Diana, em Laços de amor)

Ana Patricia Rojo (Penélope, em Maria do bairro; Georgina, em Esmeralda e Nicole, em Carinha de Anjo)

Susana González (Liliana, em Feridas de amor)

Krystel Klitbo (Valéria, em Carrossel)

Margarita Magaña (Fernanda, em A vida é um jogo)

Romina Gaetani (Luz, em Chiquititas 2007 e Mercedes, em Chiquititas 2008)

Dad Dáger (Stella, em Isa TKM)

Macarena Achaga (Leonora, em Miss XV)


FERNANDA CRISPIM

Tania Vázquez (Adelaide, em Amor Real; Sofia, em Rubi e Fátima, em A feia mais bela)

Aracely Arámbula (Margarida, em A alma não tem cor e Maria do Carmo, em Abraça-me muito forte)

Yuliana Peniche (Alicia, em Maria do bairro e Luz, em Menina, amada minha)

Martha Julia (Ana Rosa, em A madrasta e Isadora, em Destilando amor)

Ana Patrcia Rojo (Estefânia, em Cuidado com o anjo e Raíza, em Coração indomável)

Tatiana (Coral, em Amy, a menina da mochila azul)

Angelique Boyer (Vick, em Rebelde)

Marjorie de Sousa (Carol, em Mariana da noite)

Daniela Alvarado (Joana, em Joana, a virgem)


IZABEL LIRA

Lucero (Maria Paula/Maria Fernanda/Maria Guadalupe, em Laços de amor; Helena Moreno, em Por ela... sou Eva; e Valentina, em A dona)

Adriana Fonseca (Verônica, em A usurpadora; Lúcia, em Rosalinda; Melissa, em Amigos para sempre e Tati, em Mariana da noite)

Raquel Pankowsky (Joana, em Esmeralda; Consuelo em Alegrifes e rabujos; e Bertha, em A vida é um jogo)

Niurka (Karina, em Salomé e Paula Maria, em A feia mais bela)

Gabriela Platas (Bárbara em As tontas não vão ao céu e Marina, em Miss XV)

Lina María Navia (Paula, em Café com aroma de mulher)

Susana González (Ana Cristina, em No limite da paixão)

Alejandra Procuna (Elisa, em Sigo te amando)

Gabriela Bermúdez (Elena, em Rebelde)

Muriel Santa Ana (Grace, em Lalola)


CARLA POMPILIO

Sabine Moussier (Mireya, em Maria Isabel; Lourença, em O privilégio de amar; Frida, em No limite da paixão; Fabíola, em A madrasta; Marisa, em As tontas não vão ao céu e Justina, em Meu pecado)

Alejandra Procuna (Rebecca, em Salomé; Diamantina, em Viva às crianças! – Carrossel 2 e Minerva, em Amy, a menina da mochila azul)

Maribel Fernández (Marina, em Cúmplices de um resgate e Martha, em A feia mais bela)

Cynthia Copelli (Mabel, em Rebelde)

Lola Berthet (Solange, em Lalola)

Beatriz Monroy (Dona Queca, em A alma não tem cor)


FLÁVIA FONTENELLE

Daniela Luján (Luz Clarita; Daniela, em O diário de Daniela; Sabrina, em Primeiro amor – A mil por hora; Mariana / Silvana, em Cúmplices de um resgate e Lisette, em Sortilégio)

Margarita Magaña (Laura, em Camila e Bruna, em Por teu amor)

Mariana Ávila (Cassandra, em Carinha de anjo)

Dulce María (Roberta, em Rebelde)

Milagro Flores (Joaninha, em Chiquititas 2007)

Mariana Espósito (Augusta, em Chiquititas 2008)

María Fernanda Malo (Lula, em Miss XV)


FLÁVIA SADDY

Anahí (Adélia, em O diário de Daniela; Giovana, em Primeiro amor – A mil por hora e Mia, em Rebelde)

Ludwika Paleta (Maria dos Anjos, em Maria do bairro)

Claudia Ramírez (Luiza, em Sigo te amando)

Ana Paulina Cáceres (Poliana, em Viva à crianças! – Carrossel 2)

Crystal (Soledade, em Laços de amor)

Paulina Goto (Valentina, em Miss XV)


MABEL CEZAR

Leticia Calderón (Leonor, em O diário de Daniela; Esmeralda, em Esmeralda; Janaína, em Amor real)

Susana González (Elisa em Maria Isabel; Felina em Preciosa e Ângela, em Amigas e rivais)

Tiaré Scanda (Gláucia, em Rebelde e Marcela, em Por ela... sou Eva)

Bárbara Mori (Rubi, em Rubi)

Agustina Lecouna (Natália, em Lalola)

Verónica Jaspeado (Márgara, em Miss XV)


MIRIAM FICHER

Patricia Navidad (Iris, em Maria Mercedes; Sara, em A alma não tem cor; Milena, em Manancial; Jandira, em Mariana da noite; Alice, em A feia mais bela e Mimi de la Rose, em Por ela... sou Eva)

Chantal Andere (Angélica, em Marimar; Estephanie, em A usurpadora; Antônia, em Amor real e Raquel, em Sortilégio)

Edith Márquez (Luciana, em O privilégio de amar)


GUILENE CONTE

Rossana San Juan (Estela Campusano, em Abraça-me muito forte; Soledade, em Amy, a menina da mochila azul; Dora Rico, em Cúmplices de um resgate e Cristina, em A dona)

Thalía (Maria Mercedes, Marimar, Maria do bairro e Rosalinda)

Elizabeth Álvarez (Márcia, em A feia mais bela e Lúcia em Coração indomável)

Claudia Schmidt (Sabrina, em Rebelde)


SÍLVIA GOIABEIRA

Paty Díaz (Natália, em Luz Clarita; Lalinha, em A usurpadora; Lorena, em Gotinha de amor; Clara, em Rosalinda; Irmã Carolina, em Carinha de anjo; Marta, em Salomé e Belém, em Mundo de Feras)

Yadhira Carrillo (Josefina, em Maria Isabel; Maria José, em O privilegio de amar; Carlota / Cordélia, em A outra e Helena, em Rubi)

Marcela Paez (Rita, em O diário de Daniela e Cláudia, em Maria Belém)


ANDREA MURUCCI

Jacqueline Bracamontes (Maribel, em Rubi; Magaly, em A feia mais bela; Angélica, em Alegrifes e rabujos; Miranda, em Feridas de amor; Candy, em As tontas não vão ao céu e Maria José / Sandra em Sortilégio)

Constanza Duque (Carmen, em Café, com aroma de mulher)

Evelyn Nieto (Flor, em A madrasta)


SHEILA DORFMAN

Gabriela Spanic (Paulina/Paola, em A usurpadora; Maria do Céu, em Por teu amor e Ivana Dorantes, em A dona)

Lourdes Munguía (Ofelia, em O privilégio de amar)

Olivia Collins (Beatriz, em Sigo te mando)


SELMA LOPES

Libertad Lamarque (Vovó Piedade, em A usurpadora e Madre Superiora, em Carinha de anjo)

Marga López (Ana Joaquina, em O privilégio de amar; Josefa Villareal em No limite da paixão e Dona Mercedes, em Laços de amor)


PRISCILA AMORIM

Edith González (Mônica, em Coração selvagem - SBT; Salomé, em Salomé; Joselyn, em Mundo de feras e Francisca, em Camaleões)

Liuba De Lasse (Catarina, em Rebelde)


CHRISTIANE MONTEIRO

Ingrid Martz (Gina, em A vida é um jogo; Pilar, em Amor real; Lorena, em Rubi; Renata, em Feridas de amor e Dóris, em Coração indomável)

Karla Cossío (Pilar Gandía, em Rebelde)


PETERSON ADRIANO

Guy Ecker (Sebastião, em Café com aroma de mulher; Demétrio, em A mentira; Júlio, em Salomé e Alessandro em Feridas de amor)

Sebastián Rulli (Maurício, em Primeiro amor – A mil por hora; Rogério, em Alegrifes e rabujos, Heitor, em Rubi e João Cristóvão, em Mundo de feras)

Ferdinando Valencia (Patrício, em Camaleões e Renato, em Por ela... sou Eva)

Tony Dalton (Gastão, em Rebelde)

Orlando Miguel (Osvaldo, em Laços de amor)

Juan Gil Navarro (Lalo, em Lalola)

Donny Murati (Cristóvão, em Isa TKM)


PHILIPPE MAIA

Kuno Becker (Julio, em Camila; Leon, em Primeiro amor - A mil por hora e João José em A alma não tem cor)

David Zepeda (Bruno, em Sortilégio e Alonso, em A dona)

Juan Soler (Álvaro, em A outra e Aldo em A feia mais bela)

Jorge Salinas (Inácio, em Mariana da noite e Orlando em A feia mais bela)

Lisardo (Martin / Otavio, em Rebelde)

Marco Méndez (Luis, em Rubi)


RICARDO SCHNETZER

Fernando Colunga (Luis Fernando, em Maria do bairro; Carlos Daniel, em A usurpadora; José Armando, em Esmeralda, Carlos Manuel, em Abraça-me muito forte e Manuel, em Amor real e José Miguel, em A dona)

Guillermo Capetillo (Vítor em A fera e Ricardo / Rogério em Rosa selvagem)

Toño Mauri (José Inácio, em Simplesmente Maria)

Charly Rey (Camilo, em Miss XV)


REGINALDO PRIMO

Jaime Camil (Fernando, em A feia mais bela; Santiago, em As tontas não vão ao céu e João Carlos / Eva, em Por ela... sou Eva)

Mauricio Islas (Daniel, em Primeiro amor - A mil por hora; Alexandre, em Manancial e Adolfo, em Amor real)

Víctor Malagrino (Patricio, em Lalola)


ROBERTO MACEDO

César Évora (Mariano, em Luz Clarita; João da Cruz, em O privilégio de amar; Frederico, em Abraça-me muito forte; Adalberto, em Manancial; Otávio, em No limite da paixão; Estevão, em A madrasta e Atílio Montenegro, em Mariana da noite)

David Ostrosky (Gustavo, em O diário de Daniela)

A dublagem - Parte 2

Não se pode deixar de mencionar Herbert Richers ao se falar em dublagem. Esse araraquarense nascido em 11 de março de 1923, foi precursor de novas tendências, e possuiu a maior empresa de dublagem de filmes, séries, novelas e desenhos animados.

Todos já ouviram seu nome, mas poucos sabem a sua história. Por trás do aviso "Versão brasileira, Herbert Richers" estava um araraquarense com sete décadas de serviços prestados ao audiovisual brasileiro.

Herbert foi um produtor de cinema e empresário brasileiro radicado no Rio de Janeiro desde 1942, onde fundou oito anos mais tarde a empresa homônima Herbert Richers S.A., que em 1956 levou à fundação das Organizações Artísticas Herbert Richers. No começo era apenas para a produção de cine-jornais, mas, pouco tempo depois, a empresa aderiu aos longas-metragens.

Conhecedor dos estúdios de Hollywood, ele transitava nos estúdios de Walt Disney, de quem era amigo, e sua amizade com ele o levou a conhecer o sistema de dublagem já muito difundida em Hollywood, trazendo de lá o conhecimento adquirido da dublagem como hoje se conhece. Assim, resolveu aplicar a técnica nos filmes exibidos na televisão, resolvendo o grande problema das legendas, quase ilegíveis para a tecnologia da época.

Herbert Richers veio a falecer no Rio de Janeiro em 20 de novembro de 2009, em consequência de um problema renal, e sua empresa, que possuía os maiores estúdios de dublagem da América Latina com mais de 10 mil m², com uma média de 150 horas de filmes dublados por mês, correspondendo a 70% dos filmes veiculados nas salas de cinema, ao que parece, também veio a falir, deixando a tarefa da dublagem, entre ela a de telenovelas latinas, para os estúdios Wan Mächer, BKS, Dublavídeo e Studio Gábia.


Além dos incontáveis filmes, séries e desenhos animados, o estúdio Herbert Richers foi responsável pela dublagem de diversas telenovelas latinas, entre elas:

Alegrijes y rabujos (Alegrifes e rabujos)
Amigas y rivales (Amigas e rivais)
Amor real (Amor real)
Café con aroma de mujer (Café com aroma de mulher)
Carita de ángel (Carinha de anjo)
Carrusel (Carrossel)
Chiquititas 2000 (Chiquititas 2007)
Chiquititas 2006 (Chiquititas 2008)
Cómplices al rescate (Cúmplices de um resgate)
El diario de Daniela (O diário de Daniela)
El privilegio de amar (O privilégio de amar)
Entre el amor y el odio (No limite da paixão)
Esmeralda (Esmeralda)
Isa TKM (Isa TKM)
La fea más bella (A feia mais bela)
La otra (A outra)
Lalola (Lalola)
La usurpadora (A usurpadora)
Luz Clarita (Luz Clarita)
María la del barrio (Maria do bairro)
Marimar (Marimar)
María Mercedes (Maria Mercedes)
Primer amor – A mil x hora (Primeiro amor – A mil por hora)
Quinceañera (Quinze anos)
Rebelde (Rebelde)
Rosa salvaje (Rosa selvagem)
Rosalinda (Rosalinda)
Vivan los niños (Viva às crianças! – Carrossel 2)


Quanto às telenovelas produzidas no Brasil e que são exportadas, estas geralmente passam pela dublagem em estúdios mexicanos, entre os quais se destacam os do Grupo Macías, composto por cinco grandes companhias: a Roman Sound International Miami; a Sono-Mex Doblajes, S.A., localizada na Cidade do México, sendo a mais antiga e experiente companhia de dublagem deste país; a Art Sound Inc., localizada também na Cidade do México, como mais de trinta anos de experiência; a Art Sound Miami Inc., localizada em Miami, Estados Unidos, sendo a mais nova empresa do Grupo Macías; e a Le Sound-Sonomex Brazil, localizada em São Paulo, que produz os serviços de dublagem e legendagem em português, com a mesma qualidade e credibilidade do Grupo Macías.


Entre as novelas brasileiras dubladas nos estúdios do Grupo Macías, se encontram:

A escrava Isaura (La esclava Isaura)
A favorita (La favorita)
A presença de Anita (La presencia de Anita)
Beleza pura (Belleza pura)
Cabocla (La mestiza)
Caminho das Índias (India, una historia de amor)
Chocolate com pimenta (Chocolate con pimienta)
Da cor do pecado (El color del pecado)
Duas caras (Dos caras)
Esperança (Terra Esperanza)
Laços de família (Lazos de familia)
Mulheres apaixonadas (Mujeres apasionadas)
O beijo do vampiro (El beso del vampiro)
O clone (El clon)
O profeta (El profeta)
Páginas da vida (Páginas de la vida)
Sabor da paixão (Sabor de la pasión)
Senhora do destino (Señora del destino)
Sete pecados (Siete pecados)
Sinhá moça (Niña moza)
Terra nostra (Terra nostra)
Uga uga (Uga uga)


Além de estúdios mexicanos, as novelas brasileiras também são dubladas, em grande, parte por estúdios venezuelanos, entre os quais se destacam o estúdio Etcétera Group com sede central en Miami, Estados Unidos, e em Caracas, Venezuela. Algumas dublagens do estúdio Etcétera Group:

Amor com amor se paga (Amor con amor se paga)
Kananga do Japão (Kananga del Japón)
O rei do gado (El rey del ganado)
Pantanal (Pantanal)
Por amor (Por amor)
Rainha da sucata (La reina de la chatarra)
Renascer (Renacer)
Roque Santeiro (Roque Santeiro)
Vale tudo (Vale todo)
Xica da Silva (Xica da Silva)


Os estúdios DINT Doblajes Internacionales com sede central em Santiago de Chile, também possui algumas dublagens de telenovelas brasileiras, entre elas:

A indomada (La indomable)
Dona Beija (Doña Beija)
Felicidade (Felicidad)
História de amor (Historia de amor)
O pagador de promessas (El pagador de promesas)
O primo Basílio (El primo Basilio)
Selva de pedra (Selva de cemento)

A dublagem - Parte 1

Na era atual, as fronteiras geográficas e econômicas são progressivamente superadas e a tecnologia da informação torna factível a construção de uma via de trânsito rápido de extensão mundial.

A informação trafega com rapidez e precisão, chegando instantaneamente a qualquer parte do globo terrestre, como talvez nem os maiores gênios da ficção científica imaginariam há algumas décadas.

A produção cultural e de entretenimento vive um grande momento, com lançamentos simultâneos em vários países, sem a defasagem de meses ou até anos, como ocorria em década passadas.

Com tantas oportunidades, o idioma não pode representar um entrave à comunicação. É, nesse ponto, a tradução cumpre sua missão, porém, não basta meramente traduzir, é preciso que a mensagem esteja adaptada à cultura do público alvo, ao seu modo usual de comunicar-se, para que seja compreendida de forma plena.

Surge então a dublagem, também chamada de regravação, que é o processo através do qual os diálogos originais em determinado idioma são substituídos por áudio em outro idioma, com sincronia labial e interpretação baseada naquela do ator original da novela, filme, série ou desenho animado.

Em outras palavras, o espectador assiste ao produto audiovisual no seu idioma local, como se as personagens estivessem se comunicando na sua própria língua. A regravação é resultante da mixagem (mistura) de diálogos gravados em estúdio, áudio captado na gravação original da cena, música e efeitos sonoros.

A dublagem nasceu no rastro do cinema sonoro. Os filmes eram mudos até 1927, quando chegou às telas O cantor de jazz. A começar dessa produção, o público pôde finalmente ouvir os atores.

Com a euforia produzida pelo cinema sonoro, surgiu um problema: como as plateias que não falavam inglês iam assistir aos lançamentos de Hollywood? Para contornar essa situação, grandes estúdios como a MGM e a Paramount chegaram a filmar em Paris versões francesas de longas-metragens americanos. Claro que esses filmes em duas versões eram muito caros - e ainda assim não atingiam o público dos tempos do cinema mudo.

A solução apareceu em 1930, quando os diretores Edwin Hopkins e Jacob Karol lançaram The flyer, o primeiro filme a utilizar um sistema de sonorização que permitia substituir as vozes originais por outras gravadas em estúdio.

Países europeus pegaram carona nessa invenção e soltaram os primeiros filmes dublados ainda no começo dos anos 30. No Brasil, onde os longas estrangeiros passavam com legendas, a novidade da dublagem chegou no fim da década - o grande marco foi a estreia do desenho animado Branca de Neve e os sete anões, de Walt Disney, lançado em 1937 e dublado no ano seguinte. Naqueles primórdios, os atores tinham de gravar todos juntos no estúdio, olhando para a tela sem a ajuda do som. Hoje, os dubladores gravam suas falas sozinhos, com a ajuda de um fone de ouvido onde rola o texto original.

A dublagem tem a possibilidade de adequação da interpretação (inflexões de voz, por exemplo) à cultura local, tornando as intenções de um diálogo mais claras, adicionando tons de ironia, menosprezo, satisfação, tristeza, ênfase, que talvez não ficassem tão claras em uma tradução escrita (legenda), principalmente no caso de idiomas pouco familiares aos ouvidos do espectador.

Há uma série de fatores condicionantes de ordem técnica e artística, para que uma dublagem atinja seus objetivos com eficácia, a começar pelo texto. Quer seja uma produção com fins de entretenimento ou de comunicação corporativa, o texto deve ser adaptado em termos de métrica, sincronia labial e estilo linguístico, para que pareça ser de fato dito pelos personagens na tela e soe da forma mais natural possível, como soaria no "mundo real" do espectador.

Em se tratando da tradução, os profissionais responsáveis também precisam dominar o assunto em foco - ou pesquisar sobre ele - para que a produção “conquiste” quem conhece o tema e leve informação correta e enriquecedora a quem não o conheça.

Outro fator essencial a uma boa dublagem é o elenco escalado. Adequação de timbre vocal, interpretação convincente, sensibilidade para assimilar e reproduzir a emoção do personagem em outro idioma, são características que fazem toda a diferença entre uma dublagem excelente e uma péssima.

Por isso, a dublagem é realizada por atores com a habilitação legal necessária ao exercício da profissão. Os atores são escalados e supervisionados por um diretor de dublagem, que além de também ser ator e reunir as características acima, tem a habilidade de enxergar a obra como um todo e conduzir o elenco na direção pretendida pelo diretor da produção original.

Quanto ao aspecto técnico, a gravação e mixagem de áudio (proporção entre diálogos, música e efeitos sonoros) exercem impacto fundamental no resultado final da obra dublada. É preciso que o espectador perceba "planos" diferentes de áudio, dependendo da distância em que os personagens se encontrem na cena; é preciso que haja ambientação, de acordo com o que seria a acústica natural da locação filmada na cena; é preciso que os diálogos sejam inteligíveis mesmo em meio aos ruídos (efeitos sonoros) e à musica incidental, por mais “presentes” que necessitem estar; e, muito importante, é preciso que se acredite que o som de fato sai da boca do personagem, e não do “além”. Os recursos digitais atuais permitem a experimentação até chegar-se ao ponto ideal de mixagem, possibilitando resultados realmente impressionantes em termos de qualidade, realismo e distribuição espacial do áudio.

Colaboração: Dublamax

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Alegrifes e rabujos


NOME ORIGINAL
Alegrijes y rebujos

ESCRITORA
Palmira Olguín

PRODUTORA
Rosy Ocampo

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
140

ANO DE GRAVAÇÃO
2003

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Alegrifes e rabujos

Lá vai a menina que sempre pensa em ser fiel
a todos os sentimentos.
Foram esses olhos que um dia me fizeram ver
que o mundo está mudando.

Eu não sei o que que aconteceu mas sei que muito me agradou
sua forma de dançar e aquele jeito como me olhou.
Que magia tu e eu uma luz que se acendeu
o mistério já se resolveu.

És um alegrife a tua vida é sempre um céu azul
Tu serás rabujo se fizeres tudo sempre mal.

Alegrifes e rabujos, tu decides teu futuro.
Alegrifes e rabujos, tu e eu pra sempre juntos.

Alegrifes e rabujos…
Alegrifes e rabujos…
Alegrifes e rabujos…
Alegrifes e rabujos…

És um alegrife, a tua vida é sempre um céu azul.
Tu serás rabujo se fizeres tudo sempre mal.

Alegrifes e rabujos, tu decides teu futuro.
Alegrifes e rabujos tu e eu pra sempre juntos.


ELENCO

María Chacón: Sofia Domínguez “Chofis”

Miguel Martínez: Afonso Pascoal “Alcachofra”

Eugenia Cauduro: Mercedes

Cecília Gabriela: Mercedes (Substituta)

Miguel de Léon: Antônio Domínguez

Luis Roberto Guzmán: Bruno

Arath de la Torre: Matias Gómez

Jesús Zavala: Estevão Domínguez

Diego González: Ricardo Gómez Sánchez

Nora Cano: Nayelí Gómez Sánchez

Michelle Alvarez: Ernestina Aguuaio “Tina”

António Hernández: Pablo Maldonado “Chuletão”

Allison Lozano: Allison Rebolledo

Margarito: Réficus

Jacqueline Bracamontes: Angélica Rivera

Rosa Mariá Bianchi: Helga

Héctor Ortega: Aurélio Granados

Salvador Sánchez: Assunção “Chon”

Olivia Bucio: Teresa “Tere”

Luz Elena González: Irene

Sebastián Rulli: Rogério Díaz Mercado

Raquel Pankowsky: Consuelo

Roxana Castellanos: Elvira Sánchez

Adriana Laffan: Flor

Rubén Cerda: Fito

Wallace: Bahia


PERFIL DAS PERSONAGENS

Sofia “Chofis” (María Chacón) – menina de aproximadamente 10 anos. Muito amorosa e prestativa, gosta de ajudar seus amigos. A madrasta não gosta dela e Sofia sofre nas mãos de seu meio irmão Estevão.

Afonso “Alcachofra” (Miguel Martinez) – menino do campo, tem 10 anos. Sua avó o envia à cidade para morar com seu tio-avó Chon, pois deseja que Afonso cresça como um bom homem, aprendendo bons modos e estudando. Ele será o melhor amigo de Sofia.

Mercedes (Eugenia Caduro / Cecília Gabriela) – uma bela mulher de 34 anos, de boa família, casada com Antônio, pai de Sofia, e mãe de Estevão. Tem ciúmes de Sofia com Antônio e por isso faz de tudo para afastá-los.

Antonio (Miguel de Léon) – um belo homem de 35 anos, viúvo, casou-se com Mercedes. Pai de Sofia e Estevão, bioquímico, não tem muito tempo para os filhos e para a esposa, pois dedica a maior parte do tempo realizando pesquisas no laboratório.

Bruno (Luis Roberto Guzmán) – rapaz órfão, de 24 anos. Quando era criança vivia nas ruas, mas se esforçou muito para mudar de vida. Apaixonado pela professora Angélica, Bruno muitas vezes é cúmplice das travessuras de Sofia e Afonso.

Matias (Arath de la Torre) – tem 27 anos e é casado com Elvirita, pai de Ricardo e Nayelí. Matias não é chegado a responsabilidades, foge como louco de qualquer trabalho e vive discutindo com sua esposa, principalmente quando é cobrado.

Estevão (Jesús Zavala) – menino de 9 anos, mimado e insuportável, faz da vida de sua meia irmã Sofia um verdadeiro inferno. A mãe, Mercedes, pensa que ele é um verdadeiro anjinho.

Ricardo (Diego González) – menino de 10 anos, gosta de jogar bola e vive sonhando em um dia sair nos jornais como um grande campeão. Gosta de Sofia, por isso tem uma certa implicância com Afonso.

Nayelí (Nora Cano) – menina de 7 anos, está sempre de bem com a vida. Irmã de Ricardo. Só fica triste quando seus pais Elvira e Matias discutem.

Ernestina “Tina” (Michelle Alvarez) – menina de 9 anos, se sente inferior, acreditando não ter nada de bom para oferecer aos outros. É amiga de Sofia e gostaria de um dia ser divertida como a amiga.

Pablo “Chuletão” (António Hernández) – menino de 9 anos, simpático e muito engraçado, vive comendo e esta sempre com fome.

Allison (Allison Lozano) – menina de 10 anos, gosta de fantasiar e amedrontar as crianças, fazendo histórias inocentes virarem assustadoras. Será envolvida pela malvada Helga.

Angélica (Jacqueline Bracamontes) – bela moça de 22 anos, desde que nasceu sempre foi dedicada à música. É ingênua e pensa que seu noivo Rogério é um príncipe encantado, mas aos poucos ela se desencanta e começa a interessar-se por Bruno.

Helga (Rosa Mariá Bianchi) – mulher muito má, faz de tudo para destruir a felicidade dos outros, utiliza-se inclusive de bruxaria. É inimiga de Aurélio e das crianças.

Aurélio (Héctor Ortega) – senhor de 80 anos, passou os últimos 10 anos fingindo-se de morto. Aproveitou este período para mudar seu modo de vida, seus valores e princípios, deixou de lado as coisas materiais e passou a aproveitar o seu dinheiro para divertir-se com as crianças.

Chon (Salvador Sánchez) – tem 58 anos. Mau humorado, é tio-avô de Afonso e fiel empregado de Aurélio. Com a aproximação das crianças com seu patrão ele ficará enciumado, pois nos últimos 10 anos ele foi a única pessoa próxima a Aurélio.

Teresa (Olivia Bucio) – mulher de 49 anos. Amargurada, se considera desprezível e insignificante desde que foi abandonada pelo marido. É meia irmã da malvada Helga e mãe de Ernestina.

Irene (Luz Elena Gonzáles) – moça bonita de 25 anos, é dançarina e coreógrafa. Não acredita no amor, mas quer ter um bom moço como Bruno ao seu lado. Envolve-se com Rogério, acreditando que ele lhe dará uma boa vida.

Rogério (Sebastián Rulli) – advogado de 28 anos, bonito e de caráter duvidoso, faz de tudo para se dar bem. É noivo da bondosa Angélica, mas não a ama.

Consuelo (Raquel Pankowsky) – bondosa senhora, mãe de Angélica, é extremamente possessiva pela filha. Tem muito medo que ela não faça um bom casamento.

Elvira (Roxanaa Castellanos) – tem 30 anos, é mãe de Ricardo e Nayeli, esposa do malandro Matias. Acredita que nasceu para ser alguém importante, participa de todos os sorteios que prometam qualquer prêmio.

Cão Achú – cachorrinho simpático e travesso. Muito inteligente e especial, foi um presente de Aurélio para Afonso e Sofia.

Réficus (Margarito) – duende de aparência horripilante. Tem a pele laranja, usa roupas azuis e carrega uma maleta de ferramentas. Está sempre a serviço da malvada Helga.


INTRODUÇÃO

Bruxas, magias e casas mal assombradas, com esses ingredientes, a produtora Rosy Ocampo, que vinha do sucesso de Cúmplices de um resgate, voltava ao horário infantil com o que aparentemente foi chamado de super produção: Alegrifes e rabujos.


RESUMO

Ao lado da casa onde mora a pequena Sofia há uma mansão que desperta a fascinação dos próprios vizinhos e de estranhos que chegam por lá. Segundo conta a lenda, esta sombria casa pertenceu a um milionário excêntrico chamado Aurélio Granados, morto há muitos anos, cujo espírito, afirmam alguns, ainda ronda a mansão.

Com uma madrasta ciumenta, um pai ausente e um irmão tedioso, Sofia já possui problemas suficientes. Mas, como curiosa que é, resolve investigar se é de fato verdade que existe fantasmas na mansão. Quando ela se depara com Chon, sua coragem enfraquece. Chon é um estranho sujeito que trabalhou como empregado de Aurélio e mora até hoje na casa.

Um incidente leva Sofia a entrar às escondidas na mansão. Ela tenta recuperar um de seus mais preciosos tesouros: a foto de sua mãe, falecida quando ela era apenas um bebê.

Além de levar alguns sustos na mansão, Sofia conhece uma pessoa maravilhosa, o pequeno Afonso, sobrinho neto de Chon, que acabara de chegar do interior. Sua avó o enviou para a cidade para que Chon o ensine a ser um homem de bem. Para grande espanto de Sofia e Afonso, Aurélio não está morto. Nos últimos dez anos ele tem se divertido muito assustando toda a vizinhança.

Aurélio passou toda a vida acumulando dinheiro, prestígio, aborrecimentos e desafetos, porém resolveu mudar sua maneira de agir e pensar, tornando-se um homem muito diferente, um coração especial, com os melhores sentimentos de uma criança. Ele encontra em Sofia e Afonso a alegria que estava buscando durante seus longos anos de reclusão. Para Aurélio, Sofia e Afonso são um par de “alegrifes”, uma palavra inventada por ele mesmo, com a qual designa as pessoas que desfrutam da vida e das brincadeiras, que nunca perdem as esperanças, que compartilham nas horas boas e ruins e que acima de tudo conservam o dom maravilhoso da surpresa e da inocência. E para identificar os não “alegrifes”, Aurélio tem outra palavra: “rabujos”, que são as pessoas que somente buscam as coisas materiais, que cultivam a inveja e o egoísmo, que estão atentos a tudo, menos à verdadeira felicidade.

Assim será o percurso desta história. Os “alegrifes” tratam sempre de conservar em seu coração os melhores sentimentos da infância, opondo-se aos valores e às atitudes negativas dos “rabujos”. A simplicidade contra a complicação, a honestidade contra a corrupção, a imaginação contra a limitação e a alegria contra a adversidade e o tédio. Aurélio, Sofia e Afonso viverão incríveis aventuras, que compartilharão com outras crianças do bairro: a pequena Nayelí e seu irmão Ricardo, Ernestina, Pablo e inclusive Estevão, o antipático irmão de Sofia.

Ao conhecer a história de cada uma das crianças, e o comportamento de seus pais, que estão se transformando em uns verdadeiros “rabujos”, Aurélio decide transformar sua mansão em um clube, onde todos, adultos e crianças, possam conviver e compartilhar a magia de serem “alegrifes”. E ele contará com o apoio de excelentes colaboradores: uma bela professora de música chamada Angélica, autêntica “alegrife” – que tem como noivo Rogério, um tremendo picareta e um consumado “rabujo”; e Bruno, o instrutor de educação física que conseguiu vencer por seus próprios méritos, pois foi criado sozinho nas ruas. Entre Angélica e Bruno surgirá um terno amor “alegrife”, mas que será posto a muitas provas.

A saúde de Aurélio fica fragilizada, em grande parte devido a chegada da malvada Helga, sua antiga esposa, que o odeia. Além de ser uma “rabuja”, Helga também é bruxa. Com a morte de Aurélio, Helga vê a oportunidade ideal para apoderar-se de tudo e apagar os sonhos que o velhinho deixou semeados no clube “alegrifes”. Mas a magia (ou a imaginação) que envolvia o lugar sobrevive, criando uma fantástica, emocionante e divertida luta de forças entre os “alegrifes” e os “rabujos”.

Para triunfar contra todas as artimanhas de Helga e seus “rabujíssimos” aliados, as crianças terão como principais armas a amizade, os valores familiares, a sinceridade, a competição sadia, a música, a alegria e o amor. Somente com espírito “alegrife” elas serão capazes de sair vitoriosas dos desafios, tramas e feitiços “rabujos”.


CURIOSIDADES

Eugenia Caduro, atriz que interpretava Mercedes, ficou grávida e teve uma gravidez de muito risco, por isso foi substituída por Cecilia Gabriela no meio da telenovela.

Luis Roberto Guzmán não convenceu como galã Bruno, e o par romântico de Angélica (Jacqueline Bracamontes) passou a ser Antônio (Miguel de León).

A telenovela foi um fiasco de audiência no México e em todos os países que foi exibida, menos no Brasil. Por aqui, Alegrifes e rabujos registrou média geral de 9,2 pontos de Ibope. Chegava muitas vezes a picos de 15 e não foi uma concorrente nada fraca para a telenovela A escrava Isaura da Rede Record, que também era um sucesso.


COMENTÁRIOS

A estreia foi das mais animadoras, uma audiência excelente e um recorde inédito, a venda de mais de 100 mil discos da novela só na primeira semana de exibição. Mas bastaram algumas semanas para que toda essa maluquice afundasse com o horário, devido à história sem pé nem cabeça.

“Alegrifes” e “rabujos” eram termos inventados para designar pessoas alegres e de bem com a vida, que fazem o bem, e pessoas ruins, amarguradas e vingativas, respectivamente. Mas diferente do que Rosy Ocampo imaginou, os termos não se popularizaram. Em pouco tempo, ela conseguiu ver o primeiro fracasso de sua carreira. Alegrifes e rabujos precisaria de sérias reformulações para continuar no ar, pois sua audiência estava inaceitável.

De olho nos grupos de discussão, Rosy percebeu que o público torcia o nariz para duas coisas. A primeira delas foi a saída do personagem Seu Aurélio, o personagem havia morrido, e depois desse acontecimento, as crianças perderam o interesse na novela. A solução foi radical, ressurgir com o personagem, alterando drasticamente o rumo de toda a história, ou seja, a novela era pra ter sido bem diferente.

O outro defeito apontado nos grupos foi Luis Roberto Guzmán, que tinha pela primeira vez uma oportunidade estelar em uma novela. As crianças não queriam Bruno, o personagem de Luis Roberto, como o heroi da novela. Pensaram em transformá-lo em um vilão, mas apenas o tiraram do centro da história. A saída foi recair esse heroi para Miguel de León, velho conhecido do público infantil, e que era o “heroi” perfeito para as crianças. Com isso, também os pares foram se modificando. A protagonista adulta, Angélica deixou de amar Bruno, e se apaixonou por Antonio. O resultado ficou constrangedor, pois Angélica e Antonio não tinham a menor química juntos, e o personagem Bruno ainda por cima virou cupido dos dois.

Dessa vez, as crianças foram escolhidas no concurso Código Fama (que também é produzido por Rosy Ocampo). Nesse programa, as crianças são avaliadas nos quesitos interpretação, dança e canto. E daí saiu todo o elenco. O ganhador foi Miguel Martinez, que viveu Alcachofra, o protagonista. María Chacón, a Chofis, também esteve entre os melhores colocados. Mas o elenco esteve horrível. As crianças não tinham carisma, interpretavam muito mal e nem de perto tiveram aquele brilho dos tradicionais protagonistas de Rosy Ocampo: Martin Ricca, Belinda ou Daniela Luján. Muitos apontam como motivo do fracasso da novela a ausência desses ídolos. Entretanto, Diego González e Allisson se destacaram dentro de Alegrifes e rabujos, ao ponto de serem chamados para protagonizar a seguinte novela de Rosy: Misión SOS.

Com isso, os melhores destaques acabaram vindo mesmo do elenco adulto. Hector Ortega, para começar, nunca teve um papel tão grande e tão popular. Jaqueline Bracamontes se saiu muito bem como Angélica. Esse era praticamente seu primeiro papel na televisão.

Anteriormente, ela só fez a personagem Leonela, nos flash backs da novela No limite da paixão. Por sua atuação, ela ganhou o prêmio TVyNovelas de melhor revelação feminina. Miguel de León, mais uma vez comprovou seu carisma junto ao público, vivendo Antonio. Apesar dos exageros, Rosa María Bianchi, que viveu a bruxa Helga, deixou sua marca na novela, compondo uma vilã de caricatura, extremamente malvada.

Mas ninguém se destacou mais que a dupla Matias e Elvira, vivida pelos engraçadíssimos Arath de la Torre e Roxana Castellanos. Um casal que vivia discutindo, e planejava ser rico, acabou roubando a cena. Desde o início estava claro que a participação deles seria grande (basta ver o crédito de Arath de la Torre na abertura da novela), mas chegou a um ponto que cansou um pouco, devido ao excesso de aparições. Salvo isso, os dois serão as melhores coisas dessa novela.

Em baixa, estiveram Eugenia Cauduro, Sebastián Rulli e Luz Elena González. Eugenia Cauduro estava se saindo muito bem vivendo a madrasta Consuelo. A intenção era que ela possivelmente viesse a se regenerar mais pra frente. Mas a atriz ficou grávida, e sua gravidez era de alto risco, o que a levou a abandonar a novela. Em seu lugar, entrou Cecília Gabriela, que teve uma participação bastante estranha. O personagem ficou um pouco sem rumo. Tanto que depois de um tempo, ela sai e retorna apenas para morrer. Quando Consuelo passa a ser vivida por Cecília, é notado o quanto a personagem fica mais malvada (talvez a intenção fosse repetir o sucesso da vilã Regina, que ela interpretou em Cúmplices de um resgate).

Sebastián Rulli e Luz Elena González eram os vilões juvenis, Rogério e Irene. Estavam tão apagados, que em meio a tantas mudanças, seus personagens acabaram sobrando. Eles simplesmente saíram da novela sem maiores explicações. Raramente foram citados após a conclusão da participação de seus personagens.

A ideia era muito chamativa, todas as crianças gostam de histórias de terror, talvez por isso Alegrifes e rabujos chamou tanto a atenção no início. Mas os efeitos especiais de gosto duvidoso, em um excesso de colorido, deixou tudo aquilo parecendo mais um circo que uma história de terror. Daí o final melancólico que teve.

A superioridade de Alegrifes e rabujos em relação a Cúmplices de um resgate esteve no fato de que a história sempre foi o fio condutor da novela. Não ficaram se apoiando apenas na música. Embora, no final, para variar, Rosy Ocampo terminou a novela com o tradicional show no Estádio Azteca. De tão tradicional, já não tem graça nenhuma. Até as situações são as mesmas, eles cantam um pouco e os protagonistas infantis viram namorados (cena essa que foi cortada pelo SBT aqui).

Por falar em música, vale comentar o tema de abertura da novela, que no México, quase levou um processo, já que era considerado um plágio da música Ragatanga (gravada pelo grupo Rouge). Realmente a música estava muito parecida, desde o ritmo até a letra. No Brasil, a música de abertura foi adaptada, assim como todas as músicas da trilha da novela.

Curiosamente, no México e na América Latina em geral, a novela teve audiências vergonhosas. No Brasil, a novela não fez o mesmo sucesso de Amy, a menina da mochila azul, mas também deu audiência. E além disso, não foi uma concorrente nada fraca para a Record, que apostou suas fichas em A escrava Isaura. Tanto é, que na maioria das vezes, Alegrifes e rabujos ganhou em audiência.

Assim como no México, vários produtos foram lançados com sucesso no mercado. Esses produtos foram o que garantiu a exibição da novela no Brasil, tendo em vista que anteriormente, ela até já havia sido vetada. Foi uma bela de uma surpresa para o SBT.

Amy, a menina da mochila azul


NOME ORIGINAL
Amy, la niña de la mochila azul

ESCRITORES
Rubén Galindo e Santiago Galindo

PRODUTORES
Rubén Galindo e Santiago Galindo

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
116

ANO DE GRAVAÇÃO
2004

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Amy, la niña de la mochila azul

INTÉRPRETE
Tatiana e Danna Paola

En un puerto muy pequeño que hay en medio de la bahía,
amarrado a un trozo de la orilla, el Bucanero va
navegando al ritmo de la brisa, persiguiendo estrellas amarillas,
con un nuevo sueño cada día que quiere hacer realidad.

Todos los secretos de este mar caben en un puño, déjame contarlos ya.
La niña de la mochila azul, como el cielo, azul como el mar.
La niña de la mochila azul, soy la chispa que te prenderá.

Noto que la Vieja Lola en la que viajaba Pancho Villa,
cuando se reúne la pandilla, echa otra vez a andar.
Donde cabe uno caben cuatro, yendo con Raúl, Neptuno y Gato,
persiguiendo el rastro del tesoro que vamos a encontrar.

Toco el cielo con los dedos cada vez que tus ojos negros vuelven a tocar mi pie.
La niña de la mochila azul, como el cielo, azul como el mar.
La niña de la mochila azul es la chispa que te prenderá.

En el manglar no hay problema, todo tiene solución,
no hay miedo, angustia ni pena que aguante otra vuelta más del reloj.
La niña de la mochila azul, como el cielo, azul como el mar.
La niña de la mochila azul, soy la chispa que te prenderá.


ELENCO

Danna Paola: Amy Granados

Eduardo Capetillo: Otávio Bitencurt

Nora Salinas: Emilia Alvarez Vega

Pedro Armendáriz Jr.: Mathias

Tatiana: Coral / Marina

Alejandra Meyer: Carlota

Lorena Herrera: Leonora Rivas

Geraldine Galván: Maria Lúcia

Nicole Durazo: Maria Paula

Alex Perea: Germano

Fabián Robles: Bruno

Alejandra Procuna: Minerva Camargo

Joseph Sasson: Raul

Carlos Speitzer: Adriano

Alejandro Tommasi: Cláudio

Sharis Cid: Angélica

Yolanda Ventura: Angélica (Substituta)

Maria Luisa Alcalá: Virgínia

Harry Geithner: César

Lucero Lander: Pérola

Isabel Molina: Mercedes

Raúl Padilla: Jerônimo

Manuel Valdés: Marcelo

Rosangela Balbó: Perpétua

Ricardo de Pascoal: Alberto

Christopher Uckermann: Orlando

Grisel Margarita: Carolina

Juan Verduzco: Romano

Álvaro Carcaño: Jacinto

David Ostrosky: Sebastião

Felicidad Aveleyra: Ana

Luis Fernando Torres: Walter

Levi Najéra: René

Raúl Sebastián: Inácio

Alejandro Speitzer: Toninho

Luciano Corigliano: Paulinho

Charly Alberto: Maciel

Ricardo Kleinbaum: Mauro

Moisés Suárez: Benito

Juan Carlos Flores: Fabiano

Julio Vega: Melésio

Roberto Ruy: Juvenal

Héctor Cruz: Roberto

Sandra Destenave: Graciela

Roberto Munguia: Ramiro

Jorge Ortin: Manuel


PERFIL DAS PERSONAGENS

Amy (Danna Paola) – filha adotiva do capitão Mathias. Amy é audaz, inocente e muito bonita. Veste-se como um menino, pois foi assim que o pai a criou. Vende colares e pulseiras, que ela mesma faz com conchinhas, para ajudar em casa. Amy sempre defende seus amigos e é capaz de tudo para vê-los felizes, mesmo que se meta em mil e uma encrencas.

Otávio (Eduardo Capetillo) – solitário e milionário que vive com a culpa de ter abandonado Marina, quando estava grávida, e agora luta para encontrar seu filho. A dor de ter perdido o amor de sua vida não lhe permite ser feliz.

Mathias (Pedro Armendáriz Jr.) – “O capitão”, como todos o chamam, é o pai adotivo de Amy. Ele a ama e sempre a viu como sua própria filha. Mathias é um homem honesto e nobre, e sempre justifica as travessuras de Amy e sua turma. Pescador de camarões, desde a morte de sua esposa passou a ter pavor do mar.

Coral (Tatiana) – morre no mar, durante um furacão, quando Amy era recém-nascida. É na realidade Marina, a mãe de Amy. Ela aparece como uma sereia, a quem Amy chama de Coral.

Carlota (Alejandra Meyer) – diretora do orfanato de São Felipe. Carlota é uma mulher amargurada, avarenta e ambiciosa. Utiliza o dinheiro das doações para as crianças em seu próprio benefício, comprando coleções de jóias. Tem voz de sargento e veste-se como uma militar.

Raul (Joseph Sasson) – garoto da capital que chega para morar no povoado, ele se encanta com Amy. Raul sempre luta pelo que quer, é muito valente e graças a Amy aprende a valorizar mais a sua família, especialmente seus pais. Junto com Amy viverá o primeiro amor.

Leonora (Lorena Herrera) – investigadora contratada por Otávio para encontrar o paradeiro de seu filho. É muito ambiciosa e mau caráter. Gosta de vestir-se elegantemente para que todos percebam que tem dinheiro. Alia-se a Cláudio para enganar Otávio.

Adriano “O gato” (Carlos Speitzer) – o Gato é um menino órfão, mas que na verdade fugiu de sua casa e mora no vagão da “velha Lola”, uma locomotiva abandonada. É inteligente e muito bom em matemática. Amigo de Amy, é um dos líderes da turma. Fascinado por aventuras, da noite para o dia se transformará no ilustre filho de um milionário.

Maria Lúcia (Geraldine Galván) – menina rica, caprichosa e vaidosa, que se sente superior a todo mundo. Maria Lúcia é inimiga de Amy e vive arrumando problemas para culpá-la.

Maria Paula (Nicole Durazo) – irmã de Maria Lúcia, Maria Paula é doce e bondosa, mas, devido a sua insegurança, finge ser como seus irmãos, pois tem medo de ser rejeitada. No entanto, ela não concorda com a maneira que tratam a turma de Amy.

Germano (Alex Perea) – membro da turma dos “Caçadores de Tesouros”. É encrenqueiro e rebelde. Falta-lhe orientação dos pais, pois na sua casa não há harmonia. É o melhor atleta e o pior aluno da escola.

Cláudio (Alejandro Tommasi) - pai de Paulinho e Germano, homem ambicioso e sem escrúpulos, não tem compaixão por ninguém. Cláudio engana Otávio para ficar com sua fortuna. Nada poderá deter sua voraz ambição de transformar-se no "“rei do camarão".

Bruno (Fabián Robles) – fiel amigo do capitão Mathias e padrinho de Amy. Bruno sempre defende os direitos de seus companheiros pescadores e também defende Mathias e Amy das críticas do povo. Está apaixonado pela professora Alma mas não se atreve a confessar, pois tem medo de ser rejeitado por não ter terminado o primário.

Emilia  (Nora Salina) – médica do povoado, dirige a clínica fundada por seu pai. É muito carinhosa e sempre se preocupa com seus pacientes. Emilia se apaixona por Otávio e luta para que seu amor possa se concretizar.

Minerva  (Alejandra Procuna) – empregada do conselho tutelar, vive ressentida com a vida. É órfã e foi muito maltratada por Carlota. Os pais de Minerva morreram quando ela ainda era mocinha. Perdeu sua infância, transformando-se em uma mulher amargurada, ressentida e ambiciosa. Minerva tenta separar Amy de Mathias para ficar bem com Carlota.

Angélica (Sharis Cid) – esposa de Fernando e mãe de Juliano. Angélica é uma mãe dedicada e disciplinadora, apesar de Fernando pedir para ela não ser tão dura. Ama os filhos e o marido e faria qualquer coisa por eles. Quando o marido fica paralítico ela vai trabalhar para sustentá-los e para arrumar dinheiro para a cirurgia de Fernando.

Virginia (María Luisa Alcalá) – dona do restaurante de Porto Esperança. Virginia é simpática e sempre está atenta a tudo. É uma mulher de caráter, sempre apoiou Manuel e seus netos. É apaixonada por Mathias.


INTRODUÇÃO

Um grande mérito de Rubén e Santiago Galindo, que pela primeira vez produziram uma novela. Mas no cinema, os dois já eram conhecidos, justamente com essa mesma história.

Rapidamente os furacões destroem cidades inteiras. A fúria dos ventos é capaz de levantar casas e torná-las como pequenos aviões de papel. Tão impressionante como a fúria, porém, é a calma e o silêncio que fica depois do furacão. Afinal tudo parece ficar imóvel, parece que o tempo para. No meio dessa calma, o capitão Mathias e sua esposa, Pérola, encontraram uma preciosa bebezinha flutuando no meio do mar. Embora Pérola e Mathias fossem felizes, o bebê deu um novo sentido em suas vidas. E assim, a batizaram com o nome de Amy.


RESUMO

Mathias, Pérola e Amy formavam uma família perfeita. Um dia estavam os três em alto mar, a bordo de um dos maiores barcos de Mathias, e de repente foram surpreendidos por uma terrível tormenta. Pérola escorregou e caiu no mar. Ao perceber que não teria como sobreviver, ela pediu a Mathias para sempre cuidar e proteger sua bebezinha.

Assim, Amy e Mathias ficaram sós. Desde então, Mathias jamais voltou a ser o mesmo, aquele grande pescador, o mais valente de Porto Esperança. Ele passou a ter grande temor do mar, um medo tão terrível que o impedia de sair novamente para pescar.

Pouco a pouco, Mathias foi perdendo tudo. Agora, o que possui é somente para comer e pagar o colégio de Amy. Cláudio, o terrível e inescrupuloso líder dos pescadores, quer tirar o único barco que restou a Mathias, o velho Bucanero.

Desde o acidente o Bucanero está ancorado próximo aos pescadores. Aos olhos de muitos, não passa de um monte de ferros flutuantes. No entanto, por incrível que pareça, Amy e o capitão Mathias aprenderam a ser felizes.

Amy tornou-se uma linda menina de oito anos. Deseja ser capitã, como seu querido pai. Para ajudá-lo, Amy recolhe conchas do mar e com elas faz colares que vende nas ruas do povoado e na praia. Quem não conhece Amy pode confundi-la com um menino, pois ela é travessa, atrevida e se veste como um marinheiro. Algumas pessoas sentem pena dela, outras a ignoram por não ter uma família comum e não morar em uma casa normal. Para Amy nada disso importa. A única coisa realmente importante é que ela e seu pai se amam.

O que Amy não sabe é que seu verdadeiro pai é Otávio Bittencourt, um nobre milionário que acabou de chegar ao porto com a esperança de encontrar o filho perdido há nove anos, durante o furacão. Otávio está com câncer e tem os dias contados. O filho, que ele pensa ser um menino, herdará a sua fortuna. Desesperado, Otávio se disfarça de palhaço na busca pela criança e conhece Amy. Os dois tornam-se grandes amigos. Otávio não imagina que na realidade a menina é sua filha.

Amy tem uma turma chamada Os caçadores de tesouros. Todas as tardes as crianças da turma fazem uma fogueira para escutar os relatos de Mathias. Assim ficam sabendo que em um lugar chamado A curva dos espíritos está enterrado um fabuloso tesouro Maia, e que ninguém conseguiu chegar até lá. Segundo a lenda, somente um nobre, de coração e espírito, montado em um corcel de ferro poderá chegar até o tesouro. Este nobre de coração é Raul, um menino que chega da capital dirigindo uma velha caminhonete que acabou ficando sem gasolina. Amy encontra uma alma gêmea, que anseia por aventuras. Aí nasce uma relação inocente e mágica.

Não muito longe do porto, numa pequena ilha, existe um imponente e pavoroso castelo, mais conhecido como Orfanato São Felipe. Lá vive uma mulher má, a temida Carlota. Ela é perversa e usa os órfãos como pretexto para obter dinheiro de pessoas caridosas. Ela utiliza o dinheiro para comprar joias, pois tem por objetivo possuir a maior coleção de jóias do mundo. Para evitar ser descoberta, Carlota se encarrega de botar medo nos meninos que moram no orfanato, com castigos severos. Mas Carlota tem um problema: para continuar recebendo donativos, terá que abrigar mais crianças. E assim ela passa a ficar de olho em Amy, uma menina cuja paternidade é duvidosa e o pai de criação tem problemas econômicos.

Graças a uma mensagem que os órfãos de São Felipe enviam em uma garrafa de cristal, Amy fica sabendo das intenções de Carlota. Desde então, a possibilidade de ser separada de seu pai vira um pesadelo. Para agravar a situação, Amy sabe que em São Felipe as crianças que não cumprem as regras de Carlota são presas em uma torre, sem comida.

Minerva, que agora é cúmplice de Carlota, quando criança também foi uma de suas vítimas. Ela é uma mulher amargurada, que passou a infância chorando trancafiada na torre mais alta do castelo esperando o dia em que um valente a resgatasse.. Ao chegar em São Felipe, Amy descobrirá que sua missão é lutar contra as maldades de Carlota. Ela terá a ajuda de Raul, da turma e de sua amiga Coral, uma linda sereia que a guiará ao longo de toda a história, indicando os “cinco caminhos de luz”. Cada um conduzirá a um universo mágico em que Amy encontrará o maior tesouro do mundo.


COMENTÁRIOS

Amy, a menina da mochila azul já pode ser considerada como uma das melhores novelas infantis que o SBT já exibiu. Conseguiu unir uma produção caprichada, um elenco afinado e o principal: uma história muito bem estruturada que uniu drama, aventura, comédia, em doses ideais.

O grande charme da história com certeza foram os vilões, cada um com sua função, todos muito bem delineados. A começar por Alejandra Meyer, que fez o tradicional papel de uma diretora de orfanato bem malvada, Alejandra Procuna, que viveu Minerva, também esteve muito bem. Do outro lado da história, a parceria de dois malvados: Cláudio, interpretado por Alejandro Tommasi e Leonora, a exuberante Lorena Herrera, também renderam ótimos momentos. Lorena Herrera, aliás, quase não esteve na novela. Já que os produtores, que também fazem um programa com pegadinhas, prepararam semanas antes de começar as gravações, uma brincadeira que ela considerou de muito mau gosto.

As crianças também se saíram muito bem. Claro, em especial Danna Paola, perfeita com sua Amy, sem ser uma criança irritante, ela era uma menina comum, e brilhou do início ao fim. E pensar que Daniela Aedo era a primeira opção. Carlos Speitzer, o Gato, também esteve muito bem com sua relação com Otávio, e muitas vezes centralizou a história.

Só quem parecia estar desmotivada com o papel era Nora Salinas. A impressão que dava é que ela fazia questão de mostrar em cena sua insatisfação com um papel tão fraco e sem graça. Frio como sempre, Eduardo Capetillo completa um dos casais mais sem química das novelas.

Cabe destacar a participação da apresentadora infantil e cantora Tatiana, que viveu Coral, a sereia que na verdade, era a mãe de Amy. Tatiana saiu-se bem, ainda que tenha sofrido um sério acidente durante as gravações. Devido as muitas horas em que ficava em baixo da água, ela teve uma paralisia facial, e ficou algumas semanas afastada da novela até seu rosto voltar ao normal.

Outro contratempo durante a novela, foi a saída da atriz Sharis Cid, que fazia Angélica, a mãe de Raul. A atriz se retirou porque foi convidada a participar do reality show Big Brother VIP. Em seu lugar, entrou Yolanda Ventura. Edith González participaria da novela, como um anjo, mas a atriz optou por protagonizar a novela adulta Mujer de madera e seu personagem foi riscado da trama.

Devido ao grande sucesso de Amy, a menina da mochila azul, Rubén e Santiago Galindo planejavam dar uma boa esticada na novela, já que a trama era responsável por levantar a audiência da novela anterior, o fracasso Alegrifes e rabujos. Mas Rosy Ocampo não permitiu (ela é diretora da área infantil da Televisa) para poder estrear logo sua novela: Misión SOS, que por sinal não conseguiu manter os índices de Amy. Nos últimos capítulos, Amy chegou a ser primeiro lugar de audiência no México, superando até mesmo as novelas da barra noturna do Canal de las Estrellas.

Aqui no Brasil, a novela também fez muito sucesso, tanto que até a Revista Veja deu destaque a história de Amy e seus amigos em suas páginas. O autor da novela Da cor do pecado, com quem Amy competia, chegou a comentar que estava impressionado com o desempenho da concorrência, e vários especialistas elogiaram a temática da novela. Amy, a menina da mochila azul também agradou como uma boneca, que vendeu bastante por sinal.

Apesar de tudo, um assunto pouco explorado na novela foi a proximidade entre Otávio e Amy, que era a filha que procurava. Os dois quase não tiveram muita relação durante a história. Mas, outro grande mérito desta trama foi ter sido uma novela que começou boa, mas ficou imperdível mesmo ao longo do tempo, e os últimos capítulos estiveram cheios de emoções. Souberam dosar fantasia e realidade, diferente de Viva às crianças, por exemplo.

Amy, a menina da mochila azul foi uma novela que não ofendeu o público com situações bobas ou absurdas, e ao mesmo tempo, não tomou o caminho muito depressivo das novelas infantis que envolvem meninas órfãs. Essa história conseguiu provar que ainda podem ser feitas boas novelas infantis.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Termos e definições de mídia

A lista a seguir fornece alguns termos e definições usados no desenvolvimento de cronogramas, objetivos e planos de mídia. Essa lista não é completa, mas contém os termos utilizados frequentemente, principalmente no meio televisivo.


AFILIADA À REDE
Estação que faz parte de uma rede maior e, assim, oferece programas em rede.

ALCANCE
Número de indivíduo (ou alguns casos, de lares) diferentes que foram expostos
a uma mensagens publicitária (ou programação) pelo menos uma vez. O alcance é quase sempre expresso por uma porcentagem da população.

ALCANCE EFICAZ
Percentual do público-alvo que foi exposto suficiente a um cronograma de propaganda para produzir algum tipo de mudança em seu comportamento (por exemplo, conhecimento, atitude ou decisão de compra).

APARELHOS DE USO
Número total de aparelhos de televisão ligadas em um programa durante determinado período de tempo (e/ou dia da semana). Esse termo costumava ser sinônimo de HUT (Households Using Television), mas devido ao crescente número de domicílios que assistem a diferentes programas ao mesmo tempo, os aparelhos em uso se referem apenas à TV em uso, e não aos domicílios.

AUDIÊNCIA
Lares ou indivíduos que assistem, leem, veem ou ouvem determinados veículos de mídia.

AUDIÊNCIA CUMULATIVA (Cume)
Essencialmente, é o mesmo que alcance. È a audiência líquida não duplicada de uma campanha (em um meio ou em uma combinação de meios). A audiência cume também é chamada de audiência não duplicada ou líquida.

AUDIÊNCIA FORA DE CASA
Público que é exposto a publicações e rádio (incluindo rádio de pilha e de carro) fora da sua casa.

CATV
Community Antenna Television Service. Veja televisão a cabo.

COBERTURA
Alcance de audiência em números.

CUSTO POR RATING POINT (C/RP)
Custo geral de compra de um ponto percentual de lares de TV (ou espectador individual). O custo é para um determinado período e para certo tipo de programa.

DAY TIME
Termo em inglês que se utiliza em programação ao falar do conjunto de emissões de programas difundidos desde as 7h30 às 18h00.

EXCLUSIVIDADES
Importante comprometimento monetário na compra de espaço ou tempo para permitir uma propaganda sem concorrentes.

FIRST-RUN SYNDICATION
Programas produzidos especificamente para um mercado. São programas originais. Veja Syndication.

FREQUÊNCIA EFICAZ
Número total de exposições necessárias para produzir uma mudança no público-alvo (ou mercado alvo).

ÍNDICE
Sistema desenvolvido para oferecer ao anunciante e profissional de marketing informação sobre algo ligado a um número-base. Em um índice, o número-base geralmente é 100, que simboliza uma média. Tudo que estiver acima de 100 (101 ou mais) está acima da média, e tudo abaixo de 100 (99 ou menos) está abaixo da média. Os números indicam a proximidade em relação à média que está o item sob estudo.

LNA-BAR (Leading National Advertiser-Brodcaster Reports)
Fonte de pesquisa que fornece, mediante pagamento de uma taxa, informações e análises para redes de televisão e rádio. É uma boa fonte sobre gastos da concorrência.

PRIME TIME (ou horário nobre, no Brasil)
Termo em inglês que se utiliza em programação ao falar do conjunto de emissões que cobrem o principal horário noturno que corresponde à máxima audiência da televisão. No Brasil varia entre 18h00 e 00h00.

RATING
Termo em inglês que significa audiência. Representa o número (percentual) de pessoas que assistem um programa específico de televisão durante um certo período de tempo, ou de pessoas expostas a algum tipo de edição impressa.

REDE
Grupo de estações (duas ou mais) sob o mesmo contrato, ou propriedade, que transmite programas. As principais redes brasileiras são: Globo, SBT, Bandeirantes, Record e RedeTV!, algumas emissoras regionais são: CNT, Gazeta, MTV, Rede Vida, Shoptime e Shoptour.

SHARE
Termo em inglês que se traduz por quota. Se define como a porcentagem da audiência que cada emissora ou programa consegue em relação às outras emissoras.

SYNDICATION
Compra ou venda de programas em uma base original. O mercado syndication inclui mais de 200 mercados de TV.

TELEVISÃO A CABO
Sistema de transmissão que distribui canais a lares individuais por meio de cabos coaxiais. As empresas a cabo frequentemente recebem sinais e os distribuem por satélite. Os programas distribuídos são reunidos por uma antena comunitária (CATV).

ZAPPING
Público de televisão comercial que muda de canal (em geral usa o controle remoto, embora isso possa ser feito manualmente) para evitar os comerciais. O zapping também ocorre quando o público-alvo grava um programa (ou seja, com o uso de um videocassete ou aparelho de DVD) e apaga os comerciais.

ZIPPING
Ocorre quando o público evita os comerciais ou propagandas em programas gravados (ou seja, fitas de vídeo ou outros dispositivos). O público “pula” o comercial utilizando a tecla fast-foward no controle remoto.