segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Teresa estreia no Canal de las estrellas


Hoje, 2 de agosto, às 18h00, o Canal de las Estrellas, no México, estreia Teresa, uma telenovela produzida por José Alberto Castro, com a adaptação de Ximena Suárez.

Esta será a quinta vez que roteiro original de Mimí Bechelani, será levado às telinhas, já que após a versão original, protagonizada por Maricruz Olivier e Luis Beristaín, em 1959, segui-se mais quatro adaptações: em 1965, na TV Tupi, no Brasil, protagonizada por Georgia Comide e Walmor Chagas; em 1967, protagonizada por Pituka de Foronda e Guillermo Zetina; em 1989, protagonizada por Salma Hayek e Rafael Rojas, e essa, de 2010, protagonizada por Angelique Boyer y Aarón Díaz; isso sem contar a versão cinematográfica, realizada em 1961 que novamente levou Maricruz Olivier, dessa vez às telonas, no papel de Teresa, acompanhada por grande parte do elenco original da telenovela.

Conta-se que a versão brasileira, adaptada por Walter George Durst e exibida entre 11 de janeiro a 30 de março de 1965, às 20h00, com a direção de Geraldo Vietri, foi a primeira a telenovela brasileira que deu mostras de seu poder de mistificação sobre o público, visto que quando Geórgia Gomide, ao chegar à Praça do Patriarca, centro de São Paulo, para se apresentar no programa de Luiz Ayala, locutor da rádio Tupi, foi agredida e insultada por uma telespectadora inconformada com as maldades de sua personagem. Como consequência, teve o rosto machucado e não pôde gravar o capítulo do dia seguinte.

Além de Geórgia Gomide, no papel de Teresa, que recebeu o Troféu Imprensa de melhor atriz em 1964, a versão brasileira contou com a estreia de Walmor Chagas (José Antônio) e as atuações de Luís Gustavo (Mário), Rildo Gonçalves (Heitor), Marisa Sanches (Luísa), Maria Célia Camargo (Joana), Percy Aires (Armando), Lisa Negri (Aurora), Guiomar Gonçalves (Conceição), Néa Simões (Josefina), Xisto Guzzi (Fabiano), João Monteiro (Romeu), Rita Cléos, Sérgio Galvão, entre outros.

Agora, interpretada por Angelique Boyer, em seu primeiro papel protagônico, a nova versão mexicana de Teresa contará com as atuações de Aarón Díaz, Sebastián Rulli, Ana Brenda Contreras, Cynthia Klitbo, Isabela Camil, Silvia Mariscal, Arlette Pacheco, Alejandro Ávila, Gloria Aura, Jessica Segura, entre outros.

Já se passaram vários anos desde que se criou a história, mas a vaidade e a avareza de Teresa não mudaram, nem saíram de moda, porém, agora, as ambições são diferentes e se concentram no que há de mais inovador em se tratando de tecnologia, desde o celular ao computador mais caros, além das viagens.


RESUMO

Teresa nasceu pobre e não soube aceitar essa realidade. Seus pais a apoiaram para que estudasse e se superasse, seguros de que com uma carreira sua filha melhoraria seu nível cultural e econômico. Quem também a apoiou foi Mariano, seu primeiro amor e o único homem a quem Teresa amaria, mas a seu modo.

Graças à uma bolsa de estudo, Teresa consegue terminar o ensino médio em um dos colégios mais caros do país, onde sempre foi rodeada de gente de muito dinheiro, que ignoram sua verdadeira condição financeira.

Também nesse colégio, Teresa conhece Paulo, e acredita que com ele terá seu futuro assegurado. Apesar de ser egoísta, e considerando que Mariano sempre será seu e de mais ninguém, certa de que ele também jamais poderá se apaixonar por outra, Teresa o deixa após três anos de namoro, e se deslumbra com o dinheiro de Paulo, visto que ele é um partido melhor.

Porém, no dia de sua graduação, Paulo descobre que Teresa vive em um cortiço, com seus pais e uma irmã. Ele se sente traído e enganado e, assim, decide terminar sua relação com ela, não sem antes expô-la ao ridículo diante de todos, desmascarando-a com a ajuda de Aída, outra de suas companheiras de classe. Paulo, se esquece do compromisso matrimonial do qual haviam falado e tenta torná-la somente sua amante, Teresa rejeita a proposta e ele, por despeito, torna-se namorado de Aída.

Magoada, Teresa jura que se vingará deles e que nunca mais voltará a ser pisoteada, que conseguirá tudo o que quiser, sem se importar com a forma e com o preço que terá que pagar.

Pouco tempo depois, Teresa recebe uma importante oferta de estudos e trabalho por parte de seu professor, o prestigiado advogado Arturo de la Barrera, que se oferece para cobrir todos os gastos de sua carreira em troca de que ela se dedique por completo aos estudos e que trabalhe para ele.

Teresa aceita a proposta de seu professor e começa a estudar e trabalhar para ele, além de conquistá-lo sutilmente, porém fingindo não se dar conta dos sentimentos que tem despertado nele. Ao mesmo tempo, reata sua relação com Mariano já que morre de ciúmes ao descobrir que sua amiga Aurora, uma milionária, havia se apaixonado por ele.

Apesar de Mariano se opor ao trabalho de Teresa, pensando que as intenções de seu professor não são boas, ela, como sempre, utiliza todos seus encantos para convencê-lo a fazer o que ela quiser.

Tudo parece estar caminhando perfeitamente para Teresa, até que um dia, Rosa, sua irmã mais nova, morre subitamente devido a uma enfermidade do coração. Para Teresa isso se torna um golpe muito forte que nunca deixa de atribuí-lo à falta de dinheiro. Assim, jura diante de sua irmã morta que nunca voltarão a sofrer na pobreza.

Teresa continua seus estudos, mas a relação com Mariano atravessa muitos conflitos e termina por se desgastar. Enquanto isso, ela fortalece sua relação, cada vez mais próxima, com o professor, que graças ao suposto amor de Teresa, consegue se recompor da decepção amorosa que sofreu por parte de sua ex-noiva Elizabeth, que o deixou plantado no dia de seu casamento.

Teresa, não disposta a esperar que Mariano, o amor de sua vida, construa uma carreira e junte dinheiro a longo prazo, decide que Arturo é quem mais lhe convém. Fingindo que seus pais não a amam e, inclusive a maltratam, Teresa consegue que Luisa, a irmã de Arturo a leve para morar na casa dos De la Barrera.

Vivendo aí, Teresa enlouquece de amores o professor, que deseja confessar seus sentimentos, mas se contém, pois prometeu ao pai de Teresa que esperará que ela deixe de ser sua aluna. Mais uma vez, Teresa despreza seus pais e quer se desligar deles por completo, já que somente a expõem ao ridículo.

Refugio, sua mãe, já esperava essa reação pois nunca deixou se enganar com o modo de ser de Teresa, mas Armando, seu pai, cai em uma profunda depressão, pois adorava sua filha e havia se sacrificado por ela, até ir para a prisão.

Justamente quando Teresa obtém seu novo título, e conta com relações suficientes para exercê-lo, desejando se casar com Mariano, termina com ele para aceitar Arturo que trata de impulsionar sua carreira e levá-la a Europa para uma temporada, para resolver uns assuntos internacionais que a trarão mais prestígio.

Quando está pronta para aceitar a proposta de Arturo, Teresa conhece Fernando, o pretendente de Luisa, um jovem rapaz, bonito e multimilionário, descendente de uma nobre família e com a possibilidade de levá-la a um mundo ainda mais sofisticado.

Assim, mais uma vez, Teresa decide desprezar Arturo e conquistar ao noivo de sua melhor amiga, que tem mais dinheiro e poder. Teresa abandona a casa dos De la Barrera e faz com que Fernando acredite que Arturo havia tentado violá-la e, por fim, consegue conquistá-lo, torna-se sua namorada, mas continua amando Mariano, decidida a não deixar que Aurora se aproxime dele.



ELENCO

Angelique Boyer: Teresa

Aarón Díaz: Mariano

Sebastián Rulli: Arturo

Ana Brenda Contreras: Aurora

Margarita Magaña: Aída

Alejandro Nones: Paulo

Silvia Mariscal: Refugio

Juan Carlos Colombo: Armando

Cynthia Klitbo: Juana

Fernanda Castillo: Luisa

Manuel Landeta: Rubén

Dobrina Cristeva: Mayra

Felicia Mercado: Genoveva

Fabiola Campomanes: Esperanza

Juan Diego Covarrubias: Julio

Juan Sahagún: Ramón

Óscar Bonfiglio: Héctor

Daniela Torres: Vera


A seguir, algumas fotos do elenco em sua apresentação oficial realizada dia 29 de julho, ao som de Gloria Trevi, interpretando Esa Hembra es Mala, tema de abertura da telenovela.

domingo, 1 de agosto de 2010

TV Brasil apresenta A oitava cor do arco-íris

A TV Brasil exibe neste domingo, 1° de agosto, o filme brasileiro A oitava cor do arco-íris, de Amauri Tangará. O longa-metragem tem grande importância para o cinema de Mato Grosso, pois trata-se do primeiro filme do estado do centro-oeste brasileiro. Seus produtores, perseverantes, começaram a rodá-lo em 2002, com 150 mil reais. A verba não foi suficiente e as filmagens foram paralisadas. Só em 2003, com o apoio da lei de incentivo à cultura, os trabalhos puderam ser concluídos. A finalização, sob as asas do Ministério da Cultura, só aconteceu em janeiro de 2004.

A história de A oitava cor do arco-íris, contada em 80 minutos, inicia-se na pequena Vila de Nossa Senhora da Guia, no interior do Mato Grosso do Sul, a 30 quilômetros de Cuiabá. Lá vive Joãozinho (Diego Borges), um menino criado pela avó Didinha depois que seu pai desapareceu num garimpo, na região de Poconé, e sua mãe virou prostituta, em um bordel de Várzea Grande. Adoentada e sem poder andar, a velha sustenta o neto com a mísera aposentadoria que recebe e o leite de uma cabrita de estimação, Mocinha.

Uma noite, Joãozinho desperta com as orações de sua avó pedindo a Deus que a leve, pois não suporta mais as dores que sente e a falta de condições para comprar remédios que a aliviem seu sofrimento. Ao ouvir isso, o menino toma uma importante decisão: vender Mocinha, o único animal de estimação que possui e, com o dinheiro, comprar os remédios que sua avó necessita.

Clandestinamente ele leva a cabrita para a capital, sem conhecer nada nem ninguém. Ali descobre o lado duro de uma cidade grande, que contrasta com sua ingenuidade de menino nascido e criado no bucolismo saudável de uma pequena vila. Joãozinho, em suas aventuras urbanas na capital mato-grossense, lida com os mais variados tipos de situações e de pessoas: uns lhe são benevolentes, alguns o desprezam e outros lhe fazem crueldades.

Ninguém quer Mocinha e Joãozinho se desespera, tendo visões com a avó doente. Ele continua sua saga comercial até que uma simpática família decide ficar com o animal. O comprador prende Mocinha em seu quintal e sai para passear com a família. Neste momento Joãozinho descobre o verdadeiro valor de Mocinha: incalculável.

A história tem bom coração e seus criadores aproveitaram o tema para explorar a arquitetura de Cuiabá, seus pontos turísticos e mostrar como o povo pode ser acolhedor. No entanto, a ingenuidade de menino não é páreo para o lado amargo da metrópole, que prova ser um desafio muito maior do que ele poderia enfrentar sozinho.

A oitava cor do arco-íris é um filme melodramático em alguns momentos, como na linha musical condescendente que sempre acompanha o garoto Joãozinho. O filme é bem realizado e esquemático, utiliza uma trilha sonora mais caipira para os cenários rurais e o rock and roll de guitarras distorcidas para o ambiente urbano. A interpretação dos atores, todos desconhecidos, é meio dura, meio decorada, meio teatral, porém, simpática.

Segundo Tangará, Nossa Senhora da Guia foi escolhida como parte do cenário para caracterizar bem o sentimento de solidariedade, típico do brasileiro. Hoje muito empobrecida, a vila foi a única via de ligação entre a capital e o norte do Estado de Mato Grosso. Atualmente, seu patrimônio histórico é representado por meia dúzias de casarões estilo colonial, uma capela centenária e uma ponte de ferro, fabricada na Inglaterra e montada, na década de 1920, sobre rio Bandeira, um dos afluentes do Cuiabá. Recuperada há pouco mais de 10 anos, essa ponte é a sua única atração turística. O que há de mais encantador por lá é sua gente pacata e simples, mas que preserva os ritmos e o linguajar dos tempos antigos.

O interessante é que a realidade da vida e do mundo é representada da maneira mais abrangente, por isso, mais realista: inclui a bondade, a maldade e a indiferença. Amauri Tangará, que também assina o roteiro, revela-se bem maduro nessa visão, o que põe no chinelo filmes e obras literárias que defendem a visão mais pessimista da realidade, mostrando apenas os seus aspectos mais negativos, e ainda pretendem ser realistas.

Para muitas cabeças modernas e sofisticadas, o filme pode ser algo detestável ou simplesmente desprezível, não-concorrente para que se dê valor sério a uma obra. Mas as inteligências desarmadas e as sensibilidades sem malícia saberão apreciar a obra de Tangará.

A produção tem o seu valor: não apresenta a cor local moderna, com ênfase contundente na miséria e na violência, mas embeleza-se da cor local tradicional. Apesar dos seus defeitos, se cada estado produzisse um longa por ano, o cinema brasileiro atingiria outro patamar.

Corações feridos inicia gravações


Após a Televisa produzir o remake de A mentira, intitulado Cuando me enamoro… se detiene el tiempo, é a vez do SBT realizar sua própria versão, a chamada Corações feridos, em parceria com a rede mexicana.

Nesta segunda, 02 de agosto, o início da produção será marcado com a cena de uma festa no cenário de uma mansão fictícia. Além dessa, estão previstas, ao longo da semana, tomadas nas cidades de Cabreúva e Quadra, no interior do estado de São Paulo.

Ao contrário de outras produções recentemente realizadas, a marca desta será a economia nos gastos: além de menor, a trama tem orçamento enxuto: 90% de seu elenco é composto por atores desconhecidos, e será toda gravada em estúdio, nada de cidade cenográfica, pois deverá ter algumas cenas na cidade de Tatuí, interior de São Paulo, numa fazenda de café.

Outra medida para conter despesas na produção é a escalação de atores que residam em São Paulo, para evitar arcar com ponte aérea e hotel durante as gravações. Será uma obra fechada, com número restrito de personagens, priorizando o indispensável. Tudo está dentro de um planejamento já definido pela casa.

Para começar, serão 100 capítulos pré-estabelecidos e, com lançamento previsto para novembro, a telenovela pode estrear totalmente gravada. Como uma telenovela de 200 capítulos leva em média seis meses de gravações, é fato que, quando estrear, Corações feridos já estará praticamente fechada.

Substituindo Canavial de paixões, que será exibida após o término de Uma rosa com amor, possivelmente a nova trama ocupará a faixa das 20h00 na grade de programação da emissora.

Adaptada por Iris Abravanel, e dirigida por Del Rangel, Corações feridos terá em seu elenco Patrícia Barros, Cynthia Falabella, Flávio Tolezani, Paulo Zulu, Antônio Abujamra, Jacqueline Dalabona, Elaine Mickel, Bruno Giordano, Paulo Coronato, Ronaldo Oliva, Iara Jamr, Elisabeth Hartmann, Victor Pecoraro, Patrícia Salvador, Lívia Andrade, entre outros.

Clássicos internacionais e suas versões à mexicana

No mundo das telenovelas não existem fórmulas nem garantias para que um produto que se apresente ao espectador tenha êxito. No entanto, alguns produtores se propuseram a fazer telenovelas que no passado foram bem aceitas pelo público, pelo que hoje em dia vivemos na era do famoso remake.

Talvez isto se deva à falta de escritores no México ou talvez à pouca oportunidade que eles têm; o certo é que, desde 1960, várias das histórias que os mexicanos veem em sua televisão são importadas de países como Venezuela, Colômbia, Argentina ou até mesmo do Brasil.

Em 1969, na Argentina, realiza-se pela primeira vez Muchachita italiana viene a casarse, com Alejandra de Paisano e Rodolfo Ranni. Em 1971, este hit chega ao México com Angélica María, junto a Ricardo Blume. Em 1987, o êxito se repete com as participações de Victoria Ruffo e Juan Ferrrara, outra vez com um resultado satisfatório, em Victoria.

À Argentina deve-se também uma das histórias mais extensas e vistas pelos espectadores: El amor tiene cara de mujer, que, primeiramente viu a luz na cidade dos ches em 1964 e durou oito anos. No México, realizou-se em três ocasiões: a primeira em 1971, com a participação de Silvia Derbez, Irma Lozano, Irán Eory e Lucy Gallardo; a segunda, que levou o nome de Principessa e foi protagonizada por Irán Eory, Angélica Aragón e Cecilia Camacho, em 1984; e a terceira, que foi uma co-produção da Televisa com a Argentina e que retomou o nome original com atrizes de ambas nacionalidades: Laura Flores, Thelma Biral, Laura Novoa, Marisel Antonione e Marita Ballesteros.

O clássico venezuelano de 1972, La usurpadora, chegou ao México com o nome de El hogar de yo robé, protagonizado pela atriz Angélica María no ano de 1981, para depois receber uma nova versão em 1998 com seu nome original e com um elenco encabeçado por Gabriela Spanic e Fernando Colunga. O interessante desta última é que a protagonista veio do país em que se originou a história.

Também em 1972, novamente a Venezuela volta a dar o que falar com Esmeralda, interpretada por Lupita Ferrer junto de José Berdina. Em 1984, o país retoma a história com o nome de Topacio (Topázio), com Grecia Colmenares e Víctor Cámara. Foi em 1997, quando o produtor Salvador Mejía fez sua versão de Esmeralda, desta vez, protagonizada por Leticia Calderón e Fernando Colunga.

Em 1974, os mexicanos produzem Mundo de juguete, uma história argentina, produzida originalmente em 1962, com este mesmo nome. Antes dos mexicanos, ainda a Argentina voltaria a reproduzir a história, em 1973, com o nome de Papá corazón; o Peru também realiza sua versão neste mesmo ano. Já em 1976, é a vez do Brasil produzir Papai coração, pela TV Tupi; novamente em 1986, seu país de origem, a Argentina, volta com a mesma história, dessa nomeada Mundo de muñeca. Em 1990, é a vez da Venezuela realizar uma minissérie com 38 capítulos baseada no roteiro, chamando-a de Muñeca. Novamente no ano de 2000, os mexicanos reproduzem a história, agora, intitulada Carita de ángel (Carinha de anjo), com as participações de Daniela Aedo, Miguel de León e Lissete Morelos, se tornando um verdadeiro hit entre as crianças.

O clássico Colorina nasceu no Chile em 1977 e foi todo um êxito. Em 1980, o sucesso se repete no México, agora, protagonizado por Lucía Méndez e Enrique Álvarez Félix. Em 2001, o produtor Juan Osorio retoma o roteiro para fazer sua versão que recebe o nome de Salomé, tendo como protagonistas Edith González e Guy Ecker, no entanto a audiência não foi tão favorecida quanto se esperava.

Em 1965, o Brasil estreia A indomável, que chega ao México em sua versão local em 1987. Com o nome de La indomable, contou com as participações de Leticia Calderón e Arturo Peniche e foi um grande sucesso, tornando-se uma das telenovelas mais queridas pelo público mexicano. Em 1999, o produtor Nicandro Díaz a reapresenta com o nome de Alma rebelde e foi um tremendo fracasso.

Ainda da Argentina se trouxe a terna história de Carrusel (Carrossel), que viu a luz em 1965 na Argentina, com o nome original de Jacinta Pichimahuida. Foi tão boa que no ano de 1975 repetiram a dose com o nome de La maestra que no se olvida. Devido à candidez da temática faz-se novamente um remake em 1983, com o nome de Señorita maestra. Os produtores mexicanos puseram os olhos na história e, em 1989, a realizaram com o nome de Carrusel (Carrossel), onde participaram Gabriela Rivero, Ludwika Paleta e Armando Calvo. Novamente em 2002, a história se repete, e, desta vez leva o nome de Vivan los niños (Viva às crianças - Carrosel 2), com Andrea Legarreta e Eduardo Capetillo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Biografia de Fernando Colunga


INTRODUÇÃO

Fernando Colunga Olivares nasceu em 03 de março de 1966 na Cidade do México, México. Filho único do engenheiro Fernando Colunga e de Margarita Olivares, dona de casa, é um grande ator; todas suas telenovelas se tornam um tremendo sucesso, o que lhe atribui o título de maior galã do México e o torna o ator mais cotado para as tramas de televisão deste país.


SUA HISTÓRIA

Fernando Colunga nunca foi um garoto prodígio da interpretação; de fato, seus interesses abrangeram diferentes áreas e, antes de se tornar ator, se dedicou a muitos outros trabalhos. Além de ser formado em engenharia civil, entre outras coisas, também se dedicou à administração de empresas, à venda de automóveis, à uma loja de ferragens e a um trabalho como barman.

Seu primeiro contato profissional com o mundo do cinema não se estabeleceu pelos caminhos mais habituais, visto que começou trabalhando como dublê em certas produções mexicanas. Além disso, tornou-se popular ao participar da versão mexicana da Vila Sésamo, além de programas como La telaraña, Hora marcada e Todo de todo.

Em 1988, trabalhou como dublê de Eduardo Yáñez na telenovela Dulce desafío e, rapidamente, se deu conta de que ser ator era sua paixão, antes disso já havia tido pequenas aparições em La pobre señorita Limantur, de 1985 e em El carruaje, de 1987, como dublê. A partir daí optou por iniciar uma carreira profissional neste âmbito e se matriculou no Centro de Educación Artística da Televisa no ano de 1990.

Já em 1990, atua em Cenizas y diamantes e, um ano depois, em Madres egoístas e Alcançar uma estrela II. Em 1992, aparece em Maria Mercedes, protagonizada pela bela atriz Thalía.

Em 1994, Fernando Colunga é convidado para participar da série Mujer, casos de la vida real, e logo Carla Estrada o chama para se integrar ao elenco da telenovela Más allá del puente, com María Sorté. Neste mesmo ano obtém um papel em Marimar, novamente ao lado de Thalía e estreia o filme Bésame en la boca, com a cantora Paulina Rubio.

Em 1995, atua em Alondra, mais uma produção de Carla Estrada, e, neste mesmo ano, consegue seu primeiro papel protagônico ao lado de ninguém menos que a própria Thalía, em Maria do bairro, dando vida à Luis Fernando de la Vega, personagem com o qual Fernando passou a ser reconhecido em vários países. Sua participação em Maria do bairro não somente lhe traz sucesso, mas também, seu romance com a atriz e cantora, um caso de aproximadamente um ano que ambos confirmaram mas não deram maiores detalhes.

Em 1997, protagoniza Esmeralda, ao lado de Leticia Calderón, dando vida à José Armando, um jovem médico que se apaixona pela pobre camponesa cega. Com esta telenovela, Colunga se lança ao estrelato em centenas de países, inclusive em lugares distantes como Indonésia e República Checa e, recebe seu primeiro prêmio TVyNovelas, como Melhor ator protagônico do ano.

Em 1998, Fernando protagoniza A usurpadora, junto da famosa atriz venezuelana Gabriela Spanic e de atores como Libertad Lamarque, Juan Pablo Gamboa, Chantal Andere, Alejandro Ruiz, Enrique Lizalde, Dominika Paleta, entre outros. Nesta telenovela, o ator interpreta Carlos Daniel Bracho, um homem que ignora que a usurpadora, Paulina, ocupa o lugar de sua mulher Paola, sob chantagem desta. A telenovela teve uma sequência que se chamou Más allá de la usurpadora.

Em 1999, sobe ao palco pela primeira vez para atuar na peça teatral Pecado no original, ao lado de Chantal Andere, interpretando Bill e Jenny, respectivamente, em uma matrimônio infeliz, em processo de dissolução. Ainda neste ano, Colunga protagoniza Nunca te olvidaré, ao lado de Edtih González, que interpreta a órfã Esperanza que, aos dez anos, vai morar na casa de Antonio Uribe e Consuelo, pais de Luis Gustavo, interpretado por Fernando. Os dois jovens se apaixonam imediatamente, mas Consuelo não aceita a relação e manda seu filho estudar na Europa. Para este papel, Colunga não somente se prepara para atuar como também fisicamente, com uma dieta estrita e várias horas de academia. Ainda em 1999, participa da minissérie Cuento de Navidad.

Em 2000, começa a gravação da telenovela Abraça-me muito forte, do produtor Salvador Mejía. Sua parceira nesta ocasião é Aracely Arámbula, que também divide os cenários com Victoria Ruffo, César Évora e Nailea Norvind. Nesta trama, Fernando Colunga encarna Carlos Manuel Rivero, um jovem médico casado com a perversa Déborah, mas que se apaixona por María do Carmo. Este papel significa para Fernando um enorme êxito em sua carreira, pois com ele consegue o prêmio TVyNovelas como Melhor ator masculino do ano.

Após este papel, Fernando se distancia por um tempo das telenovelas e aproveita para estudar atuação e produção. Ainda assim, atua em Navidad sin fin, de 2001.

Em 2003, volta às telinhas para protagonizar um de seus papéis mais importante em Amor real, onde interpreta Manuel Fuentes Guerra, o filho bastardo de um rico fazendeiro, cuja mãe deixa o deixa nas mãos de seu pai para que receba uma boa educação. No entanto, somente recebe maltratos deste e, graças ao pároco do povoado, Manuel se torna um grande médico. Quando seu pai morre, Manuel é reconhecido legalmente como o herdeiro de todos seus bens. Nesta ocasião, conhece Matilde, interpretada por Adela Noriega, uma jovem aristocrata que, por sua vez, está comprometida com Adolfo, interpretado por Mauricio Islas, um pobre tenente.

Amor real se torna um enorme êxito no México e em todos os países onde é exibida, e, sem dúvida, é um dos papéis mais completos em que Fernando havia trabalhado até então. Graças a Manuel Fuentes Guerra, Colunga recebe, em 2003, outro prêmio TVyNovelas, como Melhor ator protagonista.

Após o enorme êxito de Amor real, Fernando toma um tempo para descansar, mas logo regressa a um gênero que o havia fascinado, o teatro. Junto de César Évora, adapta roteiros e coloca em marcha Trampa de muerte, obra com a qual realiza turnês por vários meses.

Em 2005, Colunga volta à televisão com Alborada, outra produção de época de Carla Estrada, em uma história ambientada no México do século 18. Protagonizando com Lucero, compartilha créditos com Valentino Lanús, Daniela Romo, Mariana Garza, Luis Roberto Guzmán, Vanessa Guzmán, Arturo Peniche, Irán Castillo e uma extensa lista de atores.

A telenovela não decepciona e não somente alcança uma boa audiência sendo exibida em horário nobre, mas também recebe os melhores elogios por parte da crítica. Além disso, o trabalho se vê compensado nos prêmios TVyNovelas, ao ser a telenovela mais galardoada, com os prêmios de Melhor telenovela e Melhor ator e atriz do ano para Fernando e Lucero, respectivamente.

Em 2007, o ator volta a protagonizar mais uma telenovela de época, Paixão, também produzida por Carla Estrada. Esta vez, compartilhando créditos com Susana González, Sebastián Rulli, Daniela Castro, Juan Ferrara, entre outros grandes nomes da teledramaturgia mexicana. Neste mesmo ano realiza o filme Ladrón que roba a ladrón junto de Miguel Varoni, Gabriel Soto, Sonya Smith e Saúl Lisazo.

Em 2008, protagoniza Amanhã é para sempre, ao lado de atores como Silvia Navarro, Lucero, Rogelio Guerra, Guillermo Capetillo, Dominika Paleta e María Rojo, entre outros. Telenovela esta produzida por Nicandro Díaz, onde Colunga interpreta Eduardo Juárez, um homem que, para se vingar de Bárbara Greco, interpretada por Lucero, muda seu nome para Franco Santoro.

Em 2010, Fernando Colunga participa de Soy tu dueña, onde divide cenários com Lucero, Gabriela Spanic, David Zepeda, entre outros. Esta produção de Nicandro Díaz narra a história de Valentina, interpretada por Lucero que, após ser abandonada no altar, deixa de ser uma jovem doce, justa e sensata para ser uma mulher fria, arbitrária e cheia de amargura, jurando para si mesma que jamais voltará a se apaixonar. No entanto, ao se distanciar e ir viver na fazenda Los cascabeles, conhece José Miguel, interpretado por Colunga, que se apaixona imediatamente por ela, por sua beleza e por seu gênio difícil. Apesar de todos os obstáculos, Valentina e José Miguel lutam contra o orgulho e a fortaleza que construíram ao redor de seus corações até que Valentina seja a dona de seu amor.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2010 - Soy tu dueña (José Miguel)
2008 - Amanhã é para sempre (Eduardo/Franco)
2007 - Paixão (Ricardo “Antilhano”/Diego)
2005 - Alborada (Luis)
2003 - Amor real (Manuel)
2000 - Abraça-me muito forte (Carlos Manuel)
1999 - Nunca te olvidaré (Luis Gustavo)
1999 - Más allá de la usurpadora (Carlos Daniel)
1998 - A usurpadora (Carlos Daniel)
1997 - Esmeralda (José Armando)
1995 - Alondra (Raúl)
1995 - Maria do bairro (Luis Fernando)
1994 - Más allá del puente (Valerio)
1994 - Marimar (Adrián Rosales)
1992 - Maria Mercedes (Chico)
1991 - Alcançar uma estrela II
1991 - Madres egoístas (Jorge)
1990 - Cenizas y diamantes
1988 - Dulce desafío
1987 - El carruaje
1985 - La pobre señorita Limantur (Francisco)

MINISSÉRIES

2002 - Navidad sin fin (Pedro)
1999 - Cuento de Navidad (Jaime)
1993 - Marianela (Pablo)

FILMES

2007 - Ladrón que roba a ladrón (Alejandro)
1999 - La cenicienta
1995 - Bésame en la boca (Arturo)
1995 - Esclavos de la pasión
El mar
Fuenteovejuna
Los hijos del sol
El primo Basilio

PEÇAS TEATRIAIS

2003 - Trampa de muerte
1999 - Pecado no original
1999 - Un engaño no hace daño

SÉRIES

2003 - XHDRBZ “La hora Derbez” - Una de lobos (José)
1994 - Mujer, casos de la vida real - Te olvidaré
1986 - La telaraña
Plaza sésamo


SEUS PRÊMIOS

PRÊMIOS PEOPLE EN ESPAÑOL

2009 - Melhor casal com Silvia Navarro (Amanhã é para sempre)

PRÊMIOS TVYNOVELAS

2006 - Melhor ator protagônico (Alborada)
2004 - Melhor ator protagônico (Amor real)
2001 - Melhor ator protagônico (Abraça-me muito forte)
1998 - Melhor ator protagônico (Esmeralda)

PRÊMIOS JUVENTUD

2007 - ¡Qué actorazo! (Ladrón que roba a ladrón)

PRÊMIOS ACE

2004 - Melhor ator de televisão cênica (Amor real)
2001 - Melhor ator de televisão cênica (Abraça-me muito forte)

PRÊMIOS EL HERALDO DE MÉXICO

2000 - Melhor ator protagonista (Abraça-me muito forte)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mulheres assassinas - Ana, corrosiva


DATA
29/07/10

HORÁRIO
22h50

CANAL
Rede CNT

COM
Cecilia Suárez, Julio Bracho, Verónica Jaspedo, Anna Fomina, Patricia Roque e Gastón Peterson

RESUMO
Após submeter-se a uma cirurgia para corrigir uma pequena lesão, Ana conhece Martín, médico cirurgião plástico que, além de lhe operar, segue cuidando de todos os detalhes do seu trabalho.

Ele é jovem e sedutor e essas características chamam a atenção da bela Ana que consegue, assim, atrair o jovem médico para uma relação mais forte e ardente.

Acontece que, desde o início, a relação passa a ter muitas desigualdades, já que Martín mantém um compromisso com outra mulher. A frustração toma conta da mente de Ana que, sem pensar duas vezes, arma seu plano de vingança que é algo extremamente macabro.

Após tanto engano e humilhação, ela derrama no corpo de Martín um frasco de ácido sulfúrico, enquanto ele dormia. A vítima sobrevive, porém perde várias partes de seu corpo. Ana, julgada culpada, será sentenciada a 15 anos de prisão.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O que mais desagrada em uma telenovela latina?

Confira o resultado da enquete:


As heroínas que são tontas e infantilmente inocentes: 16 votos (29%)

Os galãs que se envolvem com outras quando se distanciam das protagonistas: 14 votos (25%)

Os vilões que não morrem e terminam impunes: 12 votos (21%)

A mitificação da virgindade feminina: 9 votos (16%)

A presença constante de padres e freiras: 4 votos (7%)


Total de votos: 55

terça-feira, 27 de julho de 2010

O que mais agrada em uma telenovela latina?

Confira o resultado da enquete:


A história de amor quase impossível entre os protagonistas: 14 votos (25%)

As protagonistas que mesmo sofrendo são fortes e valentes: 12 votos (22%)

Os vilões que mesmo malvados têm que estar presentes: 12 votos (22%)

Os beijos e cenas calientes: 9 votos (16%)

Os diálogos e declarações de amor que vão além de frases feitas: 7 votos (12%)


Total de votos: 54

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Chepe Fortuna estreia na RCN


Hoje, 26 de julho, o canal colombiano RCN estreia Chepe Fortuna, uma telenovela original de Miguel Ángel Vaquero e Eloisa Infante, dirigida por Mario Ribero, quem também esteve à frente das exitosas Betty, a feia e Los Reyes.

A telenovela, protagonizada por Taliana Vargas e Javier Jattin, é uma mistura de humor, música e realismo mágico. Ainda assim, trata-se de uma produção que trará muita paisagem natural, cenas externas e a presença de vários figurantes, tudo isso em locações de Santa Marta e seus arredores.

Adicionalmente participam 30 atores de primeira linha. Além do veterano Carlos Muñoz, o elenco é integrado por atores e atrizes como Judy Henriquez, Margalida Castro, Pedro Palacios, Susana Rojas, Carlos Muñoz, Kristina Lilley, Adriana Ricardo, Mile Vergara, Mabel Moreno, Paula Castaño, Gerardo Calero, Manuel Busquets, Mónica Leyton, Jorge Monterrosa, Bruno Diaz, Vetto Galvéz, Consuelo Luzardo, Florina Lemaitre, Lorna Cepeda entre outros.

Esta super produção ambientada no litoral colombiano conta a história de Chepe Fortuna e Niña Cabrales, dois jovens, um pescador e uma bióloga, que, apesar de pertencerem a classes diferentes, se amam antes mesmo de terem se conhecido, pois já haviam se visto em seus sonhos.

A história de amor impossível está marcada pelas disputas políticas, sonhos populares, interesses econômicos e alucinadas situações que unirão aos ricos da família de Niña com os pobres pescadores de El tiburón, bairro onde vive Chepe.


ELENCO

Javier Jattin: Chepe Fortuna

Taliana Vargas: Niña Cabrales

Pedro Palacios: Anibal Conrado

Susana Rojas: Yadira Cienfuegos

Carlos Muñoz: Jeremías Cabrales

Margalida Castro: Úrsula de Cabrales

Judy Henríquez: Josefina Fortuna

Kristina Lilley: Malvina Samper de Cabrales

Mabel Moreno: Carolina Araujo Cabrales

Julio Meza: Julio Bolívar

Florina Lemaitre: Perfecta Conrado

Consuelo Luzardo: Alfonsina Pumarejo

Vetto Galvéz: Aquilino Mesa

Lorna Cepeda: Petra Mesa


Confira as fotos desses hilariantes personagens:

La diosa coronada estreia na Telemundo


Hoje, 26 de julho, às 22h30, a Telemundo dos Estados Unidos estreia La diosa coronada, telenovela baseada em fatos reais da vida da colombiana Angie Sanclemente Valencia, uma ex-modelo e Rainha da Beleza Colombiana, que sempre teve a ambição e a beleza como principais atributos.

Com roteiro de Juan Camilo Ferrand, direção de Rodolfo Hoyos e Miguel Varoni e produção executiva de Hugo León Ferrer, La diosa coronada conta um elenco composto por Carolina Guerra, Arap Bethke, Angeline Moncayo, Margarita Reyes, Valentina Lizcano, Carolina Gaitán, Jhon Mario Rivera, Carlos Humberto Camacho, Jonathan Islas, Luces Velasquez, Katherine Porto, entre outros.


A HISTÓRIA DE ANGIE, A NARCOMODELO


Angie nasceu em 25 de maio de 1979, em Bogotá, fruto de uma relação entre Jeaneth Valencia e Ramiro Sanclemente, um funcionário público que as abandonou. Aos dez anos se mudou com sua mãe para Barranquilla, onde, apesar de não ter passando fome, passou por várias dificuldades.

Ainda pequena, Angie queria ser rainha, e sua mãe lhe apoiava, pois a beleza da filha poderia ser um atalho para sair da pobreza. Assim, a garota se propôs a estudar para ser modelo. Anos mais tarde, se tornou vendedora de acessórios de automóveis, e, mesmo sendo tímida, com seus encantos ajudava a alavancar as vendas.

Nessa época conheceu um rapaz de família, Alejandro Velásquez Rasch, o primeiro homem que lhe ajudou sentimental e economicamente. Este lhe presenteou com uma loja para venda de roupas e pagou seus estudos de comunicação social para que cumprisse o projeto de ser apresentadora de um programa de televisão. Ao decorrer de três anos, em 1999, se casaram, mas a união durou pouco: após três meses se separaram.

Despeitada, Angie se dedicou à “modelagem”. Decidiu aumentar o volume dos seios e voltou à Bogotá, sua terra natal, disposta a tudo. Em 2000, Angie obteve o Reinado Nacional do Café, em Calarcá, porém 48 horas depois foi destronada, já que um dos requistos para competir era ser virgem e solteira, nesta ocasião a modelo ainda se encontrava casada oficialmente e participou com documentos falsos.

Sua sogra, Elizabeth Rasch, foi quem saiu divulgando o fato nos meios de comunicação do país. Porém, antes disso, Angie já havia passado por mais quatro concursos: Chica Med, Niña Bogotá, Rostro Más Lindo e Miss Tanga. O escândalo foi grande, Angie chorou na televisão e prometeu devolver o relógio de ouro, o certificado e o cheque que havia recebido como ganhadora.

Após essa fama fugaz, decidiu tomar outros rumos. Se divorciou e três anos mais tarde, em 2003, apareceu mostrando seus atributos em uma página da Internet que promovia mulheres latinas como acompanhantes de homens anglo-saxões. Com a intenção se inserir em um plano internacional, se mudou para a Cidade do México.

Os anos mexicanos foram calientes. Vivia em um apartamento em Polanco, um dos bairros mais elegantes, onde programava apaixonados encontros sexuais com um jovem modelo chamado Matías. Sua vida profissional foi coroada com algumas fotos na revista erótica mexicana H Extremo, de agosto de 2007.

Angie frequentava clubes noturnos sempre rodeada de muitas amizades. Nesses anos conheceu o mundo e teve a oportunidade de se comunicar intimamente com pessoas de diversas nacionalidades. No México, viajava assiduamente para Acapulco e Playa del Carmen, sempre se hospedando nos melhores hotéis, conduzindo os melhores carros e usando as roupas mais caras.

As autoridades pensam que em uma de suas noitadas Angie conheceu um colombiano chamado Eduardo, apelidado de El Flaco ou El monstruo, que a seduziu com presentes caros e a ensinou alguns segredos sobre o narcotráfico. Foi assim que formou parte de uma rede que recrutava belas mulheres e as usava como “mulas” para enviar drogas aos Estados Unidos e Europa. A princípio, era um relacionamento aberto, até que ele a quis por completo e se casaram em 2008.

Sua decadência se iniciou em 13 de dezembro de 2009, quando María, uma de suas modelos, uma argentina de 21 anos, foi detida no aeroporto de Ezeiza, Argentina, com 55 quilos de cocaína em sua bagagem, que deveria levar a Cancún. María ia vestida com calça branca, sapatos de salto alto e uma camisete listrada que fazia com que os olhares se desviassem de sua maleta.

De todos os modos, ela nem tocava a valise, seu acompanhante a depositaria no mostrador e no aeroporto alguém a recolheria para embarcá-la a Europa ou Estados Unidos. A modelo somente teria que viajar na primeira classe, se instalar em um hotel cinco estrelas na Riviera Maya, conhecer personalidades do mundo das drogas e regressar a Buenos Aires como se nada tivesse ocorrido. Por esse trabalho lhe dariam 1.000 dólares antes de ir e outros 4.000 ao voltar, mas algo saiu mal.

Quando estava por embarcar, a polícia aeroportuária a chamou do mostrador e lhe disse que havia um problema com sua bagagem, quem nem mesmo estava camuflada. A jovem ficou detida e, desesperada, decidiu se refugiar na figura de testemunha protegida e declarar tudo o que sabia, ficando em liberdade condicional.

Nessa mesma noite a polícia decidiu investigar um apartamento onde deteve três traficantes. Antes de serem presos, tentaram escapar saltando pela sacada. Um deles, Ariel, também modelo, sofreu várias fraturas e, já no hospital, aceitou falar.

Rapidamente as declarações apontaram para uma só cabeça: Angie. Os detidos confessaram que a operação era dirigida por uma colombiana de curvas salientes que havia chegado na Argentina acompanhada por um cachorro branco. Os investigadores averiguaram quem havia entrado no país nas últimas horas registrando um animal de estimação com essas características e se depararam com o seguinte nome Angie Sanselmente Valencia. Logo se soube que na realidade seu sobrenome paterno havia sido alterado com um ligeiro erro. Quando a polícia federal tratou de procurá-la no hotel onde se alojava desde 07 de dezembro, não encontrou nenhum rastro.

Em 18 de dezembro de 2009, o juiz Marcelo Aguinsky expediu a sentença de captura nacional e internacional contra a modelo que, durante cinco meses, se manteve foragida, até que finalmente em 26 de maio de 2010, um dia após seu aniversário, foi detida num albergue para jovens onde esteve hospedada, no tradicional bairro de Palermo, na cidade de Buenos Aires, fazendo-se passar por uma estudante universitária, sob outra identidade e com um visual diferente após ter pintado os cabelos e engordado alguns quilos.

Em 27 de maio, um dia após sua captura, prestou depoimento por mais de duas horas e, assim como sua mãe, negou as acusações dizendo que havia sido vítima de um complô. Foi encaminhada à unidade operacional da Polícia Aeroportuária de Ezeiza, onde aguardou a decisão sobre seu caso.

Desde 19 de julho de 2010, após ter sido considerada como a suposta chefe da associação ilícita dedicada ao contrabando, com agravante por lidar com drogas destinadas à comercialização, a modelo, conhecida como Pepo ou Diamante, que dava ordens aos demais integrantes da associação e seria o nexo entre chefes de um cartel mexicano e os integrantes da organização que ela liderava, encontra-se presa por medida preventiva. O tribunal, além de incriminá-la, decretou o embargo de seus bens até que chegue ao valor de 13.750.000 pesos (US$ 3.430.000).


RESUMO DE LA DIOSA CORONADA


Raquel (Carolina Guerra), uma jovem de caráter forte e ambicioso, que cresceu na pobreza, cansada de tanta miséria, decide utilizar sua beleza para prosperar no universo dos reinados da beleza, onde encontra uma oportunidade.

Acreditando que isto lhe renderá uma vida de maior riqueza, rapidamente aprende que estará, também, cercada de abusos, onde o êxito implica em um custo sexual. No entanto, Raquel é capaz de fazer todo o necessário afim de obter a fama, o dinheiro e o poder que tanto deseja.

Em seu caminho cruza com Genaro (Arap Bethke), um misterioso homem de negócios, com muita influência, que a leva a um mundo que antes parecia inalcançavel. Através dele, Raquel é levada ao mundo do narcotráfico, que a coloca em um nível de luxos que nunca antes ela havia imaginado.

Cega pela ambição, Raquel se associa a um dos traficantes mais poderosos do país, utilizando como fachada uma agência de modelos, que as utiliza como “mulas” para transportar cocaína. Desta maneira, a jovem consegue acumular uma grande fortuna e se tornar uma das maiores traficantes do país, a quem todos chamam de La diosa coronada.