domingo, 1 de agosto de 2010

Clássicos internacionais e suas versões à mexicana

No mundo das telenovelas não existem fórmulas nem garantias para que um produto que se apresente ao espectador tenha êxito. No entanto, alguns produtores se propuseram a fazer telenovelas que no passado foram bem aceitas pelo público, pelo que hoje em dia vivemos na era do famoso remake.

Talvez isto se deva à falta de escritores no México ou talvez à pouca oportunidade que eles têm; o certo é que, desde 1960, várias das histórias que os mexicanos veem em sua televisão são importadas de países como Venezuela, Colômbia, Argentina ou até mesmo do Brasil.

Em 1969, na Argentina, realiza-se pela primeira vez Muchachita italiana viene a casarse, com Alejandra de Paisano e Rodolfo Ranni. Em 1971, este hit chega ao México com Angélica María, junto a Ricardo Blume. Em 1987, o êxito se repete com as participações de Victoria Ruffo e Juan Ferrrara, outra vez com um resultado satisfatório, em Victoria.

À Argentina deve-se também uma das histórias mais extensas e vistas pelos espectadores: El amor tiene cara de mujer, que, primeiramente viu a luz na cidade dos ches em 1964 e durou oito anos. No México, realizou-se em três ocasiões: a primeira em 1971, com a participação de Silvia Derbez, Irma Lozano, Irán Eory e Lucy Gallardo; a segunda, que levou o nome de Principessa e foi protagonizada por Irán Eory, Angélica Aragón e Cecilia Camacho, em 1984; e a terceira, que foi uma co-produção da Televisa com a Argentina e que retomou o nome original com atrizes de ambas nacionalidades: Laura Flores, Thelma Biral, Laura Novoa, Marisel Antonione e Marita Ballesteros.

O clássico venezuelano de 1972, La usurpadora, chegou ao México com o nome de El hogar de yo robé, protagonizado pela atriz Angélica María no ano de 1981, para depois receber uma nova versão em 1998 com seu nome original e com um elenco encabeçado por Gabriela Spanic e Fernando Colunga. O interessante desta última é que a protagonista veio do país em que se originou a história.

Também em 1972, novamente a Venezuela volta a dar o que falar com Esmeralda, interpretada por Lupita Ferrer junto de José Berdina. Em 1984, o país retoma a história com o nome de Topacio (Topázio), com Grecia Colmenares e Víctor Cámara. Foi em 1997, quando o produtor Salvador Mejía fez sua versão de Esmeralda, desta vez, protagonizada por Leticia Calderón e Fernando Colunga.

Em 1974, os mexicanos produzem Mundo de juguete, uma história argentina, produzida originalmente em 1962, com este mesmo nome. Antes dos mexicanos, ainda a Argentina voltaria a reproduzir a história, em 1973, com o nome de Papá corazón; o Peru também realiza sua versão neste mesmo ano. Já em 1976, é a vez do Brasil produzir Papai coração, pela TV Tupi; novamente em 1986, seu país de origem, a Argentina, volta com a mesma história, dessa nomeada Mundo de muñeca. Em 1990, é a vez da Venezuela realizar uma minissérie com 38 capítulos baseada no roteiro, chamando-a de Muñeca. Novamente no ano de 2000, os mexicanos reproduzem a história, agora, intitulada Carita de ángel (Carinha de anjo), com as participações de Daniela Aedo, Miguel de León e Lissete Morelos, se tornando um verdadeiro hit entre as crianças.

O clássico Colorina nasceu no Chile em 1977 e foi todo um êxito. Em 1980, o sucesso se repete no México, agora, protagonizado por Lucía Méndez e Enrique Álvarez Félix. Em 2001, o produtor Juan Osorio retoma o roteiro para fazer sua versão que recebe o nome de Salomé, tendo como protagonistas Edith González e Guy Ecker, no entanto a audiência não foi tão favorecida quanto se esperava.

Em 1965, o Brasil estreia A indomável, que chega ao México em sua versão local em 1987. Com o nome de La indomable, contou com as participações de Leticia Calderón e Arturo Peniche e foi um grande sucesso, tornando-se uma das telenovelas mais queridas pelo público mexicano. Em 1999, o produtor Nicandro Díaz a reapresenta com o nome de Alma rebelde e foi um tremendo fracasso.

Ainda da Argentina se trouxe a terna história de Carrusel (Carrossel), que viu a luz em 1965 na Argentina, com o nome original de Jacinta Pichimahuida. Foi tão boa que no ano de 1975 repetiram a dose com o nome de La maestra que no se olvida. Devido à candidez da temática faz-se novamente um remake em 1983, com o nome de Señorita maestra. Os produtores mexicanos puseram os olhos na história e, em 1989, a realizaram com o nome de Carrusel (Carrossel), onde participaram Gabriela Rivero, Ludwika Paleta e Armando Calvo. Novamente em 2002, a história se repete, e, desta vez leva o nome de Vivan los niños (Viva às crianças - Carrosel 2), com Andrea Legarreta e Eduardo Capetillo.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Eu não tenho nada contra as mexicanas mais eu acho melhor ver as versões originais.