sábado, 8 de maio de 2010

Amor real


NOME ORIGINAL
Amor real

ESCRITORA
María Zarattini (Baseada na obra de Caridad Bravo Adams)

PRODUTORA
Carla Estrada

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
95

ANO DE GRAVAÇÃO
2003

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Amor real

INTÉRPRETE
Sin Bandera

Un día más se llena de color
y tú vendrás llenándolo de amor.
Ya no me preocupo al caminar
porque tú estás aquí (porque tú estás aquí)
y pierdo todo el miedo que me da
porque tú crees en mí.

Tú me enseñaste a disfrutar
mi vida mucho más,
dejando el sufrimiento atrás…

Dándome un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es amar…

Un día más de mi pasión por ti
y tú vendrás para hacerme sentir
que el límite de la felicidad no llegará jamás, no
que cada nuevo amanecer traerá una sorpresa más.
Tú me enseñaste a disfrutar mi vida mucho más,
dejando el sufrimiento atrás…

Dándome un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es amar.

Vivir, disfrutar, reír, cantar y dar sin preguntar…

Un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es…

Un amor real
siempre tan natural,
lleno de libertad,
lleno de dar.
Eres tú quien sabe bien lo que es amar.


ELENCO

Adela Noriega: Matilde Penalver e Beristain Curiel de Fontes Guerra

Fernando Colunga: Manuel Fontes Guerra Aranda

Mauricio Islas: Adolfo Solís

Chantal Andere: Antonia Morales

Ernesto Laguardia: Humberto Penalver e Beristain Curiel

Ricardo Blume: General Inácio Penalver e Beristain

Helena Rojo: Dona Augusta Curiel de Penalver e Beristain

Mariana Levy: Josefina de Icaza de Penalver e Beristain

Alejandro Flores: Manuel Inácio Fontes Guerra Penalver e Beristain

Beatriz Sheridan: Damiana García

Harry Geithner: Yves Santibañez de la Roquette

Mauricio Herrera: Padre Urbano de las Casas

Óscar Bonfiglio: Ciro Valdéz

Manuel Ibañez: Emídio

Ana Martín: Rosário Aranda

Paco Ibáñez: Gregório Heredia

Ana Bertha Espín: Prudência Curiel de Alonso

Mario Iván Martínez: Renato Piquet

Sara Monar: Ana

Toño Infante: Benigno

Adalberto Parra: Delfino

Miguel Ángel Fuentes: Negro

Julio Alemán: Joaquim Fontes Guerra

Maya Mishalska: Marianne Bernier

Ingrid Martz: Pilar Piquet de Márquez

Rafael Rojas: Amadeo Corona

Yolanda Mérida: Joana Domínguez Viuda de Palafox

Raquel Morell: Maria Clara de Heredia

Maty Huitrón: Madre Superiora

Gaston Tuset: Gervásio

Tania Vázquez: Adelaide

Jacqueline Voltaire: Luzia

Letícia Calderón: Janaína de la Corcuera

Héctor Sáez: Silvano

Kika Edgar: Catarina Heredia de Solís

Jorge Vargas: General Prisco Domínguez Cañero

Carlos Cámara: Ramón Marquez

Alicia del Lago: Virgínia

José Antonio Ferral: Juiz Benito

Mario del Río: Lourenço Rojas

Alejandro Villeli: Ezequiel

Carlos Amador: Orlando Cordero

Gerardo Klein: Santiago López

Dulcina Carballo: Jacinta

Fernando Manzano: Garça

Benjamín Pineda: Canales

Lorena Álvarez: Bernarda

David Galindo: Nazareno

María Dolores Oliva: Oliva Lázara

Carlos Ache: Graciano

Mayahuel del Monte: Severina

Carlos Cámara Jr: Juíz Pérez de Tejada

Paulina de Labra: Inácia

Joseba Iñaki: Jacó Negrete

Albert Chávez: Chico

July Calderón: Micaela

Fátima Torre: Maria Fernanda Heredia

María Sorté: Rosaura

Frances Ondiviela: Marie de la Roquette

Patricia Martínez: Carmélia Corona

Adal Ramones: Cirquer


PERFIL DAS PERSONAGENS

Matilde (Adela Noriega) – filha do importante general Inácio Penalver e D. Augusta Curiel. É bonita, distinta, inteligente, de caráter alegre e sociável. Foi educada na fé católica e sob as normas morais de sua época. Matilde é boa e carinhosa, importa-se com o bem estar de sua família e adora seu pai. Como toda senhorita da aristocracia sabe de moda e etiqueta; aprendeu bordado, costura, pintura, um pouco de piano, dança e alta cozinha. Sabe cuidar de uma casa e atender com esmero os convidados. Seu passatempo é a jardinagem. Matilde é respeitadora com seus pais, mas também tem caráter. Apaixona-se por Adolfo Solis, um militar sem fortuna, mas, pelas intrigas e pressões familiares casa-se com Manuel Fontes Guerra, um rico fazendeiro.

Manuel (Fernando Colunga) – filho bastardo de um homem rico e uma humilde provinciana, passa seus primeiros anos na fazenda de seu pai, e é tratado como mais um peão, sofrendo com fome, frio e maus tratos do capataz. Aos 14 anos, o padre do povoado o envia para um colégio para órfãos, atendido por religiosos. Com trabalho e estudo, consegue se tornar médico cirurgião. Até que seu pai - cujos filhos legítimos e sua esposa haviam falecido anos atrás - o reconhece em seu leito de morte como filho e herdeiro. Manuel é decidido, audaz, nobre, valente, generoso, de poucas palavras e aparentemente duro, mas no fundo é terno e amável. Como foi carente de família deseja ferventemente uma esposa e filhos. De ideias liberais, aborrece os aristocratas, que considera hipócritas, carentes de moral e banais. Apaixona-se por Matilde e, acreditando ser correspondido, casa-se com ela, começando sua desventura. Apaixona-se por Matilde Penalver, para quem será um marido dedicado e carinhoso.

Adolfo (Mauricio Islas) – filho de uma família humilde, estuda no Colégio Militar, onde recebe preparação e esmerada educação. É conservador, não tanto por convicção, mas por obediência às leis militares. Apaixona-se profundamente por Matilde e recusa-se a terminar com ela, ainda sabendo que a família o desprezará por não ter fortuna. Movendo influências e dinheiro, o irmão e a mãe de Matilde conseguem mandá-lo para a prisão. Mas Adolfo, que sabe amar para sempre e lutar pelo que quer, consegue escapar. Procura Matilde, que também vítima de enganos e mentiras, vê-se obrigada a casar-se com Manuel. Adolfo apresenta-se com outra identidade na fazenda de Manuel para levar sua amada, mas ela se nega, por escrúpulos. Ao conhecer Manuel, Adolfo descobre que é nobre, generoso, leal e valente como ele. Chega a gostar de seu rival, mas ainda assim, não desiste: é tão grande seu amor por Matilde que inclusive está disposto a dar sua vida por ela. Entretanto, ao perceber que ela não corresponde mais aos seus sentimentos, afasta-se.

Augusta (Helena Rojo) – mãe de Matilde e Humberto. É uma mulher bem conservada, ainda bela, elegante e distinta. Renunciou a um amor de juventude para casar-se com um militar rico e aristocrata, vários anos mais velho que ela. É conservadora, autoritária e aparentemente dócil com seu marido, mas persistente em conseguir seus objetivos. Ama muito seus filhos, e sempre busca o que é melhor para eles, desde o seu ponto de vista. É tolerante e até permissiva com Humberto, por ser homem, mas intransigente com Matilde. Para Augusta, o mais importante é o prestígio da família, que somente conversa-se através de uma boa posição econômica e não se detém ante nada para mantê-la. Depois da morte de seu esposo e do grande escândalo que envolve sua família, seu mundo desmorona.

Humberto (Ernesto Laguardia) – é o típico playboy da época. Simpático, agradável e engenhoso, passa de confusão em confusão. Considera humilhante trabalhar é viciado em jogo. Influenciado por seu amigo Renato, seduz Josefina, uma rica herdeira de pouca beleza, finge um matrimônio com ela para conseguir seu dinheiro e fugir para a Europa. Ele não é tão cínico como aparente, tem escrúpulos e a morte de seu pai, junto com os golpes da vida, vai fazendo com que amadureça pouco a pouco. O casamento de Matilde e Manuel ocorre devido a armações dele e também por Matilde descobrir que o futuro marido pagou as dívidas de jogo do irmão.

Rosário (Ana Martín) – camponesa que foi abusada por Joaquim Fontes e que descobriu estar grávida do fazendeiro. Pensando que faria o melhor para seu filho, abandonou o menino deixando-o aos cuidados de seu pai, que só lhe maltratou. Durante a guerra ela encontra com Manuel e morre para salvar sua vida.

Josefina (Mariana Levy) – apesar de ser rica, não teve sorte no amor. É sonhadora e, ao conhecer Humberto Penalver, apaixona-se perdidamente. Chega a casar-se com ele. Seguindo conselhos de sua cunhada, ela muda o visual e consegue conquistar o amor do marido.

Antônia (Chantal Andere) – filha do administrador da fazenda de Manuel. É educada e instruída, sabe ler, escrever, e fazer contas, tanto que com a morte de seu pai, Manuel a nomeia administradora. Apesar de sua excelente preparação e de seu agradável físico, Antônia não pode aspirar a um bom matrimônio devido a sua classe social, mas com Manuel consegue ter esperanças, já que ainda que agora ele seja rico, nasceu bastardo e isso poderia aproximá-los. O tratamento sensível de Manuel, o carinho que lhe demonstra e sua postura contribuem para que nasça em Antônia uma louca paixão por ele. Fica terrivelmente frustrada quando Manuel se casa com Matilde e intriga para separá-los, ajudada por Damiana, sua antiga babá. Quando Manuel expulsa Matilde da fazenda, convencido que o enganou com Adolfo, Antônia vira a sua amante. A relação termina logo que ele volta com Matilde, então Antônia debate-se entre a resignação e a vingança.

Inácio (Ricardo Blume) – general da divisão, é pai de Matilde e Humberto, e esposo de Augusta. Retirou-se do serviço ativo por problemas de saúde e porque não está de acordo com o governo de Miguel Baranda. Inácio é bom, nobre e inteligente, ainda que falte firmeza em seu caráter. É permissivo com Matilde e severo com Humberto, pois lhe dói que seu filho esteja em maus caminhos. Com Manuel simpatiza de imediato.

Renato (Mario Ivan Martinez) – amigo de Humberto, é simpático, refinado e cínico. É de família rica e ilustre, mas por seu comportamento escandaloso foi deserdado. Ele gosta de mesclar palavras francesas em sua conversação.

Padre Urbano (Maurício Herrera) – é o velho padre do povoado de Barranquilhas. Protege Manuel desde o nascimento. Ele o envia para estudar com seus amigos religiosos. Albano é piedoso, paciente, compreensivo e conciliador, porém possui uma forte personalidade e fala sempre na cara, sem rodeios.

Marianne (Maya Mishalska) – francesa bonita e refinada, é liberal para sua época e toca muito bem violino. Amante de Ramon Marquez. Finge ser Maire de La Roquette.

Yves (Harry Geithener) – elegante tenente do exército e primo da verdadeira Maire de La Roquette. Descobre que Marianne se passa por sua prima, no entanto, em vez de desmascará-la, torna-se cúmplice dela para despojar Manuel de seus bens. Ambicioso, interesseiro e sem escrúpulos, sua vida fácil e vazia o faz cair no alcoolismo.

Damiana  (Beatriz Sheridan) – alta e magra, usa roupas pretas. É a clássica “celestina”. Foi babá de Antonia. De origem modesta, mudou sua personalidade por estar sempre envolvida com a alta classe, cuidando de crianças ou acompanhando senhoritas. Hipócrita, com voz doce e modulada, instiga Antonia a cometer atos deploráveis.

Amadeo (Rafael Rojas) – homem e princípios, forte e audaz. Casado e pai de duas crianças. Manuel se une a seu grupo, como combatente e como médico.


INTRODUÇÃO

Esta história, baseada em Bodas de odio de 1983, foi protagonizada pelos atores Fernando Colunga e Adela Noriega e se passa no século 19, onde era proibido o romance entre pessoas de classes diferentes.


RESUMO

Matilde contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Adolfo Solís, um militar da classe baixa. Para se casar com ele, poderá contar com seu pai Inácio, um homem justo e bondoso. Porém, sua mãe Augusta deseja que a filha conquiste um homem rico para salvar a família da ruína econômica. Para Augusta, Manuel Fontes Guerra seria o candidato perfeito, jovem, bonito e herdeiro de uma boa fortuna.

Por meio de intrigas, Augusta e o filho Humberto fazem com que Adolfo seja preso. Para afastar Matilde de seu amado, mentem que ele é casado e tem filhos. Matilde fica desesperada, pressionada por sua mãe e sabendo que Manuel pagou as dívidas da família, aceita se casar com ele.

Mais tarde Adolfo consegue fugir da prisão, mas chega tarde. Ao encontrar com Matilde e dizer-lhe que foi tudo uma armação de Augusta e Humberto, a jovem conta-lhe que está casada com Manuel. Após resolverem os mal-entendidos, o casal decide fugir. Manuel descobre o plano dos dois e os impede, levando Matilde para sua fazenda e consumando o casamento.

Matilde leva uma vida difícil na fazenda, pois não ama seu marido, além de ter que suportar os atrevimentos de Antônia, filha do antigo administrador, que é apaixonada por Manuel.

Adolfo encontra Matilde na fazenda e começa a trabalhar como administrador, com o objetivo de um dia raptar sua amada. Sem desconfiar que Adolfo é seu rival, Manuel se simpatiza com o rapaz. Adolfo apesar de sentir ciúmes de Manuel, admite que ele é um bom homem.

O destino muda a vida de Matilde, quando os olhares repleto de paixão e o desejo ardente de Manuel acabam conquistando seu coração. Ela se dá conta de que o amor que sentia por Adolfo não existe mais. Matilde tem um novo sentimento, mais intenso, um amor real por seu marido. Quando percebe que ama Manuel, ela é sincera com Adolfo e explica que seus sentimentos mudaram.

Adolfo aceita a realidade e mesmo com o coração partido abandona a fazenda, no mesmo dia em que Matilde anuncia a Manuel que ambos serão pais.

Mas a felicidade de ambos dura pouco, pois Antônia, uma mulher cruel, invejosa e amarga que era apaixonada por Manuel, conta ao fazendeiro que o administrador era o ex-namorado de sua esposa. Matilde tenta se explicar, mas Manuel garante que não irá perdoá-la novamente. Furioso ele duvida de sua paternidade e expulsa Matilde da fazenda. Matilde volta para a casa de sua mãe e Manuel tenta esquecê-la com Antônia, mantendo uma relação que o compromete e dificulta voltar para sua esposa.

Matilde volta para a fazenda do marido disposta a implorar por seu perdão e explicar tudo o que aconteceu, porém não o encontra. Apesar dos esforços de Antônia para que ela volte para a cidade, Matilde se mantém firme, inclusive dando ordens a Antônia. Durante a guerra Manuel é dado como morto. Qual não é a surpresa de Matilde ao receber um carregamento e dar de cara com seu marido. Ambos acertam as diferenças e se reconciliam.


COMENTÁRIOS

Já conhecida do público brasileiro, Adela já trabalhou em diversas novelas. Foi a protagonista da primeira novela mexicana adolescente: Quinze anos. Viveu Marilu, uma jovem prestes a completar quinze anos, mas atormentada pela dúvida de um estupro. Já em O privilégio de amar, exibida em 1999, Adela interpreta Cristina, uma doce jovem com o sonho de ser modelo, mas que descobre que a sua maior inimiga é justamente sua própria mãe, que a abandonou quando era uma recém-nascida. No final de 2000, volta às telas brasileiras em Maria Isabel, onde é a protagonista, uma índia que cria a filha de sua melhor amiga e se apaixona pelo patrão. Em 2002, Adela é Adriana, em Manancial, onde sua personagem é uma mulher que volta a sua cidade para se vingar de um estupro sofrido no passado, e reencontrar seu grande amor, filho do homem que a violentou.

Fernando Colunga, o mais famoso galã do México começou nas novelas atuando ao lado de Thalia, em Maria Mercedes, onde viveu o malandro Tito, em Marimar foi o empresário Adrian, até que veio sua grande oportunidade em Maria do Bairro, novamente com a estrela. Em seu primeiro protagonista, foi Luis Fernando, um jovem playboy que muda ao conhecer a catadora de papéis Maria. Mais tarde, o SBT exibe A usurpadora, onde vive Carlos Daniel Bracho, um empresário dividido entre duas mulheres idênticas. Em 2000, ele volta com Esmeralda, onde é o médico José Armando, que se apaixona pela camponesa cega da montanha, Esmeralda. Em Abraça-me muito forte, onde é Carlos Manuel, um jovem que vive um grande amor com uma jovem em meio a muitas intrigas de seu tio e de sua esposa.

Mauricio Islas, considerado um dos atores mais talentosos de sua geração, teve seu primeiro papel de protagonista na novela Preciosa, exibida no Brasil em 2001. Seu papel era Luis Fernando, um médico que se apaixona por uma circense manca. Ele recebeu algumas críticas por esse trabalho, mas serviu apenas para aperfeiçoar sua atuação. Tanto que em Manancial, onde viveu um jovem que se apaixonava pela maior inimiga de sua família, foi elogiadíssimo. Também em Primeiro amor a mil por hora, exibida em fevereiro de 2003 (mas que foi produzida anteriormente a Manancial). Nessa novela, ele foi o inconseqüente vilão Daniel, que chegou a se envolver com drogas e crimes perigosos.

Helena Rojo é uma das grandes damas da atuação no México. No Brasil, alguns de seus trabalhos já foram vistos. Em 1987, o SBT trouxe A vingança, onde ela foi Maria, uma garota que após passar muitas humilhações, transforma-se e volta para uma revanche contra todos que a desprezarem. Essa novela é a primeira versão de Marimar. Somente em 1999, o público pôde vê-la em O privilégio de amar, como a rica empresária Luciana Duval, que no passado, na pobreza, foi obrigada a abandonar sua filha na porta de uma casa. Em 2002, ela aparece nas telas do SBT em uma participação mais que especial em Abraça-me muito forte, como as gêmeas Diana e Juliana, uma era má, a outra era louca, e travavam uma batalha entre si em busca de dinheiro e identidade.

Ernesto Laguardia, grande ator que começou muito cedo e já leva muitos anos de trajetória. No Brasil, foi visto em 1991 em Quinze anos, onde foi o protagonista Paulo, um pobre mecânico apaixonado por Marilu. Somente em 2001, volta ao SBT em Amigos para sempre, onde foi o simpático e liberal Salvador, um professor de bem com a vida e que luta para ajudar as crianças em uma escola muito rígida. Sua participação mais curiosa em novelas foi em Amigas e rivais, onde viveu ele mesmo, o ator Ernesto Laguardia, ao participar de uma novela dentro da novela.

Chantal Andere, bastante conhecida do público brasileiro, ainda que tenha participado em poucas novelas por aqui, porém com atuações muito marcantes. Em Marimar, foi a esnobe Angélica, uma mulher fria e ambiciosa, apaixonada por seu enteado e disposta a tudo para prejudicar a heroína. Já em A usurpadora, foi a complexa e atormentada Estephanie, que usava a religião como fuga para suas frustrações.

Ricardo Blume, veterano ator, no Brasil foi o galã de A vingança, tendo, assim como em Amor real, Helena Rojo como seu par na história. Em Carrossel das Américas, é o porteiro da escola, que se envolve nos dramas das crianças e ajuda a professora Helena. Faz ainda uma atuação especial em Marimar, onde vive o Governador do Vale Encantado. Seu papel mais lembrado foi o de Fernando, o “Tio Louro”, em Maria do Bairro, onde foi o protetor de Maria e pai de Luis Fernando.

Amor real foi um grande sucesso. No México, a novela foi indiscutivelmente o maior sucesso da emissora em anos, quebrando inúmeros recordes de audiência, devido ao impacto que o projeto causou, ao contar com um elenco bem escalado e uma produção cuidadosa de Carla Estrada, revitalizando um gênero que parecia morto: a novela de época.

A novela atingiu uma audiência que talvez nem a Televisa esperasse, mas foi uma novela de enorme repercussão. Aqui no Brasil, a novela também foi bem, mesmo tendo passado no ingrato horário das 14h.
Baseada no original de Bodas de ódio, Carla Estrada foi a responsável por uma produção de qualidade, com cenas grandiosas, cenários reais, figurino caprichado e ambientação perfeita. Pela primeira vez, foi criada uma cidade cenográfica inteira para uma novela, era o povoado de Barranquilhas e a Cidade Trindade, fictícias. As cenas de guerra beiraram a perfeição. O único erro foi a iluminação, já que a novela foi muito escura, mesmo para uma história passada há dois séculos atrás.

Foi uma das raras novelas onde nenhum ator sai reclamando do seu papel, isso rendeu inúmeros destaques no elenco. A começar por Fernando Colunga que surpreendeu a todos em um momento inspirado de sua carreira, fazendo de seu Manuel um personagem humano e convincente. Fernando recebeu merecidos elogios a respeito de sua atuação. Com Amor real, Adela Noriega, vivendo a heroína Matilde, consagra-se definitivamente a principal atriz de novelas nesse momento. Fernando e Adela formaram um par explosivo na tela, sendo um dos favoritos do público graças a excelente química que tiveram. Mauricio Islas fez de Adolfo Solis um dos personagens mais comovedores da história. Um triângulo que rendeu muitas possibilidades e conquistou o telespectador.

Ernesto Laguardia e Mariana Levy também agradaram, e foi uma surpresa ver Ernesto nessa novela, que começou como um vilão e causou muita repercussão. Ana Martin brilhou como a sofrida Rosário, a mãe de Manuel que teve um passado de prostituição. Há tempos que Ana queria ter um papel tão emotivo e dramático como esse. Maya Mishalska saiu-se bem como a francesa Marianne, uma golpista muito sensual e coquete. Assim como ela, Ana Bertha Espin também agradou vivendo a divertida Tia Prudência.

Como sempre, as surpresas vêm de quem menos se espera. Mario Iván Martínez que há anos vinha sendo desaproveitado na TV, acertou em cheio ao viver Renato, um bom vivant. E Kika Edgar que mesmo tão jovem, tinha talento de sobra para emocionar a todos como a tuberculosa Catarina.

Agradável também o regresso de Yolanda Mérida, que participou da versão original como Rosário e agora voltou como D. Joana. Assim como Beatriz Sheridan, que há anos não fazia uma novela inteira, e agradou vivendo a sinistra Damiana.

Lamenta-se o subaproveitamento de Helena Rojo, que ainda que esteve muito bem como já é habitual, não chegou a ter o espaço merecido como Augusta, e Letícia Calderón, que entrou na reta final em uma intervenção especial, mas seu papel foi coadjuvante demais. Carlos Câmara é um ator louvável, mas seu personagem Ramón foi um dos mais intragáveis da história. Seu vilão não tinha motivo nenhum para perseguir Manuel até a morte.

Nos últimos capítulos, houveram algumas participações especiais: como a da atriz e mãe da produtora Maty Huitrón, a Madre Superiora, Frances Ondiviela vivendo a verdadeira Marie, e ainda algumas cenas para Adal Ramones, o famoso apresentador do programa Otro Rollo, e a querida atriz Maria Sorte, que participaram apenas como sinal de amizade com a produtora.

A novela teve uma irregularidade na narrativa. Às vezes lenta e cansativa, outras ágil e eletrizante. O pior momento da história foi o que ficou centralizado em Amadeo Corona, preso e torturado, nesse momento, os personagens principais não renderam muito e a história se arrastou um pouco. A novela ainda contou com um contexto histórico e político que para muitos, foi desinteressante. Na história, Miguel Baranda e João Alvarez eram citados a todo instante. Eram nomes fictícios, mas subentendendo personagens reais na história do México.

Os bastidores estiveram tranquilos, ainda que alguns rumores tentassem abalar a harmonia do elenco. Como a rivalidade de Mauricio Islas e Fernando Colunga, inexistente. Para provar que os dois eram bons amigos, Mauricio tascou um beijo em Colunga na festa de apresentação da história. Também uma rivalidade entre Adela e Letícia, que foi um rumor breve e passageiro. Mas a briga que realmente ocorreu foi entre Harry Gaithner, que vivia Yves e Fernando Colunga. Um mal entendido, onde supostamente Harry teria criticado a performance de Colunga nas telas, teria ocasionado o incidente. Tanto que na festa de despedida do elenco, Fernando Colunga fez questão de não cumprimentar o colega.

Mas nenhum comentário rendeu mais que o suposto romance entre Adela e Colunga fora das telas. Desmentido inúmeras vezes, esse namoro acabou servindo como mais um chamariz para a novela.

Amor real contou com uma maciça divulgação da Televisa, mesmo após a novela ter encerrado suas transmissões. Foram lançadas marcas de sopa e calendários com o nome da novela. O lançamento do DVD duplo com a novela teve festa de lançamento e tudo. Assim como uma reprise da novela em janeiro de 2004, apenas 4 meses após o fim da novela. Obviamente, essa reprise não rendeu o esperado.

Amor real não foi perfeita, mas foi uma grande novela, um exemplo de bom gosto, qualidade, de uma direção de atores adequada, um elenco carismático, uma super produção acertada que deu a emoção na medida certa, naquele que é considerado um dos novos clássicos da televisão mexicana.

A arte da telenovela

O “pai” de Betty, a feia, o roteirista Fernando Gaitán, foi quem muito contribuiu para que as telenovelas colombianas se tornassem tão exitosas, ele disse: “As telenovelas tem um grande poder de identificação. Mudam seu contexto, mas não suas histórias. A telenovela é o maior gênero de penetração. Tem chegado a muitos lugares da América Latina e em muitas partes do mundo onde a literatura não chegou”.

E isso é verdade, algo essas tramas têm para manterem um “auditório cativo”, incapaz de fazer outra coisa enquanto veem dois protagonistas se beijando. O horário nobre da televisão abre em cada casa uma brecha de tempo onde assuntos urgentes estão proibidos e uma interrupção, causada por uma simples chamada telefônica, pode causar, no pior dos casos, inimizades desnecessárias.

As pessoas ainda acreditam na telenovela assim como acreditam no amor, por esse motivo, o ato de escrever telenovelas pode ser um bom negócio se se sabe quais padrões utilizar para contar, pela enésima vez, a saga de dois amantes que lutam para concretizar seu amor.


AS MESMAS HISTÓRIAS

De uma forma geral, existem poucos argumentos: a jovem que ascende socialmente; o casal de classes sociais diferentes que se apaixona, o vilão cheio de poder que vive em absoluta impunidade até o penúltimo capítulo, no qual é capturado, morre ou se torna louco.

Para Fernando Gaitán, são seis as histórias que sustentam o melodrama da telinha: Cinderela, Romeu e Julieta, O príncipe e o pobre, O morro dos ventos uivantes, Crime e castigo e Madame Bovary.


SOBREDOSE DE SOFRIMENTO

A maior faceta de uma atriz que aspire um papel protagônico é saber falar enquanto chora. As heroínas das telenovelas são perseguidas pela tragédia o tempo todo; são boas, abnegadas, e, ao que parece, carecem do mínimo de senso comum; são incapazes de ver que alguém está lhe fazendo mal; e são tantas as obras de caridade que realizam que nem mesmo uma associação de beneficência as faria.

Além disso têm corpos de modelos e são cortejadas o tempo todo por tipos robustos e valentes ou profissionais respeitáveis. Fernando Gaitán assegura que se um melodrama consta de 200 capítulos, isso significa que existam 200 notícias para a protagonista: duas são boas (quando ela conhece o galã e quando se casa com ele), as 198 restantes, são más.


PATERNIDADE NÃO RECONHECIDA

É autenticamente raro em um melodrama a existência de alguma criança que seja filho verdadeiro da pessoa a quem sempre chamou de papai ou mamãe. Todas as personagens têm parentescos ocultos e ninguém sabem como as crianças nascem nas telenovelas porque sempre aparecem criados por outra pessoa. A paternidade é um grande segredo e sempre é descoberta 30 segundos antes do intervalo comercial.


AS PERSONAGENS FALAM SOZINHAS

Na vida real, as pessoas não andam contando a si mesmas as coisas que já sabem, no entanto, é assim que atuam as personagens das telenovelas, como se houvessem recuperado a memória após um acidente automobilístico. Elas dizem a si mesmas o que pensam e se dão ao luxo de recapitular as histórias dos outros. Em casos mais discretos, falam com uma imagem, de Nossa Senhora ou de Jesus, e relatam os últimos dez capítulos do melodrama.


VILÕES ABSOLUTAMENTE DESPREZÍVEIS

Além de amar, as pessoas querem descarregar seu ódio contra alguém, por isso o mal-intencionado que representa o papel antagônico não pode se limitar a abusar das mulheres, ser um obstáculo para a felicidade da protagonista ou planejar as desgraças alheias com a minuciosidade de um perito. Além do rancor pessoal, estes sempre possuem alguma pendência com a lei: são traficantes de tequila adulterada, vendem material pirateado, são assassinos impunes, têm duas certidões de nascimento, não pagam impostos, ou coisas to tipo.


O MUNDO COMO DEVERIA SER

Quando uma telenovela quer acrescentar uma dose extra de realismo introduz a personagem de uma mulher que sofre maltratos por parte de seu marido. Ainda que isto não esteja fora da realidade, nem dos boletins de ocorrência, a realidade é mais complexa e mais injusta, ou seja, a telenovela somente extrai a parte melodramática da vida real.

As premiações da televisão do continente americano

PRÉMIOS EMMY

Os Prêmios Emmy são prêmios apresentados pela Academia de Artes & Ciências Televisivas. Primeiramente realizados em 1949, eram referidos somente como Prêmios Emmy, mas com a criação dos Prêmios Emmy do Daytime, surgiu então, a designação Prêmios Emmy do Primetime, que reconhece da excelência na programação televisiva norte americana do horário nobre. Estes são geralmente distribuídos em meados de setembro.

Atualmente está em vigor um sistema rotativo entre as quatro maiores redes de televisão americana (CBS, ABC, NBC, e Fox). No Brasil, essa tarefa é do canal via cabo Sony (transmissão ao vivo sem tradução simultânea e reprise legendada no domingo seguinte).

Os Emmys do Primetime são distinguidos pelas seguintes categorias: Melhor série de comédia; Melhor série dramática; Melhor série de variedade, musical ou entretenimento; Melhor minissérie;
Melhor direção numa série de comédia; Melhor direção numa série dramática; Melhor direção num programa de variedade, música ou comédia; Melhor direção numa minissérie; Melhor escrita para uma série de comédia; Melhor escrita para uma série dramática; Melhor escrita para um programa de variedade, música ou comédia; Melhor escrita para uma minissérie, filme ou drama especial; Melhor programa de realidade; Melhor programa de realidade-competição; Melhor filme para televisão; Melhor performance individual num programa de variedade ou de música; Melhor ator numa série de comédia; Melhor ator numa série dramática; Melhor ator numa minissérie ou filme; Melhor atriz numa série de comédia; Melhor atriz numa série dramática; Melhor atriz numa minissérie ou filme; Melhor ator secundário numa série de comédia; Melhor ator secundário numa série dramática; Melhor ator secundário numa minissérie ou filme; Melhor atriz secundária numa série de comédia e Melhor atriz secundária numa série dramática.


PREMIOS GLOBOS DE OURO

Os Golden Globes Awards são os prêmios entregues anualmente aos melhores profissionais do cinema e a televisão norte-americanos. Entregues, desde 1944, pela Hollywood Foreign Press Association (Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood), os prêmios Globos de ouro, são reconhecidos como um dos mais importantes no mundo, estando apenas atrás do Oscar, para o cinema, e do Emmy, para a televisão.

As nomeações e os prêmios são decididos por meio de votações realizadas pelos jornalistas estrangeiros em Hollywood. A entrega dos Globos é celebrada pouco antes da votação final para o Oscar, de forma que os ganhadores deste prêmio têm, frequentemente, uma vantagem adicional para também conseguir um Oscar.

Os Globos de ouro se entregavam, originalmente, somente aos filmes do cinema, porém, a partir de 1956, se acrescentaram as categorias destes prêmios para as séries e filmes de televisão.

As categorias existentes para a premiação da televisão são: Melhor série dramática, Melhor série cômica ou musical, Melhor ator em série dramática, Melhor ator em série cômica ou musical, Melhor atriz em série dramática, Melhor atriz em série cômica ou musical, Melhor minissérie ou filme para televisão, Melhor ator em minissérie ou filme para televisão, Melhor atriz em minissérie ou filme para televisão, Melhor ator coadjuvante/secundário em televisão e Melhor atriz coadjuvante/secundária em televisão.


PEOPLE'S CHOICE AWARDS

Os People's Choice Awards são prêmios que, mediante votação popular, reconhecem profissionais de todos os campos do cinema, televisão e música. Os People's Choice Awards foram criados, em 1970, pela produtora Procter & Gamble e, desde então, são emitidos pela rede americana ABC.

A eleição dos ganhadores se compõe de duas etapas de votação. Primeiramente se escolhem os nomeados dentre uma lista já proposta e da qual saem cinco finalistas. Na segunda etapa de votação, se selecionam o ganhador que será anunciado na entrega dos prêmios, que se realizam anualmente no início de janeiro.

Originalmente, os resultados era obtidos através de sondagens de opinião, mas, como estas votações contavam com margens de erro e, ao largo de suas diversas edições, produziram alguns empates, desde 2005 os ganhadores passaram a ser escolhidos através de votos online, ou por telefonemas.

As categorias compostas neste prêmio varia segundo a edição e, nos últimos anos, foram ampliadas, relacionadas com os meios virtuais.


PRÊMIOS TVYNOVELAS

Os prêmios TVyNovelas fazem parte de um programa anual produzido pela Televisa e pela revista TVyNovelas, publicada pela Editorial Televisa. Essa revista possui quatro edições internacionais e é publicada nos Estados Unidos, Porto Rico, Argentina, Chile e Colômbia. É considerada a publicação líder do espetáculo mexicano, especialmente se tratando de telenovelas.

A premiação reconhece o trabalho realizado nas telenovelas mexicanas, e pode ser vista através do Canal de las estrellas, no México, e pela Univision, nos Estados Unidos. Os prêmios são divididos de acordo com as seguintes categorias: Melhor telenovela do ano; Melhor atriz do ano; Melhor ator do ano; Melhor atriz antagônica; Melhor ator antagônico; Melhor atriz de elenco ou co-estelar; Melhor ator de elenco ou co-estelar; Melhor atriz jovem; Melhor ator jovem; Melhor atriz revelação; Melhor ator revelação; Melhor primeira atriz; Melhor primeiro ator, entre outros.


PREMIOS MARTÍN FIERRO

Os Martín Fierro são os prêmios mais importantes da rádio e da televisão argentina, organizados pela Asociación de Periodistas de la Televisión y la Radiofonía Argentinas (APTRA).

Foram entregues pela primeira vez em 1959, e, desde então, a cerimônia se realiza a cada ano, reunindo famosos e estrelas do espetáculo argentino. Sua transmissão, sempre ao vivo, consegue elevados níveis de audiência e, também, polêmicas que repercutem antes, durante e depois do evento.

O Martín Fierro Federal convoca todas as produções de rádio e televisão da República Argentina. O Martín Fierro de Oro é o prêmio maior, sendo implantado na 22º edição, celebrada en 1992. Os Prêmios Martín Fierro de Platino, entregue pela primeira vez 39º edição, em 2009, serão entregues a cada cinco anos aos já contemplados com um Martín Fierro de Oro em edições anteriores.


PRÊMIO TROFÉU IMPRENSA

O Troféu Imprensa é considerado o maior prêmio anual destinado aos maiores destaques da televisão brasileira em diversas categorias. O prêmio foi criado em 1958, pelo jornalista Plácido Manaia Nunes e em 1961 ocorreu sua primeira celebração no Teatro Municipal de São Paulo.

O Troféu Imprensa seguiu no formato original durante toda a década de 60, passando por uma primeira reformulação em 1969, quando passou a ter duas partes: a tradicional reunião dos jornalistas para a definição da lista dos melhores, e uma inovadora reunião.

Em 1970, Plácido Manaia Nunes decidiu passar os diretos do Troféu Imprensa ao animador Silvio Santos, que a partir daquele ano passou a ser o responsável não só pela apresentação do prêmio, mas também pela produção e organização do evento.

O Troféu Imprensa foi exibido através da Rede Globo entre 1969 até 1975, pela Tupi em 1976 e pela Record e TVS do Rio de janeiro em 1980. Desde 1981 a promoção ocorre no SBT.

Em uma cerimônia de eleição, são apresentados a um corpo de jurados, formado em sua maior parte por jornalistas especializados em artes e espetáculos, os três indicados mais votados num inquérito amplo entre universitários e profissionais de rádio e televisão. Em votação oral, os jurados elegem o vencedor do ano.


MELHORES DO ANO

Em 1995, foi lançada no Brasil a premiação Melhores do Ano, que premia os artistas que mais fizeram sucesso na teledramaturgia e no telejornalismo globais, na música e nos esportes. Os vencedores eram escolhidos pelos funcionários da Rede Globo até 2002, quando também passou-se dar vez à opinião do público, que passou a escolher o vencedor de cada categoria por meio da Internet e do telefone.

As categorias que compõem o prêmio são Melhor cantor do ano; Melhor cantora do ano; Melhor ator do ano; Melhor atriz do ano; Melhor ator revelação do ano; Melhor atriz revelação do ano; Melhor ator coadjuvante do ano; Melhor atriz coadjuvante do ano; Melhor ator/atriz mirim do ano; Melhor humorista do ano; Melhor revelação musical do ano; Melhor jornalista do ano; Melhor música do ano e melhor banda do ano.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Programação x Audiência x Divulgação

O produto da televisão pública é a programação, voltada para a formação crítica do telespectador. O produto da televisão comercial é a audiência, baseada no entretenimento. Na TV governamental, o produto é a divulgação de ações e atos do Poder Executivo.

Na mesma data do início da transmissão digital televisiva no país, o governo estreou a primeira televisão pública brasileira, a TV Brasil, aproveitando o momento de migração tecnológica para realizar uma antiga aspiração da sociedade, delineada desde 1988, na Constituição Federal do país. A constituição previa, no artigo 223, que o sistema de radiodifusão teria as vertentes privada, governamental e pública, de forma a se complementarem.

A TV pública está distante do poder e do mercado, sua programação, linguagem e objetivos diferem significativamente dos da comercial e da estatal. Comum a todas elas, apenas os princípios da Constituição: os valores éticos e sociais da família, a regionalização da produção cultural, artística e jornalística e o estímulo à produção independente.

Embora a audiência não seja sua preocupação principal, a televisão pública desfruta de uma presença significativa na maioria dos Estados, onde suas programações locais mantêm ótimos níveis de audiência.

A televisão pública, teoricamente, deve ter em sua gestão influência direta da sociedade civil, não devendo estar subordinada nem às regras do mercado nem ao controle do poder político. É um serviço público que funciona independente do Estado, tanto do ponto de vista burocrático, como de produção e emissão de conteúdos.

Diferentemente da televisão comercial, a televisão pública deve oferecer uma programação com ênfase na informação artística, cultural, científica e educacional, deve, ainda, espelhar a diversidade territorial, abrir espaço para o debate de questões de interesse público, incorporar informações sobre as realidades regionais e valorizar a produção das emissoras públicas associadas.

Uma televisão comercial não pode se dar ao luxo de exibir programas de literatura ou de música clássica, pois estes não dão lucro, já a televisão pública tem o dever de mantê-los na grade, pois os cidadãos que, normalmente, não têm acesso às salas de concerto ou aos saraus literários, dependem dela para conhecer essas formas de arte.

Claro que não se faz uma boa programação pública apenas com folclore e clássicos. Claro que não se pode dar de ombros para as preferências dos telespectadores, tanto isso é verdade que uma das marcas das boas emissoras públicas é a sua capacidade de inovar e surpreender, dentro de uma grade diferente, diversificada e ampla.

As telenovelas estariam sendo usurpadas?

O que pode estar faltando para que os baixos índices de audiência das novelas voltem aos patamares históricos de anos atrás? Seria a falta de qualidade de atores? Seria a realização somente de remakes de histórias batidas e que já tiveram milhões de versões? Ou seriam as séries que estariam roubando o espaço das telenovelas?

Várias emissoras de televisão anunciaram recentemente a entrada no mercado das séries de televisão, entre elas a Televisa e a TV Azteca, tentando romper a monotonia de programar telenovelas durante várias horas ao dia.

As séries são mais destacadas na televisão dos Estados Unidos e da Espanha, esta última, recentemente, tem se tornado uma grande produtora de séries de todos os gêneros, e, em diversas ocasiões, com uma excelente qualidade cinematográfica.

Os brasileiros levam anos produzindo este gênero e têm ensinado seu público a entender e a seguir tanto as histórias das telenovelas como as das séries.

Com as telenovelas ocorre uma associação de ideias entrelaçadas, que permite ao espectador se adentrar na vida cotidiana das personagens, conviver com eles, crescer e triunfar com os protagonistas, e, por sua vez, vingar-se dos vilãos e solucionar aqueles temas da vida real através de histórias transmitidas pela televisão.

Tal associação não ocorre necessariamente nas séries, onde a “convivência” sofre sobressaltos inesperados e os capítulos podem ser de histórias independentes, que às vezes causam surpresas.

O risco de tender-se às telenovelas e não às series é muito alto em um público latino-americano que se acostumou a chorar e sofrer com as frustrações das telenovelas, e de triunfar com a simplicidade que somente elas alcançam. As séries transmitem outro tipo de emoção, e o telespectador habituado às telenovelas, não parece estar preparado para dar um salto e renunciar aos seus intermináveis capítulos.

Mas o que fazer se as histórias das telenovelas praticamente são semelhantes às de cinquenta anos atrás e somente podem refrescar a programação dramática? Seria então apostar em séries?

A decisão tem uma enorme responsabilidade, porque também é um risco em níveis de audiência, de gastos de produção e de tempos de gravações diferentes, geralmente mais altos que as telenovelas.

O certo é que as telenovelas não estão condenadas a morte, ao menos na América Latina, onde se parecem mais à vida diária que qualquer outro gênero. Portanto, não podemos dizer que as séries são a nova televisão, visto que este gênero, mesmo sendo criado também há muitos anos, no México, na Venezuela e em toda América Central, ainda é visto como algo distinto.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Biografia de Jacqueline Andere


INTRODUÇÃO

María Esperanza Jacqueline Andere y Aguilar nasceu em 20 de agosto de 1938, na Cidade do México, México. Mais conhecida como Jacqueline Andere, esta atriz faz parte da exclusiva lista de atrizes mais reconhecidas e respeitadas do meio artístico no México. É mãe da também atriz Chantal Andere.


SUA HISTÓRIA

Jacqueline iniciou sua carreira artística aos quinze anos como modelo e realizou seus estudos de atuação nos Estados Unidos. Ao terminá-los regressou ao México e ingressou no Instituto Cinematográfico, Teatral y de Radiotelevisión.

Posteriormente iniciou-se como atriz no teatro experimental e sua estreia no cinema mexicano teve lugar com sua participação no filme El vestido de novia, de 1958. Dois anos mais tarde, em 1960, conseguiu seu primeiro estelar na televisão em Vida por vida. Desde então sua trajetória tem sido extensa e admirada.

Dona de um prestígio que poucos artistas podem aspirar e conseguir, a fama de Andere não conhece fronteiras, tanto é que esta primeira atriz é querida e admirada inclusive pelo público chinês, que lhe motivou a visitar em repetidas ocasiões o país oriental, graças ao seu reconhecimento pelo trabalho realizado no filme Yesenia, de 1971, como o qual pôde internacionalizar sua carreira, se consolidando como uma estrela do cinema mexicano.

Na televisão, Andere já atuou em mais de cinquenta telenovelas. Com suas atuações em Corazón salvaje, El derecho de nacer, ambas de 1966, e Estranho poder, de 1983, fez com que toda América Latina a recordasse desde então.

Ainda em 1966, se casou com o diretor de cinema e escritor José María Fernández Unsaín, quem presidiu a Sociedad General de Escritores de México (SOGEM). Tal matrimônio perdurou até o falecimento de seu esposo, em 1997. Desta união tiveram uma filha, Chantal Andere, outra atriz reconhecida no meio artístico e com quem dividiu cenas na telenovela A outra, de 2002, na qual Chantal interpretava a versão jovem de sua mãe.

Seus trabalhos mais famosos se concentraram nas produções de Ernesto Alonso, nas quais interpretou personagens de diversas matizes, tais como a mal-intencionada Aimeé, em Corazón salvaje; a romântica Isabel, em El derecho de nacer; Paula, em Pecado de amor; Ana María, em Quiéreme siempre; Beatriz, em Estranho poder; Laura, em Nuevo amanecer; e Carmelita, em El vuelo del águila. Outros papéis de destaque foram Leticia, em Barata de primavera e o papel duplo que interpretou em Sandra y Paulina; além da caprichosa Rocío, em Ángeles blancos e Alma, em Serafim.

A artista é reconhecida não somente por suas famosas atuações do meio artístico, como também por ser uma pessoa de singular valia, por sua dedicação e apoio àquelas pessoas que requerem sua ajuda. Em 1985, quando o terremoto de setembro causou severos danos principalmente na Cidade do México, ela se solidarizou imediatamente com as tarefas de ajuda.

Em 1995, Jacqueline presidiu o Patronato Infantil da Asociación Nacional de Actores (ANDA). Durante esse mesmo ano, foi presidenta do Patronato da Fundación Ser Humano, associação que tem como objetivo ajudar pessoas portadoras do vírus HIV, tanto na Cidade do México, como em Guadalajara, Jalisco.

Dentro da geração de telenovelas mexicanas mais exitosas do começo deste século, Andere reafirmou sua popularidade fazendo o papel da malvada Bernarda Sáinz, em A outra, e de Alba San Román, em A madrasta, de 2005, uma produção de Salvador Mejía que causou sensação no público espectador a nível internacional. Do mesmo modo atuou em Peregrina, interpretando a antagonista Victoria Alcoser.

Atualmente se encontra atuando em mais um papel de vilã em Soy tu dueña, onde interpreta a mãe do protagonista da história vivido por Fernando Colunga.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2010 - Soy tu dueña (Leonor)
2009 - Hasta que el dinero nos separe (Zoraida)
2007 - Amor sin maquillaje
2006 - Peregrina (Victoria)
2005 - A madrasta (Alba)
2002 - A outra (Bernarda)
2000 - Mi destino eres tú (Nuria)
1999 - Serafim (Alma)
1998 - Angela (Emilia)
1997 - Desencuentro
1996 - Mi querida Isabel (Clara)
1995 - Alondra (atuação especial)
1994 - El vuelo de águila (Carmelita)
1990 - Ángeles blancos (Rocío)
1988 - Un nuevo amanecer (Laura)
1983 - Estranho poder (Beatriz)
1981 - Quiéreme siempre (Ana María)
1980 - Sandra y Paulina (Sandra / Paulina)
1978 - Pecado de amor (Paula / Chantal)
1976 - Mañana será otro día (Mariana)
1975 - Barata de primavera (Letícia)
1974 - Ha llegado una intrusa (Alicia)
1973 - Cartas sin destino (Rosina)
1971 - Encrucijada (Wendy Kepler)
1968 - En busca del paraíso
1968 - Leyendas de México
1967 - Dicha robada (Ofélia)
1967 - Amor en el desierto
1967 - Engáñame
1966 - Corazón salvaje (Aimeé)
1966 - El derecho de nacer (Isabel Cristina)
1966 - La dueña
1968 - El abismo
1965 - Alma de mi alma
1965 - Nuestro barrio
1964 - La vecindad
1964 - Gabriela
1964 - Siempre tuya
1963 - Agonía de amor
1963 - Cita con la muerte
1963 - Eugenia
1963 - Grandes ilusiones
1962 - El caminante
1962 - Encandenada (Laura)
1962 - Janina
1962 - Las momias de Guanajuato
1962 - Sor Juana Inés de la Cruz
1961 - Conflicto
1961 - La leona
1960 - Vida por vida


FILMES

1994 - La señorita
1987 - Una adorable familia
1982 - El cabezota
1978 - Picardia mexicana
1978 - La casa del pelicano
1978 - Los japoneses no esperan
1975 - Cristo de ama
1975 - Simón Blanco
1974 - Con amor de muerte
1974 - Crónica de un amor
1973 - Juego de la guitarra
1973 - Separación matrimonial
1972 - La gatita
1972 - Los enamorados
1972 - Hoy he soñado con Dios
1971 - Intimidades de una secretaria
1971 - Las puertas del paraíso
1971 - Yesenia
1971 - En esta cama nadie duerme
1971 - Vuelo 701
1971 - Nido de fieras
1970 - La noche violenta
1970 - Fallaste corazón
1970 - Quinto patio
1970 - Las chicas malas del Padre Méndez
1970 - El oficio más antiguo del mundo
1970 - Tres noches de locura
1970 - Los bestias jovenas
1970 - Los problemas de mamá
1970 - Trampas de amor
1969 - El día de las madres
1969 - Almohada para tres
1968 - El zangano
1968 - Un largo viaje hacia la muerte
1967 - Rocambole contra las mujeres arpias
1965 - El juicio de Arcadio
1965 - Lola de mi vida
1962 - Un día en diciembre
1962 - El ángel exterminador
1958 - El vestido de novia

PEÇAS TEATRAIS

2009 - Entre mujeres
2007 - Carlota emperatriz


SEUS PRÊMIOS

PRÊMIO ACE

2006 - Melhor atriz (A madrasta)

PRÊMIOS TVYNOVELAS

2003 - Melhor primeira atriz (A outra)
1998 - Melhor primeira atriz (Mi querida Isabel)
1995 - Melhor primeira atriz (El vuelo del águila)
1989 - Melhor primeira atriz (Nuevo amanecer)

A história das telenovelas brasileiras

No Brasil, assim como nos Estados Unidos, as teledramaturgias surgiram nos anos 50 a partir da adaptação das novelas de rádio para o então novo meio de comunicação. As primeiras novelas nesse formato foram adaptações de teledramaturgias latinas, vindas do México, Argentina e Cuba.

Em dezembro de 1951 foi ao ar Sua vida me pertence, a primeira telenovela brasileira. Foram quinze capítulos exibidos ao vivo de terças e quintas-feiras pela TV Tupi.

Ao longo dos anos 50 e 60, a teledramaturgia passou por várias transformações em seu conteúdo e no seu formato. Nos primeiros anos, a ausência do videoteipe fazia com que elas fossem exibidas ao vivo e apenas em dois dias por semana. Na década de 60, já com a possibilidade de serem gravadas, ganharam episódios diários, o que foi fundamental para prender a atenção dos telespectadores.

No final dos anos 60, as novelas finalmente ganharam uma cara brasileira. Até então, elas eram adaptações ou seguidoras do estilo dramalhão que dominava as teledramaturgias latino-americanas.

Em 1968, estreou Beto Rockfeller, produzida pela TV Tupi. Escrita por Bráulio Pedroso e dirigida por Walter Avancini e Lima Duarte, ela rompeu com o estilo melodramático e construiu uma história mais descontraída, com diálogos coloquiais, temas bem-humorados, trilha sonora pop e uma estética moderna, que dava uma cara brasileira e atualizada ao formato.

O sucesso de Beto Rockfeller fez com que as emissoras abandonassem definitivamente o estilo dramalhão importado dos países latino-americanos. Em 1969, a Globo aderiu ao novo modelo e encomendou a Janete Clair que adaptasse para a TV uma história que ela já tinha escrito para a rádio. Véu de noiva virou um sucesso e transformou a atriz Regina Duarte na “namoradinha” do Brasil.

Nos anos 70, as novelas viraram definitivamente um fenômeno de audiência, cuja repercussão extrapolou as fronteiras do país. Globo e Tupi dominaram a produção de novelas durante a década. Sucessos como Irmãos coragem e Pecado capital, de Janete Clair, e O bem amado e Saramandaia, de Dias Gomes, estabeleceram o início da hegemonia do modelo de novelas feitas pela Rede Globo. A Tupi, que havia iniciado a transformação da estética da teledramaturgia com Beto Rockfeller, conseguiu produzir outros sucessos como Mulheres de areia e O profeta, de Ivani Ribeiro, e Éramos seis, de Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho.

Quando começaram os anos 80, a estrutura de produção de teledramaturgias no Brasil já era tão sofisticada e profissional que as novelas de sucesso por aqui viraram produtos de exportação. Cerca de cem países, de Portugal à China, da Rússia à Austrália, chegaram a acompanhar os episódios dublados de produções como A escrava Isaura ou Dancin’ days.

A indústria nacional das telenovelas se concentrou na Rede Globo. Sua hegemonia foi poucas vezes ameaçadas desde a década de 80. Produções inovadoras e requintadas como Guerra dos sexos, Vale tudo, Roque Santeiro, Terra nostra e O clone, entre outras, garantiram os melhores índices de audiência da TV brasileira. Liderança que foi abalada somente em alguns momentos, como quando a Rede Manchete lançou a novela Pantanal, em 1990, ou mais recentemente com as produções da Rede Record, como Caminhos do coração e Os mutantes, e as adaptações de novelas latino-americanas produzidas pelo SBT.

Apesar de ainda ser um dos gêneros preferidos dos brasileiros, a audiência das novelas caiu no novo milênio, provavelmente devido à concorrência de novas opções que se tornaram acessíveis à população, como a TV a cabo e a Internet. A audiência das novelas da Globo atingiu em 2008 cerca de 40 milhões de espectadores diariamente, enquanto três anos antes a audiência era de 60 milhões.

Apesar da queda dentro do país, as novelas brasileiras ainda continuam a ser um valorizado produto de exportação. Segundo projeções da Globo, no começo dos anos 2000 as novelas comercializadas pela emissora foram assistidas por cerca de 70 milhões de espectadores anualmente no exterior.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Paixões ardentes


NOME ORIGINAL
Pasión de gavilanes

ESCRITORES
Júlio Jiménez e Rodrigo Triana

PRODUTORES
Hugo León Ferrer e Andrés Santamaría

PAÍS DE ORIGEM
Colômbia

NÚMERO DE EPISÓDIOS
60

ANO DE GRAVAÇÃO
2003

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004

EMISSORA
RedeTV!

TEMA DE ABERTURA
Temporal de lágrimas

INTÉRPRETE
Rio Negro & Solimões

Quando a saudade chega sofre o coração,
a vida vira um mar de dor e solidão,
o mundo é só tristeza e recordação,
felicidade presa nas garras da ingratidão.

O amor vai embora a sorte fecha o tempo,
lembrança fere a alma, o peito e o sentimento,
a luz do amor se apaga e as trevas é um tormento,
coração pede, implora, grita e chora, sozinho tudo é sofrimento.

Toda noite um temporal de lágrimas o rosto invade,
coração no peito pede liberdade,
pensamento aos poucos me deixando louco de saudade.

Toda noite sem destino sem saber o que fazer,
eu e a solidão falando de você,
tentando entender a razão e o por que de lhe perder...

O amor vai embora a sorte fecha o tempo,
lembrança fere a alma, o peito e o sentimento,
a luz do amor se apaga e as trevas é um tormento,
coração pede, implora, grita e chora, sozinho tudo é sofrimento.

Toda noite um temporal de lágrimas o rosto invade,
coração no peito pede liberdade,
pensamento aos poucos me deixando louco de saudade.

Toda noite sem destino sem saber o que fazer,
eu e a solidão falando de você,
tentando entender a razão e o por que de lhe perder...

Toda noite um temporal de lágrimas o rosto invade,
coração no peito pede liberdade,
pensamento aos poucos me deixando louco de saudade.

Toda noite sem destino sem saber o que fazer,
eu e a solidão falando de você,
tentando entender a razão e o por que de lhe perder...


ELENCO

Mario Cimarro: Ivan Reyes

Juan Alfonso Baptista: Oscar Reyes

Michel Brown: Franco Reyes

Danna García: Norma Monteiro Azevedo

Paola Rey: Helena Monteiro Azevedo

Natasha Klauss: Samantha Monteiro Azevedo

Germán Rojas: Leonardo Monteiro

Kristina Lilley: Gabriela Azevedo de Monteiro

Jorge Cao: Martim Azevedo

Ana Lucía Domínguez: Líbia Reyes / Ruth Uribe

Juan Pablo Shuk: Fernando Escandón

Zharick León: Rosana Montes

Júlio del Mar: Dr. Leônidas Coronado

Lady Noriega: Maria Josefa

Andrés Felipe Martínez: Malcolm Ríos

Pilar Álvarez: Violeta Villas

Margarita Amado: Rosita

Gustavo Angarita Jr.: Napuah Rosales

Santiago Bejarano: Bruno Ferraño

Geoffrey Deakin: Arthur Klaus

Helga Díaz: Betina

Claudia Dorado: Fanny

Carlos Duplat: Agapito Cortéz

Margarita Durán: Lídia

Eduardo Gómez: Tomás

Leonela González: Belinda Rosales

Clemencia Guillén: Carmela Gordi

Jaime Gutiérrez: Genaro Salinas

Raúl Gutiérrez: Jaime 'Justino' Bustillo

Jacqueline Henríque: Úrsula de Rosales

Samuel Hernández: Zacarias Rosales

Ricardo Andrés Herrera: Antônio Coronado

Tatiana Jaregui: Dominga

Herbert King: Vardo Herson

Ana Soler: Emilce Reinoso

Gloria Gómez: Eva Rodríguez

Juan Sebastián Aragón: Armando Navarro

Fernando Corredor: Calixto Uribe

María Margarita Giraldo: Raquel Santos de Uribe

Sebastián Boscán: Leandro Santos

Lorena Meritano: Dinorah Rosales

Andrea Villareal: Panchita

Consuelo Luzardo: Melissa

Carmen González: Quintina

Pedro Roda: Olegário

Talu Quintero: Eduvina Trueba


PERFIL DAS PERSONAGENS

Ivan (Mario Cimarro) – é um homem valente, empreendedor e responsável, o mais velho dos irmãos Reyes. Tem um temperamento forte, que às vezes o deixa impulsivo e beligerante. Ama seus irmãos e tem trabalhado toda sua vida para poder dar-lhes o melhor. Durante o transcurso da história assume o papel de irmão mais velho não somente de Franco e Oscar, mas também de Ruth e inclusive das irmãs Monteiro. Se apaixona perdidamente por Norma, com quem enfrentará diversos obstáculos.

Oscar (Juan Alfonso Baptista) – um rapaz vaidoso e atraente, porém de caráter duvidoso. Sua ambição o torna calculista e incontrolável. O dinheiro e a fama o encantam, somente pensa em poder viver bem com sua família, não está acostumado ao trabalho como seu irmão Ivan. É também o mais agressivo dos três irmãos e os envolve facilmente com suas artimanhas. Ele os conduzirá a uma vingança desordenada contra as irmãs Monteiro, porém ao estar com Helena, se torna carinhoso e romântico.

Franco (Michel Brown) – tem um temperamento retraído e não se complica. É conciliador e o mais calmo dos irmãos. É inteligente, porém não é muito de trabalhar. Tenta esquecer a tragédia de sua família nos braços de Rosana, até que esta o abandona. Com o passar do tempo se apaixona por Samantha.

Líbia (Ana Lucía Domínguez) – a menor dos Reyes, uma jovem inexperiente que se apaixona por Leonardo Monteiro, de quem se engravida, sem saber que este homem, mais velho que ela, é casado e tem três filhas.

Norma (Danna García) – a mais velha da irmãs Monteiro. É muito bonita, elegante, educada e sensual, porém muito revoltada. Quando era mais jovem foi violentada por estranhos. Primeiramente se casa com Fernando, em um casamento armado por sua mãe contra sua vontade. Ao conhecer Ivan os dois passam a se encontrar à noite e, depois de serem descobertos, Norma se divorcia de Fernando.

Helena (Paola Rey) – bondosa, alegre, complacente, muito astuta e romântica ao extremo, adora poesias e é tão sensível que chora por tudo. É incapaz de matar uma mosca e, quando é insultada, não revida. A princípio começa a sair com Franco, mas não por estar apaixonada, mas sim para conseguir sua liberdade e se divertir um pouco. Por uma confusão é sequestrada junto de Oscar e aí surge então o amor, chegando a se casar às escondidas. Juntos passam por problemas econômicos, mas se amam profundamente.

Samantha (Natasha Klauss) – a mais organizada das irmãs Monteiro, uma garota culta e elegante que se apaixona por Franco, o que faz com que sua mãe passe a tratá-la mal, já que até então ela era a única que não havia caído nos braços de algum Reyes.

Gabriela (Kristina Lilley) – esposa de Leonardo. Mãe de Norma, Helena e Samantha. Foi educada nas melhores escolas país. É muito católica, dedicada a obras beneficentes. É uma mulher culta, discreta e de personalidade forte. Se veste muito bem e ama suas filhas. Tem ímpetos de violência e angústia. Possui uma enorme capacidade de ferir sua família e estranhos, com palavras, já que é acostumada a impor suas ordens acima dos interesses alheios.

Leonardo (Germán Rojas) – era o esposo de Gabriela. Pai de Norma, Helena e Samantha. Este poderoso fazendeiro industrial tinha um romance com Líbia Reyes, muitos anos mais nova que ele. Enfrentava uma luta entre a honra e o amor, até o dia em que morreu ao cair de um cavalo.

Martim (Jorge Cao) – pai de Gabriela. Foi militar e não tem papas na língua, insulta a quem quer que seja e sua franqueza, por vezes, se confunde com grosseria. É inquieto e anda com sua cadeira de rodas por todos os cantos, para saber tudo o que acontece ao seu redor. Sabe de tudo, e o que não sabe inventa. Martim é inteligente, sagaz e malicioso.

Fernando (Juan Pablo Shuk) – marido de Norma, com quem se casou por interesse, ainda que finalmente acaba se apaixonando. É membro de uma família tradicional que está arruinada financeiramente. Culto, refinado e muito agradável com os outros, muda quando está com sua esposa, mostrando-se um homem violento. Mas, no fundo, sofre com sua insegurança e com o desprezo de sua mulher, a quem ama e odeia. Deseja se apoderar dos bens da família Monteiro após a morte de Leonardo. É muito amigo de Armando Navarro e Dinorah. Odeia profundamente Ivan. Se alia a Rosana, Armando e Dinorah para acabar com os irmãos Reyes e as irmãs Monteiro.

Rosana (Zharick León) – é uma talentosa cantora e dançarina do bar Alcalá. Muito simpática, graciosa e apaixonada. Gosta de sinceridade e tem ideias firmes. Obstinada e arrojada, Rosana está acostumada a lutar para viver e conquistar suas coisas por seus próprios méritos. É obcecada por Franco, mas como este não tem o dinheiro que ela deseja, decide se casar com Armando Navarro, com quem passa um longo período distante. Ao regressar se dá conta de que Franco é multi-milionário e deseja voltar com ele, mas este agora a despreza, já que está apaixonado por outra. Rosana fará o impossível para separar Franco de Samantha. Devido à relação que Armando tinha com Fernando, Rosana se torna aliada na causa de Gabriela e Fernando para separar os Reyes das Monteiro. Quando percebe que os planos de Fernando estavam relacionados com os de Dinorah em acabar com a vida dos Reyes, decide não participar mais. No final quase morre, mas do lado dos bons.

Armando (Juan Sebastián Aragón) – dono do bar Alcalá. É um homem rico que segue a máfia. É apaixonado por Rosana e está disposto a tudo para mantê-la a seu lado, custe o que custar. Amigo de Fernando, odeia Franco, já que Rosana estava interessada por ele.

Dinorah (Lorena Meritano) – é uma mulher de caráter forte, se apaixona perdidamente por Ivan e está disposta a fazer o que for para conquistá-lo, separando-o de Norma. Se torna cúmplice de Armando e Fernando, com quem também mantém uma relação amorosa.

Ruth (Ana Lucía Domínguez) – é uma jovem linda e elegante, filha adotiva de Raquel e Calixto, sem saber. É muito parecida com Líbia, a irmã dos irmãos Reyes. Quando os conhece, sente grande carinho já que resultará ser sua prima.

Eva (Gloria Gómez) – empregada da família Monteiro e logo dos Reyes, se alia a estes para se vingar de sua patroa, a quem odeia desde que lhe obrigou a entregar sua filha em adoção. É a verdadeira mãe de Ruth.

Carmela (Clemencia Guillén) - Cúmplice inseparável de Malcolm em suas intrigas,  a desprezível criada consegue tornar a vida de Martim e de suas três netas um verdadeiro inferno.

Raquel (María Margarita Giraldo) – mãe de Ruth, tia de Leandro e de Benito. É uma mulher muito severa, que vive fechada em sua casa cuidando de seu marido Calixto.

Calixto (Fernando Corredor) – pai adotivo de Ruth e esposo de Raquel. Está prostrado em uma cadeira de rodas e apenas pode falar. Morre com sua esposa em acidente de carro, quando este choca com o dos assassinos de Armando, enquanto estes eram perseguidos.

Leandro (Sebastián Boscán) – sobrinho de Raquel e Calixto, primo de Ruth e irmão de Benito. Quer se tornar o herdeiro de seus tios afim de se casar com Helena. Abre uma casa de modas.

Melissa (Consuelo Luzardo) – mãe de Leandro e Benito, cunhada de Raquel. Viajou por todo o mundo e, ao voltar, se apaixona por Leônidas Coronado.


INTRODUÇÃO

Pasión de gavilanes é uma telenovela colombiana produzida pela Telemundo, Caracol Televisión e a RTI. Foi protagonizada pelos atores Mario Cimarro e Danna García.

Um drama intenso cheio de intrigas, romances e vingança com assombrosos resultados, uma produção onde o amor pôde mais que o rancor e o ódio. Com atores de primeira, este apaixonante drama marcou a vida de três homens e três mulheres em uma história de amor, honra e traição.


RESUMO

Paixões ardentes conta a história dos irmãos Reyes: Ivan, Oscar e Franco, três jovens honrados e de bom coração, que depois de deixarem sua casa após o assassinato de seus pais, chegam à outra cidade, onde são proprietários de uma padaria, com a qual passam a ganhar a vida de maneira modesta, mas digna.

Ivan, o mais velho deles, é quem dirige o trabalho e também se constitui no chefe do lar. É um homem forte, empreendedor e responsável, mas também demasiado restrito e primitivo, o que não agrada aos seus outros irmãos, que o veem como um pai severo, incapaz de tolerar alguma falha.

Oscar, se diferencia de Ivan por sua desmedida astúcia. É muito ambicioso e calculista, não se conforma com a sorte e sempre busca o dinheiro da maneira menos suspeita.

O terceiro irmão é Franco, fisicamente atraente como seus irmãos, mas muito mais fraco de caráter, visto que é um boêmio que sonha com belas mulheres e se apaixona facilmente, como no caso de Rosana Montes, a cantora de um bar, cujos encantos conseguem deixá-lo transtornado.

Líbia Reyes, a menor dos irmãos, tem apenas dezessete anos. É a alegria e a grande preocupação de seus irmãos, que têm por ela um ciúme exagerado, por ser a única mulher. Os problemas serão apresentados por sua culpa.

Líbia esconde de seus irmãos que está apaixonada, e que o homem é Leonardo Monteiro, um rico fazendeiro acima de sua classe social, mas que também a ama. Seus irmãos quando descobrem ficam indignados e tentam separá-los, sobretudo Ivan, que não admite aquela relação sob nenhum ponto de vista, ainda que Leonardo confesse que suas intenções são as melhores e que Oscar tente convencê-lo, apoiando a relação já que vê em Leonardo uma porta para suas comodidades. A situação se complica, quando Líbia confessa que está grávida, sem saber que, irremediavelmente, Leonardo é casado.

A família de Leonardo está composta por Gabriela Azevedo, sua esposa, uma mulher soberba, intolerante e preconceituosa, acostumada a impor suas ordens sobre os interesses alheios; Norma, a filha mais velha, tanto bela como azarada, já que foi vítima de uma violação e se encontra casada com um homem a quem rejeita, imposto por sua voluntariosa mãe, e suas outras filhas, Helena e Samantha, manipuladas por Gabriela, que as nega o direito de viver plenamente sua juventude, mantendo-as reprimidas e sob vigilância.

Martim Azevedo, o pai de Gabriela, é o único que parece escapar de sua insuportável ditadura. É um velho militar, que ficou inválido, e está preso à uma cadeira de rodas, na qual se desloca por todos os cantos da casa vociferando, apalpando as empregadas e averiguando segredos. Divertido, terno e compreensivo, ele não se intimida em expressar o que pensa, ainda que tenha que escandalizar e castigar.

Outro membro dessa família é Fernando Escandón, o esposo de Norma. Distinto, elegante e culto, se casou por interesse, já que sua família estava arruinada. Vive como um parasita, já que não gosta de trabalhar, mas sim, gosta de torrar o dinheiro em cassinos e clubes que frequenta. Todos eles vivem em uma fazenda, a qual Leonardo Miranda está decidido a renunciar, para se dedicar exclusivamente à Líbia Reyes, mas a morte o surpreende em um inesperado acidente ao montar um cavalo.

Ao saber sobre a morte de Leonardo e descobrir que ele era casado, Líbia vai até sua fazenda, pressionada pelos maus conselhos de alguns vizinhos que a convencem de que tem direito a reclamar. Longe de obter algum benefício, Líbia é maltratada e humilhada pela implacável Gabriela, que a expulsa da fazenda. Em sua desesperação, sozinha e desiludida, Líbia acaba com sua vida, se jogando de uma ponte.

Quando Franco, Ivan e Oscar descobrem tudo, juram vingar a morte de sua irmã e se dirigem à fazenda dos Monteiro. Chegando lá não encontram Gabriela, pelo que decidem ficar na fazenda, fazendo-se passar por pedreiros que Gabriela havia contratado para construir uma casa separada para Norma e Fernando.

Ao conhecer as irmãs Monteiro, Oscar pretende convencer aos seus irmãos de que mudem seus planos de vingança e seduzam as irmãs Monteiro, para pagá-las com a mesma moeda, ainda que sua verdadeira intenção seja usufruir o dinheiro que possuem, melhorando, assim, sua situação.

Ivan finge aceitar a proposta e Franco se deixa levar, já que está realmente apaixonado por Rosana, a cantora do bar. E, assim, iniciam o plano de vingança seduzindo as filhas de Gabriela: Norma, Helena e Samantha, contando com a ajuda de Vera, a governanta da fazenda.

Ainda que o seu objetivo seja seduzir as irmãs Monteiro para conseguir sua vingança, Ivan cai em sua própria armadilha quando se apaixona perdidamente por Norma, ao vê-la pela primeira vez, e até mesmo esquece sua vingança. Já, os sentimentos e paixões desta romântica mulher também afloram ao conhecer Ivan, que acaba tirando-lhe todo o sentimento de amargura e isolamento na qual estava emergida.

O plano de vingança fracassa e acaba ocasionando um grande amor entre Helena e Oscar, Samantha e Franco e, por fim, Norma e Ivan, que encontrarão uma série de obstáculos em seu caminho, os quais deverão superar para serem felizes.


CURIOSIDADES

É o remake da telenovela Las aguas mansas, de 1994, protagonizada por Juan Carlos Gutiérrez, Juan Sebastián Aragón e Luigi Aycardi como os irmão Reyes, e Patricia Maldonado, Margarita Ortega e Fabiana Medina como as irmãs Monteiro.

Paixões ardentes contou com atuações de alguns atores colombianos que participaram da primeira versão Las aguas mansas.

Exibida no Brasil em 2004 pela RedeTV!, com o nome de Paixões ardentes saiu do ar pela metade, sem o fim exibido, já que chegou a marcar vários dias 0 ponto de audiência. A trama tinha dias em que marcava 0,2 ponto com picos de 1 ponto e 1,5% de participação, uma das audiências mais baixas. Segundo alguns jornais, a RedeTV! só tirou a trama do ar porque o seu departamento comercial não conseguiu vender nenhuma cota.

Em 2008, a Televisa produziu seu remake intitulado Fuego en la sangre, protagonizado por Eduardo Yáñez, Jorge Salinas e Pablo Montero, como os irmãos Reyes, e Adela Noriega, Elizabeth Alvarez e Nora Salinas, como as irmãs Monteiro.

Para este ano de 2010, foi a vez da Espanha produzir uma série com o roteiro de Pasión de gavilanes. Estreada em 19 de abril, a série Gavilanes é transmitida pelo canal Antena 3 todas as segundas-feiras e tem como protagonistas Claudia Bassols e Rodolfo Sancho.


COMENTÁRIOS

Esta novela, como todas as outras da Telemundo, teve uma excelente realização, mas o roteiro como sempre deixou a desejar. Seu principal atrativo, além dos atores e atrizes protagonistas, foi a combinação de elementos dramáticos, em alguns casos muito forçados, e elementos cômicos, como a forma que os irmãos Reyes encontravam para resolver seus conflitos.

O amor entre os irmãos Reyes, muito mais que o da irmãs Monteiro, foi outro aspecto original da novela, já que o roteiro original da novela Las aguas mansas, na qual se baseia Paixões ardentes, era muito mais trágico, e o propósito de vingança dos irmãos Reyes era real. A personagem de Ruth, na novela original era irmã e não prima dos Reyes, algo que foi mudado, supondo que Telemundo ou seus roteiristas considerassem inaceitável que Eva, uma personagem boa tivesse um filho com um homem casado.

Em Paixões ardentes, a vingança é tão descafeinada que não se entende que uma coisa tão simples separe Norma e Ivan, assim como Helena de Oscar durante tantos meses.

Porém, apesar dos despropósitos do roteiro, da repetição de situações, do desperdício de elementos dramáticos, e da perda da tensão dramática muito antes do final, Paixões ardentes teve cenas belíssimas, com boas interpretações, cenas cômicas merecedoras de Oscar, cenas festivas e cenas de brigas que combinaram vários elementos, trazendo entretenimento aos telespectadores.

Gata selvagem


NOME ORIGINAL
Gata salvaje

ESCRITOR
Alberto Gómez

PRODUTORES
Alfredo Schwarz e Arquímedes Rivero

PAÍS DE ORIGEM
Estados Unidos

NÚMERO DE EPISÓDIOS
250

ANO DE GRAVAÇÃO
2002

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2003

EMISSORA
RedeTV!

TEMA DE ABERTURA
Gata salvaje

INTÉRPRETE
Pablo Montero

Es algo muy natural sacar las uñas y dientes,
cuando algo nos sale mal y nos maltrata la gente.
Pero ella debe entender que yo sí soy diferente
y no me alcanzarán sus siete vidas para adorarla,
y no me alcanzará toda la vida para enamorarla.

Gata salvaje con tu pasión,
con tu dulzura arráncame el corazón.
Gata salvaje con tu pasión,
con tu dulzura arráncame el corazón.

Y mírame con tus ojos
que tú eres la más bonita,
al verlos yo me estremezco
porque son ellos de agua vedita.
¡Te digo!

Gata salvaje con tu pasión,
con tu dulzura arráncame el corazón.
Gata salvaje con tu pasión,
con tu dulzura arráncame el corazón.
Gata salvaje con tu pasión,
con tu dulzura arráncame el corazón.
Gata salvaje con tu pasión,
con tu dulzura arráncame el corazón.

Y déjame acariciarte,
rozar esa piel tan fina,
besar esos labios rojos
que nunca vi cosa más divina.

Es algo muy natural sacar las uñas y dientes,
cuando algo nos sale mal y nos maltrata la gente.
Pero ella debe entender que yo sí soy diferente
y no me alcanzarán sus siete vidas para adorarla,
y no me alcanzará toda mi vida para enamorarla.

Gata salvaje con tu pasión ¡qué bonita!,
con tu dulzura arráncame el corazón.
Gata salvaje con tu pasión ¡qué preciosa!,
con tu dulzura arráncame el corazón.

Y mírame con tus ojos,
que tú eres la más bonita,
al verlos yo me estremezco
porque son ellos de agua vedita.
¡Te digo!

Gata salvaje con tu pasión ¡qué bonita!,
con tu dulzura arráncame el corazón.
Gata salvaje con tu pasión ¡qué preciosa!,
con tu dulzura arráncame el corazón.

Y déjame acariciarte,
rozar esa piel tan fina,
besar esos labios rojos
que nunca vi cosa más divina.

Gata salvaje con tu pasión ¡qué bonita!
con tu dulzura arráncame el corazón ¡oye mamita!
Gata salvaje con tu pasión ¡qué preciosa!,
con tu dulzura arráncame el corazón.


ELENCO

Marlene Favela: Rosaura Ríos Olivares

Mario Cimarro: Luís Mário Arismendi

Carolina Tejera: Eva Granados

Ariel López Padilla: Patrício Rivera

Marjorie de Sousa: Carmélia Valente

Sergio Catalán: Gabriel Valência

Adamari López: Karina Ríos

Ana Karina Casanova: Luciana Montero

Frances Ondiviela: Maria Júlia Rodríguez

Fernando Carrera: Rafael Granados

Julio Alcazar: Anselmo Ríos

Liliana Rodríguez: Francisca López

Mara Croatto: Eduarda Arismendi

Norma Zuñiga: Caridade Montes

Marisela Buitrago: Claudia Olivares

Juan Alfonso Baptista: Bruno Villalta

Hada Bejar: Dona Cruz Olivares

Sandro Finoglio: Maximiliano Robles

Ismael La Rosa: Iván Ríos

Sandra Itzel: Aninha Ríos

Silvana Arias: Helena Arismendi

Virna Flores: Milena Palácios

Cesar Roman: Imanol Lander

Carlos Cuervo: Professor Fernando

Yolly Domínguez: Valéria Montemar

Charlie Masso: Rodrigo Valência

Julio Capote: Samuel Tejar

José Val: Abel Tapia

Angie Russian: Laurita Montemar

Jessica Cerezo: Silvia Granados

Dayana Garroz: Wendy Torres

Pilar Hurtado: Martha Acuña

Silvestre Ramos: Júlio Aldama

Luisa Castro: Griselda Ortiz

Agatha Morazzani: Charito Lander

Carlos Mesber: Carlos

Christina Dieckmann: Estela Maria

Viviana Gibelli: Jaqueline Tovar

Osvaldo Ríos: Silvano Santana Castro

Aura Cristina Geithner: Maribella Tovar


INTRODUÇÃO

Gata selvagem foi uma telenovela venezuelana, produzida pela Fonovideo, em parceria com a Telemundo, em Miami. No Brasil, a telenovela foi exibida em 2003 pela RedeTV!, sendo substituída por Paixões ardentes.


RESUMO

Rosaura é uma jovem humilde que vive de favor na fazenda dos Arismendi, perto de Miami. Seu pai é um bêbado e Maria Júlia, sua madrasta, não a ama. Maria Júlia tem uma filha, a ociosa Karina, que também vive com Rosaura.

Para manter sua família, Rosaura se vê obrigada a ter três empregos. Pelas manhãs vende refrescos numa praia, onde é cortejada por Bruno, o salva-vidas. Às tardes, a empenhada jovem trabalha como secretária numa agência de detetives, e durante as noites, trabalha no bar de uma discoteca.

A Fazenda Arizmendi é propriedade da cruel Eduarda, que vive em companhia de sua prima Luisana, a quem vive atormentando. Luisana deseja ingressar em um convento, mas sua prima não permite. Todos ignoram que Luisana sofre de uma dupla personalidade, e todas as noites vai a bares sob a identidade da sensual Sirena.

Luís Mário, irmão de Eduarda, vivia em Madri, longe de sua família, tentando esquecer, em vão, a morte de Camélia, sua esposa, que morreu em um acidente. Finalmente, decidiu voltar e buscar alívio com o trabalho no campo. Ao chegar, seu jato se acidenta e ele é resgatado por Rosaura, a quem retribui com um beijo. Enfurecida, a moça o arranha. Desde então, ele a chamará de Gata selvagem.

A fazenda Arizmendi está à beira da falência. Para resgatá-la, Eduarda arranja um noivado entre seu irmão e a milionária Eva Granados. Não só Luís Mário se recusa, como também, por vingança, casa-se com Rosaura. Este será o começo do longo martírio da Gata selvagem, já que, além de suportar desprezos e intrigas por parte de Eduarda e Eva, terá que enfrentar o retorno de Camélia, a esposa de Luís Mário que fingiu sua própria morte para fugir com um amante.


CURIOSIDADES

A trama começou a ser exibida às 15h40, depois foi passada para 16h30.

Segundo informações do Jornal O Globo, devido à atrasos de três meses no pagamento à empresa de dublagem Herbert Richers, do Rio de Janeiro, a RedeTV! teve que contratar os serviços de outro estúdio em São Paulo, o Dublavídeo. Isso aconteceu após dois meses de exibição da telenovela, quando seus atores ganharam novas vozes.


COMENTÁRIOS

Remake de uma telenovela venezuelana de mesmo nome, protagonizada por Rosalinda Serfaty e Eduardo Luna, esta versão, agora protagonizada por Marlene Favela e Mario Cimarro teve incontáveis tramas e personagens que entravam e saíam da novela sem motivo aparente. Ainda que obteve muitíssimo êxito nos Estados Unidos, aqui no Brasil foi muito diferente, e não rendeu a audiência esperada pela RedeTV!

Marlene Favela e Mario Cimarro possuíam atributos e qualidades físicas para interpretarem grandes papéis, mas, ao que pareceu, deixaram a desejar.

Partindo do argumento no qual Luís Mário, caído em depressão por haver perdido sua mulher em um suposto acidente de barco, decide voltar à Miami para trabalhar em sua fazenda. Chegando lá sofre um acidente de avião e Rosaura o acode. Após se tornar um presente caído do céu, Luís Mário decide se casar com ela para esquecer sua ex, mas, passando cerca de um mês, se dá conta que não a quer mais.

Pudemos observar que Luís Mário, não passava de um pegador. Assim como um beija-flor de flor em flor, brincava com Rosaura, mas percebia que realmente gostava dela quando a abandonava grávida, mesmo sem sabê-lo.

Mesmo passando a novela toda, ou pelo menos, a parte que foi exibida, dizendo que a queria muito, Mário não era capaz de convencer, já que vivia com duas ou três mulheres que não Rosaura. Primeiro Eva, que o fez acreditar que esperava um filho seu e ele acreditou, logo com Maribella, que o fez acreditar que ficara cega também por sua culpa.

Para Rosaura, ainda a suspirar Luís Mário, por quem foi abandonada, parecia que a única coisa que importava era o filho que perdeu. E, quando se engravida novamente, tampouco faz alguma coisa para recuperar seu amor. Pelo contrário, passa o tempo conquistando todos os que cruzam seu caminho para causar ciúmes em Luís Mário, que nem se importa.

Chega a se casar com Patrício por engano, e não é capaz de pedir divórcio, já que este, além de a ter iludido, a maltrata, mas ela, entre tapas e beijos, incrivelmente, ainda é capaz de sentir compaixão pelo moribundo quando este se enferma.

Resumindo, houve infinitas tramas bastante absurdas para distanciar as personagens que, ao que pareceu, realmente não se queriam, já que passavam o tempo todo se tratando com repugnância, mas que, de vez em quando, lembravam que se amavam.

Aparte da história dos protagonistas, que de todas foi a mais rocambolesca, o sem-fim de secundários que apareciam na telenovela também tinham histórias sem pés nem cabeça, que por muitas vezes apareciam e se desvaneciam em um estalar de dedos.

Quase todos os atores estavam sobre atuando, e os gritos e berros eram a ordem do dia, ouvidos, sobretudo, pelas atrizes que interpretavam as vilãs.

O que também destacou foi o fato de quase todas as atrizes luzirem rostos graciosos, decotes e outras artimanhas para o desfrute do público masculino. De qualquer maneira, o público feminino também pôde apreciar Cimarro exibindo seu peitoral.

Vale destacar que também houveram cenas que, apesar de terem a intenção de ser dramáticas, tiveram a capacidade de resultarem ridículas. Mesmo não tendo graça pela circunstância, uma cena quando nasce a irmã pequena de Luís Mário é motivo de deboche. Ao ser revelado a Luís Mario e Rosaura que a menina nascera com problemas físicos devido a alcoolização da mãe, o médico lhes ia contando o fato de a criança ter nascido sem as mãozinhas, e os dois choravam, e tampouco tem pezinhos, e os dois se olhavam: Oh! não tem pezinhos!, realmente um diálogo grotesco sem pé nem cabeça.

Igualmente grotesca é a cena em que a vilã é devorada por um crocodilo e, quando Luís Mário chega para explicar a todos o que sucedeu, estes escutam e não dão a mínima, como se esta fosse a causa mais normal de mortalidade em Miami.

Para não dizerem que aqui só foi destacado o lado ruim da telenovela, quem obteve destaque foi Liliana Rodríguez, em sua atuação como Francisca. Realmente suas aparições eram cômicas e conseguiam tirar risos de alguns espectadores, além de seu papagaio que soltava as fofocas e os segredos da casa.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Guerra de las teleseries

Guerra de las teleseries é a denominação que recebe a disputa entre as emissoras de televisão chilenas Canal 13 e TVN (Televisión Nacional de Chile), líderes na produção de telenovelas (chamadas teleseries, no Chile), durante o primeiro e segundo semestre do ano, ainda que outros canais como Chilevisión e Megavisión também tenham participado da disputa pela audiência.

Atualmente no Chile, as telenovelas do horário nobre são transmitidas de março a setembro e de setembro a janeiro ou fevereiro do próximo ano, no horário entre as 20h00 e 21h00. Ao "ganhar" este horário, as emissoras conseguem garantir a sintonia para o horário dos noticiários (das 21h00 às 22h00) e o primetime (das 22h00 em diante). Para isso, ambas emissoras realizam um investimento publicitário milionário e se utilizam de todos seus recursos, como, por exemplo, a participação de seus atores em diversos programas de cada emissora.

O termo Guerra de las teleseries originou-se em 9 de março de 1993, quando o jornal La tercera, intitulou "Arde guerra de teleseries", em alusão a estreia de Jaque Mate, a telenovela do primeiro semestre de TVN, que havia estreado no dia anterior, e que, finalmente, foi derrotada por Marrón glacé, do Canal 13, que estreou na semana seguinte a anterior.

A "guerra" se intensificou logo que nas temporadas de 1993 e 1994, todas as telenovelas do canal público derrotaram as do Canal 13, que até então era o líder de audiência. No primeiro semestre de 1995, o lançamento de Estúpido cupido, na TVN, e El amor está de moda, no Canal 13, provocou um forte clima de tensão entre ambas emissoras de televisão.

Entre 1997 e 1999, Megavisión também entrou na disputa, mas deixou de produzir telenovelas após a baixa recepção de Rosabella, Algo está cambiando e de sua segunda telenovela, Santiago city, que teve somente 17 capítulos e foi substituída por programas "enlatados".

Durante estes anos, as produções de Vicente Sabatini (Estúpido cupido, Sucupira, Oro verde, Iorana, La fiera e Romané), durante o primeiro semestre do ano, obtiveram índices altíssimos de audiência e desbancaram as produções do Canal 13, que obteve a vitória sobre as produções da TVN durante o segundo semestre de cada ano, com produções como Amor a domicilio, Adrenalina, Playa salvaje, Marparaíso e Cerro alegre.

Devido a esta "guerra", o Canal 13 enfrenta uma grave crise econômica no ano 2000, o que leva o canal a adiar sua telenovela do segundo semestre, Corazón pirata, para o ano seguinte sendo substituída pela telenovela colombiana Betty, a feia, que foi transmitida no horário das 20h00 e, em um fato inédito na história da televisão chilena, consegue derrotar a telenovela nacional Santoladrón da TVN. No ano seguinte, o Canal 13 obteve maus resultados em ratings com Corazón pirata e Piel canela, diante dos históricos êxitos da TVN, Pampa ilusión e Amores de mercado.

No ano 2002, a "Guerra de las teleseries" parecia haver terminado, quando a TVN aparece como a única produtora e o Canal 13 tenta recuperar a depressão na qual se encontrava, competindo até então com a importação de novelas brasileiras.

A recuperação do Canal 13 começa com Buen partido, co-produzida com a produtora argentina Pol-ka, que, mesmo não obtendo o êxito necessário, impulsionou grandemente a ascensão do que seria no próximo ano.

Em 2003, o Canal 13 trata de recuperar sua área dramática com Machos. Ainda que, durante as primeiras semanas, Puertas adentro da TVN obteve melhores índices, Machos se encontrava muito próxima e superava a produção de Sabatini em meados de abril, algo que não acontecia desde 1995. Diante do êxito obtido com Machos, o Canal 13 decide não produzir uma telenovela no segundo semestre, optando por esticá-la até finais de outubro. Após o último capítulo, imediatamente começa a repeti-la em versão editada, com o nome de Machos gold, que não alcança o mesmo êxito que obteve a telenovela em sua transmissão original. Pecadores, a telenovela do segundo semestre da TVN, alcança uma baixa sintonia, mas com o pasar do tempo consegue superar a repetição de Machos.

Em 2004, confiando no êxito de sua predecessora, o Canal 13 lança Hippie, mas não alcança o êxito esperado diante de Los princhera, da TVN. No segundo semestre, Destinos cruzados, da TVN, começa derrotando Tentación, mas no final do ano, ambas se estabilizam com níveis similares, porém, Tentación consegue avantajar levemente Destinos cruzados erm algumas de suas últimas exibições durante 2005. Ainda em 2004, Mega lança Xfea2, uma telenovela juvenil, que consegue tomar vários pontos das principais telenovelas, efeito que se repetiria no ano seguinte.

Em março de 2005, Sabatini decide tomar um descanso e somente dirige os primeiros capítulos de Los capo, produção da TVN que obtém os mais baixos índices de uma telenovela deste canal durante anos, enquanto Brujas, sua concorrente, alcança um importante êxito. No segundo semestre, Gatas & tuercas do Canal 13 consegue um rating importante e supera facilmente Versus, da TVN.

Para o primeiro semestre do ano de 2006, a estreia de Cómplices e Descarado, de TVN e Canal 13 respectivamente, estiveram relativamente equilibradas nos primeiros dias de exibição, no entanto, a TVN decidiu iniciar sua transmissão 15 minutos antes, o que rompeu o equilíbrio entre ambas produções. Cómplices superou amplamente Descarado, ainda que esteve abaixo dos índices de anos anteriores.

Em setembro de 2006, o Canal 13 decide estrear Charly Tango sem esperar o final de Cómplices e o início da exitosa Floribella, mas obtém os piores índices de audiência para o canal e a produção, após dois meses de exibição, é transferida para o horário das 18h30. No entanto, a Mega decide por colocar nesse horário Casado con hijos, que consegue destaque se iguala à sintonia das grandes produções dramáticas da TVN e do Canal 13.

No primeiro semestre de 2007, surge uma grande tensão entre ambos canais. O Canal 13 aposta em Papi Ricky e a TVN em Corazón de María, que, brigando ponto a ponto pelo rating, e mesmo com pouca diferença, consegue o triunfo. Nesse mesmo ano, outro canal, o Chilevisión, lança sua primeira produção, chamada Vivir con 10, que não alcança bons índices de audiência.

Após o final de Corazón de María, a TVN lança a telenovela do segundo semestre, Amor por accidente, a Mega lança Fortunato e o Canal 13 decide por esticar por um mês Papi Ricky, que em seus últimos meses ao ar, consegue ótimos resultados, superando suas concorrentes. A TVN e a Mega conseguem os mais baixos índices após vários anos, o que se intensifica quando o Canal 13 estreia a telenovela do segundo semestre, Lola, que consegue grande sintonia e derrota facilmente a concorrência.

Chega o ano de 2008 e, novamente, os canais TVN, Canal 13 e Chilevisión se enfrentam com as telenovelas do primeiro semestre: Viuda alegre, Don amor e Mala conducta, respectivamente, alcançando audiências similares.

A TVN decide deixar a competição para a disputa entre os canais Chilevisión e Canal 13, mas uma semana depois, após a estreia de Viuda alegre, TVN consegue a melhor audiência, ainda que com pequena margem de diferença. No entanto, o Canal 13, com Don amor em segundo lugar, decide esticar a telenovela Lola, de 2007, que contava com seus últimos capítulos. Com esta ideia, a telenovela do canal 13 leva o semestre, salvando Don amor de um enorme fracasso e deixando definitivamente Viuda alegre, da TVN em segundo lugar.

Em setembro de 2008, a TVN estreia sua nova telenovela, Hijos del monte, que consegue superar os finais de Lola. Devido a baixa audiência, o Canal 13 adianta o final da trama para novembro e repete Brujas que passa a disputar com Hijos del monte, porém Brujas é mudada de horário, deixando, assim, a telenovela da TVN sem concorrente, terminando em março de 2009.

Em março de 2009, o Canal 13 e a TVN tinham previsto o lançamento de Cuenta conmigo e Los exitosos Pells, para 3 de março e 9 de março respectivamente, mas tudo toma outro rumo quando o Canal 13 lança sua telenovela no meio do reality 1810, obtendo 30,5 pontos de rating. No dia seguinte, a TVN ataca lançando Los exitosos Pells, após o capítulo de Hijos del monte, que se encontrava na sua reta final, obtendo 24,4 pontos. Finalmente, Los exitosos Pells consegue se impor como a vencedora do primeiro semestre de 2009, diante de Cuenta conmigo do Canal 13, que, mesmo assim, consegue uma vantagem contra sua rival em seus últimos capítulos.

Durante o segundo semestre Los ángeles de Estela, da TVN, consegue se impor diante da concorrência, ainda que com índices baixos em comparação a anos anteriores, contando com 31 pontos em seu início, decai para 10 pontos em média e acumula 15 pontos de setembro de 2009 a março de 2010, enquanto que Corazón rebelde, do Canal 13, e Sin anestesia, da Chilevisión, se mantiveram com 13,4 e 8 pontos respectivamente, em uma "guerra" sem muitas expectativas.

Em 15 de março de 2010, dá-se início a Martín Rivas e a Manuel Rodríguez, novelas de época da TVN e da Chilevisión, respectivamente, e quem lidera a audiência é a aposta do canal público, TVN, com 17 pontos, seguida de Manuel Rodríguez que alcança 12 pontos, o Canal 13 com Feroz, registra 9 pontos nesse mesmo dia.

Ultimamente, a antiga tradição de se iniciar telenovelas no mesmo dia e as transmitir no mesmo horário tem dado lugar à diversificação de produções para distintos horários e tipos de público já que estas produções não mais determinam o futuro econômico das distintas emissoras televisivas. Alem disso, a sintonia, antes concentrada em dois canais, já tem se distribuído entre quatro emissoras, o que fez com que os índices das telenovelas caíssem de maneira considerável nos últimos tempos.