quinta-feira, 13 de maio de 2010

Biografia de Lucía Méndez


INTRODUÇÃO

Lucía Leticia Méndez Pérez nasceu em León, estado de Guanajuato, no México, em 26 de janeiro de 1955. Filha do engenheiro Antonio Méndez Velasco e da contadora Martha Ofelia Pérez, Luciá é irmã de Carlos Antonio, Martha Minerva e Jorge Abraham. É atriz, cantora e empresária.


SUA HISTÓRIA

Lucía Méndez começou sua carreira artística como modelo e, em 1971, realiza sua primeira atuação em Muchachita italiana viene a casarse. Já no ano seguinte recebeu o título El rostro de El Heraldo de México, dado à mulheres bonitas e bem sucedidas do México. A partir de então, devido à sua persistência, talento e esforço, recebeu diversas propostas para atuar em telenovelas.

No ano seguinte, em 1972, adentra também o mundo do cinema atuando no filme Vuelven los campeones justicieros e, em 1973, divide seu tempo atuando em duas telenovelas La maestra Méndez e Cartas sin destino além do filme El hijo del pueblo.

Em 1974 participa de dois filmes El desconocido e Cabalgando a la luna, além da telenovela La tierra. No ano seguinte consegue o papel de sua primeira personagem importante na telenovela Paloma, junto a Andrés García e Ofelia Medina. Ainda neste ano recebe o prêmio Calendario Azteca, como revelação na televisão e atua no filme Más negro que la noche.

Ainda em 1975, Lucía Méndez se torna conhecida como cantora com as canções rancheiras lançadas em seu primeiro álbum Siempre estoy pensando en ti, que chegou a vender um milhão de copias.

No ano de 1976, devido ao prêmio Calendario Azteca, recebido no ano anterior, Lucía ganha seu primeiro papel protagônico na telenovela Mundos opuestos, além de duas atuações nos filmes deste ano: El Ministro y yo e Juan Armenta, el repatriado, e a gravação de seu segundo disco, Frente a frente.

No ano de 1977, se dedica ao canto, lançando dois discos: La sonrisa del año e Presentimiento. Seu primeiro grande êxito a nível internacional foi telenovela Viviana, em 1978, ao lado de Héctor Bonilla, que foi exibida posteriormente pelo SBT, em 1985. Esta telenovela lhe rendeu a gravação de outro disco com o mesmo título da trama. Ainda em 1978, grava outro filme, intitulado The children of Sánchez e, em 1979 lança o álbum Sé feliz/Amor de madrugada.

Já em 1980 surge a inesquecível Colorina, cujo tema musical foi composto pelo cantor e compositor espanhol Camilo Sesto que, desde então, foi produtor de grandes êxitos com músicas de sua autoria cantadas por Lucía; essa foi uma telenovela de grande polêmica para a sociedade da época, onde Lucía Méndez demostrou seus dons teatrais. Esta telenovela é considerada pela revista People en Español uma das dez melhores telenovelas da historia. Ainda em 1980 lança seu álbum Regálame esta noche e o filme La ilegal, onde atuou ao lado de junto a Fernando Allende e Pedro Armendáriz.

Dois anos mais tarde, em 1982, Lucía atuou em Vanessa, ao lado de Rogelio Guerra, onde o final da trama foi inesperado e muito discutido no meio: a protagonista morreu. Além disso gravou o álbum Cerca de ti e atuou no filme Los renglones torcidos de Dios, que também contou com a atuação de Gonzalo Vega, Mónica Prado e Alejandro Camacho e recebeu o reconhecimento como Maior bilheteria do cinema mexicano.

Nos anos de 1983 e 1984 se distancia da teledramaturgia para lançar seus álbuns Enamorada e Solo una mujer, respectivamente. Este último lhe rendeu uma nomeação ao Grammy americano na categoria Best latin performance.

Ainda em 1983, por sua participação no famoso Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, foi declarada Rainha, sendo a primeira artista mexicana a obter esse reconhecimento. É um título que a imprensa creditava ao concurso dado as mulheres com maior destaque, em um processo eleitoral organizado pelo jornal La cuarta, de Santiago.

Devido ao seu sucesso, em 1984, o Museu de Cera de Hollywood, deu-lhe o privilégio de ser a primeira artista latina a ter a sua estátua. A comunidade hispana de Miami outorgou sua Estrela na Calçada da Fama, na rua 8 e sua cidade natal, León, em Guanajuato, lhe concedeu o reconhecimento Arlequín de bronce.

Em 1985, grava o álbum Te quiero e atua no filme El maleficio 2. Além disso grava a telenovela Tú o nadie, ao lado de Andrés García e Salvador Pineda - exibida pelo SBT um ano depois, com o título Só você - que faz com que Lucía Méndez se consolide como uma das melhores atrizes da época, recebendo, inclusive, o prêmio de melhor atriz concedido pela Associação de Críticos de Entretenimento de Nova York (ACE). Graças à esta telenovela Lucía alcança reconhecimento mundial, sendo vista em vários países, como Rússia, Líbano, França, Itália, Japão, entre outros.

Em 1986, grava seu disco Castígame e recebe o prêmio ACE Award na categoria geral de Programas de Televisão, pelo Especial Lucía Méndez, do Canal 41.

Em 1988, Lucía atua na telenovela El extraño retorno de Diana Salazar, uma telenovela como algo de outro mundo, segundo declarações da atriz que recebeu outro ACE Award como melhor atriz de 1989. Ainda em 1988, grava seu disco Mis íntimas razones e contrai matrimônio com o produtor Pedro Torres, de quem viria a se divorciar em 1996. Desse matrimônio nasce seu filho Pedro Antonio Torres Méndez. No ano seguinte, em 1989, Lucía lança o disco Lucía es Luna morena.

Já no ano de 1990, Lucía grava a telenovela Amor de nadie ao lado de Fernando Allende. Esta foi a primeira telenovela a tratar sobre o tema da AIDS, e que apresentou a estreia de Saúl Lisazo e de Bertín Osborne no México. No ano seguinte, Lucía grava se álbum Bésame.

Em 1992, com a permissão da Televisa, ela se muda para Miami para atuar em telenovelas da rede de televisão hispana Telemundo, onde grava a telenovela Marielena e alcança sucesso nos Estados Unidos. Marielena foi transmitida no México no ano de 1994 pela TV Azteca, e por isso a Televisa decide vetar Lucía Méndez por vários anos. Este trabalho proporcionou outros prêmios ACE em 1993, como o Figura feminina do ano e Melhor performance feminina. E, neste mesmo ano grava seu disco Se prohíbe.

Em 1994, pela Telemundo, protagoniza no México e em Porto Rico a telenovela Señora Tentación que lhe rendeu um disco homônimo.

Já em 1996, para a grande surpresa de todos, Lucía Méndez regressa ao México firmando um contrato de cinco anos com a TV Azteca, onde gravaria dois anos depois Tres veces Sofía, ao lado de Omar Fierro. Sua atuação lhe valeu receber novamente o prêmio ACE como Figura internacional feminina do ano. Pala mesma TV Azteca realiza no ano 2000, a telenovela Golpe bajo, junto a Rogelio Guerra, Salvador Pineda, Margarita Isabel e Javier Gómez.

Ainda em 1996, Lucía volta ao cinema para gravar o filme Confetti e, em 1998, reaparece no mundo musical com o álbum Todo o nada, que a colocou nas primeiras posições das rádios. E, no ano seguinte lança Dulce romance, um disco de boleros.

Em 2001 participou junto a várias figuras hispanas em um tributo musical composto por Gian Marco e gravado em Miami em 27 de setembro, que serviu de apoio as vítimas do atentado de 11 de setembro do mesmo ano.

Em 2003, Lucía ganha a nacionalidade estadunidense e tem sua residência em Miami, onde vive com sua família. Já no ano de 2004, reaparece com o disco mais versátil de sua carreira: Vive. Neste mesmo ano contrai seu segundo matrimônio, desta vez com Arturo Jordán, de nacionalidade cubano-americana, tal casamento duraria até 2007.

No ano de 2006, lança sob a marca de cosméticos Fuller, seu perfume Vivir by Lucía Méndez, que, dentro de semanas vende 600.000 frascos. Que além do México, foi lançado em nível mundial, alcançando reconhecimento do New York Times. O mesmo foi premiado em Nova York em agosto de 2009 como a melhor e mais importante essência a nível mundial, isso de acordo ao jornal El financero, do México.

No ano de 2007, Lucía empresta sua voz e experiência para dar vida a todos os personagens no áudio-livro Malinche, da escritora mexicana Laura Esquivel, pelo qual, foi reconhecida pelo júri de intelectuais de Nova York com o prêmio The latino book awards; igualmente pela APA (Audio Publisher Association).

Ainda em 2007, regressa à Televisa com uma personagem na telenovela Amor sin maquillaje, celebrando os 50 anos da telenovela no México, e trabalha na Argentina na versão hispana de Desperate Housewives para a rede Univisión dos Estados Unidos, onde fez o papel de Alicia Arizmendi, a narradora da série.

Em 2008, Lucía Méndez fez parte do elenco da série Mulheres assassinas - produzida por Pedro Torres, baseada na série dramática argentina de mesmo nome - dando vida à uma prostituta no capítulo de Cândida, esperançada. Segundo sua própria declaração e de acordo com o jornal El universal, do México, este foi o papel mais forte que já interpretou em sua carreira e, embora a princípio hesitasse em fazê-lo, decidiu aceitar o desafio, porque se tratava de uma denúncia, uma reclamação para a sociedade, e era hora de fazer coisas mais comprometedoras.

Ainda em 2008, fez sua turnê pelos Estados Unidos, onde percorreu diversas cidades em apoio a comunidade gay, sendo chamada de Rainha das rainhas em sua campanha para evitar mais suicídios entre os adolescentes que não se sentiam aceitos pela sociedade ou compreendidos por seus pais.

Para 2009, Lucía lança uma edição em CD e DVD intitulado Otra vez enamorada, que inclui os temas que marcaram sua trajetória como cantora, tais como Corazón de piedra, Alma en pena, Margarita e Culpable o inocente, dos que realizou uma versão moderna junto a músicos destacados. Igualmente inclui o tema Un nuevo amanecer, escrita e produzida por seu primogênito Pedro Antonio Torres Méndez.

Ainda em 2009, a revista TVyNovelas lhe concede outro reconhecimento em seu 30º aniversário, como parte das trinta figuras que têm impactado a televisão mexicana fora do México. No mesmo ano, nos Estados Unidos, a Associação GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) lhe concede reconhecimento especial por sua campanha de apoio a prevenção de suicídio de adolescentes gay.

Também em 2009, participou especialmente em cinco capítulos da telenovela Mi pecado, do produtor mexicano Juan Osorio. Adicionalmente seu tema Un nuevo amanecer serve de marco musical para a personagem que interpreta na história.

Em junho deste ano, durante a 48º edição de entrega dos prêmios Palma de Oro, recebeu por parte do Círculo Nacional de Jornalistas do México as Palmas de Oro em homenagem à sua trajetória artística e, no mês seguinte, recebeu a premiação Diosa de Plata, que lhe foi atribuída pelos jornalistas de cinema do México pela sua carreira no cinema extensivo e sua notável carreira no teatro e na televisão.

No final deste ano de 2009, recebeu em Tapachula, México, junto a mais onze mulheres, o reconhecimento La choca de oro, entregue pela SOGEM (Sociedad General de Escritores de México).

Recentemente tem à venda um novo produto chamado Oxivivir de Lucía Méndez, um tratamento com oxigênio líquido que pode ser ingerido pelas mulheres de meia idade para parecerem mais radiantes. Foi lançada também no final de 2009, uma máscara para alongar os cílios, chamada Rimel by LM.

Em janeiro de 2010, Lucía é declarada como a nova Rainha dos mariachis, em comemoração ao 21º aniversário do Dia mundial do mariachi e ainda este ano participa em dois episódios da telenovela Llena de amor produzida por Angelli Nesma Medina, um remake da telenovela venezuelana Mi gorda bella, de 2002.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS


2010 - Llena de amor (Eva)
2009 - Mi pecado (Inés)
2007 - Amor sin maquillaje (Lupita)
2000 - Golpe bajo (Silvana)
1998 - Tres veces Sofía (Sofía)
1994 - Señora Tentación (Rosa)
1992 - Marielena (Marielena)
1990 - Amor de nadie (Sofía)
1988 - El extraño retorno de Diana Salazar (Diana/Doña Leonor)
1985 - Só você (Raquel)
1982 - Vanessa (Vanessa)
1980 - Colorina (Colorina/Fernanda)
1978 - Viviana (Viviana)
1976 - Mundos opuestos (Cecilia)
1975 - Paloma (Rosa)
1974 - La tierra (Olivia)
1973 - La maestra Méndez
1973 - Cartas sin destino
1971 - Muchacha italiana viene a casarse

SERIADOS

2009 - Tiempo final - Terceira temporada (Deborah)
2008 - Mujeres asesinas (Cándida)
2008 - Amas de casa desesperadas (Alicia)

FILMES

1996 - Confetti (Coco)
1985 - El maleficio 2 (Marcela)
1982 - Los renglones torcidos de Dios (Alice)
1980 - La ilegal (Claudia)
1978 - The children of Sánchez (Marta)
1976 - Juan Armenta, el repatriado (Julia)
1976 - El ministro y yo (Barbara 1)
1975 - Más negro que la noche (Marta)
1974 - El desconocido
1974 - Cabalgando a la luna
1973 - El hijo del pueblo (Carmen)
1972 - Vuelven los campeones justicieros


SUA DISCOGRAFIA

2009 - Mis grandes éxitos: Otra vez enamorada… con un nuevo amanecer
2007 - Malinche (Audio-book)
2004 - Vive
1999 - Dulce romance
1998 - Todo o nada
1994 - Señora Tentación
1993 - Se prohíbe
1991 - Bésame
1989 - Lucía es Luna morena
1988 - Mis íntimas razones
1986 - Castígame
1985 - Te quiero
1984 - Solo una mujer
1983 - Enamorada
1982 - Cerca de ti
1980 - Regálame esta noche
1979 - Sé feliz / Amor de madrugada
1978 - Viviana
1977 - La sonrisa del año
1977 - Presentimiento
1976 - Frente a frente
1975 - Siempre estoy pensando en ti


SEUS PRÊMIOS

2010 - Nomeada entre os 50 mais belos pela revista People en español
2010 - Rainha dos Mariachis
2009 - Diosa de Plata por sua carreira no cinema extensivo e sua notável carreira no teatro e na televisão
2009 - Las Palmas de Oro em homenagem à sua carreira artística
2009 - Título de Embaixadora de Acapulco
2009 - Menção honrosa concedida pela Gay & Lesbian Alliance Against Defamation por sua campanha de apoio na prevenção do suicídio
2009 - Reconhecida pela revista TvyNovelas como uma das 30 figuras que deixaram sua marca na televisão mexicana e internacional
2005 - Prêmio Casandra Internacional como reconnecimento de sua carreira
1999 - Prêmio ACE como Figura femenina internacional do ano por seu papel em Tres veces Sofía
1998 - Disco de ouro pela venda de 100.000 unidades de Todo o nada
1993 - Prêmio ACE na categoria de Variedades como Melhor atuação femenina
1993 - Prêmio ACE como Figura femenina do ano por seu papel em Marielena
1987 - Mister amigo pela comunidade de Brownsville - Texas/EUA como Artista do Ano
1986 - Prêmio ACE na categoria de Televisão Geral pelo programa Especial de Lucía Méndez
1985 - Best latin performance
1984 - Arlequim de Bronze
1984 - Estátua no Museu de cera de Hollywood
1983 - Reina de Viña del Mar
1982 - Las Palmas de Oro por altas vendas de discos
1982 - Vocero de popularidad por altas vendas de discos
1982 - Discometro por altas vendas de discos
1982 - Reconhecimento a Maior bilheteria do Cinema mexicano (Los renglones torcidos de Dios)
1974 - Diosa de Plata do cinema mexicano na categoria de Revelação femenina (El desconocido)
1972 - Calendario Azteca como revelação na televisão
1972 - El rostro del Heraldo de México

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A hora e a vez dos dublês


A vida de artista de televisão não tem sido fácil, ou melhor, a vida dos dublês que atuam em cenas de sequestros, perseguições, saltos de grandes alturas, tiroteios, etc. Diferentemente dos dublês de ação, usados no cinema e que não têm a necessidade de serem parecidos com o ator principal, o dublê de corpo, usados pelas novelas, precisa ter alguma semelhança ou estar disposto a mudar o visual.

No entanto, o glamour das telonas se repete na televisão: eles arriscam a vida e passam horas treinando rolamentos, saltos mortais, quedas, para-quedismo, pilotagem, mergulho e tudo mais. Perseguição, briga ou tiroteio entre mocinhos e bandidos, mesmo que seja de mentirinha, pode exigir dos atores um preparo físico sobre-humano para que a cena mostre o realismo necessário.

Em produções mais antigas, os dublês normalmente eram pouco focalizados ou seus rostos não eram exibidos, a finalidade disso era esconder do público que aquela cena era feita por um dublê e não pelo ator principal. Ainda hoje este método é bastante utilizado, mas as possibilidades do uso da computação gráfica em produções artísticas cresceu muito e é perfeitamente possível fazer um dublê ficar praticamente idêntico ao ator principal. A desvantagem é que computação gráfica deste nível é muito cara e sua produção é lenta.

O trabalho de dublê é perigoso, ferimentos são comuns e mortes acontecem com mais frequência do que deveriam. Criar uma ação realista em geral envolve ações de alto risco, treinamento e tecnologia ajudam a fazer as acrobacias muito mais seguras do que nas décadas passadas, mas se todas as cenas de ação fossem perfeitamente seguras, dublês simplesmente não seriam necessários.

Um dublê é chamado para um estúdio de cinema ou televisão quando a cena requer habilidades ou envolve riscos que vão além da capacidade do ator, ou mesmo se ele não estiver disposto a correr. Por exemplo, se o roteiro requer uma luta de espadas, é mais seguro e, em geral, mais barato usar um dublê com experiência em simulação de combate, do que gastar semanas ou mesmo meses treinando o ator para lutar. Se o personagem principal de um filme cai de um prédio, os dublês não têm apenas a experiência para cair com segurança, mas, se por acaso se ferirem, sua ausência não atrapalhará toda a produção do filme. Portanto, o uso de dublês por diretores faz sentido economicamente.

Os dublês profissionais de novelas costumam fazer parte de agências especializadas. Em São Paulo, a Dublês Brasil é quem presta serviço para as novelas do SBT. As outras emissoras, como Record e Globo, contratam agências cariocas como a Só ação e a Alex dublês.

Anderson de Souza, coordenador da equipe paulistana da Dublês Brasil, acredita que a profissão está em processo de crescimento no país já que antigamente esses profissionais dependiam somente das novelas e hoje participam também de alguns filmes, apesar de serem poucos, e em publicidades.

A vida do dublê num estúdio de cinema não é muito glamurosa: os dias são longos, algumas vezes chegando a durar catorze horas ou mais; uma cena pode ser rodada em uma situação desconfortável: eles podem ter que passar horas parcialmente submersos na água ou ter que fazer uma filmagem em uma montanha gelada ou num deserto escaldante.

Os salários dos dublês podem variar amplamente com base na sua experiência e na atuação que irá fazer em uma determinada produção. Apenas alguns poucos dublês altamente qualificados chegam a ganhar salários anuais na faixa de seis algarismos.

Segundo Anderson o salário de um dublê varia de acordo com o número de trabalhos que ele faz e o nível de risco. Uma cena de tiroteio de novela, por exemplo, sai em torno de R$ 450, já um capotamento pode chegar a R$ 3 mil. O que paga melhor são os trabalhos de publicidade, que são mais desgastantes e repetitivos.

Algumas cenas podem ter que ser filmadas várias vezes para que a câmera possa capturar ângulos adicionais ou porque alguma coisa não ficou exatamente como deveria na primeira tentativa. Porém, com vários tipos de cenas perigosas, não é muito prático fazer muitas retomadas. Se a perseguição acaba com uma explosão e uma batida de carro, torna-se caro destruir vários carros para capturar a cena perfeita. Além disso, cada vez que se pede a um dublê para repetir uma cena os fatores de risco se multiplicam. Essa é outra razão para tanto planejamento e ensaio nas cenas em que se exige dublês. A equipe tem que garantir que a cena saia certa na primeira tentativa para evitar retomadas custosas e arriscadas.

Não existe um Oscar para o trabalho dos dublês, mas a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas oferece um Emmy aos coordenadores de cenas com dublês (mas não aos dublês, propriamente ditos). As razões dadas para não haver um Oscar variam, desde a intenção de não tirar o anonimato e a ilusão proporcionada pelo trabalho do dublê, até o desejo da academia de cinema de cortar o número de prêmios e encurtar a cerimônia de entrega do Oscar, ao invés de acrescentar mais prêmios.

Porém, a Fundação Taurus World Stunt Awards não apenas premia dublês em um show anual, mas também oferece suporte financeiro aos dublês do mundo todo que sofreram ferimentos durante o trabalho.


Veja algumas técnicas utilizadas por esses profissionais:

Móveis contra dublês: Os móveis que nas cenas de briga são lançados pelos dublês um contra o outro são feitos de material sintético, quase mais leve que o isopor.

Rolamento em carros: O segredo quando um dublê é atropelado e rola sobre o carro é o seguinte: o motorista dá uma pequena freada quando vai encostar no dublê para baixar o bico do carro, o dublê se joga em cima e o motorista acelera para ele rolar para trás.

Disparos: Quando um ator vai atirar no dublê para ele morrer utiliza bala de festim, nessa mesma hora o dublê aperta um controle em sua mão que faz uma bolsa de sangue falso estourar em sua parte que será baleada.

Correndo com fogo: Quando um ator vai correr com fogo em si deve utilizar muita proteção: em sua roupa é colocada cola de sapateiro e em seguida passa-se um gel nas partes expostas. Em cima de sua roupa é posto um macacão anti-fogo e outro macacão, como os utilizados por pilotos de fórmula 1. Em seguida se veste o figurino do ator.

People meter - O medidor de pessoas

O people meter, também conhecido como audímetro, é um aparelho que conectado a alguns aparelhos televisores mede a audiência de maneira permanente e automática, gerando dados que são utilizados para pesquisas de estatísticas.

O aparelho foi inventado em 1936 por Robert F. Elder e Louis Woodruff, ambos professores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, a função do audímetro era realizar medições do número de aparelhos de rádios ligados e registrar a emissora que sintonizavam. Estava conectado ao dial do rádio e gravava em um rolo de papel os dados obtidos.

A primeira empresa a se dedicar a este sistema de medição foi a The Nielsen Company, nos anos quarenta. Técnicos da empresa recolhiam diariamente os rolos de papel para estudá-los e os trocavam por novos. Posteriormente substituiu-se os rolos de papel por películas de 16mm, o que simplificava a tarefa de reposição e reduzia o gasto econômico consideravelmente, já que os próprios usuários do audímetro podiam repô-los.

A partir dos anos cinquenta, o audímetro se consolidou como medidor de audiências na televisão e, desde então, se dedicou exclusivamente a ela, ganhando precisão. A empresa Nielsen chegou a desenvolver cerca de duzentos modelos, dos quais somente vinte e quatro resultaram finalmente operantes.

No Brasil, para se medir a audiência o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) mobiliza a população de dez capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador). Após sortear as casas, o IBOPE entra em contato com os moradores, que não recebem nada por isso, e pede autorização para instalar o people meter nos televisores. À medida que identifica o canal, este envia um sinal de rádio-frequência à central, que coleta os dados automaticamente e os transmite aos assinantes do instituto, ou seja as emissoras de TV, via rádio-frequência ou pela Internet.

O IBOPE é líder na aferição de audiência de televisão e rádio no Brasil e na América Latina. Desde 1942, quando foi realizada a primeira pesquisa de audiência no país, o IBOPE aprimora seus serviços e oferece a maior gama de produtos para atender às necessidades de veículos, agências e anunciantes.

As pesquisas de audiência do IBOPE abrangem os seguintes meios: televisão aberta (em treze países da América Latina), televisão por assinatura, rádio, Internet e jornal.

A pesquisa de audiência de televisão aberta estuda mais de 3.500 domicílios no país, localizados nas principais regiões metropolitanas a partir de uma amostra montada com os dados do censo demográfico brasileiro, análise realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dos estudos socio-demográficos do próprio IBOPE Mídia.

Por meio dessas pesquisas para televisão aberta é possível coletar os mais diversos tipos de informação, como participação sobre o total da audiência e sobre a audiência total do gênero; tempo médio que o telespectador passa assistindo à televisão; alcance; frequência; duplicação; exclusividade; índice de afinidade; índice de adesão; análise de audiência light medium e heavy; assiduidade; média de eventos; fidelidade e fluxo de audiência entre um programa e outro na sequência da programação.

Em abril de 2001, o IBOPE Mídia divulgou os primeiros dados oficiais sobre medição de audiência dos canais de televisão por assinatura. A metodologia utilizada nas análises de audiência é basicamente a mesma da televisão aberta. Nesta modalidade são pesquisadas a porcentagem e a localização das pessoas que possuem serviço pago; são levantadas informações sobre a operadora que presta o serviço e sobre seus usuários: desde quando a pessoa recebe os serviços daquela operadora, desde quando a pessoa tem os serviços de televisão paga mesmo que com outra operadora, o grau de satisfação com os serviços contratados, entre outros.

Colaboração: Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Do melodrama à telenovela - Parte 2

Sobre a origem das telenovelas parece não existir controvérsia: alguns especialistas no assunto coincidem em situá-la dentro deste gênero denominado melodrama, já que as duas fontes que as compõe: o teatro e a literatura, provém justamente desta forma artística.

É certo que duas trajetórias, a dramática e a literária, têm seguido as telenovelas que conhecemos e estas têm se entrelaçado e evoluído com o desenvolvimento do próprio avanço tecnológico da televisão, permitindo, assim, a gravação em mídias, o que impulsionou a comercialização de uma mesma obra em diversos países e sua tradução a idiomas diferentes.

A telenovela é descrita como um melodrama que respeita os elementos narrativos básicos do romance literário, ainda que dividido em capítulos, para seriar a trama, e episódios que, por sua vez, são fragmentados para poder introduzir anúncios publicitários que, usados como gancho para o suspense, mantêm o interesse do telespectador.

Isto nos leva diretamente a observar a relação entre a telenovela e o telenoveleiro (pessoa que gosta e é assíduo receptor do gênero), como um processo de desenvolvimento evolutivo, uma relação que tem se dado ao longo do tempo. É certo que a história da telenovela tem mudado e o público, reflexo da sociedade ou uma parte da mesma, muito tem contribuído para esta mudança, que exige e reforça seus valores através de situações e soluções que se dão em suas histórias.

Mas, para se entender o gênero da telenovela tal como é exibida atualmente, convém voltar alguns séculos na história e analisar a estrutura básica do melodrama, que foi o sucessor da tragédia e ajudou a definir o perfil estilístico que viria a ser aplicado na novela a partir de 1941, no Brasil, e na telenovela a partir da década de 50, com a inauguração da televisão brasileira.

Nessa fase de estreia, o gênero surge através de histórias folhetinescas e melodramáticas, cujo foco principal de alcance era o público feminino, composto em sua extensa maioria por donas-de-casa.

Até atingir o posto de um dos programas de maior audiência da televisão brasileira, a telenovela foi antecedida por diversos gêneros que foram lhe cedendo algumas de suas características. Os principais antecedentes da telenovela podem ser assim definidos: o romance europeu do século 19; o romance em folhetim também do século 19; a radionovela (soap opera americana); a fita-em-série norte-americana; a dramatização radiofônica de fatos reais; a fotonovela; as histórias em quadrinhos e o melodrama teatral. Além destes, de acordo com estudos de diversos autores a origem da telenovela está ligada também ao circo e à cultura verbal popular e à literatura de cordel.

A telenovela brasileira foi também, com o tempo, se desligando dos seus modelos mais tradicionais, como os mexicanos, cubanos e argentinos. Hoje com identidade e características próprias, a novela brasileira tem a intenção específica de aproximar-se cada vez mais da realidade do país. Essa categoria de ficção televisiva conseguiu se desenvolver como gênero e um fenômeno na televisão, com marcas genuinamente nacionais.

Atualmente, a telenovela brasileira reúne uma vasta opção de estilos que vai desde a comédia, passa pela crítica social, pelo enfoque da tragédia urbana, até as adaptações literárias, e as novelas de época.

Cassiano Gabus Mendes, falecido ator, roteirista, diretor, produtor, sonoplasta, contrarregra e autor de telenovelas brasileiras e adaptações latinas, descreveu os elementos principais que propiciaram a construção das características próprias da telenovela no Brasil, adaptando a teledramaturgia mais à realidade brasileira do que à matriz melodramática:

a) Anti-heroi como protagonista;
b) Linguagem coloquial, com expressões e gírias;
c) Trilha sonora com músicas pop;
d) Interpretação naturalista, sem gestos e entonações excessivamente dramáticos;
e) Cacos, ou seja, improviso, palavras ou frases que não constavam do script;
f) Referências a fatos reais com personagens que comentavam notícias de jornais;
g) Merchandising.

O crítico e historiador da televisão brasileira Artur da Távola definiu criteriosamente o perfil da telenovela brasileira. Em seis tópicos, esse seria o padrão do “produto novela” a que milhões de brasileiros consomem diariamente:

1) Destina-se a um consumo indiscriminado. Enquanto havia apenas a tecnologia do livro, este, necessariamente, discriminava o consumo, pois só chegava aos letrados. A telenovela chega ao culto e ao não culto;
2) Vive da aceitação do mercado. O telespectador é pesquisado, conhecido, logo sua opinião tem peso;
3) Seu mercado se manifesta ao longo dos capítulos e precisa ser permanentemente consultado por pesquisas;
4) A produção precisa obedecer a um veloz andamento para não comprometer o fluxo dos demais programas. A telenovela, na sua realização, possui um ritmo industrial sendo, portanto, muito mais um serviço dramatúrgico do que, propriamente, uma categoria estética;
5) As proposições estéticas e culturais devem-se enquadrar no repertório conceitual do público. Jamais, numa telenovela, o autor pode fazer um discurso isolado, sem estabelecer, para o que queira dizer, pontes de relacionamento com o público;
6) Dificilmente a telenovela é obra de um criador isolado. O resultado final depende da equipe realizadora e dos propósitos e condições oferecidas pelo canal produtor, embora, por outro lado, apesar disso, possa haver a presença estilística dos autores, marcando acentuadamente o produto.

A novela é condicionada aos rigores da audiência e do patrocinador, já que a televisão opera dentro de padrões industriais, onde se busca atingir o maior número de espectadores no menor espaço de tempo possível. Todavia, a criatividade do autor e o seu domínio por um enredo bem amarrado e que emocione o público ainda são essenciais na produção desse gênero televisivo.

Cada vez mais, acompanha-se o desejo dos autores de darem grande ênfase ao realismo nas novelas, estimulando a sociedade a debater questões emergentes da atualidade, a enriquecer a reflexão sobre temas polêmicos, promovendo discussões que geram tensão e troca de ideias.

Nesse sentido, essas seriam algumas das características realistas presentes na narrativa das telenovelas:

a) A ação das tramas tem de ser de grande intensidade, mostrando a luta dos bons contra os maus para a vitória da verdade;
b) Personagens e fatos semelhantes às pessoas e à vida cotidiana. As telenovelas reproduzem a fala coloquial e reportam-se constantemente a fatos que estão ocorrendo no período em que estão no ar;
c) O homem é produto do meio: o personagem age conforme o seu ambiente;
d) As personagens agem sempre de acordo com a sucessividade dos fatos e presos a modelos estereotipados. É rara a presença de personagens com densidade psicológica nas telenovelas;
e) As ações são descritas com o maior detalhamento possível, objetivando mostrar a realidade com a máxima fidelidade;
f) Sequência lógica na apresentação dos episódios que constituem o enredo. As telenovelas encadeiam as tramas e sub-tramas de maneira que o espectador jamais se perca nas subjetividades’ da narrativa.

Referindo-se especificamente ao México, é importante mencionar que a telenovela tem um de seus antecedentes na época de ouro do cinema mexicano, onde o melodrama se desenvolveu com toda sua riqueza. Os melodramas no México, ainda hoje, têm alcançado grande auge em forma de telenovelas, e tem se diversificado em subgêneros como: telenovela infantil e juvenil, telenovela educativa ou telenovela histórica. Dada a vitalidade com que continua se apresentando, podemos pensar que no futuro certamente haverão muitas surpresas.

Do melodrama à telenovela - Parte 1

O termo melodrama tem significados muitas vezes contraditórios e é aplicado com diferentes significados a formas artísticas diversas e ocorrências variadas e/ou em distintas ocorrências dentro dos meios de comunicação de massas. Originário do grego, o termo refere-se, algumas vezes, a um efeito utilizado na obra, outras como estilo e outras como gênero. Existe desde o século 17, principalmente na ópera, no teatro, na literatura, no circo, no cinema, no rádio e na televisão.

O melodrama teatral surge oficialmente como gênero em 1800, com a obra Coeline, de René-Charles Guilbert de Pixérécourt - ainda que alguns afirmem que o melodrama já havia nascido com Pigmalião, de Jean Jacques Rousseau (1712-1778) - definindo um tipo complexo de espetáculo cênico iniciado após a Revolução Francesa. Utilizava-se de máquinas, cenas de combate e danças para construção de suas cenas e contava, em sua construção dramática, com a alternância de elementos da tragédia e da comédia.

O melodrama teatral surgiu com grande sucesso de público em temporadas que, pela primeira vez na história do teatro, ultrapassaram as mil representações, isto o fez o primeiro gênero teatral de características internacionais. Seu fundador é o dramaturgo francês René-Charles Guilbert de Pixérécourt (1773-1844) e os principais representantes em outros países são: o inglês Thomas Holcroft (1745-1809), seu introdutor na Gran Bretanha, o alemão August Friederich von Kotzebue (1761-1819) e Dion Boucicault (1822-1890), nos Estados Unidos.

Seu sucesso duradouro o tornou o principal gênero teatral e literário do século 19 e, posteriormente, fez com que o melodrama teatral fosse absorvendo e exportando elementos a todos os estilos, formas e gêneros artísticos que surgiram durante este período, principalmente o folhetim.

Ao final do século 19, as novas propostas estéticas que surgiam, entre elas o naturalismo, acabaram negando muitas das formas super utilizadas de interpretação do melodrama, que foram consideradas anti-naturais, o que disseminou um excessivo valor negativo a tudo que fosse considerado melodramático, que se tornou sinônimo de uma interpretação exagerada, anti-natural, assim como de efeitos de apelo fácil à plateia. O início da cultura de massas no século 20 veio trazer mais confusão a este gênero de sucesso.

O melodrama no cinema aporta diferentes significados, os filmes de aventura e ação das duas primeiras décadas do século 20 eram chamados de melodrama naquela época e foi o gênero de grande sucesso durante a fase muda do cinema, com grande influência do teatro popular, de onde vinham a maioria de seus artistas.

Também no melodrama está a origem das radionovelas e das telenovelas. Com o surgimento das novelas de rádio e posteriormente as de televisão, o termo acabou se generalizando como um sinônimo de certo tipo de produção cultural que procurava efeitos fáceis e conhecidos de envolvimento do público, com a utilização de fundos musicais que procuravam induzir a plateia ao choro ou ao suspense, com um sentimentalismo exagerado.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A outra


NOME ORIGINAL
La otra

ESCRITORA
Liliana Abud

PRODUTOR
Ernesto Alonso

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
132

ANO DE GRAVAÇÃO
2002

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004 / 2009

EMISSORAS
SBT / Rede CNT

TEMA DE ABERTURA 1
A outra

INTÉRPRETES
Anayle e Michael Sulivam

Eu sei que a ternura acabou no dia a dia,
nossos encontros se perderam na rotina
e um novo olhar atravessou nosso caminho.

Mas sei também que o amor tem muitas portas de saída,
vamos buscar um outro ponto de partida,
recomeçar o amor, que contigo já vivi.

Pra que esconder, um outro amor mexeu com todos meus sentidos
e despertou o que estava adormecido,
hoje meu bem querer, é a outra e não você.

TEMA DE ABERTURA 2
La otra

INTÉRPRETES
Benny Ibarra e Edith Márquez

Yo sé que a nuestro amor le falta algo, una palabra,
algun detalle, una caricia, una esperanza
para seguir y recrear nuestro destino.

Yo sé que la ternura se ausentó del día a día,
y la conquista se perdió por la costumbre,
nuestra ilusión se confundió con la rutina.

Mas también sé que es otro amor que mueve todos mis sentidos,
es otra piel la que acelera mis latidos,
es otra mi inquietud, es la otra no eres tú…

Yo sé que la distancia entre tú y yo es un martirio,
que nos perdimos en el medio del camino,
por ti o por mí no importa quien, es nuestro nido.

Y también sé que en el amor hay muchas puertas de salida,
busquemos juntos otro punto de partida,
es otra mi inquietud, es la otra no eres tú.

No puedo más, es otro amor que mueve todos mis sentidos
es otra piel la que acelera mis latidos,
es otra mi inquietud, es la otra no eres tú…


ELENCO

Yadhira Carrillo: Carlota Guillén / Cordélia Portugal

Juan Soler: Álvaro Ibáñez

Jacqueline Andere: Bernarda Sainz de Guillén

Sergio Sendel: Adriano Ibáñez

Jorge Vargas: Delfino Arriaga

Manuel Ojeda: João Pedro Portugal

Alejandro Ávila: Romano Guillén

Eugenio Cobo: Padre Agustin

Julio Bracho: Lazaro Arriaga

Toño Mauri: Daniel Mendizábal

Mercedes Molto: Eugenia Guillén

Azela Robinson: Mireya Ocampo

Maty Huitron: Fabiana Morales

Lupita Lara: Matilde Portugal

Rosa María Bianchi: Lupita Ibáñez

Josefina Echanove: Tomasa López

Alonso Echanove: Cuco

Luis Couturier: Justo Ibáñez

Sergio Sánchez: Salatiel Orozco

Sérgio Ramos: Joaquim Prado

Veronica Jaspeado: Apolônia Portugal 

Roberto Antúnez: Padre Firmino

Virginia Gutiérrez: Esperança

Fernando Robles: Fulgêncio Ríos

Gastón Tuset: Dr. Salvador Almanza

Alfonso Iturralde: Narciso Bravo

Zoila Quiñones: Simone Díaz

María Prado: Martina Rubio

Virginia Gimeno: Hilaria Rivero

Isadora González: Paulina de Mendizábal

David Ramos: Padre Conrado

Alberto Inzúa: Padre Xavier

Antonio de la Vega: Isaac Gómez

Carlos González: Benito

Rosángela Balbó: Socorro

Lucy Tovar: Celina Chávez

Thelma Dorantes: Carmem

Shirley: Julietta de Guillén

Natasha Dupeyrón: Natália Ibáñez

Ignacio Guadalupe: Santos Merida

Carlos Speitzer: Salvador Merida

Esther Guilmáin: Esther

Erika Bleher: Roberta

Ofelia Guilmáin: Sabrina de Ocampo

Mónika Sánchez: Regina Salazar

Macaria: Fátima de Salazar

Juan Peláez: Enrique Salazar 

Cosme Alberto: Bráulio Rivero

Annie del Castillo: Karen Mendizábal

Constanza Mier: Alda

Elsa Cárdenas: Martha de Guillén

Carolina Guerrero: Jovita

Enrique Hidalgo: Isidro 

María Dolores Oliva: Flor

Juan Romanca: Belarmino

Ricardo Vera: Genaro

Hugo Macías Macotela: Tabelião

Silvia Manríquez: Marta de Guillén (Jovem)

Chantal Andere: Bernarda Sainz Guillén (Jovem)



PERFIL DAS PERSONAGENS

Carlota (Yadhira Carrillo) - é a única filha legítima de Bernarda e Leopoldo. Jovem de bom caráter, é uma moça muito bonita, mas esconde essa beleza atrás de sua timidez. É insegura e reprimida pela mãe. Gosta de cerâmica e toca piano.

Cordélia (Yadhira Carrillo) - sósia de Carlota, é o oposto dela. Arrogante, prepotente e muito segura de si, Cordélia sabe o que quer da vida: dinheiro e posição social. E para isso usa a sua melhor arma, a sedução.

Álvaro (Juan Soler) - médico, bonito e bom caráter, tem tudo que se pode esperar de um verdadeiro cavalheiro. Resolveu seguir os passos do pai, de quem tem muito orgulho, e abraçou a Medicina. Seu único e verdadeiro amor é Carlota.

Bernarda (Jacqueline Andere) - bonita e ambiciosa, ama o dinheiro acima de tudo. É mãe de Carlota e Eugênia. Apaixonou-se ainda muito jovem pelo fazendeiro Delfino, mas ele rompeu o namoro sem saber que Bernarda estava grávida. Ela aceitou o amor de Leopoldo, um homem bem mais velho.

Eugênia (Mercedes Molto) - filha de Delfino e Bernarda, mas acha que seu pai é Leopoldo. É uma moça bonita, gentil, de bom caráter e muito romântica. Estuda administração de empresas, mas não gosta do que faz. A mãe a obriga. Bernarda quer que Eugênia a ajude nos negócios. Vai se apaixonar por Romano e esse amor será a sua desgraça.

Romano (Alejandro Avila) - filho legítimo de Marta e Leopoldo. Depois que soube que seu pai teve um caso com Bernarda e que teria duas meias irmãs, Romano se transformou em um rapaz amargurado, cheio de ódio e com sede de vingança. Bonito e sedutor, resolve conquistar Eugênia e abandoná-la apenas para se vingar de Bernarda.

Teresa (Josefina Echánove) - empregada a muitos anos da casa de Bernarda, Teresa criou as duas meninas. É uma espécie de babá. Meiga, dedicada e amorosa, fica ao lado de Bernarda em razão do grande carinho que tem pelas filhas da megera.

Adriano (Sergio Sendel) - irmão adotivo de Álvaro. Bonito e sedutor, usa essa “arma” constantemente para conseguir o que quer, principalmente junto às mulheres. É um rapaz ressentido e cheio de rancor por ter sido adotado.

Fabiana (Maty Huitrón) - viveu em seu passado momentos trágicos. Foi abandonada grávida. Sem condições financeiras de criar seu filho, ela o abandonou no hospital. Pensa em se vingar de toda humilhação que Bernarda a faz passar todos os dias.

João Pedro (Manuel Ojeda) - casado com Matilde, é pai de Cordélia e Apolônia. É alcóolatra, não gosta de trabalhar e tudo é pretexto para sair de casa e beber. Adora Cordélia, com quem se identifica.

Matilde (Lupita Lara) - casada com João Pedro, é dona de um pequeno armarinho. Procura ser justa nas eternas disputas entre Cordélia e Apolônia. Mas acaba desculpando e perdoando as falhas das filhas.

Apolônia (Veronica Jaspedo) - irmã mais nova de Cordélia, é caprichosa, egoísta e dissimulada. Não perde uma oportunidade para desmascarar Cordélia, de quem morre de inveja.

Daniel (Toño Mauri) - advogado. É amigo leal e dedicado de Álvaro. Está sempre desconfiado das atitudes de Bernarda. Não é feliz no casamento devido os constantes ataques de ciúmes de sua esposa.

Delfino (Jorge Vargas) - pai de Lázaro, é um homem grosseiro. Mas, por debaixo dessa aparência, esconde um grande coração. É fazendeiro e na juventude teve um caso com Bernarda. Rompeu o relacionamento sem saber que ela estava grávida de Eugênia.

Lázaro (Julio Bracho) - criado na fazenda, Lázaro, filho de Delfino, não tem a mesma paixão que seu pai pela terra e nem a força de seu caráter. É facilmente manipulável, principalmente por Cordélia.

Benito (Carlos González) - primo de Teresa e pai de Santos, Benito é descendente de índios e conserva a tradição de seus ancestrais. Trabalha com artesanato e tem o dom de prever o futuro. Tem a sabedoria das ervas e dos elementos naturais. Conhece bem a alma humana e sempre soube as verdadeiras intenções de Cordélia.

Justo (Luis Couturier) - médico respeitado. Simpático e alegre, sempre foi um excelente marido e um pai muito carinhoso. Casado com Lupita, é pai de Álvaro e Adriano. Justo ama sua esposa, que tem um problema grave de saúde.

Lupita (Rosa María Bianchi) - simpática e compreensiva, é casada com Justo. Sofre do coração e, por isso, após o nascimento de Álvaro não pôde ter mais filhos. Trabalhava como voluntária em um hospital quando soube que Adriano havia sido abandonado e resolveu adotá-lo, com total apoio de Justo.

Santos (Ignacio Guadalupe) - filho de Benito, Santos é um homem interessante. É honesto, trabalhador e de caráter muito correto. Assume suas responsabilidades na vida e tem em seu pai um grande exemplo.


INTRODUÇÃO

A outra é uma história onde o verdadeiro protagonista é o destino. O destino de um homem que se vê preso, envolvido e confundido em seus sentimentos e que não pode diferenciar quem é uma e quem é a outra.

A telenovela teria uma versão brasileira e Mel Lisboa interpretaria as personagens Carlota e Cordélia. Embora já tivesse assinado o contrato com a atriz e gravado algumas cenas, por motivos desconhecidos pelo público, as gravações foram interrompidas e a versão mexicana foi ao ar.


RESUMO

Antecedentes: Bernarda vive com as filhas Eugênia (oito anos) e Carlota (seis anos). O pai das meninas, Leopoldo (um homem bem mais velho), pouco aparece em casa. Na verdade, ela não é legalmente casada. Leopoldo tem uma família legítima com Marta e um filho chamado Romano (16 anos).

Ainda muito jovem, Bernarda começou a trabalhar em uma das lojas de Leopoldo, junto com sua prima Fabiana. O comerciante se apaixonou por Bernarda e resolveu levá-la para viver em uma cidade onde ninguém os conhecia e onde poderiam simular um casamento.

Grávida de Eugênia (que na verdade é filha do fazendeiro Delfino), Bernarda aceitou essa situação porque Delfino não assumiu o romance. Leopoldo e Delfino não sabem da verdade. A única pessoa que conhece o segredo é Fabiana. Somente Carlota é filha de Leopoldo.

Com a morte de Leopoldo muita coisa muda na vida de suas duas famílias. Bernarda vai ao velório levando as filhas e encontra Marta, que não se conforma com a presença da amante do marido. Romano também fica muito perturbado e acaba expulsando Bernarda e as meninas de sua casa.

Quando o testamento é aberto, descobre-se que Leopoldo dividiu a sua fortuna em três partes iguais, uma para cada filho. Bernarda é nomeada responsável pela parte de suas duas filhas até que elas se casem, condição imposta por Leopoldo. A saúde de Marta fica comprometida. Romano jura vingar-se de Bernarda.

Início: Quando a história tem início, Carlota e Eugênia são jovens. Eugênia está apaixonada por Romano. Ela esconde o namoro de Bernarda. Além de Carlota, a única pessoa que sabe do romance é Fabiana.

Fabiana ficou ao lado de Bernarda todos esses anos como sua governanta, no entanto, ela não é amiga sincera e sim, morre de inveja da prima. Ela também guarda um segredo. Quando jovem teve um caso com um trapezista e engravidou, mas ele seguiu com o circo. Sem coragem de ser mãe solteira, Fabiana abandonou o bebê no hospital para ser adotado e sofre o remorso do seu ato.

Bernarda administrou com eficiência os bens que Leopoldo deixou para suas filhas, tornando-se uma mulher rica e poderosa. Mas o dinheiro passou a ser a sua única paixão. Eugênia engravida de Romano, que promete se casar. Mas isso faz parte dos planos de vingança dele. Os meses se passam até que Eugênia não consegue mais esconder a gravidez. Bernarda fica enlouquecida e, ao interceptar uma carta enviada por Romano, descobre quem é o pai. Para afastar Eugênia de Romano, Bernarda manda a filha morar com Teresa, sua antiga babá, em outra cidade.

Já Carlota apaixona-se por Álvaro, um jovem estudante de medicina. Seu amor é correspondido, mas Bernarda proíbe a relação. O rapaz é filho do doutor Justo e Lupita e tem um irmão adotivo, Adriano. Os pais de Álvaro sempre trataram Adriano como filho legítimo, mesmo assim ele cresceu cheio de ressentimento e rancor.

Eugênia sofre um acidente e o parto é prematuro. Ela morre, mas o filho sobrevive. No leito de morte, pede a Teresa que afaste o menino de Bernarda. A mulher entrega a criança para seu primo Benito. Santos, filho de Benito, cria o garoto como seu próprio filho.

Álvaro não sabe que Carlota tem uma irmã mais velha e supõe que seja a sua amada que morreu. Bernarda percebe a confusão do rapaz e usa isso para afastar Álvaro. Ele deixa a cidade por uns tempos, convencido de que seu grande amor morrera, e Carlota não entende porque ele partiu.

Carlota decide ir atrás de seu grande amor. Mas quando chega no endereço fica sabendo que a família de Álvaro se mudou, por causa dos problemas de saúde de Lupita, e ninguém pode dar referência. Ela resolve esquecê-lo para sempre.

Na nova cidade, Álvaro conhece Cordélia, sósia de Carlota. Uma não sabe da existência da outra. A moça mora com os pais, João Pedro e Matilde, e a irmã, Apolônia. Cordélia é petulante, ambiciosa e vulgar. Não pensa duas vezes em se envolver com um homem que possa lhe trazer alguma vantagem. Conhece Álvaro, que fica impressionado com a semelhança dela com Carlota. Mas Cordélia acaba se apaixonando por Adriano. Os dois se entendem pois têm caráter parecido.

Com a morte de Lupita, Cordélia fica sabendo que Adriano é adotado. Ela acredita que o doutor Justo deixará tudo para o filho legítimo e decide conquistar Álvaro. Cordélia sabe através de Adriano que é muito parecida com Carlota e começa a se vestir igual a ela, deixando Álvaro encantado.

A partir daí, uma série de tramas paralelas se desenvolvem, até o reencontro, anos depois, de Carlota e Álvaro.


COMENTÁRIOS

A história foi o ponto alto da novela. Poucas novelas foram tão bem elaboradas e desenvolvidas como essa, e o melhor: sem furos no roteiro. Mérito esse de Liliana Abud, que escreveu a novela com afinco e dedicação, cuidando de cada detalhe, cada fala. Tanto esmero custou problemas com a outra novela que ela adaptava: No limite da paixão, que teve atraso na entrega dos capítulos em função dela estar muito adiantada com A outra, que era uma história original sua.

Ernesto Alonso caprichou na produção da novela, mostrando que mesmo um produtor de milhares de novelas já consideradas clássicas da TV, ainda pode inovar. Memoráveis os giros de câmeras, o capricho da cenografia, do figurino e da retumbante trilha instrumental. A outra foi a melhor novela do ano de 2002 segundo a revista TVyNovelas.

Muitos dos méritos também são do elenco. Yadhira Carrillo, a protagonista, atuou como Carlota e Cordélia fugindo do senso comum de boa/má. Carlota vivia um tormento psicológico muito profundo e bem conduzido. E Cordélia era uma mulher de má fama, apaixonada e insaciável. Sem exageros, podia se dizer que eram duas atrizes completamente diferentes fazendo cada papel. Não por acaso, Yadhira Carrillo foi considerada a melhor atriz de 2002, também no TVyNovelas.

Juan Soler também esteve muito bem como Álvaro. Ele não era só o galã, tinha seus próprios conflitos, muito bem defendidos pelo ator. Ele também foi premiado o melhor ator de 2002. E junto a Yadhira, protagonizou cenas de amor inesquecíveis. Como esquecer os capítulos do cruzeiro onde Álvaro e Carlota se reencontram?

Quem voltou com força total a TV depois de anos fazendo papéis abaixo de seu potencial foi a primeira atriz Jaqueline Andere. Não houve quem não odiou a megera Bernarda Sanz. A vilã teve toques de humor, unindo a sua ambição ao maltrato a sua filha, e alguns assassinatos. Claro, além de um romance clandestino com seu pior inimigo. Jaqueline Andere consagra com seu talento, Bernarda, como uma das grandes vilãs das novelas mexicanas. Também foi premiada, obviamente.

Ainda houveram muitos outros destaques no elenco: como o psicopata e gigolô Adriano, de Sergio Sendel. Mercedes Molto, mostrando que sabia fazer muito bem papéis de boa moça, como a sofrida Eugênia. Maty Huitrón surpreendeu como a ambígua Tia Fabiana. Jorge Vargas que esbanjou carisma como Delfino Arriaga. Verônica Jaspeado, que foi ganhando espaço com a invejosa Apolônia. Além desse elenco adulto, destacou-se também a naturalidade do elenco infantil, em especial Carlos Speitzer e Natasha Dupeyrón, como Salvador e a sensível Natália.

Lamenta-se porém, o pouco aproveitamento de talentos do gabarito de Manuel Ojeda, que não saiu do mesmo com seu alcoólatra João Pedro, e Azela Robinson como Mireya, que foi apenas a melhor amiga da protagonista.

Algumas cenas inesquecíveis: A humilhação de Bernarda (interpretada então pela filha de Jaqueline, Chantal Andere) no velório de seu amante, o primeiro beijo e a primeira vez em que Carlota e Álvaro fizeram amor, a emocionante morte de Eugênia, o primeiro encontro entre Cordélia e Álvaro, a morte de Lupita, os casamentos frustrados de Carlota com Adriano e mais tarde com Seu Joaquim, o suposto assassinato de Adriano, a morte de Cordélia, picada por uma cobra, a chegada de Carlota na fazenda suplantando Cordélia, e os assassinatos de Fabiana, Sabrina e Romano, entre muitas outras.

A novela era para ter ido ao ar com outro nome e outro elenco. La inocente era para haver sido protagonizada por Letícia Calderón, que recusou porque engravidou, e Jaime Camil foi o primeiro cotado para o papel de Adriano. Na verdade, segundo Ernesto Alonso, toda a história da novela esteve inspirada em um site que ele visitou, e que falava sobre pessoas idênticas e que não tinham nenhum parentesco entre si.

Vale comentar que no roteiro original, a personagem Regina Salazar não existiria. Algumas mudanças foram feitas durante a história, como Bernarda seria despojada de seus bens por Fabiana, Romano e Salatiel e iria parar em uma clínica psiquiátrica. Nos preparativos do casamento de Carlota e Álvaro no final, Adriano tentaria violentá-la. Surgiria Bernarda e mataria Adriano, indo presa. Mas tudo isso foi mudado pelo surpreendente final de Bernarda impune, mas ambiguamente mostrando que o jovem que ela se interessa (Victor Noriega, em participação especial) iria deixá-la na ruína.

Durante a pré-produção, três temas musicais foram pensados para a novela: o primeiro foi Si tú no vuelves, de Alejandro Fernandez, que sofreria uma pequena adaptação na letra, depois La otra, de Pedro Fernandez, que acabou sendo usado nos últimos capítulos como tema de Carlota e Álvaro, e que foi o tema de abertura na novela nos Estados Unidos, e o definitivo, La otra, de Benny Ibarra e Edith Márquez, que aqui foi substituído por uma versão interpretada por Anayle e Michael Sullivan.

A outra foi sem dúvida uma brilhante novela, que teve uma das melhores histórias já vistas, intrigante, bem construída, diferente, com suspense, drama, elementos que garantiram uma novela que foi muito além da história de duas mulheres iguais.

Biografia de Eduardo Yáñez


INTRODUÇÃO

Eduardo Yáñez nasceu na Cidade do México, México, em 25 de setembro de 1960. É um ator de televisão e cinema.


SUA HISTÓRIA

Quando era um adolescente, Eduardo tinha foco no futebol americano, mas ao observar ensaios de atuação em um período de férias entre seus estudos, mudou de opinião.

Com o tempo, Eduardo chegou à Televisa e o produtor Ernesto Alonso lhe deu a oportunidade de atuar ao lado de Victoria Ruffo na telenovela Quiéreme siempre, no ano de 1982. Desde então, o ator demonstrou seu talento e forte personalidade ao público de telenovelas.

Em seguida atuou em Estranho poder, de 1983, outra produção de Ernesto Alonso, que sem dúvida foi seu grande padrinho e, nessa telenovela, lhe deu o papel principal. Posteriormente outras telenovelas fizeram parte da carreira de Eduardo.

Também foi protagonista de Eu compro essa mulher, em 1990, atuando com a atriz Leticia Calderón. Por essa atuação, ele conseguiu atrair grandes expectativas no público com sua habilidade e recebeu o prêmio de melhor ator do ano.

Posteriormente trabalhou em novelas como Marielena e Guadalupe, nessa última, de 1994, Eduardo também foi protagonista, e fez par romântico com a atriz Adela Noriega. Guadalupe foi exibida no Brasil pela CNT - Gazeta, porém, sem conclusão.

Eduardo também atuou em Na própria carne, que foi exibida pelo SBT em 1997, em capítulos gigantes que iam ao ar somente aos sábados.

Eduardo também já atuou em conhecidos filmes americanos quando residiu nos Estados Unidos: Striptease, que foi o grande sucesso da atriz Demi Moore, além de The punisher e Man on fire, entre outros, e nas populares séries Cold Case (Arquivo morto) e CSI Miami.

Após vários anos estando ausente da televisão mexicana, Eduardo regressaria novamente para atuar em Te amaré en silencio, e para protagonizar ao lado de Gabriel Soto e Alejandra Barros a telenovela La verdad oculta, em 2006. Já no ano seguinte, esteve em Destilando amor, onde interpretou, ao lado de Angelica Rivera, papéis que originalmente pertenceram a Margarita Rosa de Francisco e a Guy Ecker em Café com aroma de mulher.

No ano de 2008, foi o protagonista de Fuego en la sangre, uma nova versão da também colombiana Paixões ardentes, e em 2009, protagonizou a quarta versão da história de Caridad Bravo Adams, Corazón salvaje, onde atuou ao lado de Aracely Arámbula.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2009 - Corazón salvaje (Juan del Diablo)
2008 - Fuego en la sangre (Juan)
2007 - Destilando amor (Rodrigo)
2006 - La verdad oculta (Juan José)
1994 - Guadalupe (Alfredo)
2003 - Te amaré en silencio (Camilo)
1992 - Marielena (Luis Felipe)
1991 - Na própria carne (Leonardo)
1990 - Eu compro essa mulher (Alexandre / Enrique)
1988 - Dulce desafío (Enrique)
1987 - Senda de gloria (Manuel)
1985 - Cartas de amor
1984 - Tú eres mi destino (Fabián)
1984 - El amor nunca muere (Alfonso)
1983 - Estranho poder (Diego)
1982 - Quiéreme siempre (Carlos)

FILMES

2006 - All you've got (Garotas rivais) - (Javier)
2006 - Hot tamale (Mulheres & diamantes) - (Sammy)
2004 - Man on fire (Chamas da vingança) - (Bodyguard 2A)
2004 - The punisher (O justiceiro) - (Mike Toro)
2001 - Meggido: The omega coda II (General García)
2000 - Knockout (Mario)
1999 - Held up (Rodrigo)
1998 - Wild things (Garotas selvagens) - (Frankie)
1996 - Miami hustle (José)
1996 - Striptease (Chico)
1996 - Gladiadores del infierno (Mario)
1995 - Ocho malditos (Pit)
1995 - Golpe brutal (Alfonso)
1994 - Error fatal (Aníbal)
1994 - Territorio maldito (Arturo)
1992 - Operativo de altopoder
1991 - Polvo de muerte
1990 - Carrera contra la muerte
1989 - Operación asesinato (José Luis)
1988 - Contrabando, amor y muerte (Rafael)
1988 - Bancazo en los monchis (Caimán)
1988 - Pánico en la carretera
1987 - Asesinato en la Plaza Garibaldi
1987 - Días de matanza
1987 - Hombres de arena
1986 - El maleficio II (Andrés)
1986 - Yako: Cazador de malditos (Yako)
1985 - Contrato con la muerte (Andrés)
1985 - Triángulo de muerte
1985 - Narco terror (Roca)
1984 - La muerte cruzó el río bravo (Fernando)


SÉRIES

2006 - Cold case (Arquivo morto) - (Félix Darosa)
2005 - Sleeper cell (Felix Ortíz)
2002 - CSI Miami (Efraín Barbosa)
1999 - Shasta MC Nasty
1997 - Soldier of fortune (Miguel Peralta)
1996 - Savannah (Benny Serna)


SEUS PRÊMIOS

PRÊMIOS TVYNOVELAS


2008 - Melhor ator protagônico (Destilando amor)
2007 - Melhor ator protagônico (La verdad oculta)
1991 - Melhor ator protagônico (Eu compro essa mulher)
1990 - Melhor ator jovem (Dulce desafío)

PRÊMIOS ACE

2009 - Melhor ator de televisão cênica (Fuego en la sangre)
2008 - Melhor ator de televisão cênica (Destilando amor)
1991 - Figura amsculina do ano (Eu compro essa mulher)

domingo, 9 de maio de 2010

TV Brasil apresenta La vida es silbar

A TV Brasil exibe neste domingo, 09 de maio, às 23h00, o filme La vida es silbar, escrito por Fernando Pérez, Eduardo del Llano e Humberto Jiménez, dirigido pelo mesmo Fernando Pérez, um dos diretores cubanos mais importantes da geração de 1990 do cinema latino-americano.

La vida es silbar, rodado em Havana no ano de 1998, é uma produção do Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos (ICAIC), sendo o único longa-metragem de ficção produzido em Cuba. A produção acumulou cerca de doze prêmios e oito nomeações por todo o mundo e em seu país de origem, entre eles, obteve no Festival de La Habana, os prêmios de melhor filme, melhor diretor e melhor atriz revelação (Claudia Rojas), além do prêmio Goya, promovido pela Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España, como melhor filme estrangeiro de língua hispânica.

O filme relata, em 106 minutos, as histórias paralelas de Mariana, Julia e Elpidio, narradas por Bebé (Bebé Pérez), uma jovem de dezoito anos, que parece servir como um anjo da guarda para os protagonistas, sabendo o destino deles e fazendo com que seus caminhos cruzem ao término do filme. Ela é feliz e não entende o porquê dos demais não serem, ela, de alguma maneira, interfere na vida dessas três personagens que não são felizes e que se dividem entre amor, ódio, promessas e escolhas, sendo limitados por crenças influídas por seus passados. Eles terão que escolher entre sentirem-se culpados e tristes, ou se desfazerem de suas crenças e viverem com mais liberdade.

Mariana (Claudia Rojas) é uma jovem bailarina que não conhece seus pais, ela, para conseguir o papel de Giselle em um espetáculo de ballet, faz uma promessa diante de Deus de não se deitar com nenhum homem, sendo ela uma cubana sensual e promíscua que enfeitiça os homens da rua somente com seu olhar. Ela consegue cumpri-la, até o processo de montagem da obra, onde terá que escolher entre a promessa divina, a arte e a tentação da carne, ao se apaixonar por Ismael (Joan Manuel Reyes), seu parceiro no espetáculo.

Júlia (Coralia Veloz) tem duas paixões: fazer o bem aos demais, e os animais. Mas, a partir de um momento em sua vida, começa a bocejar sem controle, como sintoma de uma vida sem ilusões, o fenômeno se agrava quando ela começa a desmaiar onde trabalha, um instituto para aposentados; nas ruas e em lugares públicos, como um meio de repressão e sob efeito do medo, isso ocorre ao ouvir palavras proibidas em um regime ditatorial autoritário, como “sexo”. Um jovem psicólogo, chamado Fernando (Rolando Brito), lhe revela a verdadeira causa de seus desmaios: o abandono de sua filha, ao nascer e, desde então, Julia terá que escolher entre assumir sua verdade ou estar sempre desmaiando.

Elpidio (Luis Alberto García), é um músico e pescador, marginalizado pela revolução cubana, e sente a falta de uma figura materna, representada por Cuba (Inés María Castillo), que lhe servia como mãe no orfanato em que viveu. Cuba fez com que Elpidio e os outros órfãos acreditassem que ela era perfeita, representante do ideal, mas ela acaba abandonando a seus filhos e não realiza o ideal que representava. Desde então, Elpidio vive angustiado por saber quem realmente foi, quem é, e o que será dela. Ele também terá que escolher entre o amor e sua necessidade materna.

A cena final mostra os três protagonistas completamente sozinhos na Plaza de la Revolución, representando o abandono resultante de tal revolução. E Bebé, a narradora, que foi criada no mesmo orfanato que Elpidio nos revela o segredo da felicidade na Havana do ano 2020.

Contada através desta estranha jovem, as histórias que se entrecruzam em La vida es silbar foram utilizadas por Fernando Pérez para conseguir, basicamente, dois objetivos: descrever a Havana do final do século e realizar uma análise sobre a felicidade. Felicidade esta que, misturada à sorte, ao humor e ao drama, desafia todas as leis.

É um filme com excesso de simbolismos que dão uma estranha ideia da realidade cubana, e, por ser uma produção cubano-espanhola permitiu utilizar-se de uma série de transgressões políticas, expressas em exposições simbólicas, porém perfeitamente decodificáveis

La vida es silbar é mais um filme da série Cine Ibermedia, que reúne obras de países da América Latina, Espanha e Portugal. Os longas estão sendo exibidos simultaneamente nos canais de televisão pública dos 17 países envolvidos no projeto, entre eles a TV Brasil.

Menina, amada minha


NOME ORIGINAL
Niña, amada mía

ESCRITOR
Juan Carlos Alcalá

PRODUTORA
Angelli Nesma Medina

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
86

ANO DE GRAVAÇÃO
2003

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2004

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Niña, amada mía

INTÉRPRETE
Alejandro Fenández

No te vayas, que sin tus caricias
¿para qué la vida?, ¿para qué cantar?
Sí bien sabes que sólo un poco
yo me vuelvo loco con lo que me das.
Soy un ciego, vivo de limosnas,
pero si me tocas, soy feliz de más.

Si quieres ahora por qué no te vayas,
me convierto en nada, para no estorbar.
No hagas caso si te dicen mala,
córtame las alas no quiero volar.

Si quieres ahora, niña amada mía,
soy lo que me pidas, pero junto a ti.
Pero si te marchas, que esta noche negra
me convierta en piedra para no sentir…

Si quieres ahora por qué no te vayas,
me convierto en nada, para no estorbar.
No hagas caso si te dicen mala,
córtame las alas no quiero volar
Si quieres ahora, niña amada mía,
soy lo que me pidas, pero junto a ti.
Pero si te marchas, que esta noche negra
me convierta en piedra para no sentir.


ELENCO

Karyme Lozano: Isabella Soriano

Ludwika Paleta: Carolina Soriano

Mayrín Villanueva: Diana Soriano

Sergio Goyri: Vítor Izaguirre

Eric del Castillo: Clemente Soriano

Mercedes Molto: Karina Sánchez de Soriano 

Otto Sirgo: Otávio Uriarte

Víctor Noriega: Orlando Uriarte

Emilia Carranza: Socorro de Uriarte

Antonio Medellín: Pascoal Criollo

Socorro Bonilla: Cacilda de Criollo

Roberto Palazuelos: Rafael Rincón del Valle

Norma Nazareno: Judith Rincón del Valle 

Isaura Espinoza: Paz Guzmán

Julio Mannimo: Paulo Guzmán

Cecília Gabriela: Consuelo Aguilar

Juan Pablo Gamboa: César Fábregas

Eugenia Cuaduro: Julia Moreno

Patrícia Martínez: Triniti Osuna

Mirrha Saavedra: Glória

Roberto Damico: Furtado

Fernando Robles: Robles

Oscar Traven: Oscar Alvarado 

Giovan D'Angelo: Edgar Ulloa

Janina Hidalgo: Angela

Jan: Maurício González

Yuliana Peniche: Luz

Jorge de Silva: Ringo

Bibelot Mansur: Josi

Citlalhi Galindo: Susana

Oscar Ferreti: Horácio Rivero 

Maria Fernanda Rodríguez: Helena

Marijosé Valverde: Pilar Izaguirre

Mariagna Prats: Mariagna Pratts

Roberto Ballesteros: Melchior Arrietta

Luis Gatica: Jorge Esparza

Rafael del Villar: Lander Taveras

Raúl Magaña: Danilo Duarte

Arlette Pacheco: Zulema Ortiz 

Ricardo Vera: Arizmendi

Rafael Amador: Agente Pérez

Sergio Sánchez: Tenente Ibáñez

Maria Fernanda Rodríguez: Helena Izaguirre

Ramiro Torres: Inácio Fábregas

Isaac Castro: Pepe Mejía

Paulina Martell: Betty


PERFIL DAS PERSONAGENS

Isabella Soriano (Karyme Lozano) – impetuosa, de forte caráter e bom coração. É apaixonada por cavalos e participa de campeonatos de salto. No início da história ela é comprometida com César, mas ao conhecer Vítor apaixona-se. Formada em administração de empresas, dedica-se a cuidar dos negócios e investimentos de seu pai, o senhor Clementino.

Diana Soriano (Mayrin Villanueva) – arquiteta, filha de Clemente, irmã de Isabella e Carolina. Parece ser tímida e fraca, porém é decidida e forte na hora de enfrentar os problemas. Amiga de Maurício, foi convidada a trabalhar no escritório do arquiteto Otávio Uriati. Ao conhecê-lo, imediatamente surge um intenso amor.

Carolina Soriano (Ludywika Paleta) – formada em comunicação. Filha de Clemente, irmã de Isabella e Diana. É decidida e divertida. Para ela a vida é uma grande experiência que deve ser vivida sem limites, ao lado do perigo e de aventuras. É namorada de Rafael, no entanto é apaixonado por Paulo, filho de sua babá Paz.

Vítor Izaguirre (Sergio Goyri) – pai de Helena e Pilar. Consuelo, sua esposa, o abandonou anos atrás, desde então ele tem sido pai e mãe para suas filhas. Ele é o novo veterinário dos cavalos do senhor Clemente Soriano. Conhece Isabella e imediatamente sabe que ela é a mulher de sua vida.

Clemente Soriano (Eric del Castillo) – ele é leal e solidário, porém impõe suas regras e sua autoridade, não se questiona. Viúvo, homem forte, trabalhador, de caráter explosivo, para se safar de alguma coisa ele é capaz de tudo. Sua prioridade é a felicidade de suas filhas.

Otávio Uriarti (Otto Sirgo) – é um renomado arquiteto. Tem um relacionamento de anos com Marina, mas ao conhecer Diana Soriano apaixona-se perdidamente. Ele luta entre o amor e o ódio, pois Diana é filha de seu pior inimigo.

Melchior (Roberto Ballesteros) – é alcoólatra, acabou com sua carreira. Abandonou sua mulher e filhos. Melchior é testemunha chave na aquisição de “Nória” por Clemente Soriano.

Karina Sánchez de Soriano (Mercedes Molto) – interesseira e ambiciosa. Foi secretária de Clemente e conseguiu seduzi-lo. Casou-se com ele para aproveitar os luxos da família Soriano. Seu passado é sombrio e esconde fraudes e intrigas.

Pascoal Criollo (Antonio Medellin) – braço direito de Clemente em Nória. Marido de Cacilda, esconde uma paixão por Paz. É quase como um pai para Paulo. Incondicionalmente fiel a Clemente, somente ele e Paz conhecem o passado e segredos do patrão.

Paz Guzmán (Izaura Espinoza) – mãe de Paulo, empregada de Clemente e babá de Isabella, Diana e Carolina. Paz tem sido como uma mãe para elas. Sofre ao saber que Paulo é apaixonado por Carolina.

Cacilda (Socorro Bonilla) – esposa de Pascoal, trabalha em Nória. Tem ciúmes de Paz e está sempre por dentro do que se passa na fazenda com as filhas de Clemente. Não gosta muito de Karina e faz limpezas para espantar os maus espíritos.

Mariana Prats (Mariagna Prats) – antiga namorada de Otávio, foi educada na Europa. Pintora, dona de uma importante galeria de arte. Esperançosa, tem a ilusão de que um dia Otávio lhe peça em casamento.

Consuelo Aguilar (Cecília Gabriela) – esposa de Vítor, mãe de Helena e Pilar. Na ânsia de vencer, viaja para os Estados Unidos para estudar e abandona sua família por vários anos. Volta decidida a lutar pelo amor de Vítor e das filhas.

Julia Moreno (Eugenia Cauduro) – ex-mulher de César, mãe de Inácio, é uma excelente advogada. Analisa sempre a melhor tática para enfrentar os problemas. Advogada de Otávio, investiga as propriedades de Clemente.

César Fábregas (Juan Pablo Gamboa) – trabalha para Clemente. No início da história é noivo de Isabella e seu treinador nas competições de salto. Ao ser rejeitado por Isabella, cresce seu interesse pela fortuna de Soriano. É cúmplice de Karina.

Rafael Rincón del Valle (Roberto Palazuelos) – oriundo de família nobre, porém falida. Abandona os estudos por não ter condições de pagar a universidade. Fica noivo de Carolina para recuperar o nível de vida que ele e sua mãe tanto desejam.

Paulo Guzmán (Julio Mannino) – filho de Paz, cuida dos cavalos em Nória. Cresceu junto com Carolina. A amizade acabou se tornando um grande amor. Paulo sofre por não poder realizar seus sonhos com Carolina, pois as diferenças econômicas e sociais impedem a relação.


INTRODUÇÃO

Protagonizada por Sergio Goyri e Karyme Lozano, essa novela foi apresentada pelo SBT entre em 2004, substituindo No limite da paixão. Devido ao baixo Ibope, a novela sofreu vários cortes, dos 120 capítulos originais, foi editada em apenas 86. Apesar de não ter feito êxito no Brasil, no México foi um sucesso com média total de 25.9.

Menina, amada minha é um cativante drama de amor, com personagens intensos e surpreendentes revelações a cada capítulo, além de belíssimos cenários naturais.


RESUMO

Isabella Soriano é uma jovem orgulhosa e indomável, porém seus sentimentos são sinceros e nobres. Estudou administração e gerencia os negócios de seu pai, o senhor Clemente Soriano.

Clemente Soriano orgulha-se sobre sua riqueza, o poder e a família. Ele é um rico fazendeiro, forte e dominador, que ficou viúvo quando suas três filhas ainda eram muito pequenas. Paz, a governanta da casa, ajudou Clemente a criar as filhas e tem sido uma segunda mãe para Isabella, Diana e Carolina. Ela vê a jovem Karina, nova esposa de Clemente, com receio, pois está segura de que a moça se casou por puro interesse.

Clemente acredita que suas filhas, Isabel, Diana, e Carolina, só merecem o melhor. No entanto, a máscara de um pai amoroso cairá, estabelecendo um homem que vai fazer tudo para ganhar o que ele quer, mesmo assassinando.

Isabella, é a filha mais velha de Clemente, ele é o pai cheio de orgulho e alegria. Ela é sua filha preferida, e é implacável nos negócios, assim como seu pai. Ela ama seu pai, e também acredita que a nova esposa só está interessada na riqueza que obterá nesse casamento.

Isabella rompe seu compromisso com o treinador de cavalos César, embora seja ele o pretendente que seu pai escolheu. Seu coração bate mais forte quando conhece Vítor Izaguirre, o veterinário de seus cavalos de competição, ele não é legalmente divorciado, é somente afastado de sua esposa Consuelo, a mãe de suas duas filhas: Ximena e Pili. Vítor adora Isabella, mas esse grande amor vai passar por muitos desafios. Desde o início os dois serão alvo de intrigas, tanto da parte de Karina, que deseja obsessivamente a Vítor, bem como da parte de César, que não está disposto a renunciar à fortuna dos Sorianos.

Carolina, filha caçula de Clemente, possui espírito livre e não acredita que poderá se prender a alguém até conhecer Paulo. Filho da governanta Paz, empregado da fazenda, ele desperta em Carolina um intenso amor. Mas Clemente opõe-se furiosamente a está relação, e a felicidade de Carolina desmorona quando Paulo afasta-se dela sem explicações.

Diana, a segunda filha de Clemente, volta para casa com uma licenciatura em arquitetura. Ingressa na prestigiada empresa pertencente a Otávio Uriati, a quem admira muito. Ela não sabe, porém, que Otávio e sua mãe, Socorro, são os maiores inimigos de seu pai, já sempre foram convencidos de que o senhor Clemente assassinou Orlando Uriati, irmão de Otávio, para ficar com sua fortuna e sua esposa. Somente Paz, a fiel babá das filhas de Clemente, e Pascual, sabem a verdade sobre o que realmente aconteceu entre Clemente e Orlando 28 anos atrás.

Quando Clemente é informado que sua filha está trabalhando para Otávio, exige que ela se demita. Mas Diana se nega, argumentando que se trata de uma grande oportunidade profissional. A verdadeira razão, porém, é que Diana e Otávio estão apaixonados. Mas esse amor será repleto de tropeços e obstáculos, tanto por causa da inimizade de suas famílias como pela diferença de idade entre os dois.

Maurício, também apaixonado por Diana, acrescenta-se como mais um obstáculo. Mesmo com todos esses impedimentos, Diana dá-se ao amor de Otávio, mas então percebe que o ódio entre as duas famílias parece insuperável. Otávio, desiludido com Diana, casa com Mariana, sua antiga namorada.

Por acreditar que suas filhas merecem o melhor, Clemente destroi suas vidas amorosas, e distancia suas filhas entre si. Sem intenção, ele se torna o vilão da história. Mas, recebe o que merece, quando o seu casamento é destruído. Ele torna-se isolado e rejeitado por suas filhas, que são seu mais valioso tesouro. No entanto, ele reconhece todos os erros que cometeu, aceita a decisão de suas filhas e obtém o perdão das mesmas.


COMENTÁRIOS

Menina, amada minha é de cara uma novela diferente das outras. Nesta história, o privilégio não foi do drama, mas sim dos personagens humanos e comuns que habitaram essa trama.

Angelli Nesma Medina teve nessa novela um dos pontos mais altos em sua carreira, pois fez uma novela extremamente elegante, contando o mundo dos ricos, e claro, sem esquecer a paixão. Talvez esses elementos tenham sido responsáveis pelo grande sucesso da novela no México (onde foi recordista de audiência no horário das 20h) e mundo afora, sendo a novela de maior êxito internacional da Televisa em 2003.

O elenco contou com ótimos atores, que renderam bons momentos. Todos os atores foram a escolha certeira para o papel a que foram designados.

A começar por Karyme Lozano, perfeita como a determinada Isabella, uma heroína que não se deteve diante de ninguém. Foi realmente uma protagonista incomum, não era tão meiga e simpática e até chegava a odiar seus inimigos. Sergio Goyri também voltou a ser protagonista nessa novela, e se saiu muito natural e espontâneo como Vítor.

Eric del Castillo simplesmente irretocável como Clemente Soriano, o autoritário pai das amazonas. Com certeza esse personagem o consagra como um dos melhores atores do México. Clemente é sem dúvida, um papel inesquecível, pois gerou muitos comentários quanto a ambiguidade de seu caráter, acrescentando em cada cena ótimos momentos.

Ao lado de Eric, Mercedes Molto também se saiu muito bem como Karina, formando um casal muito simpático e divertido.

Mayrin Villanueva foi a grande revelação da novela como Diana, a “lagartixa”. Sua atuação lhe rendeu ótimos comentários de público e crítica, o que acabou rendendo um prêmio TV y Novelas de revelação feminina.

Ludwika Paleta também esteve muito bem como Carolina, um papel que ela já domina bem, o de menina rica e incompreendida. Julio Mannino também esteve a altura, fazendo de Paulo um dos personagens com maior significância dentro da história. Muitos outros trabalhos foram ótimos, como Isaura Espinoza, perfeita na pele de Paz, Otto Sirgo, como Otávio Uriarte fazendo de sua disputa com Clemente um dos pontos altos da história, e Eugenia Cauduro, que assumiu um papel secundário, fazendo com que Júlia Moreno ganhasse a simpatia de muitos. Ela ainda recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante.

Em geral, todas as atuações estiveram em harmonia, todo o elenco esteve muito bem, mas houve alguns desperdícios, como Norma Lazareno e o próprio Juan Pablo Gamboa, que prometia muito mais como vilão.

Menina, amada minha destaca-se por haver sido a primeira novela a ser rodada em alta definição na história do México. Realmente, a produção dessa novela esteve impecável, desde cenários a figurinos, tudo esteve muito bonito e feito com muito cuidado.

Essa novela foi um remake de Las amazonas, um texto venezuelano de muito sucesso. Nessa versão, pouco foi mudado. As mudanças geralmente são motivos de reclamações entre os autores da primeira versão e dos fãs da primeira parte. Mas Menina, amada minha, mesmo muito modernizada, esteve extremamente fiel. A única grande mudança foi o misterioso assassinato de Rafael, que não acontecia na original. Uma pequena mudança é que os cavalos de Las amazonas praticavam corrida, e em Menina, amada minha, o esporte era o salto.

Para não deixar dúvidas, o final foi igual, nunca se soube se a fazenda Nória ficava com os Uriarte ou com os Soriano. Muitas vezes o drama faltou, tirando certa emotividade daquelas cenas que geralmente levariam todos as lágrimas, mas foi justamente a intenção da história, tirar aquele tom exagerado que muitas vezes acabam predominando.

As cenas mais marcantes foram: Os casamentos das filhas de Clemente, em especial a fuga de Isabella, a tentativa de suicídio de Carolina, o assassinato do Rafael e a morte de Karina.

Menina, amada minha foi gravada com muita antecedência, quando estreou no México, mais da metade já estava pronta. De olho nos altos índices de audiência, a Televisa quando chegou nas últimas semanas pensou em esticar a novela. Isso quase chegou a ser feito, mas foi impossibilitado por alguns motivos, entre eles que Mayrin Villanueva já estava com sua gravidez bastante avançada.

Algumas brigas aconteceram nos bastidores. A maior delas e a única realmente comprovada foi entre Ludwika Paleta e Julio Mannino, ele criticava a arrogância e ela dizia que não queria fazer amigos no elenco. Tal questão foi esclarecida quando a novela terminou nos Estados Unidos e o elenco compareceu ao programa Cristina, debatendo alguns assuntos. A briga não confirmada teria sido porque Karyme Lozano teria reclamado a produtora o aumento de espaço da personagem Diana. Essa não teria sido a primeira troca de farpas entre Karyme e Mayrin. E outro desentendimento se deu novamente entre Karyme Lozano e Sergio Goyri. Segundo ele, a atriz estaria um pouco deslumbrada com seu papel de protagonista.

A novela se chamaria originalmente Las amazonas, mas Alejandro Fernández quando cantou o tema, exigiu que Niña, amada mía fosse o nome da novela. O pedido foi aceito e criticado pela maioria do elenco, exceto por Karyme Lozano, que realmente estava empolgada com seu papel, e até mesmo antes havia sugerido a mudança de nome de Las amazonas para La amazona.

Algumas curiosidades no elenco: Andrés García foi o primeiro ator a ser chamado para ser Clemente. Kate del Castillo seria Isabella, mas como a essa altura seu pai Eric já estava no elenco, ela preferiu sair. Nora Salinas também foi chamada, mas não aceitou. Eugenia Cauduro originalmente seria Consuelo, mas como ela queria entrar logo, ficou com o papel de Júlia. Uma pena foi que uma atriz estava já confirmada há muito tempo para estar na novela, era Irán Eory, que acabou falecendo antes de começarem as gravações, em seu lugar entrou Emilia Carranza como Socorro Uriarte. Arath de la Torre seria o ator que interpretaria Clemente na juventude, mas acabou não fazendo. Outra curiosidade é que a personagem Mariagna Prats era uma homenagem a atriz Mariagna Prats, ou seja, tinha o mesmo nome e a mesma vocação: a pintura.

No Brasil, Menina, amada minha teve uma exibição conturbada. Por volta do capítulo 60, começaram a cortá-la e anunciaram últimos capítulos. Mas a novela deixou de ser cortada e os anúncios pararam, até que os cortes voltaram. Resumindo: a novela teve vários capítulos cortados.

Elegante, atrativa, de bom gosto, assim foi Menina, amada minha, uma novela assumidamente diferente, sem deixar de lado as características que levam uma novela a cair no gosto do público.

A decisão da trilha sonora foi uma verdadeira novela, o título da novela foi mudado várias vezes, a princípio seria Las amazonas, depois Así es mi amor, Aún existe amor, mas resolveram por Niña, amada mía, de Alejandro Fernádez e que acabou por se tornar também o título da novela.

As estratégias das telenovelas

As novelas brasileiras deixaram de ser, há muito, um fenômeno estritamente nacional. Exportadas há décadas, elas ganharam o mundo - e muitos executivos de comunicação, de diversos grupos estrangeiros, vêm ao Brasil para conhecer a TV Globo e saber mais sobre a produção de seus folhetins eletrônicos. Nessas visitas, há sempre dois momentos de espanto. O primeiro é quando se descobre a capacidade de produzir, com qualidade, enredos em escala industrial. O segundo - em que a curiosidade costuma ser maior - é quando se constata que uma trama cuja audiência vai aos píncaros chega ao fim após alguns meses.

Nos Estados Unidos, na China e mesmo no México, novelas costumam durar anos, desde que estejam agradando ao público e mantendo anunciantes. Os gringos têm razão em se espantar. Mas o que os estrangeiros encaram como aberração é, na verdade, o grande segredo da sobrevivência da telenovela nacional. Seu fôlego e brilhantismo residem justamente na ideia de terminar no auge. É a garantia de que a próxima trama que irá ao ar será esperada com ansiedade e, portanto, com potencial para o sucesso.

O chamado horário nobre da TV é uma instituição nacional. A começar pelo próprio título: há tempos uma novela das 8 não começa antes das 9 da noite. Isso ocorre muito por causa dos temas, cada vez mais adultos. Nunca, porém, passou a ser chamada ''novela das 9''. É o momento que reúne a família: todos já chegaram do trabalho, o jantar já terminou, crianças e adolescentes ainda não foram dormir. É a novela a que o público masculino mais assiste. Nos cerca de 50 minutos de programação, concentra-se o padrão de qualidade na TV. Se um dia se falou que a televisão é um veículo que entra na casa do telespectador, então a palavra de ordem da novela hoje é invadir a vida real.

Nos primórdios, a telenovela era transmitida ao vivo, custou a ter capítulos diários e não pressupunha grande planejamento. Hoje, porém, atingiu-se o auge em termos de qualidade. Com um gasto médio de R$ 100 mil por capítulo, a produção de uma novela reúne profissionais de primeiro time, tecnologia de ponta e uma estratégia de divulgação e difusão como poucos outros produtos no mercado.

Quem está sentado no sofá assistindo a um capítulo de novela certamente faz uma vaga ideia de como ele foi produzido, mas, mesmo com algum esforço, é difícil ter a noção exata do quebra-cabeça de profissionais, equipamentos e estratégias que leva uma novela ao ar.

A primeira lição é a de que tudo começa muito, muito antes do ''gravando!''. A decisão de que determinada novela será exibida num certo horário é tomada um ano antes de sua exibição. Os autores da Globo escrevem sinopses que são analisadas pela cúpula da emissora. Quando uma sinopse é aprovada, discute-se qual será o núcleo responsável pela novela a ser produzida. Daí para a frente - e estamos falando de pelo menos seis meses antes de a novela ir ao ar -, diretores de todas as áreas estabelecem um calendário de reuniões para levar o processo adiante.

Normalmente, autor e diretor escolhem o elenco juntos. Levam em conta perfil de personagens, alternância de astros e estrelas e, é claro, preferências pessoais. Uma vez definida a equipe, dos diretores aos contrarregras; montados os estúdios e cidades cenográficas; e feito o planejamento para a produção, é hora de ir para o set. Assim, quando a novela for ao ar, haverá pelo menos dez capítulos já gravados. Isso, porém, varia de autor para autor e, ao longo da novela, a margem também costuma mudar. Estima-se que hoje, por dia, sejam gravadas 25 cenas de estúdio e dez externas.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, nada é gravado em ordem cronológica. Nem os capítulos, nem as cenas de cada capítulo. Para que haja produtividade, grava-se o máximo de cenas num mesmo estúdio ou locação, com o mesmo grupo de atores. Na produção de uma novela, o dia-a-dia já é feito de um montar e desmontar de estúdios sem igual. Se fosse tudo produzido na ordem em que vai ao ar, provavelmente custaria o triplo do tempo para gravá-la.