quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Entrevista com Ana Layevska

Era uma vez uma doce e meiga Ana Layevska... toda sua candidez deu lugar a uma vilã capaz de assassinar qualquer um que se atreva a cruzar em sua frente, impedindo ou atrapalhando seus planos. Layevska assinou contrato com a Telemundo e atualmente é a vilã de El fantasma de Elena, telenovela protagonizada por Elizabeth Gutiérrez e Segundo Cernadas.

Depois de mais de um ano sem gravar uma telenovela - sua última aparição havia sido em Mulheres assassinas, onde acabou morta pelas mãos de uma mulher ciumenta e paranóica, interpretada por Edith González -, Ana decidiu voltar às telinhas em uma grande etapa de sua carreira, onde deixou de ser a boazinha que sofre e chora, para ser uma vilã que deixa em pedaços a vida da esposa de William Levy.

Ao longo de sua trajetória, Ana trabalhou em importantes histórias da rede Televisa, onde realizou, sendo artista exclusiva: A vida é um jogo; Clap, el lugar de tus sueños; Primeiro amor - A mil por hora; Las dos caras de Ana; A madrasta; Querida enemiga, entre muitas outras, sem deixar de mencionar sua mais recente atuação na série Mulheres assassinas. Esta grande atriz também participou em diversos filmes tais como: Casi divas; Cansada de besar sapos e The fighter, entre outros.

Layevska, de 28 anos, nasceu em Kiev, Ucrânia, e logo emigrou ao México com sua família. Após, se mudou mais uma vez e, em Miami, conheceu e se apaixonou por Rafael Amaya, a quem conheceu protagonizando Las dos caras de Ana. Atualmente o casal se encontra separado, mas ambos dividem o set de gravação, já que ele grava Alguien te mira nos mesmos estúdios onde se grava El Fantasma de Elena, na qual Ana realiza uma personagem dupla, marcando sua estreia como atriz estelar da rede Telemundo.

Em El fantasma de Elena, Ana Layevska interpreta a prima de Eduardo Girón, Elena Calcaño, uma mulher que conseguiu levá-lo ao altar apesar da concorrência que colocava os olhos em Eduardo. Ela dá vida a uma mulher caprichosa e apaixonada que vive enlouquecida por seu primo. Irmã gêmea de Daniela Calcaño, com quem disputou o amor de seu esposo, Elena sempre foi a mais forte das duas e por isso será ela quem termina obtendo tudo o que quer, enquanto que Daniela estará um pouco à sua sombra, vendo como perde o amor do homem que ama.


Ana, como você define sua personagem em El Fantasma de Elena?

No primeiro capítulo, a personagem tira sua vida ao saltar da torre de uma mansão vestida de noiva. No segundo, tenta assassinar uma enfermeira. No terceiro, retorna como um fantasma. É uma vilã fora do comum, principalmente quando existe muito mistério, muito suspense e muita expectativa por saber o que vai acontecer.


Por que você aceitou essa personagem?

A trama principal me encantou. Gostei da minha personagem por ser uma mulher transtornada, uma vilã, uma personagem com muita força que dará muito o que falar. Ao conhecer o projeto disse a mim mesma: “Vou fazer isto”.

 
O que você acha de El fantasma de Elena?

Esta história é maravilhosa. Acontecem muitas coisas. Por isso, acredito que a grande protagonista é a trama por si só, e creio que meus companheiros diriam o mesmo. É uma história que brinca muito com o tempo, é muito intensa. Mais que procurar ou descobrir um fantasma, acredito que os espectadores vão se dar conta que cada um tem seu próprio fantasma.


O que diferencia esta telenovela das demais?

O melodrama e a história de amor nas tramas sempre continuarão existindo porque o público quer ver o casal que luta por seu amor. No entanto, me parece interessante e maravilhoso arriscar e experimentar outros tipos de conflitos. Temos que ir além. Há muita concorrência a nível de entretenimento e os que trabalham nesta área devem estar conscientes disso. Por exemplo, competimos com a Internet. Hoje em dia, para conseguir prender o público temos que oferecer algo de boa qualidade.


O que esta produção significa em sua carreira profissional?

Me parece um desafio importante em minha carreira poder fazer uma personagem que não se pareça a nenhuma outra que já fiz e que nem sempre se pode ver na televisão um tipo desses, tão diferente. Estou em um bom momento de minha carreira e finalmente estou sentindo que a nível profissional estou onde queria estar há muito tempo atrás.


O que você tem aprendido interpretando uma personagem transtornada?

Ninguém aprende com pessoas transtornadas. Bom, digamos que esse transtorno tem uma justificativa, sempre existe um motivo pelo qual se desenvolve esta mudança na personalidade.


Você nasceu na Ucrânia, se criou no México e agora trabalha em Miami, de onde você se sente?

Minha casa é o México. No entanto, é parte de ser ator a capacidade de se adaptar com facilidade em outros lugares. Acredito que por natureza somos seres em movimento.


Se você não fosse atriz, a que gostaria de se dedicar?

Seria violinista, não atriz. Sonhei com estudar psicologia ou psiquiatria porque me encanta a complexidade do ser humano. Além disso, não sou uma mulher alinhada. Também cheguei a me interessar por estudar dança, porque sinto uma fascinação total pelo movimento clássico.


Como você definiria você mesma?

Sou muito observadora, muito irônica e um tanto analítica. Posso passar anos tratando de encontrar a resposta para certos comportamentos.


Você gosta de se arriscar?

Não sou muito aventureira. Me guio pelo instinto. Se me prendo a alguma ideia, faço, mas ao invés de duvidar, prefiro renunciar. Em se tratando de atuação, quando me propõem personagens radicais, aí sim não tenho limites, mas na vida sou extremamente cautelosa e penso nas coisas com muito cuidado.


O que você pensa sobre o transcorrer de sua carreira?

80% de minha carreira tem se desenvolvido na televisão, a qual tenho que dar prioridades, mas também gosto muito do cinema. De fato, gostaria de trabalhar com Alejandro González Iñárritu e Guillermo Arriaga.


Antes de voltar à Miami você esteve na Espanha. Como foi essa experiência?

Trouxe comigo alguns amigos excelentes e bons momentos. A Espanha é um bom lugar para passar as férias, mas não para morar, porque há muita festa. Trouxe comigo boas impressões. É o primeiro país da Europa onde me senti tranquila já que não passei por pressões, nem barreiras com o idioma, é um lugar onde a vida pode ser desfrutada e isso me surpreendeu.


O que você destacaria da Espanha?

O bom café. É curioso porque a Espanha não é produtora, mas se pode encontrar o café mais delicioso de todas as partes do mundo. Não fico com a festa, nem com os momentos de descanso, mas sim com o bom gosto pelas roupas e pela moda. É um bom lugar para se fazer compras, é o único país onde me surpreenderam, as coisas são feitas com muita originalidade.


Você também viajou para a Rússia. Por que escolheu este lugar?

Fui visitar meus avós que não via há cinco anos e foi muito emotivo. Kiev, a capital da Ucrânia, é um lugar muito diferente. Entendi que seria muito difícil voltar a morar lá. Não sabemos onde o destino nos levará, mas a Ucrânia seria o último lugar onde eu viveria. Na Rússia, talvez sim, pois não há nada no mundo como este país, como os russos. São intensos em todos os sentidos. Em geral, foi uma experiência muito interessante que me fez sentir saudades do México mais que nunca.


Você recebeu ofertas de trabalho na Rússia?

Recebi uma proposta para uma série, mas, por algumas razões, não pude aceitar. Não gosto de ficar estática, onde quer que esteja tento aproveitar o tempo. Em Madri consegui um empresário. Foram dois meses muito interessantes, mas porque eu procurei isso, sei que as boas oportunidades não chegam sozinhas.


Depois de estar na Espanha e na Rússia, é verdade que esteve estudando em Londres?

Sim. Todas as vezes que fui foram para estudar. Londres é minha cidade favorita pela agitação que lá existe, gosto do estresse, afortunada ou lamentavelmente. Adoro a vida cultural que lá existe e a serenidade com que se tomam as coisas.


Você manteve uma longa relação amorosa, desde 2007, com o também ator Rafael Amaya. Por que terminaram?

Conclui uma etapa em minha vida. Foi uma etapa de auto-conhecimento, porque o fato de viver em união permite te conhecer mais e crescer. Agora, minha vida está física e mentalmente em outro lugar. Aprendi muito com esta relação e dou graças à vida por havê-la tido. É uma reposta que não me trevo a te dar. Considero que foi um ciclo que se fechou para que um novo pudesse se abrir, no qual me encontro focada em todas as mudanças que estou vivendo, como minha volta às telenovelas da Telemundo, minha mudança aos Estados Unidos, além de estar trabalhando com companheiros maravilhosos. Tudo isso me mantém muito feliz, desfrutando de um momento incrível em minha vida.


Existem possibilidades de reconciliação com Rafael Amaya?

Não me atrevo a dizer que existem possibilidades de reconciliação ou não, porque são coisas da vida.


Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso
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Um comentário:

Andy disse...

Ana Layevska realmente merece todo esse sucesso que faz. Em EL FANTASMA DE ELENA, ela está um arraso. Espero que a Telemundo a mantenha em seu elenco. Essa moça é divinamente uma explosão de sucesso com essa e as outras personagens que já viveu ao longo da carreira. Aliás, a novela em si é ótima! É a melhor trama da Telemundo em 2010.