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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O feitiço mexicano

Se a Globo comemora ao anunciar que Da cor do pecado foi vendida para mais de 100 países, o que faria se tivesse produzido Maria do Bairro, trama mexicana comercializada para 180 países? Muitos podem xingar à vontade, dizer que não gostaram, mas o fato é que, sempre, as novelas “enlatadas”, aquelas que vêm prontas do exterior, invadiram a nossa praia e criaram seu público fiel. Na verdade, a Globo exporta para menos países que os mexicanos até porque seu preço de venda é, assim como no custo de produção original, bem mais alto. A diferença entre a qualidade de uma e de outra é evidente.

Mas acreditar que o público que assiste a essas novelas estreladas por atores com camadas extras de maquiagem é formado pelas classes mais baixas é bobagem. Um bom exemplo disso foi a colombiana Betty, a feia, da RedeTV!. De acordo com o Ibope, 40% do público da novela estava entre as classes A e B. A história da menina feia que se apaixonava por um bom partido, vista em mais de 100 países, fora suas adaptações locais, garantiu à rede brasileira, uma média de 6 pontos de audiência.

Quando ensaiava retomar seu núcleo de teledramaturgia, a Record também passou a investir nas enlatadas, exibindo Joana, a virgem, que rendeu média de 5 pontos de audiência, e com todo seu espaço comercial vendido, a trama abriu espaço para mais uma enlatada, Um amor de babá, porém, esta não emplacou.

Então a pergunta é: por que um país com uma tradição em novelas como o nosso se mantém enfeitiçado por essas produções?

Para o representante da distribuidora de novelas latinas Tepuy, Roberto Filippelli, é um erro nos chocarmos com a invasão latina, pois os folhetins brasileiros nada têm a ver com o folhetins mexicanos, colombianos e venezuelanos; são produtos diferentes e existe público para todos, diz ele.

Filippelli, que já foi diretor da Globo na Europa, explica que a diferença crucial está na narrativa e no número de tramas paralelas que existem nos dois tipos de novela: a trama brasileira tem 40 personagens e milhares de núcleos interligados por uma trama principal; se um núcleo não der certo, o autor aposta em outro. A trama mexicana é bem mais simples: há poucos núcleos e a história é focada nas personagens principais; também não há mudança drástica: a mocinha sempre será boa e a vilã, má. O que não quer dizer que a história seja ruim, pelo contrário, ela é de fácil entendimento e prende mais a atenção.

O fenômeno mexicano já criou frutos no SBT, que teve uma sólida parceria com a rede Televisa - a maior produtora de teledramaturgia do mundo. A emissora brasileira decidiu temperar o enlatado com algumas pinceladas verdes e amarelas e passou a refazer as tramas com atores nacionais. Amor e ódio, Marisol, Pícara sonhadora, A pequena travessa, Jamais te esquecerei, Canavial de paixões, Seus olhos, Esmeralda, Cristal, Os ricos também choram, Maria Esperança e Amigas e rivais circularam pelo horário nobre da rede.

Certa vez, Jacques Lagôa disse que a grande vantagem de se comprar uma obra pronta era que não se corria risco algum, já que as novelas já haviam sido testadas e era possível fazer um estudo mais detalhado da história. No ato da compra, a emissora já sabia quantos cenários iria utilizar, quantas locações iria fazer, o gasto que teria, e os atores já sabiam o começo, o meio e o fim de suas personagens; não se corria o risco de ter de mudar a linha da personagem ou do autor.

A Globo tentou fazer o caminho inverso e se deu mal. Para tentar entrar no mercado internacional, fez uma parceria com a rede Telemundo. Juntas, fizeram uma adaptação hispânica de Vale tudo, que foi exibida nos EUA. O que era sucesso garantido se transformou em mico. A trama adaptada acabou mais cedo que o previsto e foi batida no Ibope por O privilégio de amar, da Televisa.

O escritor Mauro Alencar, é fã confesso das tramas enlatadas: As histórias são bem contadas, têm temas universais e interessantes. É provado que o povo latino adora melodramas.

Alencar lembra, ainda, que as primeiras novelas nacionais nada mais eram do que cópias das mexicanas. Na década de 60, a cubana Gloria Magadan, que deu origem à teledramaturgia brasileira, era a encarregada de fazer as adaptações das tramas para a Rede Globo. O padrão usado pela Televisa é o mesmo usado por Gloria, que introduziu a telenovela no Brasil.

Para ele, não há como negar a qualidade das novelas globais, que são insuperáveis, mas na TV brasileira há espaço para todo mundo: Nossas novelas são de tirar o chapéu, mas podemos ficar com a mexicana, com a brasileira e com a brasileira-mexicana.

Comprar enlatados realmente dá lucro. Em 2003, enquanto um capítulo de novela da Globo consumia cerca de R$ 100 mil, um da mexicana Televisa não custava mais que R$ 60 mil e era vendido aqui por cerca de R$ 5 mil. Enquanto a trama das 8 da Globo ganhava cerca de R$ 170 mil por cada 30 segundos em seu intervalo comercial, uma mexicana do SBT não rendia mais do que R$ 45 mil, mas o lucro era certo e imediato.

Tamanha economia na produção das mexicanas é fácil de entender e somente para relembrarmos: Não há construção de cidades cenográficas, como aqui; os cenários são poucos, mal acabados e parecidos com os de peças teatrais (só com fachadas); quase não há cenas externas; quando a personagem viaja, um pôster ao fundo do estúdio indica onde ela estaria; os figurinos são reaproveitados e é normal ver o galã com o mesmo terno em 30 capítulos; o enquadramento das cenas também é sempre o mesmo: cheio de closes nos rostos das personagens para disfarçar a precariedade da produção e os atores não decoram os textos, usam ponto eletrônico.

Porém, por mais simples que sejam, as telenovelas sempre fizeram e sempre farão parte da televisão brasileira. E, mesmo com toda esta simplicidade os “dramalhões” mexicanos e latinos, em geral, têm muitos fãs, inclusive eu.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Café com aroma de mulher


NOME ORIGINAL
Café con aroma de mujer

ESCRITOR
Fernando Gaitán

PRODUTOR
Pepe Sánchez

PAÍS DE ORIGEM
Colômbia

NÚMERO DE EPISÓDIOS
175

ANO DE GRAVAÇÃO
1994

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Gaivota

INTÉRPRETE
Sandra Porto

Gaivota que voa longe, voa tão alto,
gaivota que sempre voa atrás de um alvo,
nunca desista, gaivota triste, siga seu canto,
siga seu canto, que eu te encontro em outro lugar.

Estava escrito que um mal de amor, em sua alma, deixa-se a dor,
ingrato amor, cortou suas asas,
ingrato amor, levou seus sonhos…

Um dia essa gaivota que eu vi passar,
e a solidão em suas asas eu vi levar.
Triste gaivota, calou seu canto, deixou seu ninho,
triste gaivota, que eu vi passar.


ELENCO

Margarita Rosa de Francisco: Gaivota / Teresa Soares / Carolina Oliveira

Guy Ecker: Sebastião Vallejo

Constanza Duque: Carmela Soares

Cristóbal Errázuriz: Ivan Vallejo

Silvia de Dios: Lucrécia Vallejo

Alejandra Borrero: Lúcia Vallejo

Dora Cadavid: Cecília Vallejo

Gustavo Corredor: Rafael Vallejo

Gerardo de Francisco: Francisco Vallejo

Myriam de Lourdes: Ângela Vallejo

Guillermo Vives: Bernardo Vallejo

Lina María Navia: Paula Vallejo

Danna García: Marcela Vallejo

Juan Ángel: Dr. Mauro Salinas

Santiago Bejarano: Miguel Teixeira

Oscar Borda: Harold McLein

Claudia Liliana González: Dra. Daniela Reyes

Manuel Busquets: Dr. Jorge Latorre

Andrej Satora: Arthur

Juan Carlos Arango: Aurélio

Alejandro Buenaventura: Dr. Roberto Almeida

Haydée Ramírez: Márcia Fontana

Silvio Ángel: Buitrago

Iván Rodríguez: Reinaldo Perez

Rey Vásquez: Homem da guarita / Porteiro

Luz Dari Beltrán: Josefina

Gloria Amparo Carmona: Leonor

Graciela: Jackeline Henríquez


PERFIL DAS PERSONAGENS

Teresa / Carolina "Gaivota" (Margarita Rosa de Francisco) - mulher desejada por todos, mas nunca se soube que alguém pôde, ao menos, cortejá-la. Tem forte instinto de proteção. No fundo, além de uma dedicada apanhadora de café, Gaivota é uma sonhadora. Sua vida muda ao conhecer Sebastião, pois acredita que nele está a realização de seus sonhos.

Sebastião (Guy Ecker) - apesar de ter um sobrenome de tradição, fortuna e futuro promissor, ele carrega uma incerteza que não o deixa viver em paz. Nunca encontrou uma mulher que o amasse. Sua vida muda quando conhece Gaivota. Imediatamente descobre que ela o completa. Ao mesmo tempo, essa descoberta passa a ser motivo de preocupação para ele, pois em sua cabeça não há nada pior que amar uma mulher errante.

Carmela (Costanza Duque) - mãe de Gaivota. Trabalha na lavoura desde criança. Carmela ensinou a filha a se proteger e se guardar para um único homem. Além da filha, a coisa mais importante na vida para ela são as telenovelas que assiste nas fazendas onde trabalha.

Ivan (Cristóbal Errazuris) - primo de Sebastião. Estudou Economia e Comércio Internacional em Londres. Apesar de ser criado como irmão de Sebastião, com a morte do avô ele percebe que a família se dividiu e que cada um deles tem de seguir seu caminho. Herdou do pai, Francisco Vallejo, e do avô a habilidade para os negócios.

Lucrécia (Silvia de Dios) - noiva de Ivan. Ao longo dos anos, esperou pacientemente que ele terminasse os estudos na Europa. Tem tudo o que Ivan admira em uma mulher: é fina, atraente e sexy. Lucrécia sabe que sua vida ao lado dele não será fácil, mas acredita que poderá dominá-lo.

Lúcia (Alejandra Borrero) - os Vallejo acreditam que ela será a salvação de Sebastião. Não faz o tipo apaixonada, e tem toda a paciência do mundo para conseguir o que quer.

Cecília (Dora Cadavid) - viúva de Otávio Vallejo. Antes da morte de seu marido, era uma mulher calada e dedicada à família. Nunca imaginou que, por causa do testamento do marido, seus filhos entrariam em guerra. Para ela, a única maneira de manter a família unida é invocar o fantasma de Otávio.

Francisco (Gerardo de Francisco) - filho mais velho de Otávio. Herdou a habilidade e a visão para os negócios, além de uma paixão exacerbada pela cultura do café. Pôde se formar no exterior e seus conhecimentos lhe proporcionaram uma carreira com cargos importantes como o de Ministro da Economia. Pretende que seu filho Ivan se encarregue da direção da Cafexport Bogotá.

Angela (Miriam de Lourdes) - mulher de Francisco. Sabe como levar o marido e divide seu tempo entre Nova Iorque e Bogotá. Tem uma intensa vida social, mas nunca descuida dos assuntos da família. Deseja que Ivan tenha um filho, não importa se com Lucrécia ou com outra. Só pensa na herança.

Bernardo (Guillermo Vives) - filho caçula de Francisco e Angela, é quieto e disciplinado. Bernardo é o encarregado de abrir mercado para a Cafexport na Ásia e na África. Sua vida íntima é um mistério. Pouco lhe interessa os termos da herança porque casar-se nunca esteve em seus planos.

Rafael (Gustavo Corredor) - filho mais novo de Otávio. Por ter um grande conhecimento do universo do cultivo e da colheita, sempre é escolhido como representante dos produtores de sua região.

Paula (Lina Maria Navia) - filha de Rafael e irmã de Sebastião. Ela vê a atuação do primo Ivan de maneira fria e entende que as intenções dele são apenas as de se apoderar dos bens que o avô deixou para a família. Nas mãos de Paula, estará a tarefa de proteger o seu futuro, o de seu irmão e o da irmã caçula, Marcela.

Marcela (Dana Garcia) - filha caçula de Rafael. Marcela não se interessa pelo mundo cafeeiro. Ao manter uma visão mais racional, ela vê que tudo em sua família é medido como sacas de café, até mesmo os sentimentos. Apesar disso, descobre que esse mundo também vai devorá-la e que não poderá fazer nada para impedir.

Arthur (Andrej Satora) - namorado de Paula. Conheceram-se em Londres, quando ela terminava seus estudos e ele trabalhava na OIC. Sempre teve uma obsessão: conhecer a terra onde se produz um dos mais saborosos cafés do mundo.

Aurélio (Juan Arango) - foi um homem de confiança de Otávio Vallejo. Não somente na administração da fazenda como também para manter alguns dos segredos do velho. Somente Aurélio sabe, por exemplo, porque Otávio tinha tanta preferência por Carmela.

Jorge (Manuel Busquets) - advogado, foi outro homem de confiança de Otávio. A redação do testamento coube a Jorge Latorre, assim como a tarefa de cuidar de um envelope, cujo conteúdo até ele mesmo desconhece, e que inquieta a família Vallejo.


INTRODUÇÃO

É a história de amor entre uma apanhadora de café apelidada de Gaivota e Sebastião, um jovem de família tradicional. Ele nunca havia se apaixonado e ela sonhava encontrar o príncipe encantado.


RESUMO

Sebastião é neto de Otávio Vallejo, famoso patriarca do café, proprietário de grandes extensões de terra e um dos pioneiros nas atividades de exportação de seu país. Ao longo de 60 anos, o velho Otávio consolidou um grande patrimônio e transformou seu sobrenome em símbolo de poder e de prestígio em todos os setores da sociedade.

A história começa com a morte deste patriarca. Com o ocorrido, toda a família, que vive em diferentes países, reúne-se. Sebastião encontra-se em Londres e decide viajar para a Colômbia a fim de assistir ao sepultamento de seu avô.

A morte de Otávio gera uma briga entre as famílias de seus dois únicos filhos: Francisco e Rafael. No testamento constam cláusulas que exigem que a herança seja administrada exclusivamente por herdeiros homens, uma forma de evitar que os bens saiam das mãos dos Vallejo.

As terras ficam em poder de Rafael, pai de Sebastião, e a empresa exportadora nas mãos de Francisco, pai de Ivan. O testamento diz ainda que com a morte de Rafael e Francisco serão seus sucessores os seus filhos mais velhos, Sebastião e Ivan, que foram criados praticamente como irmãos.

O testamento vai além. Com a morte de Ivan e Sebastião, os filhos deles é que seguirão com os bens da família, o que coloca os dois primos em guerra pelo futuro controle dos bens dos Vallejo.

Ivan tem uma vantagem, pois pode ter mais um filho quando quiser. Ao contrário dele, Sebastião tem problemas de ordem psicológica que o impede de se apaixonar, casar e ter um filho.

Ao tomar conhecimento deste segredo, Ivan se sente seguro e sabe que no futuro serão ele e seu filho os responsáveis pelo controle da grande empresa.

Durante sua breve estada na fazenda, Sebastião ouve um canto que o inquieta e que incomoda toda sua família. É o canto de Gaivota, o canto da bela apanhadora de café que, como sempre, chega na fazenda no mês de outubro em busca de trabalho. A vida de Sebastião muda desde então.

O mesmo acontece com Gaivota ao conhecer Sebastião. Ela acredita que nele está a realização de seus sonhos, e aprenderá em menos de um ano o que não conseguiu saber ao longo de toda sua vida. Mas também logo entenderá até que ponto sonhar pode conduzi-la ao inferno.

Gaivota e Sebastião se amam às escondidas, pois a aristocrática família Vallejo jamais aceitaria o relacionamento. Sebastião, porém, precisa voltar à Londres para terminar seus estudos. Os dois fazem um pacto de se reencontrar dentro de um ano e planejam, inclusive, o casamento.

Mas Gaivota descobre que está grávida e viaja à Europa para encontrar Sebastião. Lá, enganada por uns malandros, que se aproveitam de sua inocência, ela é persuadida a agir como prostituta.

Sebastião volta, um ano depois, para cumprir seu compromisso. Mas ao chegar na cidade ele fica sabendo que Gaivota foi para a Europa e vive como prostituta. Desanimado, casa-se com uma amiga que está apaixonada por ele e aceita dividir sua vida com essa mulher, mas sem envolvimento amoroso.


CURIOSIDADES

Café com aroma de mulher foi uma das telenovelas mais assistidas em todo o mundo, com seus 175 capítulos.

No Brasil, a telenovela foi bem sucedida, teve audiência satisfatória na casa dos 17 pontos chegando a 20 pontos.

O tema de abertura que o SBT exibia não era o mesmo da versão colombiana. O tema no Brasil era a música em português "Gaivota", interpretada pela cantora country Sandra Porto; na Colômbia, o tema era interpretado pela protagonista Margarita Rosa de Francisco, que na vida real é cantora.

Em 2006, a rede mexicana Televisa fez o remake da novela: Destilando amor, exibida às 18h pelo SBT, com índices baixíssimos que fizeram com que o SBT cancelasse a exibição. Oscilava entre 2 e 5 pontos médios.

Foi reprisada entre agosto de 2005 e março de 2006, às 14h15, tendo uma audiência satisfatória com médias entre 8 e 13 pontos. Em seus capítulos finais, chegou a ficar na liderança por alguns minutos.

Margarita Rosa de Francisco e Guy Ecker, protagonistas da trama, ganharam os prêmios Melhor Ator e Melhor Atriz TV y Novelas Colômbia 1995.

Camila


NOME ORIGINAL
Camila

ESCRITOR
Eduardo Capetillo (Baseado na obra de Inés Rodena)

PRODUTORA
Angelli Nesma Medina 

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
90

ANO DE GRAVAÇÃO
1998

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Camila

INTÉRPRETE
Eduardo Capetillo

Esta historia no puede terminar
puntos suspensivos sin un final
es cosa de dos...

Sé que el sol se niega
o no ha querido iluminar
¿Dónde estás Camila?
¿Dónde estás?

Mi amada Camila
te jegas los días
rayando melancolias,
afinas recuerdos
latidos de corazón.

Mi amada Camila
me falta tu vida
para completar la mía,
te quiero y te fallo
no hay suero para el dolor.

Sé que cada beso
es un testigo que lloró.
Mi amada Camila
te pierdo y me pierdo yo.

¿Dónde estás Camila?
¿Dónde estás?


ELENCO

Bibi Gaytán: Camila Flores

Eduardo Capetillo: Miguel Gutiérrez

Adamari López: Mônica Iturralde

Gabriela Goldsmith: Ana Maria Iturralde

Enrique Lizalde: Armando Iturralde

Ignacio López Tarso: Genaro Flores

Myrtha Saavedra: Úrsula

Patricia Martínez: Rosário

Julio Mannino: Inácio

José Luis Montemayor: Rafael

Xavier Ortiz: Rodrigo

Abraham Ramos: Paulo

Lourdes Reyes: Cilene

Victor Noriega: Robin Wicks

Giovan d'Angelo: Lourenço

Rebeka Mankita: Natália Galindo

Kuno Becker: Júlio Galindo

Daniel Guavry: Hérman Galindo

Rafael Inclán: Luiz Lavalle

Indra Zuno: Elisa

Maleni Morales: Mercedes Escobar

Martha Navarro: Hilda

Luis Uribe: Nicanor

Genaro Camarena: Jimenez

Diana Golden: Sílvia

Raúl Magaña: Ivan Almeida

Margarita Magaña: Laura Almeida

Raquel Pankowsky: Glória

Lisette Morelos: Ingrid

Evelyn Solares: Adélia

Ricardo Carrion: Lúcio

Ismael Laarumbe: Robles

Dinorah Cavazos: Ada

Yuvia Charlin: Beatriz

Francesca Guillen: Cecília

Mariagna Pratts: Teresa

Arlette Pacheco: Íris


INTRODUÇÃO

Protagonizada por Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo, esta trama é um remake do grande sucesso Viviana, exibido pelo SBT no ano de 1985. A história Original é de Inés Rodena, mas essa versão foi adaptada pelo próprio protagonista Eduardo Capetillo.


RESUMO

Camila Flores é uma doce camponesa que perdeu os pais muito cedo. Sua criação ficou a cargo de seu avô Genaro. Ele é um grande criador de galos, mas é muito pobre. O maior medo de Genaro é que Camila um dia o abandone e que ela não seja feliz.

Um dia, Camila conhece o advogado Miguel Gutiérrez, ele veio da capital, e logo que vê Camila se impressiona com sua beleza. Ele pede permissão para o avô da garota para que possa visitá-la. Genaro pensa que Miguel em breve vai esquecer sua neta então deixa que Miguel a veja.

Em pouco tempo, Camila e Miguel se apaixonam, motivo pelo qual ele pede a mão da garota em casamento. Genaro, mesmo contra sua vontade deixa que Camila se case.

Na capital, Miguel trabalha na empresa de Armando Iturralde, um homem muito rico de quem Miguel pretende se tornar sócio em breve.

Armando tem uma filha, a bela e caprichosa Mônica. Ela volta da Europa, onde fingia estudar Artes Plásticas, e logo que conhece Miguel, fica obcecada por ele, e, sob o pretexto de não conhecer bem a cidade, pede que ele a acompanhe em todos os lugares. Miguel em sua ambição, aceita.

Mônica, com o fim de agradar Miguel, pede que Armando dê uma promoção a Miguel. Ivan, percebendo as segundas intenções de Mônica, aconselha Miguel a explorar essa amizade para tirar proveito e assim poder oferecer um futuro melhor a Camila.

Miguel e Camila finalmente se casam, mas apenas no civil, ele promete que irá a capital e em breve se casarão com a benção de Deus. Genaro considera muito suspeita a atitude de Miguel, mas como não quer se separar da neta, aceita.

Conforme o tempo passa, a relação de Miguel e Mônica vai de amizade a noivado,já que ela persistiu e usou a influencia do pai, que acreditava que Miguel realmente gostava de Mônica.

Como Miguel percebe que seu casamento com Mônica lhe trará muitos benefícios, envia uma carta a Camila terminando o casamento, alegando que foi um erro da parte dele. O primeiro a ler a carta é Genaro, que ao ler, fica cheio de raiva e decide tirar satisfações. Ao ir para a capital, ele sofre um ataque do coração e morre. Camila, após enterrar e chorar pela morte de seu avô, decide ir a capital para encontrar com seu marido.

Miguel fica surpreso ao ver Camila, e após ela contar o que aconteceu, ele percebe que quem ele ama é a camponesa. Por isso, ele decide terminar com Mônica, mas esta segue com a ideia obsessiva de ter Miguel e não se dá por vencida. Ela acredita que o motivo do rompimento seja a diferença de classes entre eles. Então, ela pede a Armando que ofereça uma sociedade com Miguel. Armando atende aos caprichos de Mônica, desde que eles marquem a data do casamento para formalizar a união. Ivan aconselha a Miguel a não perder essa oportunidade de aumentar seu nível econômico. Miguel então, decide se casar com a filha do patrão.

Camila com um coração dilacerado pela hipocrisia de Miguel foge sem dizer que esperava um filho. Uma forte dor é causada pela traição do homem que ama profundamente, e, destruída, Camila sente uma vontade indomável de prosseguir a vida. Sua vontade de vencer será dificultada, a cada passo, mas o seu amor de mãe para avançar a fará vencer.

Determinada a lutar pelo seu filho, tenta esquecer o homem que, apesar de tudo, nunca deixou de amar.


COMENTÁRIOS

Um remake do clássico Viviana era um projeto que atravessou a década de 90 na Televisa, sem nunca sair do papel. Em 1998, esse projeto se concretizou com a produtora Angelli Nesma Medina, uma das discípulas de Valentín Pimstein, produtor da versão original. Assim nasceu Camila.

Ainda que pesasse ser um remake de Viviana, o grande chamariz da novela foi trazer como protagonistas Eduardo Capetillo e Bibi Gaytán, agora casados (eles já haviam protagonizado juntos Baila Conmigo, onde se apaixonaram). No caso dela, o regresso era mais aguardado, já que estava afastada da TV desde 1994, quando terminou Dos mujeres, un camino. Eduardo, por sua vez, não havia se ausentado das telas por tanto tempo.

O elenco de Camila é com certeza um dos mais fracos já vistos. Poucos nomes conhecidos, apesar de alguns consagrados, que foram justamente os que se destacaram. Foi o caso de Gabriela Goldsmith que brilhou como a abalada Ana Maria, e Enrique Lizalde, como Armando, pais da vilã da história. Curiosamente, os nomes mais consagrados tirando os dos protagonistas, foram mortos no decorrer da história. Enrique Lizalde, aliás, foi o segundo nome cotado para viver Armando, já que René Casados de última hora recusou o papel.

Além deles, houve outros destaques. Arlete Pacheco como a prostituta Íris, uma malvada que teve o castigo merecido, em uma das cenas mais impactantes da novela, quando ela fica desfigurada. Em Camila, se destacaram também três jovens atores foram revelados: Abraham Ramos como Paulo, um jovem bondoso e injustiçado pela mãe, Julio Mannino era o ambicioso Inácio, um malandro que sempre conseguia se dar bem. E Kuno Becker, ainda que mais jovem que Bibi Gaytán para formar um par romântico com ela, destacou-se como Júlio e garantiu futuros trabalhos.

O grande destaque da novela ficou mesmo sendo Adamari Lopez, que provou que tinha talento de sobra para ofuscar qualquer um. A vilã Mônica foi uma das mais detestáveis, e se alguém marcou em Camila, com certeza foi ela. Suas maldades foram inesquecíveis!

Isso se deve ao fato de que a protagonista Camila foi uma heroína “sem sal”, com uma passividade quase irritante. Essa camponesa não tinha nada parecido com os personagens intensos que Bibi havia interpretado em suas telenovelas anteriores. Com isso, mesmo com toda a expectativa do par romântico com Eduardo, Camila e Miguel não foram aproveitados como deveriam ser, já que tiveram poucas cenas juntos do que se espera de um casal principal.

Eduardo Capetillo foi o grande “autor” de Camila. Para começar, ele queria estar na novela, já que é assumidamente ciumento quando o assunto é sua esposa. Depois, exigiu mudanças de seu personagem, que a princípio, parecia mais um vilão (bem como na versão original). Em seguida, quis mais força para seu personagem, já que alegava que Abraham Ramos tinha mais destaque que ele. Continuando, ele quis mudar o tema de abertura, saiu a versão rock da música e entrou a versão pop (segundo ele, combinava mais com a história). Falando em música, houve o lançamento do grupo Ragazzi, que além de atuar, marcou com a música “La luna en tus ojos”, que virou o tema de encerramento da novela.

O mais estranho é que Eduardo não queria que Miguel fosse um “vilão” para Camila, como em Viviana, onde a heroína terminou com o personagem agora interpretado por Enrique Lizalde. Mas, desde o início, Angelli Nesma pretendia de qualquer forma, deixar Miguel e Camila juntos nessa versão, já que eles eram também um casal da vida real. Além disso, muito mais foi mudado da versão original, como a própria morte de Armando, a perda de memória de Miguel, o famoso quadro de Viviana (inexistente em Camila), a transformação da protagonista (ainda que a abertura da novela até indicasse algo parecido).

Camila no Brasil foi a primeira novela com música e abertura originais, uma exigência da Televisa que passou a entrar em vigor nessa época. Outro dado de Camila no Brasil, foi o histórico pico de 21 pontos no último capítulo. O maior pico de audiência alcançado pela Tarde de Amor.

Outra coisa estranha sobre Camila, é que em geral, ela foi considerada uma novela fraca, e mesmo assim, saiu-se muito bem de audiência. Ou seja, apesar de tudo, ainda assim foi um grande sucesso!

Pese o que pesar, Camila foi um êxito, com muitos fãs, ainda que a novela não tenha sido o que se esperava.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 4

CRISTAL (El privilegio de amar)

Foi produzida e exibida pelo SBT com 125 capítulos em 2006, baseada na versão mexicana El privilegio de amar, de 1998, que por sua vez já era um remake da venezuelana Cristal, de 1985, todas originais de Delia Fiallo. A versão brasileira foi traduzida por Henrique Zambelli, com a direção de Herval Rossano, Del Rangel, Jacques Lagôa, Luis Antônio Piá e Mayara Magri com a direção geral de teledramaturgia de Herval Rossano e David Grimberg.

Na primeira fase, em 1984, Vitória, empregada doméstica que trabalhava na casa de dona Luísa, tem uma noite de amor e engravida do filho de sua patroa, Ângelo de Jesus, jovem com vocação religiosa, prestes a ingressar ao seminário. Após ser humilhada por dona Luísa, Vitória é expulsa da casa e Luísa esconde de seu filho a existência da criança. Após dar à luz uma menina, Vitória vê-se obrigada a deixá-la na porta de uma mansão. A menina, porém, é entregue pelo casal da mansão às autoridades e encaminhada para um orfanato, onde é educada por freiras. Cristina, a filha de Vitória, torna-se uma linda jovem, com sólida formação moral.

Passam-se 22 anos e Cristina, interpretada por Bianca Castanho, trabalha num banco, mas sonha ser modelo. Vitória Ascânio, que havia se casado e se tornado uma renomada empresária de moda, não tarda em contratar Cristina para ser sua modelo, sem que as duas conheçam o laço familiar que as une.

Vitória, que nunca esqueceu a filha abandonada, procura Ângelo, hoje um respeitado padre, e finalmente ele toma conhecimento da filha e decide ajudar Vitória a buscá-la. Luísa percebe a reaproximação dos dois e descobre antes deles que Cristina é a filha perdida, porém conta ao filho toda a verdade em confissão, impedido-o de revelá-la a Vitória.

Cristina se envolve com João Pedro, o enteado de Vitória, e acaba engravidando, porém, antes de revelar este fato a João Pedro, é surpreendida por ele que lhe diz que se casará com Marión, sua noiva que voltou do exterior dizendo estar esperando um filho dele.

Decepcionada, Cristina esconde sua gravidez e Vitória, que descobre o envolvimento do enteado com a modelo, a demite da empresa.
Luísa diz a Cristina que quer a guarda de sua filha, revelando a ela que é sua avó, mãe de seu pai, portanto bisavó da menina que nascera, porém, não diz quem são os pais de Cristina. Com a filha recém-nascida e desempregada, Cristina, na mesma situação da mãe antes de seu nascimento, mas com o apoio do Padre Ângelo e de amigos, resistirá à todas as maldades e à ira de Vitória que, no fim, se arrepende de tudo o que fez e descobre que Cristina é sua filha. Esta se casa com João Pedro, e Marión volta para o exterior após descobrirem que ela não estava grávida, que era tudo um golpe por dinheiro.


MARIA ESPERANÇA (María Mercedes)

Produzida e exibida pelo SBT com 97 capítulos em 2007, foi adaptada por Yves Dumont, que se baseou no original Maria Mercedes, de Inés Rodena, escrito em 1992. Contou com a supervisão de texto de Therezinha Di Giácomo, a direção de Henrique Martins, Jacques Lagôa e Luís Antônio Piá, e com a direção geral de Henrique Martins.

Narrava a trajetória de Maria, interpretada por Bárbara Paz, uma garota doce e batalhadora que sustentava sozinha a família, vendendo doces e bilhetes de loteria pelas ruas. Abandonada pela mãe ainda quando criança, vivia com o pai, Ramiro, um alcoólatra, e os irmãos: Guilherme, jovem revoltado e problemático; Isabel, adolescente fútil e ambiciosa; e André, um adorável garoto de princípios e inocente, no fundo o único que valorizava a luta de Maria para manter a família unida.

Sua mãe havia deixado os filhos para tentar ter uma vida melhor nos Estados Unidos, porque odiava ser pobre, ter que aturar um marido bêbado que batia nela e ter que cuidar de quatro filhos pequenos.

Após conhecer Santiago Trajano Queiroz, um homem rico e amargurado que detesta os poucos parentes que tem, principalmente a sua interesseira tia Malvina, a vida de Maria passa por uma melhora.

Santiago, jovem ainda, sofre de um câncer incurável, mas vê sua vida renascer ao conhecer Maria, apaixonando-se por ela, que, sem saber que ele é rico, também apaixona-se. Eles se casam, e logo Maria engravida, porém depois que Santiago revela que casou-se com ela, além de amá-la, para lhe deixar todo o seu dinheiro já que está em estado terminal, ela se assusta e, decepcionada, perde o filho.

Enquanto Malvina é uma mulher ambiciosa, que faz de tudo para conquistar o que deseja, seu filho Eduardo é um rapaz esforçado, que guarda uma triste história – sua noiva foi morta ao sair da igreja no dia do casamento. Entre ele e Maria surgirá uma forte atração, já que Maria, agora, viúva está muito carente.

Maria se torna uma mulher elegante e poderosa, ajudando a todas as pessoas. Seu pai e irmãos passam a ter uma vida melhor, ela ajuda asilos, orfanatos e todo tipo de pessoa, o que desperta a inveja doentia de Malvina, que queria o dinheiro só para ela. Maria e Eduardo enfrentam uma série de problemas e pessoas ao longo desta história, porém conseguem namorar, e Maria engravida.

Certa vez, Maria, reencontra sua mãe, que se aproximará dela para arrancar todo seu dinheiro, juntando-se a Malvina para prejudicar a própria filha, cometendo crimes, mortes, roubos e sequestros. Maria luta muito pela sua felicidade ao lado de seu verdadeiro amor, Eduardo, e juntos com seu filho movem céus e terras para verem Malvina e a mãe de Maria presas por todos os crimes hediondos que cometeram por dinheiro.


AMIGAS E RIVAIS (Amigas y rivales)

Produzida e exibida pelo SBT com 140 capítulos em 2007, foi uma adaptação da mexicana Amigas y rivales, original de Alejandro Pholenz, escrita em 2001. A versão brasileira contou com a adaptação de Letícia Dornelles, a direção de Lucas Bueno e Annamaria Dias e a direção geral de Henrique Martins.

A trama girava em torno da amizade de quatro jovens muito distintas entre si. Laura, uma jovem batalhadora que após ganhar uma bolsa de estudos ingressava em uma faculdade particular, onde conhecia a mimada Helena, filha do todo-poderoso empresário Roberto Delaor.

Helena e Laura logo de cara não se entendem, e com a ajuda de Olívia, sua melhor amiga, Helena aprontam muitas com Laura até que se entendem e tornam-se amigas. Helena, esnobe e fútil, tratava Nicole, sua humilde e sonhadora empregada como lixo. Nicole sonhava em ir para São Paulo e lá tornar-se uma grande estrela.

Em meio a seus romances, seus problemas e suas aventuras, essas quatro amigas, Nicole, Helena, Olívia e Laura entenderam o real sentido da palavra amizade, e que esta não foi sempre um mar de rosas, já que, muitas vezes, para dar certo não adiantava elas serem somente amigas, elas tinham que ser amigas e rivais.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 3

CANAVIAL DE PAIXÕES (Cañaveral de pasiones)

Foi exibida em 118 capítulos pelo SBT em 2003, tendo uma reprise em 2005. Sua produção esteve baseada no texto original de Caridad Bravo Adams, que teve sua versão mexicana, Cañaveral de pasiones, em 1996. A versão brasileira traduzida para o português por Henrique Zambelli e Simoni Boer, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção geral de teledramaturgia de David Grimberg.

Canavial de paixões se passava em São Bento dos Canaviais, onde Clara morava com seu pai, Fausto, sua mãe, Débora, e sua tia, a perversa Raquel, que nutria uma paixão pelo cunhado Fausto. Clara mantinha uma grande amizade com João de Deus, Mirella, e com Paulo, filho do poderoso Amador e da vingativa Teresa. Clara e Paulo sempre foram muito amigos e isso era motivo de ciúmes para João de Deus, que, na verdade, era apaixonado pela amiga Clara e nem percebia que Mirella sua outra amiga era apaixonada por ele.

Teresa sempre acreditou que Débora e seu marido foram amantes, só por causa que no passado Débora e Amador eram namorados, sendo que, na verdade, a verdadeira amante de Amador era Raquel. Paulo e Clara sofriam com as diferenças até que um dia foram separados. Raquel e Amador decidiram fugir, porém sua irmã Débora descobriu e, na tentativa de impedir a fuga, morreu no acidente com Amador, o que fez todos da cidade, inclusive Teresa e Fausto, acreditarem que os dois realmente eram amantes. Com ódio Teresa mandou Paulo para São Paulo, separando-o de Clara.

A volta de Paulo causou grande tumulto ao pequeno povoado, já que João de Deus via no amigo, que, na verdade, era seu irmão, um intruso para seu amor com Clara, o que despertou o ciúme de Mirella, melhor amiga de Clara. Paulo e Clara tiveram de lutar muito para serem felizes, já que Teresa e Regina se uniram contra esta união. Para piorar, Raquel matou Fausto, tornando a vida da sobrinha um verdadeiro inferno.


SEUS OLHOS (La fiera)

Produzida e exibida pelo SBT em 2004, com 173 capítulos, foi baseada no texto original de Inés Rodena, La gata, que teve sua adaptação mexicana com La fiera, em 1983, também exibida pelo SBT em 1992. A adaptação da versão brasileira ficou por conta de Ecila Pedroso, Noemi Marinho, Marcos Lazzarini, Aimar Labaki, Mário Viana e Fábio Torres, com direção de Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, com David Grimberg como diretor geral de teledramaturgia.

Seus olhos contava a história, dividida em três fases, de dois jovens que se amavam. A primeira fase se passava em São Paulo na década de 1980, onde Marina, órfã de pai desde pequena, e, agora com 21 anos, levava uma boa vida ao lado de sua mãe, Edite. Vítor e Tiago eram apaixonados por Marina, que não sabia que Vítor era casado com Elaine e tinha um filho de dois anos, Artur.

Ao morrer, Edite deixa Marina órfã, esta, fragilizada, se entrega a Vítor, mas fica chocada ao saber que o namorado é, na verdade, casado e, imediatamente, termina o romance, se aproximando de Tiago, com quem se casa. Vítor dá um golpe que resulta na falência de sua empresa, Sérgio, o vice-presidente, descobre tudo e, depois de uma briga, Vítor o mata e culpa Tiago pelo ocorrido. Vítor conta para Marina toda a verdade, e, para provar que fez tudo por amor, passa todo o dinheiro que roubou para a filha recém-nascida da moça, Renata. Os dois brigam e, no final, Vítor assassina Marina.

Desesperado, ele procura provas para culpar Tiago, que, mesmo sendo inocente, é julgado e condenado a 30 anos de prisão. Renata é sequestrada por Dirce, uma exploradora de crianças. Rinaldo, mais conhecido como Berro e filho da exploradora, comete um assalto e é preso, fazendo companhia para Tiago na cadeia.

Passam-se oito anos. Renata continua morando com Dirce, que a explora o quanto pode, até que uma assistente social inicie uma perseguição contra esta. Renata faz uma grande amizade com Artur, filho de Vítor e Elaine, que lhe ensina a ler e escrever.

Mais doze anos se passam. Renata e Artur se apaixonam e namoram em segredo. Vítor e Elaine comemoram bodas de prata e na ocasião, Artur finalmente apresenta Renata à família como sua noiva. Elaine enlouquece e expulsa a futura nora de casa. Vítor fica pasmo com a semelhança entre Renata e Marina, e, imediatamente, desconfia que se trata da menina desaparecida há anos. A paixão que Vítor sentia por Marina renasce na figura de Renata. Assim, é formado um triângulo amoroso que envolve Vítor, Artur e Renata. Elaine sente que a história de mais de 20 anos atrás está se repetindo e fará de tudo para não perder Vítor.

Renata passa a morar no loft que pertencia à sua mãe e, quando encontra o retrato que foi tirado na maternidade, aos poucos toma conhecimento da verdade. Ela e Artur terão que superar os problemas e traumas do passado e ultrapassar os obstáculos do presente para terem um romance feliz.


ESMERALDA (Esmeralda)

Foi exibida pelo SBT em 2004 com 198 capítulos. É um remake da mexicana com o mesmo título, produzida em 1997, que por sua vez, foi uma versão da venezuelana Topázio, de 1984, que já era um remake de Esmeralda, de 1970, todas baseadas no original de Delia Fiallo. A versão brasileira foi adaptada por Henrique Zambelli e Rogério Garcia, com supervisão de texto de Therezinha Giácomo. A novela foi dirigida por Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, com direção de teledramaturgia de David Grimberg.

A novela contava a história de duas crianças, uma menina rica, e um menino, filho de um camponês, que nasceram numa noite de tempestade. A menina que parecia ter nascido morta, é levada pela parteira Rosário que, sabendo do nascimento do menino que ficou órfão, troca os bebês, com o consentimento da governanta da Casa Grande.

Ao chegar em casa, Rosário descobre que a menina ainda vive e decide voltar para a fazenda Casa Grande para contar a verdade aos Álvares Real, mas é tarde demais, já que a família tinha deixado a casa para comemorar o nascimento do menino. Sentindo-se culpada, a governanta da fazenda conta à patroa, Branca que trocou as crianças porque sua filha havia nascido morta. Mesmo chocada, Branca cria o menino, José Armando, como um verdadeiro filho, sem que o marido saiba a procedência dele. Rosário cria a menina e, pelo pagamento do parto, recebe um par de brincos de esmeralda, que a leva a dar o nome de Esmeralda à menina.

Vinte anos se passam, e a vida dessas crianças, agora adultas, vão se cruzar. Os Álvares Real voltam à fazenda para passar alguns dias, e José Armando conhece Esmeralda, uma pobre cega que caminha pelas cachoeiras de sua fazenda. Eles se apaixonam, mas o rapaz namora sua prima, Graziela. Além disso, seu pai não aceita que ele ame uma moça pobre e cega como Esmeralda. Mesmo com a proibição, os dois jovens se casam no civil, e Esmeralda faz uma cirurgia nos olhos.

A felicidade do casal é ameaçada pelo maquiavélico Dr. Lúcio Malaver, que conta a José Armando que Esmeralda espera um filho dele. Furioso, José Armando parte para a cidade, deixando Esmeralda grávida. Sofrendo muito, Esmeralda cria o filho sozinha, mas ainda ama José Armando e fará de tudo para tê-lo de volta e provar que seu filho é de José Armando e não de Lúcio Malaver.


OS RICOS TAMBÉM CHORAM (Los ricos también lloran)

Foi exibida pelo SBT em 2005, em 153 capítulos. Baseada no original de Inés Rodena, Los ricos también lloran, de 1979, que também foi exibida pelo SBT em 1982. A história já havia ganhado um remake mexicano, María la del barrio, em 1997. A versão brasileira, porém, adaptada por Aimar Labaki e Gustavo Reiz e Conchi, com supervisão de texto de Marcos Lazzarini, foi praticamente uma história inédita, com partes do enredo inexistentes no texto original. Contou. Ainda, com direção de Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, direção de teledramaturgia de David Grimberg e direção de núcleo de Fernando Rancoletta.

Os ricos também choram, contava a história de Mariana, interpretada por Thaís Fersoza, uma jovem de 18 anos que cresceu livre e solta na Fazenda São José, sem conhecer seus pais. Sua mãe morreu no parto e seu pai, o falecido Coronel Evaristo Martins, dono da fazenda, a jovem nunca soube quem era, assim como não sabia que era sua legítima herdeira.

Ester, esposa do coronel, expulsa Mariana da fazenda e, mais tarde, ao saber que a jovem era filha e herdeira de seu marido, se dedica a tentar anular o testamento, como não consegue, passa a perseguir Mariana com o objetivo de destruí-la.

Após ser expulsa da São José, Mariana chega à Ouro Verde suja e esfarrapada. Lá encontra Bernardo, um jovem ajuizado e responsável, que passa a ser seu protetor; este oferece-lhe um emprego na confeitaria do senhor Salgado. Bernardo apaixonara-se imediatamente pela moça, mas não imaginava que Mariana também era cortejada por outro rapaz, galante e divertido, que mexia com sus sentimentos: seu irmão, Alberto.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 2

O DIREITO DE NASCER (El derecho de nacer)

Apesar de estar gravada desde 1997, essa versão somente foi ao ar pelo SBT em 2001. Baseada na radionovela cubana da década de 40, escrita por Félix Caignet, a versão brasileira foi adaptada por Aziz Bajur e Jayme Camargo e dirigida Roberto Talma. No Brasil, duas versões já haviam sido exibidas anteriormente pela extinta TV Tupi, em 1964 e 1978, respectivamente.

O direito de nascer contava a história da jovem Maria Helena, interpretada por Guilhermina Guinle, que, no século 20 na capital cubana e em uma sociedade moralista, engravida do noivo Alfredo e, diante da recusa do rapaz em assumir o filho, torna-se mãe solteira.

A criança será alvo do ódio do avô, o poderoso Rafael. Após o nascimento, temendo as represálias do velho, a criada negra Dolores foge com o bebê, que batiza como Alberto. Depois disso, desgostosa, Maria Helena se recolhe a um convento, e passa a atender por Irmã Helena da Caridade. Sempre fugindo, Dolores cria o menino e ele, já crescido, forma-se em medicina. O destino leva Alberto, agora interpretado por Jorge Pontual, à família que desconhece, para desespero de Dolores. Albertinho se apaixona, sem saber, por sua prima Isabel Cristina, e acaba salvando a vida do avô que o amaldiçoara no passado.


MARISOL (Marisol)

Marisol, exibida em 2002 em 181 capítulos, e reprisada em 2007 com apenas 60, foi baseada no texto original mexicano de Inés Rodena, de mesmo nome, Marisol, exibida no México em 1996 e que, por sua vez, já era um remake de Marcha nupcial, de 1977. A versão brasileira foi adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção de Antonino Seabra, Jacques Lagôa, Henrique Martins e David Grimberg.

A novela contava a história de Marisol, interpretada por Bárbara Paz, uma sofrida jovem que vivia miseravelmente ao lado de sua mãe Sofia, e além disso carregava consigo um trauma muito grande: uma cicatriz no rosto causada por um acidente na infância que a fazia sentir-se rejeitada por todos. Marisol vendia flores de papel, porém tudo que arrecadava gastava com o tratamento de Sofia, cuja saúde estava cada vez mais debilitada. O pouco que lhe restava era entregue à seu namorado, o inescrupuloso Mário. Contudo, o que Marisol nem imaginava, era que, na verdade, ela era herdeira da imensa fortuna da tradicional família Lima do Vale. No passado, Sofia havia se apaixonado por um rapaz de origem simples e enfrentado o seu pai, o poderoso Augusto Lima do Vale para viver esse amor. Augusto, por sua vez, tinha expulsado Sofia de casa e esta vivia de maneira humilde ao lado de seu amor, que, não aguentando a pobreza em que viviam, a abandonou com Marisol recém-nascida.

Os anos se passaram e Marisol conheceu o jovem milionário Rodrigo Lima do Vale e ambos terminaram por se envolverem. Marisol acabou se cruzando com Augusto, e passou a trabalhar em sua mansão sem saber que ele era seu avó. Rodrigo, que todos pensavam ser filho de Leonardo, irmão de Sofia, era na realidade filho de Amparo e Mariano. Marisol se tornara, portanto, a única herdeira da fortuna dos Lima do Vale. Para preservar sua descoberta, Amparo envenena Augusto a fim de impedi-lo de descobrir a verdade, o que, porém, Amparo não imaginava é que Augusto já havia descoberto tudo e deixado Marisol como sua principal herdeira. Para tirar Marisol de vez do seu caminho, Amparo com a anuência de Leonardo e Mariano, planejaram o assassinato de Marisol, executado por Mário, que pensava que de fato assassinou Marisol. Porém, Marisol não havia morrido e logo voltaria para reassumir seu lugar de direito e vingar-se dos seus algozes, agora como Verônica.


PEQUENA TRAVESSA (Mi pequeña traviesa)

Foi produzida e exibida pelo SBT em 2002 com 133 capítulos, e reprisada em 2005 com 92. Foi baseada no texto original de Abel Santacruz, com tradução e adaptação de Rogério Garcia e Simoni Boer, foi dirigida por Jacques Lagôa, Sacha e Henrique Martins. A versão mexicana, Mi pequeña traviesa, havia sido exibida no México em 1997 e, por sua vez, já era um remake de Me llama Gorrión, produzida na Argentina em 1972.

Pequena travessa contava a história de Júlia, interpretada por Bianca Rinaldi, uma garota de cerca de vinte anos, órfã de mãe que morava com o pai, Rafael, e os irmãos caçulas, Antônio e Daniel, num conjunto habitacional. Com várias qualidades, Júlia era querida por todos, especialmente por dois de seus vizinhos: o bondoso Caio e o ambicioso e mau-caráter Fernando, mais conhecido como Mercúrio, ambos apaixonados por Júlia. Esta, porém, se apaixonava ao conhecer Alberto, um homem bonito, rico, bom-caráter e recém-formado em advocacia. Os dois se conheceram no dia em que Rafael foi atropelado e ficou paraplégico.

Após o atropelamento de seu pai, Júlia decidiu trabalhar para sustentar a família e se interessou por um emprego de office-boy na loja Marcello Fantucci que queria um rapaz para o serviço, Júlia teve a ideia de se disfarçar de homem e voltar à loja e, a partir daí, Júlia vira Júlio e consegue o emprego. Um dia, ao entregar uma encomenda no escritório de George, advogado e pai de Alberto. Júlio aproveita para pedir um emprego de recepcionista, dizendo que é para sua irmã gêmea. Com isso, Júlia passa a trabalhar de manhã no escritório de advocacia e à tarde na loja Marcello Fantucci, como Júlio. A partir do reencontro no escritório, Alberto e Júlia começam um grande amor, que passaria por diversas dificuldades e grandes descobertas.

Para esse ano de 2010, a Televisa produz Niña de mi corazón, um novo remake de Mi pequeña traviesa, exibido desde 8 de março pelo Canal de las estrellas.


JAMAIS TE ESQUECEREI (Nunca te olvidaré)

Produzido e exibido em 120 capítulos pelo SBT em 2003, esse remake estava baseado no texto original de Caridad Bravo Adams, Yo sé que nunca, de 1970, que também serviu para a produção do remake mexicano, Nunca te olvidaré, em 1999. A versão brasileira foi traduzida por Henrique Zambelli e adaptada por Ecila Pedroso, que também assinou a supervisão de texto, e Enéas Carlos. A telenovela foi dirigida por Jacques Lagôa, Sacha e Henrique Martins, com David Grimberg como diretor geral de teledramaturgia.

Jamais te esquecerei contava a historia de Beatriz, interpretada por Ana Paula Tabalipa, e de Danilo, interpretado por Fábio Azevedo, que na adolescência juraram amor eterno, sem imaginar que diversos obstáculos viriam dificultar a concretização desse grande desejo.

Leonor, uma mulher amarga que era mãe de Danilo, era o obstáculo mais terrível e se utilizava dos mais terríveis recursos para impedir que seu filho namorasse Beatriz, pois sabia que seu marido, Antônio, ainda não havia esquecido a mãe de Beatriz, sua antiga paixão, Isabela. Quando jovens, Antônio e Isabela foram impedidos de se casar pelo pai da moça, que a obrigou a se casar com outro homem.
Quinze anos depois, Antônio e Isabela se reencontram, num momento em que ela está prestes a morrer e ali ele promete cuidar de Beatriz.

Ao perceber a forte ligação entre Beatriz e Danilo, Leonor vê crescer um ciúme doentio em seu coração e, cada dia mais maquiavélica, separa o casal: Beatriz é matriculada em um convento e Danilo vai estudar nos Estados Unidos. Mas Leonor não previa que o tempo e a distância iriam tornar o amor entre o casal ainda mais intenso. ludibriados, Beatriz e Danilo acreditaram ser irmãos de sangue e tentaram fugir da paixão intensa que sentiam um pelo outro, porém não esqueceram as palavras e a promessa que lhes trariam a verdadeira felicidade.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 1

ANTÔNIO ALVES, TAXISTA (Rolando Rivas, taxista)

Rolando Rivas, taxista, original de Alberto Migré, foi adaptada Ronaldo Ciambroni, e exibida pelo SBT em 1996, tendo a duração de 82 capítulos. Uma versão chamada El oficio de ser taxista, possivelmente será exibida em 2011 pela TV Azteca, no México.

Antônio Alves, taxista, contava a história de Antônio Alves, interpretado por Fábio Júnior, um taxista aspirante a cantor que saia de Florianópolis e tentava a vida em São Paulo, mas antes de estruturar-se financeiramente, se via obrigado a sustentar a família. Diante das dificuldades de sobreviver na capital paulista, o taxista levava como herança um caso amoroso mal resolvido, que se somava com outras conquistas realizadas depois de sua chegada à cidade. Dentre elas, se destacava a paixão por Mônica, que tinha dezoito anos e era filha de um grande milionário que fazia de tudo para ajudá-lo na carreira de cantor.


CHIQUITITAS (Chiquititas)

Chiquititas Brasil, é uma adaptação da original argentina, Chiquititas, escrita pela também autora da original Cris Morena com a ajuda de autores brasileiros, produzida pelo SBT e pelo canal argentino Telefé. Foi uma das telenovelas mais longas da dramaturgia brasileira, tendo 5 temporadas que somaram um total de 937 episódios, indo ao ar de 1997 a 2001, só não é considerada oficialmente a maior trama da teledramaturgia brasileira porque houve interrupções de férias entre uma temporada e outra.

As gravações da 6ª temporada já haviam começado, mas, devido a saída de Cris Morena da Telefé, as gravações foram canceladas e a novela encerrou na 5ª temporada. Em 2007, o SBT exibiu Chiquititas 2000, a sexta temporada, mas em sua a versão original argentina e no ano seguinte, exibiu Chiquititas 2006, que recebeu o título de Chiquititas 2008.


PÉROLA NEGRA (Perla negra)

Foi exibida pelo SBT em 1998, baseada no texto argentino original de Enrique Torres, Perla negra, estrelada por Andrea del Boca. Ainda em 1998, uma versão mexicana chamada Perla, produzida pela TV Azteca, trazia pela primeira vez a atriz Silvia Navarro em papel protagônico. A versão brasileira foi dirigida por Henrique Martins e teve 194 capítulos, sendo reapresentada em 2004 em 210 capítulos.

Curiosamente sua reprise fez mais sucesso que a sua exibição original, em torno dos 17 pontos. A reapresentação conseguiu por mais de uma vez conquistar o primeiro lugar em audiência, e empatar com a Rede Globo muitas vezes.

A novela, protagonizada por Patrícia de Sabrit, contava a história de uma mulher que, ainda recém-nascida, foi abandonada por sua mãe numa escola, sendo entregue à mantenedora da instituição junto a um preciosíssimo colar, contendo 22 pérolas negras que pagariam cada ano em que a menina permanecesse no internato até que completasse 21 anos. Uma das pérolas deveria ser entregue à moça assim que deixasse o colégio. Pérola Marques, assim chamada, cresceu ao lado de sua amiga Eva, herdeira de uma fortuna, que prestes a completar 20 anos, foi seduzida por Tomás e acabou engravidando. Quando o bebê nasceu, foi entregue aos caseiros em troca de um pagamento generoso, mas Pérola e Eva prometeram cuidar do menino assim que deixassem o internato. Alguns meses depois Eva recebe a notícia da morte de seu avô, Carlos, que lhe deixou tudo. Eva decide procurar sua família e assumir seus bens e sua amiga, Pérola, vai junto. Um acidente de carro fatal durante o percurso até a casa dos Pacheco Oliveira tira a vida de Eva. Pérola sobrevive, e, no hospital, é confundida com a amiga. Então ela decide assumir a identidade de Eva para recuperar o "seu filho" cumprindo a promessa de cuidar da criança, que se chama Carlinhos. O fantasma de Eva aparece ajudando Pérola em algumas situações.


PÍCARA SONHADORA (La pícara soñadora)

Exibida em 2001, e reprisada em 2004, foi a primeira produção entre SBT e Televisa. Escrita originalmente pelo argentino Abel Santacruz, é um remake da mexicana La pícara soñadora, de 1991. No Brasil, foi dirigida por Henrique Martins, Antonino Seabra e Jacques Lagôa, tendo 95 capítulos. A novela contava a história de Ludmila “Mila”, protagonizada por Bianca Rinaldi, uma moça muito batalhadora de classe média baixa que chega em São Paulo para trabalhar e estudar.

Na capital, consegue um emprego na seção de brinquedos da loja Soles. Morando com seu tio Camilo, vigia noturno da loja, a moça aproveita para passear pela loja, após o final do expediente, utilizando alguns de seus produtos e anotando tudo o que consome num caderninho para, depois de terminar a faculdade de direito e ser uma advogada bem sucedida, pagar todos seus gastos. Sua vida começa a se complicar quando Rosa, sua amiga que vive em Curitiba, resolve procurá-la em São Paulo. Rosa, que era funcionária da filial da Soles, fugiu da cidade após roubar dinheiro do caixa para tentar pagar um tratamento médico para sua filha doente.


AMOR E ÓDIO (La dueña)

Baseada no texto original de Inés Rodena, foi adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção de Antonino Seabra, Jacques Lagôa e Henrique Martins. Foi exibida com 110 capítulos no ano de 2001. É a versão brasileira da mexicana La dueña, de 1994, que por sua vez é outro remake da também mexicana Domenica Montero, de 1972, todas por sua vez são remakes da original venezuelana La doña, de 1972. Nesse ano de 2010, La dueña ganha outro remake no México, chamando-se agora Soy tu dueña, com previsão de estreia para 19 de abril no Canal de las estrellas.

Protagonizada por Suzy Rêgo, contava a história de Regina Villa Real, uma moça bonita, educada e com uma grande fortuna. Seus pais morreram em um acidente quando ela era pequena. Desde então, mora com sua tia Berenice, e com sua prima Laura Castro. As primas têm a mesma idade e crescem juntas. Fria e calculista, Laura sente muita inveja da prima. A única que percebe essa rivalidade é Martinha, que trabalha para elas. Regina está de casamento marcado com Maurício Padilha, que só quer se aproveitar do dinheiro dela. Para piorar, ainda mantém um romance secreto com Laura. A idéia dele é pegar o dinheiro de Regina e fugir com a amante. A tentativa de fuga é em vão e ele, depois de desmascarado, termina seu romance secreto com Laura e abandona Regina no altar.

Magoada e humilhada, Regina torna-se uma mulher fria e autoritária, abandona tudo e se muda para a Fazenda Cascavel, herança de seus pais, em Santa Rita da Esperança, uma pequena cidade interiorana. Berenice, Laura e Martinha vão junto, bem como Patrícia, a melhor amiga de Regina. O capataz da fazenda, Macário, é um homem inescrupuloso, rude, mentiroso, capaz de fazer qualquer coisa, até mesmo de matar. Logo que conhece Regina, entra em conflito com ela, mas aos poucos acaba se apaixonando pela "Dona" e se tornando seu grande protetor. Na fazenda, Regina conhece José Maria Cortes, herdeiro da Carvalhais, uma fazenda vizinha de suas terras. Ela quer comprar a fazenda dele e vários conflitos acontecem entre os dois.

Ele se apaixona por ela, que tenta resistir, já que seu coração está fechado para o amor. Laura também se interessa por José Maria, ocorrendo mais uma rivalidade. Ema Cortes, mulher dominadora e mãe de José Maria, alia-se a Laura para evitar que Regina e o rapaz tenham um romance. No capítulo a vilã Laura se suicida e Regina se casa com José Maria.