A TV Brasil exibe neste domingo, 1° de agosto, o filme brasileiro A oitava cor do arco-íris, de Amauri Tangará. O longa-metragem tem grande importância para o cinema de Mato Grosso, pois trata-se do primeiro filme do estado do centro-oeste brasileiro. Seus produtores, perseverantes, começaram a rodá-lo em 2002, com 150 mil reais. A verba não foi suficiente e as filmagens foram paralisadas. Só em 2003, com o apoio da lei de incentivo à cultura, os trabalhos puderam ser concluídos. A finalização, sob as asas do Ministério da Cultura, só aconteceu em janeiro de 2004.
A história de A oitava cor do arco-íris, contada em 80 minutos, inicia-se na pequena Vila de Nossa Senhora da Guia, no interior do Mato Grosso do Sul, a 30 quilômetros de Cuiabá. Lá vive Joãozinho (Diego Borges), um menino criado pela avó Didinha depois que seu pai desapareceu num garimpo, na região de Poconé, e sua mãe virou prostituta, em um bordel de Várzea Grande. Adoentada e sem poder andar, a velha sustenta o neto com a mísera aposentadoria que recebe e o leite de uma cabrita de estimação, Mocinha.
Uma noite, Joãozinho desperta com as orações de sua avó pedindo a Deus que a leve, pois não suporta mais as dores que sente e a falta de condições para comprar remédios que a aliviem seu sofrimento. Ao ouvir isso, o menino toma uma importante decisão: vender Mocinha, o único animal de estimação que possui e, com o dinheiro, comprar os remédios que sua avó necessita.
Clandestinamente ele leva a cabrita para a capital, sem conhecer nada nem ninguém. Ali descobre o lado duro de uma cidade grande, que contrasta com sua ingenuidade de menino nascido e criado no bucolismo saudável de uma pequena vila. Joãozinho, em suas aventuras urbanas na capital mato-grossense, lida com os mais variados tipos de situações e de pessoas: uns lhe são benevolentes, alguns o desprezam e outros lhe fazem crueldades.
Ninguém quer Mocinha e Joãozinho se desespera, tendo visões com a avó doente. Ele continua sua saga comercial até que uma simpática família decide ficar com o animal. O comprador prende Mocinha em seu quintal e sai para passear com a família. Neste momento Joãozinho descobre o verdadeiro valor de Mocinha: incalculável.
A história tem bom coração e seus criadores aproveitaram o tema para explorar a arquitetura de Cuiabá, seus pontos turísticos e mostrar como o povo pode ser acolhedor. No entanto, a ingenuidade de menino não é páreo para o lado amargo da metrópole, que prova ser um desafio muito maior do que ele poderia enfrentar sozinho.
A oitava cor do arco-íris é um filme melodramático em alguns momentos, como na linha musical condescendente que sempre acompanha o garoto Joãozinho. O filme é bem realizado e esquemático, utiliza uma trilha sonora mais caipira para os cenários rurais e o rock and roll de guitarras distorcidas para o ambiente urbano. A interpretação dos atores, todos desconhecidos, é meio dura, meio decorada, meio teatral, porém, simpática.
Segundo Tangará, Nossa Senhora da Guia foi escolhida como parte do cenário para caracterizar bem o sentimento de solidariedade, típico do brasileiro. Hoje muito empobrecida, a vila foi a única via de ligação entre a capital e o norte do Estado de Mato Grosso. Atualmente, seu patrimônio histórico é representado por meia dúzias de casarões estilo colonial, uma capela centenária e uma ponte de ferro, fabricada na Inglaterra e montada, na década de 1920, sobre rio Bandeira, um dos afluentes do Cuiabá. Recuperada há pouco mais de 10 anos, essa ponte é a sua única atração turística. O que há de mais encantador por lá é sua gente pacata e simples, mas que preserva os ritmos e o linguajar dos tempos antigos.
O interessante é que a realidade da vida e do mundo é representada da maneira mais abrangente, por isso, mais realista: inclui a bondade, a maldade e a indiferença. Amauri Tangará, que também assina o roteiro, revela-se bem maduro nessa visão, o que põe no chinelo filmes e obras literárias que defendem a visão mais pessimista da realidade, mostrando apenas os seus aspectos mais negativos, e ainda pretendem ser realistas.
Para muitas cabeças modernas e sofisticadas, o filme pode ser algo detestável ou simplesmente desprezível, não-concorrente para que se dê valor sério a uma obra. Mas as inteligências desarmadas e as sensibilidades sem malícia saberão apreciar a obra de Tangará.
A produção tem o seu valor: não apresenta a cor local moderna, com ênfase contundente na miséria e na violência, mas embeleza-se da cor local tradicional. Apesar dos seus defeitos, se cada estado produzisse um longa por ano, o cinema brasileiro atingiria outro patamar.
- INÍCIO
- TELENOVELAS
- A Alma Não Tem Cor
- A Estranha Dama
- A Feia Mais Bela
- A Fera
- A Força de Uma Mulher
- A Madrasta
- A Mentira
- A Mulher Proibida
- A Outra
- A Revanche
- A Usurpadora
- A Vida é um Jogo
- A Vingança
- A Árvore Azul
- Abigail
- Abraça-me Muito Forte
- Acorrentada
- Alcançar Uma Estrela
- Alcançar Uma Estrela 2
- Alegrifes e Rabujos
- Além do Horizonte
- Alma Indomável
- Amanhã é Para Sempre
- Ambição
- Amigas e Rivais
- Amigos Para Sempre
- Amor Cigano
- Amor em Silêncio
- Amor Real
- Amy, a Menina da Mochila Azul
- Angelito
- As Tontas Não Vão ao Céu
- Betty, a Feia
- Café, Com Aroma de Mulher
- Camaleões
- Camila
- Caminhos do Amor
- Canavial de Paixões
- Carinha de Anjo
- Carrossel
- Carrossel das Américas
- Chiquititas 2007
- Chiquititas 2008
- Chispita
- Coração Selvagem
- Cristina Bazán
- Cuidado com o Anjo
- Cúmplices de um Resgate
- Desencontros
- Desprezo
- Destilando Amor
- Dona Bárbara
- Esmeralda
- Estranho Poder
- Eu Compro Essa Mulher
- Eu Não Acredito Nos Homens
- Feridas de Amor
- Garotas Bonitas
- Gata Selvagem
- Gotinha de Amor
- Guadalupe
- Império de Cristal
- Isa TKM
- Isa TK+
- Joana, a Virgem
- Kassandra
- Lalola
- Laços de Amor
- Luz Clarita
- Manancial
- Manuela
- Maria Belém
- Maria Celeste
- Maria do Bairro
- Maria Isabel
- Maria José
- Maria Mercedes
- Mariana da Noite
- Marielena
- Marimar
- Menina, Amada Minha
- Meninas Malvadas
- Meu Pecado
- Mundo de Feras
- Na Própria Carne
- No Limite da Paixão
- O Diário de Daniela
- O Direito de Nascer
- O Privilégio de Amar
- O Regresso da Estranha Dama
- Os Ricos Também Choram
- Paixão
- Paixão e Poder
- Paixões Ardentes
- Pedro, o Escamoso
- Por Amar-te Tanto
- Por Ela Sou Eva
- Por Teu Amor
- Poucas, Poucas Pulgas
- Preciosa
- Primeiro Amor - A Mil Por Hora
- Prisioneira do Amor
- Meus Quinze Anos
- Rebelde - Parte 1
- Rebelde - Parte 2
- Rebelde - Parte 3
- Rebelde - Parte 4
- Rebelde - Parte 5
- Rosa Selvagem
- Rosalinda
- Rubi
- Salomé
- Serafim
- Sexo Forte, Sexo Frágil
- Sigo te Amando
- Simplesmente Maria
- Soledade
- Sombras do Passado
- Sonha Comigo
- Sonhos e Caramelos
- Sortilégio
- Só Você
- Topázio
- Traição
- Um Amor de Babá
- Valéria e Maximiliano
- Viva às Crianças - Carrossel 2
- Viviana - Em Busca do Amor
- Vovô e Eu
- Zorro: A Espada e a Rosa
- BIOGRAFIAS
- Adela Noriega
- Alejandra Barros
- Anahí
- Angélica Rivera
- Angélica Vale
- Aracely Arámbula
- Bárbara Mori
- Belinda
- Christopher Uckermann
- César Évora
- Daniela Luján
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- Edith González
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- Eduardo Santamarina
- Eduardo Yáñez
- Fernando Colunga
- Frances Ondiviela
- Gabriela Spanic
- Grecia Colmenares
- Guy Ecker
- Génesis Rodríguez
- Itatí Cantoral
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- Jaime Camil
- Jorge Salinas
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- Kate del Castillo
- Laura Flores
- Leticia Calderón
- Lucero
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- Saúl Lisazo
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- Verónica Castro
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- A Cor da Paixão
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- A Escrava Branca
- A Feia Mais Bela
- A Gata
- A Madrasta
- A Mal Amada
- A Mentira
- A Mulher de Judas
- A Patroa
- A Que Não Podia Amar (SBT)
- A Que Não Podia Amar (ZAP)
- A Rainha do Flow
- A Rainha do Tráfico
- A Sombra do Passado
- A Tempestade
- A Traiçoeira
- A Usurpadora
- Abismo de Paixão (SBT)
- Açúcar
- Amanhã é Para Sempre (CNT)
- Amanhã é Para Sempre (SBT)
- Amo Despertar Contigo
- Amo-te Com Todo o Meu Coração
- Amor de Bairro
- Amor e Pecado
- Amor Eterno
- Amor Proibido
- Amores Verdadeiros (ZAP)
- Apaixonando-me Por Ramón
- As Amazonas
- Asas do Amor
- Atrapada
- Bonita e Azarada
- Café, Com Aroma de Mulher
- Cair em Tentação
- Chegou o Amor
- Chica Vampiro
- Club 57
- Coração Apaixonado
- Coração Esmeralda
- Coração Indomável (SBT)
- Coração Indomável (ZAP)
- Coração Que Mente
- Cuidado Com o Anjo
- Cumbia Ninja
- Destilando Amor
- Ezel
- Fatmagül - A Força do Amor
- Força do Destino
- Guerra das Rosas
- Infâmia
- Isa TKM
- Isa TK+
- Karkú
- Lágrimas de Amor
- Mar de Amor
- Maria do Bairro
- Maria Madalena
- Meryem
- Meu Coração é Teu (SBT)
- Meu Pecado
- Mil e Uma Noites
- Minha Vida
- Miss XV
- Muchacha Italiana
- Mulheres de Negro
- Não Acredito Nos Homens
- Natália do Mar
- No Limite da Paixão
- Noobees
- O Imperdoável
- O Meu Coração é Teu (ZAP)
- O Privilégio de Amar
- O Que a Vida me Roubou (SBT)
- O Que a Vida me Roubou (ZAP)
- O Talismã
- Os Rey
- Ouro Verde
- Paixão e Poder (2015)
- Paixão Sem Limites
- Por Ela... Sou Eva
- Por Teu Amor
- Proibido Amar
- Quando me Apaixono
- Que Pobres Tão Ricos
- Que te Perdoe Deus... Eu Não
- Querida Inimiga
- Quero Amar-te
- Rebelde
- Rosário
- Rubi
- Senhor dos Céus
- Sexo Forte, Sexo Frágil
- Sila - Prisioneira do Amor
- Sortilégio
- Teresa (SBT)
- Teresa (ZAP)
- Terras Selvagens
- Três Vezes Ana (ZAP)
- Triunfo do Amor (ZAP)
- Um Caminho Para o Destino
- Um Refúgio Para o Amor (ZAP)
- Yago - Um Amor Traído
- Zorro: A Espada e a Rosa
- ÁLBUM DE FOTOS
- DO ORIGINAL AO REMAKE
domingo, 1 de agosto de 2010
Corações feridos inicia gravações
Após a Televisa produzir o remake de A mentira, intitulado Cuando me enamoro… se detiene el tiempo, é a vez do SBT realizar sua própria versão, a chamada Corações feridos, em parceria com a rede mexicana.
Nesta segunda, 02 de agosto, o início da produção será marcado com a cena de uma festa no cenário de uma mansão fictícia. Além dessa, estão previstas, ao longo da semana, tomadas nas cidades de Cabreúva e Quadra, no interior do estado de São Paulo.
Ao contrário de outras produções recentemente realizadas, a marca desta será a economia nos gastos: além de menor, a trama tem orçamento enxuto: 90% de seu elenco é composto por atores desconhecidos, e será toda gravada em estúdio, nada de cidade cenográfica, pois deverá ter algumas cenas na cidade de Tatuí, interior de São Paulo, numa fazenda de café.
Outra medida para conter despesas na produção é a escalação de atores que residam em São Paulo, para evitar arcar com ponte aérea e hotel durante as gravações. Será uma obra fechada, com número restrito de personagens, priorizando o indispensável. Tudo está dentro de um planejamento já definido pela casa.
Para começar, serão 100 capítulos pré-estabelecidos e, com lançamento previsto para novembro, a telenovela pode estrear totalmente gravada. Como uma telenovela de 200 capítulos leva em média seis meses de gravações, é fato que, quando estrear, Corações feridos já estará praticamente fechada.
Substituindo Canavial de paixões, que será exibida após o término de Uma rosa com amor, possivelmente a nova trama ocupará a faixa das 20h00 na grade de programação da emissora.
Adaptada por Iris Abravanel, e dirigida por Del Rangel, Corações feridos terá em seu elenco Patrícia Barros, Cynthia Falabella, Flávio Tolezani, Paulo Zulu, Antônio Abujamra, Jacqueline Dalabona, Elaine Mickel, Bruno Giordano, Paulo Coronato, Ronaldo Oliva, Iara Jamr, Elisabeth Hartmann, Victor Pecoraro, Patrícia Salvador, Lívia Andrade, entre outros.
Clássicos internacionais e suas versões à mexicana
No mundo das telenovelas não existem fórmulas nem garantias para que um produto que se apresente ao espectador tenha êxito. No entanto, alguns produtores se propuseram a fazer telenovelas que no passado foram bem aceitas pelo público, pelo que hoje em dia vivemos na era do famoso remake.
Talvez isto se deva à falta de escritores no México ou talvez à pouca oportunidade que eles têm; o certo é que, desde 1960, várias das histórias que os mexicanos veem em sua televisão são importadas de países como Venezuela, Colômbia, Argentina ou até mesmo do Brasil.
Em 1969, na Argentina, realiza-se pela primeira vez Muchachita italiana viene a casarse, com Alejandra de Paisano e Rodolfo Ranni. Em 1971, este hit chega ao México com Angélica María, junto a Ricardo Blume. Em 1987, o êxito se repete com as participações de Victoria Ruffo e Juan Ferrrara, outra vez com um resultado satisfatório, em Victoria.
À Argentina deve-se também uma das histórias mais extensas e vistas pelos espectadores: El amor tiene cara de mujer, que, primeiramente viu a luz na cidade dos ches em 1964 e durou oito anos. No México, realizou-se em três ocasiões: a primeira em 1971, com a participação de Silvia Derbez, Irma Lozano, Irán Eory e Lucy Gallardo; a segunda, que levou o nome de Principessa e foi protagonizada por Irán Eory, Angélica Aragón e Cecilia Camacho, em 1984; e a terceira, que foi uma co-produção da Televisa com a Argentina e que retomou o nome original com atrizes de ambas nacionalidades: Laura Flores, Thelma Biral, Laura Novoa, Marisel Antonione e Marita Ballesteros.
O clássico venezuelano de 1972, La usurpadora, chegou ao México com o nome de El hogar de yo robé, protagonizado pela atriz Angélica María no ano de 1981, para depois receber uma nova versão em 1998 com seu nome original e com um elenco encabeçado por Gabriela Spanic e Fernando Colunga. O interessante desta última é que a protagonista veio do país em que se originou a história.
Também em 1972, novamente a Venezuela volta a dar o que falar com Esmeralda, interpretada por Lupita Ferrer junto de José Berdina. Em 1984, o país retoma a história com o nome de Topacio (Topázio), com Grecia Colmenares e Víctor Cámara. Foi em 1997, quando o produtor Salvador Mejía fez sua versão de Esmeralda, desta vez, protagonizada por Leticia Calderón e Fernando Colunga.
Em 1974, os mexicanos produzem Mundo de juguete, uma história argentina, produzida originalmente em 1962, com este mesmo nome. Antes dos mexicanos, ainda a Argentina voltaria a reproduzir a história, em 1973, com o nome de Papá corazón; o Peru também realiza sua versão neste mesmo ano. Já em 1976, é a vez do Brasil produzir Papai coração, pela TV Tupi; novamente em 1986, seu país de origem, a Argentina, volta com a mesma história, dessa nomeada Mundo de muñeca. Em 1990, é a vez da Venezuela realizar uma minissérie com 38 capítulos baseada no roteiro, chamando-a de Muñeca. Novamente no ano de 2000, os mexicanos reproduzem a história, agora, intitulada Carita de ángel (Carinha de anjo), com as participações de Daniela Aedo, Miguel de León e Lissete Morelos, se tornando um verdadeiro hit entre as crianças.
O clássico Colorina nasceu no Chile em 1977 e foi todo um êxito. Em 1980, o sucesso se repete no México, agora, protagonizado por Lucía Méndez e Enrique Álvarez Félix. Em 2001, o produtor Juan Osorio retoma o roteiro para fazer sua versão que recebe o nome de Salomé, tendo como protagonistas Edith González e Guy Ecker, no entanto a audiência não foi tão favorecida quanto se esperava.
Em 1965, o Brasil estreia A indomável, que chega ao México em sua versão local em 1987. Com o nome de La indomable, contou com as participações de Leticia Calderón e Arturo Peniche e foi um grande sucesso, tornando-se uma das telenovelas mais queridas pelo público mexicano. Em 1999, o produtor Nicandro Díaz a reapresenta com o nome de Alma rebelde e foi um tremendo fracasso.
Ainda da Argentina se trouxe a terna história de Carrusel (Carrossel), que viu a luz em 1965 na Argentina, com o nome original de Jacinta Pichimahuida. Foi tão boa que no ano de 1975 repetiram a dose com o nome de La maestra que no se olvida. Devido à candidez da temática faz-se novamente um remake em 1983, com o nome de Señorita maestra. Os produtores mexicanos puseram os olhos na história e, em 1989, a realizaram com o nome de Carrusel (Carrossel), onde participaram Gabriela Rivero, Ludwika Paleta e Armando Calvo. Novamente em 2002, a história se repete, e, desta vez leva o nome de Vivan los niños (Viva às crianças - Carrosel 2), com Andrea Legarreta e Eduardo Capetillo.
Talvez isto se deva à falta de escritores no México ou talvez à pouca oportunidade que eles têm; o certo é que, desde 1960, várias das histórias que os mexicanos veem em sua televisão são importadas de países como Venezuela, Colômbia, Argentina ou até mesmo do Brasil.
Em 1969, na Argentina, realiza-se pela primeira vez Muchachita italiana viene a casarse, com Alejandra de Paisano e Rodolfo Ranni. Em 1971, este hit chega ao México com Angélica María, junto a Ricardo Blume. Em 1987, o êxito se repete com as participações de Victoria Ruffo e Juan Ferrrara, outra vez com um resultado satisfatório, em Victoria.
À Argentina deve-se também uma das histórias mais extensas e vistas pelos espectadores: El amor tiene cara de mujer, que, primeiramente viu a luz na cidade dos ches em 1964 e durou oito anos. No México, realizou-se em três ocasiões: a primeira em 1971, com a participação de Silvia Derbez, Irma Lozano, Irán Eory e Lucy Gallardo; a segunda, que levou o nome de Principessa e foi protagonizada por Irán Eory, Angélica Aragón e Cecilia Camacho, em 1984; e a terceira, que foi uma co-produção da Televisa com a Argentina e que retomou o nome original com atrizes de ambas nacionalidades: Laura Flores, Thelma Biral, Laura Novoa, Marisel Antonione e Marita Ballesteros.
O clássico venezuelano de 1972, La usurpadora, chegou ao México com o nome de El hogar de yo robé, protagonizado pela atriz Angélica María no ano de 1981, para depois receber uma nova versão em 1998 com seu nome original e com um elenco encabeçado por Gabriela Spanic e Fernando Colunga. O interessante desta última é que a protagonista veio do país em que se originou a história.
Também em 1972, novamente a Venezuela volta a dar o que falar com Esmeralda, interpretada por Lupita Ferrer junto de José Berdina. Em 1984, o país retoma a história com o nome de Topacio (Topázio), com Grecia Colmenares e Víctor Cámara. Foi em 1997, quando o produtor Salvador Mejía fez sua versão de Esmeralda, desta vez, protagonizada por Leticia Calderón e Fernando Colunga.
Em 1974, os mexicanos produzem Mundo de juguete, uma história argentina, produzida originalmente em 1962, com este mesmo nome. Antes dos mexicanos, ainda a Argentina voltaria a reproduzir a história, em 1973, com o nome de Papá corazón; o Peru também realiza sua versão neste mesmo ano. Já em 1976, é a vez do Brasil produzir Papai coração, pela TV Tupi; novamente em 1986, seu país de origem, a Argentina, volta com a mesma história, dessa nomeada Mundo de muñeca. Em 1990, é a vez da Venezuela realizar uma minissérie com 38 capítulos baseada no roteiro, chamando-a de Muñeca. Novamente no ano de 2000, os mexicanos reproduzem a história, agora, intitulada Carita de ángel (Carinha de anjo), com as participações de Daniela Aedo, Miguel de León e Lissete Morelos, se tornando um verdadeiro hit entre as crianças.
O clássico Colorina nasceu no Chile em 1977 e foi todo um êxito. Em 1980, o sucesso se repete no México, agora, protagonizado por Lucía Méndez e Enrique Álvarez Félix. Em 2001, o produtor Juan Osorio retoma o roteiro para fazer sua versão que recebe o nome de Salomé, tendo como protagonistas Edith González e Guy Ecker, no entanto a audiência não foi tão favorecida quanto se esperava.
Em 1965, o Brasil estreia A indomável, que chega ao México em sua versão local em 1987. Com o nome de La indomable, contou com as participações de Leticia Calderón e Arturo Peniche e foi um grande sucesso, tornando-se uma das telenovelas mais queridas pelo público mexicano. Em 1999, o produtor Nicandro Díaz a reapresenta com o nome de Alma rebelde e foi um tremendo fracasso.
Ainda da Argentina se trouxe a terna história de Carrusel (Carrossel), que viu a luz em 1965 na Argentina, com o nome original de Jacinta Pichimahuida. Foi tão boa que no ano de 1975 repetiram a dose com o nome de La maestra que no se olvida. Devido à candidez da temática faz-se novamente um remake em 1983, com o nome de Señorita maestra. Os produtores mexicanos puseram os olhos na história e, em 1989, a realizaram com o nome de Carrusel (Carrossel), onde participaram Gabriela Rivero, Ludwika Paleta e Armando Calvo. Novamente em 2002, a história se repete, e, desta vez leva o nome de Vivan los niños (Viva às crianças - Carrosel 2), com Andrea Legarreta e Eduardo Capetillo.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Biografia de Fernando Colunga
INTRODUÇÃO
Fernando Colunga Olivares nasceu em 03 de março de 1966 na Cidade do México, México. Filho único do engenheiro Fernando Colunga e de Margarita Olivares, dona de casa, é um grande ator; todas suas telenovelas se tornam um tremendo sucesso, o que lhe atribui o título de maior galã do México e o torna o ator mais cotado para as tramas de televisão deste país.
SUA HISTÓRIA
Fernando Colunga nunca foi um garoto prodígio da interpretação; de fato, seus interesses abrangeram diferentes áreas e, antes de se tornar ator, se dedicou a muitos outros trabalhos. Além de ser formado em engenharia civil, entre outras coisas, também se dedicou à administração de empresas, à venda de automóveis, à uma loja de ferragens e a um trabalho como barman.
Seu primeiro contato profissional com o mundo do cinema não se estabeleceu pelos caminhos mais habituais, visto que começou trabalhando como dublê em certas produções mexicanas. Além disso, tornou-se popular ao participar da versão mexicana da Vila Sésamo, além de programas como La telaraña, Hora marcada e Todo de todo.
Em 1988, trabalhou como dublê de Eduardo Yáñez na telenovela Dulce desafío e, rapidamente, se deu conta de que ser ator era sua paixão, antes disso já havia tido pequenas aparições em La pobre señorita Limantur, de 1985 e em El carruaje, de 1987, como dublê. A partir daí optou por iniciar uma carreira profissional neste âmbito e se matriculou no Centro de Educación Artística da Televisa no ano de 1990.
Já em 1990, atua em Cenizas y diamantes e, um ano depois, em Madres egoístas e Alcançar uma estrela II. Em 1992, aparece em Maria Mercedes, protagonizada pela bela atriz Thalía.
Em 1994, Fernando Colunga é convidado para participar da série Mujer, casos de la vida real, e logo Carla Estrada o chama para se integrar ao elenco da telenovela Más allá del puente, com María Sorté. Neste mesmo ano obtém um papel em Marimar, novamente ao lado de Thalía e estreia o filme Bésame en la boca, com a cantora Paulina Rubio.
Em 1995, atua em Alondra, mais uma produção de Carla Estrada, e, neste mesmo ano, consegue seu primeiro papel protagônico ao lado de ninguém menos que a própria Thalía, em Maria do bairro, dando vida à Luis Fernando de la Vega, personagem com o qual Fernando passou a ser reconhecido em vários países. Sua participação em Maria do bairro não somente lhe traz sucesso, mas também, seu romance com a atriz e cantora, um caso de aproximadamente um ano que ambos confirmaram mas não deram maiores detalhes.
Em 1997, protagoniza Esmeralda, ao lado de Leticia Calderón, dando vida à José Armando, um jovem médico que se apaixona pela pobre camponesa cega. Com esta telenovela, Colunga se lança ao estrelato em centenas de países, inclusive em lugares distantes como Indonésia e República Checa e, recebe seu primeiro prêmio TVyNovelas, como Melhor ator protagônico do ano.
Em 1998, Fernando protagoniza A usurpadora, junto da famosa atriz venezuelana Gabriela Spanic e de atores como Libertad Lamarque, Juan Pablo Gamboa, Chantal Andere, Alejandro Ruiz, Enrique Lizalde, Dominika Paleta, entre outros. Nesta telenovela, o ator interpreta Carlos Daniel Bracho, um homem que ignora que a usurpadora, Paulina, ocupa o lugar de sua mulher Paola, sob chantagem desta. A telenovela teve uma sequência que se chamou Más allá de la usurpadora.
Em 1999, sobe ao palco pela primeira vez para atuar na peça teatral Pecado no original, ao lado de Chantal Andere, interpretando Bill e Jenny, respectivamente, em uma matrimônio infeliz, em processo de dissolução. Ainda neste ano, Colunga protagoniza Nunca te olvidaré, ao lado de Edtih González, que interpreta a órfã Esperanza que, aos dez anos, vai morar na casa de Antonio Uribe e Consuelo, pais de Luis Gustavo, interpretado por Fernando. Os dois jovens se apaixonam imediatamente, mas Consuelo não aceita a relação e manda seu filho estudar na Europa. Para este papel, Colunga não somente se prepara para atuar como também fisicamente, com uma dieta estrita e várias horas de academia. Ainda em 1999, participa da minissérie Cuento de Navidad.
Em 2000, começa a gravação da telenovela Abraça-me muito forte, do produtor Salvador Mejía. Sua parceira nesta ocasião é Aracely Arámbula, que também divide os cenários com Victoria Ruffo, César Évora e Nailea Norvind. Nesta trama, Fernando Colunga encarna Carlos Manuel Rivero, um jovem médico casado com a perversa Déborah, mas que se apaixona por María do Carmo. Este papel significa para Fernando um enorme êxito em sua carreira, pois com ele consegue o prêmio TVyNovelas como Melhor ator masculino do ano.
Após este papel, Fernando se distancia por um tempo das telenovelas e aproveita para estudar atuação e produção. Ainda assim, atua em Navidad sin fin, de 2001.
Em 2003, volta às telinhas para protagonizar um de seus papéis mais importante em Amor real, onde interpreta Manuel Fuentes Guerra, o filho bastardo de um rico fazendeiro, cuja mãe deixa o deixa nas mãos de seu pai para que receba uma boa educação. No entanto, somente recebe maltratos deste e, graças ao pároco do povoado, Manuel se torna um grande médico. Quando seu pai morre, Manuel é reconhecido legalmente como o herdeiro de todos seus bens. Nesta ocasião, conhece Matilde, interpretada por Adela Noriega, uma jovem aristocrata que, por sua vez, está comprometida com Adolfo, interpretado por Mauricio Islas, um pobre tenente.
Amor real se torna um enorme êxito no México e em todos os países onde é exibida, e, sem dúvida, é um dos papéis mais completos em que Fernando havia trabalhado até então. Graças a Manuel Fuentes Guerra, Colunga recebe, em 2003, outro prêmio TVyNovelas, como Melhor ator protagonista.
Após o enorme êxito de Amor real, Fernando toma um tempo para descansar, mas logo regressa a um gênero que o havia fascinado, o teatro. Junto de César Évora, adapta roteiros e coloca em marcha Trampa de muerte, obra com a qual realiza turnês por vários meses.
Em 2005, Colunga volta à televisão com Alborada, outra produção de época de Carla Estrada, em uma história ambientada no México do século 18. Protagonizando com Lucero, compartilha créditos com Valentino Lanús, Daniela Romo, Mariana Garza, Luis Roberto Guzmán, Vanessa Guzmán, Arturo Peniche, Irán Castillo e uma extensa lista de atores.
A telenovela não decepciona e não somente alcança uma boa audiência sendo exibida em horário nobre, mas também recebe os melhores elogios por parte da crítica. Além disso, o trabalho se vê compensado nos prêmios TVyNovelas, ao ser a telenovela mais galardoada, com os prêmios de Melhor telenovela e Melhor ator e atriz do ano para Fernando e Lucero, respectivamente.
Em 2007, o ator volta a protagonizar mais uma telenovela de época, Paixão, também produzida por Carla Estrada. Esta vez, compartilhando créditos com Susana González, Sebastián Rulli, Daniela Castro, Juan Ferrara, entre outros grandes nomes da teledramaturgia mexicana. Neste mesmo ano realiza o filme Ladrón que roba a ladrón junto de Miguel Varoni, Gabriel Soto, Sonya Smith e Saúl Lisazo.
Em 2008, protagoniza Amanhã é para sempre, ao lado de atores como Silvia Navarro, Lucero, Rogelio Guerra, Guillermo Capetillo, Dominika Paleta e María Rojo, entre outros. Telenovela esta produzida por Nicandro Díaz, onde Colunga interpreta Eduardo Juárez, um homem que, para se vingar de Bárbara Greco, interpretada por Lucero, muda seu nome para Franco Santoro.
Em 2010, Fernando Colunga participa de Soy tu dueña, onde divide cenários com Lucero, Gabriela Spanic, David Zepeda, entre outros. Esta produção de Nicandro Díaz narra a história de Valentina, interpretada por Lucero que, após ser abandonada no altar, deixa de ser uma jovem doce, justa e sensata para ser uma mulher fria, arbitrária e cheia de amargura, jurando para si mesma que jamais voltará a se apaixonar. No entanto, ao se distanciar e ir viver na fazenda Los cascabeles, conhece José Miguel, interpretado por Colunga, que se apaixona imediatamente por ela, por sua beleza e por seu gênio difícil. Apesar de todos os obstáculos, Valentina e José Miguel lutam contra o orgulho e a fortaleza que construíram ao redor de seus corações até que Valentina seja a dona de seu amor.
SUAS ATUAÇÕES
TELENOVELAS
2010 - Soy tu dueña (José Miguel)
2008 - Amanhã é para sempre (Eduardo/Franco)
2007 - Paixão (Ricardo “Antilhano”/Diego)
2005 - Alborada (Luis)
2003 - Amor real (Manuel)
2000 - Abraça-me muito forte (Carlos Manuel)
1999 - Nunca te olvidaré (Luis Gustavo)
1999 - Más allá de la usurpadora (Carlos Daniel)
1998 - A usurpadora (Carlos Daniel)
1997 - Esmeralda (José Armando)
1995 - Alondra (Raúl)
1995 - Maria do bairro (Luis Fernando)
1994 - Más allá del puente (Valerio)
1994 - Marimar (Adrián Rosales)
1992 - Maria Mercedes (Chico)
1991 - Alcançar uma estrela II
1991 - Madres egoístas (Jorge)
1990 - Cenizas y diamantes
1988 - Dulce desafío
1987 - El carruaje
1985 - La pobre señorita Limantur (Francisco)
MINISSÉRIES
2002 - Navidad sin fin (Pedro)
1999 - Cuento de Navidad (Jaime)
1993 - Marianela (Pablo)
FILMES
2007 - Ladrón que roba a ladrón (Alejandro)
1999 - La cenicienta
1995 - Bésame en la boca (Arturo)
1995 - Esclavos de la pasión
El mar
Fuenteovejuna
Los hijos del sol
El primo Basilio
PEÇAS TEATRIAIS
2003 - Trampa de muerte
1999 - Pecado no original
1999 - Un engaño no hace daño
SÉRIES
2003 - XHDRBZ “La hora Derbez” - Una de lobos (José)
1994 - Mujer, casos de la vida real - Te olvidaré
1986 - La telaraña
Plaza sésamo
SEUS PRÊMIOS
PRÊMIOS PEOPLE EN ESPAÑOL
2009 - Melhor casal com Silvia Navarro (Amanhã é para sempre)
PRÊMIOS TVYNOVELAS
2006 - Melhor ator protagônico (Alborada)
2004 - Melhor ator protagônico (Amor real)
2001 - Melhor ator protagônico (Abraça-me muito forte)
1998 - Melhor ator protagônico (Esmeralda)
PRÊMIOS JUVENTUD
2007 - ¡Qué actorazo! (Ladrón que roba a ladrón)
PRÊMIOS ACE
2004 - Melhor ator de televisão cênica (Amor real)
2001 - Melhor ator de televisão cênica (Abraça-me muito forte)
PRÊMIOS EL HERALDO DE MÉXICO
2000 - Melhor ator protagonista (Abraça-me muito forte)
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Mulheres assassinas - Ana, corrosiva
DATA
29/07/10HORÁRIO
22h50CANAL
Rede CNTCOM
Cecilia Suárez, Julio Bracho, Verónica Jaspedo, Anna Fomina, Patricia Roque e Gastón PetersonRESUMO
Após submeter-se a uma cirurgia para corrigir uma pequena lesão, Ana conhece Martín, médico cirurgião plástico que, além de lhe operar, segue cuidando de todos os detalhes do seu trabalho.Ele é jovem e sedutor e essas características chamam a atenção da bela Ana que consegue, assim, atrair o jovem médico para uma relação mais forte e ardente.
Acontece que, desde o início, a relação passa a ter muitas desigualdades, já que Martín mantém um compromisso com outra mulher. A frustração toma conta da mente de Ana que, sem pensar duas vezes, arma seu plano de vingança que é algo extremamente macabro.
Após tanto engano e humilhação, ela derrama no corpo de Martín um frasco de ácido sulfúrico, enquanto ele dormia. A vítima sobrevive, porém perde várias partes de seu corpo. Ana, julgada culpada, será sentenciada a 15 anos de prisão.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O que mais desagrada em uma telenovela latina?
Confira o resultado da enquete:
As heroínas que são tontas e infantilmente inocentes: 16 votos (29%)
Os galãs que se envolvem com outras quando se distanciam das protagonistas: 14 votos (25%)
Os vilões que não morrem e terminam impunes: 12 votos (21%)
A mitificação da virgindade feminina: 9 votos (16%)
A presença constante de padres e freiras: 4 votos (7%)
Total de votos: 55
As heroínas que são tontas e infantilmente inocentes: 16 votos (29%)
Os galãs que se envolvem com outras quando se distanciam das protagonistas: 14 votos (25%)
Os vilões que não morrem e terminam impunes: 12 votos (21%)
A mitificação da virgindade feminina: 9 votos (16%)
A presença constante de padres e freiras: 4 votos (7%)
Total de votos: 55
terça-feira, 27 de julho de 2010
O que mais agrada em uma telenovela latina?
Confira o resultado da enquete:
A história de amor quase impossível entre os protagonistas: 14 votos (25%)
As protagonistas que mesmo sofrendo são fortes e valentes: 12 votos (22%)
Os vilões que mesmo malvados têm que estar presentes: 12 votos (22%)
Os beijos e cenas calientes: 9 votos (16%)
Os diálogos e declarações de amor que vão além de frases feitas: 7 votos (12%)
Total de votos: 54
A história de amor quase impossível entre os protagonistas: 14 votos (25%)
As protagonistas que mesmo sofrendo são fortes e valentes: 12 votos (22%)
Os vilões que mesmo malvados têm que estar presentes: 12 votos (22%)
Os beijos e cenas calientes: 9 votos (16%)
Os diálogos e declarações de amor que vão além de frases feitas: 7 votos (12%)
Total de votos: 54
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Chepe Fortuna estreia na RCN
Hoje, 26 de julho, o canal colombiano RCN estreia Chepe Fortuna, uma telenovela original de Miguel Ángel Vaquero e Eloisa Infante, dirigida por Mario Ribero, quem também esteve à frente das exitosas Betty, a feia e Los Reyes.
A telenovela, protagonizada por Taliana Vargas e Javier Jattin, é uma mistura de humor, música e realismo mágico. Ainda assim, trata-se de uma produção que trará muita paisagem natural, cenas externas e a presença de vários figurantes, tudo isso em locações de Santa Marta e seus arredores.
Adicionalmente participam 30 atores de primeira linha. Além do veterano Carlos Muñoz, o elenco é integrado por atores e atrizes como Judy Henriquez, Margalida Castro, Pedro Palacios, Susana Rojas, Carlos Muñoz, Kristina Lilley, Adriana Ricardo, Mile Vergara, Mabel Moreno, Paula Castaño, Gerardo Calero, Manuel Busquets, Mónica Leyton, Jorge Monterrosa, Bruno Diaz, Vetto Galvéz, Consuelo Luzardo, Florina Lemaitre, Lorna Cepeda entre outros.
Esta super produção ambientada no litoral colombiano conta a história de Chepe Fortuna e Niña Cabrales, dois jovens, um pescador e uma bióloga, que, apesar de pertencerem a classes diferentes, se amam antes mesmo de terem se conhecido, pois já haviam se visto em seus sonhos.
A história de amor impossível está marcada pelas disputas políticas, sonhos populares, interesses econômicos e alucinadas situações que unirão aos ricos da família de Niña com os pobres pescadores de El tiburón, bairro onde vive Chepe.
ELENCO
Javier Jattin: Chepe Fortuna
Taliana Vargas: Niña Cabrales
Pedro Palacios: Anibal Conrado
Susana Rojas: Yadira Cienfuegos
Carlos Muñoz: Jeremías Cabrales
Margalida Castro: Úrsula de Cabrales
Judy Henríquez: Josefina Fortuna
Kristina Lilley: Malvina Samper de Cabrales
Mabel Moreno: Carolina Araujo Cabrales
Julio Meza: Julio Bolívar
Florina Lemaitre: Perfecta Conrado
Consuelo Luzardo: Alfonsina Pumarejo
Vetto Galvéz: Aquilino Mesa
Lorna Cepeda: Petra Mesa
Confira as fotos desses hilariantes personagens:
La diosa coronada estreia na Telemundo
Hoje, 26 de julho, às 22h30, a Telemundo dos Estados Unidos estreia La diosa coronada, telenovela baseada em fatos reais da vida da colombiana Angie Sanclemente Valencia, uma ex-modelo e Rainha da Beleza Colombiana, que sempre teve a ambição e a beleza como principais atributos.
Com roteiro de Juan Camilo Ferrand, direção de Rodolfo Hoyos e Miguel Varoni e produção executiva de Hugo León Ferrer, La diosa coronada conta um elenco composto por Carolina Guerra, Arap Bethke, Angeline Moncayo, Margarita Reyes, Valentina Lizcano, Carolina Gaitán, Jhon Mario Rivera, Carlos Humberto Camacho, Jonathan Islas, Luces Velasquez, Katherine Porto, entre outros.
A HISTÓRIA DE ANGIE, A NARCOMODELO
Angie nasceu em 25 de maio de 1979, em Bogotá, fruto de uma relação entre Jeaneth Valencia e Ramiro Sanclemente, um funcionário público que as abandonou. Aos dez anos se mudou com sua mãe para Barranquilla, onde, apesar de não ter passando fome, passou por várias dificuldades.
Ainda pequena, Angie queria ser rainha, e sua mãe lhe apoiava, pois a beleza da filha poderia ser um atalho para sair da pobreza. Assim, a garota se propôs a estudar para ser modelo. Anos mais tarde, se tornou vendedora de acessórios de automóveis, e, mesmo sendo tímida, com seus encantos ajudava a alavancar as vendas.
Nessa época conheceu um rapaz de família, Alejandro Velásquez Rasch, o primeiro homem que lhe ajudou sentimental e economicamente. Este lhe presenteou com uma loja para venda de roupas e pagou seus estudos de comunicação social para que cumprisse o projeto de ser apresentadora de um programa de televisão. Ao decorrer de três anos, em 1999, se casaram, mas a união durou pouco: após três meses se separaram.
Despeitada, Angie se dedicou à “modelagem”. Decidiu aumentar o volume dos seios e voltou à Bogotá, sua terra natal, disposta a tudo. Em 2000, Angie obteve o Reinado Nacional do Café, em Calarcá, porém 48 horas depois foi destronada, já que um dos requistos para competir era ser virgem e solteira, nesta ocasião a modelo ainda se encontrava casada oficialmente e participou com documentos falsos.
Sua sogra, Elizabeth Rasch, foi quem saiu divulgando o fato nos meios de comunicação do país. Porém, antes disso, Angie já havia passado por mais quatro concursos: Chica Med, Niña Bogotá, Rostro Más Lindo e Miss Tanga. O escândalo foi grande, Angie chorou na televisão e prometeu devolver o relógio de ouro, o certificado e o cheque que havia recebido como ganhadora.
Após essa fama fugaz, decidiu tomar outros rumos. Se divorciou e três anos mais tarde, em 2003, apareceu mostrando seus atributos em uma página da Internet que promovia mulheres latinas como acompanhantes de homens anglo-saxões. Com a intenção se inserir em um plano internacional, se mudou para a Cidade do México.
Os anos mexicanos foram calientes. Vivia em um apartamento em Polanco, um dos bairros mais elegantes, onde programava apaixonados encontros sexuais com um jovem modelo chamado Matías. Sua vida profissional foi coroada com algumas fotos na revista erótica mexicana H Extremo, de agosto de 2007.
Angie frequentava clubes noturnos sempre rodeada de muitas amizades. Nesses anos conheceu o mundo e teve a oportunidade de se comunicar intimamente com pessoas de diversas nacionalidades. No México, viajava assiduamente para Acapulco e Playa del Carmen, sempre se hospedando nos melhores hotéis, conduzindo os melhores carros e usando as roupas mais caras.
As autoridades pensam que em uma de suas noitadas Angie conheceu um colombiano chamado Eduardo, apelidado de El Flaco ou El monstruo, que a seduziu com presentes caros e a ensinou alguns segredos sobre o narcotráfico. Foi assim que formou parte de uma rede que recrutava belas mulheres e as usava como “mulas” para enviar drogas aos Estados Unidos e Europa. A princípio, era um relacionamento aberto, até que ele a quis por completo e se casaram em 2008.
Sua decadência se iniciou em 13 de dezembro de 2009, quando María, uma de suas modelos, uma argentina de 21 anos, foi detida no aeroporto de Ezeiza, Argentina, com 55 quilos de cocaína em sua bagagem, que deveria levar a Cancún. María ia vestida com calça branca, sapatos de salto alto e uma camisete listrada que fazia com que os olhares se desviassem de sua maleta.
De todos os modos, ela nem tocava a valise, seu acompanhante a depositaria no mostrador e no aeroporto alguém a recolheria para embarcá-la a Europa ou Estados Unidos. A modelo somente teria que viajar na primeira classe, se instalar em um hotel cinco estrelas na Riviera Maya, conhecer personalidades do mundo das drogas e regressar a Buenos Aires como se nada tivesse ocorrido. Por esse trabalho lhe dariam 1.000 dólares antes de ir e outros 4.000 ao voltar, mas algo saiu mal.
Quando estava por embarcar, a polícia aeroportuária a chamou do mostrador e lhe disse que havia um problema com sua bagagem, quem nem mesmo estava camuflada. A jovem ficou detida e, desesperada, decidiu se refugiar na figura de testemunha protegida e declarar tudo o que sabia, ficando em liberdade condicional.
Nessa mesma noite a polícia decidiu investigar um apartamento onde deteve três traficantes. Antes de serem presos, tentaram escapar saltando pela sacada. Um deles, Ariel, também modelo, sofreu várias fraturas e, já no hospital, aceitou falar.
Rapidamente as declarações apontaram para uma só cabeça: Angie. Os detidos confessaram que a operação era dirigida por uma colombiana de curvas salientes que havia chegado na Argentina acompanhada por um cachorro branco. Os investigadores averiguaram quem havia entrado no país nas últimas horas registrando um animal de estimação com essas características e se depararam com o seguinte nome Angie Sanselmente Valencia. Logo se soube que na realidade seu sobrenome paterno havia sido alterado com um ligeiro erro. Quando a polícia federal tratou de procurá-la no hotel onde se alojava desde 07 de dezembro, não encontrou nenhum rastro.
Em 18 de dezembro de 2009, o juiz Marcelo Aguinsky expediu a sentença de captura nacional e internacional contra a modelo que, durante cinco meses, se manteve foragida, até que finalmente em 26 de maio de 2010, um dia após seu aniversário, foi detida num albergue para jovens onde esteve hospedada, no tradicional bairro de Palermo, na cidade de Buenos Aires, fazendo-se passar por uma estudante universitária, sob outra identidade e com um visual diferente após ter pintado os cabelos e engordado alguns quilos.
Em 27 de maio, um dia após sua captura, prestou depoimento por mais de duas horas e, assim como sua mãe, negou as acusações dizendo que havia sido vítima de um complô. Foi encaminhada à unidade operacional da Polícia Aeroportuária de Ezeiza, onde aguardou a decisão sobre seu caso.
Desde 19 de julho de 2010, após ter sido considerada como a suposta chefe da associação ilícita dedicada ao contrabando, com agravante por lidar com drogas destinadas à comercialização, a modelo, conhecida como Pepo ou Diamante, que dava ordens aos demais integrantes da associação e seria o nexo entre chefes de um cartel mexicano e os integrantes da organização que ela liderava, encontra-se presa por medida preventiva. O tribunal, além de incriminá-la, decretou o embargo de seus bens até que chegue ao valor de 13.750.000 pesos (US$ 3.430.000).
RESUMO DE LA DIOSA CORONADA
Raquel (Carolina Guerra), uma jovem de caráter forte e ambicioso, que cresceu na pobreza, cansada de tanta miséria, decide utilizar sua beleza para prosperar no universo dos reinados da beleza, onde encontra uma oportunidade.
Acreditando que isto lhe renderá uma vida de maior riqueza, rapidamente aprende que estará, também, cercada de abusos, onde o êxito implica em um custo sexual. No entanto, Raquel é capaz de fazer todo o necessário afim de obter a fama, o dinheiro e o poder que tanto deseja.
Em seu caminho cruza com Genaro (Arap Bethke), um misterioso homem de negócios, com muita influência, que a leva a um mundo que antes parecia inalcançavel. Através dele, Raquel é levada ao mundo do narcotráfico, que a coloca em um nível de luxos que nunca antes ela havia imaginado.
Cega pela ambição, Raquel se associa a um dos traficantes mais poderosos do país, utilizando como fachada uma agência de modelos, que as utiliza como “mulas” para transportar cocaína. Desta maneira, a jovem consegue acumular uma grande fortuna e se tornar uma das maiores traficantes do país, a quem todos chamam de La diosa coronada.
domingo, 25 de julho de 2010
TV Brasil apresenta Password, una mirada en la oscuridad
A TV Brasil exibe neste domingo, 25 de julho, às 23h00, o filme costarriquenho Password, una mirada en la oscuridad. Dirigido por Andrés Heidenreich, o longa-metragem de suspense traz à tona questões ligadas à exploração sexual e ao mau uso da Internet, mostrando os perigos que podem ocorrer àqueles que facilmente se deixam persuadir.
Com roteiro de Ingo Niehaus, Tobías Ovares, Anabelle Ulloa e também de Andrés Heidenreich, Password, una mirada en la oscuridad foi declarada de interesse cultural pelo Governo da Costa Rica, devido à sua temática de exploração sexual de meninas e meninos.
Gravado em 2002, a ficção conta em 88 minutos, a história de Carla (María Elena Oreamuno), uma adolescente de doze anos, que vive em San José, Costa Rica, no seio de uma família de classe média. Sua vida muda quando seu pai abandona sua mãe, deixando-as numa situação economicamente difícil.
Depois de se mudar para a casa da avó, a mãe encontra trabalho em um serviço de escolta para turistas. Carla, forçada a se mudar para uma escola pública, procura uma solução para seus problemas através da Internet.
Buscando uma saída para sua solidão, a garota convence ao zelador de sua escola anterior para que a deixe usar os computadores da instituição, além disso, pede a seu namorado o “password”, a senha de acesso, que ele utiliza para habilitá-los.
Carla começa a se entreter batendo papo pela Internet, e logo estabelece contato com um amável jovem de catorze anos, que na realidade se trata de um adulto, membro de uma rede internacional de prostituição. Carla ignora esta realidade e aceita se encontrar com ele, sendo, posteriormente, sequestrada, o que muda radicalmente seu destino.
Password, una mirada en la oscuridad teve uma grande aceitação em seu país de origem e foi a ponta de lança para a discussão das questões levantadas pelo filme. Foi aclamado pela crítica como a melhor ficção realizada na Costa Rica, não só na gestão de tecnologia, como também na busca pela estética.
Tudo começou com uma grande indignação: uma reportagem sobre a Costa Rica, publicada no ano de 2000, em um importante jornal canadense, que ilustrava um abnegado cidadão do país que supostamente ajudava garotinhas pobres da Costa Rica a conseguirem trabalho no Canadá. O artigo chamou atenção porque o suposto samaritano era dono de um clube noturno próximo ao aeroporto internacional, e que o trabalho que ele conseguia para as jovens era de dançarinas nos centros de diversão para adultos.
O roteirista recordou então sua interrompida carreira de diretor de documentários na Costa Rica e se propôs uma opção viável: produzir um longa-metragem de ficção, mas que, mais que um filme, cumprisse com dois propósitos: por um lado que fosse uma vingança diante da onipresença de Hollywood, ou seja, que ocupasse de uma vez a função de gerador de ideias e imagens, expondo o caráter desumano e desprezível da exploração sexual de menores, exercida para o consumo por adultos perversos de países desenvolvidos; e, por outra parte, que oferecesse às pessoas vulneráveis do país ofendido a oportunidade de conhecer artisticamente o quão terrível e relativamente fácil que é cair vítima dessa atividade criminal.
Em 2001, um grupo de técnicos cinematográficos e atores costarriquenhos empreenderam, então, a tarefa de seguir adiante com este desafio: falar da exploração sexual sem recorrer a imagens explícitas, de tal forma que o filme pudesse ser visto por pessoas menores de idade.
A estreia do filme realizou-se no dia 30 de maio de 2002, em San José, e durante oito semanas Password competiu nos cinemas costarriquenhos contra o hit comercial do momento: Homem Aranha I.
Rapidamente o longa iniciou suas viagens ao exterior: se projetou em salas de cinema de Managua e Guatemala, participou de 23 mostras e festivais de cinema de todo o mundo. Entre eles o de Viña del Mar, no Chile; de Havana, em Cuba; de Trieste, na Itália; de Oslo, na Noruega; e de Cartagena, na Colômbia.
O público do X Latino Film Festival de San Francisco, California, o selecionou como The Best of the Fest, em 2002. Nesse mesmo ano, na 11ª Muestra de Cine y Video Costarricense, obteve o Premio del Público, assim como de Melhor ator e de Melhor direção de arte. Na V Mostra de Cinema Latino-americano, em Cremona, Itália, obteve o prêmio Melhor trilha sonora, pelas composições de Manuel Obregón. Finalmente, o jornal da Costa Rica, La nación, lhe rendeu o prêmio Áncora, na área de produções audiovisuais para o período entre 2001 e 2002.
A partir daí, Password iniciou sua etapa mais importante: a de cumprir com seu propósito de prevenir a juventude dos riscos do bate-papo pela Internet e expor, com clareza, o caráter criminal da exploração sexual comercial de menores e como esta atividade fere os direitos fundamentais da criança e do adolescente.
No mesmo ano de 2002, enquanto o filme ainda se apresentava em cinemas do país, um colégio particular, o Saint Francis College, solicitou a um cinema comercial a projeção exclusiva do filme, afim de mostrá-lo a seus estudantes.
Rapidamente, outros colégios solicitaram a exibição e, devido a demanda, o Centro Costarricense de Producción Cinematográfica e a Productora Audiovisual Latinoamerica, promoveram entre 2003 e 2007, a exibição do longa-metragem em uma campanha contra a exploração sexual em todo o território nacional.
A apresentação de Password foi realizada em 84 colégios públicos do país, dos quais assistiram cerca de 22.500 estudantes, além disso, cerca de 8.000 alunos também puderam ver a exibição em 28 escolas particulares.
Em todas as mostras, acompanhadas por uma psicóloga, eram realizadas discussões sobre o tema do filme que ainda conserva muita atualidade e desempenha a função a que se propôs, pois desperta o interesse entre adolescentes não somente da Costa Rica, mas de grande parte da América Latina a respeito de seus direitos e dos riscos que pode causar a Internet quando se tornam suas vítimas.
O filme conta com a participação de reconhecidos atores costarriquenhos como María Chaves, Andrés de la Ossa, Alejandra Portillo, Arnoldo Ramos e Anabelle Ulloa. Além disso, integram o elenco Marco Martín, Guisilla Solís, Gerrado Arce, Anna Iztaru, Andrés Montero, Aurelia Dobles, María Elena Oreamuno e Cristian Claussen.
Com roteiro de Ingo Niehaus, Tobías Ovares, Anabelle Ulloa e também de Andrés Heidenreich, Password, una mirada en la oscuridad foi declarada de interesse cultural pelo Governo da Costa Rica, devido à sua temática de exploração sexual de meninas e meninos.
Gravado em 2002, a ficção conta em 88 minutos, a história de Carla (María Elena Oreamuno), uma adolescente de doze anos, que vive em San José, Costa Rica, no seio de uma família de classe média. Sua vida muda quando seu pai abandona sua mãe, deixando-as numa situação economicamente difícil.
Depois de se mudar para a casa da avó, a mãe encontra trabalho em um serviço de escolta para turistas. Carla, forçada a se mudar para uma escola pública, procura uma solução para seus problemas através da Internet.
Buscando uma saída para sua solidão, a garota convence ao zelador de sua escola anterior para que a deixe usar os computadores da instituição, além disso, pede a seu namorado o “password”, a senha de acesso, que ele utiliza para habilitá-los.
Carla começa a se entreter batendo papo pela Internet, e logo estabelece contato com um amável jovem de catorze anos, que na realidade se trata de um adulto, membro de uma rede internacional de prostituição. Carla ignora esta realidade e aceita se encontrar com ele, sendo, posteriormente, sequestrada, o que muda radicalmente seu destino.
Password, una mirada en la oscuridad teve uma grande aceitação em seu país de origem e foi a ponta de lança para a discussão das questões levantadas pelo filme. Foi aclamado pela crítica como a melhor ficção realizada na Costa Rica, não só na gestão de tecnologia, como também na busca pela estética.
Tudo começou com uma grande indignação: uma reportagem sobre a Costa Rica, publicada no ano de 2000, em um importante jornal canadense, que ilustrava um abnegado cidadão do país que supostamente ajudava garotinhas pobres da Costa Rica a conseguirem trabalho no Canadá. O artigo chamou atenção porque o suposto samaritano era dono de um clube noturno próximo ao aeroporto internacional, e que o trabalho que ele conseguia para as jovens era de dançarinas nos centros de diversão para adultos.
O roteirista recordou então sua interrompida carreira de diretor de documentários na Costa Rica e se propôs uma opção viável: produzir um longa-metragem de ficção, mas que, mais que um filme, cumprisse com dois propósitos: por um lado que fosse uma vingança diante da onipresença de Hollywood, ou seja, que ocupasse de uma vez a função de gerador de ideias e imagens, expondo o caráter desumano e desprezível da exploração sexual de menores, exercida para o consumo por adultos perversos de países desenvolvidos; e, por outra parte, que oferecesse às pessoas vulneráveis do país ofendido a oportunidade de conhecer artisticamente o quão terrível e relativamente fácil que é cair vítima dessa atividade criminal.
Em 2001, um grupo de técnicos cinematográficos e atores costarriquenhos empreenderam, então, a tarefa de seguir adiante com este desafio: falar da exploração sexual sem recorrer a imagens explícitas, de tal forma que o filme pudesse ser visto por pessoas menores de idade.
A estreia do filme realizou-se no dia 30 de maio de 2002, em San José, e durante oito semanas Password competiu nos cinemas costarriquenhos contra o hit comercial do momento: Homem Aranha I.
Rapidamente o longa iniciou suas viagens ao exterior: se projetou em salas de cinema de Managua e Guatemala, participou de 23 mostras e festivais de cinema de todo o mundo. Entre eles o de Viña del Mar, no Chile; de Havana, em Cuba; de Trieste, na Itália; de Oslo, na Noruega; e de Cartagena, na Colômbia.
O público do X Latino Film Festival de San Francisco, California, o selecionou como The Best of the Fest, em 2002. Nesse mesmo ano, na 11ª Muestra de Cine y Video Costarricense, obteve o Premio del Público, assim como de Melhor ator e de Melhor direção de arte. Na V Mostra de Cinema Latino-americano, em Cremona, Itália, obteve o prêmio Melhor trilha sonora, pelas composições de Manuel Obregón. Finalmente, o jornal da Costa Rica, La nación, lhe rendeu o prêmio Áncora, na área de produções audiovisuais para o período entre 2001 e 2002.
A partir daí, Password iniciou sua etapa mais importante: a de cumprir com seu propósito de prevenir a juventude dos riscos do bate-papo pela Internet e expor, com clareza, o caráter criminal da exploração sexual comercial de menores e como esta atividade fere os direitos fundamentais da criança e do adolescente.
No mesmo ano de 2002, enquanto o filme ainda se apresentava em cinemas do país, um colégio particular, o Saint Francis College, solicitou a um cinema comercial a projeção exclusiva do filme, afim de mostrá-lo a seus estudantes.
Rapidamente, outros colégios solicitaram a exibição e, devido a demanda, o Centro Costarricense de Producción Cinematográfica e a Productora Audiovisual Latinoamerica, promoveram entre 2003 e 2007, a exibição do longa-metragem em uma campanha contra a exploração sexual em todo o território nacional.
A apresentação de Password foi realizada em 84 colégios públicos do país, dos quais assistiram cerca de 22.500 estudantes, além disso, cerca de 8.000 alunos também puderam ver a exibição em 28 escolas particulares.
Em todas as mostras, acompanhadas por uma psicóloga, eram realizadas discussões sobre o tema do filme que ainda conserva muita atualidade e desempenha a função a que se propôs, pois desperta o interesse entre adolescentes não somente da Costa Rica, mas de grande parte da América Latina a respeito de seus direitos e dos riscos que pode causar a Internet quando se tornam suas vítimas.
O filme conta com a participação de reconhecidos atores costarriquenhos como María Chaves, Andrés de la Ossa, Alejandra Portillo, Arnoldo Ramos e Anabelle Ulloa. Além disso, integram o elenco Marco Martín, Guisilla Solís, Gerrado Arce, Anna Iztaru, Andrés Montero, Aurelia Dobles, María Elena Oreamuno e Cristian Claussen.
Entrevista com Juan Soler
O ator argentino Juan Soler protagoniza Cuando me enamoro, a nova versão de A mentira. Após permanecer distante das telenovelas há vários anos, Juan Soler regressa à telinha ao lado de Silvia Navarro.
Juan Soler, de 44 anos, tem desenvolvido sua carreira profissional no México desde 1991, onde já participou de telenovelas como Acapulco, cuerpo y alma, Canavial de paixões, María Emilia, querida, Carinha de anjo, Sin pecado concebido, A outra, Bajo la misma piel, Apuesta por un amor, A feia mais bela, Palabra de mujer e, agora, protagoniza Cuando me enamoro.
Juan, como é seu personagem em Cuando me enamoro?
Jerónimo Linares é um homem que está completamente alienado de tudo o que está acontecendo em sua cidade natal e, de repente, seu irmão o chama para que venha pedir a mão de sua pretendente, aí aparece uma série de mentiras que envolvem esse homem, e, para piorar, ele se apaixona justamente pela pessoa que está entre todas estas mentiras.
É uma interpretação intensa?
É sim. É um personagem que se torna muito contraditório, com profundos sentimentos que se encontram, ama com loucura e com paixão a mesma pessoa que odeia profundamente, é um personagem muito complexo e é um grande desafio fazê-lo.
Como é estar trabalhando ao lado de Silvia Navarro?
É divertidíssimo, é incrível trabalhar com Silvia, além de ser uma extraordinária companheira na hora das cenas, é uma pessoa muito confiável, com quem posso compartilhar muitas experiências pessoais sem medo de que possa ser mal interpretado, isso define uma boa amiga.
E como tem sido a resposta do público?
É impressionante a resposta do pessoal, estamos muito contentes; desde o dia em que a telenovela estreou tem tido boa audiência, e, com o passar dos dias, a história melhora, prendendo o público.
Por que não podemos perder Cuando me enamoro?
Estamos trabalhando com muito entusiasmo. E creio que continuaremos indo muito bem, porque lendo os capítulos você fica impressionado. Temos ótimas expectativas, porém, somente quando isto for ao ar e tomar uma verdadeira dimensão é que veremos como está indo o projeto.
Qual é a fórmula para que as pessoas fiquem presas à trama?
Todas as histórias de amor já estão sendo contadas, o fato é quem conta e como as conta; temos em nossas mãos uma história sensacional, uma adaptação livre que está muito bem feita. Temos alguns antecedentes, porque a história começa há 24 anos atrás, o que não ocorreu nas adaptações que já haviam sido feitas até então. São ingredientes que contribuem com a atração da telenovela, para que as pessoas digam: Caramba!, tenho que vê-la.
Como você se iniciou na atuação?
Por casualidade. Eu trabalhava como modelo e me convidaram para participar, como modelo, em um filme; eu não estava indo como ator, nem pelo estilo, somente marcaria presença na gravação. Lá me dei conta do trabalho dos atores e tive a oportunidade de conversar com um deles; vi as mudanças que uma pessoa pode experimentar, desde o lugar onde estávamos conversando até onde estavam as câmeras, e isto me maravilhou. A partir de então, pensei na possibilidade de que se pode viver muitas vidas em uma só, e que isso poderia alcançar através da atuação.
Por que você decidiu trabalhar no México?
Certa vez, estava em um casting e me deparei com uma revista de economia; ao folheá-la encontrei um artigo que falava sobre a maior televisão de língua espanhola do mundo: a Televisa. Então eu disse: para que me digam se nesta carreira eu sirvo ou não, que me diga o maior. Comprei uma passagem e vim com 300 dólares na carteira para bater na porta da Televisa.
Qual é ambiente em que você trabalha mais à vontade?
Seria injusto se os separasse e tivesse uma preferência por algum. Gosto do teatro e da televisão pelo que cada forma de expressão contribui comigo como pessoa. O teatro é uma comunicação direta com o público, é um equivocar-se e salvar-se do equívoco ao mesmo tempo, é estar sempre alerta, sempre experimentando novas sensações e sentimentos. É difícil a tarefa de repetir as mesmas falas em 500 apresentações e ir descobrindo que cada uma delas é nova para mim e para o público; também é uma disciplina muito grande, então o teatro me enriquece muitíssimo. A televisão é uma guerra com toda a bagagem técnica que implica: como cuidar de três câmeras, das luzes, das sombras, de não tapar seu companheiro, de não lhe dar as costas, de não cruzar o eixo, de que se veja bem e naturalmente. São desafios, nenhum mais fácil ou mais difícil, você vai desenvolvendo a capacidade para poder se mover em qualquer um destes ambientes. Do cinema não posso falar porque ainda não pude intervir realmente dentro de um filme.
O seu físico tem te ajudado a desempenhar bem seu trabalho e nem tanto a conseguir personagens?
Não. Acredito que o contrário. Estou convencido de que se não fosse pela imagem que tenho nunca teria conseguido um papel protagônico, mas veja que mesmo a um protagonista pode chegar qualquer coisa, o segredo é aceitar. Eu acredito que, no meu caso, inclusive tive a oportunidade de chegar até aqui talvez pelo meu físico, mas, digam o que digam, finalmente estou aqui no México; estou aprendendo, estou ocupando o lugar que me dão as pessoas, os produtores, os diretores, meus companheiros e a imprensa. No entanto, estou chegando pouco a pouco e o dia que ver que já cheguei, me retiro.
Como você era na infância?
Era muito inquieto pelo esporte, pratiquei quase todos que existiam em minha cidade, era um garoto um pouco reservado, mas, às vezes, muito bom amigo. De fato meu comportamento era muito contraditório; fui um menininho com muita disciplina, não gostava de faltar no colégio, podia ir doente para assistir aula porque era aí onde via meus amigos, então gostava muito de ir a escola.
Sente falta de seu país, a Argentina?
Sinto falta do que me envolve. Aí está as pessoas que eu amo, mas da terra em si não sinto falta, do que realmente sinto saudades são os sentimentos. Há melancolia e nostalgia ao mesmo tempo; nostalgia porque todo o meu passado está lá, um presente que já não existe e um futuro muito improvável, então tudo isto me produz melancolia e nostalgia, porque não posso fazer nada para tratar das situações desfavoráveis que minha família e meu lugar já viveram. São muitos sentimentos que se encontram.
Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso
Juan Soler, de 44 anos, tem desenvolvido sua carreira profissional no México desde 1991, onde já participou de telenovelas como Acapulco, cuerpo y alma, Canavial de paixões, María Emilia, querida, Carinha de anjo, Sin pecado concebido, A outra, Bajo la misma piel, Apuesta por un amor, A feia mais bela, Palabra de mujer e, agora, protagoniza Cuando me enamoro.
Juan, como é seu personagem em Cuando me enamoro?
Jerónimo Linares é um homem que está completamente alienado de tudo o que está acontecendo em sua cidade natal e, de repente, seu irmão o chama para que venha pedir a mão de sua pretendente, aí aparece uma série de mentiras que envolvem esse homem, e, para piorar, ele se apaixona justamente pela pessoa que está entre todas estas mentiras.
É uma interpretação intensa?
É sim. É um personagem que se torna muito contraditório, com profundos sentimentos que se encontram, ama com loucura e com paixão a mesma pessoa que odeia profundamente, é um personagem muito complexo e é um grande desafio fazê-lo.
Como é estar trabalhando ao lado de Silvia Navarro?
É divertidíssimo, é incrível trabalhar com Silvia, além de ser uma extraordinária companheira na hora das cenas, é uma pessoa muito confiável, com quem posso compartilhar muitas experiências pessoais sem medo de que possa ser mal interpretado, isso define uma boa amiga.
E como tem sido a resposta do público?
É impressionante a resposta do pessoal, estamos muito contentes; desde o dia em que a telenovela estreou tem tido boa audiência, e, com o passar dos dias, a história melhora, prendendo o público.
Por que não podemos perder Cuando me enamoro?
Estamos trabalhando com muito entusiasmo. E creio que continuaremos indo muito bem, porque lendo os capítulos você fica impressionado. Temos ótimas expectativas, porém, somente quando isto for ao ar e tomar uma verdadeira dimensão é que veremos como está indo o projeto.
Qual é a fórmula para que as pessoas fiquem presas à trama?
Todas as histórias de amor já estão sendo contadas, o fato é quem conta e como as conta; temos em nossas mãos uma história sensacional, uma adaptação livre que está muito bem feita. Temos alguns antecedentes, porque a história começa há 24 anos atrás, o que não ocorreu nas adaptações que já haviam sido feitas até então. São ingredientes que contribuem com a atração da telenovela, para que as pessoas digam: Caramba!, tenho que vê-la.
Como você se iniciou na atuação?
Por casualidade. Eu trabalhava como modelo e me convidaram para participar, como modelo, em um filme; eu não estava indo como ator, nem pelo estilo, somente marcaria presença na gravação. Lá me dei conta do trabalho dos atores e tive a oportunidade de conversar com um deles; vi as mudanças que uma pessoa pode experimentar, desde o lugar onde estávamos conversando até onde estavam as câmeras, e isto me maravilhou. A partir de então, pensei na possibilidade de que se pode viver muitas vidas em uma só, e que isso poderia alcançar através da atuação.
Por que você decidiu trabalhar no México?
Certa vez, estava em um casting e me deparei com uma revista de economia; ao folheá-la encontrei um artigo que falava sobre a maior televisão de língua espanhola do mundo: a Televisa. Então eu disse: para que me digam se nesta carreira eu sirvo ou não, que me diga o maior. Comprei uma passagem e vim com 300 dólares na carteira para bater na porta da Televisa.
Qual é ambiente em que você trabalha mais à vontade?
Seria injusto se os separasse e tivesse uma preferência por algum. Gosto do teatro e da televisão pelo que cada forma de expressão contribui comigo como pessoa. O teatro é uma comunicação direta com o público, é um equivocar-se e salvar-se do equívoco ao mesmo tempo, é estar sempre alerta, sempre experimentando novas sensações e sentimentos. É difícil a tarefa de repetir as mesmas falas em 500 apresentações e ir descobrindo que cada uma delas é nova para mim e para o público; também é uma disciplina muito grande, então o teatro me enriquece muitíssimo. A televisão é uma guerra com toda a bagagem técnica que implica: como cuidar de três câmeras, das luzes, das sombras, de não tapar seu companheiro, de não lhe dar as costas, de não cruzar o eixo, de que se veja bem e naturalmente. São desafios, nenhum mais fácil ou mais difícil, você vai desenvolvendo a capacidade para poder se mover em qualquer um destes ambientes. Do cinema não posso falar porque ainda não pude intervir realmente dentro de um filme.
O seu físico tem te ajudado a desempenhar bem seu trabalho e nem tanto a conseguir personagens?
Não. Acredito que o contrário. Estou convencido de que se não fosse pela imagem que tenho nunca teria conseguido um papel protagônico, mas veja que mesmo a um protagonista pode chegar qualquer coisa, o segredo é aceitar. Eu acredito que, no meu caso, inclusive tive a oportunidade de chegar até aqui talvez pelo meu físico, mas, digam o que digam, finalmente estou aqui no México; estou aprendendo, estou ocupando o lugar que me dão as pessoas, os produtores, os diretores, meus companheiros e a imprensa. No entanto, estou chegando pouco a pouco e o dia que ver que já cheguei, me retiro.
Como você era na infância?
Era muito inquieto pelo esporte, pratiquei quase todos que existiam em minha cidade, era um garoto um pouco reservado, mas, às vezes, muito bom amigo. De fato meu comportamento era muito contraditório; fui um menininho com muita disciplina, não gostava de faltar no colégio, podia ir doente para assistir aula porque era aí onde via meus amigos, então gostava muito de ir a escola.
Sente falta de seu país, a Argentina?
Sinto falta do que me envolve. Aí está as pessoas que eu amo, mas da terra em si não sinto falta, do que realmente sinto saudades são os sentimentos. Há melancolia e nostalgia ao mesmo tempo; nostalgia porque todo o meu passado está lá, um presente que já não existe e um futuro muito improvável, então tudo isto me produz melancolia e nostalgia, porque não posso fazer nada para tratar das situações desfavoráveis que minha família e meu lugar já viveram. São muitos sentimentos que se encontram.
Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso
Entrevista com Silvia Navarro
Quando se enamora por um projeto, Silvia Navarro entrega o coração, como está fazendo para dar vida à Renata na telenovela. A atriz que, desde abril grava Cuando me enamoro, explicou que sua relação com Juan Soler, seu parceiro na trama, tem sido boa e, apesar de nunca terem trabalhado juntos antes, sente como se o tivesse conhecido há muito tempo.
Silvia Navarro, de 31 anos, que havia garantido que no momento preferiria fazer filmes e não telenovelas, mudou de opinião e se mostrou feliz com o novo projeto da Televisa, um remake de A mentira.
Após realizar Catalina y Sebastián, Cuando seas mía, La duda, La heredera e Montecristo, entre outras, na TV Azteca, a atriz iniciou uma carreira na Televisa, onde já protagonizou Amanhã é para sempre e, agora, Cuando me enamoro.
Como você se sente nesta nova atuação desafiadora, dando vida a uma mulher com caráter?
Me sinto muito contente, temos trabalhado bem à vontade, é uma equipe técnica muito boa. Agora, a história foi adotada por Martha Carrillo e, na verdade, temos uma grande equipe; estou muito satisfeita e espero que as pessoas desfrutem como nós. A história me parece espetacular, desde o momento em que você a lê não quer mudar nada, porque está bem escrita. Mais que dar vida a uma mulher com caráter, gosto dela porque possui personalidade, uma justificativa que a define como é.
Como você define sua personagem?
Renata é uma mulher vaidosa, sedutora e ágil, que sabe dominar a mentira e as dificuldades provenientes de sua família. É uma telenovela muito bonita, com intrigas e mentiras, as quais, às vezes, faz com que Renata sinta-se impotente. O mais importante para ela é encontrar o amor e ser independente, e creio que outras coisas mais, porém gostaria que as pessoas vissem.
O que sua personagem tenta demonstrar em Cuando me enamoro?
Sinto que todas as personagens têm três lutas: o que sentem, o que acreditam e o que deveriam ser. É uma luta que todos os seres humanos têm.
Mas, o amor possui um papel importante, não acha?
Obviamente. Ela quer se apaixonar, se casar e ter bebês, ela tem um ideal, que é Matías, o filho de seu padrasto, e justamente no momento em que vai buscá-lo no aeroporto se esbarra com outro homem, que fica com seu coração. É aí onde se inicia a história de Renata.
Como você se sente trabalhando ao lado de Juan Soler?
Juan é encantador. É como se já nos conhecêssemos toda uma vida. É um homem muito divertido, disposto e profissional. É daquelas pessoas que sempre demonstram felicidade ao trabalhar. Ele está desfrutando o que está fazendo e eu estou encantada com a vida.
O que fez você aceitar protagonizar esta telenovela?
A história é boníssima, o roteiro está sendo adaptado de maneira muito inteligente; além do drama e do mistério sobre um engano, que é abordado com bom humor por Martha Carrillo e Cristina García, as escritoras que estão fazendo a adaptação. Isto foi o que me convenceu e o que fez com que estivesse aqui. É um projeto que me motiva.
E o que te cativou na história?
Primeiramente, e o mais importante, acredito que para estar em um projeto durante sete ou oito meses deve-se estar bem consigo mesma, e assim me sinto agora. O produtor Carlos Moreno me viu no teatro, me levou para almoçar junto com as escritoras e me contou um pouco sobre a história, sobre o toque que queriam lhe dar. O interesse e boa atitude que mostraram comigo foi o que me convenceu. Além disso, se trata de um grande melodrama, o que eu gosto bastante. Nesta história existem coisas que me fazem rir, e existem outras que acontecem com minha personagem, Renata Monterrubio, que até mesmo me dão coragem. Quando um projeto me move desta maneira, me enamora.
Qual a história contada em Cuando me enamoro?
A princípio, é uma história na qual se manifestam diferentes paixões, como o amor, o ódio e o que vem do passado. No meu caso, sou uma filha muito querida, mas que, por circunstâncias do destino, tem uma mãe e uma irmã muito diferentes do que, a princípio, poderia desejar. O tempo passa e, afortunadamente, minha mãe se casa com um homem que lhe dá segurança, valor, estabilidade e estudo. Faz dela uma mulher próspera, mesmo que, assim como todos, tenha seus altos e baixos. Mas sua luta principal é o amor e a vontade de crescer como pessoa; mesmo que sempre se negue ao amor. Após tudo isto vem os segredos que existem. Acho que nesta história teremos de tudo.
Você precisou ver o trabalho que já havia feito Kate del Castillo?
Não. Gosto muito dela, mas penso que neste caso, por ser a mesma história, o melhor é fazer sua própria.
Este é o quarto remake da telenovela. Você acredita que esta é uma desvantagem que pode desagradar o público em um primeiro momento?
Eu pensei que havia sido somente dois, mas o que te posso dizer é que este é um trabalho que estamos fazendo com muito carinho e, com certeza, terá algumas semelhanças, pois é parte da mesma história, mas somos atores diferentes e terão que ver a maneira que será contada.
Você fará Mulheres assassinas?
Isto me parece muito divertido! Me lembro que desde o princípio Pedro Torres havia dito que me queria em um capítulo, mas estamos conversando. Pedro e o pessoal da Televisa estão vendo se será possível, porque acredito que se requer uma semana completa. Temos que negociar. Tomara que dê certo. Me encantaria. Ele havia me contado sobre um capítulo e me pareceu fantástico porque é algo distinto do que as pessoas estão acostumadas a ver em mim. Quero aprender mais.
Quais os novos projetos que te esperam?
Em outubro estreio o filme Te presento a Laura, escrito por Martha Higareda. E continuam chegando mais propostas. Calculo que para fevereiro ou março do ano que vem voltarei a Espanha para estudar.
Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso
sábado, 24 de julho de 2010
Biografia de Laura Flores
INTRODUÇÃO
Laura Aurora Flores Heras nasceu em Reynosa, estado de Tamaulipas, México, em 23 de agosto de 1963. Filha de Gerardo Flores e María Eugenia Heras, que sempre a apoiaram em sua carreira artística, a atriz, cantora, compositora e apresentadora de televisão, tem como irmãos Gerardo e Marco Flores, ambos do ambiente musical.
SUA HISTÓRIA
Laura Flores, desde pequena, sempre recebeu apoio de seus pais para que se inclinasse ao ambiente artístico, pois trazia essa dádiva no sangue, visto que seus irmãos já eram músicos profissionais antes mesmo dela nascer.
Seu primeiro contato com os palcos ocorreu por volta do ano de 1977, quando, aos catorze anos, se uniu a seus irmãos Gerardo e Marco para compor o grupo Hermanos y amigos. O êxito foi imenso, o que era para ser uma brincadeira de criança se prolongou por vários anos. O grupo realizou turnês de apresentações em grande parte da República Mexicana, e inclusive no exterior, em países como Holanda, Alemanha e Espanha, durante quase três anos. Porém, as intensas apresentações não se tornaram obstáculos para que Laura continuasse seus estudos fundamentais e médios.
Em 1980, é contratada por um produtor que lhe havia escutado cantar em uma apresentação em Tampico, Taumalipas, para se integrar ao elenco da telenovela El combate, protagonizada por Ignacio López Tarso. Assim sendo, após três anos de intensa atividade, Laura Flores deixa o grupo e decide investir na atuação: aos dezessete anos, inicia seus estudos de atuação, canto e dança no Centro de Capacitación de Televisa.
Apesar desta decisão por atuar, Laura sempre se manteve ligada à música, então, pouco tempo depois, o reconhecido produtor Luis del Llano, a oferece a oportunidade de cantar algumas canções em inglês no programa Noche a noche, que era conduzido pela apresentadora, cantora e também atriz Verónica Castro.
Em 1981, Laura protagoniza uma comédia musical chamada Los fantásticos, a qual tem que abandonar para estudar e aperfeiçoar seus dotes artísticos por um período de três meses em Los Ángeles, Califórnia.
De regresso ao México, consegue se posicionar nos primeiros planos do meio artístico e se aventura no cinema, teatro e televisão, tornando-se uma das promessas jovens com maior força cênica. Promessa esta que, com o passar do tempo, torna-se realidade. Participa, como apresentadora, de vários programas especiais nos quais se apresentava, nesse momento, o fenômeno Menudo, que, em 1981, triunfa na América Latina.
Ainda em 1981, participa da telenovela O direito de nascer, ao lado de Verónica Castro, Humberto Zurita e Erika Buenfil.
Em 1982, atua na telenovela En busca del paraíso, que lhe rende, em 1983, o prêmio TVyNovelas como Melhor revelação feminina. Neste ano, grava seu primeiro disco como solista, Barcos de papel, produzido por Oscar Gómez, que a leva em turnês por todo o México. O disco, ao estilo pop, continha dez temas.
Em 1984, após gravar as telenovelas Tú eres mi destino e Los años felices, lança seu segundo disco, Preparatoria, sob a produção de Marco Flores e Miguel Blasco. Neste mesmo ano realiza o filme Siempre em domingo.
Em 1985, Laura Flores participa da telenovela Los años pasan, e lança um de seus discos mais conhecidos, De corazón a corazón, com a participação de dois grandes compositores que, regularmente trabalham juntos em suas composições, Fernando Riba e Kiko Campos, que são os criadores da metade dos temas deste álbum. O cantor uruguaio Sergio Facheli também se une ao projeto contribuindo com três canções, como compositor, e cantando com Laura dois temas, Lo que me tiene aquí e Tú, casualmente tú, ambos de Fernando e Kiko. Neste disco se escuta, ainda, as integrantes do grupo Pandora fazendo os coros.
Em 1986, Laura se casa com Sergio Facchelli, mas o sonho dura apenas três anos. A separação lhe dá a oportunidade de interpretar sua dor nas canções do disco Desde hoy, de 1989. Porém, ainda em 1986, a atriz atua em Ave fénix e grava o disco Fruto prohibido, produzido pelo mesmo
Sergio Facchelli.
Em 1987, lança o disco Para vivir feliz e, dois anos mais tarde, o já citado Desde hoy. Já em 1990, grava o disco Cuando el amor estalla; atua na telenovela Mi pequeña soledad e aparece no filme Comando marino.
Em 1991, atua na telenovela La pícara soñadora, e, dois anos depois, em Clarisa. Ainda em 1993, grava o filme Los temerarios.
Em 1994, Laura atua nas telenovelas El vuelo del águila e El amor tiene cara de mujer, além de um episódio da série Mujer, casos de la vida real.
Em 1995, a bela atriz e cantora alcança novamente o êxito como apresentadora. Em um período de dois anos, conduziu o programa de concursos La rueda de la fortuna, tornando-se a primeira mulher em fazê-lo. Neste mesmo ano participa da série Al derecho y al Derbez.
Ainda em 1995, assina contrato com a Fonovisa e grava o disco Nunca hagas llorar a una mujer, que, em pouco tempo, deixou de ser uma continuação dos outros para ser tornar um grande sucesso, graças à poesia transformada em música por Marco Antonio Solís e à sua força interpretativa.
Nesta produção, Solís se uniu à inspiração de compositores como Xavier Santos, Felipe Barrientos, Gerardo Flores, Alberto Chávez e Daniel Solanas, de quem desprenderam três singles: Porque sé que me mientes, Te felicito, e Antes de que te vayas, que ocupam, durante vários meses, os primeiros lugares das listas de popularidade nas emissoras de rádio tanto do México como dos Estados Unidos, alcançando uma grande venda de discos e tornando Laura merecedora do disco de platina.
A partir deste momento, cria-se entre Laura Flores e Marco Antonio Solís um estreito laço de amizade que dura até o momento. Essa fraternidade se vê refletida em seu próximo disco Me quedé vacía, de 1997, ano este em que também grava a telenovela A alma não tem cor, após a conclusão de Marisol, iniciada em 1996.
Em 1998, Laura dá outro passo importante em sua vida, contrai matrimônio com José Ramón Díez, que já possuía dois filhos Daniel e Ramón. Neste ano, ainda atua na telenovela Gotinha de amor e dá a luz à sua filha, María. Em 1999, aparece especialmente em Betty, a feia.
Em 2000, inicia novos projetos, novos desafios e novos êxitos. Grava as telenovelas Tres mujeres, Siempre te amaré e Carinha de anjo e regressa ao cenário musical com o disco Te voy a esperar, produzido por Marco Antonio Solís, com a canção Maria del cielo, dedicada à sua filha, deixando-se conhecer outra de suas facetas: a composição musical. Ainda em 2000, apresenta, junto de Alfredo Adame, o programa matutino Hoy.
Em 2002, atua em Cúmplices de um resgate e lança o disco Contigo o sin ti. Nos anos seguintes participa em diversas séries de televisão e regressa, em 2005, com o melodrama Piel de otoño, onde encarna uma mulher maltratada.
Ainda em 2005, lança o disco Morir de amor e participa de vários episódios da série Bajo el mismo techo. No ano seguinte, é convidada por Salvador Mejía a se integrar no melodrama Mundo de feras, sendo uma das personagens principais da história.
Em 2006, quando seu casamento parecia estável, e após alguns meses do nascimento de seu segundo filho Patricio, termina sua relação com José Ramón. Os filhos deste, Daniel e Ramón, a quem Laura já os considerava como seus, vão morar com o pai, María e Patricio ficam com a mãe. Afortunadamente, o término da relação foi pacífico e todos se veem frequentemente quando querem.
Em 2007, participa da telenovela Destilando amor e, posteriormente, em Al diablo con los guapos, produzida por Angelli Nesma, na qual interpreta uma vilã com problemas de alcoolismo, que também aparece em As tontas não vão ao céu, juntamente com Allison Lozz, em uma das cenas gravadas na clínica de beleza interior de Candy.
Neste mesmo ano, lança seu disco Soy yo, e posteriormente relança numa versão com mariachis. O disco reúne canções de vários compositores como Freddy Fender, José Manuel Figueroa, Juan Gabriel, Candelario Macedo, entre outros. A maioria das músicas já haviam sido sucesso nas vozes de grupos como Los Freddy's, Los Yonic's e Los Baby's. Nesta produção se encontra, também, Te felicito que já havia sido lançada em Nunca hagas llorar a una mujer.
Em 2008, após finalizar as gravações de Al diablo con los guapos, regressa à condução do programa Hoy, junto de Andrea Legarreta, Raúl Araiza e Jorge Poza, mas abandona após vários meses devido a seus múltiplos compromissos. E, neste mesmo ano, para surpresa de todos, adota Alejandro, um garoto de Mérida. Ainda neste ano, atua na telenovela En nombre del amor, junto de Victoria Ruffo, Leticia Calderón, Arturo Peniche, Allison Lozz e Altair Jarabo.
Em 2009, adota uma nova criança, desta vez Ana Sofía, uma garota de Chihuahua. Assim, conta com quatro filhos: María, Patricio, Alejandro e Ana Sofia. Ainda em 2009, é convidada para participar dá nova versão de Corazón salvaje, onde interpreta a mãe de Juan del Diablo.
Em 2010, forma parte do elenco de Llena de amor, remake de Mi gorda bella, e lança sua mais nova produção musical, Ni te pares por aquí.
SUAS ATUAÇÕES
TELENOVELAS
2010 - Llena de amor (Ernestina)
2009 - Corazón salvaje (María del Rosario)
2008 - En nombre del amor (Camila)
2008 - As tontas não vão ao céu (Luciana)
2007 - Al diablo con los guapos (Luciana)
2007 - Destilando amor (Priscilla)
2006 - Mundo de feras (Regina)
2005 - Piel de otoño (Lucía)
2002 - Cúmplices de um resgate (Rosa)
2000 - Carinha de anjo (Laura)
2000 - Siempre te amaré (Victoria/Amparo)
1999 - Betty, a feia (Ela mesma)
1999 - Tres mujeres (Sandra María)
1998 - Gotinha de amor (Maria Fernanda)
1997 - A alma não tem cor (Guadalupe)
1996 - Marisol (Sandra)
1993 - Clarisa (Elide)
1991 - La pícara soñadora (Mónica)
1991 - Mi pequeña soledad (Dulce María)
1986 - Ave fénix (Paulina)
1985 - Los años pasan (María)
1984 - Los años felices (María)
1984 - Tú eres mi destino (Rosa)
1982 - En busca del paraíso (Yolanda)
1981 - O direito de nascer
1980 - El combate (Mariana)
FILMES
1993 - Los temerarios
1990 - Comando marino
1984 - Simpre en domingo
SUA DISCOGRAFIA
2010 - Ni te pares por aquí
2008 - Soy yo con banda y mariachi
2007 - Soy yo
2005 - Morir de amor
2002 - Contigo o sin ti
2000 - Te voy a esperar
1997 - Me quedé vacía
1995 - Nunca hagas llorar a una mujer
1990 - Cuando el amor estalla
1989 - Desde hoy
1987 - Para vivir feliz
1986 - Fruto prohibido
1985 - De corazón a corazón
1984 - Preparatoria
1983 - Barcos de papel
A herança brasileira persiste na telenovela chilena
Durante décadas existiu-se uma insólita afinidade entre duas extremidades da televisão latino-americana: a brasileira e a chilena.
Nos anos sessenta, no Chile, a televisão era considerada um luxo que o país não podia se dar, ou se dava-se, devia ser discreto, sem fins de lucro, mas, possivelmente, de cultura e educação. A televisão não era um meio massivo, menos de 20% da população contava com o aparelho, e a principiante indústria estava formada por pessoas com mais vontades do que conhecimentos.
Nesse ambiente chegou Herval Rossano, ator e diretor da televisão brasileira que, casado com uma chilena, decidiu se estabelecer em Santiago, capital do Chile. Rossano provinha de um país com uma televisão em pleno desenvolvimento. Enquanto em Santiago somente existia o canal da Universidad Católica, modesto e experimental, no Brasil a TV Tupi já era um conglomerado em ascensão, a primeira estação televisiva da América do Sul, extremamente comercial, com um dono na categoria de magnata, e onde já era desenvolvido o gênero das telenovelas.
Herval Rossano trabalhou nos primeiros programas de ficção local junto de Rafael Benavante, Hugo Miller e Raúl Ruíz; realizou a série Antología del cuento, Los días jóvenes e El litre, produções feitas ao vivo, das quais não restam registros. Era a pré-história da televisão chilena e as primeiras tentativas de se fazer ficção nacional.
O brasileiro retornou ao Brasil nos anos 70, e aqui continuou uma carreira de êxito como diretor de A escrava Isaura, uma das telenovela mais vendidas, produzida em 1976; Dona Xepa e Cabocla, entre outras produções. Em 1981, retornou ao Chile para criar uma área dramática no canal estatal. A rede nacional acolheu com êxito La madrastra, no canal 13, e decidiu importar Rossano para começar a produzir suas próprias telenovelas, em uma época em que a televisão chilena já havia se transformado em comercial, e mais de 60% da população contava com um televisor em seu lar.
A ficção local retomava então suas influências brasileiras. Em sua segunda passada pelo Chile, Rossano dirigiu um telenovela e meia. A primeira foi La gran mentira, baseada no roteiro de Lauro César Muniz, e El juego de la vida, rescrita pela dramaturga chilena María Elena Gertner, com base no roteiro de Benedito Ruy Barbosa.
Após alguns conflitos com o diretor do canal estatal, que censurou um capítulo da telenovela, Rossano deixou seu trabalho no Chile em 1983 e retornou ao Brasil, deixando nas mãos de Ricardo Vicuña o que ficava por finalizar El juego de la vida.
Rossano se foi, mas deixou em Santiago um sistema de trabalho que se utiliza até hoje na manufatura do folhetim nacional: o método e a maneira de organizar os planos de produção. Porém, o diretor brasileiro não seria a única via de influência do país, durante os anos seguintes grande parte das histórias das telenovelas chilenas foram adaptadas de roteiros brasileiros: desde Ángel mau, de Cassiano Gabus Mendes, exibida no Brasil em 1976, adaptada no Chile em 1987 pelo Canal 13, até Transas e caretas, que em 1992 refletiu na área dramática da TVN.
Um caso particular foi a adaptação de O bem amado, de Dias Gomes, transmitida no Brasil em 1973, a primeira a cores, com mais de 40 atores e música de Toquinho. O bem amado foi um estrondoso êxito no Brasil. No Chile foi transmitida no final dos anos setenta com pouca repercussão. Vinte anos depois, em 1996, a TVN comprou o roteiro de O bem amado, o adaptou e rebatizou a telenovela de Sucupira.
A influência das telenovelas brasileiras sobre as chilenas refletiu, ainda, na maneira de os chilenos verem a eles mesmos através das histórias, e no modo de desenvolver temáticas que estimulem o debate dentro de casa, ou seja, o merchandising social, que introduziu a realidade política e social na trama dessas produções.
Nos anos sessenta, no Chile, a televisão era considerada um luxo que o país não podia se dar, ou se dava-se, devia ser discreto, sem fins de lucro, mas, possivelmente, de cultura e educação. A televisão não era um meio massivo, menos de 20% da população contava com o aparelho, e a principiante indústria estava formada por pessoas com mais vontades do que conhecimentos.
Nesse ambiente chegou Herval Rossano, ator e diretor da televisão brasileira que, casado com uma chilena, decidiu se estabelecer em Santiago, capital do Chile. Rossano provinha de um país com uma televisão em pleno desenvolvimento. Enquanto em Santiago somente existia o canal da Universidad Católica, modesto e experimental, no Brasil a TV Tupi já era um conglomerado em ascensão, a primeira estação televisiva da América do Sul, extremamente comercial, com um dono na categoria de magnata, e onde já era desenvolvido o gênero das telenovelas.
Herval Rossano trabalhou nos primeiros programas de ficção local junto de Rafael Benavante, Hugo Miller e Raúl Ruíz; realizou a série Antología del cuento, Los días jóvenes e El litre, produções feitas ao vivo, das quais não restam registros. Era a pré-história da televisão chilena e as primeiras tentativas de se fazer ficção nacional.
O brasileiro retornou ao Brasil nos anos 70, e aqui continuou uma carreira de êxito como diretor de A escrava Isaura, uma das telenovela mais vendidas, produzida em 1976; Dona Xepa e Cabocla, entre outras produções. Em 1981, retornou ao Chile para criar uma área dramática no canal estatal. A rede nacional acolheu com êxito La madrastra, no canal 13, e decidiu importar Rossano para começar a produzir suas próprias telenovelas, em uma época em que a televisão chilena já havia se transformado em comercial, e mais de 60% da população contava com um televisor em seu lar.
A ficção local retomava então suas influências brasileiras. Em sua segunda passada pelo Chile, Rossano dirigiu um telenovela e meia. A primeira foi La gran mentira, baseada no roteiro de Lauro César Muniz, e El juego de la vida, rescrita pela dramaturga chilena María Elena Gertner, com base no roteiro de Benedito Ruy Barbosa.
Após alguns conflitos com o diretor do canal estatal, que censurou um capítulo da telenovela, Rossano deixou seu trabalho no Chile em 1983 e retornou ao Brasil, deixando nas mãos de Ricardo Vicuña o que ficava por finalizar El juego de la vida.
Rossano se foi, mas deixou em Santiago um sistema de trabalho que se utiliza até hoje na manufatura do folhetim nacional: o método e a maneira de organizar os planos de produção. Porém, o diretor brasileiro não seria a única via de influência do país, durante os anos seguintes grande parte das histórias das telenovelas chilenas foram adaptadas de roteiros brasileiros: desde Ángel mau, de Cassiano Gabus Mendes, exibida no Brasil em 1976, adaptada no Chile em 1987 pelo Canal 13, até Transas e caretas, que em 1992 refletiu na área dramática da TVN.
Um caso particular foi a adaptação de O bem amado, de Dias Gomes, transmitida no Brasil em 1973, a primeira a cores, com mais de 40 atores e música de Toquinho. O bem amado foi um estrondoso êxito no Brasil. No Chile foi transmitida no final dos anos setenta com pouca repercussão. Vinte anos depois, em 1996, a TVN comprou o roteiro de O bem amado, o adaptou e rebatizou a telenovela de Sucupira.
A influência das telenovelas brasileiras sobre as chilenas refletiu, ainda, na maneira de os chilenos verem a eles mesmos através das histórias, e no modo de desenvolver temáticas que estimulem o debate dentro de casa, ou seja, o merchandising social, que introduziu a realidade política e social na trama dessas produções.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Eva Luna: A primeira telenovela produzida pela Univisión
Eva Luna, a primeira telenovela a ser produzida pela Univisión, que busca conquistar o público com suas produções próprias, esteve procurando novos talentos para dar sequência às suas gravações.
No último dia 17 de julho, a Univisión realizou uma audição em seus estúdios para selecionar aspirantes de Miami, maiores de 18 anos, para completarem o elenco já formado por Guy Ecker, Blanca Soto, Juan Gil, Vanessa Villela, Alejandro Chabán, José Guillermo, Harry Geithner, Susana Dosamantes, Greidys Gil, entre outros.
Em parceria com a Venevisón, a Univisón promete romper com a telenovela tradicional, contando com a produção de Carlos Sotomayor e a direção artística de Adriana Barraza, renomada atriz mexicana nomeada ao Oscar.
A história que é ideia original de Leonardo Padrón, contará com a adaptação de Alex Hadad e Nora Castillo e poderá ser vista a partir dos últimos meses deste ano.
A Univisión é o maior conglomerado de conteúdo midiático em espanhol nos Estados Unidos, há tempos mantém a liderança na audiência, em grande parte, graças às telenovelas mexicanas e outras produções da Televisa. Com esta nova produção continuará competindo com sua principal rival: a Telemundo.
RESUMO
Eva González vai à Califórnia junto de sua irmã e de seu pai, quando um motorista provoca um acidente na pista e mata Ismael, o pai das garotas. Eva, ressentida, jura vingança contra o desconhecido que causou a morte do pobre homem.
Algum tempo depois, Eva conhece Daniel, que lhe dá trabalho em sua casa para que cuide de seu pai doente. Na casa, Leonardo, irmão de Daniel, tenta seduzi-la e faz uma aposta com um amigo dizendo que conseguirá obtê-la.
Porém, quem realmente se apaixona são Eva e Daniel, que decidem se casar. Leonardo se dá conta de que quem matou o pai de Eva foi ele, mas faz com que Eva acredite que o assassino de quem ela deseja se vingar é Daniel, seu noivo.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Mulheres assassinas - Margarita, venenosa
DATA
22/07/10HORÁRIO
22h45CANAL
Rede CNTCOM
Isela Vega, Kika Edgar, Armando Araiza, Javier Ruan, Armando Hernández e Angelina PeláezRESUMO
Teodora é a escolhida para se casar com Jorge, filho de Margarita, uma senhora de costumes estranhos que encabeça uma seita religiosa.Teodora é constantemente agredida pelo marido, que vive sob as maléficas influências da mãe. Não mais suportando aquela vida, Teodora decide fugir e se refugia na casa de uma vizinha que, inconformada com a situação, sugere que a moça procure a polícia.
Antes de ela poder tomar uma decisão, Margarita e o filho chegam à casa e levam a moça de volta ao seu reduto. Um dos filhos de Margarita é surdo-mudo e, embora faça parte de todo o contexto, decide ajudar a moça entregando aos policiais que lá chegam um estranho recado.
A delegada Sofia começa a desconfiar que alguma coisa estranha acontece mas não tem como provar. De repente, Margarita decide que é chegado o momento de purificar Teodora e a leva para um terrível ritual onde a moça é primeiramente picada por uma serpente venenosa, e depois perfurada com as presas do animal. Após ser amarrada a uma caminhonete, também tem que caminhar para que o veneno circule rapidamente por seu corpo. Finalmente, cai morta enquanto a caminhonete continua arrastando-a.
O tio de Teodora procura a moça, que é dada como desaparecida. A polícia entra em ação e descobre que a moça fora morta e enterrada numa área afastada. Lá, encontram o seu corpo e junto dele a serpente partida. Nas análises do legista, ele mesmo não acredita no que está vendo e muito menos aonde chega a maldade das pessoas.
Margarita, seu esposo e seu filho serão condenados a 50 anos de prisão por homícidio múltiplo, sequestro e fraude.
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