quarta-feira, 14 de abril de 2010

Camila


NOME ORIGINAL
Camila

ESCRITOR
Eduardo Capetillo (Baseado na obra de Inés Rodena)

PRODUTORA
Angelli Nesma Medina 

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
90

ANO DE GRAVAÇÃO
1998

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Camila

INTÉRPRETE
Eduardo Capetillo

Esta historia no puede terminar
puntos suspensivos sin un final
es cosa de dos...

Sé que el sol se niega
o no ha querido iluminar
¿Dónde estás Camila?
¿Dónde estás?

Mi amada Camila
te jegas los días
rayando melancolias,
afinas recuerdos
latidos de corazón.

Mi amada Camila
me falta tu vida
para completar la mía,
te quiero y te fallo
no hay suero para el dolor.

Sé que cada beso
es un testigo que lloró.
Mi amada Camila
te pierdo y me pierdo yo.

¿Dónde estás Camila?
¿Dónde estás?


ELENCO

Bibi Gaytán: Camila Flores

Eduardo Capetillo: Miguel Gutiérrez

Adamari López: Mônica Iturralde

Gabriela Goldsmith: Ana Maria Iturralde

Enrique Lizalde: Armando Iturralde

Ignacio López Tarso: Genaro Flores

Myrtha Saavedra: Úrsula

Patricia Martínez: Rosário

Julio Mannino: Inácio

José Luis Montemayor: Rafael

Xavier Ortiz: Rodrigo

Abraham Ramos: Paulo

Lourdes Reyes: Cilene

Victor Noriega: Robin Wicks

Giovan d'Angelo: Lourenço

Rebeka Mankita: Natália Galindo

Kuno Becker: Júlio Galindo

Daniel Guavry: Hérman Galindo

Rafael Inclán: Luiz Lavalle

Indra Zuno: Elisa

Maleni Morales: Mercedes Escobar

Martha Navarro: Hilda

Luis Uribe: Nicanor

Genaro Camarena: Jimenez

Diana Golden: Sílvia

Raúl Magaña: Ivan Almeida

Margarita Magaña: Laura Almeida

Raquel Pankowsky: Glória

Lisette Morelos: Ingrid

Evelyn Solares: Adélia

Ricardo Carrion: Lúcio

Ismael Laarumbe: Robles

Dinorah Cavazos: Ada

Yuvia Charlin: Beatriz

Francesca Guillen: Cecília

Mariagna Pratts: Teresa

Arlette Pacheco: Íris


INTRODUÇÃO

Protagonizada por Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo, esta trama é um remake do grande sucesso Viviana, exibido pelo SBT no ano de 1985. A história Original é de Inés Rodena, mas essa versão foi adaptada pelo próprio protagonista Eduardo Capetillo.


RESUMO

Camila Flores é uma doce camponesa que perdeu os pais muito cedo. Sua criação ficou a cargo de seu avô Genaro. Ele é um grande criador de galos, mas é muito pobre. O maior medo de Genaro é que Camila um dia o abandone e que ela não seja feliz.

Um dia, Camila conhece o advogado Miguel Gutiérrez, ele veio da capital, e logo que vê Camila se impressiona com sua beleza. Ele pede permissão para o avô da garota para que possa visitá-la. Genaro pensa que Miguel em breve vai esquecer sua neta então deixa que Miguel a veja.

Em pouco tempo, Camila e Miguel se apaixonam, motivo pelo qual ele pede a mão da garota em casamento. Genaro, mesmo contra sua vontade deixa que Camila se case.

Na capital, Miguel trabalha na empresa de Armando Iturralde, um homem muito rico de quem Miguel pretende se tornar sócio em breve.

Armando tem uma filha, a bela e caprichosa Mônica. Ela volta da Europa, onde fingia estudar Artes Plásticas, e logo que conhece Miguel, fica obcecada por ele, e, sob o pretexto de não conhecer bem a cidade, pede que ele a acompanhe em todos os lugares. Miguel em sua ambição, aceita.

Mônica, com o fim de agradar Miguel, pede que Armando dê uma promoção a Miguel. Ivan, percebendo as segundas intenções de Mônica, aconselha Miguel a explorar essa amizade para tirar proveito e assim poder oferecer um futuro melhor a Camila.

Miguel e Camila finalmente se casam, mas apenas no civil, ele promete que irá a capital e em breve se casarão com a benção de Deus. Genaro considera muito suspeita a atitude de Miguel, mas como não quer se separar da neta, aceita.

Conforme o tempo passa, a relação de Miguel e Mônica vai de amizade a noivado,já que ela persistiu e usou a influencia do pai, que acreditava que Miguel realmente gostava de Mônica.

Como Miguel percebe que seu casamento com Mônica lhe trará muitos benefícios, envia uma carta a Camila terminando o casamento, alegando que foi um erro da parte dele. O primeiro a ler a carta é Genaro, que ao ler, fica cheio de raiva e decide tirar satisfações. Ao ir para a capital, ele sofre um ataque do coração e morre. Camila, após enterrar e chorar pela morte de seu avô, decide ir a capital para encontrar com seu marido.

Miguel fica surpreso ao ver Camila, e após ela contar o que aconteceu, ele percebe que quem ele ama é a camponesa. Por isso, ele decide terminar com Mônica, mas esta segue com a ideia obsessiva de ter Miguel e não se dá por vencida. Ela acredita que o motivo do rompimento seja a diferença de classes entre eles. Então, ela pede a Armando que ofereça uma sociedade com Miguel. Armando atende aos caprichos de Mônica, desde que eles marquem a data do casamento para formalizar a união. Ivan aconselha a Miguel a não perder essa oportunidade de aumentar seu nível econômico. Miguel então, decide se casar com a filha do patrão.

Camila com um coração dilacerado pela hipocrisia de Miguel foge sem dizer que esperava um filho. Uma forte dor é causada pela traição do homem que ama profundamente, e, destruída, Camila sente uma vontade indomável de prosseguir a vida. Sua vontade de vencer será dificultada, a cada passo, mas o seu amor de mãe para avançar a fará vencer.

Determinada a lutar pelo seu filho, tenta esquecer o homem que, apesar de tudo, nunca deixou de amar.


COMENTÁRIOS

Um remake do clássico Viviana era um projeto que atravessou a década de 90 na Televisa, sem nunca sair do papel. Em 1998, esse projeto se concretizou com a produtora Angelli Nesma Medina, uma das discípulas de Valentín Pimstein, produtor da versão original. Assim nasceu Camila.

Ainda que pesasse ser um remake de Viviana, o grande chamariz da novela foi trazer como protagonistas Eduardo Capetillo e Bibi Gaytán, agora casados (eles já haviam protagonizado juntos Baila Conmigo, onde se apaixonaram). No caso dela, o regresso era mais aguardado, já que estava afastada da TV desde 1994, quando terminou Dos mujeres, un camino. Eduardo, por sua vez, não havia se ausentado das telas por tanto tempo.

O elenco de Camila é com certeza um dos mais fracos já vistos. Poucos nomes conhecidos, apesar de alguns consagrados, que foram justamente os que se destacaram. Foi o caso de Gabriela Goldsmith que brilhou como a abalada Ana Maria, e Enrique Lizalde, como Armando, pais da vilã da história. Curiosamente, os nomes mais consagrados tirando os dos protagonistas, foram mortos no decorrer da história. Enrique Lizalde, aliás, foi o segundo nome cotado para viver Armando, já que René Casados de última hora recusou o papel.

Além deles, houve outros destaques. Arlete Pacheco como a prostituta Íris, uma malvada que teve o castigo merecido, em uma das cenas mais impactantes da novela, quando ela fica desfigurada. Em Camila, se destacaram também três jovens atores foram revelados: Abraham Ramos como Paulo, um jovem bondoso e injustiçado pela mãe, Julio Mannino era o ambicioso Inácio, um malandro que sempre conseguia se dar bem. E Kuno Becker, ainda que mais jovem que Bibi Gaytán para formar um par romântico com ela, destacou-se como Júlio e garantiu futuros trabalhos.

O grande destaque da novela ficou mesmo sendo Adamari Lopez, que provou que tinha talento de sobra para ofuscar qualquer um. A vilã Mônica foi uma das mais detestáveis, e se alguém marcou em Camila, com certeza foi ela. Suas maldades foram inesquecíveis!

Isso se deve ao fato de que a protagonista Camila foi uma heroína “sem sal”, com uma passividade quase irritante. Essa camponesa não tinha nada parecido com os personagens intensos que Bibi havia interpretado em suas telenovelas anteriores. Com isso, mesmo com toda a expectativa do par romântico com Eduardo, Camila e Miguel não foram aproveitados como deveriam ser, já que tiveram poucas cenas juntos do que se espera de um casal principal.

Eduardo Capetillo foi o grande “autor” de Camila. Para começar, ele queria estar na novela, já que é assumidamente ciumento quando o assunto é sua esposa. Depois, exigiu mudanças de seu personagem, que a princípio, parecia mais um vilão (bem como na versão original). Em seguida, quis mais força para seu personagem, já que alegava que Abraham Ramos tinha mais destaque que ele. Continuando, ele quis mudar o tema de abertura, saiu a versão rock da música e entrou a versão pop (segundo ele, combinava mais com a história). Falando em música, houve o lançamento do grupo Ragazzi, que além de atuar, marcou com a música “La luna en tus ojos”, que virou o tema de encerramento da novela.

O mais estranho é que Eduardo não queria que Miguel fosse um “vilão” para Camila, como em Viviana, onde a heroína terminou com o personagem agora interpretado por Enrique Lizalde. Mas, desde o início, Angelli Nesma pretendia de qualquer forma, deixar Miguel e Camila juntos nessa versão, já que eles eram também um casal da vida real. Além disso, muito mais foi mudado da versão original, como a própria morte de Armando, a perda de memória de Miguel, o famoso quadro de Viviana (inexistente em Camila), a transformação da protagonista (ainda que a abertura da novela até indicasse algo parecido).

Camila no Brasil foi a primeira novela com música e abertura originais, uma exigência da Televisa que passou a entrar em vigor nessa época. Outro dado de Camila no Brasil, foi o histórico pico de 21 pontos no último capítulo. O maior pico de audiência alcançado pela Tarde de Amor.

Outra coisa estranha sobre Camila, é que em geral, ela foi considerada uma novela fraca, e mesmo assim, saiu-se muito bem de audiência. Ou seja, apesar de tudo, ainda assim foi um grande sucesso!

Pese o que pesar, Camila foi um êxito, com muitos fãs, ainda que a novela não tenha sido o que se esperava.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 4

CRISTAL (El privilegio de amar)

Foi produzida e exibida pelo SBT com 125 capítulos em 2006, baseada na versão mexicana El privilegio de amar, de 1998, que por sua vez já era um remake da venezuelana Cristal, de 1985, todas originais de Delia Fiallo. A versão brasileira foi traduzida por Henrique Zambelli, com a direção de Herval Rossano, Del Rangel, Jacques Lagôa, Luis Antônio Piá e Mayara Magri com a direção geral de teledramaturgia de Herval Rossano e David Grimberg.

Na primeira fase, em 1984, Vitória, empregada doméstica que trabalhava na casa de dona Luísa, tem uma noite de amor e engravida do filho de sua patroa, Ângelo de Jesus, jovem com vocação religiosa, prestes a ingressar ao seminário. Após ser humilhada por dona Luísa, Vitória é expulsa da casa e Luísa esconde de seu filho a existência da criança. Após dar à luz uma menina, Vitória vê-se obrigada a deixá-la na porta de uma mansão. A menina, porém, é entregue pelo casal da mansão às autoridades e encaminhada para um orfanato, onde é educada por freiras. Cristina, a filha de Vitória, torna-se uma linda jovem, com sólida formação moral.

Passam-se 22 anos e Cristina, interpretada por Bianca Castanho, trabalha num banco, mas sonha ser modelo. Vitória Ascânio, que havia se casado e se tornado uma renomada empresária de moda, não tarda em contratar Cristina para ser sua modelo, sem que as duas conheçam o laço familiar que as une.

Vitória, que nunca esqueceu a filha abandonada, procura Ângelo, hoje um respeitado padre, e finalmente ele toma conhecimento da filha e decide ajudar Vitória a buscá-la. Luísa percebe a reaproximação dos dois e descobre antes deles que Cristina é a filha perdida, porém conta ao filho toda a verdade em confissão, impedido-o de revelá-la a Vitória.

Cristina se envolve com João Pedro, o enteado de Vitória, e acaba engravidando, porém, antes de revelar este fato a João Pedro, é surpreendida por ele que lhe diz que se casará com Marión, sua noiva que voltou do exterior dizendo estar esperando um filho dele.

Decepcionada, Cristina esconde sua gravidez e Vitória, que descobre o envolvimento do enteado com a modelo, a demite da empresa.
Luísa diz a Cristina que quer a guarda de sua filha, revelando a ela que é sua avó, mãe de seu pai, portanto bisavó da menina que nascera, porém, não diz quem são os pais de Cristina. Com a filha recém-nascida e desempregada, Cristina, na mesma situação da mãe antes de seu nascimento, mas com o apoio do Padre Ângelo e de amigos, resistirá à todas as maldades e à ira de Vitória que, no fim, se arrepende de tudo o que fez e descobre que Cristina é sua filha. Esta se casa com João Pedro, e Marión volta para o exterior após descobrirem que ela não estava grávida, que era tudo um golpe por dinheiro.


MARIA ESPERANÇA (María Mercedes)

Produzida e exibida pelo SBT com 97 capítulos em 2007, foi adaptada por Yves Dumont, que se baseou no original Maria Mercedes, de Inés Rodena, escrito em 1992. Contou com a supervisão de texto de Therezinha Di Giácomo, a direção de Henrique Martins, Jacques Lagôa e Luís Antônio Piá, e com a direção geral de Henrique Martins.

Narrava a trajetória de Maria, interpretada por Bárbara Paz, uma garota doce e batalhadora que sustentava sozinha a família, vendendo doces e bilhetes de loteria pelas ruas. Abandonada pela mãe ainda quando criança, vivia com o pai, Ramiro, um alcoólatra, e os irmãos: Guilherme, jovem revoltado e problemático; Isabel, adolescente fútil e ambiciosa; e André, um adorável garoto de princípios e inocente, no fundo o único que valorizava a luta de Maria para manter a família unida.

Sua mãe havia deixado os filhos para tentar ter uma vida melhor nos Estados Unidos, porque odiava ser pobre, ter que aturar um marido bêbado que batia nela e ter que cuidar de quatro filhos pequenos.

Após conhecer Santiago Trajano Queiroz, um homem rico e amargurado que detesta os poucos parentes que tem, principalmente a sua interesseira tia Malvina, a vida de Maria passa por uma melhora.

Santiago, jovem ainda, sofre de um câncer incurável, mas vê sua vida renascer ao conhecer Maria, apaixonando-se por ela, que, sem saber que ele é rico, também apaixona-se. Eles se casam, e logo Maria engravida, porém depois que Santiago revela que casou-se com ela, além de amá-la, para lhe deixar todo o seu dinheiro já que está em estado terminal, ela se assusta e, decepcionada, perde o filho.

Enquanto Malvina é uma mulher ambiciosa, que faz de tudo para conquistar o que deseja, seu filho Eduardo é um rapaz esforçado, que guarda uma triste história – sua noiva foi morta ao sair da igreja no dia do casamento. Entre ele e Maria surgirá uma forte atração, já que Maria, agora, viúva está muito carente.

Maria se torna uma mulher elegante e poderosa, ajudando a todas as pessoas. Seu pai e irmãos passam a ter uma vida melhor, ela ajuda asilos, orfanatos e todo tipo de pessoa, o que desperta a inveja doentia de Malvina, que queria o dinheiro só para ela. Maria e Eduardo enfrentam uma série de problemas e pessoas ao longo desta história, porém conseguem namorar, e Maria engravida.

Certa vez, Maria, reencontra sua mãe, que se aproximará dela para arrancar todo seu dinheiro, juntando-se a Malvina para prejudicar a própria filha, cometendo crimes, mortes, roubos e sequestros. Maria luta muito pela sua felicidade ao lado de seu verdadeiro amor, Eduardo, e juntos com seu filho movem céus e terras para verem Malvina e a mãe de Maria presas por todos os crimes hediondos que cometeram por dinheiro.


AMIGAS E RIVAIS (Amigas y rivales)

Produzida e exibida pelo SBT com 140 capítulos em 2007, foi uma adaptação da mexicana Amigas y rivales, original de Alejandro Pholenz, escrita em 2001. A versão brasileira contou com a adaptação de Letícia Dornelles, a direção de Lucas Bueno e Annamaria Dias e a direção geral de Henrique Martins.

A trama girava em torno da amizade de quatro jovens muito distintas entre si. Laura, uma jovem batalhadora que após ganhar uma bolsa de estudos ingressava em uma faculdade particular, onde conhecia a mimada Helena, filha do todo-poderoso empresário Roberto Delaor.

Helena e Laura logo de cara não se entendem, e com a ajuda de Olívia, sua melhor amiga, Helena aprontam muitas com Laura até que se entendem e tornam-se amigas. Helena, esnobe e fútil, tratava Nicole, sua humilde e sonhadora empregada como lixo. Nicole sonhava em ir para São Paulo e lá tornar-se uma grande estrela.

Em meio a seus romances, seus problemas e suas aventuras, essas quatro amigas, Nicole, Helena, Olívia e Laura entenderam o real sentido da palavra amizade, e que esta não foi sempre um mar de rosas, já que, muitas vezes, para dar certo não adiantava elas serem somente amigas, elas tinham que ser amigas e rivais.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 3

CANAVIAL DE PAIXÕES (Cañaveral de pasiones)

Foi exibida em 118 capítulos pelo SBT em 2003, tendo uma reprise em 2005. Sua produção esteve baseada no texto original de Caridad Bravo Adams, que teve sua versão mexicana, Cañaveral de pasiones, em 1996. A versão brasileira traduzida para o português por Henrique Zambelli e Simoni Boer, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção geral de teledramaturgia de David Grimberg.

Canavial de paixões se passava em São Bento dos Canaviais, onde Clara morava com seu pai, Fausto, sua mãe, Débora, e sua tia, a perversa Raquel, que nutria uma paixão pelo cunhado Fausto. Clara mantinha uma grande amizade com João de Deus, Mirella, e com Paulo, filho do poderoso Amador e da vingativa Teresa. Clara e Paulo sempre foram muito amigos e isso era motivo de ciúmes para João de Deus, que, na verdade, era apaixonado pela amiga Clara e nem percebia que Mirella sua outra amiga era apaixonada por ele.

Teresa sempre acreditou que Débora e seu marido foram amantes, só por causa que no passado Débora e Amador eram namorados, sendo que, na verdade, a verdadeira amante de Amador era Raquel. Paulo e Clara sofriam com as diferenças até que um dia foram separados. Raquel e Amador decidiram fugir, porém sua irmã Débora descobriu e, na tentativa de impedir a fuga, morreu no acidente com Amador, o que fez todos da cidade, inclusive Teresa e Fausto, acreditarem que os dois realmente eram amantes. Com ódio Teresa mandou Paulo para São Paulo, separando-o de Clara.

A volta de Paulo causou grande tumulto ao pequeno povoado, já que João de Deus via no amigo, que, na verdade, era seu irmão, um intruso para seu amor com Clara, o que despertou o ciúme de Mirella, melhor amiga de Clara. Paulo e Clara tiveram de lutar muito para serem felizes, já que Teresa e Regina se uniram contra esta união. Para piorar, Raquel matou Fausto, tornando a vida da sobrinha um verdadeiro inferno.


SEUS OLHOS (La fiera)

Produzida e exibida pelo SBT em 2004, com 173 capítulos, foi baseada no texto original de Inés Rodena, La gata, que teve sua adaptação mexicana com La fiera, em 1983, também exibida pelo SBT em 1992. A adaptação da versão brasileira ficou por conta de Ecila Pedroso, Noemi Marinho, Marcos Lazzarini, Aimar Labaki, Mário Viana e Fábio Torres, com direção de Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, com David Grimberg como diretor geral de teledramaturgia.

Seus olhos contava a história, dividida em três fases, de dois jovens que se amavam. A primeira fase se passava em São Paulo na década de 1980, onde Marina, órfã de pai desde pequena, e, agora com 21 anos, levava uma boa vida ao lado de sua mãe, Edite. Vítor e Tiago eram apaixonados por Marina, que não sabia que Vítor era casado com Elaine e tinha um filho de dois anos, Artur.

Ao morrer, Edite deixa Marina órfã, esta, fragilizada, se entrega a Vítor, mas fica chocada ao saber que o namorado é, na verdade, casado e, imediatamente, termina o romance, se aproximando de Tiago, com quem se casa. Vítor dá um golpe que resulta na falência de sua empresa, Sérgio, o vice-presidente, descobre tudo e, depois de uma briga, Vítor o mata e culpa Tiago pelo ocorrido. Vítor conta para Marina toda a verdade, e, para provar que fez tudo por amor, passa todo o dinheiro que roubou para a filha recém-nascida da moça, Renata. Os dois brigam e, no final, Vítor assassina Marina.

Desesperado, ele procura provas para culpar Tiago, que, mesmo sendo inocente, é julgado e condenado a 30 anos de prisão. Renata é sequestrada por Dirce, uma exploradora de crianças. Rinaldo, mais conhecido como Berro e filho da exploradora, comete um assalto e é preso, fazendo companhia para Tiago na cadeia.

Passam-se oito anos. Renata continua morando com Dirce, que a explora o quanto pode, até que uma assistente social inicie uma perseguição contra esta. Renata faz uma grande amizade com Artur, filho de Vítor e Elaine, que lhe ensina a ler e escrever.

Mais doze anos se passam. Renata e Artur se apaixonam e namoram em segredo. Vítor e Elaine comemoram bodas de prata e na ocasião, Artur finalmente apresenta Renata à família como sua noiva. Elaine enlouquece e expulsa a futura nora de casa. Vítor fica pasmo com a semelhança entre Renata e Marina, e, imediatamente, desconfia que se trata da menina desaparecida há anos. A paixão que Vítor sentia por Marina renasce na figura de Renata. Assim, é formado um triângulo amoroso que envolve Vítor, Artur e Renata. Elaine sente que a história de mais de 20 anos atrás está se repetindo e fará de tudo para não perder Vítor.

Renata passa a morar no loft que pertencia à sua mãe e, quando encontra o retrato que foi tirado na maternidade, aos poucos toma conhecimento da verdade. Ela e Artur terão que superar os problemas e traumas do passado e ultrapassar os obstáculos do presente para terem um romance feliz.


ESMERALDA (Esmeralda)

Foi exibida pelo SBT em 2004 com 198 capítulos. É um remake da mexicana com o mesmo título, produzida em 1997, que por sua vez, foi uma versão da venezuelana Topázio, de 1984, que já era um remake de Esmeralda, de 1970, todas baseadas no original de Delia Fiallo. A versão brasileira foi adaptada por Henrique Zambelli e Rogério Garcia, com supervisão de texto de Therezinha Giácomo. A novela foi dirigida por Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, com direção de teledramaturgia de David Grimberg.

A novela contava a história de duas crianças, uma menina rica, e um menino, filho de um camponês, que nasceram numa noite de tempestade. A menina que parecia ter nascido morta, é levada pela parteira Rosário que, sabendo do nascimento do menino que ficou órfão, troca os bebês, com o consentimento da governanta da Casa Grande.

Ao chegar em casa, Rosário descobre que a menina ainda vive e decide voltar para a fazenda Casa Grande para contar a verdade aos Álvares Real, mas é tarde demais, já que a família tinha deixado a casa para comemorar o nascimento do menino. Sentindo-se culpada, a governanta da fazenda conta à patroa, Branca que trocou as crianças porque sua filha havia nascido morta. Mesmo chocada, Branca cria o menino, José Armando, como um verdadeiro filho, sem que o marido saiba a procedência dele. Rosário cria a menina e, pelo pagamento do parto, recebe um par de brincos de esmeralda, que a leva a dar o nome de Esmeralda à menina.

Vinte anos se passam, e a vida dessas crianças, agora adultas, vão se cruzar. Os Álvares Real voltam à fazenda para passar alguns dias, e José Armando conhece Esmeralda, uma pobre cega que caminha pelas cachoeiras de sua fazenda. Eles se apaixonam, mas o rapaz namora sua prima, Graziela. Além disso, seu pai não aceita que ele ame uma moça pobre e cega como Esmeralda. Mesmo com a proibição, os dois jovens se casam no civil, e Esmeralda faz uma cirurgia nos olhos.

A felicidade do casal é ameaçada pelo maquiavélico Dr. Lúcio Malaver, que conta a José Armando que Esmeralda espera um filho dele. Furioso, José Armando parte para a cidade, deixando Esmeralda grávida. Sofrendo muito, Esmeralda cria o filho sozinha, mas ainda ama José Armando e fará de tudo para tê-lo de volta e provar que seu filho é de José Armando e não de Lúcio Malaver.


OS RICOS TAMBÉM CHORAM (Los ricos también lloran)

Foi exibida pelo SBT em 2005, em 153 capítulos. Baseada no original de Inés Rodena, Los ricos también lloran, de 1979, que também foi exibida pelo SBT em 1982. A história já havia ganhado um remake mexicano, María la del barrio, em 1997. A versão brasileira, porém, adaptada por Aimar Labaki e Gustavo Reiz e Conchi, com supervisão de texto de Marcos Lazzarini, foi praticamente uma história inédita, com partes do enredo inexistentes no texto original. Contou. Ainda, com direção de Jacques Lagôa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, direção de teledramaturgia de David Grimberg e direção de núcleo de Fernando Rancoletta.

Os ricos também choram, contava a história de Mariana, interpretada por Thaís Fersoza, uma jovem de 18 anos que cresceu livre e solta na Fazenda São José, sem conhecer seus pais. Sua mãe morreu no parto e seu pai, o falecido Coronel Evaristo Martins, dono da fazenda, a jovem nunca soube quem era, assim como não sabia que era sua legítima herdeira.

Ester, esposa do coronel, expulsa Mariana da fazenda e, mais tarde, ao saber que a jovem era filha e herdeira de seu marido, se dedica a tentar anular o testamento, como não consegue, passa a perseguir Mariana com o objetivo de destruí-la.

Após ser expulsa da São José, Mariana chega à Ouro Verde suja e esfarrapada. Lá encontra Bernardo, um jovem ajuizado e responsável, que passa a ser seu protetor; este oferece-lhe um emprego na confeitaria do senhor Salgado. Bernardo apaixonara-se imediatamente pela moça, mas não imaginava que Mariana também era cortejada por outro rapaz, galante e divertido, que mexia com sus sentimentos: seu irmão, Alberto.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 2

O DIREITO DE NASCER (El derecho de nacer)

Apesar de estar gravada desde 1997, essa versão somente foi ao ar pelo SBT em 2001. Baseada na radionovela cubana da década de 40, escrita por Félix Caignet, a versão brasileira foi adaptada por Aziz Bajur e Jayme Camargo e dirigida Roberto Talma. No Brasil, duas versões já haviam sido exibidas anteriormente pela extinta TV Tupi, em 1964 e 1978, respectivamente.

O direito de nascer contava a história da jovem Maria Helena, interpretada por Guilhermina Guinle, que, no século 20 na capital cubana e em uma sociedade moralista, engravida do noivo Alfredo e, diante da recusa do rapaz em assumir o filho, torna-se mãe solteira.

A criança será alvo do ódio do avô, o poderoso Rafael. Após o nascimento, temendo as represálias do velho, a criada negra Dolores foge com o bebê, que batiza como Alberto. Depois disso, desgostosa, Maria Helena se recolhe a um convento, e passa a atender por Irmã Helena da Caridade. Sempre fugindo, Dolores cria o menino e ele, já crescido, forma-se em medicina. O destino leva Alberto, agora interpretado por Jorge Pontual, à família que desconhece, para desespero de Dolores. Albertinho se apaixona, sem saber, por sua prima Isabel Cristina, e acaba salvando a vida do avô que o amaldiçoara no passado.


MARISOL (Marisol)

Marisol, exibida em 2002 em 181 capítulos, e reprisada em 2007 com apenas 60, foi baseada no texto original mexicano de Inés Rodena, de mesmo nome, Marisol, exibida no México em 1996 e que, por sua vez, já era um remake de Marcha nupcial, de 1977. A versão brasileira foi adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção de Antonino Seabra, Jacques Lagôa, Henrique Martins e David Grimberg.

A novela contava a história de Marisol, interpretada por Bárbara Paz, uma sofrida jovem que vivia miseravelmente ao lado de sua mãe Sofia, e além disso carregava consigo um trauma muito grande: uma cicatriz no rosto causada por um acidente na infância que a fazia sentir-se rejeitada por todos. Marisol vendia flores de papel, porém tudo que arrecadava gastava com o tratamento de Sofia, cuja saúde estava cada vez mais debilitada. O pouco que lhe restava era entregue à seu namorado, o inescrupuloso Mário. Contudo, o que Marisol nem imaginava, era que, na verdade, ela era herdeira da imensa fortuna da tradicional família Lima do Vale. No passado, Sofia havia se apaixonado por um rapaz de origem simples e enfrentado o seu pai, o poderoso Augusto Lima do Vale para viver esse amor. Augusto, por sua vez, tinha expulsado Sofia de casa e esta vivia de maneira humilde ao lado de seu amor, que, não aguentando a pobreza em que viviam, a abandonou com Marisol recém-nascida.

Os anos se passaram e Marisol conheceu o jovem milionário Rodrigo Lima do Vale e ambos terminaram por se envolverem. Marisol acabou se cruzando com Augusto, e passou a trabalhar em sua mansão sem saber que ele era seu avó. Rodrigo, que todos pensavam ser filho de Leonardo, irmão de Sofia, era na realidade filho de Amparo e Mariano. Marisol se tornara, portanto, a única herdeira da fortuna dos Lima do Vale. Para preservar sua descoberta, Amparo envenena Augusto a fim de impedi-lo de descobrir a verdade, o que, porém, Amparo não imaginava é que Augusto já havia descoberto tudo e deixado Marisol como sua principal herdeira. Para tirar Marisol de vez do seu caminho, Amparo com a anuência de Leonardo e Mariano, planejaram o assassinato de Marisol, executado por Mário, que pensava que de fato assassinou Marisol. Porém, Marisol não havia morrido e logo voltaria para reassumir seu lugar de direito e vingar-se dos seus algozes, agora como Verônica.


PEQUENA TRAVESSA (Mi pequeña traviesa)

Foi produzida e exibida pelo SBT em 2002 com 133 capítulos, e reprisada em 2005 com 92. Foi baseada no texto original de Abel Santacruz, com tradução e adaptação de Rogério Garcia e Simoni Boer, foi dirigida por Jacques Lagôa, Sacha e Henrique Martins. A versão mexicana, Mi pequeña traviesa, havia sido exibida no México em 1997 e, por sua vez, já era um remake de Me llama Gorrión, produzida na Argentina em 1972.

Pequena travessa contava a história de Júlia, interpretada por Bianca Rinaldi, uma garota de cerca de vinte anos, órfã de mãe que morava com o pai, Rafael, e os irmãos caçulas, Antônio e Daniel, num conjunto habitacional. Com várias qualidades, Júlia era querida por todos, especialmente por dois de seus vizinhos: o bondoso Caio e o ambicioso e mau-caráter Fernando, mais conhecido como Mercúrio, ambos apaixonados por Júlia. Esta, porém, se apaixonava ao conhecer Alberto, um homem bonito, rico, bom-caráter e recém-formado em advocacia. Os dois se conheceram no dia em que Rafael foi atropelado e ficou paraplégico.

Após o atropelamento de seu pai, Júlia decidiu trabalhar para sustentar a família e se interessou por um emprego de office-boy na loja Marcello Fantucci que queria um rapaz para o serviço, Júlia teve a ideia de se disfarçar de homem e voltar à loja e, a partir daí, Júlia vira Júlio e consegue o emprego. Um dia, ao entregar uma encomenda no escritório de George, advogado e pai de Alberto. Júlio aproveita para pedir um emprego de recepcionista, dizendo que é para sua irmã gêmea. Com isso, Júlia passa a trabalhar de manhã no escritório de advocacia e à tarde na loja Marcello Fantucci, como Júlio. A partir do reencontro no escritório, Alberto e Júlia começam um grande amor, que passaria por diversas dificuldades e grandes descobertas.

Para esse ano de 2010, a Televisa produz Niña de mi corazón, um novo remake de Mi pequeña traviesa, exibido desde 8 de março pelo Canal de las estrellas.


JAMAIS TE ESQUECEREI (Nunca te olvidaré)

Produzido e exibido em 120 capítulos pelo SBT em 2003, esse remake estava baseado no texto original de Caridad Bravo Adams, Yo sé que nunca, de 1970, que também serviu para a produção do remake mexicano, Nunca te olvidaré, em 1999. A versão brasileira foi traduzida por Henrique Zambelli e adaptada por Ecila Pedroso, que também assinou a supervisão de texto, e Enéas Carlos. A telenovela foi dirigida por Jacques Lagôa, Sacha e Henrique Martins, com David Grimberg como diretor geral de teledramaturgia.

Jamais te esquecerei contava a historia de Beatriz, interpretada por Ana Paula Tabalipa, e de Danilo, interpretado por Fábio Azevedo, que na adolescência juraram amor eterno, sem imaginar que diversos obstáculos viriam dificultar a concretização desse grande desejo.

Leonor, uma mulher amarga que era mãe de Danilo, era o obstáculo mais terrível e se utilizava dos mais terríveis recursos para impedir que seu filho namorasse Beatriz, pois sabia que seu marido, Antônio, ainda não havia esquecido a mãe de Beatriz, sua antiga paixão, Isabela. Quando jovens, Antônio e Isabela foram impedidos de se casar pelo pai da moça, que a obrigou a se casar com outro homem.
Quinze anos depois, Antônio e Isabela se reencontram, num momento em que ela está prestes a morrer e ali ele promete cuidar de Beatriz.

Ao perceber a forte ligação entre Beatriz e Danilo, Leonor vê crescer um ciúme doentio em seu coração e, cada dia mais maquiavélica, separa o casal: Beatriz é matriculada em um convento e Danilo vai estudar nos Estados Unidos. Mas Leonor não previa que o tempo e a distância iriam tornar o amor entre o casal ainda mais intenso. ludibriados, Beatriz e Danilo acreditaram ser irmãos de sangue e tentaram fugir da paixão intensa que sentiam um pelo outro, porém não esqueceram as palavras e a promessa que lhes trariam a verdadeira felicidade.

Os remakes de telenovelas latinas no SBT - Parte 1

ANTÔNIO ALVES, TAXISTA (Rolando Rivas, taxista)

Rolando Rivas, taxista, original de Alberto Migré, foi adaptada Ronaldo Ciambroni, e exibida pelo SBT em 1996, tendo a duração de 82 capítulos. Uma versão chamada El oficio de ser taxista, possivelmente será exibida em 2011 pela TV Azteca, no México.

Antônio Alves, taxista, contava a história de Antônio Alves, interpretado por Fábio Júnior, um taxista aspirante a cantor que saia de Florianópolis e tentava a vida em São Paulo, mas antes de estruturar-se financeiramente, se via obrigado a sustentar a família. Diante das dificuldades de sobreviver na capital paulista, o taxista levava como herança um caso amoroso mal resolvido, que se somava com outras conquistas realizadas depois de sua chegada à cidade. Dentre elas, se destacava a paixão por Mônica, que tinha dezoito anos e era filha de um grande milionário que fazia de tudo para ajudá-lo na carreira de cantor.


CHIQUITITAS (Chiquititas)

Chiquititas Brasil, é uma adaptação da original argentina, Chiquititas, escrita pela também autora da original Cris Morena com a ajuda de autores brasileiros, produzida pelo SBT e pelo canal argentino Telefé. Foi uma das telenovelas mais longas da dramaturgia brasileira, tendo 5 temporadas que somaram um total de 937 episódios, indo ao ar de 1997 a 2001, só não é considerada oficialmente a maior trama da teledramaturgia brasileira porque houve interrupções de férias entre uma temporada e outra.

As gravações da 6ª temporada já haviam começado, mas, devido a saída de Cris Morena da Telefé, as gravações foram canceladas e a novela encerrou na 5ª temporada. Em 2007, o SBT exibiu Chiquititas 2000, a sexta temporada, mas em sua a versão original argentina e no ano seguinte, exibiu Chiquititas 2006, que recebeu o título de Chiquititas 2008.


PÉROLA NEGRA (Perla negra)

Foi exibida pelo SBT em 1998, baseada no texto argentino original de Enrique Torres, Perla negra, estrelada por Andrea del Boca. Ainda em 1998, uma versão mexicana chamada Perla, produzida pela TV Azteca, trazia pela primeira vez a atriz Silvia Navarro em papel protagônico. A versão brasileira foi dirigida por Henrique Martins e teve 194 capítulos, sendo reapresentada em 2004 em 210 capítulos.

Curiosamente sua reprise fez mais sucesso que a sua exibição original, em torno dos 17 pontos. A reapresentação conseguiu por mais de uma vez conquistar o primeiro lugar em audiência, e empatar com a Rede Globo muitas vezes.

A novela, protagonizada por Patrícia de Sabrit, contava a história de uma mulher que, ainda recém-nascida, foi abandonada por sua mãe numa escola, sendo entregue à mantenedora da instituição junto a um preciosíssimo colar, contendo 22 pérolas negras que pagariam cada ano em que a menina permanecesse no internato até que completasse 21 anos. Uma das pérolas deveria ser entregue à moça assim que deixasse o colégio. Pérola Marques, assim chamada, cresceu ao lado de sua amiga Eva, herdeira de uma fortuna, que prestes a completar 20 anos, foi seduzida por Tomás e acabou engravidando. Quando o bebê nasceu, foi entregue aos caseiros em troca de um pagamento generoso, mas Pérola e Eva prometeram cuidar do menino assim que deixassem o internato. Alguns meses depois Eva recebe a notícia da morte de seu avô, Carlos, que lhe deixou tudo. Eva decide procurar sua família e assumir seus bens e sua amiga, Pérola, vai junto. Um acidente de carro fatal durante o percurso até a casa dos Pacheco Oliveira tira a vida de Eva. Pérola sobrevive, e, no hospital, é confundida com a amiga. Então ela decide assumir a identidade de Eva para recuperar o "seu filho" cumprindo a promessa de cuidar da criança, que se chama Carlinhos. O fantasma de Eva aparece ajudando Pérola em algumas situações.


PÍCARA SONHADORA (La pícara soñadora)

Exibida em 2001, e reprisada em 2004, foi a primeira produção entre SBT e Televisa. Escrita originalmente pelo argentino Abel Santacruz, é um remake da mexicana La pícara soñadora, de 1991. No Brasil, foi dirigida por Henrique Martins, Antonino Seabra e Jacques Lagôa, tendo 95 capítulos. A novela contava a história de Ludmila “Mila”, protagonizada por Bianca Rinaldi, uma moça muito batalhadora de classe média baixa que chega em São Paulo para trabalhar e estudar.

Na capital, consegue um emprego na seção de brinquedos da loja Soles. Morando com seu tio Camilo, vigia noturno da loja, a moça aproveita para passear pela loja, após o final do expediente, utilizando alguns de seus produtos e anotando tudo o que consome num caderninho para, depois de terminar a faculdade de direito e ser uma advogada bem sucedida, pagar todos seus gastos. Sua vida começa a se complicar quando Rosa, sua amiga que vive em Curitiba, resolve procurá-la em São Paulo. Rosa, que era funcionária da filial da Soles, fugiu da cidade após roubar dinheiro do caixa para tentar pagar um tratamento médico para sua filha doente.


AMOR E ÓDIO (La dueña)

Baseada no texto original de Inés Rodena, foi adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e direção de Antonino Seabra, Jacques Lagôa e Henrique Martins. Foi exibida com 110 capítulos no ano de 2001. É a versão brasileira da mexicana La dueña, de 1994, que por sua vez é outro remake da também mexicana Domenica Montero, de 1972, todas por sua vez são remakes da original venezuelana La doña, de 1972. Nesse ano de 2010, La dueña ganha outro remake no México, chamando-se agora Soy tu dueña, com previsão de estreia para 19 de abril no Canal de las estrellas.

Protagonizada por Suzy Rêgo, contava a história de Regina Villa Real, uma moça bonita, educada e com uma grande fortuna. Seus pais morreram em um acidente quando ela era pequena. Desde então, mora com sua tia Berenice, e com sua prima Laura Castro. As primas têm a mesma idade e crescem juntas. Fria e calculista, Laura sente muita inveja da prima. A única que percebe essa rivalidade é Martinha, que trabalha para elas. Regina está de casamento marcado com Maurício Padilha, que só quer se aproveitar do dinheiro dela. Para piorar, ainda mantém um romance secreto com Laura. A idéia dele é pegar o dinheiro de Regina e fugir com a amante. A tentativa de fuga é em vão e ele, depois de desmascarado, termina seu romance secreto com Laura e abandona Regina no altar.

Magoada e humilhada, Regina torna-se uma mulher fria e autoritária, abandona tudo e se muda para a Fazenda Cascavel, herança de seus pais, em Santa Rita da Esperança, uma pequena cidade interiorana. Berenice, Laura e Martinha vão junto, bem como Patrícia, a melhor amiga de Regina. O capataz da fazenda, Macário, é um homem inescrupuloso, rude, mentiroso, capaz de fazer qualquer coisa, até mesmo de matar. Logo que conhece Regina, entra em conflito com ela, mas aos poucos acaba se apaixonando pela "Dona" e se tornando seu grande protetor. Na fazenda, Regina conhece José Maria Cortes, herdeiro da Carvalhais, uma fazenda vizinha de suas terras. Ela quer comprar a fazenda dele e vários conflitos acontecem entre os dois.

Ele se apaixona por ela, que tenta resistir, já que seu coração está fechado para o amor. Laura também se interessa por José Maria, ocorrendo mais uma rivalidade. Ema Cortes, mulher dominadora e mãe de José Maria, alia-se a Laura para evitar que Regina e o rapaz tenham um romance. No capítulo a vilã Laura se suicida e Regina se casa com José Maria.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Biografia de Verónica Castro


INTRODUÇÃO

Verónica Castro nasceu na Cidade do México, México, no dia 19 de outubro de 1952. É uma atriz, cantora, apresentadora e produtora mexicana. Filha de Fausto Saenz e Socorro Castro Alba, tem três irmãos Fausto Gerardo, Beatriz e José Alberto Castro que é produtor de televisão. Verónica é mãe de Michel Castro, filho do empresário Enrique Niembro, e de Cristian Castro, que é cantor e filho de Manuel Valdés “El loco”.


SUA HISTÓRIA

Verónica começou a trabalhar muito jovem quando ainda estava perto de concluir a escola. Sua mãe dona Socorro, trabalhava como secretária para manter seus filhos, Fausto, Beatriz e José Alberto.

Em uma ocasião lhe chamou a atenção o anuncio de fotonovela "Chicas" na qual solicitavam modelos, após consultar sua mãe, começou a trabalhar como atriz de fotonovelas, alternando com as estrelas do momento como Enrique Novi, Rogelio Guerra e Nacho Calderón, entre outros.

Ao mesmo tempo, Verónica continuou seus estudos de Relaciones Internacionales na Faculdad de Ciencias Políticas y Sociales da Universidad Nacional Autónoma de México, UNAM, atividade que alternou com seu trabalho como bailarina, e estudos de atuação na Academia de Andrés Soler.

Posteriormente, participou do programa de televisão "Ja-ja" ao lado de Manuel Valdés. No ano de 1970, ganhou o concurso El rostro de El Heraldo de México, que lhe abriu as portas da indústria cinematográfica e permitiu atuar no cinema.

Em 1974 nasceu seu primeiro filho Cristian, esta experiência lhe serviu para consolidar seu trabalho na televisão e no cinema na década de 70.

Sua carreira na televisão foi importante e transcendental, foi convidada para trabalhar na telenovela "Barata de primavera", se seguiu "El amor tiene cara de mujer". Verónica foi chamada para atuar na telenovela Los ricos también lloran (Os ricos também choram), interpretando Mariana Villareal, que lhe deu projeção internacional. Esta história foi vendida para diversos países e foi traduzida em vários idiomas.

Por um tempo Verónica abandonou o México e viajou para Argentina, onde gravou a telenovela "Cara a Cara". No seu regreso à terra azteca ela atuou no filme Nobleza ranchera, mas a televisão clamava por seu regresso, por isso ela decidiu voltar às telenovelas e realizou "El edificio de enfrente" e "El rostro del amor".

Nessa época iniciou uma relação sentimental com o empresário Enrique Niembro, com quem teve seu segundo filho, Michel. Em poucos meses, a atriz decide ir novamente para Argentina onde protagonizou a telenovela "Yolanda Luján".

No entanto, o impacto desta bela mulher na televisão não prosperava, foi até que o grande produtor Ernesto Alonso lhe deu o papel protagonista em El derecho de nacer, que a consagrou como a “Rainha das telenovelas no México”. Seu desejo de transcender se cumpriu com telenovelas como: Rosa salvaje (Rosa selvagem), Mi pequeña Soledad, Valentina e Pueblo chico, Infierno grande, entre outras.

De 2003 a 2005, Verónica foi apresentadora oficial do Big Brother VIP México. Em 2006, seu filho Cristian se casa com Valeria Liberman e a partir de então a relação de mãe e filho termina se distanciando. Já no ano de 2008, protagoniza, pela segunda vez em sua carreira, a obra Chiquita pero picosa. No mesmo ano, Cristian se divorcia pela segunda vez e pouco tempo depois se reconcilia com sua mãe. Mas tarde, no mesmo ano, após onze anos longe da atuação, regressa para protagonizar o episódio "Emma, la costurera" da série "Mujeres asesinas".

Verónica regressa às telenovelas em agosto de 2009, para dar vida à personagem Roberta Santos, em Los exitosos Pérez, atuando novamente com Rogelio Guerra.

Ainda em 2009, Verónica anuncia sua retirada como cantora, reconhecendo que, na realidade, nunca obteve uma carreira importante nessa área, mas sim, soube aproveitar seu momento de popularidade, causado pelas telenovelas, para soltar seus gorjeios.


SUAS ATUAÇÕES

NOVELAS MEXICANAS


2009 - Los Exitosos Pérez (Roberta Santos)
2006 - Código postal (Corona Morales)
1997 - Pueblo chico, infierno grande (Leonarda Ruán)
1993 - Valentina (Valentina Isabel Montero / Valentina de los Ángeles)
1990 - Mi pequeña Soledad (Isadora/Soledad)
1987 - Rosa salvaje (Rosa selvagem) - (Rosa García)
1981 - El derecho de nacer (O direito de nascer) - (Maria Elena del Junco)
1979 - Los ricos también lloran (Os ricos também choram) – (Mariana Villareal)
1978 - Pasiones encendidas (Martha)
1976 - Mañana será otro día (Gabriela)
1975 - Barata de primavera (Karina Labrada)
1972 - El edificio de enfrente
1971 - El amor tiene cara de mujer
1969 - No creo en los hombres

NOVELA ITALIANA

1985 - Felicidad, ¿dónde estás? (Karina)

NOVELAS ARGENTINAS

1986 - Amor prohibido (Nora)
1984 - Yolanda Luján (Yolanda Luján)
1983 - Cara a cara (Laura)
1982 - Verónica: el rostro del amor (Verónica)

PROGRAMAS DE TELEVISÃO

2008 - Mujeres asesinas
2007 - Mentira & verdades
2006 - Pedro Infante vive
2005 - Big Brother VIP 4
2005 - Big Brother 3-R
2004 - Big Brother VIP 3
2003 - Big Brother VIP 2
1997 - Teletón (1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007)
2000 - No contaban con mi astucia
1996 - La tocada
1994 - En la noche
1993 - Furia musical
1992 - ¡Y Vero América va!
1991 - La movida
1989 - Mala noche... ¡No!
1988 - Aquí está
1984 - Esta noche se improvisa
1980 - Noche a noche
1975 - Muy agradecido
1972 - Sábado 72
1971 - Revista musical

FILMES

1990 - Que Dios se lo pague
1989 - El ausente
1986 - Algo muy especial de Verónica Castro
1986 - Chiquita pero picosa
1985 - Nana
1980 - Navajeros
1981 - Johnny Chicano
1979 - El niño y el Papa
1977 - Nobleza ranchera
1975 - Guadalajara es México
1975 - Acapulco 12-22
1974 - El primer paso... de la mujer
1973 - Volveré a nacer
1973 - Mi mesera
1972 - Cuando quiero llorar no lloro
1972 - La recogida
1972 - Bikinis y rock
1972 - Un sueño de amor
1972 - El arte de engañar
1972 - La fuerza inútil
1971 - El ausente
1971 - Novios y amantes

PEÇAS TEATRAIS

2008 - Chiquita pero picosa
1995 - La mujer del año
1983 - Los amores de Verónica
1982 - Un día con Charlie
1980 - Chiquita pero picosa
1979 - Trú trú entre tres
1978 - 24 Horas contigo
1978 - La luna azul
1977 - La idiota
1976 - Coqueluche
1976 - Travesuras de media noche
1975 - Don Juan Tenorio
1971 - El juego de jugamos
1970 - Por eso estamos como estamos
1970 - Romeo y Julieta


SUA DISCOGRAFIA

2009 - Resurrección
2005 - Por esa puerta
1999 - Ave Vagabundo
1997 - La Tocada
1995 - La mujer del año
1994 - Vámonos al dancing
1992 - Romántica y calculadora
1991 - Tudo e bom pra se dançar (Português)
1991 - La Movida rap
1990 - Viva la banda
1990 - Mi pequeña Soledad
1988 - Mamma mia
1987 - Reina de la noche
1986 - Simplemente todo
1986 - Esa mujer
1984 - Las comadres con banda
1983 - También romántica
1982 - El malas mañas
1982 - Sábado en la noche tiki-tiki
1981 - Cosas de amigos
1980 - Norteño
1979 - Aprendí a llorar
1978 - Sensaciones
1973 - Verónica Castro

RECOPILAÇÕES

2008 - Serie diamante
2003 - 70 Años Peerless una historia musical
2002 - Imágenes
1996 - De colección
1994 - 20 éxitos
1983 - Lo mejor de...


SEUS PRÊMIOS

PRÊMIOS TVYNOVELAS

1994 - Melhor condutora (Furia musical)
1992 - Melhor condutora (La movida)
1991 - Melhor atriz protagônica (Mi pequeña Soledad)
1989 - Melhor condutora (Aquí está)
1988 - Melhor condutora (Mala noche no)
1988 - Melhor atriz protagônica (Rosa selvagem)


OUTROS RECONHECIMENTOS

2008 - Homenagem em Chicago, Los Angeles e Las Vegas, onde tem sua estrela na calçada da fama
2008 - Coroada “Rainha dos artesãos mexicanos” em Chiapas
2007 - Reconhecimento pela hispanidade em Houston, Texas
2007 - Nomeação como “Rainha da televisão mexicana” pelo Prêmio TVyNovelas
2006 - Reconhecimento por sua trajetória em Las Palmas de Oro, em Phoenix, Arizona
2005 - Rainha da comunidade gay
2005 - Homenageada pela Academia Estadounidense de Ciencias y Artes de la Televisión, com um Emmy, por sua contribuição para a televisão em espanhol dos Estados Unidos
2005 - Prêmio honorífico “Rainha das telenovelas por TVyNovelas”
2001 - Embaixadora da boa vontade em Hidalgo, Texas
2000 - Prêmio Kassandra por sua trajetória artística
2000 - Rainha das noites de Acapulco
1999 - Rainha dos taxistas na Cidade do México
1995 - Rainha dos mariachis em Guadalajara, Jalisco
1993 - Prêmio Telegatto na Itália
1993 - Reconhecimento pelo êxito de Os ricos também choram, entregue por Emilio Azcárraga Milmo
1990 - Nomeada Mr. Amigo pela cidade de Brownsville, Texas por promover a amizade entre México e Estados Unidos
1993 - Visitante ilustre em Moscou, Rússia
1988 - Tocha de prata no Festival de Viña del Mar, sendo membro do júri internacional
1986 - Prêmio Telegatto na Itália como Melhor atriz por Os ricos também choram e O direito de nascer
1970 - El rostro de El Heraldo de México

As personagens gêmeas em telenovelas

A aparição de irmãos gêmeos em telenovelas, ou, mais comumente, irmãs gêmeas, é digna de uma análise sociológica. Poucas vezes, os irmãos gêmeos se apresentam como personagens normais, com problemas do cotidiano, na maioria das vezes, a atuação tende a realçar os dotes interpretativos de um determinado ator ou atriz para que possamos notar a diferença existente entre eles. Pode-se observar os seguintes aspectos:

As pobres gêmeas têm a infelicidade de não poderem viver juntas, por motivos diversos que, habitualmente, as separam ao nascer. Cada uma viverá com uma família diferente, que raramente serão de níveis sociais similares.

É de costume a dualidade extrema: uma é boa e a outra má ou uma crescerá pobre e a outra rica.

Sempre se encontram no momento e lugar mais improváveis, sendo que até aquele instante sempre viveram na mesma cidade toda a vida.

Curiosamente, quando se encontram sempre se estranham entre si por se parecerem tanto, e se perguntam milhares de coisas sem sentido.

Quase que em 90% dos casos, as irmãs gêmeas acabam se apaixonando pela mesma pessoa, por pura casualidade, e, inacreditavelmente, o afortunado em questão poucas vezes nota a diferença, nem sequer a voz ou a forma de ser totalmente diferentes de ambas.

Como quase sempre neste tipo de interpretação a mesma atriz ou ator é quem fará os dois papéis, várias horas de cabeleireiros e mudança de roupa se fazem necessárias para se poder diferenciar as personagens.

A seguir, algumas de muitas novelas em que foram apresentadas ao público a vida de alguns irmãos ou irmãs gêmeas, nas quais pôde-se encontrar também atuações duplas ou triplas:


A USURPADORA: Gabriela Spanic, que realmente tem uma irmã gêmea, apresentou nesta novela uma dose de sua sobreatuação com uma faceta cara-de-pau, interpretando Paola e Paulina, duas gêmeas separadas no nascimento e que não sabiam da existência uma da outra. Paola, casada com Carlos Daniel é entediada e não lhe agrada seu casamento. Ao conhecer Paulina e ao perceber o quão idênticas são, maquina um plano para que esta a substitua, podendo assim ficar livre de seu casamento e poder fugir com seu amante. Como sabem, Paulina acaba se apaixonando por Carlos Daniel quem a corresponde.

KASSANDRA: Coraima Torres e Osvaldo Ríos protagonizaram esta telenovela de 1992, porém, exibida no Brasil somente em 2000, que bateu recordes como a telenovela mais vendida da história, sendo exibida em mais de 128 países. Ambientada no mundo do circo, Kassandra se apaixona de Luis David, sem imaginar as intenções do irmão gêmeo deste, chamado Inácio, que deseja se apoderar da fortuna de Kassandra, que é uma rica herdeira sem saber disso.

A OUTRA: Yadhira Carrillo também teve que interpretar duas sósias, e com bastante acerto. Neste caso, uma era boa e humilde e a outra ambiciosa e caprichosa, que viviam em ambientes sociais diferentes. Seus nomes também eram parecidos Cordélia e Carlota. O galã do qual se apaixonavam era Álvaro, interpretado por Juan Soler.

LAÇOS DE AMOR: Lucero também interpretou nesta novela de 1996, e que foi exibida no Brasil dez anos depois, Maria Guadalupe, Maria Fernanda e Maria Paula, trigêmeas idênticas, porém, com personalidades muito distintas, cujos pais faleceram em um acidente automobilístico quando estas eram pequenas e viajavam juntas. Para incrementar a trama, uma das gêmeas era cega.

MUNDO DE FERAS: Aqui, César Évora interpreta dois irmãos, Gabriel e Damião, gêmeos idênticos que foram separados ao nascer e tornam-se inimigos mortais. Gabriel cresce rodeado de luxos e muito amor de seus pais adotivos. Já Damião, cresce em um ambiente pobre, praticamente abandonado, sofrendo bastante. Tanto sofrimento faz com que ele se volte para o crime. No Brasil, esta novela foi drasticamente picada, alegando-se a falta de audiência que obteve.

domingo, 11 de abril de 2010

TV Brasil apresenta Lugares comunes

A TV Brasil exibe neste domingo, 11 de abril, às 23h00, o filme argentino Lugares comunes. Baseado em El renacimiento, romance de Lorenzo F. Aristarain, e com roteiro de seu primo Adolfo Aristarain e de Kathy Saavedra, Lugares comunes é um filme romântico, porém dramático, que trata sobre o envelhecimento e, acima de tudo, uma homenagem a personagem de Liliana. O filme mostra a tentativa de reinvenção de um casal desiludido no momento em que está aposentado e tem somente um ao outro.

Lançado em 2002, o filme recebeu, entre outros, dois prêmios Goya, concedidos à melhor atriz Mercedes Sampietro e ao melhor roteiro adaptado. Foi premiado no Festival de Gramado de 2003 com o troféu de melhor atriz, na sessão latina, para Mercedes Sampietro. Antes de chegar ao Brasil a produção já tinha sido premiada pelos festivais de Havana e San Sebastian e Fribourg.

Lugares comunes narra, em 112 minutos, a história de Fernando Robles (Federico Luppi), um veterano professor de literatura, e de Liliana Roviera (Mercedes Sampietro), sua esposa espanhola que trabalha como assistente social nos bairros periféricos de Buenos Aires; ambos, queridos e respeitados por todos, vivem juntos e felizes. No entanto, esta tranquilidade se verá afetada depois que Fernando recebe, antecipadamente, sua aposentadoria, devido à crise no país. Isto os obrigará a tomar novos rumos e, talvez, a pedir ajuda a seu filho residente na Espanha, um próspero burguês, que simboliza tudo aquilo que Fernando e Liliana repudiam, por serem tradicionais.

Apoiados em um fiel amigo, Carlos Solla (Arturo Puig), um prestigiado advogado, Fernando e Liliana decidem se mudar para uma chácara em Córdoba, vendendo o apartamento que possuíam, colocando, assim, um ponto final em seus problemas econômicos e iniciando uma nova vida.

O filme comove, sem cair no sentimentalismo, e muito se sustenta nas interpretações impecáveis de Federico Luppi e Mercedes Sampietro. O diretor leva a trama dentro de um espaço bem intimista, com diálogos fortes e profundos neste conflito dos personagens que tem como pano de fundo a crise argentina.

Gotinha de amor


NOME ORIGINAL
Gotita de amor

ESCRITOR
Raymundo López

PRODUTOR
Nicandro Díaz González 

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
85

ANO DE GRAVAÇÃO
1998

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
O amor é real

INTÉRPRETE
Daniela Luján

Eu te olhava e perguntava: Que anjo vem aí?
Você de longe, só me sorria com um olhar feliz.
De amor e ilusão salta o meu coração.
Eu vi meus sonhos, no nosso espaço,
espaço sideral e no silêncio do teu abraço
eu posso até te dar e o amor é real,
quando é coincidência total.

Vem voar juntinhos nós dois no ar.
Vem voar e o amor é real,
quando é coincidência total.


ELENCO

Andréa Lagunes: Isabel Arredondo de Santiago

Laura Flores: Maria Fernanda de Santiago

Alejandro Ibarra: Jesus

Alicia Montoya: Trini

Sergio Blass: Virco

Héctor Soberón: Doutor Alberto

Miguel de León: Ulisses Arredondo

Pilar Montenegro: Célia

Isaura Espinoza: Desdêmona

Bruno Rey: Augusto

Martha Roth: Dalila

Monserrat de León: Clara

Annie del Castillo: Rose

Daniela Luján: Daniela

José Luis Cantú: Tato

Ricardo Vera: Evaristo

Héctor "Cholo" Herrera: Papaizão

Raquel Morell: Bernarda

Gerardo Murguía: Ricardo Sotomayor

Theo Tapia: Otávio Santiago

Irán Eory: Madre Superiora

Jaime Garza: Rômulo

Mercedes Molto: Lucrécia de Sotomayor

Socorro Bonilla: Prudência

Juan Carlos Casasola: Romano

Elizabeth Dupeyrón: Florência

Carmelita González: Honória

Paty Díaz: Lorena

Adriana Fonseca: Paulina

Vanessa Guzmán: Naida

Guillermo Zarur: Clemente

María Clara Zurita: Justa

Raúl Araiza Jr.: Guilherme Contreras

Paulina Martell: Giovana

Ximena Sariñana: Enriqueta

Martha Ofelia Galindo: Leocádia

Pilar Escalante: Mirta

Luisa Huertas: Irmã Cândida

Vilma Traca: Irmã Lucila

Rafael del Villar: Gilberto

Carmen Amezzcua: Irmã Marcela

Evita Muñoz "Chachita": Lolita

Adalberto Martínez: Resortes

Vanessa Angers: Coral

Roberto Ramírez Garza: Plácido

Eduardo Inzua: Constantino

Eduardo Liñán: Constantino

Isabel Martínez: Candelária

Héctor Sáez: Sócrates

Carla Ortiz: Karina

Julio Alemán: Juiz

Guillermo Aguilar: Padre Cristóvão

Andréa Soberón: Flávia / Fabíola

Michel González: Núria

Rosita Bouchot: Leôncia

Javier Herranz: Francisco


PERFIL DAS PERSONAGENS

Isabel  (Andréa Lagunes) – ingênua, imaginativa e graciosa. A tristeza de morar em um orfanato não impede Isabel de viver a ilusão de um mundo melhor, sonha em ter uma família para poder dar todo o seu amor.

Maria Fernanda (Laura Flores) – jovem, com sentimentos nobres e excelente posição econômica. Dedica sua vida em busca de sua família perdida.

Jesus  (Alejandro Ibarra) – tipo atraente, humano e trabalhador, órfão desde os dez anos de idade, ganha a vida como ambulante. É um ser humilde e alegre.

Otávio (Teo Tapia) – severo, rígido, tira sem dó a neta dos braços de sua filha Maria Fernanda com a ajuda de seu mordomo Clemente, deixando a criança num orfanato.

Nana (Alicia Montoya) – bondosa, ajuda as meninas do orfanato, é a única que ama de verdade a pequena Isabel, criança que é o centro das injustiças.

Justa (Maria Clara Zurita) – diretora do orfanato, tem a aparência de um militar com suas atitudes severas e cruéis, especialmente com Isabel.

Ricardo (Gerardo Murguía) – médico, bonito e inteligente. Apaixonado por Maria Fernanda pretende se casar com ela, e não quer saber, nem dá importância ao passado dela.

Lucrécia (Mercedes Molto) – prima invejosa de Maria Fernanda. Tipo intrigante e desleal. Esposa de Ricardo.

Célia (Pilar Montenegro) – bonita, é formada em psicologia, mas nunca exerceu a profissão. É apaixonada por Jesus e seu objetivo é casar-se com ele.

Honória (Carmelita González) – criada fiel e confidente de Maria Fernanda. Conhece todos os segredos dela.

Clemente (Guillermo Zarur) – cúmplice de Otávio de Santiago, em relação a filha roubada de Maria Fernanda. Ele sabe do paradeiro da menina, mas se recusa a dizer.


INTRODUÇÃO

Gotinha de amor é um remake de "Gotita de gente", produzida pela Televisa em 1978, que por sua vez é baseada em "Pingo de gente" de Raymundo López, produzida pela Rede Record em 1971.


RESUMO

Belinha é uma criança muito especial e cheia de vida. Procura contornar as piores situações sempre com um sorriso no rosto, situações essas que não são poucas, pois a doce menina vive num orfanato onde só tem como amiga a velha Trini. Para piorar sua vida, ela é maltratada pela diretora do lugar onde vive, e quando sua amiga e protetora Trini morre, ela foge do orfanato se deparando com um bondoso homem.

Jesus Garcia, um camelô, encontra Belinha e cuida dela como se fosse sua filha com muito carinho, mesmo sendo um pobre endividado.

Num outro ambiente, vive a rica e amargurada Maria Fernanda, que no passado entregou sua filha por vergonha de ser mãe solteira e para preservar o nome da família. Mais madura, a moça segue uma busca desenfreada por sua filha.

A vida de Jesus e Maria Fernanda vão se cruzar e eles viveram um lindo amor, principalmente quando ela descobrir que Belinha é sua filha legítima. Muitas pessoas vão interferir para que essa família não se forme, entre elas Lucrécia, a prima invejosa de Maria Fernanda, Célia, ex-noiva de Jesus, e o misterioso Ulisses Barroso, o verdadeiro pai de Belinha.

Só mesmo com a ajuda de Belinha, eles todos conseguiram ser felizes, ela é a própria gotinha de amor.


COMENTÁRIOS

Depois do final de Chiquititas, em 2001, era para ter sido exibida uma reprise de Luz Clarita, o que acabou não acontecendo. O SBT apostou em outra telenovela infantil, colocou no ar então Gotinha de amor. E foi um acerto, pois dobrou os índices de audiência do horário. A telenovela foi também um grande sucesso no México, e desde 1998, quando foi exibida lá, até agora nenhuma outra telenovela infantil superou sua audiência.

A história original era de um brasileiro, Raymundo López, que contou uma trama simples, mas comovedora. O grande e incontestável destaque foi mesmo Andréa Lagunes, que havia trabalhado em Maria Isabel de 1997, e foi escalada para viver a encantadora órfãzinha da história.

Andréa emocionou a todos como Belinha, a menina que tinha como sonho ter uma família. Muito humilhada em um orfanato, fugia de lá e acabava conhecendo Jesus Garcia. Alejandro e Andréa formaram uma dupla que agradou a todos. Junto a eles, Laura Flores viveu um bom momento de sua carreira como Maria Fernanda, a verdadeira mãe de Belinha.

No campo das maldades, também houveram destaques. A cantora Pilar Montenegro foi Célia, a “vadia”, como era conhecida. Não se deu por vencida até tirar Jesus de Maria Fernanda, até que acabou ficando paralítica e conheceu o médico, em uma participação de Hector Soberón. Raul Araiza também saiu-se bem como o obsessivo Guilherme.

Também María Clara Zurita como a terrível Justa, que acabou esmagada por um trator. E Mercedes Molto também marcou como a invejosa Lucrécia, prima de Maria Fernanda, que sempre tentava prejudicá-la.

Outros destaques foram Evita Muñóz “Cachita” como a divertida Lolita, sempre protagonizando momentos engraçados. Além de Miguel de León, que participou como Ulisses Barroso, o verdadeiro pai de Belinha.

Belinha foi uma das órfãs que mais sofreu nas telenovelas. Constantemente humilhada, não havia um capítulo que a garotinha não chorasse. Também pudera, ela sofreu muito. Apesar disso, Belinha também era muito divertida.

Nicandro Díaz fazia sua primeira produção em telenovelas, e logo de cara foi um grande sucesso. Tornou-se então um especialista em telenovelas infantis, sempre com êxito. Uma curiosidade é que em todas as suas produções seguintes, ele chamou Andréa Lagunes. Em Alma rebelde, ela teve uma personagem fixa, e depois fez participações especialíssimas em Carinha de anjo e Viva às crianças.

Tornou-se tradição em suas telenovelas conter musicais com os atores, geralmente em situações cômicas. Em Gotinha de amor, não foi diferente. O maior atrativo da telenovela foi misturar drama e comédia.

Gotinha de amor foi uma telenovela encantadora, que emocionou o público, não apenas o infantil. Houveram algumas diferenças em relação às telenovelas infantis anteriores, como os musicais. Uma trama simples, divertida e que agradou bastante.

A música original de abertura, "Gotita de amor" foi interpretada pela cantora Tatiana. O destaque ficou para a versão brasileira que colocou uma música em português da cantora e atriz Daniela Luján, " O amor é real" que ganhou até clipe e rendeu grande popularidade para ela no país.

Olhar de mulher


NOME ORIGINAL
Mirada de mujer

ESCRITORES
Bernardo Romero, Mónica Agudelo e Jimena Romero

PRODUTORES
Epigmenio Ibarra e Carlos Payán

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
260

ANO DE GRAVAÇÃO
1997

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2000

EMISSORA
Rede Record

TEMA DE ABERTURA
Dime

INTÉRPRETE
Aranza

Dime qué es lo que está pasando,
si en algo te he fallado,
si fue la primavera lo que se me ha escapado,
acaso en estos brazos no te has acomodado.

No encuentro la razón del porqué me haz suplantado
o es que sepultaste nuestro amor.
Dime si soy la responsable
del tiempo transcurrido.

No, no tengo el pecho erguido,
ya no estoy tan deseable.
Tal vez no haz procurado
hacer cosas extrañas,
venderte algunas mañas.
Pero ni un momento he dejado de adorarte.

Dime qué es lo que está pasando,
si en algo te he fallado
o si es que te olvidaste que yo fui aquella flor
que muchas primaveras tanta vida te dio.


ELENCO

Angélica Aragón: Maria Inês Domínguez de San Millán

Ari Telch: Alexandre Salas

Fernando Luján: Inácio San Millán

Margarita Gralia: Paulina Sarracín

Evangelina Elizondo: Dona Emilia Elena de Domínguez

Verónica Langer: Rosário

María Renée Prudencio: Adriana San Millán

Bárbara Mori: Mônica San Millán

Plutarco Haza: André San Millán

René Gatica: Francisco

Muriel Fouilland: Ivana

Álvaro Carcaño Jr.: Nícolas

Olmo Araiza: Alex Salas

Carlos Torres Torrija: Marcos

Paloma Woolrich: Consuelo

Carmen Madrid: Marcela Miranda

Martha Mariana Castro: Daniela López de San Millán

Víctor González: Fernando

Alma Rosa Añorve: Glória

Enrique Singer: Enrique

Dora Montero: Elvira

Ana Graham: Marina

Mariana Peñalva: Andrea


INTRODUÇÃO

Olhar de mulher foi uma telenovela mexicana da Azteca, protagonizada por Angélica Aragón, Ari Telch e Fernando Luján. Se trata de uma adaptação da colombiana Señora Isabel, realizada em 1993, protagonizada por Judy Henríquez, Alvaro Ruiz e Luis Mesa. Esta telenovela revolucionou a audiência mexicana ao tocar nos valores tradicionais do gênero e de uma sociedade acentuadamente machista. Olhar de mulher é diferente, atual e reflete a realidade, como só um espelho pode fazer.


RESUMO

Maria Inês de San Millán é uma dona de casa de classe média alta, como tantas outras, dedicada a sua casa, a seu marido, Inácio, e a seus filhos, Adriana, André e Mônica. Como tantas outras, não está satisfeita com sua vida, como tantas outras não sabe o que fazer para mudar, nem sequer sabe que tem direito a outras coisas, a outra vida, aos seus sonhos. Ela está presa em casamento sem vida, que morreu devido à rotina, ao tédio cotidiano e a um marido infiel.

Ela, já não tem nem o amor, nem a paixão de seu marido, nem o respeito de seus filhos, com exceção de seu filho André, que a considera uma pessoa sem defeitos para apontar, diferentemente de seu pai, Inácio San Millán, um importante advogado.

Depois de vinte e sete anos de casamento, no entanto, Inácio San Millán decide abandoná-la por uma mulher mais jovem, chamada Daniela. Ele somente quer aproveitar o que lhe resta de vida, quer ser feliz.

O mundo de Maria Inês desaba. Ainda que a decisão de romper a relação é unicamente de Inácio, a família e a sociedade culpam Maria Inês pelo abandono, por não saber deter seu marido, por não haver fechado os olhos diante da traição, como fariam as esposa submissas. Suas filhas também acreditam que a culpa pelo abandono é de sua mãe.

Dona Elena, mãe de Maria Inês lhe exige uma volta com Inácio. O único apoio que encontra está em seu filho e em suas amigas, Paulina, Rosário e sua irmã Consuelo.

Maria Inês enfrenta, à força e por necessidade de viver, o resto de sua vida de forma diferente e se dispõe a fazê-lo, contra tudo e contra todos os que pensam que a única coisa que resta a uma mulher de cinquenta anos e sem marido, é se isolar e esperar a morte, que o único papel da mulher é o de esposa e mãe.

Nesse caminho de descobrimento, Maria Inês se cruza com Alejandro Salas, um escritor e jornalista, separado e com um filho, quase vinte anos mais jovem que ela. Alejandro não vê em Maria Inês uma mãe, e sim, uma mulher, uma sensação que Maria Inês acreditava estar esquecida.

O amor e o apoio de Alejandro se convertem em algo fundamental para que Maria Inês possa ser a que sempre quis ser, dona dela mesma, e ainda que tudo pareça estar contra, os dois lutarão juntos contra as dificuldades, as mentiras e a hipocrisia que os separam.


CURIOSIDADES

Olhar de mulher é uma das telenovelas mais exitosas da TV Azteca, tanto que em 2003, produziram uma segunda parte, intitulada Mirada de mujer: El regreso, a qual teve um êxito moderado no horário das 21 horas.

Margarita Gralia não esteve em Mirada de mujer: El regreso, pois a personagem de Paulina havia morrido ao ser contagiada pelo vírus da AIDS.

Ainda que a telenovela tenha conquistado êxito, seu final é considerado um dos piores.

Para o papel de Maria Inês, havido sido pensada a atriz Angélica María, mas esta rejeitou trabalhar na TV Azteca, então escolheram Angélica Aragón.

O papel de Maria Inês rendeu a Angélica Aragón o prêmio TVyNovelas. Foi a única vez que o prêmio era entregue a uma atriz de telenovela que não era da Televisa. Barbara Mori também ganhou o prêmio de melhor atriz revelação.

Curiosamente, a atriz Victoria Ruffo realizou dois remakes diferentes de telenovelas de Angélica Aragón, o primeiro foi Vivir un poco, protagonizada por Angélica em 1985, e que vinte anos depois foi adaptada sob o título de A madrasta, protagonizada por Victoria. Posteriormente, em 2007, Victoria protagonizou o remake de Olhar de mulher, intitulado Victoria.

Curiosamente, o ator Mauricio Ochmann, protagonista masculino de Victoria, participou na telenovela Mirada de mujer: El regreso.


COMENTÁRIOS

Desde o primeiro momento, o telespectador se dá conta de que está diante de um produto diferente. O conflito que é apresentado em Olhar de mulher tem a capacidade de envolver o telespectador nos problemas cotidianos das personagens.

Ao ver esta telenovela, temos a impressão de estar escutando diálogos normais, porque conseguiram que fosse interessante se ouvir falar de algo íntimo na televisão. Pelo menos o que na televisão mexicana, ninguém dizia abertamente, até Olhar de mulher.

Também o ritmo, não só da ação, mas dos diálogos, a harmonia e os silêncios são diferentes. Ao falar como o povo fala, as personagens vão e voltam ao tema principal, sem que a exposição das ideias se converta em pura simulação.

A maturidade é particularmente interessante, porque mostra um sentimento que é bastante universal: a sensação de descompensação entre a idade do corpo e a idade da mente ou da alma, essa perplexidade que se sente ao se dar conta que em um corpo maduro habita uma pessoa jovem, esse desconcerto ao perceber que o tempo tem passado e não temos dado conta.

Assim vemos Maria Inês brincar e rir com sua amiga Paulina ou com Alejandro, diante do espanto de seus filhos que pensam que seus pais não tiveram infância.

Olhar de mulher, não é uma obra habitada por caprichosos, homens tiranos e mulheres fortes, resistentes e sofredoras. Aqui, os homens são pessoas normais, com seus defeitos e contradições, inseguranças e complexos.

Inácio San Millán, supostamente o vilão da história, é um homem decente, resultado da educação que havia recebido. Apesar de ter abandonado sua família, entendemos suas razões, suas dúvidas e sobretudo sua vontade de começar tudo outra vez, de não se deixar morrer antes do tempo. Apesar de ser um homem à moda antiga e, portanto, bastante autoritário, ao errar pede perdão e tenta reparar a falta cometida.

A telenovela, sutilmente, critica a distinção de valores e caracteres femininos e masculinos, para deixar claro que, antes de sermos homens e mulheres, somos seres humanos. Desta forma, encontramos em Olhar de mulher, mais homens sensíveis do que mulheres, começando por André, o filho de Maria Inês, Alejandro, Nícolas, o namorado de Adriana e até mesmo Francisco, o marido de Rosário. Enquanto há várias mulheres com comportamentos tradicionalmente masculinos, como Marcela Miranda, ou Mariana, a mulher de Alejandro.

Contudo, Alejandro Salas merece um comentário aparte. Ari Telch entrega a personagem uma profundidade das que se derivam do puro talento inato, das que é difícil aprender em uma escola ou em um livro. Alejandro é altamente infantil e adulto, é nobre, terno, direto e honesto consigo e com os demais. Ainda que seja uma personagem muito graciosa e com grande senso de humor, esse humor se trata de uma auto-defesa diante de um mundo que não aceita facilmente a sensibilidade dos homens. Alejandro é vulnerável e inseguro e sabe disso.

Porém, o final desta telenovela vai contra a tese que havia defendido ao decorrer da trama. Final este que nos faz chorar, mas de raiva e pena pelos protagonistas, já que houve uma traição ao espírito da obra, das personagens, da experiência de vida, da sabedoria e conhecimento interior que estas vinham adquirindo diante de nossos olhos e das decisões que valentemente haviam tomado. O final, simplesmente não agradou.

sábado, 10 de abril de 2010

Maria Isabel


NOME ORIGINAL
María Isabel

ESCRITORA
Yolanda Vargas Dulché

PRODUTORA
Carla Estrada

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
60

ANO DE GRAVAÇÃO
1997

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2000

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Não exibido


ELENCO

Adela Noriega: Maria Isabel

Fernando Carrillo: Ricardo Mendiola

Jorge Vargas: Félix Pereira

Lorena Herrera: Lucrécia Fontaner

Patricia Reyes Spíndola: Manuela

Lilia Aragón: Rosaura

José Carlos Ruiz: Pedro

Emoé de la Parra: Débora Serrano

Mónica Miguel: Chona

Alejandro Aragón: Leonardo

Raul Araiza Jr.: André

Angelina Peláez: Micaela

Juan Felipe Preciado: Altamirano

Ilse: Graziela Pereira

Charly: Nícolas

Susana González: Elisa Alcántara

Ana Luisa Peluffo: Íris

Roberto Ballesteros: Armando

Jorge Salinas: Rubén

Paola Otero: Glória Mendiola

Valentino Mazza: Antônio

Marcel Buquet: Cristóvão

Ernesto Laguardia: Luis Torres

Rodrigo Vidal: Gilberto

Yadhira Carillo: Josefina

Sabine Moussier: Mireya Serrano

Sergio Basáñez: Gabriel

Rafael Rojas: Adalberto

Ximena Sariñana: Rosa Isela

Abraham Ramos: Ramón

Eduardo Benfato: Filiberto

Sara Menar: Margarida

Miguel Zaragosa: Jacinto

Carlos Osiris: Ratas

Angeles Batramera: Panchita 

Guillermo Aguilar: Dr. Rivas

Isabel Martínez: Chole

Javier Herranz: José Luis

Julio Monterde: Dr. Carmona

Angeles Balvanova: Panchita

Susana Lozano: Olívia

Rocío Gallardo: Felícia

José Antonio Estrada: Chino

Mariana Brito: Lívia 

Paola Flores: Lupe

Marcelo Portela: Torito

Juan Goldaracena: Dário

Alex Rei: Sixto

Wilson Cruces: Genaro

Omar Alexander: Anselmo

Jorge Esma: Remigio

Aurora Clavel: Amargura

Carlos Eduardo: Pedrinho

Paty Bolaños: Alundia

Adriana Vacarezza: Marisol

Naidelyn Navarrete: Graziela (Criança)

Fatima Torre: María Isabel (Criança)

Andrea Lagunes: Glória (Criança)


INTRODUÇÃO

Protagonizada por Adela Noriega e Fernando Carillo, esta foi a primeira novela da Televisa a falar do tema indianismo. Foi a primeira telenovela de Yadhira Carrillo, que posteriormente protagonizaria A outra. No Brasil, a telenovela foi exibida na sessão Tarde de amor com 60 capítulos, na versão original foram 135 capítulos mas as novelas naquela época eram exibidas em 30 minutos.


RESUMO

Maria Isabel é uma jovem e humilde índia, que desde bem pequena vive em Nayarit com seu pai, Pedro, e sua madrasta, Chona, que sempre a odiou e a maltratou. Seu melhor amigo, até então, era o sapeca André. Mas o destino tratou de uni-la à Graziela, filha do homem mais poderoso da cidade, Félix Pereira. Uma forte amizade surgirá entre essas jovens, embora muitos obstáculos venham a tentar impedir.

Depois de oito anos, a partir do início da história, Maria Isabel se torna uma linda mulher, e também a noiva de André. Graziela, que passou quase toda a vida em um colégio interno na capital, retorna e reencontra a amiga, por quem sempre teve muito afeto e carinho. A jovem índia consegue um trabalho na mansão da família Pereira, onde terá muitos problemas com Manuela.

Após sua chegada da capital, Graziela conhece, numa igreja, o engenheiro Leonardo. Os dois se apaixonam e se envolvem, contra a vontade de Félix, e acabam tendo uma filha. Mas antes disso, muitas tragédias acontecem. Quando Félix descobre o caso de sua filha com Leonardo, fica furioso e chega até a bater nela. Mas isso não a impede de planejar um casamento às escondidas e uma fuga.

Na cidade, todos acham que quem está tendo um caso com o engenheiro encarregado de construir a nova estrada é a Maria Isabel. A família e os amigos da jovem índia ficam contra ela por estar traindo André, com quem acabara de se comprometer oficialmente. Pedro e Chona a expulsam da sua choupana e André a despreza.

Enquanto isso, Graziela descobre que está grávida e, junto com Maria Isabel, decide fugir imediatamente para Guadalajara, quando fica sabendo que seu grande amor e pai da filha que carrega no ventre morreu em um acidente. Ela dá à luz uma linda garotinha, que chamará de Rosa Isela. Dias após o parto, seu coração, infelizmente, não aguentará e ela acabará morrendo. Maria Isabel promete cuidar para sempre daquela criança órfã de sua amiga, e vai tentar a vida na capital, onde parece não ter muita sorte.

Na Cidade do México vive Elisa, uma mulher bonita e independente, casada com o famoso engenheiro Ricardo. Elisa sempre mostrou muita saúde, principalmente pelo fato de praticar vários esportes. Mas ela logo descobre que tem um tumor maligno no ovário. Ela é operada e sua vida é salva, entretanto não poderá mais ter filhos, que era tudo o que queria. Desde então ela fica aflita pensando que seu marido irá abandoná-la por isso. Mas Ricardo prova que a ama de verdade quando diz que tendo-a a seu lado e tendo a sua filha, a pequena Glória, nada lhe faltará.

Algum tempo depois de sua operação, Elisa reencontra uma velha amiga, Lucrécia. Lucrécia é uma mulher que já teve um passado muito sujo e que se envolveu com um perigoso homem, Armando. Este, assim que tem uma oportunidade rouba as mais valiosas jóias de Elisa e a mata, indiretamente.

Após a morte da esposa, Ricardo entra em depressão, e Lucrécia não perde tempo e começa a tentar conquistá-lo, e até certo tempo, mantém com ele um caso, somente baseado na mentira e no interesse.

Passam-se mais seis anos e Maria Isabel, depois de seus muitos empregos temporários, encontra-se com Ricardo, que lhe dá um trabalho como servente de sua casa. Dois anos depois, por acidente, Maria Isabel confessa a Ricardo que está apaixonada por ele, enquanto luta para ganhar o carinho de Glória, que a humilha, influenciando Rosa Isela, que passa a ter vergonha de sua mãe por ser uma índia e por julgá-la inferior.

Ricardo descobre o verdadeiro caráter de Lucrécia e rompe com ela. E sua filha, Glória foge com o namorado, Gilberto, que a engana e enche sua vida de miséria e tristeza. Por outro lado, Rosa Isela conhece Félix e descobre a verdade de sua origem. Deixando-se seduzir pela riqueza do avô, vai embora com ele, abandonando Maria Isabel sem reconhecer tudo que fez por ela e o amor que lhe deu.

Decepcionado com a vida, Ricardo finalmente descobre em Maria Isabel todos os valores e sentimentos que sempre buscou. Se apaixona por ela e a pede em casamento.

Maria Isabel e Ricardo se casam e quando parecia que a felicidade tinha chegado para ficar e coroar uma vida de sofrimentos e sacrifícios, a sorte parece se voltar novamente contra Maria Isabel, já que Ricardo se sente atraído por Mireya, uma famosa pianista que, por sua elegância e distinção, deixa Ricardo deslumbrado.

Ao perceber que seu amor está se afastando, nasce em Maria Isabel um forte desejo de superar esta fase, e chega a transformar-se numa mulher elegante e distinta, mas sobretudo sensível ao sofrimento de sua raça, e decide então trabalhar em prol dos indígenas.

Ela regressa a seu povoado com esse propósito. Lá encontra-se com Rosa Isela que, arrependida de seus atos, reconhece o sacrifício e o grande amor de sua mãe. Também encontra Glória, agora casada com um bom rapaz, Ramón, que a adora.

Ricardo, ao ver-se sozinho, se dá conta de que Maria Isabel é a única mulher a quem realmente amou, e decide buscá-la para mostrar que ela é e sempre será seu grande amor.

Finalmente, Maria Isabel alcança a felicidade a que tinha direito, graças ao seu esforço e à sua dignidade.


COMENTÁRIOS

O ano de 1997 foi de muito trabalho para Carla Estrada. Mal havia terminado de gravar Sigo te amando, já estava envolvida em um importante remake: Maria Isabel.

Desde o princípio, o papel da índia protagonista era para Adela Noriega. Desde 1989, Adela havia rompido com a Televisa, e sua volta era muito aguardada. Mas Adela exigiu uma quantia exorbitante para voltar, e Carla resolveu fazer uma seleção de elenco para decidir quem seria Maria Isabel. Sabine Moussier e Susana González, que participaram da novela, fizeram esse teste. Mas Carla resolveu insistir com Adela Noriega, que enfim acertou sua volta à Televisa.

Para viver o protagonista, Carla Estrada trouxe um ator de fora: o venezuelano Fernando Carrillo, que fez sua estreia na Televisa, e logo se converteu em um dos galãs mais cobiçados do México. Ela também apostou no talento de Ilse, que fez o papel de Graziela. Ilse pertencia ao grupo Flans, sua carreira como atriz foi um fracasso total, já que foi seu único papel. Sabine Moussier, que apresentava programas no México, fez sua estreia em novelas. Ou seja, o elenco foi uma novidade total.

Ainda mais quando descobriram que a vilã da história seria a voluptuosa Lorena Herrera. Em um programa mexicano, atrizes como María Rubio, Irma Lozano se reuniram para criticar a escolha. No horário nobre mexicano, María Isabel estreou e permaneceu até o fim em primeiro lugar de audiência, tendo o melhor desempenho de 1997. Várias comparações foram feitas com novelas de Thalía, que inclusive foi perguntada o que achava da novela, simplesmente respondeu que não assistia.

A novela foi muito simples, mas absolutamente cativante. Adela Noriega estava linda e perfeita na pele da índia humilde. Ela brilhou nessa história, que garantiu um prêmio de melhor atriz jovem de 1997. Um sucesso total, e um retorno triunfal.

Houveram outros destaques, como José Carlos Ruiz e Mónica Miguel, que viveram o pai e a madrasta da índia. Muito simpática como Chona, Mónica, que é habitual diretora das novelas da produtora, demonstrou seu potencial como atriz. Outro destaque foi a menina Ximena Sariñana, a rebelde filha adotiva de Maria Isabel, chamada Rosa Isela.

A novela passou por muitas fases, tudo isso por ser um remake de um livro que posteriormente virou filme. No início, Maria Isabel era uma jovem inocente, e terminou como uma dama da sociedade, já com seus 30 anos. Na fase final, foi incorporada o núcleo da pianista Mireya Serrano. Essa parte foi mudada do original, onde Mireya, Gabriel e Débora, interpretada por Emoé de la Parra (filha de Yolanda Vargas Dulché, a falecida escritora do livro original), eram irmãos. Na versão de 1997, Gabriel era um amante de Débora, que não era irmã de Mireya como todos pensavam, e sim sua mãe.

René Muñoz foi o adaptador original da novela, mas foi obrigado a se afastar da novela. Tudo porque mudou algumas coisas. A família de Yolanda Vargas Dulché se revoltou com o caso, e disse que se ele mandasse Maria Isabel para a cadeia (um dos planos originais de René), quem iria parar atrás das grades era ele. Solução: Liliana Abud e Carmen Daniels conduziram o que restava da novela.

Fernando Carrillo e Adela Noriega namoraram de verdade durante as gravações. Eles admitiram em alguns programas que estavam juntos. Porém, dizem que quando Carrillo quis um compromisso mais sério, Adela se afastou e passou a trata-lo como qualquer colega de trabalho. Ele ficou desiludido, e até hoje ainda fala nisso. Vale comentar que o casal central, dentro da história, transmitiu química total e foi um dos favoritos do público.

Ao mesmo tempo da exibição de Maria Isabel, a TV Azteca transmitia Olhar de mulher, outro sucesso. A TV Azteca não acreditava estar em segundo lugar, e exigiu do Ibope uma pesquisa detalhada, que constatou a liderança para Maria Isabel. A TV Azteca preferiu não voltar a duvidar dos números, e Carla Estrada também não comentou o assunto.

A produção da novela foi muito elogiada, em especial pelo vestuário perfeito, a recriação da aldeia e dos costumes indígenas, da tribo huichol. Depois, ainda a equipe percorreu vários pontos turísticos da Europa, para gravar as cenas da lua de mel de Maria Isabel e Ricardo.

No Brasil, Maria Isabel foi sem dúvida, o maior sucesso da Tarde de amor, chegando a liderança inúmeras vezes. Chegou a audiências que muitas vezes nem as novelas da noite conseguiam. No Brasil, a abertura da novela nunca foi exibida. Ainda assim, várias vezes na novela foi executado o belíssimo tema de entrada, Si tú supieras, interpretado por Alejandro Fernández, em um dos temas musicais de maior êxito no México.

A novela, mesmo com sua simplicidade e romantismo inocente, foi um grande sucesso.