sexta-feira, 16 de julho de 2010

Os remakes brasileiros - Parte 1

DÉCADA DE 60

Apesar de todo caráter expansionista e da alta tecnologia conquistada pela televisão brasileira, de tempos em tempos, nossos novelistas e diretores recorrem à estratégia do remake, buscam em telenovelas do passado o alimento para o presente.

Há vários níveis de remakes. Há telenovelas que são produzidas quase que integralmente com base no roteiro original; outras buscam apenas a inspiração em obras clássicas. Mas para fazer sentido, todas precisam ter uma ligação com a atualidade.

Em março de 1964, a TV Tupi inaugurava o horário nobre das 20h00, com a telenovela Alma cigana, de Ivani Ribeiro. Baseada no original cubano de Manuel Muñoz Rico, a telenovela foi dirigida por Geraldo Vietri que, sete anos depois, resolveu recontá-la com o nome de A selvagem.

Em dezembro de 1964, vinda também de Cuba, O direito de nascer, de Félix Caignet, foi responsável pela firmação do gênero telenovela. Com adaptação de Thalma de Oliveira e Teixeira Filho, e sob a direção de Lima Duarte e José Parisi, esta foi a primeira a ter todas as atenções; provocou verdadeiro delírio nos telespectadores que tinham total identificação com os personagens. Os clássicos personagens criados por Caignet voltariam à tela em julho de 1978. Entretanto, o SBT exibiu em 2001 mais uma versão de El derecho de nacer. Produzida em 1997 pela JPO, a telenovela foi adaptada por Aziz Bajur e Jayme Camargo com supervisão de texto de Crayton Sarzy.

Éramos seis, romance melodramático de Maria José Dupré com forte apelo popular já esteve presente em nossa TV por três vezes (isso sem contar uma versão produzida na década de 1950, com dois capítulos por semana). A primeira vez foi na TV Tupi, em 1967, adaptada por Pola Civelli. Dez anos depois, Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, sob a direção de Attílio Riccó recontam a trajetória de Dona Lola ao lado do marido Júlio. Em 1994, o SBT resolve, mais uma vez, abrir a nova temporada de telenovelas brasileiras e o remake de Éramos seis se torna o melhor produto da casa.


DÉCADA DE 70

No caso de novelas originárias da TV Tupi ou Excelsior, a situação já é outra. Por mais sucesso que as telenovelas exibidas nessas emissoras tenham tido, nada compara-se ao poderio global iniciado na década de 1970.

Em 1975, a Rede Globo produziria uma segunda versão de A moreninha, adaptação do clássico romance de Joaquim Manuel de Macedo, exibida anteriormente em 1965. Com requintada produção, a telenovela foi dirigida por Herval Rossano e adaptada por Marcos Rey.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mulheres assassinas - Jéssica, tóxica


DATA
15/07/10

HORÁRIO
22h45

CANAL
Rede CNT

COM
Alejandra Barros, Odiseo Bichir, Roberto Blandón, Otto Sirgo, Luz María Jeréz e María Rojo

RESUMO
Jéssica cansada dos abusos de seu marido Rodolfo, com quem tem um filho pequeno, busca sua liberdade.

Rodolfo, gravemente enfermo, morre, devido a um chá envenenado com raticida que há 3 anos era preparado por Jéssica. Esta será condenada a doze anos de prisão e morrerá de câncer ainda estando presa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A falta de heroísmo na telenovela moderna

Atualmente, a palavra heroi é usada de forma sarcástica em se tratando de telenovelas, já que este tipo de indivíduo se distanciou de suas características desde que o anti-heroi o destronou, além das telenovelas, também no cinema e na televisão, de forma geral. Usando-se como desculpa o realismo, a mesma telenovela passou a deixar a desejar no aspecto heroico, visto que o pouco entusiasmo ofuscou seu heroísmo.

Mesmo que a definição do termo seja ampla, na imaginação coletiva considera-se o heroi como um ser excepcional, capaz de realizar feitos que outros não conseguem. De fato, para os gregos, seus paladinos tinham sangue divino e os herois bíblicos mantinham uma relação estreita com a divindade.

No entanto, este semideus também é humano e sofre falhas trágicas que o torna vulnerável. À parte desta característica, um heroi tende a cumprir com três requisitos: ter qualidades extraordinárias, cumprir tarefas positivas para sua comunidade ou entorno, e estar engajado em uma missão vital.

Desse modo se manifesta a ideia de heroi como alguém cuja bondade e cavalheirismo o colocam em cima dos meros mortais, mas cujos deveres o obrigam a servir ao próximo e a Deus. Essa imagem seguiria se estendendo na ficção inclusive em histórias desde o Super-homem até o Chapolin Colorado. Nem mesmo a literatura pôde desbancar o heroi, visto que essa busca por um propósito vital em muito se parece com a busca heroica do heroi clássico.

Curiosamente, a telenovela não trouxe consigo uma grande colaboração para a criação de herois, talvez por estar direcionada a uma audiência feminina. Ainda assim, à parte de exemplos isolados de telenovelas com protagonistas varões fortes como em Zorro: A espada e a rosa, Paixão ou Coração selvagem, a importância recai na heroína e é ela a heroica, a sacrificada e o foco da história. Os protagonistas masculinos passam a ser objetos da busca da heroína, sua recompensa ou castigo. O machismo latino permite que perdoem suas ofensas e erros, visto que desse modo ressaltam as virtudes da protagonista.

Pelo bem do roteiro, o protagonista pode maltratar e humilhar a heroína, já que esta, geralmente, é de classe inferior; fazê-la vítima inocente de sua vingança; fazê-la pagar por suas ofensas reais ou falsas; e inclusive violá-la. A importância e mérito da protagonista reside em sua capacidade de aguentar e perdoar. Na telenovela moderna, o anti-heroísmo continua reinando, já que quem realmente deve mostrar heroísmo é sua parceira. Aí está o caso de Seu Fernando que, por ambição e falta de escrúpulos, manipula e abusa da pobre Letícia Padilla.

Também nas telenovelas brasileiras, o amor pode ser visto como uma força negativa. Em Esperança, o amor por Maria obriga Tony a fugir para o Brasil para salvar sua vida. Em Xica da Silva, o Comendador perde sua posição de classe e de dever, e, inclusive seu posto, devido à sua paixão por uma escrava.

Na mexicana Las vías del amor, Gabriel deve deixar sua carreira eclesiástica logo após quebrar seu voto de castidade. Anos mais tarde, seu amor por diferentes mulheres interrompe suas missões heroicas, como a busca de seu irmão perdido e sua luta por ajudar as crianças de rua.

Na venezuelana Joana, a virgem, Maurício busca, desesperadamente, a mulher que leva em seu útero o único filho que a ciência e a vida poderiam lhe dar, mas, ao encontrar essa desconhecida que acidentalmente foi fertilizada com seus espermatozoides, seu objetivo se enfraquece. Tanto sua missão quanto seu filho ficam adiados pelo amor que Maurício chega a sentir por Joana.

Até certo ponto é compreensível que os protagonistas masculinos das telenovelas não correspondam ao padrão do heroi clássico. O eixo da telenovela é o amor, o propósito do casal central é romper com os obstáculos que os separam. Contraditoriamente, o amor e a paixão nunca foram o objetivo de uma busca heroica. Ao contrário, a paixão escurece o entendimento do heroi, o debilita e o distancia de sua meta.

terça-feira, 13 de julho de 2010

As personagens desvalidas

Os seguidores de telenovelas sabem que existe um sub-gênero do tipo Cinderela que se apresenta na forma da garota pobre, órfã e desamparada que sempre acaba se casando com um jovem rico. Mas, dentro do sub-gênero das Cinderelas, temos as que sofrem de alguma invalidez ou incapacidade que, entretanto, faz com que tenhamos mais pena ainda.

Entre estes casos está o das cegas, como em Topázio, protagonizada por Grecia Colmenares, e em Esmeralda, protagonizada por Leticia Calderón, na versão mexicana, e por Bianca Castanho, na versão brasileira, além da personagem de Victoria Ruffo em Abraça-me muito forte. O que mais surpreende nesses papéis é o fato de sobreatuarem tanto.

Já sabemos que as atrizes enxergam, mas poderiam atuar de uma forma mais normal, visto que, como caídas do céu, andam com as mãos adiante como sonâmbulas. Estas têm outros sentidos desenvolvidos e poderiam se desenvolver normalmente com a ajuda de um bastão ou cão-guia, mas, em casos assombrosos como em Esmeralda, interpretada por Leticia Calderón, se via que a jovem andava pelas montanhas sem problemas, às vezes, nem mesmo utilizava uma guia, preferia se apoiar com as mãos no chão para subir e descer os montes.

Outro aspecto são os ticks que utilizam os atores, bastante exagerados por sinal, para fixarem e desviarem a cabeça continuamente. Um exemplo desse caso pôde ser notado em Laços de amor, onde Lucero intepretava trigêmeas, sendo uma delas cega.

E, como também sabemos, todas estas personagens visitam um médico milagreiro que conhecem a fórmula e a operação que lhes devolverá a visão e, quase sempre, casam-se com eles.

No entanto, cada vez menos estes personagens têm aparecido em telenovelas, e, raramente, quando aparecem, se mostram de uma forma mais natural e simples, sem que sinta pena de sua personagem, pelo contrário, assumem sua deficiência e sua atitude diante da vida é exemplar.

Outra categoria são os mudos, aqueles que ouvem mas não falam, normalmente por algum trauma infantil, como Celeste, intepretada pela brasileira Ana Carolina da Fonseca, em Te amaré en silencio; ou por puro fingimento, como Bernardo, interpretado por Ricardo González, em Zorro: A espada e a rosa, que também se passava por surdo.

Exemplos de mudos são divertidos porque muitas vezes as outras personagens lhes respondem em seu idioma: a língua de sinais, mas há um detalhe: no final, geralmente, estes também recebem o dom da fala.

Continuando com as enfermidades, temos as paralíticas. Esta categoria afeta normalmente às vilãs, que utilizam o galã da vez fazendo com este acredite que, por culpa dele, não podem andar e, desse modo, podem tê-lo na palma da mão, como em Luz María. Porém estas não acabam andando, porque já o fazem.

Outro tópico são as mães enfermas que sofrem de ataques cardíacos. Os medicamentos são muitos caros e lhes dizem que têm pouco tempo de vida, mas, ao final, quase todas acabam chegando vivíssimas ao final da telenovela.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A escrava Isaura estreia na TVes


Hoje, 12 de julho, às 21h00, estreia na emissora pública venezuelana TVes, sem intervalos comerciais, a telenovela brasileira A escrava Isaura, versão produzida pela Rede Record em 2004, com 167 capítulos.

Baseada no romance de Bernardo J. Guimarães, a telenovela foi adaptada por Tiago Santiago e Anamaria Nunes, com a colaboração de Altenir Silva; esteve sob a direção de Herval Rossano, Fábio Junqueira, Emílio Di Biasi e Flávio Colatrello Jr.

Protagonizada por Bianca Rinaldi e tendo como os antagonistas Leopoldo Pacheco, Patrícia França e Renata Domínguez, e como o co-protagonista Théo Becker, A escrava Isaura conta uma história cheia de amor, aventura e luta social que cativará os venezuelanos desde seu primeiro episódio.

A telenovela mostra a luta dos escravos pela liberdade, exibindo o começo dos movimentos abolicionistas. As cenas que mostram o cotidiano das senzalas e destaca as crenças, as danças e os rituais dos negros foram muito bem reproduzidas.

A primeira versão de A escrava Isaura, protagonizada por Lucélia Santos, foi produzida pela Rede Globo em 1976 e se tornou um dos melodramas brasileiros mais influentes da América Latina e uma das telenovelas mais lembradas na Venezuela.

Essa nova versão de 2004, com Bianca Rinaldi, também representa o maior sucesso de vendas da Rede Record, que já vendeu a produção para cerca de 50 países.

A trama principal centra-se na vida de Isaura, que sendo órfã desde o nascimento, passa por muitos sofrimentos até encontrar a felicidade. Sua mãe era mulata e foi mucama na fazenda onde ela nasceu e viveu. Isaura sempre recebeu amparo de Gertudres, sua senhora, como se fosse uma filha, mas foi desprezada pelo seu senhor, o Comendador Almeida.

Muito dócil, o sonho de Isaura sempre foi conquistar sua liberdade, principalmente depois que conhece Tobias, um jovem dono das terras vizinhas. No entanto, no caminho dos dois surge Leôncio, o único filho do Comendador Almeida.

Totalmente desprovido de caráter para conquistar Isaura, Leôncio mata Tobias ao incendiar uma cabana onde ele se encontrava, Isaura foge e assume outra identidade. Numa chácara perto de São Paulo, Isaura vive um novo amor com o abolicionista Álvaro, mas numa festa de gala, é desmascarada. Mais sofrimento pela frente até Álvaro descobrir que Leôncio está falido. Este, então, perde tudo para Álvaro e acaba se matando com um tiro.

Para volver a amar estreia no Canal de las estrellas


Hoje, 12 de julho, às 17h00, estreia a nova telenovela do Canal de las estrellas, no México, Para volver a amar, uma produção de Roberto Gómez Fernández. A história conta a vida de seis casais que atravessam uma crise matrimonial devido a problemas da vida cotidiana, como a infidelidade, o desemprego e a agressão física.

Para volver a amar é uma nova versão da telenovela El último matrimonio feliz, e, anteriormente, iria se chamar Matrimonios, ocupando o horário das 22h00. Porém, com os altos níveis de audiência alcançados por Soy tu dueña, e o fato de terem aumentado alguns minutos à trama, além da estratégia do canal de manter o noticiário às 22h00 até o restante do ano, a telenovela teve que receber alguns ajustes e foi programada para ir às 17h00, ocupando o lugar do programa La rosa de Guadalupe.

Ao som da portorriquenha Kany García, a telenovela conta a história de seis mulheres que se casam pensando que a união durará para sempre, acreditando no sonho de um matrimônio feliz; mas, um dia, se dão conta que não vivem como querem, e se calam diante do que sentem e pensam. Seis mulheres que juntas aprenderão que a felicidade não é algo inalcançavel, mas sim, algo que cada uma deve se atrever a buscar.

Para volver a amar é protagonizada por Rebecca Jones, Alejandro Camacho, René Strickler, África Zavala, Nailea Norvid, Alejandra Barros, Jesús Ochoa, Mark Tacher, Zaide Silvia Gutiérrez, Juan Carlos Barreto, Flavio Medina, Sophie Alexander, entre outros.


SÍNTESE

Antonia, uma mulher alegre, amorosa, excelente mãe e profissional, trabalha em uma imobiliária, mas, quando sua filha Paola sofre um acidente, ela renuncia ao cargo já que seu chefe Braulio não lhe apoia. Antonia decide, então, abrir seu próprio negócio com o apoio de seu esposo Patricio, um bom pai e esposo ideal.

Seu escritório se torna um refúgio para um grupo de mulheres com diversos problemas. Com ela trabalha Rosaura, uma mulher que sempre está distraída, distante ou comendo o que vê pela frente para saciar seus vazios emocionais e seu estresse.

Bárbara, uma bela mulher, é divertida, mas às vezes tola e com baixa autoestima. Vive um inferno com seu esposo Jaime, que é ciumento, obsessivo e dependente do álcool. Este a agride fisicamente para controlá-la e impedir que o abandone. Bárbara também passa a trabalhar com Antonia.

Yorley, uma mulher doce, lutadora e simples, se decepciona com seu esposo Mario ao se dar conta de que ele sempre rejeita empregos por não considerá-los dignos dele. Yorley conhece Leonardo Torres, um viúvo milionário e passa a sentir um grande carisma por ele.

Maité, uma mulher fria e ambiciosa, compete com seu esposo Jorge pela posição profissional e econômica. Por esta razão, Jorge lhe pede o divórcio e, em seu caminho, encontra Laila.

Valeria, uma mulher maltratada psicologicamente por seu esposo Braulio, é desprezada por seu filho. Ela romperá os laços que a tem unida a seu esposo ao descobrir que este havia mentido sobre sua família.


ELENCO

Rebecca Jones: Antonia Palacios

René Strickler: Patricio Gonzalez

Alejandra Barros: Bárbara

Juan Carlos Barreto: Jaime

Africa Zavala: Yorley

Flavio Medina: Mario

Sophie Alexander: Maité

Mark Tacher: Jorge

Nailea Norvind: Valeria

Alejandro Camacho: Braulio

Zaide Silvia Gutierrez: Rosaura

Agustín Arana: Leonardo Torres

Édgar Vivar: Renato

Eduardo España: Quintín

Jana Raluy: Miranda Pinto

Ricardo Guerra: Pavel

Veja, a seguir, outros pôsteres de Para volver a amar:

 
 
 

Pérola negra e Esmeralda: Você aprova a escolha do SBT?

Confira o resultado da enquete:

Sim: 25 votos (60%)

Não: 16 votos (39%)


Justamente hoje, 12 de julho, o SBT tem programada em sua grade a reestreia de Pérola negra e Esmeralda, duas telenovelas brasileiras produzidas pela emissora em 1998 e 2004, respectivamente.


PÉROLA NEGRA (14h15)


Pérola negra, baseada no texto original de Enrique Torres, foi dirigida por Henrique Martins e teve originalmente 194 capítulos.

No enredo da telenovela, uma mulher misteriosa abandona a filha recém-nascida, fruto de um amor proibido, numa conceituada escola exclusiva para moças. Ela entrega a criança à Miss Helen, mantenedora da instituição, e, juntamente com o bebê, um preciosíssimo colar contendo 22 pérolas negras, que pagarão cada ano em que a menina permanecer no internato até que ela complete 21 anos, sendo que uma das pérolas deverá ser entregue à moça assim que ela deixar o colégio.

A criança é registrada com o nome de Pérola Marques e cresce ao lado de sua amiga Eva, que chegou ao internato aos oito anos de idade após a morte de seus pais, por ordem da avó, Rosália Pacheco Oliveira. Eva é herdeira de uma fortuna que inclui a Nerta, uma indústria de cosméticos. O ódio da avó pela nora foi dado também à neta e fez com que ela levasse a menina para o colégio interno.

Anos mais tarde, Eva, uma moça prestes a completar 20 anos, é seduzida por Tomás Álvares Toledo e acaba engravidando. Ele não sabe da gravidez, mantida em sigilo para evitar um escândalo no internato. Quando o bebê nasce, é entregue por Miss Helen aos caseiros em troca de um pagamento generoso. Ninguém sabe quem é a verdadeira mãe do recém-nascido.

Amigas inseparáveis, Pérola e Eva prometem, uma para a outra, cuidar do menino assim que deixarem o internato, quando elas completarem 21 anos. Alguns meses depois Eva recebe a notícia da morte de seu avô, Carlos Pacheco Oliveira, que deixou tudo para a neta para se vingar de Rosália, que o havia traído no passado.

Herdeira e completados 21 anos, Eva decide procurar sua família e assumir seus bens. A amiga Pérola vai junto, mas um acidente de carro fatal durante o percurso até a casa dos Pacheco Oliveira tira a vida de Eva. Pérola sobrevive e, no hospital, é confundida com a amiga.

Desse modo, Pérola decide assumir a identidade de Eva para recuperar o “seu filho” e cumprir a promessa de cuidar da criança, que se chama Carlinhos. Agora, morando com os Pacheco Oliveira e sob a identidade de Eva, Pérola se depara com a hostilidade de pessoas como Malvina, namorada de Tomás, o rapaz que seduziu e engravidou Eva.

Algum tempo depois Eva, que na verdade é Pérola, determinada, passa a cuidar da firma de cosméticos da família, para garantir a segurança de Carlinhos, mesmo sem ninguém saber que ela não é a verdadeira mãe do menino.

Os Pacheco Oliveira e os Álvares Toledo se odeiam. No passado, Carlos Pacheco Oliveira, avô de Eva, deu um golpe em um negócio e fez com que o pai de Fernando Álvares Toledo se matasse. Eva, na pele de Pérola, tem que conviver com as intrigas e a rivalidade das duas famílias e até mesmo da sua própria família, que quer lhe arrancar a fama. Além de tudo, Tomás não compreende como Pérola resiste aos seus encanto e a situação piora quando o rapaz descobre que Carlinhos é seu filho.

Finalmente, Pérola descobre que a família de Eva esconde diversos segredos, que esclarecem, inclusive, o seu próprio passado. Ela descobre que Rosália, sua suposta avó é na verdade sua verdadeira mãe.

A telenovela teve como protagonistas Patrícia de Sabrit e Dalton Vigh e já havia sido reapresentada pela última vez em 2004, às 13 horas, em 210 capítulos. Curiosamente a reprise de fez mais sucesso que a sua exibição original, conseguindo por mais de uma vez conquistar o primeiro lugar em audiência e empatar com a Globo muitas vezes.

Relembre alguns personagens da trama:

Pérola (Patrícia de Sabrit) - Linda jovem criada como órfã na escola St. Mathilda High School, sob custódia da diretora do colégio. Tem como única amiga Eva que, ao morrer, muda a vida de Pérola. Esta a partir de então assume a identidade da amiga e seu destino se cruza com o de Tomás, com quem estabelece uma relação de amor e ódio.

Tomás (Dalton Vigh) - Homem arrogante, para ele as mulheres são só frutos de prazer. Verdadeiro pai do filho de Eva, ele é um vencedor em tudo que faz até se confrontar com Pérola. Está a frente da empresa de seu pai, Fernando, que tenta manipulá-lo, o que gera constantes discussões.

Rosália (Maximira Figueredo) - Avó de Eva. Tem 70 anos e é uma mulher dura, autoritária. Ela manipula toda a família. Rosália esconde um grande segredo; tem uma filha secreta, fruto de uma traição que ocorreu numa fase crítica de seu casamento com Carlos. Ela se fingirá de cega e sofrerá por não saber onde anda sua filha. Rosália sentirá algo diferente quando conhece Pérola.

Fernando (Luís Carlos de Moraes) - Pai de Tomás, Júnior e Lucila. É um homem que vive de aparências. Ninguém sabe o que se passa em seu interior. Fernando é torturado por um desejo de vingança: quer ver a desgraça da família Pacheco Oliveira.

Renata (Cléo Ventura) - Casada com Fernando Álvares Toledo e mãe de Lucila. Não é feliz no casamento e nunca é ouvida pelo marido, que a trata como mulher objeto. Renata é a única pessoa que conhece o segredo de Rosália. Vai se apaixonar por Júnior.

Júnior (Renato Modesto) - Irmão de Tomás. É um homem medroso e covarde. Após se divorciar, volta a morar na casa dos pais. Odeia o irmão por se sentir menosprezado pelo pai, tanto na vida pessoal como na profissional. É falso, mentiroso e durante um tempo é amante da esposa de seu pai.

Malvina (Cibele Larrama) - Filha de Laureano e neta de Branca, irmã de Carlos. Vive na mansão de Rosália. Tem uma porcentagem das ações nas empresas da família. É apaixonada por Tomás. Mestre em traição, vai se unir com Rosália contra Pérola.


ESMERALDA (15h10)


Esmeralda, adaptada por Henrique Zambelli e Rogério Garcia e com supervisão de texto de Therezinha Giácomo, foi a oitava produção do SBT em parceria com a Televisa e contou com 198 capítulos, baseados no original de Delia Fiallo.

A telenovela se inicia contando a história de Branca que está prestes a dar à luz em sua fazenda “Dona Carolina“. O marido, Rodolfo é um homem machista que sonha em ter um herdeiro para perpetuar o sobrenome da família.

O estado de saúde de Branca se complica. Um empregado tenta ir ao povoado buscar o médico, mas, por causa de um terrível temporal, ele não consegue passar na estrada e é obrigado a voltar para a fazenda. Com isso, Rosário, a parteira do vilarejo, é chamada para fazer o parto de Branca, que dá à luz uma menina considerada morta.

Momentos antes, numa choupana dentro da fazenda “Dona Carolina”, Rosário fizera o parto de uma mulher muito pobre que acabara de perder o marido, um vaqueiro da fazenda de Rodolfo. A mulher morre ao ter um menino.

Margarida, a empregada de confiança de Branca, vendo sua patroa desmaiada, decide trocar a criança dada como morta pelo menino sadio que nasceu na choupana. Ela paga a parteira Rosário pelo trabalho e pela troca das crianças com dinheiro e ainda lhe dá um par de brincos de esmeralda.

Rodolfo fica feliz e realizado ao ver seu suposto filho, que se chamará José Armando. Rosário volta à choupana levando a menina e percebe que ela não está morta. A parteira pensa em devolver a criança para os verdadeiros pais, mas fica com medo.

Branca sente falta dos brincos de esmeralda que pertenceram à avó de Rodolfo. A empregada Margarida fala à patroa Branca que deu os brincos como pagamento à parteira Rosário e conta toda a verdade sobre a troca das crianças. Branca entra em pânico.

Enquanto isso, Rosário dá à menina o nome de Esmeralda, por causa das pedras que recebeu de Margarida, e percebe que a criança nasceu cega. Vinte anos depois, José Armando e Esmeralda se encontram na gruta da cachoeira e ele imediatamente se apaixona. Os dois passam a se ver com frequência no mesmo local e o amor se torna cada vez maior.

O folhetim, protagonizado por Bianca Castanho e Cláudio Lins, começou com baixa audiência. Alguns culpavam a intérprete de Esmeralda por não haver convencido como cega e por sua falta de química com o personagem de Claudio Lins. Quem realmente se destacou entre todos e inclusive entre todas as versões foi o casal Graziela e Adrian. O amor da patricinha pelo peão, interpretados por Karina Barun e Daniel Andrade, conquistou os telespectadores que não ligavam para os protagonistas.
O interessante é que a adaptação que começou com 19 pontos de média na audiência, terminou com 31 pontos. Foi a telenovela com o maior crescimento no IBOPE de todas as produções que o SBT realizou em parceria com a Televisa.

Relembre alguns personagens da trama:

Esmeralda (Bianca Castanho) - Meiga, carinhosa e bonita. Possui olhos verdes como esmeraldas. Cega de nascença, vive com Rosário pois foi trocada quando nasceu. Vai se apaixonar por José Armando.

José Armando (Claudio Lins) - Todos pensam ser ele o filho de Rodolfo e Branca. Ele se apaixonará por Esmeralda logo na primeira vez que encontrá-la. Tem respeito pela mãe e um certo temor pelo pai, mas ainda assim chega a enfrentá-los por causa de Esmeralda.

Rosário (Manoelita Lustosa) - Parteira e curandeira, nasceu e foi criada no meio do mato. Fez o parto de José Armando e Esmeralda, que foram trocadas logo depois do nascimento. Ela criou Esmeralda desde pequena e guarda o segredo junto com Margarida.

Margarida (Sônia Guedes) - Empregada da família de Branca. Criou a verdadeira mãe de Esmeralda e também acompanhou o crescimento de José Armando. Senhora bondosa, está sempre ao lado de Branca, protegendo-a, e guarda todos os segredos da família.

Branca (Lucinha Lins) -  Suposta mãe de José Armando, mas é a verdadeira mãe de Esmeralda. Fina e educada, é casada com Rodolfo. Sofre muito quando descobre que sua verdadeira filha está viva.

Rodolfo (Paulo César Grande) -  Suposto pai de José Armando, é um fazendeiro dono de uma grande fortuna. Homem frio, egoísta e dominador. Cometerá muitas injustiças contra Esmeralda, sem suspeitar que ela é sua verdadeira filha.

Dionísio (Jardel Mello) - Viúvo, é capataz da fazenda de Rodolfo. Vive com seus dois filhos, Florzinha e Adrian. Trabalha há muitos anos na fazenda Dona Carolina.

Fátima (Tânia Bondezan) - Fria e arrogante, quer que sua filha, Graziela, se case de qualquer jeito com um homem rico. Não se conforma com a excelente condição de vida de Branca e também por ela estar casada com Rodolfo, sua antiga paixão.

Graziela (Karina Barum) - Filha de Fátima, é bonita e simpática. Tem caráter oposto ao da mãe. Noiva de José Armando, vai se apaixonar por Adrian, um peão da fazenda. Mas como é dominada por sua mãe, se casa com Daniel e assim realiza o sonho de Fátima em ver a filha unida a um homem rico.

Sabiá (Antônio Petrin) - Melhor amigo de Esmeralda, vive no campo e não tem família. Chama Esmeralda carinhosamente de minha rainha e imita o pássaro Sabiá para Esmeralda reconhecê-lo.

domingo, 11 de julho de 2010

TV Brasil apresenta La ciénaga

A TV Brasil exibe neste domingo, 11 de julho, às 23h00, o filme argentino La ciénaga (O pântano). Produzido em 2001 por Lita Stantic, com a direção e roteiro de Lucrecia Martel, o longa-metragem oferece um relato irreal sobre a decadência da classe média argentina e a dissolução do modelo familiar tradicional.

Durante 90 minutos, La ciénaga revela um retrato vergonhoso da classe média provinciana argentina, observada desde dois ângulos: a classe média alta, representada por Mecha; e a classe média baixa, encarnada pela resignada Tali. A ironia e o lado cruel de Lucrecia Martel fizeram deste um filme tão interessante quanto polêmico.

La ciénaga mostra, com uma surpreendente honestidade, os vícios que, com o tempo, foram alimentados pela sociedade argentina, desde o racismo até a diferença de classes, junto ao clássico afrontamento entre portenhos (os nascidos em Buenos Aires) e provincianos (habitantes de outras regiões que não a capital), alimentados por rancores, inveja e desconfianças mútuas, à espera de uma boa desculpa para se manifestarem.

A história transcorre no noroeste argentino durante o mês de fevereiro, época em que vários fatores climáticos se juntam: sol intenso, chuvas fortes e repentinas. Nas elevações montanhosas, entre as árvores, algumas extensões de terra se alagam, formando temporariamente profundos pântanos (ciénagas, em espanhol), armadilhas mortais para os animais da região de La ciénaga.

A noventa quilômetros de La ciénaga está o povoado de Rey muerto e, nas proximidades, o sítio La mandrágora, onde se cultivam pimentões vermelhos. Em La mandrágora fica a casa onde Mecha (Graciela Borges), uma mulher cinquentona com quatro filhos e o marido Gregorio (Martín Adjemián), passam as férias de verão.

Mecha trata de superar o falido casamento que tem enfrentando com Gregorio, usando-se do alcoolismo e de um tremendo desmazelo pessoal. Ambos se embriagam, mas ela, depressiva, corre o risco de terminar seus dias derrubada, fechada em seu quarto.

Sua prima, Tali (Mercedes Morán), que também vive em La ciénaga, enfrenta a vida de outra maneira: também tem quatro filhos, mas seu marido é amante do lar, da família e da caça.

Dois acidentes reunirão estas duas famílias no sítio, onde tratarão de sobreviver em um verão descomunal.

O devir da chuva é anunciado pelo som de trovão, as nuvens em seguida reiteram a tempestade. As crianças fazem a sesta dentro de casa, num ambiente quase escuro, enrolados em panos, deitados juntos, num imenso ócio, enquanto Mecha e seus convidados, embriagados de vinho, estão estirados em cadeiras de praias ao redor da piscina suja.

Ao som de trovões e do enegrecer do céu, eles se arrastam. Mecha quer que todos vão embora, recolhe as taças, cai bêbada e se corta, deixando cicatrizes que a acompanharão por todo o filme.

La ciénaga não é somente um nome expressivo para designar o entorno geográfico e climático que envolve a fazenda onde as duas famílias passam o verão, vai muito mais além disso, é uma excelente metáfora que compara esse ambiente corrompido e asfixiante, com a passividade, a falta de ação e de vontade, além do conformismo de seus protagonistas.

No início do filme surge uma vaca, submersa até a cabeça, em um lamaceiro provocado pela chuva; ela tenta sair de todos os modos, mas sua morte é praticamente inevitável. Logo após, aparecem os personagens do filme estirados ao sol em suas cadeiras, embriagados de tanto vinho; seus corpos inertes, abandonados à insensibilidade em pleno verão estão juntos de uma piscina completamente suja há dias. Esta comparação é um bom exemplo desse paralelismo que o filme propõe, com a diferença de que enquanto o animal luta para sobreviver, os humanos já não o fazem.

Por vários momentos, o vinho e o sangue se conjugam para acrescentar a atmosfera religiosa, presente graças à contínua aparição de uma Virgem, acompanhada pelas celebrações festivas e pelas crenças em lendas urbanas, o que estabelece as diferenças sociais e culturais presentes no filme.

Este longa-metragem da então iniciante Lucrecia Martel, é sobretudo uma excelente amostra da sociedade argentina - com seus preconceitos, crenças e diferentes submundos - e de um interessante recorte familiar afundado em sua própria e agonizante rotina. Um filme de esperanças e sonhos frustrados que se ofuscam diante da luz, um filme que trata definitivamente o tédio existencial.

No entanto, a nível individual e narrativo é onde sua precisão descritiva e de análise é um pouco pobre. Construído a base de fragmentos da vida cotidiana entrelaçados, o filme deixa de lado o contorno das histórias e nos oferece personagens enigmáticos em seus perfis e nas relações que os unem.

Essa fuga do habitual é, portanto, um dos principais defeitos da história. Em primeiro lugar porque não existe uma história a ser contada, mas sim uma série de sub-tramas diluídas que afluem ao mesmo lugar. Em segundo, porque esta preguiça exposta não acaba de esclarecer completamente todas as situações; gera uma certa ambiguidade, e faz com que o espectador fique com a sensação de que foi lhe mostrado muito pouco, e não acaba de compreender o que estão tentando dizer.

A trilha sonora é pontuada de barulhos incômodos como cadeiras se arrastando, crianças berrando, o telefone que ninguém nunca atende, a televisão eternamente ligada e o gelo tilintando nos copos. Os personagens se tocam o tempo todo e mesmo assim há uma clara repressão incestuosa no ar. Poderíamos dizer que tudo isso é também uma alusão à burguesia argentina.

De fato, La ciénaga não conta uma história tradicional, mostra um mundo de sensações que constroi uma grande metáfora com pequenas metáforas, é um mundo sufocante e que realmente tem a capacidade e a intenção de prender.

O longa recebeu o prêmio Alfred Bauer, no Festival de Berlim, além de quatro prêmios no Festival de Havana entre eles o de Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Som, Prêmio Gran Coral.

Biografia de Anahí


INTRODUÇÃO

Anahí Giovanna Puente Portillo nasceu na Cidade do México, México, em 14 de maio de 1983. Filha de Enrique Puente e Marichelo Portillo, atualmente divorciados, tem como irmãs Marichelo e Diana. Alem de atriz e cantora, Anahí tem outros empreendimentos, incluindo sua linha de roupas chamada Anahí World e sua fundação AnayMía que visa informar jovens sobre perigos de distúrbios alimentares como a anorexia e a bulimia.


SUA HISTÓRIA

Anahí começou sua carreira aos dois anos de idade, cantando no coral da igreja; logo mais, por pura casualidade, no programa infantil Chiquilladas, da Televisa. Quando acompanhava sua irmã Marichelo e está terminava a gravação do programa, Anahí se desfazia em lágrimas, chamando a atenção do produtor. Assim, tornou-se parte do programa, onde além de atuar, interpretava o tema de encerramento diário: Te doy un besito.

Desde muito pequena a atriz-mirim veio realizando vários trabalhos na televisão, supreendendo a todos com seu carisma e qualidade artística inata. Ainda durante vários anos, a pequena notável foi a imagem de uma famosa marca de refrigerantes, a Pepsi Cola.

Além de Chiquilladas, Anahí participou de outros porgramas infantis, como La telaraña, em 1986 e Súper ondas, em 1989. Desde então, a atriz não se limitou somente à televisão e passou a atuar nas telonas, em filmes como Asesinato a sangre fría, e Había una vez una estrella, com David Reynoso e Pedro Fernández, ambos em 1989. Por sua atuação neste último filme, viria receber, em 1991, o prêmio Palma de oro por seu destaque como atriz infantil.

Em 1991, grava outro filme, Nacidos para morir, com Humberto Zurita, e neste mesmo ano atua nas telenovelas Garotas bonitas, La pícara soñadora e Madres egoístas.

Em 1992, participa nos filme Ayúdame compadre, onde atua junto de sua irmã Marichelo; El ganador, e No me defiendas compadre. Além disso atua na telenovela Ángeles sin paraíso e grava seu primeiro disco, Anahí, que promove por toda a República no ano seguinte, quando se apresenta durante cinco semanas no circo Atayde, com El show de Anahí.

En 1993, Anahí interpreta o tema Mensajero del Señor, dedicado ao Papa João Paulo II, devido à sua visita a Yucatán, México.

Em 1995, aos doze anos, participa de Alondra, telenovela mais exitosa da época, que foi vendida para vários países e foi a que fez com que a Anahí ficasse conhecida em outros países como Espanha e Venezuela. Ainda no mesmo ano Anahí grava a série Mujer, casos de la vida real que mostra o cotidiano de mulheres trabalhadoras que cuidavam dos filhos. Ainda em 1995, lança seu segundo disco ¿Hoy es mañana? e, no ano seguinte, em 1996, grava a telenovela Tú y yo.

Em 1997, grava a telenovela Mi pequeña traviesa e lança seu terceiro disco, Anclado en mi corazón, já em 1998, atua em Vivo por Elena e Gotinha de amor.

Em 1998, aos quinze anos de idade, Anahí para de frequentar escolas e passa a ter professores particulares em casa, terminando os estudos mais cedo e, posteriormentese, formando-se em estilista de moda. Neste mesmo ano, é chamada para gravar a série Una pura y dos con sal, onde tem sua primeira protagonista em trabalhos de televisão. Com o fim da série Anahí entra para o elenco de O diário de Daniela e, logo mais, Mujeres engañadas, além disso protagoniza junto de José Joel, filho do cantor José José, o filme Inesperado amor.

Em 2000, consegue seu primeiro papel protagônico em Primeiro amor - A mil por hora, ao lado de Kuno Becker, com quem realiza um dueto para a telenovela. Após trabalhar arduamente e sem parada por vários anos, e terminada as gravações da telenovela, Anahí é internada às pressas em um hospital após sofrer uma parada cardíaca por oito segundos devido a anorexia e bulimia que enfrentava desde que gravava Mujeres engañadas. A carga de trabalho, o nervosismo e uma baixa autoestima a levaram a padecer desta grave enfermidade, da qual se recuperou, mas contra a qual luta diariamente para não recair, já que sabe que a vida não lhe daria outra oportunidade.

Em 2002, Anahí é convidada por Pedro Damián para se integrar à segunda temporada da telenovela Clase 406, onde protagoniza o papel de uma garota milionária, órfã de mãe, caprichosa e de coração frio; ao decorrer da trama, sua personagem vai se transformando até torna-se mais doce e humilde.

Em 2004, o produtor Pedro Damián a chama novamente para realizar um papel protagônico na telenovela Rebelde, remake mexicano da original argentina Rebelde way. Desde então começa a namorar o ator Christopher Uckermann seu companheiro de trabalho. Ainda este ano, Anahí coloca silicone, assunto que vira motivo de fofoca em vários canais de televisão e revistas.

A par da telenovela, forma-se o grupo RBD, composto pelos protagonistas da trama: Anahí, Dulce María, Maite Perroni, Alfonso Herrera, Christopher Uckermann e Christian Chávez. Junto ao RBD, Anahí grava vários discos, entre eles Rebelde, em 2004, que recebe uma versão em português; Tour generación RBD en vivo, Nuestro amor, em 2005, este último também ganha uma edição brasileira; e Celestial, em 2006, com sua respectiva versão em português. Ainda em 2006, lançam outra produção ao vivo: Live in Hollywood e, no mesmo ano, a primeira produção em inglês: Rebels. Já em 2007, lançam Hecho en España, outra produção ao vivo; e Empezar desde cero.

O grupo torna-se um fenômeno mundial e alcança vários prêmios, entre eles Premios Juventud, Billboard Latin Music Awards, Premios Lo nuestro, Premios Oye, Orgullosamente latino e outros mais.

Com o RBD, Anahí consegue diversos discos de platina e de ouro e realiza turnês em vários lugares do mundo, sendo um dos acontecimentos mais importantes da música mexicana das últimas décadas. A atriz e cantora conhece mais de 23 países, canta em mais de 116 cidades, vende mais de 10 milhões de discos, além dos 17 milhões de downloads na Intrernet, sem contar sua versão da famosa boneca Barbie.

Em 2005, é lançado Antología, disco com as melhores canções de suas produções anteriores: ¿Hoy es mañana?, Aclando en mí corazón, Baby blue e Juntos, do álbum Primer amor - A 1000 x hora.

Em 2006 os direiros do seu álbum anterior Baby blue são adquiridos pela Universal music que o relança em junho a nível mundial sob o titulo de Una rebelde en solitario, que vende mais de 700.000 cópias no México e mais de 1.000.000 de cópias no mundo inteiro, sendo considerado o álbum de maior sucesso na carreira da cantora, desde então. No ano seguinte é lançada também outra recopilação: Antes de ser rebelde, desta vez com os temas de seus dois primeiros ábuns solo.

Em 2007, ainda no auge, o sexteto apresenta a série RBD: La familia, que trata de mostrar como o grupo é na “vida real”, com situações parecidas com a vida que levam, para que os fãs tenham uma ideia de como é o RBD atrás dos bastidores, não se trata de um reality show, tudo o que ocorre na série é ficção.

Por último, Anahí, junto ao RBD, faz uma participação especial em Lola…¡érase una vez!, onde, inicialmente havia sido chamada para interpretar a protagonista, mas devido à sua agenda lotada teve que rejeitar o trabalho. No mesmo ano, faz uma participação especial no seriado Always contigo, onde participa de dois episódios.

Em maio de 2007, abre sua loja na Cidade do México, a Anahí world, pela qual, desde então, passa se dedicar exclusivamente. Com a influência que a Anahí tem em vários lugares, suas lojas passam a ser consideradas um ponto turístico, pois várias pessoas viajam para a Cidade do México com o único intuito de conhecê-las. Nas lojas Anahí world se encontra desde roupas e acessórios até produtos com os quais Anahí já se destacou e que já não são lançados hoje em dia, como seus primeiros álbuns solo e revistas. Durante as viagens em turnê, Anahí aproveita para desenhar novos modelos de roupas e calçados, entre outras coisas.

Em 2008, após quatro anos de êxito, o grupo RBD anuncia sua separação e realiza uma turnê mundial de despedida chamada Gira del adiós, que passa por lugares como Argentina, Brasil, Chile, Espanha, Eslovênia, Estados Unidos, Romênia, Sérvia e Venezuela. No ano seguinte lançam, então, o último ábum de estúdio: Para olvidarte de mí.

Ainda em 2008, faz sua estreia solo em um dueto realizado com o cantor Tiziano Ferro e Dulce María na canção El regalo más grande, alcançando o 2º lugar na parada italiana. A música faz parte do álbum de Tiziano Ferro.

No inicio de 2009, Pedro Damián oferece a Anahí o papel principal de Verano de amor, mas a mesma recusa para se dedicar a sua carreira musical. Em março do mesmo ano também é convidada para participar de Sortilegio, mas rejeita a proposta por conter cenas muitos fortes. Sendo assim, assina contrato com a EMI, e tem seu single Mi delirio lançado no dia 16 de julho deste ano, durante a entrega dos Premios Juventud.

Em 24 de novembro de 2009, é lançado, então, seu álbum solo Mi delírio, pela gravadora EMI Music México. Ainda no fim de 2009 sai em turnê, com a Mi delírio world tour, que percorre Argentina, Brasil, Chile, Eslovênia, México, Romênia, Sérvia e Venezuela.

Em 2010, surgem boatos de que a cantora, atriz e empresária, poderá fazer trabalhos pela emissora Rede Globo, onde possivelmente iria se apresentar em alguns dos programas da emissora a pedido de fãs, como nos shows do Criança esperança. A emissora ainda não se pronunciou, mais existem rumores muito fortes que garantem que o contrato já foi assinado.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2007 - Lola…¡érase una vez!
2004 - Rebelde (Mia)
2002 - Clase 406 (Jessica)
2000 - Primeiro amor - A mil por hora (Giovana)
1999 - Mujeres engañadas (Jessica)
1999 - O diário de Daniela (Adélia)
1998 - Gotinha de amor (Núria)
1998 - Vivo por Elena (Talita)
1997 - Mi pequeña traviesa (Samantha)
1996 - Tú y yo (Melissa)
1995 - Alondra (Margarita)
1992 - Ángeles sin paraíso (Claudia)
1991 - Madres egoístas (Gaby)
1991 - La pícara soñadora (Vendedora)
1991 - Garotas bonitas (Betty)

PROGRAMAS DE TELEVISÃO

2007 - Skimo
2005 - La energía de Sonric'slandia
1986 - Chiquilladas
1986 - La telaraña

SÉRIES

2008 - Always contigo (Daniela)
2007 - RBD: La familia (Annie)
2004 - Adicción R (Paulina)
2002 - La hora pico
1998 - Una pura y dos con sal (Marcela)
1996 - Mujer, casos de la vida real (Ana)
1993 - Papá soltero (Tita)
1989 - Super ondas (Marisol)
1989 - La hora marcada

FILMES

1999 - Inesperado amor
1992 - No me defiendas compadre
1992 - El enganador
1992 - Ayúdame compadre
1991 - Nacidos para morir
1989 - Había una vez una estrella
1989 - Asesinato a sangre fría


SUA DISCOGRAFIA

2009 - Mi delirio
2007 - Antes de ser rebelde
2006 - Una rebelde en solitario
2005 - Antología
2000 - Baby blue
1997 - Anclado en mi corazón
1995 - ¿Hoy es mañana?
1992 - Anahí


SEUS PRÊMIOS

2010 - People en español (Los 50 más bellos)
2001 - Premios OTTI
2000 - Palmas de oro
1999 - Premios TVyNovelas
1991 - Plamas de oro
1991 - Premios Ariel

Amanhã é para sempre


NOME ORIGINAL
Mañana es para siempre

ESCRITOR
Enrique Guzmán Ñayez (Baseado na obra de Mauricio Navas, Guillermo Restrepo, Conchita Ruiz e Tánia Cárdenas)

PRODUTOR
Nicandro Díaz González

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
169

ANO DE GRAVAÇÃO
2008

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2009 / 2018

EMISSORA
Rede CNT / SBT

TEMA DE ABERTURA
Mañana es para siempre

INTÉRPRETE
Alejandro Fernández

El alma nos juntó con sólo un beso de testigo,
cada latido prometió que ibas a estar siempre conmigo.
Hoy todo cambió y es que has seguido otro camino,
pero mi vida se quedó toda en tus labios, toda contigo.

Te dice un corazón desesperado que regreses a mi lado,
que la vida sin tu amor no ha sido igual.
Te pido con el alma que recuerdes que juraste no perderme,
prometimos que no acabaría jamás, que mañana es para siempre.

Dentro de mi piel sigue la ausencia de tus manos,
sigo tratando de entender por qué el destino quiso engañarnos.

Te dice un corazón desesperado que regreses a mi lado,
que la vida sin tu amor no ha sido igual.
Te pido con el alma que recuerdes, que juraste no perderme,
prometimos que no acabaría jamás.

Sé que hay una fe que no se acaba,
una luz y una mirada que nos volverá a encontrar…
Te pido con el alma que recuerdes que juraste no perderme,
prometimos que no acabaría jamás.

Que mañana es para siempre.


ELENCO

Silvia Navarro: Fernanda Elizalde Rivera

Fernando Colunga: Eduardo Juarez / Franco Santoro

Lucero: Barbara Greco Elizalde / Rebeca Sánchez

Sergio Sendel: Damián Gallardo

Rogelio Guerra: Gonçalo Elizalde / Artêmio Bravo

Erika Buenfil: Montserrat Rivera de Elizalde

Dominika Paleta: Liliana Elizalde Rivera

Guillermo Capetillo: Aníbal Elizalde Rivera / Jerônimo Elizalde / Artêmio Bravo (Jovem)

Carlos de la Mota: Santiago Elizalde Rivera

Roberto Palazuelos: Camilo Elizalde Rivera

Yolanda Ciani: Dona Úrsula de Gallardo

María Rojo: Soledad Cruz

Arleth Terán: Priscila Alvear Elizalde

Fabián Robles: Vladimir Pinheiro

Marisol del Olmo: Erika Astorga

Ariadne Díaz: Aurora Sánchez Bravo Elizalde

Luis Gimeno: Padre Bosco

Mario Iván Martínez: Steve Norton

Tania Vázquez: Venus García / Lovely Norton

Gabriela Goldsmith: Samira

Alejandro Ruiz: Jacinto Cordero

Aleida Núñez: Gardenia Campillo

Claudia Ortega: Flor Campillo

Ursula Prats: Rosita Castaño

Jaime Garza: Silvestre Tinoco

Mariana Ríos: Martina Tinoco

Dacia Arcaráz: Margarita Campillo

Ricardo Silva: Dr. Plutarco Obregón

Janet Ruiz: Adolfina

Luis Bayardo: Ciro Palafox

Hilda Aguirre: Graciela Palafox

Rafael del Villar: Marcel Palafox

Zaneta: Natasha Baeza

Benjamín Rivero: Lúcio Bermejo

Carlos Cámara Jr.: Jacobo Roa

Jacqueline Arroyo: Tomasa

Archie Lanfranco: Rolando Alvear

Ofelia Cano: Dona Dolores "Dolly" de Astorga

Adalberto Parra: René Manzanares

Eduardo Liñares: Mauricio Bravo

Salvador Ybarra: Dr. Carlos Rey

Víctor Luis Zúñiga: Juan David

Yolanda Cianni: Armanda

Adalberto Parra: Sarrip

Jaime Lozano: Georgiano

Gustavo Rojo: Bispo

Humberto Elizondo: Augustin Astorga

Julio Camejo: Herminio

Jaime Lozano: Jairo Roca

Ignacio López Tarso: Isaac Newton Barrera

Enrique Lizalde: Juiz

Rafael Novoa: Miguel Lascuraín

María Prado: Dominga Ojeda

Mariana Seoane: Chelsy

Cecilia Gabriela: Altagracia Linares de Elizalde

Milena Santana: Apoliana

Adriana Vacarezza: Alejandra

Edith Márquez: Julieta Sotomayor

Josefina Echánove: Rosenda

Andrea Legarreta: Repórter

Esteban Franco: Osvaldo

Rudy Casanova: Policarpio "Carpio"

Claudia Troyo: Ana Gregoria Bravo

David Rencoret: Lozoya

Juan Antonio Edwards: Grajales

Juan Carlos Casasola: Graciano

Adriana Rojo: Madre superiora

María Morena: Irmã Fidelia

Teo Tapia: Curiel

Pedro Webber "Chatanuga": Tobías

Elizabeth Aguilar: Madame

Ana Martin: Ela mesma

Violeta Puga: Fernanda (Criança)

Omar Yubeili: Eduardo (Criança)

Brayam Alejandro: Jacinto (Criança)

Nancy Patiño: Liliana (Jovem)

Alberich: Aníbal (Jovem)

Angel Mar: Camilo (Jovem)


INTRODUÇÃO

Trata-se do remake da telenovela colombiana Pura sangre, produzida em 2007 e protagonizada por Rafael Novoa, Marcela Mar e Kathy Sáenz. Esta telenovela aborda a vida de uma família e a vingança de um homem por intermédio de Bárbara Greco.


RESUMO

Fernanda é a filha caçula do fazendeiro Gonçalo Elizalde, dono de uma grande companhia leiteira, e Eduardo é filho de Soledad, a governanta da família Elizalde. As duas crianças têm crescido juntas e unidas por um amor inocente e justo, apesar da diferença de classes sociais.

Gonçalo vive feliz com sua esposa Montserrat e seus cinco filhos, sem suspeitar que um inimigo implacável acerca aos seus. Artêmio Bravo sente um ódio intenso e amargo de Gonçalo, que tem corroído sua mente e, sua única meta é destruir, lenta e dolorosamente, a toda a família Elizalde. Para isso, utilizará uma jovem sem escrúpulos que chega a empresa de Gonçalo com o nome de Bárbara Greco. Sua inteligência causa boa impressão em Gonçalo, que a contrata como sua assistente pessoal. Pouco a pouco, e com muita astúcia, Bárbara obtém total confiança.

As primeiras vítimas de Bárbara são Eduardo e Fernanda, que os descobre se beijando inocentemente. Muito sutil e venenosa, Bárbara convence Montserrat de que Eduardo pode ser um perigo para a menina e o garoto é enviado para um internanto na cidade. As cartas dos meninos chegam às mãos de Soledad e ela, com muita dor, decide não entregá-las à eles. Isso faz com que Fernanda se sinta esquecida por Eduardo.

O próximo passo no plano de Artêmio é fazer com que Bárbara seja a esposa de Gonçalo, e isso significa que Montserrat deve morrer. Bárbara a asfixia com uma almofada e faz com que a filha mais velha do casal, Liliana, seja a culpada. Gritando por sua inocência, a desesperada adolescente acaba sendo internanda em uma clínica psiquiátrica. Posteriormente, Gonçalo se casa com Bárbara e a nomeia membra da junta diretiva da empresa.

Soledad é a única que sabe até onde pode chegar a maldade de Bárbara, mas, tem que se calar. Vive um inferno durante anos, sentindo saudades de seu filho Eduardo, e com o eterno temor de que Bárbara cumpra sua ameaça de que ele morrerá.

Soledad, sentindo que a morte a cerca, entrega a Liliana o cofre com o segredo de seu sofrimento, com a esperança de que algum dia ela possa ser vingada da injustiça que pesa sobre ela. Pouco depois, com a ajuda de Eduardo, Liliana denuncia Bárbara.

Os anos passam e Eduardo, depois de ter se magistrado nos Estados Unidos, volta à fazenda e encontra sua mãe muito doente. Ela conta do suplício que tem vivido e ele jura fazer justiça.

Bárbara utiliza seu novo cúmplice Damián para que se apaixone por Fernanda e se case com ela. Eduardo, com o nome de Franco Santoro, consegue enterar-se na empresa com a intenção de descobrir e fazer pagar aos responsáveis de suas desgraças. Fernanda sente uma forte e inexplicável atração por ele, e surge novamente entre eles aquele grande amor que nunca morreu.

Eduardo se faz passar por morto até que um dia Fernanda o descobre e não pode perdoá-lo já que havia se apaixonado por Franco Santoro, mas, pelo visto, este mentiu para poder se aproximar dela e assim salvá-la da maldade de Rebeca; mas depois de um tempo o perdoa e se unem novamente, mas Bárbara Greco faz todo o possível para separá-los.

Bárbara não concentrará sua maldade somente em Fernanda e Eduardo, também causará danos na relação de Santiago e Aurora, com a ajuda de Camilo, o irmão de Santiago, Bárbara se passa por amiga de Aurora para que esta lhe conte a verdade de sua vida, ja que Bárbara vê Aurora como uma espiã de Artêmio Bravo e decide, com a ajuda de Camilo, drogá-la para que assim Camilo possa abusar dela e fazer com que Santiago acredite que Aurora fugiu com outro homem.

Bárbara, depois de um tempo, se dá conta de que Aurora é sua filha e agora sua luta é para que não lhe tomem sua filha e para isso ameaça Eduardo, dizendo que se Santiago não se ir novamente a Florença matará Liliana. Bárbara inventa muitas mentiras para Aurora para que não seja feliz com Santiago.

Depois de muitas intrigas e mentiras, a verdade é descoberta pouco a pouco. Bárbara tenta, sem êxito, matar Gonçalo, mas fica derrotada e planeja fugir com Aurora, que recusa a maldade de seus pais: Artêmio e Rebeca/Bárbara. Bárbara se desfaz de Artêmio e é quando se descobre o grande segredo: que ele é meio irmão de Gonçalo e pretendia deixar-lo na ruína. Damián e Bárbara se traem mutuamente.

Bárbara é condenada a mais de 200 anos de prisão. Na cadeial, ela golpeia uma enfermeira e se queima com álcool para sensibilizar sua filha, porém fica deformada e sozinha na prisão, com o único consolo de uma carta de sua filha com a foto de seu neto.

A família Elizalde fica livre finalmente da sombra de Bárbara. Eduardo e Fernanda por fim podem ser felizes, sabendo que a força mais grande que existe é o verdadeiro amor.

sábado, 10 de julho de 2010

Las Aparicio: A telenovela que escandaliza o México


Las Aparicio é a primeira telenovela criada pela Argos Comunicación para o canal mexicano Cadena Tres. Protagonizada por Erendira Ibarra, Gabriela de la Garza, Ximena González Rubio e Liz Gallardo, foi escrita por Leticia López Margalli e Verónica Bellver.

A telenovela é produzida por Epigmenio Ibarra, dirigida por Moisés Ortiz Urquidi e Rodrigo Curiel. Estreou em 19 de abril de às 22h00 horas e tem previsão de contar com 120 capítulos, mas logo após poucas semanas de exibição, seu caráter provocante fez com que se tornasse o foco de artigos de opinião sobre a teledramaturgia.

Las Aparicio conta a história de três gerações de mulheres que compartilham uma estranha tradição familiar: todas ficaram viúvas em circunstâncias extraordinárias; todas deram a luz exclusivamente a meninas.

Se isto é uma maldição, uma armadilha do inconsciente ou uma mera casualidade, fica na discussão dos múltiplos personagens e circunstâncias que as rodeiam. O importante é que Las Aparicio não vieram ao mundo para sofrer: são mulheres contemporâneas, guerreiras, decididas a tomar as rédeas de suas vidas. A viuvez tem lhes ensinado a não necessitar de homens para sobreviver, agora se os têm é porque querem e porque podem.

A matriarca do clã é Rafaela Aparicio (María del Carmen Farías), uma mulher que, após enterrar três maridos mortos em acidentes tragicômicos, seguiu em frente com as três filhas: Alma, Mercedes e Julia, a quem criou como guerreiras, com ela mesma.

Alma (Gabriela de la Garza) é viúva de um homem de negócios assassinado em circunstâncias nunca esclarecidas. Esta também teve que começar do zero até chegar a tonar-se a empreendedora de um próspero e discreto serviço de garotos de programa que acompanham mulheres da alta sociedade.

Mercedes (Ximena González Rubio), uma valente advogada, é mãe de duas meninas e viúva de um advogado que morreu de enfarte nos braços de outra mulher que lhe consegue tomar a direção de um bufê, pertencente a seu esposo falecido.

Julia (Liz Gallardo), uma jovem atriz que se recusa a casar por razões óbvias, tem que conviver entre um homem compulsivamente infiel e uma atração que produz em sua melhor amiga, assumidamente homossexual.

Naturalmente, uma série com a temática de Las Aparicio gera controversas entre alguns setores ultraconservadores da sociedade mexicana, tratando, desenfreadamente, temas como o sexo, o aborto, a homossexualidade feminina, a prostituição masculina e a violência ligada ao narcotráfico. Muitos moralistas acreditam que a telenovela, abertamente vanguardista, é exageradamente libertina e imoral.

Somente um produtor como Epigmenio Ibarra se atreveu a romper a barreira imposta pelo monopólio televisivo mexicano, mais precisamente no que diz respeito às telenovelas e séries, oferecendo aos espectadores de seu país uma produção que reflete, sem hipocrisias e tabus, a realidade da atual sociedade mexicana, desde a ótica feminina.
 
São muitas as críticas que tem chovido sobre Las Aparicio, desde as que garantem que a telenovela promove o aborto e a libertinagem sexual. Isso ocorre, geralmente, porque quando os espectadores se veem refletidos na tela de seu televisor tendem a se escandalizar, a reagir contra uma realidade que se vive, que se pode tocar e, dessa maneira, se escondem como um chiclete mascado debaixo da mesa. A poucos agrada o fato de não se querer tapar o sol com a peneira, já a maioria prefere se acomodar e repetir o ditado “ A roupa suja se lava em casa”.

O produtor Epigmenio Ibarra destaca que a diferença de seus personagens está no fato deles não serem movidos somente pelo impulso amoroso ou pela ação de um vilão, mas sim  por diversas motivações.

Ibarra ainda acrescenta que nesta telenovela os personagens bons são bons e os maus são maus mesmo. Eles encaram dilemas morais muito mais complexos e se movem em áreas de altos e baixos, nas quais se move os seres humanos.

Muito mais que uma história a longo prazo, Las Aparicio apresenta a cada semana uma trama central, como um caso relacionado a luta de uma mulher por seus direitos ou um dilema sexual, que neste caso tem a ver com o direito ao prazer, explica o produtor.

Além disso, cada capítulo gira em torno de um tema determinado por um texto introdutório e outro de saída, ambos narrados por uma de suas personagens: a babá da família. Nesse aspecto, Las Aparicio tem pontos em comum com as famosas séries americanas Sex and the city ou Donas de casa desesperadas.

O produtor ainda explica que seu propósito é fazer o contrário do que se pensa tradicionalmente em uma telenovela, tida como um ponto de fuga da realidade. Seu objetivo é “colocar um espelho na tela da televisão” para que as pessoas se enxerguem e enxerguem o país.

Ainda assim, muitos criticam a imagem da mulher que esta telenovela apresenta, ainda que contrária a submissão, não deixa de ser irreal. Alguns dizem que a produção não faz nada pela liberação feminina, mas sim apresenta mulheres que querem se comportar como machos. Também surgiram críticas a respeito do sexo explícito e das cenas de nudez que aparecem na telenovela, que em alguns lugares do país é transmitida em sinal aberto. Há também aqueles que dizem que a série denigre a imagem do homem para conseguir audiência.

Ibarra assegura que algumas companhias de televisão a cabo retiraram a telenovela de sua grade de programação devido às pressões conservadoras; muitas pessoas relataram o ocorrido via Twitter, pelo qual o produtor ficou sabendo. De outro lado, existe um grupo no Facebook que vota pela não retirada de Las Aparicio e pelas restrições de temas.

Desse modo, as redes sociais se tornaram um bom medidor de aceitação para os criadores desta telenovela. Tanto é verdade, que Epigmenio Ibarra reconhece que acompanha diretamente, pelo Twitter e pelo Facebook, as reações dos seguidores, para, assim, ter inspiração para trabalhar tramas futuras.

Confira, a seguir, os pôsteres desta telenovela que está dando o que falar:

sexta-feira, 9 de julho de 2010

As bofetadas nas telenovelas


As bofetadas, tabefes, sopapos, tapas ou bolachas, como queiram chamar, são um recurso utilizado nas telenovelas que, atualmente, se encontra dramaticamente pobre e absolutamente defasado. É bastante evidente que os roteiristas recorrem à tradicional bofetada quando não sabem o que fazer dizer ou como agir seus personagens diante de um insulto. Este abuso de tapas ou de brigas femininas é outro elemento, que, ao que parece, contribui para com a má fama das telenovelas, porque são parte de um mundo irreal e absolutamente artificial, já veremos o porquê.

Não podemos afirmar que no passado as bofetadas femininas foram igualmente escassas, porém, hoje em dia, elas já não acontecem com a frequência de antes. Não cabe dizer aqui que as discussões também estão na mesma situação, mas, sim, nota-se uma diminuição no uso das ações que envolvem aqueles tapas estéticos que movimentam até a cabeleira e aquele quebra-pau de rolar na grama, com quedas na piscina, mas onde ninguém sai ferido.

Atualmente, já não é recorrente que as mulheres se sintam ofendidas pelo descaramento dos homens nem por comentários um tanto insinuantes a ponto de agredi-los. No entanto, deve-se ainda levar em consideração que pode ocorrer o contrário, ou seja, mesmo que eles sejam fisicamente mais fortes não é nada difícil se irritarem com um insulto e devolver a ofensa com uma agressão física. Isso pode ocorrer se a mulher abrir uma brecha, e, assim, correrá o risco de que seu tiro saia pela culatra.

Historicamente, as mulheres com intenção de ferir alguém recorriam com muito mais frequência ao comentário sarcástico, à zombaria, quando não diretamente ao insulto. A fala e a linguagem eram e são armas tipicamente femininas, no entanto, nas telenovelas, as personagens femininas não costumavam utilizar este método para revidar uma impertinência. Não costumavam, porque hoje a coisa é diferente.

Isso tem mudado devido ao fato de as bofetadas telenoveleiras parecerem absolutamente falsas, por vários motivos: Você conhece alguém que diante de uma ameaça física, como o levantar de um braço e uma mão em sua direção, não se afaste ou também levante os braços para se proteger? Dar uma bofetada dessas tão redondas na cara dura é muito mais difícil do que parece, qualquer um que já tenha brigado, mesmo na infância, sabe disso. Porém, os agredidos nas telenovelas aguentam o sopapo sem se mover, com o pé travado no chão, sem esquivar o rosto nem o corpo, nem mesmo adotam uma postura defensiva, algo muito fajuto.

Por isso a situação está mudando de cena e levando o acerto de contas para um ambiente sem violência física -  o que não elimina a presença da agressão verbal - mas tudo com aquele toque rosa, presente no típico melodrama.

Os modismos e sotaques da telenovela latina

Há alguns anos, a indústria do cinema e, sobretudo, da televisão de países de língua espanhola, começou a produzir conteúdos visando o mercado mundial; muitas destas produções conseguiram superar as barreiras dos sotaques devido à sua genialidade, como El chavo del ocho, o Chaves, no Brasil, outras tiveram que neutralizar seu espanhol para que tais produções fossem aceitas em outros países.

No mundo da dramaturgia, os “criadores” do espanhol neutro - aquele que não permite a identificação da origem do falante - em um primeiro momento, foram os diretores de dublagens sob as indicações de produtores que analisavam o público de diferentes regiões. O surgimento de públicos mais exigentes e o avanço tecnológico foram moldando o sotaque neutro que, após ser introduzido nos processos de dublagem, logo foi incorporado nos processos de produção e gravação originais, evitando-se, assim, maiores gastos no orçamento.

A Telemundo, é tida como a maior representante do uso do espanhol neutro padronizado em suas produções, mas o emprego deste recurso vai muito além da neutralidade idiomática em si, abrange também cenografias e costumes locais. Em suas telenovelas a rede de origem portorriquenha, com estações nos Estados Unidos, faz com que seus atores utilizem o sotaque neutro em suas falas e gravem em lugares não especificados.

Com isso, se nota que a Telemundo, em seu intuito de desbancar a Univisión, primeira rede hispânica nos Estados Unidos, se preocupa unicamente com os falantes do espanhol deste país de origem maioritariamente mexicana, como se os falantes de outras origens aí residentes, ou mesmo do restante da América e da Espanha, não lhes importasse em nada.

Para citar alguns exemplos, as telenovelas produzidas na Colômbia pela Telemundo compartilham uma horripilante característica: o grandíssimo esforço da equipe de produção em negar e obliterar toda e qualquer referência cultural e geográfica do país, como se a Colômbia não existisse. Para o espectador crítico é muito estranho ver as placas dos carros na conhecida cor colombiana sem um importantíssimo detalhe: a proveniência da cidade, seja ela Bogotá, La Calera, Manizales, Cali ou Medellín.

As paisagens e a arquitetura também são obviamente colombianas, porém, jamais alguém se refere ao nome do povoado ou cidade onde se desenvolve a trama. Nenhum personagem diz que vai à Bogotá, por exemplo, mas sim “à capital” ou “à cidade”. As músicas predominantes nestas produções são notoriamente mexicanas: corridos, rancheiras e nortenhas. Praticamente não há outro tipo de festa que não seja ao estilo mariachi; as bebidas preferidas são a tequila e a margarita; quanto ao vestuário quase todos usam jeans, botas e acessórios de couro, sem contar o uso dos cavalos.

Teoricamente, a eliminação dos localismos surgiu para que os espectadores de qualquer lugar se sentissem identificados com as personagens, devido ao fato de não se situar a trama e a ação em uma realidade que fosse alheia para eles. Mas, na prática, o que ocorre, especificamente com a Telemundo, é que ninguém se sente identificado porque as telenovelas são ambientadas em todos os lugares e, ao mesmo tempo, em nenhum.

De fato, para a maioria dos latinos, essa prática é condenável, já que estes preferem telenovelas que situam as tramas onde quer que seja e deixam seus atores falarem à sua maneira para que, desse modo, atuem melhor. Essa é a graça da telenovela; as diferenças do idioma e modismos mostram a extraordinária riqueza e variedade de cada país e os sotaques acrescentam um toque doce, gracioso, exótico e atraente à produção. As telenovelas com aspecto mais localista possuem, ainda, a vantagem de mostrar países longínquos tão atrativos que faz com que o espectador sinta vontade de visitá-los e ver a realidade distinta assim como as imagina.

Desse modo muito telenoveleiros pedem à Telemundo que deixe o sotaque em paz e faça com que as tramas de suas telenovelas transcorram em lugares reais, não em capitais de nomes desconhecidos. Aos espectadores a padronização e a neutralidade não lhes interessa, inclusive lhes agrada o fato de haver pronúncias diferentes, isso faz com que sintam-se mais importantes, e que saibam até onde pode chegar o número de pessoas que conseguem compreender em seu idioma: o espanhol.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mulheres assassinas - Martha, asfixiante


DATA
08/07/10

HORÁRIO
22h45

CANAL
Rede CNT

COM
Nailea Norvind, Juan Ríos, Mercedes Molto, Mónica Dossetti, Anaís, Ricardo Vera e Martíns Fierro

RESUMO
Martha é uma mulher jovem, bonita e que tem uma vida aparentemente equilibrada ao lado do marido. Ocorre que ela vive em dois mundos paralelos: o real e o imaginário, e, em cada um, consegue misturar as coisas de maneira que tumultua a vida de todos ao seu redor.

Da infância ela resguarda a forte da lembrança da mãe que se enforcou e isto mergulha em suas entranhas de maneira sórdida. O marido é um cara trabalhador e faz de tudo para oferecer a ela o melhor. Só que diante das suas manias de limpeza, de suas desconfianças sem fundamento, ele começa a se cansar e decide que precisa fazer mudanças urgentes em sua vida.

A primeira delas é encontrar uma mulher que esteja com a mente em dia e lhe possa fazer um pouco feliz, e essa mulher é Nora, filha de seu chefe. E a segunda é partir para outra cidade e ficar o mais distante da esposa desequilibrada. Ainda existe outro drama: os filhos, que estão sob os cuidados de Martha, é o que preocupa o marido.

Martha tem um sonho esquisito: deseja rever os cisnes no lago onde ia com o pai em sua infância. Então; de repente ela desaparece com as crianças e o marido procura a policia. A busca começa e de repente, quando ele lembra desse sonho de Martha os policiais então a localizam naquele local, mas agora, já é tarde para salvar Martha e as crianças de um destino cruel. Martha asfixia com uma almofada seus dois filhos para, assim, castigar seu marido.

Ela que sempre havia protegido e cuidado de seus filhos, levando-os ao médico periodicamente e até desinfetando seus brinquedos, via sua vida transtornada. No final, ela mesma se enforca.

O chefe e a secretária


Entre as tramas que compõem as telenovelas, encontramos a da secretária, quase sempre dócil e humilde, que se apaixona pelo chefe, normalmente um rico empresário, ou um famoso que tem todas as mulheres a seus pés, mas que, ao final, acaba cedendo aos encantos, à inocência e à bondade de sua incondicional secretária.

Em quase todas essas tramas, normalmente a história reciclada da Cinderela, pode-se encontrar os seguintes clichês:

  • Normalmente, a secretária tem que fazer de tudo e o impossível; sempre aparece uma diretora, a mulher ou a amante do chefe que a humilha, fazendo com que a pobre realize as tarefas mais duras. Em troca, ela se resigna a tudo, até que, um belo dia, algum fato faz com que seu chefe se dê conta de que ela existe e, a partir daí, tudo muda.

  • É o típico traçado de uma relação machista. Em quase todas as histórias de amor que repetem esta trama da secretária que se apaixona pelo chefe há a relação subordinada e de dependência por parte da mulher. Em pouquíssimos casos, ocorre o inverso, onde o homem esteja na relação de dependência.

  • Mesmo a secretária se apresentando como uma boa alma em seu trabalho, esta, comumente, se conforma somente com amor e a ficar como está, como se único objetivo de ir trabalhar fosse para atiçar os hormônios do chefe. Em quase todas as ocasiões, a única mudança ou evolução na “carreira” que buscam é se casar com o chefe e ficar em casa, um trágico exemplo de superação pessoal, mas isto está mudando...

Encontramos a repetição destes clichês em telenovelas como Inés Duarte, secretária e seus remakes; também em Marielena, protagonizada por Eduardo Yáñez e Lucía Méndez, na qual esta era a secretária que conseguia desfazer o casamento de seu chefe, e sua versão peruana Soledad, protagonizada por Coraima Torres e Guillermo Pérez.

Mas, existem telenovelas que conseguiram romper com os clichês para apresentar a história de forma diferente, dentro de uma ordem:

Café com aroma de mulher: a telenovela, que centra-se no mundo empresarial, tem várias tramas relacionados ao tema. O primeiro clichê a ser quebrado aparece quando Gaivota entra para a Café Export primeiramente como secretária e logo como assistente de Ivan. Aqui já se rompe o clichê chefe-secretária, porque ela não se aproveita de nada para ascender, nem mesmo tem um caso com Ivan, simplesmente porque ele não lhe interessa. Quando passa a ser assistente de Sebastião a história é outra porque eles já se amavam e é circunstancial que trabalhem juntos.

Mas onde vemos claramente a quebra do padrão é quando Gaivota se torna assistente do doutor Maurício Salinas. Aqui se invertem os papéis e é Salinas que se apaixona, e como se apaixona!, perdidamente por sua assistente. Gaivota, que em diversas ocasiões deveria ter arrumado as trouxas e se mandado com ele, é fiel ao amor de Sebastião, mesmo que no final fraqueje pensando que talvez o que mais lhe conviesse fosse ter ficado com o doutor. Porém, finalmente, acaba tudo em clichê quando o Salinas fica sozinho e o “rejuntam” com sua secretária Marta, esta sim cumpre com todos os requisitos.

A telenovela também rompe com o estabelecido porque Gaivota, a todo instante, se supera, é lutadora e quer ter uma carreira profissional por ela mesma e não às custas de seus protetores.

Betty, a feia: não se pode falar em um artigo de histórias de amor entre secretárias e chefes sem ter que citar a saudosa Betty, curiosamente, outra telenovela de Fernando Gaitán. A estrutura da telenovela é padrão já que a protagonista é perdidamente enamorada de seu chefe, mas a história vai mais além. Os medos e temores de Betty fazem com ela se ampare nesse trabalho porque nunca conseguiu chegar mais longe - aqui também se estabelece um tema social, já que o motivo pelo qual Betty não encontra trabalho, apesar de capacitada, é precisamente por ser feia. A telenovela se desfaz dos moldes porque Betty não tem tudo, não é perfeita, não é bonita, é ingênua e insegura. Ao contrário, Betty muda quando seu chefe está perdidamente apaixonado. Além disso, não somente muda fisicamente, mas toma as rédeas de sua vida e se supera chegando à direção da empresa.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Remake e formato

Ultimamente temos visto que somente se fazem versões de telenovelas que há pouco mais de alguns anos foram exibidas, ou mesmo casos em que se começa uma adaptação antes mesmo de uma telenovela original terminar num país vizinho.

Recentemente telenovelas que ainda estão vivas na memória dos espectadores receberam e recebem remakes, como no caso de Café com aroma de mulher, Coração selvagem, A mentira, O privilégio de amar, entre tantas outras. Outro conceito são os direitos de exibição que determinada produtora vende para outra no exterior para que esta realize o roteiro de uma telenovela adaptando-o à realidade de seu país, ou mesmo exiba o formato pronto.

Sobre estes conceitos observamos que a vida de uma versão é diferente da de um formato, ou seja, se a Televisa decidisse fazer uma versão de Paixão, o normal seria que esperasse mais de cinco anos para fazê-la, já que não teria sentido refazer uma telenovela no mesmo ano de sua exibição, já que ninguém entenderia e seguramente a segunda versão seria um terrível fracasso.
Muitas vezes, essas versões ajudam para que cada geração possa desfrutar de histórias imortais de acordo com sua atualidade.

Ao contrário, na venda de formatos, a produtora cede seus direitos à outra emissora, para que esta possa exibir a mesma história. Esta modalidade também está em auge ultimamente já que, economicamente, sai muito mais barata que a realização de uma história original. Neste aspecto os formatos não têm porque respeitar um tempo entre a exibição da telenovela original porque a venda consiste em transportar uma história a outro país, outros costumes e outras culturas, entretanto, o formato ainda é mais viável quando é vendido a um país de mesmo idioma, o que elimina o gasto com dublagens.

Contudo, mesmo tendo a facilidade de se poder comprar o produto enlatado, alguns países preferem realizar sua própria versão, já que sentem medo de exibir uma história de temática atrevida, uma variação do sotaques ou porque o país esteja mais avançado do que a história em questão. É por isso que o formato também é uma forma barata para se fazer uma telenovela sob medida, sem ter que queimar neurônios de nenhum roteirista.

De fato, este tipo de produção pode se encaixar e conviver com as telenovelas originais, porém, mesmo não sendo um mal produto, deve-se animar os roteiristas para que se atrevam a criar histórias originais e universais, que possam ser vistas em qualquer país e que permitam enriquecer os países latinos pelo intercâmbio cultural de seus sotaques, histórias e costumes.