terça-feira, 13 de julho de 2010

As personagens desvalidas

Os seguidores de telenovelas sabem que existe um sub-gênero do tipo Cinderela que se apresenta na forma da garota pobre, órfã e desamparada que sempre acaba se casando com um jovem rico. Mas, dentro do sub-gênero das Cinderelas, temos as que sofrem de alguma invalidez ou incapacidade que, entretanto, faz com que tenhamos mais pena ainda.

Entre estes casos está o das cegas, como em Topázio, protagonizada por Grecia Colmenares, e em Esmeralda, protagonizada por Leticia Calderón, na versão mexicana, e por Bianca Castanho, na versão brasileira, além da personagem de Victoria Ruffo em Abraça-me muito forte. O que mais surpreende nesses papéis é o fato de sobreatuarem tanto.

Já sabemos que as atrizes enxergam, mas poderiam atuar de uma forma mais normal, visto que, como caídas do céu, andam com as mãos adiante como sonâmbulas. Estas têm outros sentidos desenvolvidos e poderiam se desenvolver normalmente com a ajuda de um bastão ou cão-guia, mas, em casos assombrosos como em Esmeralda, interpretada por Leticia Calderón, se via que a jovem andava pelas montanhas sem problemas, às vezes, nem mesmo utilizava uma guia, preferia se apoiar com as mãos no chão para subir e descer os montes.

Outro aspecto são os ticks que utilizam os atores, bastante exagerados por sinal, para fixarem e desviarem a cabeça continuamente. Um exemplo desse caso pôde ser notado em Laços de amor, onde Lucero intepretava trigêmeas, sendo uma delas cega.

E, como também sabemos, todas estas personagens visitam um médico milagreiro que conhecem a fórmula e a operação que lhes devolverá a visão e, quase sempre, casam-se com eles.

No entanto, cada vez menos estes personagens têm aparecido em telenovelas, e, raramente, quando aparecem, se mostram de uma forma mais natural e simples, sem que sinta pena de sua personagem, pelo contrário, assumem sua deficiência e sua atitude diante da vida é exemplar.

Outra categoria são os mudos, aqueles que ouvem mas não falam, normalmente por algum trauma infantil, como Celeste, intepretada pela brasileira Ana Carolina da Fonseca, em Te amaré en silencio; ou por puro fingimento, como Bernardo, interpretado por Ricardo González, em Zorro: A espada e a rosa, que também se passava por surdo.

Exemplos de mudos são divertidos porque muitas vezes as outras personagens lhes respondem em seu idioma: a língua de sinais, mas há um detalhe: no final, geralmente, estes também recebem o dom da fala.

Continuando com as enfermidades, temos as paralíticas. Esta categoria afeta normalmente às vilãs, que utilizam o galã da vez fazendo com este acredite que, por culpa dele, não podem andar e, desse modo, podem tê-lo na palma da mão, como em Luz María. Porém estas não acabam andando, porque já o fazem.

Outro tópico são as mães enfermas que sofrem de ataques cardíacos. Os medicamentos são muitos caros e lhes dizem que têm pouco tempo de vida, mas, ao final, quase todas acabam chegando vivíssimas ao final da telenovela.
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2 comentários:

Jéfferson Balbino disse...

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Jéfferson Balbino
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