sábado, 12 de junho de 2010

Telemundo expande seus talentos

Ana Layevska, Fabián Ríos, Sonya Smith, Gabriel Porras e Jorge Luis Pila se unem ao grupo de atores estelares da Telemundo, ao passo que Catherine Siachoque renova seu compromisso com a rede americana.

Além disso, Ana Layevska já começou a trabalhar em uma produção da Telemundo onde será uma vilã capaz de assassinar qualquer um que se atreva a cruzar seu caminho para atrapalhar suas pretensões: El fantasma de Elena, protagonizada por Elizabeth Gutiérrez e Segundo Cernadas. Layevska se muda mais uma vez para Miami, uma cidade muito especial para ela, já que foi ai onde conheceu e se apaixonou por seu atual parceiro: Rafael Amaya.

A única coisa que a deixou cismada na hora de assinar o contrato não foi apostar em uma nova produtora ou se tornar má, mas sim ter que estar longe de seu namorado, porque como ela mesma declarou, seria capaz de deixar sua carreira por ele. No entanto, após gravar uma série na Espanha, Rafael estaria decidido a tomar um ano para estar próximo de sua namorada e lhe devolver a gentileza, já que, durante todo este ano, Ana esteve junto a ele na Espanha.

A Telemundo, produtora líder de conteúdo inovador e de alta qualidade para os hispânicos dos Estados Unidos e ao redor do mundo, havia anunciado em 25 de maio de 2010 a contratação dos atores Ana Layevska, Fabián Ríos e os protagonistas da exitosa Dónde está Elisa: Sonya Smith, Gabriel Porras e Jorge Luis Pila, como talentos exclusivos da rede, fortalecendo seu
portifólio de talentos de primeira.

"Com estas novas contratações, além das estrelas que já formam parte da extensa lista de atores exclusivos, a Telemundo Estudios permanece fortalecida de maneira estratégica para o grande volume de produção planejada para os próximos meses", afirma Joshua Mintz, vice-presidente de desenvolvimento estratégico.

"Damos a estes grandes atores a mais calorosa boas-vindas à nossa família e nos comprometemos com nossa audiência a continuar na permanente busca do melhor talento para nossas produções", conclui.

A bela atriz ucrano-mexicana, Ana Layevska se destacou no cinema, teatro e televisão. Iniciou sua carreira na Televisa na telenovela Alguna vez tendremos alas, em 1997. Logo seguiram Preciosa, Primeiro amor - A mil por hora, A vida é um jogo, Clap, Las dos caras de Ana, A madrasta, Verano de amor e Mulheres assassinas. Além destes trabalhos, participou em filmes como El tiempo de las mariposas e The fighter. Agora, sua personagem de vilã será vista na nova produção da Telemundo Studios: El fantasma de Elena.

O reconhecido ator Gabriel Porras, marido de Sonya Smith, possui uma trajetória artística que inclui mais de 40 obras teatrais, o que lhe serviu de base para se desenvolver como ator. El alma herida, da Telemundo, foi onde teve seu primeiro papel protagônico na televisão. Olvidarte jamás, Prisionera e El rostro de Analía, são alguns de seus trabalhos mais importantes. Gabriel também se desempenhou com muio êxito no cinema, tendo participado em Entre Villa y una mujer desnuda, Bajo la misma luna e Reflejos. Atualmente, o público desfruta de seu talento como Mariano Altamira em Dóde está Elisa.

A versátil e destacada atriz Sonya Smith se deu a conhecer através de telenovelas memoráveis dentro da televisão hispânica. Seu primeiro papel protagônico foi Cara sucia, que foi exibida exitosamente em mais de 80 países. Outras de suas recordadas participações foram Cristal, Alondra, Destino de mujer e Olvidarte jamás. Seu primeiro trabalho na Telemundo foi em Pecados Ajenos e atualmente interpreta Dana Riggs na exitosa telenovela Dónde está Elisa.

Jorge Luis Pila obteve seu primeiro papel protagônico na produção Al norte del corazón, que o lançou imediatamente ao estrelato. Entre seus projetos mais destacados se encontram Valeria, Catalina y Sebastián, Ellas, Inocentes o culpables, Yacaranday, Secreto de amor, Súbete a mi moto e Ángel rebelde. Na Telemundo participou em Más sabe el diablo e, atualmente, se desempenha com grande destaque como Cristóbal Rivas, em Dónde está Elisa.

Por sua parte, a bela atriz Catherine Siachoque renova seu compromisso com a Telemundo. Siachoque é, sem dúvida, uma das favoritas do público, não somente por ter recebido o título de "vilã mais sexy" da televisão, como também por ter demonstrado grande versatilidade em seu trabalho. Entre suas telenovelas mais conhecidas, tanto nos Estados Unidos como internacionalmente, se encontra Sin senos no hay paraíso, onde realizou com êxito a protagonista Doña Hilda. Também formou parte do elenco de Pecados ajenos, Tierra de pasiones, La venganza, Te voy enseñar a querer e Amantes del desierto, da Telemundo. La guerra de las rosas, La sombra del deseo, Sobrevivir e Las Juanas, foram outras telenovelas que realizou em sua terra natal: Colômbia.

O jovem ator Fabián Ríos estreou na televisão com a história Siete veces amada e, dada sua grande interpretação, foi nomeado como Melhor ator revelação juvenil pelo prêmio TVyNovelas da Colômbia. Após, vieram papéis em El auténtico Rodrigo Leal, Padres e hijos, Floricienta, Zona rosa e Doña Bella; mas sem dúvida, foi sua interpretação como Albeiro na exitosa Sin senos no hay paraíso, que marcou sua carreira.


Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso

A telenovela como paradigma ficcional da América Latina

Apresento aqui um texto editado com base no original de Mauro Alencar, que é mestre e doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP. Colaborou em livros que abordam o universo da telenovela e com frequência escreve artigos sobre o tema. É consultor e pesquisador da Rede Globo há mais de quinze anos e ministra aulas de teledramaturgia nas oficinas de ator, autor, produção e direção da emissora. Em seus trabalhos com a telenovela conheceu emissoras como a Telemundo (Miami), Televisa (México) e o ICRT (Cuba), além de ter prestado assessoria para as maiores emissoras de televisão do Chile.

A narrativa teledramatúrgica por capítulos interligados, mas interrompidos em sua ação com suspense ou gancho é até hoje a chave para a montagem das grades de programação de quase todas ou das principais emissoras latino-americanas. Pontos em comum, qualidades conceituais que, apesar das diferenças de cada povo, poderiam eleger a telenovela como paradigma ficcional da América Latina. Qualquer empresa de televisão que queira firmar-se no mercado audiovisual, necessita obrigatoriamente produzir uma ou mais novelas.

Definido como uma perspectiva, ou quadro de referência de ver o mundo, constituído de um conjunto de conceitos, teorias, métodos, problemas de pesquisa, o paradigma consiste numa verdadeira janela mental através da qual um pesquisador ou um autor vê o mundo. Ou se quisermos simplificar, o paradigma pode ser descrito como "a formação de qualidades conceituais".

A década de 1990 foi marcada por um avanço tecnológico muito grande de países da América Latina. E foi nesse período que começou a ocorrer um entrelaçamento de várias telenovelas pelo mundo, em particular nas Américas.

Mauro Alencar conclui em seu texto que o mundo aprendeu a fazer novela via TV Globo, ainda que seja indiscutível a qualidade técnica da produção brasileira. Ele afirma isso com base em sua experiência de trabalhos na Rede Globo (inclusive na Divisão Internacional), em assessoria para as duas maiores emissoras de televisão do Chile (Nacional e Univesidad Católica), além de conhecer o processo de produção de emissoras tão distintas quanto a Televisa (México), Telefe (Argentina) e ICRT (Instituto Cubano de Rádio y Televisión).

A televisão brasileira começou a comprar textos de telenovelas de outros países, como Argentina e Cuba, na década de 1960 para formar a base de sua teledramaturgia, foi somente na década de 1970, tendo como base os temas do cotidiano de nosso povo, como futebol, jogo do bicho e a feira livre que a telenovela abrasileirou-se totalmente.

Neste momento a TV brasileira começava a entrar no período de grandes produções. Abandonava, assim, aquele esquema que tanto a alimentara nos primórdios de sua criação quanto à ficção da chamada "Era Magadan" e passava a produzir uma teledramaturgia com contornos cada vez mais brasileiros, com uma linguagem cada dia mais televisiva (cenários, enquadramento de câmeras, texto, abertura e trilha sonora, interpretação e direção de atores, etc.).

Incomparável em sua estrutura ficcional, a Central Globo de Novelas começou a apresentar a partir do início da década de 70 capítulos ficcionais que para o bom ou médio apreciador das histórias parceladas, não havia melhor. Foi assim que "varreu-se" na emissora o estilo ditado pela cubana Glória Magadan, com seus condes, duques e dramas de sheik, para conhecermos um universo genuinamente nacional.

Na década seguinte, enquanto o Brasil, via TV Globo, impulsionava as vendas de nossas novelas, levando para o mundo a história do Brasil e suas belezas naturais, Silvio Santos começava a ampliar o jogo ficcional com sucessos mexicanos.

Em seguida, em 1990, o cenário mundial, mais precisamente o latino já era outro. O México ampliava a qualidade de oferta de suas novelas, a Venezuela produzia com requinte, e a Colômbia partia para tramas com toques de realismo mágico no melhor estilo da literatura latino-americana. O Chile incrementava a compra de know-how brasileiro com textos de novelistas brasileiros e buscava na produção da Globo o modelo para suas novelas. Cuba também se baseava em telenovelas brasileiras, com cenários a céu aberto, para produzir suas tramas.

Ao terminar a década de 1990, mais precisamente entre 1999 e 2000, a história da telenovela latina já poderia ser contada a partir de duas grandes fontes: a mexicana e a brasileira. E as duas, somadas às produções de outros países latino-americanos, já estavam espalhadas pelo mundo afora. Além disso, a América Latina já havia sedimentado sua base ficcional por meio da telenovela – que se transformou num paradigma ficcional, ou seja, a própria identificação de uma comunidade científica na escolha de seus problemas de pesquisa, orientação teórica, análise e avaliação. Resumindo, o paradigma pode ser definido como uma maneira de enxergar a realidade pelo prisma de um exemplo estabelecido. Enxergar tanto com os olhos do pesquisador quanto com os olhos do autor.

Assim, a proposta de Mauro Alencar é explicitar a maneira de enxergar a realidade que se formou na produção telenovelística brasileira, que veio a se fixar como padrão referencial para toda a América Latina.

Há, entretanto, um fator que unifica as telenovelas por toda a América Latina: o número de capítulos. Em geral, uma novela é exportada apenas com o eixo central da história, ou seja, "enxuga-se" as tramas paralelas e as extremamente localistas, de interesse exclusivamente brasileiro, pois o público estrangeiro não tem o hábito de acompanhar uma história em capítulos por tanto tempo. Esse fator é determinado pela escola mexicana de teledramaturgia.

Mantendo sua base no folhetim e melodrama, a exemplo de Os ricos também choram, e buscando caminhos mais realistas, como Nada personal, dificilmente a novela mexicana estende-se por mais de 150 capítulos, o que faz com que também se note a influência da teledramaturgia mexicana, o que prova a eternidade do folhetim e do melodrama como base para tornar a telenovela um paradigma ficcional na América Latina.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A telenovela brasileira e a opinião pública

Existem situações em que o povo brasileiro se manifesta de forma imediata, direta e clara sobre um determinado acontecimento. São nessas situações que verificamos a movimentação da opinião pública e que podem ser relacionadas com a política, economia, cultura, televisão e outros setores da vida das pessoas.

As telenovelas brasileiras, particularmente as da Rede Globo, merecem um destaque especial por serem uma das fontes do fenômeno da manifestação da opinião pública. Mas como esse fenômeno surge? De que maneira ele é formado?

Nós já sabemos que a opinião pública é formada socialmente, isto é um fato. Desde o momento em que nasce, o indivíduo passa por várias influências do meio que o cerca e, por meio desses fatores influenciadores e da maneira com que cada um lida com eles, a personalidade vai sendo formada. Daí surgem opiniões e atitudes.

É preciso que saibamos diferenciar “atitude” e “opinião”. A atitude de uma pessoa seria algo mais permanente, como uma predisposição para que ela responda de uma determinada maneira diante de uma situação ou objeto. A opinião, de acordo com alguns autores, estaria mais ligada às crenças. Numa pesquisa de opinião, por exemplo, se alguém pergunta o que uma pessoa acha da clonagem de seres humanos, e as alternativas que ela tem que escolher são ótima, boa, regular, ruim e péssima, o interesse é saber a sua opinião a respeito do assunto. Por outro lado, se o entrevistador deseja saber o que essa pessoa faria se descobrisse que foi clonada, ele está interessado em saber a sua atitude ante essa situação.

Como qualquer programa existente na televisão, a telenovela tem um único objetivo: entreter o público enquanto obtém a audiência do mesmo. Por este motivo é que os autores criam um enredo que apresente, pelo menos, algum debate pertinente, seja ele de nível moral, de nível social, entre outros. Em todos esses debates, várias opiniões são emitidas de acordo com o modo de pensar e a cultura de cada pessoa. É por isso que se afirma que as primeiras noções de opinião começam com os pais. Posteriormente, o indivíduo sofre influências de instituições como a Igreja e a escola, dos amigos, e também da televisão, acumulando conhecimento e informação que irão complementar ainda mais o seu discernimento.

É impressionante o poder que o fenômeno da opinião pública possui ao criar polêmicas e discussões. Fortalecido pela ideia de igualdade passada às pessoas (na qual qualquer indivíduo, independente de sexo, idade, classe, raça, credo, situação financeira, etc., é livre para emitir a sua opinião) este fenômeno confere às pessoas a capacidade de se organizar e expressar publicamente as suas ideias.

Um aspecto interessante que podemos verificar quando uma pesquisa de opinião pública é realizada, é o fato de existir uma maior preocupação com o que um pequeno grupo de pessoas pensa a respeito de algo, pois mais vale uma minoria presente e ruidosa do que uma maioria silenciosa e ausente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mulheres assassinas - Cristina, rebelde


DATA
10/06/10

HORÁRIO
22h45

CANAL
Rede CNT

COM
Daniela Romo, José Carlos Ruíz, Adalberto Parra, Marco Valdéz, Gonzalo Sánchez e Raymundo Capetillo

RESUMO
Cristina é uma detetive eficiente num centro de investigações da polícia. Com o passar do tempo, ela se deixa envolver com o mundo da criminalidade transformando-se numa policial corrupta e infringindo todos os códigos a que está sujeita. Passa a dominar na periferia o controle de distribuição de drogas e a capturar jovens rapazes com os quais mantém relações sexuais. De repente, a chefe do DIEM começa a levantar suspeitas sobre as ações de Cristina e dá início a uma profunda investigação.

Acuada, Cristina faz ameaças aos colegas envolvidos em suas falcatruas e passa a perder o controle da situação causando uma série de problemas que envolvem inclusive o assassinato de um dos garotos e de um advogado que se envolve com ela com a missão de descobrir o seu envolvimento com os criminosos. Diante disso, ela ameaça os companheiros dizendo que “se cair, todos caem com ela”. O desfecho é surpreendente e mostra até que ponto uma mulher, representante da lei, pode se transformar num grande perigo à sociedade.

Rede CNT estreia hoje Mulheres assassinas


Finalmente estreia hoje na Rede CNT, às 22h45, Mulheres assassinas, um seriado mexicano produzido por Pedro Torres, em associação com a Televisa. Se trata de uma adaptação da série argentina de mesmo nome criada e escrita por Marissa Grinstein.

No México já foram exibidas duas temporadas, a primeira a partir de junho de 2008 e a segunda a partir de julho de 2009, uma terceira temporada será exibida ainda este ano de 2010 e contará com estrelas como Dulce María, Jacqueline Bracamontes, Rocío Banquells, Isela Vega, Lorena Meritano, Aleida Núñez, Yolanda Andrade, Aislinn Dérbez, María José, Diana Bracho, Irene Azuela, Lidia Avila, María Rubio, Patricia Reyes Spíndola, entre outras, como, possivelmente, Thalía e Belinda.

O formato do seriado apresenta o lado escuro de mulheres que, após serem vítimas de maltratos ou abusos, se tornam cruéis e assassinas. O DIEM (Departamento de Investigação Especializado em Mulheres), uma instituição de alta tecnologia e profissionalismo com policiais capacitados, se encarrega de encontrar respostas, compreender e ajudar estas mulheres que por vezes são culpadas ou apenas vítimas de seu destino.

Cada episódio mostra um caso diferente, onde uma mulher se torna assassina. Essas mulheres, ao chegarem ao DIEM, depois de várias investigações, sabem que merecerão castigo, apesar de terem motivos para chegar a matar.

A primeira temporada conta com grandes nomes de estrelas que já brilharam em algumas telenovelas exibidas no Brasil, além das atuações de Rosa María Bianchi (como doutora Sofia Capellán), Paola Hinojos (como tenente Isabel Medina), Renato Bartilotti (como tenente Humberto Camacho), Mauricio Castillo (como doutor Geraldo Trejo), Laisha Wilkins (como tenente Lúcia Álvarez) e Pablo Valentín, entre tantos outros.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 5

SCREENPLAY
Roteiro para cinema.

SCRIPT
Roteiro quando entregue à equipe de filmagem. Plano completo de um programa, tanto em cinema quanto em televisão. É o instrumento básico de apoio para a direção e produção, pois contém as falas, indicações, marcas, posicionamentos e movimentação cênica, de forma genérica e detalhada. Expressa as ideias principais do autor, do produtor e do diretor a serem desenvolvidas pela equipe que o realiza.

SINCRONISMO
Simultaneidade precisa entre imagem e som. Exemplo: Em um diálogo é necessário que as palavras ditas pelos personagens estejam no tempo exato de seus movimentos labiais. Também chamado de sinc.

SEQUÊNCIA
Conjunto de cenas onde é desenvolvida uma mesma história/situação. Exemplo: Em um filme a sequência do casamento pode ser formada por uma cena no carro da noiva (pouco antes do casamento), uma cena dentro na igreja (durante o casamento) e uma cena fora da igreja (pouco depois do casamento).


SÉRIE
Obra fechada, com personagens fixas, que vivem uma história completa em cada capítulo.



SET
Espaço reservado para a realização das filmagens.



SHOT
Termo em inglês para plano. Imagem gravada ou filmada.


SHOOTING SCRIPT
Roteiro feito pelo diretor a partir do roteiro final. Emprega-se para a produção.

SIMPATIA
Solidariedade do público para com a personagem.

SINOPSE
Breve texto que resume a história do filme, contendo o início, o meio e o fim.

SITCOM (Comédia de situação)
Série fechada de humor, normalmente de um só plot.

SLOW MOTION
Câmera lenta.

SLOWS SCREEN
Divisão da tela mostrando, ao mesmo tempo, imagens de dois acontecimentos separados.

SOM DIRETO
Som correspondente à ação que está sendo filmada. Em geral, é gravado em aparelho de precisão, sincronizado com a câmara.

SOM GUIA (OU PLAYBACK)
É a reprodução do som já gravado anteriormente, durante a filmagem, permitindo um sincronismo entre as ações (falas e/ou movimentos) do elenco com a própria gravação.

SOM ÓTICO
Registro sonoro feito pela conversão das modulações do som em uma imagem fotográfica que é reconvertida em modulações sonoras.

STORYBOARD
Conjunto de desenhos ou fotos que ilustram cada plano da cena a ser filmada. É planejado pelo diretor do filme, mas pode ser realizado por um desenhista profissional.


STORY-LINE
Síntese da história de um roteiro em uma ou duas frases curtas. Esta frase deve conter a ideia central, a essência da história.


SUBPLOT
Linha secundária de ação.


SUBTEXTO
Sentido implícito. Entrelinhas.


SUPERCLOSE
Plano muito próximo que mostra, por exemplo, somente a cabeça de um ator, dominando praticamente toda a tela.

SUSPENSE
Antecipação urgente. Diálogo ou ação que faz prever algo chocante, temível, emocionante ou decisivo.

SUPER 8
Película cinematográfica com largura de 8mm.


TAKE
Tomada. Começa no momento em que a câmera é disparada para gravar e termina no momento em que a câmera para de gravar.



TÉCNICO DE EFEITOS ESPECIAIS
Profissional especializado responsável pela realização dos efeitos especiais durante as filmagens. Exemplo: tiros, explosões, fogo, chuva, etc.


TELECINE
Processo de transferência do material captado em película para suporte digital.

TELEVISIONPLAY
Roteiro para televisão.

TEMPO DRAMÁTICO
Tempo estético. Cadência.

TEMPORALIDADE
Localização de uma história no tempo.


THAUMATRÓPIO
Inventado por Willian Fitton em 1825. O aparelho era um disco de papelão onde em um lado havia o desenho de uma gaiola e no outro o de um passarinho. Ao fazê-lo rodar sobre um fio esticado, as duas imagens fundiam-se dando a impressão de que o pássaro estava dentro da gaiola.


TIME CODE
É utilizado para registrar a localização de cada fotograma do filme para sincronizar o som.

TILT
Movimento de erguer ou baixar a câmera sobre seu próprio eixo. É sempre realizado no sentido vertical.


TOMADA
Take. Começa no momento em que a câmera é disparada para gravar e termina no momento em que a câmera pára de gravar.


TRANSFER
Processo de transferência de imagens do formato digital para a película cinematográfica.

TRANSIÇÃO
Passagem de um plano para outro plano e de uma cena para outra cena.

TRAVELLING
Movimento físico da câmera que se desloca no espaço. O movimento pode ser realizado com a ajuda de um carrinho, de trilhos, ou pela mão do operador.

TRILHEIRO
Responsável pela composição e/ou compilação da trilha sonora de uma obra audiovisual.


VARRIDO
Movimento rápido da câmera, mudando a imagem de lugar rapidamente. Também chamado de chicote.


ZOOM
Efeito óptico de aproximação ou distanciamento repentino de personagens e detalhes. Serve para dramatizar ou esclarecer lances do roteiro.

ZOOM-IN
Aumento na distância focal da lente da câmera durante a captação. O zoom-in causa no espectador a impressão de aproximar-se do objeto que está sendo filmado.

ZOOM-OUT
Diminuição da distância focal da lente durante a captação. O zoom-out causa no espectador a impressão de afastar-se do objeto que está sendo filmado.

ZOOPRAXINOSCÓPIO
Inventado em 1872 por Eadweard Muybridge. O aparelho era composto de vinte e quatro máquinas fotográficas postadas em intervalos regulares ao longo de uma pista de corrida. Com a passagem do cavalo, fios eram rompidos, desencadeando disparos sucessivo que decompõem o movimento do animal em fotogramas. O experimento prova que há um momento em que nenhuma das patas toca o solo. É a origem da fotografia em série.


ZOOTRÓPIO
Inventado em 1833 por Willian George Horner. Trata-se de um tambor giratório com frestas em toda a sua circunferência. Em seu interior, montavam-se sequências de imagens produzidas em tiras de papel, de modo que cada imagem estivesse posicionada do lado oposto a uma fresta. Ao girar o tambor, olhando através das aberturas, assiste-se ao movimento.



Colaboração
screenwritter.sites.uol.com.br
www.telabr.com.br
www.roteirodecinema.com.br

terça-feira, 8 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 4

OBJETIVO DRAMÁTICO
A razão de existência de uma cena.

OBJETO DE CENA
Todos os objetos utilizados para compor e decorar um cenário. Exemplo: garrafas de bebida, cinzeiros, vasos, etc.

OBTURADOR
Peça da câmera e do projetor de cinema. Consiste numa chapa metálica recortada que controla a incidência da luz sobre a película.

OPERADOR DE VIDEO
É o responsável pela operação do monitor de vídeo utilizado para visualização das imagens capturadas durante a filmagem.

ORDEM DO DIA
Documento que contém o cronograma diário (horários, cenas de que serão filmadas e em que ordem, elenco e equipe) e todas as informações necessárias para organizar cada dia de filmagem.

PALHETA DE COR
Conjunto de cores definidas como guia pelo diretor, pelo diretor de fotografia e pelo diretor de arte para criar a identidade visual da obra.

PANORÂMICA
Movimento de girar a câmera sobre seu próprio eixo, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, sempre em sentido horizontal.

PASSAGEM DO TEMPO
Artifício utilizado para mostrar que o tempo passou.

PATHOS
Drama, conflito.

PELÍCULA
Material de que é feito o rolo de filme para a impressão da imagem na câmera de cinema.

PERIPÉCIA
O mesmo que incidente, aventura. Excesso de ação, recurso marcadamente usado em telenovelas, em folhetins, no melodrama, na radionovela. O romance abusou da peripécia: aí alguns críticos apontam a causa maior de seu sucesso junto ao público feminino, no século 19.

PERSONAGEM
Quem vive a ação dramática.

PING-PONG
Tipo específico de montagem onde duas imagens semelhantes, em termos de ângulo, tamanho e posicionamento dentro do quadro, se alternam regularmente; mantendo a unidade da cena.

PLANO
A menor parte da obra audiovisual, cada fragmento a ser filmado. Um plano é o espaço de imagem gravada entre os atos de disparar e interromper a gravação de uma câmera. É também a perspectiva visual dentro da imagem, mais próxima ou mais distante do ponto vista da câmera.

PLANO DE PRODUÇÃO
Definição das datas de todas as etapas da realização do filme ou telenovela.

PLANO AMERICANO
Plano que enquadra o personagem da altura dos joelhos para cima.

PLANO DE CONJUNTO
Plano que mostra um grupo de personagens.

PLANO DETALHE
Plano bastante fechado, que enquadra detalhes de personagens ou objetos. Exemplo: O olho do personagem, a mão do personagem, o relógio do personagem, etc.

PLANO GERAL
Plano que enquadra grandes dimensões, vastas paisagens (desertas ou com alguns personagens), grande número de pessoas. É o plano que enquadra um ou mais personagens de longe, inseridos no conjunto do cenário que compõe a cena.

PLANO MÉDIO
Plano que mostra o personagem de corpo inteiro.

PLANO SEQUÊNCIA
Imagem captada em sequência, sem cortes. Exemplo: Festim diabólico (Rope), de Alfred Hitchcock e A marca da maldade (Touch of evil), de Orson Welles.

PLONGÉE
Palavra francesa que literalmente significa “mergulho”. A posição da câmera filma os acontecimentos de cima para baixo.

PLOT
Dorso dramático do roteiro, núcleo central da ação dramática e seu gerador. Segundo os teóricos literários, uma narrativa de acontecimentos, com a ênfase incidindo sobre a causalidade. Em linguagem televisual, todavia, o termo é usado como sinônimo do enredo, trama ou fábula: uma cadeia de acontecimentos, organizada segundo um modo dramático escolhido pelo autor. Em uma história multiplot, o plot principal será aquele que, num dado momento, se mostrar preferido pelo público telespectador.

PONTES
Tomadas escolhidas para interligar duas cenas que não poderiam ser montadas seguidamente. As pontes ajudam a resolver problemas de continuidade do filme.

PONTO DE IDENTIFICAÇÃO
Relação convergente entre o público e a ação dramática.

PONTO DE PARTIDA
Conjunto de cenas que iniciam o espetáculo.

PONTO DE VISTA
Câmera situada à altura dos olhos do ator.

PRAXINOSCÓPIO
Inventado em 1877 por Émile Reynaud. É um aparelho que projeta na tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento. O invento recebe uma menção honrosa na exposição de Paris de 1878. A partir de 1880, Reynaud efetua algumas apresentações públicas do seu evento. Em 1892, inicia a exploração comercial das projeções no Museu Grevin, de Paris. Suas "Pantominas luminosas" foram vistas por mais de meio milhão pessoas, entre 1892 e 1895.

PRIMEIRO PLANO
Plano que enquadra o personagem da cintura para cima. É a posição ocupada por uma pessoa ou objeto mais próximo da câmera com relação aos demais elementos que compõe o quadro.

PRIMEIRÍSSIMO PLANO
Plano que enquadra apenas o rosto de uma figura humana.

PROCESS SHOT
Maneira engenhosa de simular movimento. Uma cena pré-filmada projeta-se por trás do atores.

PRODUTOR DE ARTE
Membro da equipe de arte responsável pela produção do departamento de arte: administra o orçamento, contrata técnicos e organiza o cronograma de trabalho de seu departamento.

PRODUTOR DE OBJETOS
Membro da equipe de arte responsável pela pesquisa, aluguéis e empréstimos dos objetos de cena utilizados na obra audiovisual.

QUICK MOTION
Câmera rápida. Movimento acelerado.

RESOLUÇÃO
Final da ação dramática.

RITMO
Cadência do roteiro. Harmonia.

ROAD MOVIE
Filme em que a história se desenvolve, normalmente, na estrada, com personagens em trânsito.

ROTEIRO
Peça escrita que contém a história, a descrição das cenas e os diálogos do filme ou de qualquer outra obra audiovisual.

ROTEIRO FINAL
Último tratamento do roteiro. Texto aprovado entregue para a equipe para o início do trabalho.

RUBRICA
Indicação de cena, informações de estado de ânimo, gestos, etc. Observação entre parênteses nos diálogos, indicando a reação dos personagens, bem como mudanças de tom e pausas. Descrição dos lugares, dos personagens, dos objetos e das ações num roteiro cinematográfico.

Glossário da teledramaturgia - Parte 3

GAFFER
É o chefe de elétrica. Coordena a equipe de iluminação e eletricidade. Compõe a equipe de fotografia e está subordinado ao diretor de fotografia.

GANCHO
Momento de grande interesse que precede a um comercial. Pequenos ou grandes clímax, arranjados de modo tal que não permitam que o telespectador abandone a história. Na exibição diária de telenovelas, há três ganchos de menor grau - pausas para comerciais -, e um de maior grau, para o dia seguinte. Aos sábados, ocorre o "gancho do diálogo" ou "grande break", pois haverá a pausa de domingo, quando não se exibe as histórias. O "grande break" sempre será um momento de alto suspense e pensado calculadamente para o retorno da segunda-feira.

GIMMICK
Recurso utilizado para resolver uma situação problemática. Mudança de expectativas.

GRUA
Movimento de câmera onde esta é colocada sobre um guindaste e desloca-se na vertical.

GUERRA DO PAPEL
Momento de discussão e análise, depois da escrita do primeiro roteiro.

HALO DESFOCADO
A câmera desfoca em volta de um objeto, enquanto este se mantém focado.

IDENTIDADE VISUAL
Conjunto de elementos visuais (cores, figurinos, maquiagens, enquadramentos, cenários) que dialogam entre si e criam a unidade estética da obra audiovisual.


ILHA DE EDIÇÃO
Conjunto de equipamentos (computadores com softwares específicos) utilizados na edição (montagem) de um filme ou telenovela.


INSERT
É a inserção de uma imagem que enfatiza algum acontecimento específico em uma cena maior. Exemplo: Um homem caminha pela cozinha. Para diante da geladeira. Aproxima o rosto da porta da geladeira. Insert: Preso a um ímã há um bilhete.

INTERIOR
Termo utilizado para definir o ambiente em que se passa uma cena. Nesse caso, a cena acontece num local interno. Utiliza-se normalmente a abreviação Int.

KINESCOPIA
Processo inverso à telecinagem. Passagem do filme do formato digital para a película de cinema. Também chamado de transfer.


LÂMPADA INCANDESCENTE
Inventada em 1879 por Thomas Edison. Parte importante nos projetores cinematográficos. É um dispositivo elétrico que transforma energia elétrica em energia luminosa e energia térmica.


LENTE
Equipamento utilizado para captar e exibir imagens utilizando princípios óticos. Seu formato interfere diretamente na qualidade da imagem captada ou exibida.

LOCAÇÃO
Local, que não seja um estúdio, previamente escolhido para filmar uma ou mais cenas do roteiro.


LOCUÇÃO EM OFF
Texto narrado que acompanha alguma ação de um filme, pronunciado por um locutor ou um personagem que não está em cena. Também é chamada de narração em off, voz off ou simplesmente off ou voz over (VO).


LONGA-METRAGEM
Filme com duração superior a 70 minutos.

LUZ ARTIFICIAL
Luz proveniente de refletores ou qualquer outra fonte elétrica.

LUZ DIFUSA
Também chamada de luz suave. É a luz que incide sobre um objeto proveniente de uma fonte ampla, esparsa. Gera poucas sombras. Exemplo: Luz de um dia nublado.

LUZ DURA
É a luz que incide sobre um objeto proveniente de uma fonte bem definida. Gera sombras bastante marcadas. Exemplo: Luz do sol.

LUZ NATURAL
Luz que não é gerada por fontes artificiais. Exemplo: Luz do dia.

MAQUIADOR
Membro da equipe de arte responsável pela maquiagem do elenco. Seu trabalho vai da maquiagem mais simples até a construção de sofisticados efeitos visuais.

MARCAÇÃO DE LUZ
Tratamento da imagem (cor e luz) realizado pelo diretor de fotografia numa cópia do filme durante a pós produção.

MICROFONISTA
Técnico da área de som que opera o boom e os microfones.

MEDIA-METRAGEM
Filme com duração superior 30 e inferior a 70 minutos. A Ancine, algumas mostras, festivais e editais consideram o média-metragem como um filme de duração superior a 15 minutos e inferior a 70 minutos.

MINISSÉRIE
Obra fechada, com vários plots, que se desenrola durante um número de episódios geralmente não superior a dez.

MOSTRAS DE CINEMA
Programas de exibição de filmes. Podem ser temáticas (como a retrospectiva de um cineasta ou o retrato de uma época) e normalmente não possuem caráter competitivo.

MOVIOLA
Máquina usada para a montagem de filmes diretamente na película. Pouco utilizada nos dias de hoje.

MUDANÇA DE EXPECTATIVAS
Quando o curso da história muda de repente.

MUTOSCÓPIO
Inventada em 1894 pelo americano Herman Casler. A máquina utilizava cartões impressos. Os cartões passavam diante dos olhos, fazendo a figura mover-se. Geralmente eram cenas eróticas; e ostentavam o cartaz "O que foi que o mordomo viu?"

NARRATIVA
Exposição de uma série de acontecimentos encadeados, reais ou imaginários, utilizando palavras ou imagens.

NEGATIVO DE IMAGEM
Película contendo imagens impressas, que passará pelo processo de revelação.

NEGATIVO ÓTICO
Negativo onde fica impresso o som.


NICKELODEONS
Salas de exibição surgidas nos EUA em 1905. “Nickel” é o equivalente a 5 centavos de dólar americano. Este era o preço da entrada. “Odeon” significa teatro em Grego. Eram locais rústicos e abafados onde o divertimento barato era a principal atração para as classes trabalhadoras e para os milhares de imigrantes que entravam todos os anos nos EUA.


NOITE AMERICANA
Técnica de iluminação que cria um efeito noturno numa filmagem realizada durante o dia através do uso de filtros.

NÚCLEO DRAMÁTICO
Reunião das personagens relacionadas entre si por uma mesma ação dramática e organizadas num plot.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 2

DECUPAGEM
A palavra decupar vem do francês découper que significa “cortar em pedaços”. Na prática, é a divisão do roteiro do filme em planos. A decupagem é feita pelo diretor e inclui posições de câmera, lentes a serem usadas, mise en scène, diálogos e duração de cada cena. Consiste na transposição da linguagem de roteiro para a linguagem da imagem.

DECUPAGEM DE PRODUÇÃO
Detalhamento das necessidades de produção para realizar o filme.

DECURSO DA AÇÃO
Conjunto de acontecimentos relacionados entre si por conflitos que se vão resolvendo ao longo da história.

DESFOCAR
A câmera altera o objeto focado.

DESPRODUÇÃO
Etapa que acontece logo depois de qualquer filmagem. Consiste na devolução de todo o material utilizado nas filmagens e também na devolução das locações a seus proprietários em perfeito estado.

DIÁLOGO
Conversa entre dois ou mais personagens. Num roteiro são escritos diálogos, rubricas e cabeçalhos.

DOLLY
Carrinho que transporta a câmera e o operador e que permite a realização fluída de movimentos de câmera.

DOLLY BACK
Movimento de câmera. A câmera se distancia do objeto filmado.

DOLLY IN
Movimento de câmera. A câmera se aproxima do objeto filmado.


DOLLY OUT
A câmera retrocede e abandona o objeto.


DOLLY SHOT
Movimento de câmera caracterizado por se aproximar e se afastar do objeto e também por movimentos verticais.

DRAMATURGIA
Termo utilizado para designar a narrativa dramática. A história não é contada para o público, mas o público acompanha o desenvolvimento da história através das ações dos personagens (normalmente interpretados por atores).

DUBLAGEM
Inclusão do diálogo sobre uma cena anteriormente gravada. A gravação dos diálogos para uma dublagem normalmente é feita num estúdio de som, depois de realizada a filmagem.

EIXO
O eixo é uma linha imaginária que estabelece a relação de olhar entre dois personagens em cena e/ou a direção (esquerda ou direita do quadro) para onde acontece uma ação. Na transmissão de uma partida de futebol, por exemplo, é estabelecido um eixo na transmissão (as câmeras são posicionadas de um lado do campo). Caso essas câmeras sejam invertidas e passem a transmitir o jogo do outro lado do campo, o espectador ficará confuso, pois o mesmo time, como por mágica, começa a atacar para o lado invertido da tela da TV. No cinema o princípio é o mesmo. É importante manter o eixo na movimentação dos personagens e nos diálogos. No caso dos diálogos existe uma importante relação de olhar entre os personagens que conversam. Manter o eixo, nesse caso, é manter a relação de olhar, assegurar-se de que cada personagem olhe para o lado da tela correspondente à posição do outro personagem. Quebrar o eixo significa modificar o sentido do movimento e/ ou do olhar de um personagem e desorientar o espectador. Em algumas propostas quebrar o eixo pode ser bastante interessante.


ELENCO
Conjunto de pessoas (atores, atrizes, figurantes) selecionados para uma produção, que representam as personagens e fazem a figuração de um filme.


ELIPSE
Passagem de tempo. Exemplo: Em uma cena o personagem entra em seu escritório. Há um corte e na próxima cena o personagem já está sentado em sua mesa, falando ao telefone.

EMPATIA
Identificação do público com a personagem.

ENCADEADO
Fusão de duas imagens, uma sobrepondo-se à outra.

ENQUADRAMENTO
Imagem que aparece dentro dos limites do quadro (laterais, superior e inferior). Imagem que se vê no visor da câmera.

EPÍLOGO
Cenas de resolução.

ESFUMAR
A imagem dissolve-se na cor branca ou funde-se com outra.

ESPELHO
Página do roteiro onde se anotam os dados sobre personagens, cenários, localizações etc.

ESTRUTURA
Fragmentação do argumento em cenas; esqueleto da sequência das cenas.

ESTÚDIO
Lugar construído e preparado para a realização de filmagens ou local com isolamento acústico e equipamentos para realizar a gravação de sons.


ESTRELA
Dispositivo que mantém a firmeza das pernas de um tripé.


ETHOS
Ética, moral da história narrada.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Cenas explicativas, de informação.


EXTERIOR
Termo utilizado para definir o ambiente em que se passa uma cena. Nesse caso, a cena acontece num local externo. Utiliza-se normalmente a abreviação Ext.


EXTERNAS
Cenas filmadas nas praças, ruas, parques, campos, estádios, rodovias, enfim, ao ar livre.

EXTRAS
São os figurantes de um filme: pessoas contratadas para desempenhar papéis secundários, como os componentes de uma multidão.

FADE IN
Aparecimento gradual de uma imagem a partir de uma tela escura ou clara. Pode ser utilizado no início de um filme e/ou como transição de uma cena para outra.

FADE OUT
Escurecimento ou clareamento gradual de uma imagem, até que ela desapareça. Pode ser utilizado no final de um filme e/ou como transição de uma cena para outra.

FENACISTOSCÓPIO
Inventado em 1832 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau. Era um aparelho formado por um disco dentado com um objeto desenhado em posições levemente diferentes. Ao girar o disco em frente a um espelho, faz com que a imagem adquira o movimento. Plateau é o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana. Calcula que para a ilusão de movimento, é necessário que se as imagens se sucedam à razão de um décimo de segundo.

FESTIVAIS DE CINEMA
Eventos realizados periodicamente em diversas cidades do mundo, onde são exibidas obras audiovisuais. Normalmente, além de exibidos, os filmes competem entre si pelos prêmios oferecidos pelo festival. Cada festival determina os formatos aceitos (vídeo, películas, digital, etc.) e a duração (curtas, médias ou longas metragens) dos filmes. Além disso, muitos também são temáticos. Exemplo: Festival de Cannes (França), Festival de Brasília (Brasil), Festival de Gramado (Brasil).

FICÇÃO
Inventar, compor e imaginar. Recriar a realidade.

FIGURANTES
Pessoas/atores que apenas figuram no filme ou telenovela. Podem ser as pessoas que aparecem na fila de um banco, na rua, em uma festa.

FIGURINISTA
Membro da equipe de arte responsável pelo figurino.

FIGURINO
Conjunto de roupas e acessórios utilizado pelos atores e figurantes para a caracterização dos personagens na obra audiovisual.


FILTRO
Material translúcido utilizado pelo diretor de fotografia na lente da câmera com o intuito de modificar a cor e a intensidade da luz a ser captada.


FLASHBACK
Cena que revela algum fato ocorrido no passado, tendo como referência o tempo presente em que acontece a ação numa narrativa.

FLASH-FOWARD
Cena que revela algum fato que acontecerá no futuro, tendo como referência o tempo presente em que acontece a narrativa.

FOCO
Uma imagem está em foco quando aparece em sua completa nitidez, com seus contornos bem definidos.

FONÓGRAFO
Inventado por Thomas Edison em 1877. O aparelho movido à manivela tinha um cilindro coberto por papel alumínio, onde era registrado o som. Uma agulha fazia a leitura do cilindro e o som era reproduzido através de um bocal.

FOQUISTA
É o responsável pela medição e controle do foco nas lentes da câmera.


FORA DE QUADRO
Está fora de quadro qualquer ação que acontece fora dos limites do enquadramento. Naturalmente, o que acontece fora de quadro não pode ser visto pelo espectador. Apenas sugerido ou ouvido.


FOTOGRAFIA ANIMADA
Inventada em 1870 por Henry Renno Neyl. O espetáculo de fotografia animada utilizava uma Lanterna Mágica de Kircher, com um disco de dezoito aberturas.

FOTÔMETRO
Aparelho que mede a intensidade de luz que incide em determinado local utilizado pelo fotógrafo para adequar as necessidades específicas da câmara com as necessidades do filme.

FREEZE
Congelado. Manter uma mesma imagem por repetição do quadro. Congelar a imagem.

FUNÇÃO DRAMÁTICA
Quando o objetivo dramático de uma cena se converte em realidade.


FUSÃO
Aparecimento gradual de um novo plano e desaparecimento gradual do plano anterior. Por um breve momento os dois planos se confundem. É uma forma de transição.



FUZIL FOTOGRÁFICO
Inventado em 1878 por Étienne-Jules Marey. Consistia em um tambor forrado com uma chapa fotográfica circular que permitia a fotografia em série.

Glossário da teledramaturgia - Parte 1

O glossário a seguir fornece alguns termos e definições utilizados, frequentemente, no meio televisivo e cinematográfico em relação à teledramaturgia.



AÇÃO
Todo tipo de movimento que acontece diante da câmera. Termo mais utilizado por diretores para dar início à movimentação dos atores em uma filmagem.



AÇÃO DIRETA
Roteiro que obedece à ordem cronológica.


AÇÃO DRAMÁTICA
Soma da vontade da personagem, da decisão e da mudança.


ADAPTAÇÃO
Passagem de uma linguagem artística para outra, como adaptação de um romance (linguagem literária) para o cinema ou televisão (linguagem audiovisual).


ANÁLISE TÉCNICA
Relatório resultante de uma análise detalhada do roteiro, normalmente elaborado pelo assistente de direção da obra audiovisual. É também a denominação que recebe a reunião em que participam todos os chefes de equipe para conhecer profundamente o roteiro e discutir o que será necessário para a realização de cada cena.

ÂNGULO ALTO
Enquadramento da imagem com a câmara focalizando a pessoa ou o objeto de cima para baixo.

ÂNGULO BAIXO
Enquadramento da imagem com a câmara focalizando a pessoa ou o objeto de baixo para cima.


ÂNGULO PLANO
Ângulo que apresenta as pessoas ou objetos filmados num plano horizontal em relação à posição da câmara.


ANTECIPAÇÃO
Capacidade de antecipar uma situação. Criação de uma expectativa.

ANTIPATIA
Reação ao personagem.

ARGUMENTO
Texto corrido em linguagem literária que conta, com detalhes, toda a história do filme ou novela, normalmente o argumento é desenvolvido antes do roteiro.

ASSISTENTE DE ARTE
Profissional que trabalha diretamente para o diretor de arte.

ASSISTENTE DE CÂMERA
Profissional da equipe de fotografia que realiza funções técnicas diretamente relacionadas à câmera.

ÁUDIO
Parte sonora de um filme ou programa.


BATER O BRANCO
Recurso da câmera digital utilizado para balancear corretamente a luz de acordo com a cor e a iluminação que incide no local onde será realizada a filmagem.


BITOLA
Medida da largura da película cinematográfica (8mm, 16mm, 35mm, 70mm). A largura da película determina o tamanho das imagens do filme na tela durante a sua exibição. Também usado para o vídeo (VHS, Beta, MiniDV, etc.)

BOOM
Haste para deixar o microfone suspenso.

CABEÇALHO
Elemento da escrita do roteiro. É utilizado para introduzir cada uma das cenas do roteiro e tem a função de informar o local (interno ou externo) e o período do em que elas acontecem (dia, manhã, tarde, noite, etc.) Exemplo: Int. Quarto de Edivaldo – Dia.

CÂMERA DE CINEMA
Câmera para captação de imagens em movimento que utiliza rolos de filmes em película (8mm, 16mm, 35mm, 70mm).

CÂMERA DIGITAL
Câmera que utiliza processo digital para captação das imagens em movimento (mini DV, DV CAM, HIGH 8, HD, DVD, cartões de memória).

CÂMERA OBJETIVA
Posicionamento da câmera que capta a imagem de um ponto de vista mais externo à ação. Simula o ponto de vista do público.

CÂMERA SUBJETIVA
Câmera que simula o olhar de um personagem. É mais participante da ação que acontece na cena.

CAPA
Folha do roteiro que contém o título, nome do autor etc.

CASTlNG
Formação do elenco. Ver elenco.

CENA
Unidade de lugar e de tempo na narrativa dramática. Uma ou mais ações que se desenvolvem sem saltos de tempo, num mesmo lugar, constituem uma cena.

CENA MASTER
É a filmagem em um único plano de toda a ação contínua dentro do cenário. A cena master dá ao diretor a garantia dele ter "coberto" toda a ação numa só tomada.

CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO
Pistas, indícios do que está para acontecer, pequenas revelações do encaminhamento da ação. Essas pequenas insinuações constituem verdadeiro trunfo das emissoras de TV, pois servem para prender o telespectador à narrativa. O recurso foi ignorado na década de 60 e o seu aproveitamento iniciou-se na década de 70, sendo novamente abandonado nos anos 90. Os antigos folhetins costumavam, também, insinuar o que estava para acontecer, ao suspenderem a narração escrita.

CENOGRAFIA
Técnica de criar e construir os cenários.


CENOTÉCNICO
Profissional responsável pela construção dos cenários.


CHICOTE
Câmara corre lateralmente durante a filmagem de uma determinada cena, deslocando rapidamente a imagem.

CINECLUBES
Salas de exibição de obras audiovisuais de caráter não comercial, com programação alternativa às salas do grande circuito.

CINEMATÓGRAFO
A partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio de Edison, os irmãos Auguste e Louis Lumière idealizam o cinematógrafo, em 1895. O invento permitiu projetar imagens ampliadas numa tela, para vários espectadores ao mesmo tempo. Assim nasceu o cinema.

CINETOSCÓPIO
Inventado em 1890 por Thomas Edison e William Kennedy Dickson. O aparelho utilizava um filme de celulóide perfurado que era exibido no interior da máquina acionada à manivela. Em 1892, Edison funda nos Estados Unidos a Kinetoscop's Company. Em 1893, constrói o primeiro estúdio de cinema, o Black Maria, em New Jersey, e roda uma série de pequenos filmes. Em 1894, a exploração comercial do seu invento é um negócio próspero, atraindo multidões. Na França, Charles Pathé, e Antoine Lumière também compram estes aparelhos.

CLAQUETE
Dispositivo que tem a função de registrar cada take de cada cena filmada. A claquete é colocada diante da câmera com algumas informações escritas: número da cena, número do plano, número do take, informações de câmera, etc. Além disso, a batida da claquete produz um som que auxilia no sincronismo entre som e imagem do filme. É um instrumento fundamental para garantir um bom trabalho na montagem do filme ou telenovela.

CLICHÊ
Cacoetes verbais. Uso repetitivo e enfadonho de diálogos e soluções cênicas em qualquer tipo de produção artística.

CLÍMAX
É o momento alto do filme ou telenovela. Exemplo: o vilão morre, o heroi se casa.

CLOSE-UP
Plano que mostra o rosto de uma personagem.

COADJUVANTE
Atores que fazem desde segundos papéis até pequenos papéis. Também chamados de atores de composição.

COMPOSIÇÃO
Características psicológicas, físicas e sociais que definem uma personagem. (Composição da personagem, tipologia.)

CONTRARREGRA
Membro da equipe de arte responsável pelos objetos de cena no set de filmagem.

CONFLITO
Todo fator, de natureza interna ou externa, que dificulta a trajetória dos personagens numa história. Tudo o que se impõe como barreira para os personagens alcançarem seus objetivos.

CONTINUIDADE
Relação entre os elementos que compõe as cenas de maneira lógica para que se torne crível a narrativa. Exemplo: Em um plano a personagem acende um cigarro. No próximo, caso não haja passagem de tempo, é necessário que o cigarro esteja do mesmo tamanho.

CONTRA-PLANO
Tomada efetuada com a câmera na direção oposta à posição da tomada anterior. É muito utilizado na filmagem de diálogos.

CONTRA-PLONGÉE
O inverso da plongée. A cena é mostrada de baixo para cima.

CONTRASTE
Criação de diferenças explícitas referentes à iluminação de objetos ou zonas.

CORTE FINAL
Última versão da montagem do filme.

CORTE LARGO
É uma versão mais longa do filme, feita pelo montador. A partir dela o montador retira os excessos e faz os ajustes para chegar ao corte final.

CORTE SECO
Passagem direta de um plano para outro, sem o uso de efeitos de transição como fade in, fade out ou fusão.

CRÉDITOS
Relação das pessoas físicas e jurídicas que participaram ou contribuíram para a realização de um produto audiovisual. Geralmente mostrados no início e no final da produção.

CRISE DRAMÁTICA
Ponto de grande intensidade e mudanças da ação dramática.

CRONOFOTOGRAFIA
Inventada em 1887 por Étienne-Jules Marey. Era a técnica gráfica da fixação por fotografias de várias fases de um corpo em movimento, como o andar do homem ou vôo dos pássaros.

CURTA-METRAGEM
Normalmente é um filme com duração máxima de 30 minutos. A Ancine, algumas mostras, festivais e editais consideram o curta-metragem como um filme de duração igual ou inferior a 15 minutos.


CURVA DRAMÁTICA
Variação da intensidade dramática em relação ao tempo.

domingo, 6 de junho de 2010

A despedida de Mario Cimarro


Após meses de conflitos com Mario Cimarro, o ator foi despedido da telenovela Mar de amor, uma produção da Televisa, assim confirmou Nathalie Lartilleux, produtora do melodrama.

"Ontem tive que tirar Mario", disse a produtora em 31 de maio passado. O cubano foi expulso da telenovela justamente quando se gravavam as cenas finais. "Não compareceu para gravar no sábado, nem no domingo, sendo que atores como Ignacio López Tarso, gente de primeira, veio gravar, e ele deixou o projeto abandonado; havia 40 cenas para gravação hoje e tomei essa decisão porque, nas últimas vezes, já se via que ele gravava sem vontade, como criancinha, e acredito que foi tomada a decisão correta", disse Nathalie Lartilleux que também confirmou que há alguns meses já se respirava em um ambiente de tensão dentro da produção de Mar de amor, devido às intrigas que Cimarro causava com a equipe de produção e com os atores.

"Sempre tivemos muita paciência para suportá-lo com sua falta de vontade: 'tenho que estar aqui porque tenho que estar aqui', e com sua falta de respeito com todos. Disse-lhe que já não era necessário que se apresentasse. Tomei essa decisão porque já estava insuportável", contou a produtora.

O final de Mar de amor com as personagens Estrella Marina e Victor Manuel será exibido em 02 de julho às 19h00 pelo Canal de las estrellas e Nathalie comentou: "Já tenho um final, não como gostaria, mas preferi tomar esta decisão e passar os restante das cenas à Juan Ferrara, Ignacio López Tarso e Zuria. Com relação ao casamento e a tudo que tinha gravado nestas últimas semanas ele não mostrou vontade como se não tivesse sido seu final", acrescenta.

Nas últimas semanas de gravação, Nathalie informou que Cimarro já não atuava, dizia suas falas com falta de vontade. "Nesse momento não pensei que seria necessário substituí-lo porque tinha Arturo Carmona e Marcelo Córdoba, que também têm peso importante na história", comenta a produtora.

O ator de Mar de amor foi despedido da telenovela após protagonizar várias controvérsias com as atrizes do melodrama. Mario continua somando pontos negativos à sua reputação, de fato já não se dizia nada bom sobre ele há algum tempo. Primeiro foi a notícia de seus problemas com Ninel Conde, que o acusou de agressão física e verbal. Após o ocorrido, foi dito que, em uma cena, ele não queria beijar Zuria Vega, o que atrasou a gravação, e, mais recentemente, alguns meios mexicanos pubicaram que o ator fez algumas gravações para o final da telenovela e, pensando que já havia terminado, tomou um avião e foi embora do México; quando a produção o procurou para ajustar alguns detalhes, se deu conta de que ele já não estava no país.

Também se comentou que após sua despedida da Telemundo, Mario recebeu ofertas de trabalho da Venevisión, mas finalmente assinou com a Televisa, porém agora as produtoras pensarão muito antes de lhe dar trabaho para uma próxima telenovela.

Mario falou sobre as acusações da produtora Nathalie Lartilleux, dizendo ser a vítima e assegurando ser alvo de uma campanha de difamação. "É mais uma forma de demonstrar quem são as pessoas que me contrataram: pessoas sem escrúpulos, sem princípios nem ética profissional, porque tudo o que estão dizendo é mentira, absolutamente mentira; assim como usaram imagens da telenovela em várias ocasiões para inventar e dizer que eu fiz o que não devia, desvalorizando a história, montaram uma campanha de difamação de muito mal gosto, demonstrando quem são na realidade e o que têm por dentro", declarou o ator.

O ator cubano do melodrama Mar de amor, disse ainda que tem a consciência tranquila e que ninguém o havia despedido de nenhum lugar, no entanto, a produção deu a conhecer que não esteve nas últimas gravações de sexta a segunda. "Teminei absolutamente tudo, até o último capítulo, não posso dizer nada mais. Me despeço sabendo que cumpri e fiz um personagem (Victor Manuel) muito humano", respondeu.

O protagonista da telenovela deixou claro que, mesmo com o ocorrido, tem vontade de voltar a trabalhar no México, que obviamente também é seu país. "O México não pertence à Nathalie Lartilleux nem a seu ninho de ratos", declarou.


Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso

TV Brasil apresenta Solas

A TV Brasil exibe neste domingo, 06 de maio, às 23h00, o filme espanhol Solas, produzido por Antonio P. Pérez sob a direção e roteiro de Benito Zambrano. O filme, gravado em 1999, conta, em 95 minutos, o transcorrer do breve tempo em que Rosa (María Galiana), passa na casa de sua filha María (Ana Fernández), ao chegar na cidade de Sevilla, deixando seu marido (Paco de Osca) hospitalizado.

María vive num pequeno apartamento de um bairro pobre e conflituoso. Eventualmente, realiza trabalhos domésticos para fora, já que, aos seus trinta e cinco anos de idade e com pouca educação, é socialmente desprezada. Por isso, no mercado das relações humanas, somente é capaz de se relacionar com um caminhoneiro que a engravida, porém que não a ama e não assume sua gravidez, restando à María como única companhia a bebida.

Rosa, sua mãe, sempre desperdiçou sua vida junto a um homem que sempre confundiu as carícias com as bofetadas. Ao chegar à casa de sua filha, Rosa passa a ser um estorvo, já que, por ser do tipo velha rabugenta, incomoda com o simples fato de sua presença, sem contar suas conversas. Tudo o que diz é dado como interferência na vida de María. A solução é ignorar sua presença, já que nada do que sabe ou diz é interessante, torna-se simplesmente um zero à esquerda.

Porém, mãe e filha têm algo em comum: a solidão. Seja no povoado ou na cidade, nenhuma das duas têm valor social. Como mulheres, uma acabada pela idade, e a outra passada da juventude, não têm nada a contribuir para com os demais. Não podem dar nada à sociedade, que é egoísta e centrada somente em bens materiais, onde tudo é relativo e intercambiável. Porém, às vezes, ambas têm algo mais que compartilhar: seus sentimentos e valores humanos: têm um conhecimento da vida e das pessoas. Este conhecimento pode ser compartilhado, mesmo não tendo nenhum valor econômico.

Rosa, passará a conhecer os diferentes problemas de sua filha, ao mesmo tempo em que trava uma amizade com um solitário e amável vizinho chamado Emilio (Carlos Alvarez Novoa), um velho viúvo que desfruta de seus últimos anos de vida junto de seu cachorro Aquiles. Ele também está sozinho, restando aos três somarem suas solidões, dando, assim, uma oportunidade de esperança.

Rosa se esforçará para cuidar, com o pouco que sabe, de sua filha; de seu marido no hospital, durante o dia e, inclusive, do vizinho. A atitude paciente, amorosa e discreta da mãe amolecerá o coração endurecido de sua filha, avivará as ilusões do vizinho e deixará uma estrela de esperança, dando a todos uma lição magistral de convivência e de humildade.

Benito Zambrano consegue concluir sua obra com um final distinto do qual qualquer espectador poderia ter imaginado. Tudo se conclui com uma cena final onde a morte não parece tão escura como se pode parecer, inclusive chegando a parecer plácida e tranquilizadora, enquanto que a vida aparece pela primeira vez como uma luz no fim do túnel na vida das protagonistas. E essa vida é encarnada por Rosa, a filha que nasce de María e recebe o nome da falecida avó.

Rosa aparece para María, assustada e desorientada, como uma revelação, e a libera de tudo aquilo que antes a havia restringido, de sua própria necessidade de viver limitada, de seu medo de se adentrar no mundo em que vive, realizar seus desejos e encontrar uma finalidade em sua vida.

Esse grande filme de Benito Zambrano assombra por sua sincera sensibilidade e mestria na captação e transmissão emocional. Zambrano utiliza sua primeira obra como longa-metragem para render tributo à geração do pós-guerra, marcada pelas penúrias econômicas e pela desigualdade social. Dentro dessa geração, destaca, em especial, a figura da mãe, sustento calado e abnegado da estabilidade familiar, em muitos casos vítimas silenciadas em uma infelicidade matrimonial, sofredoras em uma época marcada de atitudes machistas.

As belas imagens que servem para ilustrar este simples filme de crítica social, se encontram acariciadas por um realismo poético que impregna valiosamente boa parte do filme, enaltecendo, ainda mais, os temas que o diretor maneja: a solidão, a velhice, a falta de comunicação, o destino, a amizade, a desprendida generosidade materna, o ciclo vital ou os problemas sociais e materiais, tangidos por um tom triste e melancólico que se torna um aflito, porém otimista, final.

Essa obra prima de Zambrano estreou desapercebida pelo ano de 1999, porém conseguiu se manter durante mais de um ano em exibição nas salas espanholas. Com um elenco vindo, em sua maioria do teatro, essa obra cativou o público e a critica, por seu roteiro, qualidade e personagens, ganhando cinco prêmios na XIV edição do Goya: Direção (Benito Zambrano), Roteiro original (Benito Zambrano), Intérprete feminina (María Galiana), Atriz revelação (Ana Fernández) e Ator revelação (Carlos Álvarez), além de ter colhido diversos prêmios em Berlim, Tóquio, entre outros festivais.

A corazón abierto se internacionaliza


A corazón abierto, versão colombiana da série americana Grey’s anatomy, em formato de telenovela, realizada por Vista Productions, que o canal RCN estreou em 26 de abril, já começou a ser vendida para canais internacionais.

A rede de televisão Venevisión, da Venezuela, já começou a exibi-la, visto que neste país as produções colombianas têm boa receptividade. Nos Estados Unidos, os espectadores também poderão ver a série através do canal Telemundo.

Esta produção conta, através de interessantes histórias médicas, a vida e as emoções que vivem os médicos em um hospital.

A história de A corazón abierto começa quando a aspirante à cirurgiã, Maria Alejandra Rivas (Verónica Orozco), é admitida ao programa para internos de um prestigioso hospital. Filha de uma famosa cirurgiã, a jovem carrega consigo a responsabilidade que lhe outorga o sobrenome.

O grupo de novos médicos do hospital se tonará seu amigo e sua família. A vida de María Alejandra toma um rumo inesperado ao conhecer Andrés Guerra (Rafael Novoa), um dos melhores cirurgiões do hospital. O desejo de estar juntos será a permanente tentação que colocará por um triz a decadência de suas carreiras.

Mesmo assim, o casal se deixa levar pelo sentimento que nasce entre eles e se entregam a uma relação, que se verá abalada quando Alicia Durán (Carolina Gómez), esposa de Andrés, regressar para recuperar seu casamento. Por ser uma excelente profissional, para Alicia não custa nenhum sacrifício formar parte da equipe médica do hospital, porém, sua chegada será outro obstáculo para María Alejandra e Andrés. Por outro lado, se incorpora à equipe de médicos, Mauricio Hernández (Jorge Enrique Abello), que fará parte de um verdadeiro quadrado amoroso, onde todos conhecem as verdades.

A corazón abierto, gravada em alta definição, conta com a supervisão geral de Fernando Gaitán, escritor da exitosa telenovela Betty, a feia.

A versão original da série, Grey’s anatomy, reestreou, sexta-feira, dia 04 de junho no SBT. Essa é a segunda vez que a emissora de Silvio Santos exibe a série. Na primeira vez, foram exibidas as três primeiras temporadas. Na época, a série estreou nas noites de quinta, às 23h00, e conseguiu 10 pontos de média, com pico de 17. Agora, o canal passa a exibi-la novamente desde o primeiro episódio da primeira temporada de segunda à sexta, sempre às 21h15, substituindo O exterminador do futuro.