segunda-feira, 7 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 2

DECUPAGEM
A palavra decupar vem do francês découper que significa “cortar em pedaços”. Na prática, é a divisão do roteiro do filme em planos. A decupagem é feita pelo diretor e inclui posições de câmera, lentes a serem usadas, mise en scène, diálogos e duração de cada cena. Consiste na transposição da linguagem de roteiro para a linguagem da imagem.

DECUPAGEM DE PRODUÇÃO
Detalhamento das necessidades de produção para realizar o filme.

DECURSO DA AÇÃO
Conjunto de acontecimentos relacionados entre si por conflitos que se vão resolvendo ao longo da história.

DESFOCAR
A câmera altera o objeto focado.

DESPRODUÇÃO
Etapa que acontece logo depois de qualquer filmagem. Consiste na devolução de todo o material utilizado nas filmagens e também na devolução das locações a seus proprietários em perfeito estado.

DIÁLOGO
Conversa entre dois ou mais personagens. Num roteiro são escritos diálogos, rubricas e cabeçalhos.

DOLLY
Carrinho que transporta a câmera e o operador e que permite a realização fluída de movimentos de câmera.

DOLLY BACK
Movimento de câmera. A câmera se distancia do objeto filmado.

DOLLY IN
Movimento de câmera. A câmera se aproxima do objeto filmado.


DOLLY OUT
A câmera retrocede e abandona o objeto.


DOLLY SHOT
Movimento de câmera caracterizado por se aproximar e se afastar do objeto e também por movimentos verticais.

DRAMATURGIA
Termo utilizado para designar a narrativa dramática. A história não é contada para o público, mas o público acompanha o desenvolvimento da história através das ações dos personagens (normalmente interpretados por atores).

DUBLAGEM
Inclusão do diálogo sobre uma cena anteriormente gravada. A gravação dos diálogos para uma dublagem normalmente é feita num estúdio de som, depois de realizada a filmagem.

EIXO
O eixo é uma linha imaginária que estabelece a relação de olhar entre dois personagens em cena e/ou a direção (esquerda ou direita do quadro) para onde acontece uma ação. Na transmissão de uma partida de futebol, por exemplo, é estabelecido um eixo na transmissão (as câmeras são posicionadas de um lado do campo). Caso essas câmeras sejam invertidas e passem a transmitir o jogo do outro lado do campo, o espectador ficará confuso, pois o mesmo time, como por mágica, começa a atacar para o lado invertido da tela da TV. No cinema o princípio é o mesmo. É importante manter o eixo na movimentação dos personagens e nos diálogos. No caso dos diálogos existe uma importante relação de olhar entre os personagens que conversam. Manter o eixo, nesse caso, é manter a relação de olhar, assegurar-se de que cada personagem olhe para o lado da tela correspondente à posição do outro personagem. Quebrar o eixo significa modificar o sentido do movimento e/ ou do olhar de um personagem e desorientar o espectador. Em algumas propostas quebrar o eixo pode ser bastante interessante.


ELENCO
Conjunto de pessoas (atores, atrizes, figurantes) selecionados para uma produção, que representam as personagens e fazem a figuração de um filme.


ELIPSE
Passagem de tempo. Exemplo: Em uma cena o personagem entra em seu escritório. Há um corte e na próxima cena o personagem já está sentado em sua mesa, falando ao telefone.

EMPATIA
Identificação do público com a personagem.

ENCADEADO
Fusão de duas imagens, uma sobrepondo-se à outra.

ENQUADRAMENTO
Imagem que aparece dentro dos limites do quadro (laterais, superior e inferior). Imagem que se vê no visor da câmera.

EPÍLOGO
Cenas de resolução.

ESFUMAR
A imagem dissolve-se na cor branca ou funde-se com outra.

ESPELHO
Página do roteiro onde se anotam os dados sobre personagens, cenários, localizações etc.

ESTRUTURA
Fragmentação do argumento em cenas; esqueleto da sequência das cenas.

ESTÚDIO
Lugar construído e preparado para a realização de filmagens ou local com isolamento acústico e equipamentos para realizar a gravação de sons.


ESTRELA
Dispositivo que mantém a firmeza das pernas de um tripé.


ETHOS
Ética, moral da história narrada.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Cenas explicativas, de informação.


EXTERIOR
Termo utilizado para definir o ambiente em que se passa uma cena. Nesse caso, a cena acontece num local externo. Utiliza-se normalmente a abreviação Ext.


EXTERNAS
Cenas filmadas nas praças, ruas, parques, campos, estádios, rodovias, enfim, ao ar livre.

EXTRAS
São os figurantes de um filme: pessoas contratadas para desempenhar papéis secundários, como os componentes de uma multidão.

FADE IN
Aparecimento gradual de uma imagem a partir de uma tela escura ou clara. Pode ser utilizado no início de um filme e/ou como transição de uma cena para outra.

FADE OUT
Escurecimento ou clareamento gradual de uma imagem, até que ela desapareça. Pode ser utilizado no final de um filme e/ou como transição de uma cena para outra.

FENACISTOSCÓPIO
Inventado em 1832 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau. Era um aparelho formado por um disco dentado com um objeto desenhado em posições levemente diferentes. Ao girar o disco em frente a um espelho, faz com que a imagem adquira o movimento. Plateau é o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana. Calcula que para a ilusão de movimento, é necessário que se as imagens se sucedam à razão de um décimo de segundo.

FESTIVAIS DE CINEMA
Eventos realizados periodicamente em diversas cidades do mundo, onde são exibidas obras audiovisuais. Normalmente, além de exibidos, os filmes competem entre si pelos prêmios oferecidos pelo festival. Cada festival determina os formatos aceitos (vídeo, películas, digital, etc.) e a duração (curtas, médias ou longas metragens) dos filmes. Além disso, muitos também são temáticos. Exemplo: Festival de Cannes (França), Festival de Brasília (Brasil), Festival de Gramado (Brasil).

FICÇÃO
Inventar, compor e imaginar. Recriar a realidade.

FIGURANTES
Pessoas/atores que apenas figuram no filme ou telenovela. Podem ser as pessoas que aparecem na fila de um banco, na rua, em uma festa.

FIGURINISTA
Membro da equipe de arte responsável pelo figurino.

FIGURINO
Conjunto de roupas e acessórios utilizado pelos atores e figurantes para a caracterização dos personagens na obra audiovisual.


FILTRO
Material translúcido utilizado pelo diretor de fotografia na lente da câmera com o intuito de modificar a cor e a intensidade da luz a ser captada.


FLASHBACK
Cena que revela algum fato ocorrido no passado, tendo como referência o tempo presente em que acontece a ação numa narrativa.

FLASH-FOWARD
Cena que revela algum fato que acontecerá no futuro, tendo como referência o tempo presente em que acontece a narrativa.

FOCO
Uma imagem está em foco quando aparece em sua completa nitidez, com seus contornos bem definidos.

FONÓGRAFO
Inventado por Thomas Edison em 1877. O aparelho movido à manivela tinha um cilindro coberto por papel alumínio, onde era registrado o som. Uma agulha fazia a leitura do cilindro e o som era reproduzido através de um bocal.

FOQUISTA
É o responsável pela medição e controle do foco nas lentes da câmera.


FORA DE QUADRO
Está fora de quadro qualquer ação que acontece fora dos limites do enquadramento. Naturalmente, o que acontece fora de quadro não pode ser visto pelo espectador. Apenas sugerido ou ouvido.


FOTOGRAFIA ANIMADA
Inventada em 1870 por Henry Renno Neyl. O espetáculo de fotografia animada utilizava uma Lanterna Mágica de Kircher, com um disco de dezoito aberturas.

FOTÔMETRO
Aparelho que mede a intensidade de luz que incide em determinado local utilizado pelo fotógrafo para adequar as necessidades específicas da câmara com as necessidades do filme.

FREEZE
Congelado. Manter uma mesma imagem por repetição do quadro. Congelar a imagem.

FUNÇÃO DRAMÁTICA
Quando o objetivo dramático de uma cena se converte em realidade.


FUSÃO
Aparecimento gradual de um novo plano e desaparecimento gradual do plano anterior. Por um breve momento os dois planos se confundem. É uma forma de transição.



FUZIL FOTOGRÁFICO
Inventado em 1878 por Étienne-Jules Marey. Consistia em um tambor forrado com uma chapa fotográfica circular que permitia a fotografia em série.
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