quinta-feira, 22 de abril de 2010

Maria Belém


NOME ORIGINAL
María Belén

ESCRITOR
Julio Porter

PRODUTORA
Martha Patricia “MaPat” López de Zatarain

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
101

ANO DE GRAVAÇÃO
2001

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2002

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
María Belén

INTÉRPRETES
Danna Paola e Rabanitos Verdes

¿Cómo puede caber en tu cuerpo
un corazón tan grande?
¿Cómo puedes traer dentro de ti
un torbellino de amor?

¿Cómo puede una chispa provocar
todo un incendio…?
Bello ángel que te enfrentas
con la fuerza de un volcán.

María Belén, María Belén
fuiste elegida para hacer el bien.
María Belén, María Belén,
la aguerrida pequeña gigante…

Si tropiezo, me levanto…
Y te enfrentas como un huracán.

María Belén, María Belén,
fuiste elegida para hacer el bien.
María Belén…
Con mi alma gemela y mi cofre,
con Jonás y con mi estrella,
al final del arcoiris…
tu tesoro encontrarás.


ELENCO

Danna Paola: Maria Belém García Marín

Nora Salinas: Ana del Río

Marcela Páez: Cláudia del Río

Alfredo Adame: Afonso García Marín

Mary Paz Banquells: Patrícia García Marín

René Laván: Pablo Días Cortázar

Maya Mishalska: Úrsula Arana

Dacia Arcaraz: Malena

Harry Geithner: Rogério

María Marcela: Madalena

Xavier Mark: Adolfo Serrano

Mónica Prado: Hilda Serrano

Luis Xavier: Antônio Sanz

Alejandra Barros: Valéria Montaño de Sanz

Yurem Rojas: Bruno Sanz Montaño

Alex Trillanes: Martim

Sonia Velestri: Gladys

Gabriela Bernardo: Trindade

Héctor Parra: Trujillo

Mariana Karr: Lolita

Patricio Borghetti: Ângelo

Mariana Sánchez: Glória

Nayeli Pellicer: Sara

Esteban Franco: Fidélio

Marciela Fernández: Mayita

Omar Villanueva: Valdívia

Mauricio Rodríguez: Roña

Elizabeth Arciniega: Rocha

Natush: Evelyn

Ruth Sheinfeld: Mãe de Evelyn

Antonio Escobar: Pai de Evelyn

Marijose Valverde: Socorro

Shirley: Mãe de Socorro

Paco Lozano: Pai de Socorro

Paulina Martel: Pirueta

Rebeca Manríquez: Mãe de Pirueta

Irina Wilkins: Romina

Rosario Contreras: Mãe de Romina

Javier Yerandi: Pai de Romina

Leo Navarro: Heitor

Patricia Ramírez: Alessandra

Arturo Paulet: Rivera

Evelyn Solares: Camila

Arturo Barba: Polo

Antonio Escoba: Ramiro

Jorge Ortín: Pepe

Oscar Ferreti: Aurélio

Miguel Priego: Félix

Sara Monar: Mercedes

Sergio Sama: Carlos Hernández

Jorge Santos: Advogado Morfin

Adriana Laffán: Margarida

René Casados: Jorge

Cristiane Aguinaga: Débora

Ricky Mergold: Pancho

Hany Sáenz: Montserrat

Yousi Díaz: Norma Malpica

Benjamín Islas: Tibúrcio

Eugenia Avendaño: Tia Edwiges

Gustavo Negrete: Gastão

Paola Ochoa: Ramona

Arturo Farfán: Mudo

Angie Toledo: Susana


PERFIL DAS PERSONAGENS

Maria Belém (Danna Paola) – é uma menina de seis anos, alegre e muito esperta. Mas, às vezes, acaba se metendo em algumas confusões. Mesmo após perder seus pais adotivos em um acidente, continua uma criança otimista e cheia de vida.

Ana (Nora Salinas) – psicóloga, sua especialidade é cuidar de crianças. É uma mulher doce e de bom coração. Tem um caráter firme e não gosta de ofender as pessoas. Busca a felicidade e está sempre disposta a mudar o mundo.

Pablo (René Laván) – é o verdadeiro pai de Maria Belém. É um jornalista bem sucedido. A única coisa que quer na vida é encontrar sua filha. Não tolera mentiras.

Úrsula (Maya Mishalska) – mulher de trinta anos. Passou uma infância muito rica, mas perdeu sua fortuna. Tornou-se uma mulher amarga e frustrada. Após a morte de seu pai, dedica-se em tempo integral ao Instituto Brighton, o colégio interno que recebe Maria Belém.

Bruno (Yurem Rojas) – garoto de oito anos, muito esperto, inteligente e com uma imaginação imensa. Torna-se amigo de Maria Belém. É filho de Antônio e Valéria.

Antônio (Luis Xavier) – um homem atraente e sério. Rico, vive em uma fazenda fora da cidade. È muito rígido com seu filho Bruno. Acha que pode mandar em todas as pessoas.

Valéria (Alejandra Barros) – é uma mulher muito bonita. Atriz, abandonou a carreira para se casar com Antônio. Sente muita falta da profissão e um pouco frustrada. Isso acaba se refletindo no casamento, causando muitas brigas.

Rogério (Harry Geithner) – é um homem atraente e de boa família. Para ele, o mais importante na vida é o dinheiro. Muito ambicioso, nunca tem boas intenções.

Malena (María Marcela) – mulher de Rogério, é uma mulher linda e sensual, um pouco vulgar. Ela vai se meter em grandes problemas.

Lucrécia – fofoqueira, intrometida e hipócrita. Quer roubar o lugar de Úrsula.

Refúgio – é um senhor de 60 anos, mas ainda muito forte e disposto. É um homem do campo e adora os animais. Resmunga o tempo todo, pois se sente solitário desde que perdeu a esposa. Adora as crianças.

Teresa – é uma mulher madura e sensível. É muito boa para Maria Belém.


INTRODUÇÃO

Maria Belém foi uma telenovela infantil mexicana, exibida no Brasil em 2002. Teve Danna Paola no papel principal. É um remake da telenovela "La recogida", produzida pela Televisa em 1971, protagonizada por Silvia Dérbez e Antonio Medellín.


RESUMO

Maria Belém é uma adorável menina de seis anos, que recentemente perdeu seus pais adotivos em um acidente. A garotinha fica, então, com seu tio Rogério, um homem ambicioso e malvado, que planejou a morte de seu meio irmão Afonso e de sua cunhada Patrícia, os pais de Maria Belém, para poder ficar com a herança.

Mas o que Afonso não esperava é que Maria Belém fosse escapar do acidente, tornando-se a herdeira universal dos bens da família García Pineda. Para se livrar da criança, Rogério coloca Maria Belém em um colégio interno.

A única coisa que Maria Belém consegue levar para sua nova vida é um pequeno cofre, com papéis e fotografias, que sua mãe Patrícia havia lhe dado.

A verdadeira mãe de Maria Belém, Alessandra, morreu poucos dias depois de dar a luz. E seu pai, Pablo, foi para o exterior sem saber que Alessandra estava grávida.

No colégio interno, Úrsula, a diretora, é uma solteirona amarga, que foi desprezada por Pablo. Ela o culpa por todas as frustrações de sua vida. Ao descobrir que Maria Belém é filha de seu grande amor, Úrsula começa a perseguir a menina e a faz vítima de incontáveis injustiças.

Mas a fantástica imaginação de Maria Belém ajuda a menina a encarar suas dificuldades com otimismo e bom humor.

Quando volta ao México, Pablo tenta localizar Alessandra, por quem sempre foi apaixonado. Ao descobrir que ela morreu, Pablo fica muito triste e decide procurar sua filha.

Pablo conhece Ana, uma psicóloga que trabalha no colégio de Maria Belém. Logo os dois se apaixonam.

No colégio interno, Maria Belém vive dias muito tristes, por causa da crueldade de Úrsula, mas também vive momentos de grande alegria com seus novos amigos: Socorro e Romina, suas companheiras de estudo, o velho Refúgio, que trabalha na fazenda vizinha, e Bruno, filho do dono da fazenda.

A pequena Maria Belém terá de vencer muitos obstáculos para encontrar a verdadeira felicidade.


COMENTÁRIOS

Maria Belém tinha uma difícil missão, substituir o fenômeno Carinha de Anjo. E não fez feio, pois ainda que tenha caído a audiência em relação a trama anterior, Maria Belém alcançou ótimos índices.

A história já era mais que conhecida: órfã não sabe de seu verdadeiro pai. Não por isso foi uma novela ruim, pelo contrário, apesar de alguns tropeços, Mapat usou uma boa história e com um elenco razoável garantiram uma boa novela.

Para começar, Danna Paola como Maria Belém, a triste garotinha que veio para trazer alegria a todos brilhou. Sua interpretação foi espetacular para uma menina tão pequena. Danna deverá ter um ótimo futuro na Televisa se continuar, pois talento tem de sobra.

No elenco adulto, Nora Salinas decepcionou um pouco, não pela atuação, mas pela personagem. É verdade que há tempos ela vinha demonstrando merecer uma protagonista, mas Ana del Río foi algo bem inferior aos seus trabalhos anteriores (mesmo como coadjuvante) e como protagonista. Junto a ela, René Laván, que mesmo com uma atuação sofrível, teve mais destaque que ela. O casal também não foi dos mais empolgantes, já que eles até já eram namorados e logo se casaram, e essa relação foi poucas vezes abalada. Por um lado isso é bom, mas a verdade é que pouca coisa aconteceu com Ana e Pablo, e com ela, menos ainda, já que ele ainda estava em busca de sua filha.

Marcela Paez fez muito bem o papel da tímida e recatada Cláudia, a irmã de Ana assediada por Tio Rogério. Foi uma excelente subtrama, e rendeu ótimos momentos aos dois atores. Com um leve toque cômico, Dacia Arcaraz era Malena, a atrapalhada amante e cúmplice de Rogério. Harry Gaithner esteve inspirado como o vilão da história, e aproveitou bem a chance de finalmente ter um papel maior.

Outra boa subtrama era a que envolveu a família de Bruno, o melhor amigo de Belém. Alejandra Barros e Luis Xavier viveram um conflito não tão abordado nas novelas infantis: o peso da fama e do trabalho destruindo um casamento. Na escola, as meninas invejosas foram más demais para a pobre, maldade essa também cometida por Lucrécia, a inspetora da escola, brilhantemente interpretada.

Mas o maior destaque, sem sombra de dúvidas, foram as vilanias de Úrsula Arana, uma vilã como há tempos não se via assustando as criancinhas. Seja com o cemitério de carteiras ou os fantasmas da escola, ela brilhou absoluto do primeiro ao último capítulo, quando era punida com a prisão, também pudera, sua maldade passou dos limites ao amarrar Maria Belém e deixa-la em uma tempestade.

Mas também houveram coisas ruins na novela. A começar pelo personagem de Xavier Márc, o tal Serrano, um mafioso que Pablo, como repórter, perseguia. Foi algo absolutamente desnecessário na novela, e gerou uma certa dose de violência que não cabia para o público alvo da novela.

Outro erro grave foi ter deixado de lado justamente o lado infantil da história, dando espaço a uma história forte de maltratos infantis e mafiosos. Talvez tenha sido esse o maior erro da história, pois tirando as travessuras de Maria Belém e Bruno, pouco havia de infantil na novela. Até porque algumas das maldades cometidas contra a heroína eram pesadas demais, se considerar que se tratava de uma criança numa novela para crianças.

Apesar disso, o último capítulo foi muito bonito, mostrando a felicidade pela mais esperada revelação: Pablo era o pai de Maria Belém. O encontro dos dois, depois de saber da notícia, foi realmente emocionante. Cabe salientar também uma aparição dos Rabanitos Verdes, grupo que interpretada o belo tema de abertura junto a Danna Paola. Outro ponto positivo vai para a abertura da novela, excelente.

Com tudo isso, Maria Belém foi uma novela de erros e acertos, mas que perdeu a oportunidade de ser mais alegre e comovedora para mostrar o lado triste sombrio da infância, mas que não deixou de ser encantadora.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O feitiço mexicano

Se a Globo comemora ao anunciar que Da cor do pecado foi vendida para mais de 100 países, o que faria se tivesse produzido Maria do Bairro, trama mexicana comercializada para 180 países? Muitos podem xingar à vontade, dizer que não gostaram, mas o fato é que, sempre, as novelas “enlatadas”, aquelas que vêm prontas do exterior, invadiram a nossa praia e criaram seu público fiel. Na verdade, a Globo exporta para menos países que os mexicanos até porque seu preço de venda é, assim como no custo de produção original, bem mais alto. A diferença entre a qualidade de uma e de outra é evidente.

Mas acreditar que o público que assiste a essas novelas estreladas por atores com camadas extras de maquiagem é formado pelas classes mais baixas é bobagem. Um bom exemplo disso foi a colombiana Betty, a feia, da RedeTV!. De acordo com o Ibope, 40% do público da novela estava entre as classes A e B. A história da menina feia que se apaixonava por um bom partido, vista em mais de 100 países, fora suas adaptações locais, garantiu à rede brasileira, uma média de 6 pontos de audiência.

Quando ensaiava retomar seu núcleo de teledramaturgia, a Record também passou a investir nas enlatadas, exibindo Joana, a virgem, que rendeu média de 5 pontos de audiência, e com todo seu espaço comercial vendido, a trama abriu espaço para mais uma enlatada, Um amor de babá, porém, esta não emplacou.

Então a pergunta é: por que um país com uma tradição em novelas como o nosso se mantém enfeitiçado por essas produções?

Para o representante da distribuidora de novelas latinas Tepuy, Roberto Filippelli, é um erro nos chocarmos com a invasão latina, pois os folhetins brasileiros nada têm a ver com o folhetins mexicanos, colombianos e venezuelanos; são produtos diferentes e existe público para todos, diz ele.

Filippelli, que já foi diretor da Globo na Europa, explica que a diferença crucial está na narrativa e no número de tramas paralelas que existem nos dois tipos de novela: a trama brasileira tem 40 personagens e milhares de núcleos interligados por uma trama principal; se um núcleo não der certo, o autor aposta em outro. A trama mexicana é bem mais simples: há poucos núcleos e a história é focada nas personagens principais; também não há mudança drástica: a mocinha sempre será boa e a vilã, má. O que não quer dizer que a história seja ruim, pelo contrário, ela é de fácil entendimento e prende mais a atenção.

O fenômeno mexicano já criou frutos no SBT, que teve uma sólida parceria com a rede Televisa - a maior produtora de teledramaturgia do mundo. A emissora brasileira decidiu temperar o enlatado com algumas pinceladas verdes e amarelas e passou a refazer as tramas com atores nacionais. Amor e ódio, Marisol, Pícara sonhadora, A pequena travessa, Jamais te esquecerei, Canavial de paixões, Seus olhos, Esmeralda, Cristal, Os ricos também choram, Maria Esperança e Amigas e rivais circularam pelo horário nobre da rede.

Certa vez, Jacques Lagôa disse que a grande vantagem de se comprar uma obra pronta era que não se corria risco algum, já que as novelas já haviam sido testadas e era possível fazer um estudo mais detalhado da história. No ato da compra, a emissora já sabia quantos cenários iria utilizar, quantas locações iria fazer, o gasto que teria, e os atores já sabiam o começo, o meio e o fim de suas personagens; não se corria o risco de ter de mudar a linha da personagem ou do autor.

A Globo tentou fazer o caminho inverso e se deu mal. Para tentar entrar no mercado internacional, fez uma parceria com a rede Telemundo. Juntas, fizeram uma adaptação hispânica de Vale tudo, que foi exibida nos EUA. O que era sucesso garantido se transformou em mico. A trama adaptada acabou mais cedo que o previsto e foi batida no Ibope por O privilégio de amar, da Televisa.

O escritor Mauro Alencar, é fã confesso das tramas enlatadas: As histórias são bem contadas, têm temas universais e interessantes. É provado que o povo latino adora melodramas.

Alencar lembra, ainda, que as primeiras novelas nacionais nada mais eram do que cópias das mexicanas. Na década de 60, a cubana Gloria Magadan, que deu origem à teledramaturgia brasileira, era a encarregada de fazer as adaptações das tramas para a Rede Globo. O padrão usado pela Televisa é o mesmo usado por Gloria, que introduziu a telenovela no Brasil.

Para ele, não há como negar a qualidade das novelas globais, que são insuperáveis, mas na TV brasileira há espaço para todo mundo: Nossas novelas são de tirar o chapéu, mas podemos ficar com a mexicana, com a brasileira e com a brasileira-mexicana.

Comprar enlatados realmente dá lucro. Em 2003, enquanto um capítulo de novela da Globo consumia cerca de R$ 100 mil, um da mexicana Televisa não custava mais que R$ 60 mil e era vendido aqui por cerca de R$ 5 mil. Enquanto a trama das 8 da Globo ganhava cerca de R$ 170 mil por cada 30 segundos em seu intervalo comercial, uma mexicana do SBT não rendia mais do que R$ 45 mil, mas o lucro era certo e imediato.

Tamanha economia na produção das mexicanas é fácil de entender e somente para relembrarmos: Não há construção de cidades cenográficas, como aqui; os cenários são poucos, mal acabados e parecidos com os de peças teatrais (só com fachadas); quase não há cenas externas; quando a personagem viaja, um pôster ao fundo do estúdio indica onde ela estaria; os figurinos são reaproveitados e é normal ver o galã com o mesmo terno em 30 capítulos; o enquadramento das cenas também é sempre o mesmo: cheio de closes nos rostos das personagens para disfarçar a precariedade da produção e os atores não decoram os textos, usam ponto eletrônico.

Porém, por mais simples que sejam, as telenovelas sempre fizeram e sempre farão parte da televisão brasileira. E, mesmo com toda esta simplicidade os “dramalhões” mexicanos e latinos, em geral, têm muitos fãs, inclusive eu.

O direito de "chorar"

O melodrama televisivo tomou relevância quando um escritor e um elenco cubanos criaram a primeira estrutura para chorar e sonhar através de uma história narrada em 314 capítulos, transmitidos diariamente, a mesma hora: El derecho de nacer.

Antes, nos inícios dos anos trinta, apareciam os primeiros segmentos dramatizados, de breves espaços de 15 a 30 minutos, chamando a atenção dos ouvintes em vários países e que levou ao progresso da adaptação. Começou-se a escrever roteiros baseados nas histórias de Julio Verne, Alejandro Dumas, Emilie Zola, entre outros clássicas.

O atrativo era escutar vozes dramatizando a história, com escassos efeitos de som, que pela primeira vez permitiam conhecer a boa literatura até a quem não sabia ler.

Nos Estados Unidos fez-se história antes de 1940, quando se adaptou à rádio A guerra dos mundos, e milhares de rádioescutas que seguiam as narrações afirmaram que a Terra estava sendo tomada por marcianos. Este acontecimento foi definitivo para apostar na credibilidade que se podia obter na rádio.

Mas foi em Havana que se formou a estrutura dramática da radionovela, que se mantém intacta até hoje nas telenovelas mais vendidas do mundo em pleno século 21, movendo as emoções através do amor, traição, triângulos amorosos, vilãos e apaixonados.

Há mais de setenta e três anos (desde 3 de janeiro de 1937), Cuba ouviu estrear a primeira radionovela dramática da América Latina: Chan Li Po, do autor Félix B. Caignet, quem, em 1948, criou seu primeiro sucesso internacional: El derecho de nacer.

O avanço diário de cada capítulo cativou o público latino-americano como nunca antes havia ocorrido com um programa de rádio. Alguns cinemas, nesse horário, suspendiam a sessão do filme para garantir que seus espectadores desfrutassem sem a preocupação de perder um episódio, e transmitiam, pelos alto-falantes da sala, o capítulo do dia.

Ainda que em 1954 a emissora venezuelana RCTV foi quem estreou a primeira telenovela, sob o título de seu próprio patrocinador “Camay”, transmitida em capítulos de 15 minutos e ao vivo, a Televisa é reconhecida como a mãe das companhias produtoras de histórias dramáticas, a partir de Senda prohibida, da escritora Fernanda Villeli, que foi ao ar em 9 de junho de 1958.

Desde então, a Televisa já produziu mais de 700 telenovelas e alcançou cerca de 150 países, demonstrando que as histórias humanas são comuns a todos e que a atitude diante da televisão quase é invariável de uma extremidade a outra do planeta: queremos desfrutar do entretenimento que nos faça viajar através de nossas emoções e sonhos.

A Televisa tem colocado em sua tela roteiros de escritores de vários países, marcando especial ênfase em criações de escritores cubanos de todos os tempos, e adquirindo direitos de radionovelas originais cubanas para convertê-las em êxitos televisivos. Poucos sabem que muitas telenovelas da Televisa tiveram sua origem em Cuba.

A força da telenovela é mais intensa hoje, com mais de 60 anos, desde que a rádio conseguiu suas primeiras dramatizações. A qualidade da imagem, as cores, os efeitos especiais e o som fizeram a ficção se aproximar da realidade.

As telenovelas nunca desaparecerão. Não podemos nos desprender da essência que constitui o viver. As paixões são um alimento espiritual capaz de pospor qualquer plano pessoal. Emocionar-se é sempre a oportunidade de voltar a sentir “o direito de chorar”.

21 de abril: Dia da latinidade

Dá-se o nome de "latinidade" ao conjunto dos povos latinos e seu respectivo modo cultural e social de ser. Antes da fundação de Roma, os povos que habitavam a região da Itália eram chamados "itálicos", de origem indo-europeia. Eles chegaram à região, muito antes da destruição de Troia e mesclaram-se aos nativos, dando origem a grupos e subgrupos (latinos, faliscos, prenestinos, úmbrios, oscos etc.). O povo latino era o mais famoso desses grupos e habitava os arredores de Roma, na Itália central.

Não se pode afirmar que tenha havido ou que haja uma raça latina. É notório, porém, que há um grupo latino de povos ou nações que se tornaram irmãos por afinidades linguísticas e por um desenvolvimento histórico comum. Esses povos habitam hoje o Oeste, o Leste e o Sul da Europa, espalhando-se também pelas Américas Central e do Sul.

Seja qual for a origem exata dos povos latinos, sabe-se que não só se uniram a outros povos, como também mesclaram seus costumes. Pode-se dizer que a característica principal do povo latino é a da pluralidade. Dessa forma, o conceito de "latinidade" se amplia, ganhando a forma do pluralismo cultural e da miscigenação.

O Brasil é um país com profundas raízes latinas, trazidas pelos colonizadores portugueses e reforçadas pela imigração dos trabalhadores italianos e de outros povos. Mas nossa latinidade torna-se única e fortalecida quando percebemos a influência negra e indígena existente em nossa cultura.

Essa "tropicalização" da latinidade fez do Brasil um gigante pluricultural que pode enfatizar as palavras de Jorge Amado: "Sou brasileiro puro-sangue [...] uma mistura de português, de negro, de índio, de italiano e, possivelmente, em medida igual, de alemão e de árabe". É justamente essa mistura de raças e de culturas que torna o povo brasileiro único em identidade, capaz de se ajustar criativamente a toda e qualquer realidade.

Atualmente, a mundialização da tecnologia e da economia, ou seja, a "globalização", tende a uniformizar os hábitos e a cultura, beneficiando os países mais poderosos. Torna-se necessário, pois, reforçar e valorizar a latinidade, visto que a identidade dos povos que habitam a América Latina é a principal característica que pode nos manter unidos, na defesa de nossos interesses. O desenvolvimento justo e necessário de nosso continente depende da preservação de nossa herança latina.

Fonte: www.paulinas.org.br

OBS.: Em alguns países essa data é celebrada dia 15 de maio.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Os controversos remakes e a crise dos escritores

Porque faltam histórias originais? Porque continuam fazendo versões modernizadas de êxitos já apresentados? Porque o mercado está monopolizado por versões de telenovelas sul-americanas? São as consequências dos “remakes”.

Lucía Méndez e Verónica Castro são ícones da telenovela mexicana. A primeira impôs vanguarda na temática das histórias em que atuou, Verónica foi a heroína clássica; ambas deram vida a mulheres que saiam da adversidade para encontrar o amor e a felicidade, e este continua sendo o eixo central de uma telenovela.

Muitas dos romances que elas protagonizaram e nutriram na época dourada dos mais de 50 anos de história da telenovela, continuam dando volta na telinha, um pouco mais modernizados, e, agora, transformados em “remakes”.

Este recurso, que começa a desgastar o gênero, está mais vivo que nunca. O telespectador se lembra das temáticas, mas continua assistindo como uma forma de entretenimento caseiro. E as que se apresentam como novidades, também já não são mais, são adaptações de êxitos de outros países.

A audiência diz por si só: as três recentes histórias que quebraram recordes de audiência no México foram: Destilando amor, A feia mais bela e Fuego en la sangre, transmitidas em horário nobre, com finais aos domingos. As três foram baseadas em histórias colombianas de êxito internacional: Café com aroma de mulher, Betty, a feia e Paixões ardentes.

Mas o remake não é somente uma calamidade atual, a telenovela nasceu como uma adaptação da radionovela, gênero dominado pela criatividade cubana. Isso marcou a linha a ser seguida até hoje: as histórias já existiam, somente fazia falta adaptadores, não escritores.

Ainda que no México houve uma grande geração de nomes que contribuíram com suas ideias para as telenovelas originais, como Fernanda Villeli, Marissa Garrido, Carlos Olmos, Eric Vonn, Yolanda Vargas Dulché, Cuauhtémoc Blanco, entre outros, a enorme capacidade de produção e conversão do México no país das telenovelas fez com que persistissem os melodramas adaptados, que antes obtiveram reconhecimento em outras latitudes, prática que tem-se acentuado nos últimos anos.

Com relação às perguntas do início do post, a resposta de produtores e atores é simples: “Há crise de escritores. Os especialistas asseguram que as emissoras não querem se arriscar e, por isso, reciclam êxitos já testados”.

Produtores como Carla Estrada (Paixão) e Nicandro Díaz (Amanhã é para sempre), argumentam que isto se deve à globalização. Enquanto que outros, como as escritoras mexicanas María Zarattini, Martha Carrillo e o diretor Raúl Araiza, não deixam de sustentar a tese da crise de autores.

De fato, até mesmo Lucía Méndez disse ao jornal El universal: “Não é para magoar ninguém, mas existe a crise de escritores. O mais importante em um projeto é o roteiro, e, logicamente, as estrelas de peso ”.

Raúl Araiza complementa: “...e a crise existe porque, em primeiro lugar, não se dá oportunidade aos escritores existentes e, tampouco, às pessoas novas. O momento que nosso país deixou de dominar o mercado dos melodramas (quanto à criação de histórias), foi quando começou-se a importar tanta telenovela sul-americana, deixando de lado autores mexicanos que desenvolveram tantas telenovelas”.

María Zarattini, quem escreveu Paixão, afirma “Não temos muitos escritores. Na realidade, nunca tivemos muitos. Considero que deveria haver escolas para formá-los..., existe falta de confiança das empresas em relação aos escritores e, como querem segurança, buscam êxitos no exterior”.

Por sua vez, o produtor Nicandro Díaz insiste que a situação atual é produto da globalização: “O fato de haver telenovelas estrangeiras adaptadas à idiossincrasia mexicana é parte disso. A Televisa é a empresa mais importante de língua espanhola que produz telenovelas e assim também faz com que suas histórias recorram a outros lugares tendo suas adaptações”.

A Sociedad de Escritores de México (SOGEM), tem um departamento de televisão encarregado de entregar roteiros à Televisa e à TV Azteca, mas, de acordo com sua titular Gloria López, estes não são levados em consideração, pois as produtoras preferem utilizar seus escritores exclusivos como “simples adaptadores”, enquanto que os materiais enviados são descartados.

A alma não tem cor


NOME ORIGINAL
El alma no tiene color

ESCRITOR
Joselito Rodríguez

PRODUTOR
Juan Osorio

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
102

ANO DE GRAVAÇÃO
1997

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
El alma no tiene color

INTÉRPRETE
Laura Flores e Marco Antonio Solís

Anda luz de mis ojos
ven y alúmbralo allá donde está.
Cuéntame que lo nuestro
no quedó en la distancia,
que aquí todo es mentira sin su verdad.

Vuela aire que cantas
y haz morir nuestra vieja canción
y le muy suavemente
que es todo a mi presente
que estás siempre en mi mente y en mi corazón.

Que es un infierno su ausencia
y sus brazos las llaves de mi prisión
que es mi vida un vacío
y me inyectó en su brillo, en su dirección.

Cual paloma sin nido
abrigada en la esencia de nuestro amor.
Bueno es sí lo prohibido
y lo llevo escondido
en el alma más hundido en color amor.

Luna de enamorados
tú que sabes decir sin hablar
dime si haberlo amado es mi eterno pecado
pues lo llevo callado en la intimidad.

Que es un infierno su ausencia
y sus brazos las llaves de mi prisión
que es mi vida un vacío
y me inyectó en su brillo, en su dirección.

Cual paloma sin nido
abrigada en la esencia de nuestro amor.
Bueno es sí lo prohibido
y lo llevo escondido
en el alma más hundido en color amor.


ELENCO

Laura Flores: Guadalupe Roldán

Arturo Peniche: Lisandro do Alamo

Celia Cruz: Amália

Zayda Aullet: Estrelinha

Lorena Rojas: Ana Luísa Roldán do Alamo

Claudia Islas: Bethânia

Carlos Cámara: Humberto Roldán

Aracely Arámbula: Margarida Roldán

Patricia Navidad: Sara Hidalgo Roldán

Ofelia Guilmain: Aline do Álamo

Rafael Rojas: Luís Diego Morales

Ernesto d'Alessio: Papalote

Eduardo Luna: Rodrigo

Kuno Becker: João José

Christian Ruby: Alexandrina

Serrana: Mônica

Maribel Palmer: Isadora

Xavier Marc: Román / Romão

Oswaldo Sabatini: Victor Manuel

Erika Buenfil: Diana Alcantara

Gaby Goldsmith: Samira


PERFIL DAS PERSONAGENS

Guadalupe Roldán (Laura Flores) – jovem bonita e elegante, ela pertence a uma das famílias mais poderosas de Monterrey. Por uma série de circunstâncias, é obrigada a se casar com Lisandro do Álamo. Apesar de ser loira, Guadalupe dá a luz a uma criança negra, o que gera vários conflitos em sua vida.

Lisandro do Álamo (Arturo Peniche) – milionário de personalidade forte, é acostumado a vencer os desafios da vida. Desde pequeno é apaixonado por Guadalupe, com quem se casa depois de um acordo entre as famílias.

Amália (Célia Cruz) – é a verdadeira mãe de Guadalupe. Assim que a criança nasce ela a entrega a Humberto Roldán para que Guadalupe seja criada como filha legítima de sua esposa, Sara. Amália se sacrifica trabalhando como babá de sua própria filha.

Humberto Roldán (Carlos Cámara) – pai de Guadalupe, ele é um homem autoritário. Para evitar a ruína financeira e o desprestígio social, é capaz de vender sua própria filha Guadalupe.

Aline do Álamo (Ofélia Guilmain) – mãe de Lisandro, ela é uma mulher dominadora que deseja que o filho se case com Mônica. Não quer que Lisandro continue ao lado de Guadalupe por ela ser filha de uma negra.

Ana Luisa (Lorena Rojas) – prima de Guadalupe, tem muitos complexos, principalmente por ser pobre. Possui uma deficiência física. Carrega dentro de si os piores sentimentos.

Betânia Roldán (Claudia Islas) – mãe de Ana Luisa e irmã de Humberto. É uma mulher complexada por ser pobre. Tem dupla personalidade. À noite, comporta-se de forma estranha e é cheia de mistérios.

Luis Diego Moura (Rafael Rojas) – romântico e carinhoso, ele pertence à classe média. Vive com seu avô Fulgêncio. Ama Guadalupe e sonha em se casar com ela. Torna-se vítima da covardia de Humberto ao ser acusado e preso por um crime que não cometeu.

Sara Hidalgo (Patricia Navidad) – jovem bonita, mas de pouco estudo, ela vende salgadinhos em frente à escola onde Luis Diego trabalha. É apaixonada por ele. Luis Diego se propõe a dar aulas para ela.

Margarida Roldán (Aracely Arábula) – irmã mais jovem de Guadalupe. Excelente atleta, ela se prepara para participar dos Jogos Olímpicos, ainda que para isso tenha que sacrificar seu amor por João José.

João José (Kuno Becker) – professor de natação e namorado de Margarida. Teme que Humberto Roldán, pai da moça, interfira no relacionamento devido às diferenças sociais. É amigo e confidente de Luis Diego.

Papalote (Ernesto D’Alessio) – rapaz de bom caráter, ele trabalha como mecânico e é vizinho de Sarita, por quem é apaixonado. Quando conhece Margarida, porém, seus sentimentos se transformam.


INTRODUÇÃO

Esta telenovela é uma adaptação do filme mexicano dos anos 40 Angelitos negros. Sua mensagem principal era contra o preconceito racial, uma vez que a personagem principal era branca e tinha uma filha negra.


RESUMO

A trama contava a história de Guadalupe Roldán a filha mais velha de uma familia tradicional falida, para solucionar os problemas financeiros da família, o pai obriga Guadalupe a se casar com um homem que não ama, depois de uma desilusão com o verdadeiro amor da sua vida Guadalupe cede às pressões e se casa com o milionário Lisandro do Álamo.

No início da relação, Guadalupe sente que jamais irá amar Lisandro. O marido, no entanto, apaixonado pela moça desde quando eles eram crianças, tenta de todas as formas conquistar o coração de Guadalupe. Sugere a ela que um filho poderia consolidar a união do casal.

Com o passar do tempo, o amor de Lisandro é retribuído. Guadalupe descobre que o marido é um grande homem e se apaixona. Logo ela fica grávida e realiza o sonho de Lisandro.

Porém o que ninguém sabe é que Guadalupe na verdade é filha de uma empregada negra da casa.

Ansioso pela chegada do herdeiro, o milionário é surpreendido quando Guadalupe dá a luz a uma menina negra. O bebê é motivo de desconfiança, pois Gaudalupe e Lisandro têm pele clara. O que faz com que o marido e a sogra achem que Guadalupe é adultera.

Na verdade, a criança tem características genéticas da avó, Amália, uma senhora negra que é a verdadeira mãe de Guadalupe mas que sempre se passou por sua babá – no passado Amália teve um romance secreto com Humberto Roldán, o pai de Guadalupe.

Lisandro acusa a mulher de adultério e decide se divorciar, ao mesmo tempo em que Guadalupe é pressionada pelo pai, Humberto Roldán. Sem poder defender sua filha, Amália se vê obrigada a manter o segredo.
Aproveitando-se da situação, a perversa Ana Luisa, que por ser pobre sempre se sentiu inferior a Guadalupe, faz de tudo para se casar com Lisandro.

Desolada Guadalupe rejeita a própria filha, até que a verdade é revelada, mais a menina é sequestrada e abandonada, Guadalupe vai embora do país.

Algum tempo depois a menina é encontrada pelo pai, que se casa com a prima de Guadalupe uma jovem perversa e invejosa. Anos depois a filha de Guadalupe é uma criança encantadora e esperta que sofre com o desprezo da avó paterna e da madrasta que ela acredita que é sua mãe.


COMENTÁRIOS

A alma não tem cor foi uma novela bastante problemática, repleta de tropeços e confusões, mas que ainda assim não deixou de ter suas boas coisas.

O produtor Juan Osório vinha de um mega êxito de nome Marisol, ou seja estava com a moral alta na Televisa. El alma no tiene color estreou as 17h no Canal de las Estrellas, e no início até teve boas audiências se considerar que era a tarde.

A novela depois de um tempinho foi remanejada de horário e foi para as 21h30, para substituir a fracassada, porém, elogiada Pueblo Chico, infierno grande e desde então ficou taxada pelo seu fracasso.

O elenco era muito bom para a época, Laura Flores teve seu primeiro protagônico após a vilã Sandra em Marisol, Arturo Peniche já há muito tempo famoso, Claudia Islas, que também vinha de Marisol fora sua já consolidada carreira, Patricia Navidad, em alta depois de Cañaveral de Pasiones, Lorena Rojas, Rafael Rojas, enfim um bom elenco, que realizaram em sua maioria boas atuações por que tinham papéis interessantes, o problema era que a história era geneticamente impossível, aliás qualquer um que saiba um pouco de genética percebe que Estrelinha nunca seria filha de Guadalupe e Lisandro.

O grande destaque ficou por conta de Lorena Rojas, como a invejosa e amargurada Ana Luísa. Queixava-se por ser manca, míope e feia. Porém sua maldade não acabava quando ela se tornava uma bela mulher. Em sua meta de destruir Guadalupe, Ana Luísa tornou-se uma grande vilã. O problema é que chegou uma hora que não haviam mais maldades para ela fazer, então colocaram um interesse amoroso por Victor Manuel, o novo amor de Guadalupe. Porém, mesmo com alguns deslizes na história, a atuação de Lorena Rojas valeu a pena.

Outro destaque foi Patricia Navidad como a carismática Sarinha, irmã bastarda de Guadalupe. Simples e generosa, conquistou o público pouco a pouco. Outra boa atuação de Paty.

Cláudia Islas, em seu último trabalho na Televisa, teve um interessante personagem, a tia Bethânia, melhor conhecida como “Sereia”, uma mulher que mantinha a digníssima classe durante o dia, mas quando anoitecia, saía para roubar milionários na pele de uma cantora.

Laura Flores, apesar de tudo, conseguiu passar toda a dor de Guadalupe. A heroína não passava um capítulo sem derramar uma lágrima. O momento em que ela descobre a morte de seu amado Lisandro foi muito marcante. O desespero da personagem foi muito real.

No quesito má atuação, ninguém supera Célia Cruz. A cantora cubana foi colocada na novela para chamar a atenção, e ela bem que tentou se sair bem, mas não adiantava. Ela era simplesmente péssima. A solução foi diminuir seu espaço na trama. Tanto que as vezes, os personagens perguntavam “Onde está Amália?”, o jeito era dizer “Ela está deprimida em seu quarto”. Lamentável.

O problema da história era sua lentidão, pelo menos a princípio. Logo depois de um início promissor, a novela se perdeu, e ficou parada, sem ter para onde ir.

Mas se antes nada acontecia, depois aconteceu de tudo. Pobre Guadalupe, primeiro casada a força, depois rejeitada quando tinha uma filha negra, vítima de infâmias e intrigas de Ana Luisa , vira uma cantora em um centro de nome duvidoso “Sapo Apaixonado”, todos acham que virou uma mulher baixa, quando pensa em virar cantora. Roubam sua filha, vai procurar a criança e não acha. Anos depois (e ainda sofrida), e após ter a decepção de ver seu grande amor se casar com a vilã, descobre que sua mãe é a babá, que foge, fica nas mãos de Luis Diego, finalmente encontra sua filha, quando tudo parecia bem, mais um golpe, morre Lisandro. Guadalupe agora louca, quando recobra a lucidez, se apaixona por Victor Manuel. Diana morre, Guadalupe vai presa, e pra arrematar fica tuberculosa na prisão, haja sofrimento, e olha que as desgraças da família nem foram citadas (paralisia, alcoolismo, irmã perdida).

Ou seja, a historia virou uma bagunça só, ainda mais quando Arturo Peniche se desentende com o diretor da novela, Otto Sirgo, e deixa a história, entram novos personagens para dar continuidade a saga de Guadalupe, são eles: Victor Manuel, o médico que atende Guadalupe em sua fase de loucura, Diana, médica interessada em Victor Manuel e Samira, irmã de Victor Manuel e antigo amor de Luis Diego.

Depois de tanta bagunça, quando finalmente Guadalupe ia encontrar a felicidade, ela resolve de um minuto para outro ficar só, de repente aparece FIM…

A alma não tem cor foi uma novela incoerente, teve boas intenções, ao tentar mostrar uma história bastante diferente, e que ainda abordou a questão do racismo, mas se perdeu.

Em meio a menos altos que baixos, a novela terminou esquecida.

Preciosa


NOME ORIGINAL
Preciosa

ESCRITORA
Olga Ruilópez

PRODUTOR
Pedro Damián

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
76

ANO DE GRAVAÇÃO
1998

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Girando en el tiempo

INTÉRPRETE
Irán Castillo

Como siempre voy girando en el tiempo
para encontrarme otra vez junto a ti.

Voy buscando el calor de tus manos,
equilibrio sin fin para mí.
Y juntos nos vamos a un sueño lejano,
siento que vuelo si estás a mi lado.
Te llevo conmigo atado a mi alma,
por siempre en el tiempo estarás junto a mí.

Voy buscando el calor de tus manos
equilibrio sin fin para mí.
Y juntos nos vamos a un sueño lejano,
siento que vuelo si estás a mi lado.
Te llevo conmigo atado a mi alma
Por siempre en el tiempo estarás junto a mí.

Y juntos nos vamos a un sueño lejano,
siento que vuelo si estás a mi lado.
Te llevo conmigo atado a mi alma
por siempre en el tiempo estarás junto a mí.


ELENCO

Irán Castillo: Preciosa Ruíz / Estrela

Mauricio Islas: Luiz Fernando Santander

Francisco Gattorno: Álvaro San Román

Nailea Norvind: Valéria San Román

Alfonso Iturralde: Roberto San Román

Felicia Mercado: Enriqueta San Román

Ingrid Martz: Alma San Román

Roberto Ballesteros: Sandro

Luis Bayardo: Tito

Bertha Moss: Eduarda do Vale

Carmen Salinas: Dona Paty

Susana González: Felina

Adriana Fonseca: Vanessa

Yula Pozo: Firmina

Uri Chertorivsky: Oscar

Luz Elena González: Milagros

Osvaldo Benavides: Simão

Mayrín Villanueva: Cláudia

Héctor Suárez Gomis: Pantera

Rodrigo Vidal: Leonel Ribeiro

Lisette Morelos: Rosalba Morantes

Marcela Pezet: Lorena

Francisco Rosell: Artur

Miguel Ángel Cardiel: Heriberto Robles

Alec Von: Orlando Valverde

Alisair Gómez: Pirilo

Eduardo Antonio: Padre João Martim

Liza Carbajal: Bianca

Mauricio Aspe: Gás

Luis Gatica: Patrício

Khotan Fernández: Ravel

Sharis Cid: Zamira

María Antonieta de las Nieves: Chiquinha



PERFIL DAS PERSONAGENS

Preciosa Ruíz (Irán Castillo) – jovem bonita e meiga, mora e trabalha num circo e seu grande sonho é ser uma trapezista famosa, assim como foi sua mãe. Quer ganhar dinheiro para operar sua perna inválida.

Luiz Fernando Santander (Mauricio Islas) – jovem e famoso médico, bonito e de bom caráter, ele é noivo de Valéria e vai se apaixonar por Preciosa.

Alvaro San Román (Francisco Gattorno) – irmão de Valéria, ele é um médico jovem e bonito. Ficará interessado em Preciosa.

Valéria San Román (Nailea Norvind) – jovem rica e bonita, da alta sociedade. A mãe quer que ela se case com Luiz Fernando.

Sandro (Roberto Ballesteros) – dono do circo onde Preciosa e seu avô trabalham. Homem de mau caráter, para atingir seus objetivos ele é capaz de tudo. É o principal culpado pela morte de Estrela, a mãe de Preciosa.

Tito (Luis Bayardo) – avô de Preciosa, é um homem bom e humilde que trabalha como palhaço no circo. Cuida da neta desde que a filha morreu e tem por Preciosa um grande carinho.

Roberto San Román (Alfonso Iturralde) – homem de bom caráter, é casado com Enriqueta e é pai de Alvaro, Valéria e Alma. É infeliz no casamento e pensa muito num romance que teve no passado.

Enriqueta San Román (Felicia Mercado) – bonita e altiva, ela dá muita importância ao dinheiro. Vive fazendo planos para que as filhas se casem com homens ricos. Para ela o amor está em segundo plano.

Alma San Román (Ingrid Martz) – jovem rica e bonita, ela é muito diferente da irmã, Valéria, e não concorda com as atitudes da mãe, Enriqueta.

Eduarda do Vale (Bertha Moss) – milionária da alta sociedade, tem como herdeiro o sobrinho Luiz Fernando. Ela usa de todos os artifícios, inclusive chantagens emocionais, para que o sobrinho se case com Valéria.

Dona Paty (Carmen Salinas) – trabalha no circo e conheceu a mãe de Preciosa. Tem um grande coração e ama Preciosa como se ela fosse sua filha.

Felina (Susana González) – trabalha no circo. É bonita, mas muito infeliz. Sofre com as traições do marido.


INTRODUÇÃO

Esta é uma história típica de Cinderela, já que Preciosa vai se transformar em uma bela mulher para conquistar seu príncipe encantado. Entre trapezistas, palhaços, mágicos e domadores, esta jovem ingênua e bondosa vai viver divertidas aventuras mesmo com a inveja e o mal alheio a rodeando. Ela lutará para se tornar uma famosa trapezista e será ajudada por amigos, cavalos, e outros animais, seus cúmplices nesta história realizada pela Televisa em 1998.

Neste divertido e excitante mundo do circo, vamos viver uma bela história de amor e superação. Nela é mostrado que, mesmo com nossos defeitos físicos e a maldade dos outros, podemos tornar nossos maiores sonhos realidade, quando estamos decididos a lutar por eles.


RESUMO

Preciosa Ruíz, de dezoito anos, mesmo aleijada de uma perna, ela, que mora e trabalha no Circo Ilusões, é órfã e sonha ser uma famosa trapezista, assim como foi sua mãe.

Ao lado do avô Tito, que é um dos palhaços do circo, Preciosa leva uma vida bastante humilde, apesar disso é uma jovem alegre e feliz. No dia-a-dia, ela cuida dos animais e suporta em silêncio as humilhações feitas por Sandro, o malvado dono do circo.

A vida de Preciosa vai se cruzar com a do rico e famoso médico ortopedista Luiz Fernando Santander. Jovem de bom coração, que presta serviços num hospital para pessoas carentes, mesmo com a oposição de sua família.

Logo surgirá um grande amor entre Luiz Fernando e Preciosa. Mas para ficarem juntos eles vão enfrentar um série de intrigas. Será feito de tudo para separar o casal que vive realidades bem distintas. O melhor amigo de Luiz Fernando, Álvaro, outro jovem médico, também gostaria de se casar com ela, somente para protegê-la da maldade, já que não a ama. A irmã de Álvaro, Valéria, é uma jovem malvada, mas a prometida de Luiz Fernando. E por ciúmes fará difícil a vida de Preciosa, sem imaginar que ela é sua meio-irmã.

Mesmo com todas as dificuldades, Preciosa não desistirá de lutar por seu grande amor e de transformar seu sonho de ser uma artista circense em realidade.


COMENTÁRIOS

Poucas pessoas tiveram vontade de assistir Preciosa quando anunciaram que ela passaria na televisão. Essa era uma novela muito pouco comentada nos fóruns, e que ninguém até hoje entendeu ao certo qual foi a intenção ao exibi-la.

Preciosa era uma novela bastante rosa, que em nada tinha a ver com as novelas adolescentes, a não ser pelo elenco. E a trama foi uma mistura de novela adulta com elementos infantis (circos, mascotes, entre outros).

Surgia então uma Irán Castillo doce e ingênua, uma menina humilhada constantemente por todos, por seu defeito físico na perna. Falaram que a novela trataria dos deficientes físicos, mas acabou que isso acabou sendo apenas um pretexto para desprezarem a protagonista.

Irán Castillo deu tudo de si, mas a personagem não emplacou, não conquistou o público, por mais que tentassem. O galã da novela era Mauricio Islas, bastante maquiado, e que deixou e muito a desejar em termos de atuação.

Com isso, os holofotes ficaram todos na vilã da história, Valéria San Román, que começou como a típica garota mimada e caprichosa, e acabou roubando a cena de todos. Matou, fingiu, humilhou, enfim, foi uma vilã completa. A fase em que se fez passar por louca foi uma das melhores. Se houve um grande destaque em Preciosa, com certeza foi Nailea Norvind.

Francisco Gattorno surgia como Álvaro, o melhor amigo de Luiz Fernando e irmão de Valéria, que também se apaixonava por Preciosa. Gattorno foi muito bem, com certeza era melhor que Mauricio Islas, e a personagem também era boa, mas não para ele, que necessitava de mais, ainda mais depois de Canavial de paixões e La dueña. Foi por isso que após Preciosa, Gattorno saiu por uns tempos da Televisa, procurando um trabalho melhor.

No início da novela, a história era quase que centralizada no Circo Ilusões. Mas o universo circense acabou praticamente sumindo da história, dando espaço a outras tramas. Principalmente quando Preciosa acabou como enfermeira de um jovem amargurado e cego.

Surgia então Rodrigo Vidal, em ótima performance, como Leonel. Ele acabou sendo enganado por seu primo interesseiro e pela pistoleira Milagros. A história melhorou bastante quando deixou o circo de lado. Começaram mais armadilhas e intrigas na história.

Destacaram-se também personagens como Dona Paty, uma mulher pobre e lutadora, o mesmo papel que ela faz sempre, e que tinha muitos filhos, entre eles Pantera, um bandido apaixonado por Preciosa e que se unia a Valéria. Também a terrível Enriqueta, uma megera rica e disposta a tudo para prejudicar os pobres, como Simão, outro filho de Paty, que se apaixonava pela rica Alma. Sandro começou como um vilão de peso, mas desapareceu da novela a certa altura pra voltar somente no final, e confessar que havia matado Estrela, a mãe de Preciosa. Também a dupla divertida de Eduarda e Firmina, que foram ótimas do início ao fim. E ainda uma inusitada participação de Maria Antonieta de las Nieves, como a Chiquinha, do Chaves, por alguns capítulos.

Chegava então a hora da virada da novela. Preciosa descobria sua verdadeira origem e deixava de ser a menina xucra do circo para se tornar uma dama. Em meio a isso, uma trágica desgraça: Álvaro descobre alguns tumores no cérebro. Com isso, aquela velha história do “faça-me feliz no tempo que me resta de vida” serviu para que Preciosa e Álvaro se casassem. Foram momentos dramáticos os vividos por Álvaro.

Com ela rica, a novela deu uma boa melhorada, afinal, o circo não havia agradado e muito menos a ingenuidade forçada da moça. Preciosa passou a ser uma mulher decidida e firme, exceto quando o assunto era Valéria, que pintou e bordou em cima dela. E assim foi indo até o final, quando chegava a hora de Valéria ter seu castigo.

Nailea Norvind deu um show no capítulo onde se joga de uma construção para a morte. Com sua morte, o restinho que faltava da novela foi desinteressante. É só lembrar do casamento deles no circo. Assim Preciosa, uma novela simples que não deixou de ter suas emoções.

A Fonovisa lançou um CD com a trilha sonora de Preciosa. Irán Castillo participa cantando o tema principal Girando en el tiempo, o CD também inclui os instrumentais da novela que por coincidência são os mesmo de Maria do bairro.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Abraça-me muito forte



NOME ORIGINAL
Abrázame muy fuerte

ESCRITORA
Caridad Bravo Adams

PRODUTOR
Salvador Mejía Alejandre

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
146

ANO DE GRAVAÇÃO
2000

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2001

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Abrázame muy fuerte

INTÉRPRETE
Juan Gabriel

Cuando tú estás conmigo es cuando yo digo
que valió la pena todo, todo lo que yo he sufrido.
No sé si es un sueño aún o es una realidad,
pero cuando estoy contigo es cuando digo
que este amor que siento es por que tú lo has merecido.
Con decirte amor que otra vez he amanecido,
llorando de felicidad a tu lado yo siento que estoy viviendo,
nada es como ayer...

Abrázame que el tiempo pasa y él nunca perdona,
ha hecho estragos en mi gente como en mi persona.
Abrázame que el tiempo es malo y muy cruel amigo.
Abrázame que el tiempo es oro si tú estás conmigo.

Abrázame fuerte, muy fuerte y más fuerte que nunca,
siempre abrázame…

Hoy que tú estás conmigo yo no sé
si está pasando el tiempo o tú lo has detenido.
Así quiero estar por siempre aprovecho que estas tú conmigo,
te doy gracias por cada momento de mi vivir.
Tú, cuando mires para el cielo,
por cada estrella que aparezca amor es un te quiero…
Abrázame que el tiempo hiere y el cielo es testigo
que el tiempo es cruel y a nadie quiere por eso te digo…

Abrázame muy fuerte amor manténme así a tu lado,
yo quiero agradecerte amor todo lo que me has dado.
Quiero corresponderte de una forma u otra, a diario.
Amor, yo nunca del dolor he sido partidario.

Pero a mí me tocó sufrir cuando confié y creí
en alguien que juró que daba su vida por mí.

Abrázame, que el tiempo pasa y ese no se detiene.
Abrázame muy fuerte, amor que el tiempo en contra viene.
Abrázame que Dios perdona pero el tiempo a ninguno.
Abrázame que no le importa saber quién es uno.

Abrázame que el tiempo pasa y él nunca perdona,
ha hecho estragos en mi gente como en mi persona
Abrázame que el tiempo es malo y muy cruel amigo.

¡Abrázame muy fuerte amor!

TEMA DE SAÍDA
Niña y Mujer

INTÉRPRETE
Aracely Arámbula

Contigo descubrí el placer y hoy no sé qué hacer.
Caminos que jamás soñé pude recorrer.

Bebí de tu fascinación hasta enloquecer.
El fuego despertó en mi piel por primera vez.

Contigo no existe la edad y el amor es la única verdad.
Soy la flor que te tocó sembrar y el sabor que noche a noche quieres probar.

Contigo se detiene el reloj cuando robas mi corazón
y descubro que jamás es tarde para el amor.

Dame tu juventud, dame tu ser, dame la noche entera otra vez.
Se mi príncipe azul, una vez más que entre tus brazos quiero temblar.

Nada importa si estoy contigo si el mundo habla, a mí me da igual.
Sólo quiero que estés conmigo, que estés conmigo, que va.

Contigo conocí el sabor de la libertad,
con cada beso que me das te deseo más.
Bebí de tu fascinación hasta enloquecer.
El fuego despertó en mi piel por primera vez.

Contigo no cuenta la edad si tu cuerpo siempre pide más.
Hazme tuya hasta el amanecer que el aliento de tus besos quiero beber.

Contigo se detiene el reloj cuando robas mi corazón
y descubro que jamás es tarde para el amor.

Yo soy niña y mujer, ven otra vez, te queda mucho por aprender
Yo soy toda mujer, con fuego en la piel, siente mi ritmo hasta enloquecer.

Nada importa si estoy contigo, si el mundo habla, a mí me da igual.
Sólo quiero que estés conmigo, que estés conmigo, que va.

Yo soy niña y mujer, ven otra vez, te queda mucho por aprender
Yo soy toda mujer, con fuego en la piel, siente mi ritmo hasta enloquecer.

Nada importa si estoy contigo, si el mundo habla, a mí me da igual.
Sólo quiero que estés conmigo, que estés conmigo, que va.

Yo soy niña y mujer, ven otra vez, te queda mucho por aprender.
Yo soy toda mujer, con fuego en la piel siente mi ritmo hasta enloquecer.

Nada importa si estoy contigo, si el mundo habla, a mí me da igual.
Sólo quiero que estés conmigo, que estés conmigo, que va.


ELENCO

Aracely Arámbula: Maria do Carmo Campusano

Fernando Colunga: Carlos Manuel Rivero

Victoria Ruffo: Cristina Rivas Álvarez

Osvaldo Ríos: Diego Fernández

César Évora: Frederico Rivero

Nailea Norvind: Débora Falcón

Rossana San Juan: Estela Campusano

Joaquín Cordero: Severiano Álvarez

Alicia Rodríguez: Consuelo Rivas Álvarez

Arnaldo André: Dr. Luiz Robles

Lilia Aragón: Efigênia de la Cruz y Ferreira

Pablo Montero: José Maria Montes

Tina Romero: Alzira

Aurora Clavel: Vitória

René Casados: Fernando José

Ignacio Guadalupe: Benito

Alicia Montoya: Gumercinda

Jorge de Silva: Abel Ramos

René Muñoz: Regino

Sergio Reynoso: Renan Muñoz

Esther Rinaldi: Nívia Muñoz

Paco Ibáñez: Joaquim

Carmen Salinas: Celia Ramos

Helena Rojo: Diana Guillén / Juliana Guillén

Toño Mauri: Moisés

Eduardo Rodríguez: Max

Toño Infante: Ernesto Rocha

Emilia Guiú: Flora

Dacia Arcaráz: Lena

Rosita Quintana: Edwiges de la Cruz y Fereira

Dacia González: Adelaide

Fabián Lavalle: Dr. Fabián Anaya

Eduardo Cuervo: Jorge

Eduardo de la Pena: Casimiro

Miguel Córcega: Padre Ignácio

Eduardo Noriega: Pedro

Mario Casillas: Prefeito Marcelino

Verónika: Cacilda

Jorge de Silva: Abel

Emily Faride: Paquita

Enrique Grey: Dr. Miguel Marques

Manuel Riviela: Eládio

Roberto Álvarez: Valeriano

Rodolfo Alejandre: Francisco


PERFIL DAS PERSONAGENS

Maria do Carmo (Aracely Arámbula) - é uma jovem terna e inteligente, capaz de despertar o desejo em qualquer homem. Ao nascer, foi arrancada dos braços de Cristina por ordens de Severiano. Com o passar dos anos, cresce ao lado de Estela, quem acredita ser sua mãe, e Cristina, a quem trata como madrinha. Apaixona-se por Carlos Manuel, mas Frederico e Débora se opõem a seu amor.

Carlos Manuel (Fernando Colunga) - é um jovem encantador, nobre, inteligente e com um grande senso de justiça. Filho de Alzira, uma mulher séria, mas com pouca vontade de viver. Ainda pequeno, foi enviado por seu tio Frederico à capital para estudar. Tornou-se um renomado oftalmologista, com um grande desejo de operar Cristina para que recupere a visão. Conhece Débora e se entusiasma com ela, porém, quem realmente ama é Maria do Carmo.

Cristina (Victoria Ruffo) - é uma mulher madura, rica e bonita. Cresceu sob o domínio de seu pai, um homem incompreensível que não encontra ninguém capaz de poder amar sua filha. Cristina se apaixona por Diego e se entrega a ele, ficando grávida. Ao dar a luz, é obrigada a se casar com Frederico, que provoca um acidente no qual fica cega. O único consolo que lhe resta é Maria do Carmo, sua filha, e seu novo amor: doutor Robles.

Diego (Osvaldo Ríos) - é um homem forte, bonito e de bons sentimentos. Apaixona-se por Cristina e luta por seu amor, mesmo contra a vontade de Severiano, que se opõe a sua relação. Sua morte ocorre por culpa de Frederico.

Frederico (César Evora) - é um homem rude, ambicioso, violento, mulherengo e desapiedado. Seu vício pelo jogo fez com que sua fazenda Olho d’água ficasse na ruína. Para salvar sua posição social, se aproveita de que Cristina. Mantém uma relação extraconjugal com Débora, ao mesmo tempo em que tenta abusar de Maria do Carmo. Fará o possível para separar Carlos Manuel de Maria do Carmo.

Severiano (Joaquín Cordero) - é o pai de Cristina; tem o gênio forte e autoritário, que se envergonha por sua filha ter dado a luz sem ser casada. Quando a criança nasce, é entregue à Estela para que esta se passe por sua verdadeira mãe.

Estela (Rossana San Juan) - trabalha na fazenda Pantanal, é ambiciosa, interesseira, vaidosa e hipócrita. Seu coração está cheio de rancor e amargura por não poder conseguir a fortuna que deseja. Aparenta ser a mãe de Maria do Carmo. O amor frustrado por Frederico e o rancor que sente por Cristina e Maria do Carmo se tornam ódio e desejo de vingança. Finge ser uma mulher submissa. Participa das armações de Frederico em troca de dinheiro.

Débora (Nailea Norvind) - é uma mulher ambiciosa, atraente e sensual. É amante de Frederico, mas é fascinada por Carlos Manuel, que ama Maria do Carmo. Por este motivo, fará o possível para separá-los.

Padre Ignácio (Miguel Córcega) - é um sacerdote bondoso e compreensivo. Pouco a pouco conhece a vida de Cristina, já que se torna seu confidente. Não entende por completo o grande sacrifício de Cristina ao se fazer passar pela madrinha de Maria do Carmo. Não consegue perdoar o comportamento de Frederico.

Regino (René Muñoz) - é um homem do campo, solitário. Recebe uma choupana de Severiano e com o passar do tempo se apega ao lugar. É amante da natureza e dos animais. Diz cosas que mesmo que pareçam estranhas, se tornam realidade.

Ernesto (Toño Infante) - é um homem astuto, capaz de qualquer coisa para ficar de bem com Frederico. É pouco confiável e traiçoeiro. Sente-se poderoso por ser o capataz da fazenda Pantanal, onde maltrata aos trabalhadores.

Flora (Emilia Guiú) - é uma mulher elegante e de boa família. É tia de Débora e encobre todas suas maldades. Sofre porque ter um filho que anda pelo mau caminho.

Benito (Ignacio Guadalupe) - é o peão de confiança da fazenda. Foi amigo e confidente de Diego. Sente um grande carinho por Estela, mesmo nunca tendo dito nada, já que ela o despreza. É um dos poucos que conhecem os segredos dos que vivem na fazenda Pantanal.

Vitória (Aurora Clavel) - empregada de confiança na fazenda Pantanal. É umas das poucas pessoas que podem controlar a maldade de Estela. Gosta de Cristina como se fosse sua filha.

Celia Ramos (Carmen Salinas) - é uma mulher humilde, trabalha em um guichê da Prefeitura. Tem dois filhos. É querida por ter o coração nobre e por ajudar aos demais sem qualquer interesse. Torna-se a concorrente de Frederico quando se candidata ao posto de prefeita.

José Maria (Pablo Montero) - é um jovem camponês de nobres sentimentos, valente, justo e responsável. Desde a infância é apaixonado por Maria do Carmo. Com a chegada de Carlos Manuel à fazenda, José Maria fica enciumado. Compreende que o que há entre e Maria do Carmo e Carlos Manuel é um amor verdadeiro e abre mão de sua paixão.

Gumercinda (Alicia Montoya) - é a esposa de Pedro e avó de José Maria. Assim como seu esposo, chega à fazenda Pantanal por uma dívida, mas quando Cristina as perdoa, decidem ficar.

Pedro (Eduardo Noriega) - é avô de José Maria e esposo de Gumercinda. Fica na fazenda de Severiano porque Severiano lhe faz um empréstimo para o funeral da mãe de José Maria. Com o tempo se apega ao lugar e decide ficar para morar. Gosta muito de Cristina.

Adelaide (Dacia González) - é a mãe de Estela e empregada fiel na fazenda Pantanal. Angustia-se ao ver que sua filha faz Cristina sofrer, por isso luta para que isso seja evitado.

Marcelino (Mario Casillas) - é o prefeito da cidade e pai de Gema. Aproveita-se das oportunidades, abusando do poder de sua autoridade, mas sempre age de uma forma discreta. É amigo e confidente de Frederico.

Efigênia (Lilia Aragón) - é uma solteirona, irmã de Edwiges. São conhecidas por sua boa posição social e mesmo pregando a decência, pelas noites têm aventuras om os jovens do povoado, sobretudo com Abel, o filho de Celia Ramos.

Consuelo (Alicia Rodriguez) - mãe de Cristina. Mulher madura e conservadora. Sofre muito com os problemas de Cristina, mas fica sempre por perto para defender sua neta, Maria do Carmo.

Alzira (Tina Romero) - mulher abnegada, mãe de Carlos Manuel. É a única que sabe do que Frederico é capaz para obter o que deseja.

Dr. Luiz Robles (Arnaldo André) - é um homem maduro, de bons sentimentos, centrado e introvertido. É um oftalmologista de renome, professor e amigo de Carlos Manuel. Ao conhecer Cristina se apaixona por ela. Ao saber que é casada esconde seus sentimentos; no entanto, está disposto a lutar por seu amor. Opera Cristina com a esperança de que recupere a visão.


RESUMO

Cristina é uma doce jovem que vive na fazenda Pantanal, uma bela propriedade de Severiano Álvarez, seu pai, um fazendeiro muito poderoso e autoritário, dono da maior plantação de banana da região. Neste lugar, trabalha Diego Fernández, o capataz da fazenda, por quem Cristina é completamente apaixonada.

Há muito tempo, ambos se encontram às escondidas e pretendem fugir. Ela, diante do amor que sente por Diego, se entrega a ele e, logo depois, descobre estar grávida. Sem saída, Cristina não conta a Diego sobre a gravidez por medo de ele não poder assumir o bebê e acaba confessando sua história para o pai. Enfurecido, Severiano humilha e bate em sua filha e ordena que ela vá para a capital para poder dar a luz longe de todos os conhecidos, já que seria uma vergonha para a família Álvarez ter uma filha mãe solteira.

Severiano demite Diego e diz que Cristina foi para a cidade cuidar dos preparativos da festa, pois está de casamento marcado com um fazendeiro muito rico. Arrasado, Diego acha que foi enganado por Cristina, a mulher que mais amou em sua vida, e some cheio de mágoas.

Estela, a empregada da fazenda, acompanha Cristina na viagem. Frederico Rivero, um fazendeiro falido e desonesto, amigo de Severiano, se aproxima de Cristina, fazendo amizade com ela, que não conhece ninguém nessa cidade. Na verdade, ele quer se casar com ela para conseguir sua fortuna.

Com o apoio de Frederico, Cristina dá a luz a bebê Maria do Carmo. Severiano toma conhecimento e, mantendo contato com Frederico, dá a ideia de fazer com que a criança volte à fazenda como filha de Estela. Chegando à fazenda, o pai pede que Cristina aceite sua decisão de ficar perto da menina sem dizer que é sua mãe, ou afaste-se dela para sempre.

Arrasada e com muito sofrimento, Cristina aceita, e Estela passa a cuidar da menina. Cristina, ao saber que Diego foi embora da fazenda, sente-se abandonada. Frederico passa a seduzi-la com maldade e de olho em sua fortuna. Severiano descobre e vê com bons olhos um casamento, pois acredita que sua família precisa de mais dinheiro. Achando que o amigo ainda é rico, obriga a filha a se casar com ele, ameaçando-a distanciá-la da menina caso não aceite.

Obrigada pelo pai e para ficar perto da filha, Cristina se casa com Frederico na igreja, em uma grande festa. Ela então batiza a própria filha e a vê crescer como sua afilhada. Após o casamento, Frederico se mostra um homem violento, estupra Cristina e passa a espancá-la diariamente, além de humilhá-la sempre e deixá-la trancada em um quarto. Além disso, para poder se apoderar do dinheiro de Cristina, provoca um acidente que a deixa cega. A única amiga de Cristina é Estela, que a alegra contando sobre Maria do Carmo.

Vinte anos depois, Maria do Carmo é uma bela jovem, muito bem educada, graças a Cristina, que, mesmo cega, ajudava no que fosse preciso. Já Frederico, tornou-se poderoso, pois, com a morte de Severiano, herdou tudo, e por todos esses anos fez da vida de Cristina um verdadeiro inferno.

Carlos Manuel, sobrinho de Frederico, chega da capital para morar na fazenda. Frederico se alegra com sua chegada, após ter concluído seus estudos de Medicina no exterior. Carlos Manuel se envolve com Débora sem saber que é amante de seu tio. Quando Frederico se dá conta desta relação, se opõe e busca uma maneira de separar Débora de seu sobrinho. Simultaneamente, Maria do Carmo se apaixona por Carlos Manuel desde o primeiro momento, provocando o ódio de Débora, que, junto de Frederico, faz todo o possível para separar o casal.

Carlos Manuel consegue que seu professor Dr. Robles, amigo e especialista em oftalmologia analise a deficiência de Cristina para que o ajude a operá-la. O doutor se apaixona em segredo por ela e tem um grande interesse em que recupere a visão.

A volta inesperada de Diego também causa grandes reviravoltas na trama e, sabendo da verdade, Diego fará de tudo para libertar Cristina das garras do monstruoso Frederico.


COMENTÁRIOS

Abraça-me muito forte foi sem dúvidas uma novela muito marcante, e que será lembrada como um grande sucesso. A novela foi uma reunião de todos os elementos para o êxito: história, elenco e produção afinados.

Salvador Mejía Alejandre vinha a frente desse projeto baseado na novela Pecado Mortal. Filmada em cenários naturais, a novela chamou a atenção por sua impecável produção. E por seus momentos de ousadia, como o exorcismo da personagem Estela. Outra ousadia foram as cenas sensuais, como as cenas de nudez de Jorge de Silva e Aracely Arámbula, que fizeram com que a novela mudasse de horário no México, das 20h para as 21h.

No elenco, um time de peso, a começar pelo regresso de Victoria Ruffo como a resignada Cristina, a cega obrigada a se separar da filha foi um papel recompensador na carreira de Victoria, que esbanjou talento. O único fato estranho foi ela mesma fazer seu personagem aos 15 anos. Francamente, ela não aparentava aquela idade. Fernando Colunga foi Carlos Manuel, o galã da história. Desta vez, Colunga estava mais maduro, e ainda que não fosse o ator ideal, mostrou uma boa evolução. Aracely Arámbula como Maria do Carmo agradou, pela beleza da personagem e pelo próprio desempenho da atriz, em seu primeiro estelar. Pablo Montero como o nobre José Maria foi outro que deu tudo de si no personagem e arrasou. A novela ainda contou com a presença divertida do triângulo Lilia Aragon, Rosita Quintana e René Casados, em exagerado e hilariante caso de bigamia.

No time das vilanias, tinha Nailea Norvind como a insaciável Débora que foi outro personagem que agradou o público. Ela teve um ótimo desempenho, mas sem dúvida o grande destaque da novela foi César Évora. A magnífica interpretação de César para o diabólico fazendeiro Frederico Rivero só rendeu elogios ao ator. Também pudera, há tempos não se via um vilão tão perfeito em novelas. Com tudo isso, Frederico acabou mais querido que odiado pelo público, mas não menos perverso.

Abraça-me muito forte foi uma novela atípica. Em um misto de polêmica, sensualidade e violência, vários tabus foram tratados de formas chocantes. Os constantes abusos sexuais sofridos por Maria do Carmo, o sequestro de Carlos Manuel que terminou em uma cruel revanche, a AIDS de Max, a decadência de Lena, que estuprada e expulsa de casa, foi parar em um cabaré, seu estuprador, Ernesto teve uma vingança dos presos: também foi violentado, a chocante cena do pequeno filho de Célia, e a possessão de Estela, fazendo da personagem, que já era má, um verdadeiro diabo. Enfim, uma trama complexa que reuniu vários elementos perturbadores.

Nas participações especiais, destacam-se Ernesto Alonso como um padre, que exorcizaria Estela, e também uma rápida ponta de Eduardo Santamarina no bar de Célia. Mas a mais célebre foi a entrada de Helena Rojo em dois papéis, Diana e Juliana. As gêmeas tinham um envolvimento sombrio e misterioso, e julgava-se que como sempre uma era boa e a outra era má, um engano, pois uma era má, porém a outra era pior. Outra excelente atuação da primeira atriz.

Enquanto isso, houveram alguns conflitos fora das telas, o que não impediram o sucesso da novela. A atriz de cinema Emilia Guiú topou participar como Flora, tia de Débora, mas não aguentou o ritmo da novela. Acabou morta, caindo em um rio e morrendo afogada. Outro foi Arnaldo André, o Dr. João Luís, que não gostou de sua participação e acabou morrendo atropelado por Frederico, causando mais e mais dor para Cristina. Também, como sempre, surgiram os boatos da indisciplina de Aracely, que teve um comentado romance com Pablo Montero.

Mas a baixa mais significativa foi a perda do incomparável René Muñoz, que era um dos adaptadores da novela, e atuava como Regino. No capítulo em que todos choraram a perda do Padre Ignácio era na verdade uma homenagem a René. Tanto é que quando ele morreu, sua personagem passou a aparecer menos. Outra de suas ideias foi o já citado triângulo entre Efigênia - Francisco José - Edwiges.

Abraça-me muito forte foi uma daquelas novelas marcantes. Foi sem dúvida um grande sucesso de público e crítica em uma produção cinematográfica.

Decisões da vida: Uma produção da Telemundo

O quadro “Decisões da vida” do programa “Márcia”, originalmente intitulado Decisiones, é uma série de televisão produzida na Colômbia, México, Estados Unidos e Porto Rico, pela Telemundo. Se trata de uma série onde casos da vida real são relatados em histórias que têm seu desenvolvimento e finalização no mesmo programa, ou seja, é uma série unitária, protagonizada por grandes nomes da teledramaturgia e da música latina.

Lançado nos Estados Unidos em novembro de 2005, e intitulado Decisiones de famosos (no México Decisiones de mujeres), a série foi criada por Aurelio Varcarcel Carrol e já teve a direção de Luis Manzo, Leonardo Galavis, Miguel Varoni, Jaime Segura e Pepe Sánchez, com capítulos escritos por Erick Hernández, Juan Camilo Ferrand, Paul Rodríguez, Sandra Velasco, Juan Marcos Blanco, Valentina Párraga e José Fernando Pérez.

Desde sua criação, em 2005, até sua finalização em 2007, foram produzidos cerca de 500 episódios por onde passaram cerca de 1000 atores, entre eles:

Agmeth Escaf
Alcira Gil
Alejandro Chabán
Andrés García Jr.
Ángela Vergara
Arap Bethke
Aura Cristina Geithner
Carlos East Jr.
Carlos Humberto Camacho
Carolina Lizarazo
Catherine Siachoque
Danny Pardo
Dayana Garroz
Diana Quijano
Didier van der Hove
Eduardo Ibarrola
Eduardo Serrano
Evelyn Santos
Flavio Caballero
Freddy Viquez
Gabriel Morales
Gabriela Spanic
Gabriela Vergara
Giovan Ramos
Gonzalo Vivanco
Guisela Moro
Itatí Cantoral
Ivelin Giro
Ivonne Montero
Jorge Aravena
Jorge Luis Pila
Juan Carlos Gutiérrez
Juan Pablo Shuk
Lino Martone
Martha Pabón
Martha Picanes
Michelle Jones
Miguel Varoni
Natasha Klauss
Paola Rey
Pilar Hurtado
Ricardo Chávez
Roberto Escobar
Roberto Levermann
Rodolfo Jiménez
Rosemary Bohórquez
Vane Millon
Vanessa Villela
Yoly Domínguez

O programa “Márcia” vai ao ar todos os dias pela Rede Bandeirantes às 16h00 e traz convidados que ajudam a discutir e opinar sobre o tema do dia, porém estes não têm influência sobre o desfecho da história que, na maioria das vezes, termina com um final feliz.

Super-herois x galãs de telenovelas

O Brasil não criou super-herois famosos como Batman, Asterix, Super-Homem ou Homem-Aranha, os quais as crianças crescem idolatrando. Porém, no final das contas, quando essas crianças tornam-se adultas, seus super-herois são substituídos por outros.

Na América Latina isto é bastante claro, ao menos para as mulheres, que veem os galãs das novelas muitas vezes como seus herois. Eles não conseguem voar e não tem super-poderes que podem mudar o mundo, mas chegam aos corações das mulheres de uma maneira um pouco diferente.

As novelas mais conhecidas normalmente vem do México ou do Brasil e elas têm coisas em comum, como por exemplo o tema de abertura. Essa abertura normalmente mostra algo que resume a história da novela, acompanhada por uma música que fica gravada na cabeça.

No México, como estamos cansados de saber, as telenovelas são normalmente um drama, na maior parte dos casos sobre uma moça pobre que se apaixona por um homem rico ou algo do gênero. O homem rico torna-se o heroi, porque ele a ama também e faz de tudo para ficar com ela, o que inclui livrar-se da sedução da vilã, ir contra os preconceitos de sua família, etc. No final, as personagens vivem felizes para sempre como deve ser. Assim, ele torna-se o homem do bem e as mulheres que assistem à novela se apaixonam e esperam encontrar alguém como ele na vida real.

As novelas brasileiras, normalmente, tem um enredo mais complexo que inclui temas controversos, como violência, drogas, pobreza ou aborto. Mas ainda assim elas têm sua dose necessária de romance e luxo. O super-heroi nas novelas brasileiras varia: pode ser tanto o homem pobre que faz de tudo para ficar com a garota que ama, quanto o homem que é bom com os outros ou simplesmente o bonitão. De qualquer forma, muitas mulheres brasileiras, sejam elas solteiras, casadas, jovens, velhas, pobres ou ricas, o adoram e assistem ao programa por causa dele.

Os galãs das novelas não são herois propriamente ditos, mas são aqueles que conquistam os corações das mocinhas indefesas e garantem a todos um final feliz, ou seja: o mesmo propósito de um heroi das histórias em quadrinhos ou dos desenhos animados.

domingo, 18 de abril de 2010

TV Brasil apresenta Coronación

A TV Brasil exibe neste domingo, 18 de abril, às 23h00, o longa Coronación. Dirigido por Silvio Caiozzi e baseado no romance homônimo de José Donoso, esse filme chileno de 140 minutos de duração, é considerado o filme latino-americano com maior quantidade de prêmios recebidos na história do cinema, 36 no total.

Lançado em 2000, o longa-metragem conta a história de Dona Elisa de Ávalos (María Cánepa), uma mulher que vive os últimos dias de sua vida em uma antiga e grande mansão, a que fala, por si só, do passado esplendoroso que viveu. Junto dela vivem duas empregadas (Gabriela Medina e Myriam Palacios) que cuidam dela vinte e quatro horas por dia. O único familiar que está constantemente junto dela é Andrés Ávalos (Julio Jung), seu neto solteirão que será o herdeiro de toda a fortuna da anciã.

Chega à mansão a sobrinha de uma das empregadas para estar junto à dona da casa cada minuto. Ela é Estela (Adela Secall), uma jovem de dezessete anos, bela e ingênua pela qual Andrés fica de queixo caído. A partir desse momento, a vida pacata desse homem e também da casa, sofre uma reviravolta. Ele se apaixona, pela primeira vez, pela garota, mas esta conhece um rapaz com quem começa a sair. Este é Mário (Paulo Meza), que além de trabalhar como soldador, é ladrão de casas e planeja, junto a um amigo, roubar a casa na qual trabalha a jovem.

Andrés, que com seus 58 anos de vida inutilmente dedicados à leitura e à busca de uma razão pela sua existência, não poderá evitar sentir, com vergonha, os desejos mais confusos pela adolescente. Andrés não consegue evitar, também, se comportar como um adolescente enlouquecido, por não conseguir evadir seus conflitos internos, que aumentam e o levam a compreender que sua vida foi um grande desperdício. Este deixa de lado seus livros e começa a perseguir a jovem de forma infantil. Sua queda será inevitável junto com o deterioração da grande mansão dos Ávalos.