sábado, 19 de junho de 2010

Niñas mal - A primeira telenovela da MTV


Niñas mal se trata de uma produção da MTV Networks Latinoamérica e Sony Pictures, realizada pela Teleset na Colômbia. A telenovela será baseada no longa-metragem mexicano homônimo, produzido em 2007, onde Martha Higareda, Camila Sodi, Blanca Guerra, Ximena Sariñana, María Aura, eram as personagens principais.

A trama, com previsão de estreia para o terceiro trimestre deste ano, contará com 70 capítulos de uma hora de duração e estará centrada em três garotas da alta sociedade, que quebrarão os padrões de vida estabelecidos por seus pais. Para castigá-las eles decidirão enviá-las à única escola de bons modos que existe na cidade. No entanto, elas unirão suas forças em prol de seus interesses. A telenovela refletirá a vida das adolescentes e seus problemas familiares, a busca pelo amor e pela amizade.

O elenco contará com atores consagrados e também com novas figuras como as mexicanas Carmen Aub e Isabel Burr, além da colombiana Jéssica San Juan que atuarão em estúdios e em locações situados na Colômbia.

Fernando Gastón, vice-presidente sênior de conteúdo MTV/VH1 Latinoamérica comentou: "a MTV sempre foi a vanguardista em seu conteúdo abrangendo diversos gêneros e reformulando-os, como foi o caso das animações, dos realities e da ficção, agora é hora de apresentar nossa primeira telenovela produzida nesta região. Niñas mal romperá, sem dúvida, a estética tradicional da telenovela e oferecerá um olhar inovador a este gênero, que cativará a nossa audiência juvenil na América Latina".

Marlon Quintero, vice-presidente de desenvolvimento e produções atuais da Sony Pictures Television, comentou: "Já está tudo pronto para o início das gravações de Niñas mal. Este projeto, inspirado por nosso filme de mesmo título, se tornou uma história inigualável para a telinha da MTV, que além disso, explora novas dinâmicas na implementação, direção e argumento. O trabalho que a Sony Pictures Television tem realizado com a Teleset em conjunto com a MTV está a ponto de dar frutos, que esperamos ser desfrutado pelos espectadores. A Sony Pictures Television tem na região uma excelente trajetória de êxito com programas de roteiros originais, como Isa TKM e Isa TK+ para a Nicklodeon Latinoamérica. É por isso que estamos muito emocionados por ampliar nossa relação com a MTV Networks com esta série original".

Niñas mal será produzida em alta definição em espanhol e será exibida legendada em português para os brasileiros através do canal a cabo/satélite VH1 Brasil, contará com o apoio da difusão em plataformas digitais que incluem Internet, SMS, celular e formatos de redes sociais. Nos Estados Unidos será distribuída pelo canal a cabo MTV Tr3́s.

Qual seu estilo preferido de telenovela?

Confira o resultado da enquete:


Melodramática (tradicional): 52 votos (39%)

Todos os estilos: 24 votos (18%)

Infanto-juvenil: 19 votos (14%)

Histórica ou épica: 17 votos (12%)

Moderna (temas sociais): 10 votos (7%)

Cômica: 9 votos (6%)


Total de votos:  131


Para saber mais sobre o estilo melodramático, vencedor da enquete com 39% dos votos, veja os artigos:

Do melodrama à telenovela - Parte 1

Do melodrama à telenovela - Parte 2

Biografia de Ludwika Paleta


INTRODUÇÃO

Ludwika Paleta Paciorek nasceu na Cracóvia, Polônia, em 29 de novembro de 1978. É uma atriz de televisão e cinema mexicano. Filha do violinista Zbigniew Paleta e da artista plástica Barbara Paciorek Paleta. Tem como irmã Dominika Paleta e como meio-irmão Facundo Paleta Stevens.


SUA HISTÓRIA

A chegada de Ludwika Paleta em solo mexicano acontece aos seus três anos de idade, época em que seu pai recebe uma grande proposta de trabalho musical, e, no entanto, tem que se mudar junto de sua família da Polônia para o México.

Certa vez Dominika, sua irmã mais velha, a leva, sem a permissão de seus pais, para assistir a um casting da Televisa. A pequena Ludwika, com seus olhos azuis, impressiona os diretores da emissora, que, em 1989, a lança no mundo da teledramaturgia em Carrossel, do produtor Valentín Pimstein, onde personifica Maria Joaquina, uma menina malvada, egoísta e preconceituosa, por quem Cirilo, um pobre menino negro e inocente, se apaixonava. A personagem foi um marco na carreira da atriz e até hoje é lembrada pelo público.

Em 1992, a convidam para protagonizar a telenovela Vovô e eu, ao lado de Gael García Bernal, e do primeiro ator Jorge Martínez de Hoyos, personificando Alessandra, um de seus papéis mais doces e queridos das telenovelas infantis mexicanas. Após participar dessas duas produções, Ludwika deixa os estúdios televisivos para estudar na Inglaterra.

Em 1996, regressa à telinha em Maria do bairro, junto de Thalía e Fernando Colunga, onde intepreta a mimada filha adotiva do casal protagonista, Maria dos anjos, a Tita.

Dois anos depois, em 1998, Ludwika participa de Huracán, interpretando Norma Vargaslugo, ao lado de Angélica Rivera e Eduardo Palomo. Nessa época conhece, em um bar, o também ator Plutarco Haza, por quem se apaixona, com que se casa oficialmente e tem um filho Nícolas.

Quando Nícolas completa um ano de idade, Ludwika decide voltar aos estúdios de gravação, ao aceitar o convite de Emilio Larrosa para estrelar Amigas e rivais, em 2001, onde deu vida à Helena, uma jovem bastante desorientada, que era alcoólica e usuária de drogas. Segundo a atriz, esse foi um dos papéis mais fortes que já interpretou.

Em 2003, participa da telenovela Menina, amada minha, interpretando Carolina. Neste mesmo ano atua no curta-metragem Como Dios manda, além do filme de suspense Seis días en la oscuridad, e da comédia Corazón de melón.

Em 2004, se integra ao elenco de Mujer de madera, uma telenovela de Emilio Larrosa, protagonizada por Edith González. Ainda neste ano, em 18 de dezembro sobe ao altar com Plutarco Haza, já que não havia celebrado o enlace matrimonial religioso anteriormente.

Em 2005, Ludwika Paleta participa em Dos vistas, curta-metragem de Lorena Maza, e em 2006, atua como Alina na telenovela Duelo de pasiones, ao lado do cantor Pablo Montero, Sergio Goyri e Erika Buenfil. Nessa época sua relação conjugal estava em crise e a atriz vivia separada de Plutarco, deste modo, surge um fugaz romance com seu companheiro da telenovela Pablo Montero. Ainda este ano, e pela primeira vez, Ludwika posa semi-nua para uma revista masculina.

Em 2007, interpreta Paulina, junto de Edith González, Yadhira Carrillo, Lidia Avila, Cynthia Klitbo e Julio Bracho, na telenovela Palabra de mujer, inspirada em El amor tiene cara de mujer, sob a produção de José Alberto Castro. Neste mesmo ano estreia o filme mexicano-colombiano de Oscar Blancarte, Polvo de ángel, ao lado de Julio Bracho e Plutarco Haza, com quem, posteriormente, voltaria a trabalhar nos filmes Propriedad ajena, junto de Humberto Zurita, baseado no romance de Enrique Berruga, e El libro de piedra, dirigido por Julio César Estrada.

Em 2008, anuncia sua ruptura definitiva com Plutarco Haza, após onze anos de casamento. Algumas semanas mais tarde, inicia um relacionamento com o ator cubano Alberto Guerra.

Em 2009, participa do vídeoclip Aquí estoy yo de Luis Fonsi, com David Bispal, Aleks Syntek e Noel Schajris. Neste mesmo ano Ludwika se muda com seu filho para a Argentina, onde protagoniza a telenovela Los exitosos Pérez, versão mexicana de Los exitosos Pells.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS


2009 - Los exitosos Pérez (Sol)
2007 - Palabra de mujer (Paulina)
2006 - Duelo de pasiones (Alina)
2004 - Mujer de madera (Aída)
2003 - Menina, amada minha (Carolina)
2001 - Amigas e rivais (Helena)
1997 - Huracán (Norma)
1995 - Maria do bairro (Maria dos Anjos "Tita")
1992 - Vovô e eu (Alessandra)
1989 - Carrossel (Maria Joaquina)

FILMES

2008 - El libro de piedra (Mariana)
2007 - Polvo de ángel (Bella)
2007 - Propiedad ajena (Miranda)
2003 - Seis días en la oscuridad (Ximena)
2003 - Corazón de melón (Fernanda)

SEUS PRÊMIOS

PRÊMIOS TVYNOVELAS


1997 - Melhor atriz jovem (Maria do bairro)
1991 - Melhor atriz jovem (Vovô e eu)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quais telenovelas você gostaria que passassem no Brasil?


Confira o resultado da enquete:


Soy tu dueña: 115 votos (59%)

Hasta que el dinero nos separe: 59 votos (30%)

Corazón salvaje: 58 votos (29%)

Cuando me enamoro: 51 votos (26%)

Mar de amor: 49 votos (25%)

El clon: 48 votos (24%)

Llena de amor: 46 votos (23%)

Niña de mi corazón: 45 votos (23%)

Los exitosos Pérez: 42 votos (21%)


Total de votos: 194


Com 115 votos, Soy tu dueña, telenovela produzida pela Televisa e exibida atualmente pelo Canal de las estrellas, às 21h00, desde 19 de abril de 2010, venceu a enquete com 59% dos votos.

Além do México, o remake de La dueña está sendo exibido na Colômbia, no Peru, e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil é grande a expectativa dos telenoveleiros, que esperam anciosamente pela chegada desta produção o quanto antes. Por enquanto, deixo aqui os perfis das personagens desta envolvente história:


Valentina Villalba (Lucero) - mulher bem-sucedida que trabalha como chefe de redação em uma importante editora da Cidade do México. Além de ser uma rica herdeira, é generosa, responsável, justa, inteligente, culta e de grande personalidade. Após uma traição, sofre uma forte transformação: torna-se dura, fria e cruel. Ao conhecer José Miguel Montesinos, sente uma profunda atração, mas a disfarça, porque já não acredita nos homens, nem no amor.

José Miguel Montesinos (Fernando Colunga) - homem de profundos e nobres sentimentos, leal, generoso, bom filho e amigo. É valente e decidido. Nas situações mais adversas sabe encontrar o lado bom da vida. Ao ressuscitar a velha fazenda de seu pai, a base de esforço e trabalho, sente que nunca havia sentido antes: o verdadeiro amor.

Alonso Peñalvert - (David Zepeda) - sofisticado, sedutor e ambicioso. Aparenta ser um homem que desfruta do êxito em sua vida pessoal e profissional. Era o noivo de Valentina, porém a traía e planejava, junto de Ivana, apoderar-se da fazenda de sua noiva. Finalmente se dá conta de que quem ama verdadeiramente é Valentina e, para não continuar lhe causando mal, decide fugir, deixando-a plantada no altar.

Ivana Dorantes (Gabiela Spanic) - mulher sensual, egoísta, persuasiva e ambiciosa. Aborrece e inveja disfarçadamente sua prima Valentina. Combinando com Alonso, seu amante, planeja despojar sua prima de toda sua fortuna. Algum tempo depois se apaixona obsessivamente por José Miguel, o verdadeiro amor de Valentina, e arma todos os tipos de intrigas para arrebatá-lo.

Isabel Ranger (Silvia Pinal) - uma bela e distinta senhora, conservadora e muito apegada à sua religião. É a mãe de Ivana, tia materna de Valentina, a quem criou e vê como uma verdadeira filha. Na criação e educação das meninas lhe ajudou a babá Benita. Isabel rejeita as pretensões amorosas de Ernesto Galeana, já que em seu coração segue viva a lembrança de um grande amor do passado: Federico Montesinos.

Rosendo Gavilán (Sergio Goyri) - homem do campo, rude e ambicioso. Como capataz, administrou a fazenda da família Villalba como mãos de aço. Se enfurece quando Valentina chega para comandar a fazenda, no entanto, cai perdidamente apaixonado por ela e se propõe a conquistá-la.

Benita (Ana Martín) - é simples, terna, franca e direta. Tem a sabedoria da experiência e do senso comum. Nunca teve filhos, e, por esta razão, centra seu amor maternal em Valentina.

Leonor (Jacqueline Andere) - mulher de caráter forte, orgulhosa, sofisticada e refinada. É cruel e intolerante com seus empregados. Também é perversa, intensa, apaixonada, inteligente e calculista. Se vale de todos os tipos de intrigas para realizar seus desejos.

Federico Montesinos (Eric del Castillo) - Homem desinteressado, simples, nobre, justo e romântico. Adora seu filho e tolera sua esposa Leonor, a quem considera bastante.

Ernesto Galeana (Julio Alemán) - advogado educado, amável, honesto e comprometido. Sente grande carinho por Valentina e sempre cuida dela e de seus interesses. É apaixonado por Isabel, que não se dá conta.

Horacio (Eduardo Capetillo) - simpático, solidário e galanteador. Nasceu no povoado San Pedro de las Peñas, e é dono de uma loja. É amigo de infância de José Miguel e está comprometido com Sandra.

Sandra Macotela (Cristina Obregón) - bonita, imatura e caprichosa, não sabe o que quer da vida e se comporta de forma infantil. É muito ciumenta e sua mãe a prepara para um bom casamento.

Enriqueta (Ana Betha Espín) - acredita ser a mulher mais elegante e distinta do povoado. É intrigante e fofoqueira. Quer casar, a qualquer custo, sua filha Sandra com Horacio.

Moisés Macotela (David Ostrosky) - gerente do banco do povoado. É um excelente pai, carinhoso e compreensivo com sua filha Sandra.

Gabriela (Marisol del Olmo) - é bonita, alegre, sincera e de firmes convicções. Estudou pedagogia na Cidade do México e trabalha como vice-diretora em uma escola. É a melhor amiga de Valentina. No amor não tem tido muito sorte, já que Felipe, o homem a quem ama, não lhe corresponde.

Felipe Santibáñez (Fabián Robles) - médico por profissão e vocação. É muito estudioso, trabalhador, tímido, honesto e romântico. Está profundamente apaixonado por Ivana, que o rejeita e somente o usa quando lhe convém.

Padre Ventura (Raúl Padilla “Chóforo”) - é justo e bondoso, ainda que às vezes deixe transparecer seu gênio forte. Sua personalidade oscila entre a arrogância e o bom humor. Tem bom apetite e sua paixão é jogar dominó.

Sabino (José Carlos Ruiz) - homem humilde, fiel e trabalhador, franco e comprometido até o sacrifício. Mesmo não possuindo formação acadêmica, é possuidor de uma grande sabedoria popular. É empregado da fazenda Montesinos e amigo de Federico.

Oscar Ampudia (Claudio Baez) - homem de negócios e de forte personalidade. É amigo e sócio de Alonso Peñalvert em uma prestigiada imobiliária. Tem 25 anos de casamento com Narda, e, quando conhece Ivana, cai a seus pés, diante de sua beleza e sensualidade.

Narda (Emoé de la Parra) - mulher distinta, de temperamento neurótico e apreensivo. Fica viúva de Oscar, a quem amava tanto. Se empenha em desvendar sua misteriosa morte, causada por Ivana.

Crisanta (Rossana Sanjuan) - mulher camponesa, seus traços ainda mostram a beleza de outrora. Se veste com simplicidade. Tem uma filha, Iluminada, de pai desconhecido. É abnegada e submissa a Rosendo, o homem por quem vive cegamente apaixonada, mas de quem recebe humilhações e desprezo.

Iluminada (Fátima Torre) - uma linda jovem, graciosa e muito franca, ainda que intrometida. É filha de Crisanta, a quem ama e respeita. É empregada da fazenda Los cascabeles.

Timoteo (Paul Stanley) - honrado, romântico e sonhador. É intrometido, fofoqueiro e respondão. Suas inclinações poéticas o distraem na vida diária. Está apaixonado por Iluminada.

Chuy (Diego Avila) - um garoto do campo, sensível e esperto. Sente grande admiração e carinho por José Miguel. Prefere o trabalho no campo do que estudar, mas, sobretudo, gosta de cuidar de Cocuyo, o cavalo de José Miguel.

Juan (Eduardo Rivera) - um trabalhador responsável, honrado e respeitoso. Sofreu por anos os maltratos e as humilhações de Rosendo. É casado com Teresa e tem dois filhos: Chuy e Teresita.

Teresa (Claudia Ortega) - mãe de Chuy. Empregada da fazenda Montesinos. É discreta e respeitosa. Recebe os insultos e os maus-tratos de Leonor com austeridade.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mulheres assassinas - Cândida, esperançosa


DATA
17/06/10

HORÁRIO
22h45

CANAL
Rede CNT

COM
Lucía Méndez, Aarón Hernán, Alberto Estrella, Patricia Reyes Spíndola e Aleida Nuñez

RESUMO
Cândida é uma mulher bonita e sensual que veio do interior para a cidade grande muito jovem. Ao perder os pais ainda menina, foi morar com os tios. No entanto, desde muito cedo, já tinha nas veias a tendência a se tornar uma prostituta e assim, passou a trabalhar pelas ruas. Em suas andanças se envolve com Victor, um astuto cafetão que se aproveita de tudo o que ela conquista. O grande desejo de Cândida é deixar esta vida promíscua e, assim, por acaso, conhece Ângelo, um idoso que enxerga em Cândida sua falecida esposa.

Encantado com ela, Ângelo passa a assediá-la, oferecendo-lhe dinheiro e presentes para ter a presença dela consigo. Victor fica irritado com os acontecimentos e começa a agredir Cândida. Esta, ao receber o convite de Ângelo para ir morar com ele, se enche de esperança de ter, finalmente, uma vida digna. Só que Victor a pressiona e a ameaça para que ela continue atendendo a seus clientes. Sem saber disso, Ângelo segue a moça pelas ruas e vê que ela não vai mudar seu jeito de viver.

Assim, Ângelo a expulsa de casa e, diante da negativa de Cândida, inicia-se uma discussão. Cândida diz que não vai sair da casa porque é sua e acaba investindo contra Ângelo uma faca de cozinha. Logo após praticar o crime, chega ao local Victor que depara com a cena e diz a ela que agora terá que se virar sozinha. Desesperada, Cândida aproveita a mesma faca para cravar nas costas daquele que tanto se aproveitou dela. Cândida será condenada a 50 anos de prisão.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As telenovelas e o público masculino

As telenovelas são um gênero que tem como característica principal o enredo construído sobre as relações humanas. As tramas privilegiam os relacionamentos inter-pessoais, os laços de amizade e inimizade; os interesses pessoais e as relações amorosas são alguns dos principais focos do conteúdo discursivo que a telenovela apresenta.

Ao dedicar-se mais a estes aspectos do relacionamento humano, elas acabam por direcionar-se mais aos âmbitos emocionais e afetivos das relações interpessoais. As telenovelas tematizam os sentimentos, as relações representadas com forte inclinação emotiva e menos racionais.

As narrativas femininas – como é o caso das telenovelas – dedicam-se mais às pessoas e as suas relações, enquanto as narrativas masculinas – como a policial, por exemplo – focam principalmente as metas, os desafios e as realizações. O homem, de acordo com a construção social feita de sua imagem, é mais propenso à racionalidade, enquanto as mulheres são aos sentimentos.

Sendo as telenovelas um gênero feminino, interessa saber quais são as características que esse produto apresenta que fazem com que os homens – mesmo que em quantidade menor em relação ao número de telespectadoras mulheres – tornem-se aficionados a esses programas televisivos.

Em primeiro lugar, há a indicação de que para os homens não importa o encadeamento da trama, ou seja, a sequência, eles veem muitas vezes por hábito, comodidade, e atribuem esta escolha à falta de opção. A telenovela funciona para os telespectadores desse segmento, de certo modo, como uma forma de evasão ligada ao escapismo. Neste contexto, chama justamente a atenção que, ao menos no nível do discurso, do que eles afirmam fazer com as telenovelas, a percepção masculina desse tipo de programa é oposta à feminina, onde prevalece a evasão ligada à liminaridade.

De um modo geral, elas acentuam a distensão e o relaxamento na recepção desses programas, mas parte do deleite, neste caso, vem justamente do vínculo e não da ruptura com a realidade. Elas insistem sobre o fato de haver conhecimento no conteúdo transmitido pelas telenovelas, porém, notável que referem-se a conhecimentos úteis à vida em sociedade, ou seja, ensinamentos sobre conduta moral e social. Na perspectiva masculina, pelo contrário, prevalece a negação de que a telenovela possa trazer algum avanço no campo do conhecimento: neste caso, o conhecimento é entendido principalmente como um conjunto de saberes técnicos ensinados através da educação formal.

Essa resistência está ligada ao fato de que as telenovelas são programas de gênero tipicamente feminino, o que constitui um dos maiores entraves na admissão da assiduidade dos telespectadores masculinos. É um gênero popular, terceiro-mundista e feminino, ou seja, triplamente desqualificado desde o ponto de vista dominante na sociedade ocidental, que valoriza o erudito, o primeiro-mundista e o masculino. A pressão por frequentar ambientes que contrariam a posição de dominação masculina faz com que muitos deles deixem de revelar que são aficionados ao produto.

De uma forma geral, é consenso entre eles e elas que os homens assistem telenovelas, mas que não assumem isso. É importante ressaltar que eles não assumem entre outros homens ou frente a pessoas desconhecidas, pois perante mulheres ou colegas que sabem que também assistem sentem-se mais à vontade para assumir, conversar ou comentar sobre o que acontece nas tramas.

Uma terceira característica observada que marca a recepção masculina e a distingue dos tipos de consumo desses programas pelo público feminino está relacionada ao entendimento dos dois gêneros sexuais sobre a casa onde se mora e onde se assiste televisão: o que cabe a cada qual dentro de casa, como responsabilidades e afazeres. Ou seja, as telenovelas são transmitidas pelos canais de televisão e a televisão é tipicamente assistida no ambiente doméstico, de modo que a forma de cada grupo sexual pensar o seu papel e a sua forma de inserção na vida doméstica/familiar interfere no modo de consumir os programas televisivos.

Em quarto lugar, entre os aspectos que permitem esclarecer o universo da recepção de telenovelas pelo público masculino, faz-se notar a busca pelo entretenimento e do humor como motivos que levam os homens a essa exposição. Quando não há uma ênfase no humor, mesmo que através do núcleo cômico, a obra perde um pouco do interesse para eles. Bem mais que as mulheres, eles enfatizam o interesse pela sátira dos costumes, e se divertem ao ver representadas contravenções dos costumes social mentetidos como legítimos. Neste caso, muitas vezes os personagens cômicos potencialmente capazes de garantir a televidência masculina aparecem na pele de pessoas que não reafirmam os padrões legitimados atualmente de comportamento e de moral.

Para as mulheres, pelo contrário, mesmo quando apresentados de modo cômico, os personagens que transgridem as normas socialmente aceitas, principalmente no que se refere a personagens femininos e à sua conduta sexual, são fortemente recriminados e não caem nas graças das telespectadoras.

Por último, outro aspecto que contribui para caracterizar o contato do público masculino com as telenovelas é a ênfase que colocam no aspecto físico das atrizes de telenovelas, e no contato físico de tipo sexual entre os personagens, como fatores que os motivam a assistir esses programas. À diferença das mulheres, que pouco se referem ao aspecto físico dos personagens masculinos e que não justificam assistir telenovelas pela contemplação da beleza física dos personagens, os homens ressaltam a atenção que põem na beleza física das atrizes e apontam esse fator como algo que realmente lhes chama atenção nessas obras. Ainda nesse sentido, outra vez à diferença das mulheres, que quando mencionam espontaneamente as cenas de sexo é para criticá-las e taxá-las de impróprias para serem assistidas em família e na presença de jovens e de crianças, o público masculino acentua ser esta uma das partes que muito lhes interessa nesses programas.

A partir das proposições apresentadas sobre a recepção masculina de telenovelas, é possível afirmar que a recepção desse gênero televisivo pelos homens não pode ser explicada completamente pelos mesmos fatores que explicam a recepção feminina. Existem diferenças de visão de mundo ligadas ao gênero sexual, ou seja, fatores diversos que motivam os homens, diferentemente das mulheres, à exposição. Deve-se ressaltar, por último, que o apelo das diversas tramas ao televidente masculino vai depender, nesse sentido, da maneira como a obra “atende aos seus gostos”, seja por insistência que por extensão. Em síntese, esses são elementos que permitem explicar a recepção masculina deste tipo de programação televisiva.

terça-feira, 15 de junho de 2010

As noivas das telenovelas

Não existe telenovela sem casamento, isso é um fato, e a verdade é que cada vez mais esses acontecimentos tem rendido ótimos momentos, inclusive de bom humor, como no caso do casamento de Candy e Patrício em As tontas não vão ao céu.

O que era para ser um mar de rosas, se tornou um pesadelo, mas, ironicamente, tirou boas risadas e até mesmo suspiros de espectadores que puderam ver Jacqueline Bracamontes em trajes íntimos no primeiro capítulo da telenovela, exibida atualmente de segunda à sexta pelo SBT às 16h00.

Mas, deixando "as tontas" de lado, por um instante, aqui vai uma breve relação de casamentos que também marcaram as telenovelas latinas com algumas desventuras ou escândalos.

Carlota (Yadhira Carrillo), de A outra, é a noiva mais azarada das telenovelas. Primeiro, Álvaro (Juan Soler) pensou que ela havia morrido, Adriano (Sergio Sendel) só quis seu dinheiro e a abandonou, e pra completar, Joaquim (Sergio Ramos) foi outro que morreu a caminho do casamento civil. Ou seja, três tentativas frustradas de se casar e finalmente se livrar das garras de Bernarda (Jacqueline Andere).

As filhas de Clemente Soriano (Eric del Castillo), em Menina, amada minha, também tiveram casamentos fracassados. A primeira foi Carolina (Ludwika Paleta), que acreditando que Paulo (Julio Mannino) era seu irmão, aceitou se casar com o violento Rafael (Roberto Palazuelos). Já Isabela (Karyme Lozano) decidiu fugir vestida de noiva com Vitor (Sergio Goyri), para não ter que se casar com César (Juan Pablo Gamboa). E pra terminar, Diana (Mayrin Villanueva) decidiu refazer sua vida ao lado de Edgar (Giovan D´Angelo), mas Otávio (Otto Sirgo), rasgou a certidão de casamento antes que Diana assinasse. Clemente viveu à beira de um ataque de nervos, já que a casa parecia ter um mau olhado contra casamentos.

No limite da paixão usou uma herança como motivo para que Otávio (César Évora) se casasse com Ana Cristina (Susana González). Em meio a brigas, tapas e também beijos, o dia do casamento foi um dos mais tristes para a jovem, já que Frida (Sabine Moussier), amante de Otávio, disse na festa que em breve se casaria com ele.

A telenovela Salomé brindou a felicidade dos protagonistas em um feliz casamento. Mas o que Fernanda (Edith González) e Júlio (Guy Ecker) não esperavam era que o pai do noivo, Artur (Aaron Hernan) fosse ser assassinado misteriosamente no dia da boda, e o pior, que a heroína fosse acusada do crime, e que ao invés de ir para a lua-de-mel, fosse direto para atrás das grades.

O casamento mais cheio de imprevistos foi o de Rosalinda. Fernando José (Fernando Carrillo) enfrentou todos os obstáculos para chegar a tempo de impedir o enlace matrimonial de sua amada, vivida por Thalía, com o mafioso Augusto (Sergio Reynoso). O casamento começou cercado de perigos, já que Demétrio (Eduardo Liñan), irmão do noivo, planejava cometer um atentado. Mas Fernando José chegou a tempo de despojar o noivo original, e se casar ali mesmo. Ou seja, ele se casou numa festa paga pelo antigo noivo! Augusto foi embora a cavalo, e o atentado simplesmente não aconteceu.

Por teu amor mostrou Maria do Céu (Gabriela Spanic) se casando para proteger o casamento da irmã. Mas Marco (Saúl Lizaso), o noivo, impôs uma condição: apesar de não se amarem, seriam fiéis. Mas um engano fez com que ele pensasse que Céu havia beijado Sérgio (Gerardo Murguía) e isso foi o início de uma guerra entre o casal.

Bígamos também fizeram heroínas sofrer. Camila mostrou Miguel (Eduardo Capetillo) casado com a humilde camponesa vivida por Bibi Gaytán, mas que, também por um mal entendido, se casa com Mônica (Adamari López), a filha do patrão. A descoberta desse segredo não poderia ter sido pior. Meses de sofrimento para a doce Camila, que acabou por perdoar a traição.

Em Maria Isabel, a protagonista indígena, vivida por Adela Noriega, foi humilhada até no dia de seu casamento com o patrão Ricardo (Fernando Carrillo). Enquanto entrava na igreja, todos os convidados saiam, debochando da humildade e ignorância da moça que acabou se casando com a igreja praticamente vazia.

Alguns casamentos curiosos são aqueles que acontecem por imposição da família. Em Esmeralda, Graziela (Nora Salinas) é obrigada por sua mãe Fátima (Laura Zapata) a se casar com Emiliano (Marco Uriel). Até aí, nenhuma novidade, mas o fato insólito se deu quando o chofer da limusine que a levou para a igreja foi justamente seu verdadeiro amor. Suportando a humilhação e a tristeza, Adrian (Alejandro Ruiz), viu sua amada se casar com outro.

A mentira nos mostrou uma Verônica (Kate del Castillo) feliz com seu noivo Demétrio (Guy Ecker) até o dia do casamento, porque o que se seguiu foi uma verdadeira disputa de amor e ódio entre os dois. O motivo era Virgínia (Karla Alvarez), que por sua vez, foi desmascarada pela própria Verônica no dia do casamento dela com João (Sergio Basañez). Verônica invadiu a igreja, e mostrou a todos os Fernandes Negreti quem na verdade era a angelical Virgínia.

Mas nenhum casamento impactou mais que o da telenovela Amor em silêncio. Felizes por finalmente superarem os obstáculos que impediam sua felicidade, Marcela (Érika Buenfil) e Fernando (Arturo Peniche) subiram ao altar, sem imaginar que naquele dia, a psicótica Mercedes (Margarita Sanz) viria para atirar contra os dois, matando-os.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dez casais marcantes nas telenovelas

CARLOS DANIEL E PAULINA (A usurpadora)

Obrigada pela irmã gêmea a usurpar seu lugar, Paulina (Gabriela Spanic) chegou na casa dos Bracho e mudou a vida de Carlos Daniel (Fernando Colunga) por completo. Mas quando a farsa foi descoberta, Paulina se afastou dele, acreditando que ele só via nela a imagem da irmã gêmea Paola (Gabriela Spanic). Esse amor sacrificado só foi resolvido no último capítulo, quando finalmente Paulina aceita que Carlos Daniel a ama de verdade.
  



LUIS FERNANDO E MARIA
(Maria do bairro)

Quando a história começa, Luis Fernando (Fernando Colunga) é o típico playboy: vive bêbado, não respeita ninguém e só quer brincar com Maria (Thalía). Mas a jovem soube conquistá-lo com sua inocência e suas trapalhadas. Se casam, e ao longo dos anos apenas, conseguem concretizar seu amor, só quando se veem livre de todo e qualquer problema, no final, Maria descobre que espera mais um "Nandinho", com muita honra! 


MANUEL E MATILDE (Amor real)

Manuel (Fernando Colunga) se apaixonou a primeira vista por Matilde (Adela Noriega). Mas quando ele descobriu que ela iria fugir com Adolfo (Mauricio Islas) no dia do casamento, esse amor se transformou em pesadelo. Mas com o tempo, Matilde acabou não resistindo e descobriu o verdadeiro valor de Manuel. Protagonizando cenas de amor inesquecíveis, Manuel e Matilde só puderam ficar juntos no final, superando todas as barreiras e preconceitos que impediam a felicidade.


OTÁVIO E ANA CRISTINA
(No limite da paixão)

Um beijo e uma bofetada, assim Otávio (César Évora) se apaixonou por Ana Cristina (Susana González). Mesmo achando que ela era amante do seu tio, ele acabou envolvido, se casando com ela por causa do testamento deixado pelo tio. Otávio descobriu na moça seu grande amor, e as brigas e desconfianças só acabaram no final, quando finalmente o casal perfeito pôde ficar junto.

 
JOÃO DO DIABO E MÔNICA
(Coração selvagem)

João do Diabo (Eduardo Palomo) foi envolvido por Aimé (Ana Colchero), mas ela o deixou para ficar com André (Ariel López Padilla), que abandonou Mônica. Feridos, João e Mônica se envolveram em um explosivo romance, cheio de sensualidade. Se casaram e enfrentaram todos os preconceitos. Mônica descobriu o amor ao lado do pirata, protagonizando essa inesquecível história de amor.


SEBASTIÃO E GAIVOTA
(Café com aroma de mulher)

A simples, mas cativante Gaivota (Margarita Rosa de Francisco) foi a única capaz de salvar Sebastião (Guy Ecker) da impotência e da infelicidade do casamento do rapaz. Mas o amor não foi tão fácil, e ela teve suas asas cortadas pelos inimigos. Mas Gaivota deu a volta por cima, provou a todos seu verdadeiro valor e conquistou de vez a felicidade ao lado de Sebastião.


DEMÉTRIO E VERÔNICA (A mentira)

Em uma fazenda produtora de tequila, se desatou uma guerra conjugal entre Demétrio (Guy Ecker) e Verônica (Kate del Castillo). Ele a tinha como a pior mulher do mundo, e ela não entendia o porquê do desprezo, mas a mentira foi esclarecida, e Demétrio e sua esposa desfrutaram de seu casamento ultrapassando qualquer fronteira para serem felizes.


ALEXANDRE E ADRIANA
(Manancial)

A luta de duas famílias era o principal impedimento para que Alexandre (Mauricio Islas) ficasse com Adriana (Adela Noriega). Os Ramírez e os Valdéz estavam em pé de guerra, mas isso acabou unindo os seus filhos ainda mais. E só o amor de Alexandre fez com Adriana superasse seu trauma de ter sido estuprada pelo pai dele, Justo (Alejandro Tommassi).



ADRIAN E GRAZIELA
(Esmeralda)

O sofrido amor do peão e mais tarde motorista Adrian (Alejandro Ruiz) pela rica falida Graziela (Nora Salinas) foi de levar o público às lágrimas. Adrian suportou tudo, até mesmo levar sua amada para o altar, onde se casaria com outro. Mas esse amor não foi concretizado na terra, pois Graziela morreu doente de amor, jurando fidelidade eterna ao único homem que amou nesse mundo.


LUIZ ÁNGEL E LUISA
(Sigo te amando)

Luísa (Cláudia Ramírez) se casa obrigada com Inácio (Sergio Goyri), mas foge do marido e, se passando por Marina, conhece o médico Luiz Ángel (Luis José Santander), que se apaixona por ela e enfrenta a todos para viver esse amor, que na verdade, é impossível. Os dois decidem pensar antes de ficar juntos, sem antes estar claro nos seus corações que seguem se amando.

Relembrando os apaixonados das telenovelas

O romance é a base de qualquer telenovela, jamais um conflito é desatado sem que aconteça um envolvimento. Uma história de amor bem contada garante uma telenovela maravilhosa.

Rosa Selvagem mostrava Rosa (Verónica Castro) se apaixonando pelo playboy Ricardo (Guillermo Capetillo), mas o confundindo com seu irmão gêmeo, o amargurado Rogério (Guillermo Capetillo). Desfeito o engano, Rosa lutou até o final para se livrar das intrigas das vilãs, que fizeram com que Ricardo pensasse o pior de sua amada selvagem. No final da história, Rosa se acerta com Ricardo, e Rogério também se dá bem e fica com Linda (Mariana Levy), amiga de Rosa.

O primeiro amor é inesquecível, como para Marilu (Adela Noriega) e Paulo (Ernesto Laguardia) em Quinze anos, uma paixão juvenil e inocente, que foi revivida por Anahí e Kuno Becker em Primeiro amor - A mil por hora.

O hábito foi motivo de questionamentos em duas histórias de amor. A estranha dama mostrou uma Gina (Luisa Kuliok) dividida entre a fé e a carne, atormentada pelas intrigas de seus inimigos. E Carinha de anjo, no polo infantil, mostrava a divertida história de amor entre Luciano (Miguel de León), viúvo que fazia a noviça Cecília (Lisete Morellos) indagar o que realmente queria em sua vida.

Em Maria Mercedes, a mulambenta (Thalía) foi colocada em um jogo de engano e interesse, já que Jorge Luis (Arturo Peniche) se casou com a jovem para ficar com sua fortuna. Mas ele acabou conquistado pelo jeito doce e divertido de ser dessa apaixonante bilheteira. Mas nem no final da história, Mercedes perdeu seu jeito de criança, que, às vezes, causou sérios problemas ao riquíssimo pretendente.

A vingança foi o motivo para Marimar (Thalía) se aproximar de Sérgio (Eduardo Capetillo), após o engano que sofreu. Como Bella Aldama, ela usava e abusava dos sentimentos daquele que um dia foi seu marido. Mas Bella sabia que no fundo ainda o amava, e que não teria coragem para realmente concretizar sua vingança.

Amar é mesmo um privilégio de poucos. Assim mostrou Cristina (Adela Noriega) quando se iludiu com Victor Manuel (René Strickler), que, a princípio, queria apenas uma noite de amor com a moça, mas terminava completamente apaixonado. Intrigas e revelações surpreendentes separariam esse casal, que só consegueria se acertar depois de muitos conflitos em O privilégio de amar.

Maria Isabel mostrou a devoção que um patrão, Ricardo (Fernando Carrillo) pôde causar a uma índia ignorante, Maria Isabel (Adela Noriega). A criada conquistou o coração do milionário engenheiro Mendiola, e foi capaz de sacrificar suas tranças para virar uma dama da sociedade. Mas Ricardo percebeu que quem ele realmente amava era a índia simples e encantadora que conheceu.

A mistura de origens não é novidade. Kassandra mostrava Coraima Torres na pele da cigana que se apaixonava por um homem branco, Inácio (Osvaldo Rios). Era enganada, e acabava se apaixonando pelo irmão gêmeo dele, Luis David (Osvaldo Rios). A paixão de Kassandra pelo rapaz parecia estar predestinada, já que ele era nada menos que o filho da madrasta de sua mãe.

Viver entre tapas e beijos era a sina de Marco (Saúl Lizaso) que se casou por um acordo com a determinada Maria do Céu (Gabriela Spanic), em Por teu amor. Ela queria usá-lo apenas para se afastar do antigo noivo, mas os dois não resistiram ao charme um do outro e se entregaram.

Rosalinda mostrava Thalía vivendo uma história de flores e espinhos para poder amar livremente Fernando José (Fernando Carrillo), tudo isso por conta do passado de suas famílias. Mas, apesar de tudo, mesmo sem memória, Rosalinda, na pele de Paloma Dorantes, voltaria a se apaixonar pelo pianista, e terminaria em seus braços outra vez.

Abraça-me muito forte mostrou a história da jovem Maria do Carmo (Aracely Arámbula), que, aos quinze anos, já era apaixonada por Carlos Manuel (Fernando Colunga), que só com o tempo deixava de vê-la como menina e a descobria como mulher.

Um amor não tão inocente foi o da dançarina Salomé (Edith González) com o triste Júlio (Guy Ecker), que estava preso a doente Ângela (Mónika Sánchez). Uma explosão de sensualidade, um amor marcante, e que, pelos desencontros, só conseguiu se acertar vinte anos depois do primeiro encontro.

Por falar em doença, isso não foi impedimento para que Ofélia (Adamari López), contaminada pelo vírus da AIDS, se apaixonasse pelo horroroso Ulisses (Gabriel Soto), em Amigas e rivais. Foram muitas provas, até que Ofélia quisesse virar freira para não causar mais dor ao seu amado, mas a paixão falou mais alto e os dois se acertaram definitivamente no final da história.

Quem não se entendia de jeito nenhum eram Rafael (Valentino Lanus) com sua quase irmã Marina (Ana Layevska), em Primeiro amor - A mil por hora. Quando Rafael ia confessar seus sentimentos, Marina fugia, e vice-versa. A situação só piorou quando eles arranjaram outras pessoas. Claro, no final, Rafael salva Marina e conquista de vez seu coração.

Algo semelhante aconteceu com Isabela (Karyme Lozano), que depois de um encontro inusitado, cedeu a conquista de Vitor (Sergio Goyri), e pela “ajuda do destino”, os dois acabaram se entendendo, mesmo com a interferência de terceiros, em Menina, amada minha.

Ao som da linda melodia de um piano, Álvaro (Juan Soler) se aproximava da opaca Carlota (Yadhira Carrillo) para causar uma transformação em sua vida. Mais feliz, ela encontrava nele o motivo para viver e para enfrentar sua dominadora mãe. Mas, um engano fazia com que ele a desse como morta, e Carlota, só depois de muitos anos de desencontro, poderia se reaproximar dele, na pele de Cordélia (Yadhira Carrillo), sua sósia.

domingo, 13 de junho de 2010

TV Brasil apresenta Um céu de estrelas

A TV Brasil exibe neste domingo, 13 de junho, às 23h00, Um céu de estrelas, o segundo filme brasileiro a ser emitido na atração Cine Ibermédia, que desde 14 de março vem apresentando semanalmente os filmes ibero-americanos selecionados para apresentação nas emissoras públicas afiliadas ao Programa Ibermedia.

Um céu de estrelas, filmado em 1996 com pouco recurso, foi dirigido por Tata Amaral, com roteiro de Jean-Claude Bernardet e Roberto Moreira, sendo uma adaptação livre do livro homônimo de Fernando Bonassi. O filme narra, em 80 minutos, a jornada de uma personagem feminina, uma cabeleireira chamada Dalva (Leona Cavalli), que vive no bairro paulistano da Mooca, num humilde sobrado, em companhia da mãe, uma viúva chamada Dona Lourdes (Néa Simões).

Premiada com uma viagem para Miami em um concurso de penteados, Dalva vê no prêmio a sua chance de mudar de bairro, de cidade e de vida, no entanto, ainda não sabe como contar a novidade para a mãe. Ela arruma as suas malas para partir no dia seguinte. Porém, há a visita inesperada de seu ex-namorado Vítor (Paulo Vespúcio Garcia), disposto a reatar o relacionamento de dez anos. Uma vez dentro da casa, o rapaz passa a agir de modo agressivo, como se aquela fosse a última oportunidade de reconquistá-la, mesmo que à força.

A casa onde vive Dalva se torna o palco de uma tragédia, desencadeada por sua intransigência e pela teimosia de Vitor. Na verdade, nenhum deles têm culpa de nada. Dalva não pode renunciar ao seu sonho de ir a Miami e Vitor não pode renunciar à paixão. Estão ambos condenados.

Vítor tenta seduzir e convencer Dalva que ele está diferente. Conta que pediu demissão de seu emprego e, portanto, pode viajar com ela. Mas Dalva recusa. A mãe chega na casa e acalora a discussão. Vítor tranca as portas da casa e mata Dona Lourdes. Com os sons dos tiros a casa é cercada pela polícia e por uma reportagem de televisão. Entretanto, as resoluções do conflito ocorrem dentro da casa e pelas próprias mãos da personagem protagonista feminina, ao matar Vítor.

O longa de Tata Amaral é um filme de orçamento baixo - cerca de U$ 380 mil - e de ação claustrofóbica, cerrada no cenário único de uma casa da classe baixa paulistana. Foi consenso entre a crítica que orçamento tão baixo só foi possível por se ter encontrado uma história adequada a esse padrão.

Mas este padrão, este orçamento considerado baixo, que tantas vezes desembocou em produções de ficção barata - e ficção aqui não é sinônimo de ficção científica, mas representa toda produção de imaginação, de criação, isto é, qualquer filme não documental - no filme de Tata Amaral significa também uma sintonia com a realidade circundante.

O filme torna de novo transparente a vidraça. Mostra um Brasil que o Brasil esquecia, ou tentava esquecer, na época. Esquecia tentando afogá-lo na euforia dos tempos de real, de moeda forte, de equiparação no valor com o dólar. Um céu de estrelas mostra, justamente, que os que imaginamos excluídos estão na verdade incluídos no nosso cotidiano. De novo, temos um filme perturbador, corajoso, que mostra que a ficção pode abrir possibilidades de questionamento ao existente, que o virtual pode arguir o real.

No ano de seu lançamento, Um céu de estrelas recebeu os troféus Candango, no Festival de Cinema de Brasília; e APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte. Foi premiado nos festivais Biarritz e Cretéil, na França; Boston, nos EUA; Havana, em Cuba; Trieste, na Itália. E ainda rendeu à Leona Cavalli, diversos prêmios de melhor atriz no Brasil e no exterior.

De maneira geral, pode-se dizer que Um céu de estrelas é um filme de extrema coerência, com belas resoluções cênicas realizadas por meio de uma particular manipulação de câmera e direção de atores. O filme tem sido apontado como um dos principais destaques do que se convencionou chamar de “renascimento” ou "retomada" do cinema brasileiro.

A dramaturgia narrativa e visual presente em Um céu de estrelas é tensa e busca grudar o espectador nos atos contraditórios das personagens e no próprio desenrolar do drama, que mescla violência e erotismo. Com relevantes traços poéticos, realizados em uma época desacreditada de produzir algo de novo e de original esteticamente, este filme demonstra uma ousada interação entre narrativa e elaboração plástica da imagem, a partir do trabalho de direção que traz uma exploração da relação da câmera com os atores e detalhes da cenografia.

A câmera atua no filme observando de perto os acontecimentos, parece ficar grudada nos personagens, perde o foco quando estes estão desorientados, explora o cenário e mostra detalhes íntimos das personagens com desenvoltura, sem condená-los ou mesmo justificar suas ações, mas simplesmente com uma postura de mostrá-los com um olhar de dignidade.

Muito dessa paixão radical vem do roteiro. Muito mais vem da realização corajosa, da câmera inquieta, incômoda, que acompanha um casal de atores em estado de graça. Leona e Paulo Vespúcio tiveram, neste filme, seu trabalho mais feliz e também seu batismo de fogo, suportando cenas de dura sensualidade e terna violência. O filme é tributário dessa entrega do elenco e não apenas do par central. Algumas das cenas mais perturbadoras são vividas pela mãe de Dalva (Néa Simões) que chega em casa e encontra o casal no início da briga.

Numa das melhores, mas também mais duras sequências do cinema brasileiro, a mãe, trancada no banheiro, reza compulsivamente, enquanto lá fora o casal prossegue seu caminho de destruição mútua. Sem ser diretamente político, Um céu de estrelas contempla em sua dramaturgia todo o espectro do impasse social brasileiro. Está nele o sonho de uma personagem com a suposta terra da promissão e também o desespero de outro com sua falta de horizontes. Está ali o medo da mãe, que nada compreende, e a cegueira da televisão, que entra no final do jogo e registra apenas a superfície da tragédia, passando-a ao público como drama de consumo.

Twitter: Um aliado dos produtores mexicanos entra em cena

As redes sociais extendem seu impacto à televisão e os produtores observam o gosto da maioria.

Atualmente, são vários os produtores de televisão que observam com atenção este novo mundo. A chegada do Twitter beneficiou o trabalho porque, com ele, se pode ter contato direto e preciso com o público, sem a necessidade de fazer pesquisas de campo, uma técnica de estudo de opiniões das pessoas, para discutir sobre os projetos ou protagonistas.

José Alberto Castro "El Güero Castro", manteve um duro debate, com os mais de 4 mil twitteiros que o seguem, sobre quem deveria ser a próxima "Teresa", telenovela que inicia suas gravações em 15 de junho e vai ao ar em agosto. A eleição estava entre as atrizes Angelique Boyer, Violeta Isfel, Vanessa Villela, Ana Brenda e Anahí.

"Uso o Twitter para meu trabalho profissional, e, com Teresa, foi interessante convocar e transmitir a etapa de eleição da protagonista. Também é um elemento de relaxamento e me serve como alívio. Acredito que também seja como uma terapia cardíaca na situação de minha vida atual, vendo a muitos companheiros, amigos e amigas que estão vivendo sozinhos, como eu", disse El Güero Castro.

"Aqui existem poucos elementos para a tomada de decisões, mas se pode ter um feedback interessante, por exemplo, se o tema de abertura agradou, as locações, o figurino e os demais detalhes objetivos da telenovela. Acredito que haja elementos que permitirão fazer discussões de grupo pelo Twitter, mas não completamente; a discussão terá que ser de pessoa para pessoa para saber todas suas reações", complementa Castro.

Salvador Mejía se atreveu a submeter à votação a participação de William Levy como protagonista da nova versão de Cuna de lobos (Ambição), e confirmou Ana Claudia Talancón como sua parceira na mesma. Com esta notícia abriu sua conta no Twitter e somou cerca de mil seguidores em menos de uma semana.

"É uma novidade e representa um vínculo muito grande entre um produtor e seu público. Acredito ser muito positivo porque há uma retroalimentação direta. O Twitter realiza uma discussão de grupo on line, de maneira imediata e sem nenhum prejuízo. As pessoas dizem o que pensam e não podem estar manipuladas, nem influenciadas, porque dizem o que sentem", diz.

Mejía informa pelo Twitter os avanços desta série de 13 capítulos, inspirada na telenovela Cuna de lobos (Ambição), de 1986. Seus últimos twitts diziam que havia ficado sem a vilã, Irán Castillo, e que buscava o tapa-olho para Catalina Creel, que será interpretada por Rebecca Jones.

"Os comentários das pessoas desta rede social não estão manipulados por ninguém, é diretamente o usuário quem escreve e por isso deve-se levar em conta", conclui Mejía.

Para Castro, López e outros produtores, como Pedro Torres e Carla Estrada, que também usam o Twitter para trabalhar, este meio de comunicação é um contato direto com o público, que pode expressar o que quer ver e o que não quer em um instante. Desta forma, dizem os entrevistados: o Twitter é um indicativo claro das opiniões e julgamentos do público e todos os produtores devem estar ligados a ele.


Colaboração: El universal

De que país são suas telenovelas favoritas?

Confira o resultado da enquete:


México: 72 votos (69%)

Brasil: 21 votos (20%)

Colômbia: 4 votos (3%)

Venezuela: 3 votos (2%)

Argentina: 3 votos (2%)


Total de votos: 103


Como se pode ver, através do resultado da enquete, não há o que discutir, as telenovelas mexicanas conquistaram os telenoveleiros brasileiros, e aqui apresento um pouco da história deste que é o produto de entretenimento mais consumido no mundo da teledramaturgia:

No México, a telenovela se desenvolveu dentro de uma estrutura televisiva quase monopolítica, dominada pela empresa Televisa até 1993, quando a TV Azteca começou a ganhar espaço. Esta posição quase monopolista se pôde manter durante várias décadas, época na qual foi-se desenvolvendo o formato da telenovela mexicana.

A primeira telenovela que marcou o início desta fábrica de sonhos foi Senda prohibida, estelarizada por Silvia Derbez como antagonista e Beatriz Aguirre no papel da sofrida esposa de Francisco Jambrina. O melodrama de Fernanda Villeli tornou-se um sucesso; um triângulo amoroso que valeu a Silvia Derbez, nesse tempo, o desprezo das donas-de-casa por seu papel de destruidora de lares. A consagração das telenovelas chegou com Gutierritos, das mãos de Estrella Calderón. O personagem foi interpretado por Rafael Branquells que se tornou um heroi da classe média burocrática, vítima de sua esposa frustrada María Teresa Rivas. Sua emissão iniciou-se em setembro de 1959 e seus níveis de audiência provocaram uma venda de televisores nunca vista desde a chegada desde meio no México, havia nove anos.

Com a chegada Maricruz Olivier às telenovelas surgiu uma das mais terríveis antagonistas, por suas interpretações pertubadoras. Ninguém como ela conseguiria manifestar a loucura vingadora com seu levantar de sobrancelhas e com o regalar de seus belos olhos verdes. A atriz se tornou o pesadelo das donas-de-casa com sua caracterização na telenovela Teresa, que foi interpretada por Salma Hayek em uma nova versão trinta anos mais tarde e que, brevemente, receberá um novo remake. Maricruz converteu as mulheres em protagonistas, terminando com o efêmero reinado de Rafael Branquells em Gutierritos.

A mãe da "telenovela rosa" foi a tabasquenha, criada em Porto Rico e radicada em Cuba, Caridad Bravo Adams. O êxito de suas rádio-novelas se refletiu no cinema com a filmagem de várias delas: La mentira (1952), La intrusa (1953), Pecado mortal e Estafa de amor (1954) e Corazón salvaje (1955). Com esta última, Enrique Alvares Félix, filho da diva María Félix, ingressou na televisão e com este papel protagônico tirou o estigma que significava o sobrenome de sua mãe. Outra de suas telenovelas, La mentira, produzida por Ernesto Alonso, é conhecida como a primeira que contou com um tema musical: Se te olvida, do compositor Alvaro Carrillo.

Nunca as telenovelas tiveram um caráter tão marcadamente popular como quando se integrou à ela a escritora Yolanda Vargas Dulché, levando suas populares historinhas do coração à telinha. O primeiro impacto demolidor obteve María Isabel, a história de uma indígena que apaixonava seu patrão e ascendia como dama da sociedade. Após, chegou o erotismo malvado de Rubi e a suburbanidade com Ladronzuela, interpretada por Macaria.

Em 1963, Ernesto Alonso reuniu três feras do teatro, as espanholas Amparo Rivelles e Ofelia Guilmain e a cubana Carmen Montejo para intepretar a telenovela Doña Macabra do dramaturgo Hugo Arguelles. Surgia aí um gênero ainda não explorado: o humor negro. A história foi um êxito absoluto.

A Ernesto Alonso, o Senhor Telenovela, se devem os dramas históricos e graças a suas produções, surgiram uma enorme quantidade de figuras para a telinha. Produziu telenovelas desde 1960 até 2005, por sua intervenção foi que María Félix aceitou participar na telenovela histórica La Constitución.

Desde 1967, ano em que a Televisa começa a transmitir telenovelas importadas, a peruana Simplemente María, estelarizada por Saby Kamalich e Ricardo Blume, se torna a primeira delas e este drama superaria os níveis de audiência das telenovelas nacionais, alcançando 425 capítulos.

Em 1973, a presença de um novo rosto sobressai: Lucía Méndez, que popularizou ao máximo o drama La maestra Méndez, ao lado de Víctor Junco. Outra excelente produção foi La hiena, com Amparo Rivelles, Ofelia Medina e Carlos Bracho.

O ano de 1974 trouxe o grande êxito Ana del aire, interpretada por Angélica María, Andrés García e Fernando Allende que apareceu para competir com os galãs Lizalde e Alvarez Félix. Neste mesmo ano foi levada ao ar a telenovela mais longa da história mexicana e, curiosamente, não estava direcionada às donas-de-casa, mas sim às crianças, se tratou de Mundo de juguete, que chegou a 612 capítulos com as atuações de Sara García, Graciela Mauri, Evita Muñoz Chachita, Irán Eory e Ricardo Blume, sob a produção de Valentín Pimstein. Foi uma adaptação da minissérie argentina Papá corazón.

Em 1979, a Televisa alcançou sua grande meta: exportar suas telenovelas para todo o mundo e não somente aos países de língua espanhola. A repercurssão internacional foi alcançada graças à adaptação do venezuelano-mexicano Carlos Romero e as atuações de Verónica Castro e Rogelio Guerra em Los ricos también lloran (Os ricos também choram), que se tornou, também, a primeira telenovela mexicana a ser importada pelo Brasil.

Em 1982, Verónica Castro, que rapidamente se tornava a favorita do público em toda América Latina, acompanhada de Salvador Pineda, alcançou um êxito sem precedentes com El derecho de nacer (O direito de nascer), em sua segunda versão. Também apareceu a argentina Christian Bach em El amor nunca muere, ao lado de Frank Moro, e a violinista e vedete Olga Breeskin, que atraiu ainda mais o interesse dos homens para as telenovelas.

Em 1983, duas telenovelas levaram a honra: Bodas de odio, que consagrou Christian Bach e Frank Moro e El maleficio (Estranho poder), que paralizou o país inteiro com seu dramático final, onde Ernesto Alonso, além de produzir e dirigir, também atuava, acompanhado por Jacqueline Andere e Norma Herrera.

Em 1984, La traición, com as atuações de Sergio Jiménez e Emílio 'Indio' Fernández e Tú eres mi destino, com Claudia Islas e Enrique Alvarez Félix, se destacaram como clássicos do gênero.

Em 1985, um trio de telenovelas se fez brilhar: De pura sangre, com Christian Bach e Humberto Zurita, que levaram o amor dos intérpretes além das telinhas; Tú o nadie (Só você), com a magnifica atuação de Lucía Méndez e Salvador Pineda; e Angélica, com os novatos Erika Buenfil e Sergio Goyri.

Em 1986, sob a direção de Sergio Jiménez, em sua estreia como diretor, grava-se Herencia maldita, com Angélica María e David Reynoso e se alcança mais um êxito.

Em 1987, duas telenovelas se sobressaem: Senda de gloria, com Ignacio López Tarso e Blanca Sánchez, e Victoria, que colocaria Victoria Ruffo como uma das protagonistas mais solicitadas, ao lado de Juan Ferrara.

A partir da década dos anos 90 até a atualidade, as telenovelas da Televisa se dimensionaram de uma forma inaudita, apareceram novos rostos como Leticia Calderón, em Yo compro esa mujer (Eu compro essa mulher), ao lado de Eduardo Yáñez; o toureiro e ator Guillermo Capetillo, em Atrapada; Daniela Castro, em Triángulo, e Rebecca Jones, em La sonrisa del diablo. Começou-se a criar remakes, onde se voltou a comprovar o gosto do público pelas telelágrimas.

Ernesto Alonso continuou com produções históricas como El vuelo del águila e La antorcha encendida. Um êxito mundial se deu com Dos mujeres y un camino, onde Itatí Cantoral, Bibi Gaytán e Laura León, ao lado de Carla Estrada, conseguiram os primeiros lugares de audiência; Rafael Rojas, Edith González e Alejandro Camacho brilharam em La sombra del otro, tanto que, em 1995, Lazos de amor (Laços de amor), consagrou a atriz e cantora Lucero com a interpretação de três personagens. Ana Colchero, Alfredo Adame e Adriana Roel, mostraram seu talento em Yo no creo en los hombres (Eu não acredito nos homens); Angélica Rivera e Francisco Gattorno chamaram a atenção em La dueña, que posteriormente também recebeu um remake brasileiro, além de, atualmente, estar sendo exibida uma nova versão no México, chamada Soy tu dueña.

Merece especial atenção a telenovela El abuelo y yo (Vovô e eu), onde o grande ator Jorge Martínez de Hoyos apadrinhou Gael García e Ludwika Paleta; Carla Estrada alcançou o auge com a super-produção El privilegio de amar (O privilégio de amar), onde reuniu Adela Noriega, Andrés García, Helena Rojo, Marga López e René Strickler.

Não pode faltar o drama juvenil Soñadoras, com a presença de Aracely Arámbula, e nesta mesma década, Thalía dá um passo à teledramaturgia com sua trilogia que arranca com María Mercedes (Maria Mercedes), segue com Marimar e conclui com María la del barrio (Maria do bairro).

Sem dúvida as telenovelas são parte importante na cultura latino-americana, nos fazem chorar, sorrir e nos apaixonar, mas também nos inspiram. Um dos mais recentes fenômenos de popularidade foi representado por La fea más bella (A feia mais bela), que consagrou Angélica Vale e Jaime Camil.

sábado, 12 de junho de 2010

Mundo de feras



NOME ORIGINAL
Mundo de fieras

ESCRITORES
Julián Aguilar e Mauricio Aridjis (Baseados na obra de Ligia Lezama, Marissa Garrido, Alberto Migré e Liliana Abud)

PRODUTOR
Salvador Mejía Alejandre

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
65

ANO DE GRAVAÇÃO
2006

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2007

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Antes de que te vayas

INTÉRPRETE
Marco Antonio Solís

Antes de que te vayas, déjame mirar,
una vez más ese rostro, que nunca he de olvidar.
Me dices sinceramente que me has dejado de amar,
descuida yo bien comprendo y te sabré perdonar.

Cuida de tu vida en tu camino, yo siempre pediré a Dios por ti,
por ese corazón que me dio tanto, pero acabó mi encanto y lo perdí…

Perdona si te fastidio, pero es que es mi sentir,
tal vez no tengo ni forma de lo que quiero decir.
Quisiera pedirte el beso que borre los del ayer,
mas no te quito tu tiempo, te puedes ir ya lo ves.

Cuida de tu vida en tu camino, yo siempre pediré a Dios por ti,
por ese corazón que me dio tanto, pero acabó mi encanto y lo perdí.

Cuida de tu vida en tu camino, yo siempre pediré a Dios por ti,
por ese corazón que me dio tanto, pero acabó mi encanto y lo perdí.

Antes de que te vayas…


ELENCO

César Évora: Gabriel Cervantes Bravo / Damião Martínez

Gaby Espino: Mariângela Cruz

Edith González: Joselyn Rivas del Castillo de Cervantes Bravo

Sara Maldonado: Paulina Cervantes Bravo

Sebastián Rulli: João Cristóvão Martínez

Helena Rojo: Miriam de Rivas del Castillo

Juan Peláez: Clemente Rivas del Castillo

Michelle Vieth: Karen Farías Rivas del Castillo

Ernesto Laguardia: Leonardo Barrios

Laura Flores: Regina Guerra de Martínez

Azela Robinson: Dolores Farías

René Casados: Nícolas Navarro

Margarita Isabel: Otília Álvarez de Velásquez

Azela Robinson: Dolores Farías

René Casados: Nícolas Navarro

Claudio Báez: Frederico Velásquez

Lupita Lara: Simone

Paty Díaz: Belém

Javier Ruán: Padre Domingo

Eric del Castillo: Germano

Irán Castillo: Cecília

Odiseo Bichir: Tibério Martínez Farías

Alejandro Ruiz: Silvestre

Raúl Sebastián Villarreal: Luisinho Cervantes Bravo Rivas del Castillo

Silvia Manríquez: Ingrid

Sheyla: Marieva

Reynaldo Rossano: Cortito

Rodrigo Mejía: Rogério Cervantes Bravo

Manuel Medina: Pedro Cervantes Bravo

Paola Treviño: Diana de Cervantes Bravo

Carmen Salinas: Candelária de Barrios

Lidise Pousa: Elsa Barrios

René Strickler: Edgar Farías

Dulce: Aurora Cruz

Julio Vega: Mário

Myrrha Saavedra: Soraya

Alberto Salaverry: Coiote

Benjamín Rivero: Mastim

Gustavo Sánchez Parra: Chacal


PERFIL DAS PERSONAGENS

Gabriel (César Évora) – é um homem honesto, que preserva os valores morais e tem sorte nos negócios. Fica chateado ao saber que seu irmão gêmeo o odeia. É casado com Joselyn, que vive lhe atormentando.

Mariângela (Gaby Espino) – é uma bela mulher, com um coração doce e puro, e dona de uma personalidade forte. Não guarda ressentimentos contra as pessoas que a maltratam. É tímida e romântica.

Damião (César Évora) – é cruel e mesquinho. Tem um ódio mortal do irmão gêmeo. É agressivo e ciumento. Fará de tudo para destruir Gabriel.

Joselyn (Edith González) – é bela e voluntariosa. Sua chantagem emocional e ciúme destruirão seu casamento com Gabriel. Tem problemas mentais e crises de histeria.

Paulina (Sara Maldonado) – filha de Gabriel, é romântica e não tem malícia. Vive um romance proibido, como no clássico “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, com o pior inimigo de seu pai.

João Cristóvão (Sebastián Rulli) – é um rapaz independente que está sempre defendendo a sua mãe e sofre rejeição por parte do pai. Apaixona-se perdidamente por Paulina.

Miriam (Helena Rojo) – tem um passado obscuro. É fria, sem escrúpulos e maldosa. Odeia Mariângela e está sempre a humilhando. Vive manipulando quem está ao seu redor. E é capaz de cometer um assassinato para atender suas ambições.

Karen (Michelle Vieth) – mimada, egoísta e maldosa, ela detesta Paulina e não suporta vê-la feliz.

Clemente (Juan Peláez) – ao contrário de sua mulher, é bondoso. Tem uma filha fora do casamento, Mariângela, mas não lhe ajuda como devia. Vive, porém, defendendo-a. No final, deixará para a moça parte de sua fortuna.

Regina (Laura Flores) – é uma mulher submissa e fiel, que sofre com o ciúme do marido, Damião. Ele a acusa de ter tido um caso com Gabriel.

Dolores (Azela Robinson) – uma mulher sensível e de bom coração, que foi injustamente acusada pelo assassinato do irmão. Sofre por ter sido traída e lutará por justiça. Descobrirá algo suspeito sobre o passado de Miriam e Joselyn.

Candelária (Carmen Salinas) – é simpática e está sempre pronta para ajudar os outros. Gosta de aconselhar os jovens e apoia Mariângela.

Leonardo (Ernesto Laguardia) – filho adotivo de Candelária, é um homem inteligente e trabalhador. Sofre um duro golpe ao perder a mulher que ama para outro homem. Apaixona-se por Mariângela e acha que Gabriel só quer brincar com os sentimentos da moça.


INTRODUÇÃO

A novela conta a história de Gabriel e Damião, gêmeos idênticos que foram separados ao nascer e tornam-se inimigos mortais.

Se trata de um remake da venezuelana Mundo de fieras, de 1991, com Jeanette Rodríguez, Jean Carlo Simancas e Rosalinda Serfaty nos papéis principais que na versão mexicana foram interpretados por Gaby Espino, César Évora e Edith González.

No Brasil, foi exibida pelo SBT em 2007, em 65 capítulos, extremamente editada pela emissora por falta de audiência, originalmente deveria ter 120 capítulos.


RESUMO

Gabriel e Damião são gêmeos idênticos. Ao nascer, foram separados e seguiram rumos diferentes. Gabriel cresceu rodeado de luxo e muito amado por seus pais adotivos. Já Damião, cresceu em um ambiente pobre, foi praticamente abandonado e sofreu bastante. Tanto sofrimento fez com que ele se voltasse para o crime. Em um acidente ao fugir da polícia, Damião perdeu uma perna. Ao saber da existência do irmão, um ódio e um ressentimento incontrolável são despertados em Damião. A partir daí, torna-se inimigo mortal de Gabriel. Seu principal objetivo é destruir o próprio irmão.

A vida de Gabriel, no entanto, está longe de ser um mar de rosas. Sua primeira esposa, mãe de seu primogêntio, Rogério, ficou muito doente e morreu durante o parto de sua segunda filha, Paulina. Após superar uma imensa dor e sofrimento, Gabriel conheceu Joselyn, uma viúva atraente e mãe de uma menina, e se casou novamente.

Os primeiros anos de seu segundo casamento foram tranquilos, e dele nasceu Luisinho, seu filho caçula. Anos mais tarde, Joselyn sofreu um acidente de carro e perdeu o bebê que esperava. Para piorar, Luizinho, que estava no carro, teve um grave ferimento nas pernas. Desde então Joselyn afastou-se do marido, passou a culpá-lo pelo o que aconteceu e a ter recorrentes crises de ciúme. Além disso, Gabriel vive com seus sogros. São eles Clemente e sua esposa Miriam, uma mulher fria, ambiciosa e maldosa.

Damião, por outro lado, aproveitou-se da inocência de Regina para conquistá-la. Regina é uma mulher tímida e submissa, que sempre foi apaixonada por Gabriel. Seus pais, porém, foram contra o romance. Ela, então, acabou casando-se com o irmão gêmeo de seu verdadeiro amor. Desde então sua vida tem sido um inferno. Ciumento, o marido está sempre lhe acusando de adultério e aproveita para maltratá-la. Um dos alvo da tortura é o próprio filho do casal, João Cristóvão. Damião acha que o garoto é fruto de adultério e, portanto, não é seu filho, mas sim de Gabriel. João Cristóvão e Paulina, filha de Gabriel, viveram um grande amor, mas que não vingou por divergências entre suas famílias e devido às armações da intriguenta Karen, filha mimada do primeiro casamento de Joselyn

Um dia, Mariângela, filha de Clemente, chega à mansão de Gabriel. Ela torna-se, então, governanta da casa e uma espécie de tutora de Luisinho. Odiada por Miriam, ela será maltratada pela madrasta que permitiu que a garota ficasse, aproveitando isto para soltar seu ódio com humilhações continuamente. Quem se encanta com a moça é Leonardo, filho da empregada da mansão, a doce Candelária. Logo que a conhece, ele se apaixona por Mariângela e fará de tudo para conquistá-la. A moça deverá mudar o destino de muitos personagens e vai mexer principalmente com o coração de Gabriel

Mariângela não será a única pessoa que afetará a vida dos principais personagens. Uma dela é Dolores, irmã do primeiro marido de Joselyn, que acabou de deixar a prisão após cumprir uma pena injusta por ter assassinado seu irmão. Todos pensam que Dolores virou freira, mas na verdade, ela planeja uma vingança e fará de tudo para ter justiça.


CURIOSIDADES

Estreou com 4 pontos de média no Ibope empatando com a Record no horário, se estabilizou em 3 e saiu do ar com o mesmo índice.

Chegou a marcar apenas 1,4 ponto no Ibope, fato que ocorreu com a coincidência da chegada do Papa Bento 16 ao Brasil.

No México, marcou 21 pontos de média, ruim para o horário estelar da Televisa (21 horas), que pede 25 pontos.

Telemundo expande seus talentos

Ana Layevska, Fabián Ríos, Sonya Smith, Gabriel Porras e Jorge Luis Pila se unem ao grupo de atores estelares da Telemundo, ao passo que Catherine Siachoque renova seu compromisso com a rede americana.

Além disso, Ana Layevska já começou a trabalhar em uma produção da Telemundo onde será uma vilã capaz de assassinar qualquer um que se atreva a cruzar seu caminho para atrapalhar suas pretensões: El fantasma de Elena, protagonizada por Elizabeth Gutiérrez e Segundo Cernadas. Layevska se muda mais uma vez para Miami, uma cidade muito especial para ela, já que foi ai onde conheceu e se apaixonou por seu atual parceiro: Rafael Amaya.

A única coisa que a deixou cismada na hora de assinar o contrato não foi apostar em uma nova produtora ou se tornar má, mas sim ter que estar longe de seu namorado, porque como ela mesma declarou, seria capaz de deixar sua carreira por ele. No entanto, após gravar uma série na Espanha, Rafael estaria decidido a tomar um ano para estar próximo de sua namorada e lhe devolver a gentileza, já que, durante todo este ano, Ana esteve junto a ele na Espanha.

A Telemundo, produtora líder de conteúdo inovador e de alta qualidade para os hispânicos dos Estados Unidos e ao redor do mundo, havia anunciado em 25 de maio de 2010 a contratação dos atores Ana Layevska, Fabián Ríos e os protagonistas da exitosa Dónde está Elisa: Sonya Smith, Gabriel Porras e Jorge Luis Pila, como talentos exclusivos da rede, fortalecendo seu
portifólio de talentos de primeira.

"Com estas novas contratações, além das estrelas que já formam parte da extensa lista de atores exclusivos, a Telemundo Estudios permanece fortalecida de maneira estratégica para o grande volume de produção planejada para os próximos meses", afirma Joshua Mintz, vice-presidente de desenvolvimento estratégico.

"Damos a estes grandes atores a mais calorosa boas-vindas à nossa família e nos comprometemos com nossa audiência a continuar na permanente busca do melhor talento para nossas produções", conclui.

A bela atriz ucrano-mexicana, Ana Layevska se destacou no cinema, teatro e televisão. Iniciou sua carreira na Televisa na telenovela Alguna vez tendremos alas, em 1997. Logo seguiram Preciosa, Primeiro amor - A mil por hora, A vida é um jogo, Clap, Las dos caras de Ana, A madrasta, Verano de amor e Mulheres assassinas. Além destes trabalhos, participou em filmes como El tiempo de las mariposas e The fighter. Agora, sua personagem de vilã será vista na nova produção da Telemundo Studios: El fantasma de Elena.

O reconhecido ator Gabriel Porras, marido de Sonya Smith, possui uma trajetória artística que inclui mais de 40 obras teatrais, o que lhe serviu de base para se desenvolver como ator. El alma herida, da Telemundo, foi onde teve seu primeiro papel protagônico na televisão. Olvidarte jamás, Prisionera e El rostro de Analía, são alguns de seus trabalhos mais importantes. Gabriel também se desempenhou com muio êxito no cinema, tendo participado em Entre Villa y una mujer desnuda, Bajo la misma luna e Reflejos. Atualmente, o público desfruta de seu talento como Mariano Altamira em Dóde está Elisa.

A versátil e destacada atriz Sonya Smith se deu a conhecer através de telenovelas memoráveis dentro da televisão hispânica. Seu primeiro papel protagônico foi Cara sucia, que foi exibida exitosamente em mais de 80 países. Outras de suas recordadas participações foram Cristal, Alondra, Destino de mujer e Olvidarte jamás. Seu primeiro trabalho na Telemundo foi em Pecados Ajenos e atualmente interpreta Dana Riggs na exitosa telenovela Dónde está Elisa.

Jorge Luis Pila obteve seu primeiro papel protagônico na produção Al norte del corazón, que o lançou imediatamente ao estrelato. Entre seus projetos mais destacados se encontram Valeria, Catalina y Sebastián, Ellas, Inocentes o culpables, Yacaranday, Secreto de amor, Súbete a mi moto e Ángel rebelde. Na Telemundo participou em Más sabe el diablo e, atualmente, se desempenha com grande destaque como Cristóbal Rivas, em Dónde está Elisa.

Por sua parte, a bela atriz Catherine Siachoque renova seu compromisso com a Telemundo. Siachoque é, sem dúvida, uma das favoritas do público, não somente por ter recebido o título de "vilã mais sexy" da televisão, como também por ter demonstrado grande versatilidade em seu trabalho. Entre suas telenovelas mais conhecidas, tanto nos Estados Unidos como internacionalmente, se encontra Sin senos no hay paraíso, onde realizou com êxito a protagonista Doña Hilda. Também formou parte do elenco de Pecados ajenos, Tierra de pasiones, La venganza, Te voy enseñar a querer e Amantes del desierto, da Telemundo. La guerra de las rosas, La sombra del deseo, Sobrevivir e Las Juanas, foram outras telenovelas que realizou em sua terra natal: Colômbia.

O jovem ator Fabián Ríos estreou na televisão com a história Siete veces amada e, dada sua grande interpretação, foi nomeado como Melhor ator revelação juvenil pelo prêmio TVyNovelas da Colômbia. Após, vieram papéis em El auténtico Rodrigo Leal, Padres e hijos, Floricienta, Zona rosa e Doña Bella; mas sem dúvida, foi sua interpretação como Albeiro na exitosa Sin senos no hay paraíso, que marcou sua carreira.


Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso

A telenovela como paradigma ficcional da América Latina

Apresento aqui um texto editado com base no original de Mauro Alencar, que é mestre e doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP. Colaborou em livros que abordam o universo da telenovela e com frequência escreve artigos sobre o tema. É consultor e pesquisador da Rede Globo há mais de quinze anos e ministra aulas de teledramaturgia nas oficinas de ator, autor, produção e direção da emissora. Em seus trabalhos com a telenovela conheceu emissoras como a Telemundo (Miami), Televisa (México) e o ICRT (Cuba), além de ter prestado assessoria para as maiores emissoras de televisão do Chile.

A narrativa teledramatúrgica por capítulos interligados, mas interrompidos em sua ação com suspense ou gancho é até hoje a chave para a montagem das grades de programação de quase todas ou das principais emissoras latino-americanas. Pontos em comum, qualidades conceituais que, apesar das diferenças de cada povo, poderiam eleger a telenovela como paradigma ficcional da América Latina. Qualquer empresa de televisão que queira firmar-se no mercado audiovisual, necessita obrigatoriamente produzir uma ou mais novelas.

Definido como uma perspectiva, ou quadro de referência de ver o mundo, constituído de um conjunto de conceitos, teorias, métodos, problemas de pesquisa, o paradigma consiste numa verdadeira janela mental através da qual um pesquisador ou um autor vê o mundo. Ou se quisermos simplificar, o paradigma pode ser descrito como "a formação de qualidades conceituais".

A década de 1990 foi marcada por um avanço tecnológico muito grande de países da América Latina. E foi nesse período que começou a ocorrer um entrelaçamento de várias telenovelas pelo mundo, em particular nas Américas.

Mauro Alencar conclui em seu texto que o mundo aprendeu a fazer novela via TV Globo, ainda que seja indiscutível a qualidade técnica da produção brasileira. Ele afirma isso com base em sua experiência de trabalhos na Rede Globo (inclusive na Divisão Internacional), em assessoria para as duas maiores emissoras de televisão do Chile (Nacional e Univesidad Católica), além de conhecer o processo de produção de emissoras tão distintas quanto a Televisa (México), Telefe (Argentina) e ICRT (Instituto Cubano de Rádio y Televisión).

A televisão brasileira começou a comprar textos de telenovelas de outros países, como Argentina e Cuba, na década de 1960 para formar a base de sua teledramaturgia, foi somente na década de 1970, tendo como base os temas do cotidiano de nosso povo, como futebol, jogo do bicho e a feira livre que a telenovela abrasileirou-se totalmente.

Neste momento a TV brasileira começava a entrar no período de grandes produções. Abandonava, assim, aquele esquema que tanto a alimentara nos primórdios de sua criação quanto à ficção da chamada "Era Magadan" e passava a produzir uma teledramaturgia com contornos cada vez mais brasileiros, com uma linguagem cada dia mais televisiva (cenários, enquadramento de câmeras, texto, abertura e trilha sonora, interpretação e direção de atores, etc.).

Incomparável em sua estrutura ficcional, a Central Globo de Novelas começou a apresentar a partir do início da década de 70 capítulos ficcionais que para o bom ou médio apreciador das histórias parceladas, não havia melhor. Foi assim que "varreu-se" na emissora o estilo ditado pela cubana Glória Magadan, com seus condes, duques e dramas de sheik, para conhecermos um universo genuinamente nacional.

Na década seguinte, enquanto o Brasil, via TV Globo, impulsionava as vendas de nossas novelas, levando para o mundo a história do Brasil e suas belezas naturais, Silvio Santos começava a ampliar o jogo ficcional com sucessos mexicanos.

Em seguida, em 1990, o cenário mundial, mais precisamente o latino já era outro. O México ampliava a qualidade de oferta de suas novelas, a Venezuela produzia com requinte, e a Colômbia partia para tramas com toques de realismo mágico no melhor estilo da literatura latino-americana. O Chile incrementava a compra de know-how brasileiro com textos de novelistas brasileiros e buscava na produção da Globo o modelo para suas novelas. Cuba também se baseava em telenovelas brasileiras, com cenários a céu aberto, para produzir suas tramas.

Ao terminar a década de 1990, mais precisamente entre 1999 e 2000, a história da telenovela latina já poderia ser contada a partir de duas grandes fontes: a mexicana e a brasileira. E as duas, somadas às produções de outros países latino-americanos, já estavam espalhadas pelo mundo afora. Além disso, a América Latina já havia sedimentado sua base ficcional por meio da telenovela – que se transformou num paradigma ficcional, ou seja, a própria identificação de uma comunidade científica na escolha de seus problemas de pesquisa, orientação teórica, análise e avaliação. Resumindo, o paradigma pode ser definido como uma maneira de enxergar a realidade pelo prisma de um exemplo estabelecido. Enxergar tanto com os olhos do pesquisador quanto com os olhos do autor.

Assim, a proposta de Mauro Alencar é explicitar a maneira de enxergar a realidade que se formou na produção telenovelística brasileira, que veio a se fixar como padrão referencial para toda a América Latina.

Há, entretanto, um fator que unifica as telenovelas por toda a América Latina: o número de capítulos. Em geral, uma novela é exportada apenas com o eixo central da história, ou seja, "enxuga-se" as tramas paralelas e as extremamente localistas, de interesse exclusivamente brasileiro, pois o público estrangeiro não tem o hábito de acompanhar uma história em capítulos por tanto tempo. Esse fator é determinado pela escola mexicana de teledramaturgia.

Mantendo sua base no folhetim e melodrama, a exemplo de Os ricos também choram, e buscando caminhos mais realistas, como Nada personal, dificilmente a novela mexicana estende-se por mais de 150 capítulos, o que faz com que também se note a influência da teledramaturgia mexicana, o que prova a eternidade do folhetim e do melodrama como base para tornar a telenovela um paradigma ficcional na América Latina.