domingo, 13 de junho de 2010

Twitter: Um aliado dos produtores mexicanos entra em cena

As redes sociais extendem seu impacto à televisão e os produtores observam o gosto da maioria.

Atualmente, são vários os produtores de televisão que observam com atenção este novo mundo. A chegada do Twitter beneficiou o trabalho porque, com ele, se pode ter contato direto e preciso com o público, sem a necessidade de fazer pesquisas de campo, uma técnica de estudo de opiniões das pessoas, para discutir sobre os projetos ou protagonistas.

José Alberto Castro "El Güero Castro", manteve um duro debate, com os mais de 4 mil twitteiros que o seguem, sobre quem deveria ser a próxima "Teresa", telenovela que inicia suas gravações em 15 de junho e vai ao ar em agosto. A eleição estava entre as atrizes Angelique Boyer, Violeta Isfel, Vanessa Villela, Ana Brenda e Anahí.

"Uso o Twitter para meu trabalho profissional, e, com Teresa, foi interessante convocar e transmitir a etapa de eleição da protagonista. Também é um elemento de relaxamento e me serve como alívio. Acredito que também seja como uma terapia cardíaca na situação de minha vida atual, vendo a muitos companheiros, amigos e amigas que estão vivendo sozinhos, como eu", disse El Güero Castro.

"Aqui existem poucos elementos para a tomada de decisões, mas se pode ter um feedback interessante, por exemplo, se o tema de abertura agradou, as locações, o figurino e os demais detalhes objetivos da telenovela. Acredito que haja elementos que permitirão fazer discussões de grupo pelo Twitter, mas não completamente; a discussão terá que ser de pessoa para pessoa para saber todas suas reações", complementa Castro.

Salvador Mejía se atreveu a submeter à votação a participação de William Levy como protagonista da nova versão de Cuna de lobos (Ambição), e confirmou Ana Claudia Talancón como sua parceira na mesma. Com esta notícia abriu sua conta no Twitter e somou cerca de mil seguidores em menos de uma semana.

"É uma novidade e representa um vínculo muito grande entre um produtor e seu público. Acredito ser muito positivo porque há uma retroalimentação direta. O Twitter realiza uma discussão de grupo on line, de maneira imediata e sem nenhum prejuízo. As pessoas dizem o que pensam e não podem estar manipuladas, nem influenciadas, porque dizem o que sentem", diz.

Mejía informa pelo Twitter os avanços desta série de 13 capítulos, inspirada na telenovela Cuna de lobos (Ambição), de 1986. Seus últimos twitts diziam que havia ficado sem a vilã, Irán Castillo, e que buscava o tapa-olho para Catalina Creel, que será interpretada por Rebecca Jones.

"Os comentários das pessoas desta rede social não estão manipulados por ninguém, é diretamente o usuário quem escreve e por isso deve-se levar em conta", conclui Mejía.

Para Castro, López e outros produtores, como Pedro Torres e Carla Estrada, que também usam o Twitter para trabalhar, este meio de comunicação é um contato direto com o público, que pode expressar o que quer ver e o que não quer em um instante. Desta forma, dizem os entrevistados: o Twitter é um indicativo claro das opiniões e julgamentos do público e todos os produtores devem estar ligados a ele.


Colaboração: El universal

De que país são suas telenovelas favoritas?

Confira o resultado da enquete:


México: 72 votos (69%)

Brasil: 21 votos (20%)

Colômbia: 4 votos (3%)

Venezuela: 3 votos (2%)

Argentina: 3 votos (2%)


Total de votos: 103


Como se pode ver, através do resultado da enquete, não há o que discutir, as telenovelas mexicanas conquistaram os telenoveleiros brasileiros, e aqui apresento um pouco da história deste que é o produto de entretenimento mais consumido no mundo da teledramaturgia:

No México, a telenovela se desenvolveu dentro de uma estrutura televisiva quase monopolítica, dominada pela empresa Televisa até 1993, quando a TV Azteca começou a ganhar espaço. Esta posição quase monopolista se pôde manter durante várias décadas, época na qual foi-se desenvolvendo o formato da telenovela mexicana.

A primeira telenovela que marcou o início desta fábrica de sonhos foi Senda prohibida, estelarizada por Silvia Derbez como antagonista e Beatriz Aguirre no papel da sofrida esposa de Francisco Jambrina. O melodrama de Fernanda Villeli tornou-se um sucesso; um triângulo amoroso que valeu a Silvia Derbez, nesse tempo, o desprezo das donas-de-casa por seu papel de destruidora de lares. A consagração das telenovelas chegou com Gutierritos, das mãos de Estrella Calderón. O personagem foi interpretado por Rafael Branquells que se tornou um heroi da classe média burocrática, vítima de sua esposa frustrada María Teresa Rivas. Sua emissão iniciou-se em setembro de 1959 e seus níveis de audiência provocaram uma venda de televisores nunca vista desde a chegada desde meio no México, havia nove anos.

Com a chegada Maricruz Olivier às telenovelas surgiu uma das mais terríveis antagonistas, por suas interpretações pertubadoras. Ninguém como ela conseguiria manifestar a loucura vingadora com seu levantar de sobrancelhas e com o regalar de seus belos olhos verdes. A atriz se tornou o pesadelo das donas-de-casa com sua caracterização na telenovela Teresa, que foi interpretada por Salma Hayek em uma nova versão trinta anos mais tarde e que, brevemente, receberá um novo remake. Maricruz converteu as mulheres em protagonistas, terminando com o efêmero reinado de Rafael Branquells em Gutierritos.

A mãe da "telenovela rosa" foi a tabasquenha, criada em Porto Rico e radicada em Cuba, Caridad Bravo Adams. O êxito de suas rádio-novelas se refletiu no cinema com a filmagem de várias delas: La mentira (1952), La intrusa (1953), Pecado mortal e Estafa de amor (1954) e Corazón salvaje (1955). Com esta última, Enrique Alvares Félix, filho da diva María Félix, ingressou na televisão e com este papel protagônico tirou o estigma que significava o sobrenome de sua mãe. Outra de suas telenovelas, La mentira, produzida por Ernesto Alonso, é conhecida como a primeira que contou com um tema musical: Se te olvida, do compositor Alvaro Carrillo.

Nunca as telenovelas tiveram um caráter tão marcadamente popular como quando se integrou à ela a escritora Yolanda Vargas Dulché, levando suas populares historinhas do coração à telinha. O primeiro impacto demolidor obteve María Isabel, a história de uma indígena que apaixonava seu patrão e ascendia como dama da sociedade. Após, chegou o erotismo malvado de Rubi e a suburbanidade com Ladronzuela, interpretada por Macaria.

Em 1963, Ernesto Alonso reuniu três feras do teatro, as espanholas Amparo Rivelles e Ofelia Guilmain e a cubana Carmen Montejo para intepretar a telenovela Doña Macabra do dramaturgo Hugo Arguelles. Surgia aí um gênero ainda não explorado: o humor negro. A história foi um êxito absoluto.

A Ernesto Alonso, o Senhor Telenovela, se devem os dramas históricos e graças a suas produções, surgiram uma enorme quantidade de figuras para a telinha. Produziu telenovelas desde 1960 até 2005, por sua intervenção foi que María Félix aceitou participar na telenovela histórica La Constitución.

Desde 1967, ano em que a Televisa começa a transmitir telenovelas importadas, a peruana Simplemente María, estelarizada por Saby Kamalich e Ricardo Blume, se torna a primeira delas e este drama superaria os níveis de audiência das telenovelas nacionais, alcançando 425 capítulos.

Em 1973, a presença de um novo rosto sobressai: Lucía Méndez, que popularizou ao máximo o drama La maestra Méndez, ao lado de Víctor Junco. Outra excelente produção foi La hiena, com Amparo Rivelles, Ofelia Medina e Carlos Bracho.

O ano de 1974 trouxe o grande êxito Ana del aire, interpretada por Angélica María, Andrés García e Fernando Allende que apareceu para competir com os galãs Lizalde e Alvarez Félix. Neste mesmo ano foi levada ao ar a telenovela mais longa da história mexicana e, curiosamente, não estava direcionada às donas-de-casa, mas sim às crianças, se tratou de Mundo de juguete, que chegou a 612 capítulos com as atuações de Sara García, Graciela Mauri, Evita Muñoz Chachita, Irán Eory e Ricardo Blume, sob a produção de Valentín Pimstein. Foi uma adaptação da minissérie argentina Papá corazón.

Em 1979, a Televisa alcançou sua grande meta: exportar suas telenovelas para todo o mundo e não somente aos países de língua espanhola. A repercurssão internacional foi alcançada graças à adaptação do venezuelano-mexicano Carlos Romero e as atuações de Verónica Castro e Rogelio Guerra em Los ricos también lloran (Os ricos também choram), que se tornou, também, a primeira telenovela mexicana a ser importada pelo Brasil.

Em 1982, Verónica Castro, que rapidamente se tornava a favorita do público em toda América Latina, acompanhada de Salvador Pineda, alcançou um êxito sem precedentes com El derecho de nacer (O direito de nascer), em sua segunda versão. Também apareceu a argentina Christian Bach em El amor nunca muere, ao lado de Frank Moro, e a violinista e vedete Olga Breeskin, que atraiu ainda mais o interesse dos homens para as telenovelas.

Em 1983, duas telenovelas levaram a honra: Bodas de odio, que consagrou Christian Bach e Frank Moro e El maleficio (Estranho poder), que paralizou o país inteiro com seu dramático final, onde Ernesto Alonso, além de produzir e dirigir, também atuava, acompanhado por Jacqueline Andere e Norma Herrera.

Em 1984, La traición, com as atuações de Sergio Jiménez e Emílio 'Indio' Fernández e Tú eres mi destino, com Claudia Islas e Enrique Alvarez Félix, se destacaram como clássicos do gênero.

Em 1985, um trio de telenovelas se fez brilhar: De pura sangre, com Christian Bach e Humberto Zurita, que levaram o amor dos intérpretes além das telinhas; Tú o nadie (Só você), com a magnifica atuação de Lucía Méndez e Salvador Pineda; e Angélica, com os novatos Erika Buenfil e Sergio Goyri.

Em 1986, sob a direção de Sergio Jiménez, em sua estreia como diretor, grava-se Herencia maldita, com Angélica María e David Reynoso e se alcança mais um êxito.

Em 1987, duas telenovelas se sobressaem: Senda de gloria, com Ignacio López Tarso e Blanca Sánchez, e Victoria, que colocaria Victoria Ruffo como uma das protagonistas mais solicitadas, ao lado de Juan Ferrara.

A partir da década dos anos 90 até a atualidade, as telenovelas da Televisa se dimensionaram de uma forma inaudita, apareceram novos rostos como Leticia Calderón, em Yo compro esa mujer (Eu compro essa mulher), ao lado de Eduardo Yáñez; o toureiro e ator Guillermo Capetillo, em Atrapada; Daniela Castro, em Triángulo, e Rebecca Jones, em La sonrisa del diablo. Começou-se a criar remakes, onde se voltou a comprovar o gosto do público pelas telelágrimas.

Ernesto Alonso continuou com produções históricas como El vuelo del águila e La antorcha encendida. Um êxito mundial se deu com Dos mujeres y un camino, onde Itatí Cantoral, Bibi Gaytán e Laura León, ao lado de Carla Estrada, conseguiram os primeiros lugares de audiência; Rafael Rojas, Edith González e Alejandro Camacho brilharam em La sombra del otro, tanto que, em 1995, Lazos de amor (Laços de amor), consagrou a atriz e cantora Lucero com a interpretação de três personagens. Ana Colchero, Alfredo Adame e Adriana Roel, mostraram seu talento em Yo no creo en los hombres (Eu não acredito nos homens); Angélica Rivera e Francisco Gattorno chamaram a atenção em La dueña, que posteriormente também recebeu um remake brasileiro, além de, atualmente, estar sendo exibida uma nova versão no México, chamada Soy tu dueña.

Merece especial atenção a telenovela El abuelo y yo (Vovô e eu), onde o grande ator Jorge Martínez de Hoyos apadrinhou Gael García e Ludwika Paleta; Carla Estrada alcançou o auge com a super-produção El privilegio de amar (O privilégio de amar), onde reuniu Adela Noriega, Andrés García, Helena Rojo, Marga López e René Strickler.

Não pode faltar o drama juvenil Soñadoras, com a presença de Aracely Arámbula, e nesta mesma década, Thalía dá um passo à teledramaturgia com sua trilogia que arranca com María Mercedes (Maria Mercedes), segue com Marimar e conclui com María la del barrio (Maria do bairro).

Sem dúvida as telenovelas são parte importante na cultura latino-americana, nos fazem chorar, sorrir e nos apaixonar, mas também nos inspiram. Um dos mais recentes fenômenos de popularidade foi representado por La fea más bella (A feia mais bela), que consagrou Angélica Vale e Jaime Camil.

sábado, 12 de junho de 2010

Mundo de feras



NOME ORIGINAL
Mundo de fieras

ESCRITORES
Julián Aguilar e Mauricio Aridjis (Baseados na obra de Ligia Lezama, Marissa Garrido, Alberto Migré e Liliana Abud)

PRODUTOR
Salvador Mejía Alejandre

PAÍS DE ORIGEM
México

NÚMERO DE EPISÓDIOS
65

ANO DE GRAVAÇÃO
2006

ANO DE ESTREIA NO BRASIL
2007

EMISSORA
SBT

TEMA DE ABERTURA
Antes de que te vayas

INTÉRPRETE
Marco Antonio Solís

Antes de que te vayas, déjame mirar,
una vez más ese rostro, que nunca he de olvidar.
Me dices sinceramente que me has dejado de amar,
descuida yo bien comprendo y te sabré perdonar.

Cuida de tu vida en tu camino, yo siempre pediré a Dios por ti,
por ese corazón que me dio tanto, pero acabó mi encanto y lo perdí…

Perdona si te fastidio, pero es que es mi sentir,
tal vez no tengo ni forma de lo que quiero decir.
Quisiera pedirte el beso que borre los del ayer,
mas no te quito tu tiempo, te puedes ir ya lo ves.

Cuida de tu vida en tu camino, yo siempre pediré a Dios por ti,
por ese corazón que me dio tanto, pero acabó mi encanto y lo perdí.

Cuida de tu vida en tu camino, yo siempre pediré a Dios por ti,
por ese corazón que me dio tanto, pero acabó mi encanto y lo perdí.

Antes de que te vayas…


ELENCO

César Évora: Gabriel Cervantes Bravo / Damião Martínez

Gaby Espino: Mariângela Cruz

Edith González: Joselyn Rivas del Castillo de Cervantes Bravo

Sara Maldonado: Paulina Cervantes Bravo

Sebastián Rulli: João Cristóvão Martínez

Helena Rojo: Miriam de Rivas del Castillo

Juan Peláez: Clemente Rivas del Castillo

Michelle Vieth: Karen Farías Rivas del Castillo

Ernesto Laguardia: Leonardo Barrios

Laura Flores: Regina Guerra de Martínez

Azela Robinson: Dolores Farías

René Casados: Nícolas Navarro

Margarita Isabel: Otília Álvarez de Velásquez

Azela Robinson: Dolores Farías

René Casados: Nícolas Navarro

Claudio Báez: Frederico Velásquez

Lupita Lara: Simone

Paty Díaz: Belém

Javier Ruán: Padre Domingo

Eric del Castillo: Germano

Irán Castillo: Cecília

Odiseo Bichir: Tibério Martínez Farías

Alejandro Ruiz: Silvestre

Raúl Sebastián Villarreal: Luisinho Cervantes Bravo Rivas del Castillo

Silvia Manríquez: Ingrid

Sheyla: Marieva

Reynaldo Rossano: Cortito

Rodrigo Mejía: Rogério Cervantes Bravo

Manuel Medina: Pedro Cervantes Bravo

Paola Treviño: Diana de Cervantes Bravo

Carmen Salinas: Candelária de Barrios

Lidise Pousa: Elsa Barrios

René Strickler: Edgar Farías

Dulce: Aurora Cruz

Julio Vega: Mário

Myrrha Saavedra: Soraya

Alberto Salaverry: Coiote

Benjamín Rivero: Mastim

Gustavo Sánchez Parra: Chacal


PERFIL DAS PERSONAGENS

Gabriel (César Évora) – é um homem honesto, que preserva os valores morais e tem sorte nos negócios. Fica chateado ao saber que seu irmão gêmeo o odeia. É casado com Joselyn, que vive lhe atormentando.

Mariângela (Gaby Espino) – é uma bela mulher, com um coração doce e puro, e dona de uma personalidade forte. Não guarda ressentimentos contra as pessoas que a maltratam. É tímida e romântica.

Damião (César Évora) – é cruel e mesquinho. Tem um ódio mortal do irmão gêmeo. É agressivo e ciumento. Fará de tudo para destruir Gabriel.

Joselyn (Edith González) – é bela e voluntariosa. Sua chantagem emocional e ciúme destruirão seu casamento com Gabriel. Tem problemas mentais e crises de histeria.

Paulina (Sara Maldonado) – filha de Gabriel, é romântica e não tem malícia. Vive um romance proibido, como no clássico “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, com o pior inimigo de seu pai.

João Cristóvão (Sebastián Rulli) – é um rapaz independente que está sempre defendendo a sua mãe e sofre rejeição por parte do pai. Apaixona-se perdidamente por Paulina.

Miriam (Helena Rojo) – tem um passado obscuro. É fria, sem escrúpulos e maldosa. Odeia Mariângela e está sempre a humilhando. Vive manipulando quem está ao seu redor. E é capaz de cometer um assassinato para atender suas ambições.

Karen (Michelle Vieth) – mimada, egoísta e maldosa, ela detesta Paulina e não suporta vê-la feliz.

Clemente (Juan Peláez) – ao contrário de sua mulher, é bondoso. Tem uma filha fora do casamento, Mariângela, mas não lhe ajuda como devia. Vive, porém, defendendo-a. No final, deixará para a moça parte de sua fortuna.

Regina (Laura Flores) – é uma mulher submissa e fiel, que sofre com o ciúme do marido, Damião. Ele a acusa de ter tido um caso com Gabriel.

Dolores (Azela Robinson) – uma mulher sensível e de bom coração, que foi injustamente acusada pelo assassinato do irmão. Sofre por ter sido traída e lutará por justiça. Descobrirá algo suspeito sobre o passado de Miriam e Joselyn.

Candelária (Carmen Salinas) – é simpática e está sempre pronta para ajudar os outros. Gosta de aconselhar os jovens e apoia Mariângela.

Leonardo (Ernesto Laguardia) – filho adotivo de Candelária, é um homem inteligente e trabalhador. Sofre um duro golpe ao perder a mulher que ama para outro homem. Apaixona-se por Mariângela e acha que Gabriel só quer brincar com os sentimentos da moça.


INTRODUÇÃO

A novela conta a história de Gabriel e Damião, gêmeos idênticos que foram separados ao nascer e tornam-se inimigos mortais.

Se trata de um remake da venezuelana Mundo de fieras, de 1991, com Jeanette Rodríguez, Jean Carlo Simancas e Rosalinda Serfaty nos papéis principais que na versão mexicana foram interpretados por Gaby Espino, César Évora e Edith González.

No Brasil, foi exibida pelo SBT em 2007, em 65 capítulos, extremamente editada pela emissora por falta de audiência, originalmente deveria ter 120 capítulos.


RESUMO

Gabriel e Damião são gêmeos idênticos. Ao nascer, foram separados e seguiram rumos diferentes. Gabriel cresceu rodeado de luxo e muito amado por seus pais adotivos. Já Damião, cresceu em um ambiente pobre, foi praticamente abandonado e sofreu bastante. Tanto sofrimento fez com que ele se voltasse para o crime. Em um acidente ao fugir da polícia, Damião perdeu uma perna. Ao saber da existência do irmão, um ódio e um ressentimento incontrolável são despertados em Damião. A partir daí, torna-se inimigo mortal de Gabriel. Seu principal objetivo é destruir o próprio irmão.

A vida de Gabriel, no entanto, está longe de ser um mar de rosas. Sua primeira esposa, mãe de seu primogêntio, Rogério, ficou muito doente e morreu durante o parto de sua segunda filha, Paulina. Após superar uma imensa dor e sofrimento, Gabriel conheceu Joselyn, uma viúva atraente e mãe de uma menina, e se casou novamente.

Os primeiros anos de seu segundo casamento foram tranquilos, e dele nasceu Luisinho, seu filho caçula. Anos mais tarde, Joselyn sofreu um acidente de carro e perdeu o bebê que esperava. Para piorar, Luizinho, que estava no carro, teve um grave ferimento nas pernas. Desde então Joselyn afastou-se do marido, passou a culpá-lo pelo o que aconteceu e a ter recorrentes crises de ciúme. Além disso, Gabriel vive com seus sogros. São eles Clemente e sua esposa Miriam, uma mulher fria, ambiciosa e maldosa.

Damião, por outro lado, aproveitou-se da inocência de Regina para conquistá-la. Regina é uma mulher tímida e submissa, que sempre foi apaixonada por Gabriel. Seus pais, porém, foram contra o romance. Ela, então, acabou casando-se com o irmão gêmeo de seu verdadeiro amor. Desde então sua vida tem sido um inferno. Ciumento, o marido está sempre lhe acusando de adultério e aproveita para maltratá-la. Um dos alvo da tortura é o próprio filho do casal, João Cristóvão. Damião acha que o garoto é fruto de adultério e, portanto, não é seu filho, mas sim de Gabriel. João Cristóvão e Paulina, filha de Gabriel, viveram um grande amor, mas que não vingou por divergências entre suas famílias e devido às armações da intriguenta Karen, filha mimada do primeiro casamento de Joselyn

Um dia, Mariângela, filha de Clemente, chega à mansão de Gabriel. Ela torna-se, então, governanta da casa e uma espécie de tutora de Luisinho. Odiada por Miriam, ela será maltratada pela madrasta que permitiu que a garota ficasse, aproveitando isto para soltar seu ódio com humilhações continuamente. Quem se encanta com a moça é Leonardo, filho da empregada da mansão, a doce Candelária. Logo que a conhece, ele se apaixona por Mariângela e fará de tudo para conquistá-la. A moça deverá mudar o destino de muitos personagens e vai mexer principalmente com o coração de Gabriel

Mariângela não será a única pessoa que afetará a vida dos principais personagens. Uma dela é Dolores, irmã do primeiro marido de Joselyn, que acabou de deixar a prisão após cumprir uma pena injusta por ter assassinado seu irmão. Todos pensam que Dolores virou freira, mas na verdade, ela planeja uma vingança e fará de tudo para ter justiça.


CURIOSIDADES

Estreou com 4 pontos de média no Ibope empatando com a Record no horário, se estabilizou em 3 e saiu do ar com o mesmo índice.

Chegou a marcar apenas 1,4 ponto no Ibope, fato que ocorreu com a coincidência da chegada do Papa Bento 16 ao Brasil.

No México, marcou 21 pontos de média, ruim para o horário estelar da Televisa (21 horas), que pede 25 pontos.

Telemundo expande seus talentos

Ana Layevska, Fabián Ríos, Sonya Smith, Gabriel Porras e Jorge Luis Pila se unem ao grupo de atores estelares da Telemundo, ao passo que Catherine Siachoque renova seu compromisso com a rede americana.

Além disso, Ana Layevska já começou a trabalhar em uma produção da Telemundo onde será uma vilã capaz de assassinar qualquer um que se atreva a cruzar seu caminho para atrapalhar suas pretensões: El fantasma de Elena, protagonizada por Elizabeth Gutiérrez e Segundo Cernadas. Layevska se muda mais uma vez para Miami, uma cidade muito especial para ela, já que foi ai onde conheceu e se apaixonou por seu atual parceiro: Rafael Amaya.

A única coisa que a deixou cismada na hora de assinar o contrato não foi apostar em uma nova produtora ou se tornar má, mas sim ter que estar longe de seu namorado, porque como ela mesma declarou, seria capaz de deixar sua carreira por ele. No entanto, após gravar uma série na Espanha, Rafael estaria decidido a tomar um ano para estar próximo de sua namorada e lhe devolver a gentileza, já que, durante todo este ano, Ana esteve junto a ele na Espanha.

A Telemundo, produtora líder de conteúdo inovador e de alta qualidade para os hispânicos dos Estados Unidos e ao redor do mundo, havia anunciado em 25 de maio de 2010 a contratação dos atores Ana Layevska, Fabián Ríos e os protagonistas da exitosa Dónde está Elisa: Sonya Smith, Gabriel Porras e Jorge Luis Pila, como talentos exclusivos da rede, fortalecendo seu
portifólio de talentos de primeira.

"Com estas novas contratações, além das estrelas que já formam parte da extensa lista de atores exclusivos, a Telemundo Estudios permanece fortalecida de maneira estratégica para o grande volume de produção planejada para os próximos meses", afirma Joshua Mintz, vice-presidente de desenvolvimento estratégico.

"Damos a estes grandes atores a mais calorosa boas-vindas à nossa família e nos comprometemos com nossa audiência a continuar na permanente busca do melhor talento para nossas produções", conclui.

A bela atriz ucrano-mexicana, Ana Layevska se destacou no cinema, teatro e televisão. Iniciou sua carreira na Televisa na telenovela Alguna vez tendremos alas, em 1997. Logo seguiram Preciosa, Primeiro amor - A mil por hora, A vida é um jogo, Clap, Las dos caras de Ana, A madrasta, Verano de amor e Mulheres assassinas. Além destes trabalhos, participou em filmes como El tiempo de las mariposas e The fighter. Agora, sua personagem de vilã será vista na nova produção da Telemundo Studios: El fantasma de Elena.

O reconhecido ator Gabriel Porras, marido de Sonya Smith, possui uma trajetória artística que inclui mais de 40 obras teatrais, o que lhe serviu de base para se desenvolver como ator. El alma herida, da Telemundo, foi onde teve seu primeiro papel protagônico na televisão. Olvidarte jamás, Prisionera e El rostro de Analía, são alguns de seus trabalhos mais importantes. Gabriel também se desempenhou com muio êxito no cinema, tendo participado em Entre Villa y una mujer desnuda, Bajo la misma luna e Reflejos. Atualmente, o público desfruta de seu talento como Mariano Altamira em Dóde está Elisa.

A versátil e destacada atriz Sonya Smith se deu a conhecer através de telenovelas memoráveis dentro da televisão hispânica. Seu primeiro papel protagônico foi Cara sucia, que foi exibida exitosamente em mais de 80 países. Outras de suas recordadas participações foram Cristal, Alondra, Destino de mujer e Olvidarte jamás. Seu primeiro trabalho na Telemundo foi em Pecados Ajenos e atualmente interpreta Dana Riggs na exitosa telenovela Dónde está Elisa.

Jorge Luis Pila obteve seu primeiro papel protagônico na produção Al norte del corazón, que o lançou imediatamente ao estrelato. Entre seus projetos mais destacados se encontram Valeria, Catalina y Sebastián, Ellas, Inocentes o culpables, Yacaranday, Secreto de amor, Súbete a mi moto e Ángel rebelde. Na Telemundo participou em Más sabe el diablo e, atualmente, se desempenha com grande destaque como Cristóbal Rivas, em Dónde está Elisa.

Por sua parte, a bela atriz Catherine Siachoque renova seu compromisso com a Telemundo. Siachoque é, sem dúvida, uma das favoritas do público, não somente por ter recebido o título de "vilã mais sexy" da televisão, como também por ter demonstrado grande versatilidade em seu trabalho. Entre suas telenovelas mais conhecidas, tanto nos Estados Unidos como internacionalmente, se encontra Sin senos no hay paraíso, onde realizou com êxito a protagonista Doña Hilda. Também formou parte do elenco de Pecados ajenos, Tierra de pasiones, La venganza, Te voy enseñar a querer e Amantes del desierto, da Telemundo. La guerra de las rosas, La sombra del deseo, Sobrevivir e Las Juanas, foram outras telenovelas que realizou em sua terra natal: Colômbia.

O jovem ator Fabián Ríos estreou na televisão com a história Siete veces amada e, dada sua grande interpretação, foi nomeado como Melhor ator revelação juvenil pelo prêmio TVyNovelas da Colômbia. Após, vieram papéis em El auténtico Rodrigo Leal, Padres e hijos, Floricienta, Zona rosa e Doña Bella; mas sem dúvida, foi sua interpretação como Albeiro na exitosa Sin senos no hay paraíso, que marcou sua carreira.


Colaboração: Gaceta, Dulce Paraíso

A telenovela como paradigma ficcional da América Latina

Apresento aqui um texto editado com base no original de Mauro Alencar, que é mestre e doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP. Colaborou em livros que abordam o universo da telenovela e com frequência escreve artigos sobre o tema. É consultor e pesquisador da Rede Globo há mais de quinze anos e ministra aulas de teledramaturgia nas oficinas de ator, autor, produção e direção da emissora. Em seus trabalhos com a telenovela conheceu emissoras como a Telemundo (Miami), Televisa (México) e o ICRT (Cuba), além de ter prestado assessoria para as maiores emissoras de televisão do Chile.

A narrativa teledramatúrgica por capítulos interligados, mas interrompidos em sua ação com suspense ou gancho é até hoje a chave para a montagem das grades de programação de quase todas ou das principais emissoras latino-americanas. Pontos em comum, qualidades conceituais que, apesar das diferenças de cada povo, poderiam eleger a telenovela como paradigma ficcional da América Latina. Qualquer empresa de televisão que queira firmar-se no mercado audiovisual, necessita obrigatoriamente produzir uma ou mais novelas.

Definido como uma perspectiva, ou quadro de referência de ver o mundo, constituído de um conjunto de conceitos, teorias, métodos, problemas de pesquisa, o paradigma consiste numa verdadeira janela mental através da qual um pesquisador ou um autor vê o mundo. Ou se quisermos simplificar, o paradigma pode ser descrito como "a formação de qualidades conceituais".

A década de 1990 foi marcada por um avanço tecnológico muito grande de países da América Latina. E foi nesse período que começou a ocorrer um entrelaçamento de várias telenovelas pelo mundo, em particular nas Américas.

Mauro Alencar conclui em seu texto que o mundo aprendeu a fazer novela via TV Globo, ainda que seja indiscutível a qualidade técnica da produção brasileira. Ele afirma isso com base em sua experiência de trabalhos na Rede Globo (inclusive na Divisão Internacional), em assessoria para as duas maiores emissoras de televisão do Chile (Nacional e Univesidad Católica), além de conhecer o processo de produção de emissoras tão distintas quanto a Televisa (México), Telefe (Argentina) e ICRT (Instituto Cubano de Rádio y Televisión).

A televisão brasileira começou a comprar textos de telenovelas de outros países, como Argentina e Cuba, na década de 1960 para formar a base de sua teledramaturgia, foi somente na década de 1970, tendo como base os temas do cotidiano de nosso povo, como futebol, jogo do bicho e a feira livre que a telenovela abrasileirou-se totalmente.

Neste momento a TV brasileira começava a entrar no período de grandes produções. Abandonava, assim, aquele esquema que tanto a alimentara nos primórdios de sua criação quanto à ficção da chamada "Era Magadan" e passava a produzir uma teledramaturgia com contornos cada vez mais brasileiros, com uma linguagem cada dia mais televisiva (cenários, enquadramento de câmeras, texto, abertura e trilha sonora, interpretação e direção de atores, etc.).

Incomparável em sua estrutura ficcional, a Central Globo de Novelas começou a apresentar a partir do início da década de 70 capítulos ficcionais que para o bom ou médio apreciador das histórias parceladas, não havia melhor. Foi assim que "varreu-se" na emissora o estilo ditado pela cubana Glória Magadan, com seus condes, duques e dramas de sheik, para conhecermos um universo genuinamente nacional.

Na década seguinte, enquanto o Brasil, via TV Globo, impulsionava as vendas de nossas novelas, levando para o mundo a história do Brasil e suas belezas naturais, Silvio Santos começava a ampliar o jogo ficcional com sucessos mexicanos.

Em seguida, em 1990, o cenário mundial, mais precisamente o latino já era outro. O México ampliava a qualidade de oferta de suas novelas, a Venezuela produzia com requinte, e a Colômbia partia para tramas com toques de realismo mágico no melhor estilo da literatura latino-americana. O Chile incrementava a compra de know-how brasileiro com textos de novelistas brasileiros e buscava na produção da Globo o modelo para suas novelas. Cuba também se baseava em telenovelas brasileiras, com cenários a céu aberto, para produzir suas tramas.

Ao terminar a década de 1990, mais precisamente entre 1999 e 2000, a história da telenovela latina já poderia ser contada a partir de duas grandes fontes: a mexicana e a brasileira. E as duas, somadas às produções de outros países latino-americanos, já estavam espalhadas pelo mundo afora. Além disso, a América Latina já havia sedimentado sua base ficcional por meio da telenovela – que se transformou num paradigma ficcional, ou seja, a própria identificação de uma comunidade científica na escolha de seus problemas de pesquisa, orientação teórica, análise e avaliação. Resumindo, o paradigma pode ser definido como uma maneira de enxergar a realidade pelo prisma de um exemplo estabelecido. Enxergar tanto com os olhos do pesquisador quanto com os olhos do autor.

Assim, a proposta de Mauro Alencar é explicitar a maneira de enxergar a realidade que se formou na produção telenovelística brasileira, que veio a se fixar como padrão referencial para toda a América Latina.

Há, entretanto, um fator que unifica as telenovelas por toda a América Latina: o número de capítulos. Em geral, uma novela é exportada apenas com o eixo central da história, ou seja, "enxuga-se" as tramas paralelas e as extremamente localistas, de interesse exclusivamente brasileiro, pois o público estrangeiro não tem o hábito de acompanhar uma história em capítulos por tanto tempo. Esse fator é determinado pela escola mexicana de teledramaturgia.

Mantendo sua base no folhetim e melodrama, a exemplo de Os ricos também choram, e buscando caminhos mais realistas, como Nada personal, dificilmente a novela mexicana estende-se por mais de 150 capítulos, o que faz com que também se note a influência da teledramaturgia mexicana, o que prova a eternidade do folhetim e do melodrama como base para tornar a telenovela um paradigma ficcional na América Latina.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A telenovela brasileira e a opinião pública

Existem situações em que o povo brasileiro se manifesta de forma imediata, direta e clara sobre um determinado acontecimento. São nessas situações que verificamos a movimentação da opinião pública e que podem ser relacionadas com a política, economia, cultura, televisão e outros setores da vida das pessoas.

As telenovelas brasileiras, particularmente as da Rede Globo, merecem um destaque especial por serem uma das fontes do fenômeno da manifestação da opinião pública. Mas como esse fenômeno surge? De que maneira ele é formado?

Nós já sabemos que a opinião pública é formada socialmente, isto é um fato. Desde o momento em que nasce, o indivíduo passa por várias influências do meio que o cerca e, por meio desses fatores influenciadores e da maneira com que cada um lida com eles, a personalidade vai sendo formada. Daí surgem opiniões e atitudes.

É preciso que saibamos diferenciar “atitude” e “opinião”. A atitude de uma pessoa seria algo mais permanente, como uma predisposição para que ela responda de uma determinada maneira diante de uma situação ou objeto. A opinião, de acordo com alguns autores, estaria mais ligada às crenças. Numa pesquisa de opinião, por exemplo, se alguém pergunta o que uma pessoa acha da clonagem de seres humanos, e as alternativas que ela tem que escolher são ótima, boa, regular, ruim e péssima, o interesse é saber a sua opinião a respeito do assunto. Por outro lado, se o entrevistador deseja saber o que essa pessoa faria se descobrisse que foi clonada, ele está interessado em saber a sua atitude ante essa situação.

Como qualquer programa existente na televisão, a telenovela tem um único objetivo: entreter o público enquanto obtém a audiência do mesmo. Por este motivo é que os autores criam um enredo que apresente, pelo menos, algum debate pertinente, seja ele de nível moral, de nível social, entre outros. Em todos esses debates, várias opiniões são emitidas de acordo com o modo de pensar e a cultura de cada pessoa. É por isso que se afirma que as primeiras noções de opinião começam com os pais. Posteriormente, o indivíduo sofre influências de instituições como a Igreja e a escola, dos amigos, e também da televisão, acumulando conhecimento e informação que irão complementar ainda mais o seu discernimento.

É impressionante o poder que o fenômeno da opinião pública possui ao criar polêmicas e discussões. Fortalecido pela ideia de igualdade passada às pessoas (na qual qualquer indivíduo, independente de sexo, idade, classe, raça, credo, situação financeira, etc., é livre para emitir a sua opinião) este fenômeno confere às pessoas a capacidade de se organizar e expressar publicamente as suas ideias.

Um aspecto interessante que podemos verificar quando uma pesquisa de opinião pública é realizada, é o fato de existir uma maior preocupação com o que um pequeno grupo de pessoas pensa a respeito de algo, pois mais vale uma minoria presente e ruidosa do que uma maioria silenciosa e ausente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mulheres assassinas - Cristina, rebelde


DATA
10/06/10

HORÁRIO
22h45

CANAL
Rede CNT

COM
Daniela Romo, José Carlos Ruíz, Adalberto Parra, Marco Valdéz, Gonzalo Sánchez e Raymundo Capetillo

RESUMO
Cristina é uma detetive eficiente num centro de investigações da polícia. Com o passar do tempo, ela se deixa envolver com o mundo da criminalidade transformando-se numa policial corrupta e infringindo todos os códigos a que está sujeita. Passa a dominar na periferia o controle de distribuição de drogas e a capturar jovens rapazes com os quais mantém relações sexuais. De repente, a chefe do DIEM começa a levantar suspeitas sobre as ações de Cristina e dá início a uma profunda investigação.

Acuada, Cristina faz ameaças aos colegas envolvidos em suas falcatruas e passa a perder o controle da situação causando uma série de problemas que envolvem inclusive o assassinato de um dos garotos e de um advogado que se envolve com ela com a missão de descobrir o seu envolvimento com os criminosos. Diante disso, ela ameaça os companheiros dizendo que “se cair, todos caem com ela”. O desfecho é surpreendente e mostra até que ponto uma mulher, representante da lei, pode se transformar num grande perigo à sociedade.

Rede CNT estreia hoje Mulheres assassinas


Finalmente estreia hoje na Rede CNT, às 22h45, Mulheres assassinas, um seriado mexicano produzido por Pedro Torres, em associação com a Televisa. Se trata de uma adaptação da série argentina de mesmo nome criada e escrita por Marissa Grinstein.

No México já foram exibidas duas temporadas, a primeira a partir de junho de 2008 e a segunda a partir de julho de 2009, uma terceira temporada será exibida ainda este ano de 2010 e contará com estrelas como Dulce María, Jacqueline Bracamontes, Rocío Banquells, Isela Vega, Lorena Meritano, Aleida Núñez, Yolanda Andrade, Aislinn Dérbez, María José, Diana Bracho, Irene Azuela, Lidia Avila, María Rubio, Patricia Reyes Spíndola, entre outras, como, possivelmente, Thalía e Belinda.

O formato do seriado apresenta o lado escuro de mulheres que, após serem vítimas de maltratos ou abusos, se tornam cruéis e assassinas. O DIEM (Departamento de Investigação Especializado em Mulheres), uma instituição de alta tecnologia e profissionalismo com policiais capacitados, se encarrega de encontrar respostas, compreender e ajudar estas mulheres que por vezes são culpadas ou apenas vítimas de seu destino.

Cada episódio mostra um caso diferente, onde uma mulher se torna assassina. Essas mulheres, ao chegarem ao DIEM, depois de várias investigações, sabem que merecerão castigo, apesar de terem motivos para chegar a matar.

A primeira temporada conta com grandes nomes de estrelas que já brilharam em algumas telenovelas exibidas no Brasil, além das atuações de Rosa María Bianchi (como doutora Sofia Capellán), Paola Hinojos (como tenente Isabel Medina), Renato Bartilotti (como tenente Humberto Camacho), Mauricio Castillo (como doutor Geraldo Trejo), Laisha Wilkins (como tenente Lúcia Álvarez) e Pablo Valentín, entre tantos outros.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 5

SCREENPLAY
Roteiro para cinema.

SCRIPT
Roteiro quando entregue à equipe de filmagem. Plano completo de um programa, tanto em cinema quanto em televisão. É o instrumento básico de apoio para a direção e produção, pois contém as falas, indicações, marcas, posicionamentos e movimentação cênica, de forma genérica e detalhada. Expressa as ideias principais do autor, do produtor e do diretor a serem desenvolvidas pela equipe que o realiza.

SINCRONISMO
Simultaneidade precisa entre imagem e som. Exemplo: Em um diálogo é necessário que as palavras ditas pelos personagens estejam no tempo exato de seus movimentos labiais. Também chamado de sinc.

SEQUÊNCIA
Conjunto de cenas onde é desenvolvida uma mesma história/situação. Exemplo: Em um filme a sequência do casamento pode ser formada por uma cena no carro da noiva (pouco antes do casamento), uma cena dentro na igreja (durante o casamento) e uma cena fora da igreja (pouco depois do casamento).


SÉRIE
Obra fechada, com personagens fixas, que vivem uma história completa em cada capítulo.



SET
Espaço reservado para a realização das filmagens.



SHOT
Termo em inglês para plano. Imagem gravada ou filmada.


SHOOTING SCRIPT
Roteiro feito pelo diretor a partir do roteiro final. Emprega-se para a produção.

SIMPATIA
Solidariedade do público para com a personagem.

SINOPSE
Breve texto que resume a história do filme, contendo o início, o meio e o fim.

SITCOM (Comédia de situação)
Série fechada de humor, normalmente de um só plot.

SLOW MOTION
Câmera lenta.

SLOWS SCREEN
Divisão da tela mostrando, ao mesmo tempo, imagens de dois acontecimentos separados.

SOM DIRETO
Som correspondente à ação que está sendo filmada. Em geral, é gravado em aparelho de precisão, sincronizado com a câmara.

SOM GUIA (OU PLAYBACK)
É a reprodução do som já gravado anteriormente, durante a filmagem, permitindo um sincronismo entre as ações (falas e/ou movimentos) do elenco com a própria gravação.

SOM ÓTICO
Registro sonoro feito pela conversão das modulações do som em uma imagem fotográfica que é reconvertida em modulações sonoras.

STORYBOARD
Conjunto de desenhos ou fotos que ilustram cada plano da cena a ser filmada. É planejado pelo diretor do filme, mas pode ser realizado por um desenhista profissional.


STORY-LINE
Síntese da história de um roteiro em uma ou duas frases curtas. Esta frase deve conter a ideia central, a essência da história.


SUBPLOT
Linha secundária de ação.


SUBTEXTO
Sentido implícito. Entrelinhas.


SUPERCLOSE
Plano muito próximo que mostra, por exemplo, somente a cabeça de um ator, dominando praticamente toda a tela.

SUSPENSE
Antecipação urgente. Diálogo ou ação que faz prever algo chocante, temível, emocionante ou decisivo.

SUPER 8
Película cinematográfica com largura de 8mm.


TAKE
Tomada. Começa no momento em que a câmera é disparada para gravar e termina no momento em que a câmera para de gravar.



TÉCNICO DE EFEITOS ESPECIAIS
Profissional especializado responsável pela realização dos efeitos especiais durante as filmagens. Exemplo: tiros, explosões, fogo, chuva, etc.


TELECINE
Processo de transferência do material captado em película para suporte digital.

TELEVISIONPLAY
Roteiro para televisão.

TEMPO DRAMÁTICO
Tempo estético. Cadência.

TEMPORALIDADE
Localização de uma história no tempo.


THAUMATRÓPIO
Inventado por Willian Fitton em 1825. O aparelho era um disco de papelão onde em um lado havia o desenho de uma gaiola e no outro o de um passarinho. Ao fazê-lo rodar sobre um fio esticado, as duas imagens fundiam-se dando a impressão de que o pássaro estava dentro da gaiola.


TIME CODE
É utilizado para registrar a localização de cada fotograma do filme para sincronizar o som.

TILT
Movimento de erguer ou baixar a câmera sobre seu próprio eixo. É sempre realizado no sentido vertical.


TOMADA
Take. Começa no momento em que a câmera é disparada para gravar e termina no momento em que a câmera pára de gravar.


TRANSFER
Processo de transferência de imagens do formato digital para a película cinematográfica.

TRANSIÇÃO
Passagem de um plano para outro plano e de uma cena para outra cena.

TRAVELLING
Movimento físico da câmera que se desloca no espaço. O movimento pode ser realizado com a ajuda de um carrinho, de trilhos, ou pela mão do operador.

TRILHEIRO
Responsável pela composição e/ou compilação da trilha sonora de uma obra audiovisual.


VARRIDO
Movimento rápido da câmera, mudando a imagem de lugar rapidamente. Também chamado de chicote.


ZOOM
Efeito óptico de aproximação ou distanciamento repentino de personagens e detalhes. Serve para dramatizar ou esclarecer lances do roteiro.

ZOOM-IN
Aumento na distância focal da lente da câmera durante a captação. O zoom-in causa no espectador a impressão de aproximar-se do objeto que está sendo filmado.

ZOOM-OUT
Diminuição da distância focal da lente durante a captação. O zoom-out causa no espectador a impressão de afastar-se do objeto que está sendo filmado.

ZOOPRAXINOSCÓPIO
Inventado em 1872 por Eadweard Muybridge. O aparelho era composto de vinte e quatro máquinas fotográficas postadas em intervalos regulares ao longo de uma pista de corrida. Com a passagem do cavalo, fios eram rompidos, desencadeando disparos sucessivo que decompõem o movimento do animal em fotogramas. O experimento prova que há um momento em que nenhuma das patas toca o solo. É a origem da fotografia em série.


ZOOTRÓPIO
Inventado em 1833 por Willian George Horner. Trata-se de um tambor giratório com frestas em toda a sua circunferência. Em seu interior, montavam-se sequências de imagens produzidas em tiras de papel, de modo que cada imagem estivesse posicionada do lado oposto a uma fresta. Ao girar o tambor, olhando através das aberturas, assiste-se ao movimento.



Colaboração
screenwritter.sites.uol.com.br
www.telabr.com.br
www.roteirodecinema.com.br

terça-feira, 8 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 4

OBJETIVO DRAMÁTICO
A razão de existência de uma cena.

OBJETO DE CENA
Todos os objetos utilizados para compor e decorar um cenário. Exemplo: garrafas de bebida, cinzeiros, vasos, etc.

OBTURADOR
Peça da câmera e do projetor de cinema. Consiste numa chapa metálica recortada que controla a incidência da luz sobre a película.

OPERADOR DE VIDEO
É o responsável pela operação do monitor de vídeo utilizado para visualização das imagens capturadas durante a filmagem.

ORDEM DO DIA
Documento que contém o cronograma diário (horários, cenas de que serão filmadas e em que ordem, elenco e equipe) e todas as informações necessárias para organizar cada dia de filmagem.

PALHETA DE COR
Conjunto de cores definidas como guia pelo diretor, pelo diretor de fotografia e pelo diretor de arte para criar a identidade visual da obra.

PANORÂMICA
Movimento de girar a câmera sobre seu próprio eixo, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, sempre em sentido horizontal.

PASSAGEM DO TEMPO
Artifício utilizado para mostrar que o tempo passou.

PATHOS
Drama, conflito.

PELÍCULA
Material de que é feito o rolo de filme para a impressão da imagem na câmera de cinema.

PERIPÉCIA
O mesmo que incidente, aventura. Excesso de ação, recurso marcadamente usado em telenovelas, em folhetins, no melodrama, na radionovela. O romance abusou da peripécia: aí alguns críticos apontam a causa maior de seu sucesso junto ao público feminino, no século 19.

PERSONAGEM
Quem vive a ação dramática.

PING-PONG
Tipo específico de montagem onde duas imagens semelhantes, em termos de ângulo, tamanho e posicionamento dentro do quadro, se alternam regularmente; mantendo a unidade da cena.

PLANO
A menor parte da obra audiovisual, cada fragmento a ser filmado. Um plano é o espaço de imagem gravada entre os atos de disparar e interromper a gravação de uma câmera. É também a perspectiva visual dentro da imagem, mais próxima ou mais distante do ponto vista da câmera.

PLANO DE PRODUÇÃO
Definição das datas de todas as etapas da realização do filme ou telenovela.

PLANO AMERICANO
Plano que enquadra o personagem da altura dos joelhos para cima.

PLANO DE CONJUNTO
Plano que mostra um grupo de personagens.

PLANO DETALHE
Plano bastante fechado, que enquadra detalhes de personagens ou objetos. Exemplo: O olho do personagem, a mão do personagem, o relógio do personagem, etc.

PLANO GERAL
Plano que enquadra grandes dimensões, vastas paisagens (desertas ou com alguns personagens), grande número de pessoas. É o plano que enquadra um ou mais personagens de longe, inseridos no conjunto do cenário que compõe a cena.

PLANO MÉDIO
Plano que mostra o personagem de corpo inteiro.

PLANO SEQUÊNCIA
Imagem captada em sequência, sem cortes. Exemplo: Festim diabólico (Rope), de Alfred Hitchcock e A marca da maldade (Touch of evil), de Orson Welles.

PLONGÉE
Palavra francesa que literalmente significa “mergulho”. A posição da câmera filma os acontecimentos de cima para baixo.

PLOT
Dorso dramático do roteiro, núcleo central da ação dramática e seu gerador. Segundo os teóricos literários, uma narrativa de acontecimentos, com a ênfase incidindo sobre a causalidade. Em linguagem televisual, todavia, o termo é usado como sinônimo do enredo, trama ou fábula: uma cadeia de acontecimentos, organizada segundo um modo dramático escolhido pelo autor. Em uma história multiplot, o plot principal será aquele que, num dado momento, se mostrar preferido pelo público telespectador.

PONTES
Tomadas escolhidas para interligar duas cenas que não poderiam ser montadas seguidamente. As pontes ajudam a resolver problemas de continuidade do filme.

PONTO DE IDENTIFICAÇÃO
Relação convergente entre o público e a ação dramática.

PONTO DE PARTIDA
Conjunto de cenas que iniciam o espetáculo.

PONTO DE VISTA
Câmera situada à altura dos olhos do ator.

PRAXINOSCÓPIO
Inventado em 1877 por Émile Reynaud. É um aparelho que projeta na tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento. O invento recebe uma menção honrosa na exposição de Paris de 1878. A partir de 1880, Reynaud efetua algumas apresentações públicas do seu evento. Em 1892, inicia a exploração comercial das projeções no Museu Grevin, de Paris. Suas "Pantominas luminosas" foram vistas por mais de meio milhão pessoas, entre 1892 e 1895.

PRIMEIRO PLANO
Plano que enquadra o personagem da cintura para cima. É a posição ocupada por uma pessoa ou objeto mais próximo da câmera com relação aos demais elementos que compõe o quadro.

PRIMEIRÍSSIMO PLANO
Plano que enquadra apenas o rosto de uma figura humana.

PROCESS SHOT
Maneira engenhosa de simular movimento. Uma cena pré-filmada projeta-se por trás do atores.

PRODUTOR DE ARTE
Membro da equipe de arte responsável pela produção do departamento de arte: administra o orçamento, contrata técnicos e organiza o cronograma de trabalho de seu departamento.

PRODUTOR DE OBJETOS
Membro da equipe de arte responsável pela pesquisa, aluguéis e empréstimos dos objetos de cena utilizados na obra audiovisual.

QUICK MOTION
Câmera rápida. Movimento acelerado.

RESOLUÇÃO
Final da ação dramática.

RITMO
Cadência do roteiro. Harmonia.

ROAD MOVIE
Filme em que a história se desenvolve, normalmente, na estrada, com personagens em trânsito.

ROTEIRO
Peça escrita que contém a história, a descrição das cenas e os diálogos do filme ou de qualquer outra obra audiovisual.

ROTEIRO FINAL
Último tratamento do roteiro. Texto aprovado entregue para a equipe para o início do trabalho.

RUBRICA
Indicação de cena, informações de estado de ânimo, gestos, etc. Observação entre parênteses nos diálogos, indicando a reação dos personagens, bem como mudanças de tom e pausas. Descrição dos lugares, dos personagens, dos objetos e das ações num roteiro cinematográfico.

Glossário da teledramaturgia - Parte 3

GAFFER
É o chefe de elétrica. Coordena a equipe de iluminação e eletricidade. Compõe a equipe de fotografia e está subordinado ao diretor de fotografia.

GANCHO
Momento de grande interesse que precede a um comercial. Pequenos ou grandes clímax, arranjados de modo tal que não permitam que o telespectador abandone a história. Na exibição diária de telenovelas, há três ganchos de menor grau - pausas para comerciais -, e um de maior grau, para o dia seguinte. Aos sábados, ocorre o "gancho do diálogo" ou "grande break", pois haverá a pausa de domingo, quando não se exibe as histórias. O "grande break" sempre será um momento de alto suspense e pensado calculadamente para o retorno da segunda-feira.

GIMMICK
Recurso utilizado para resolver uma situação problemática. Mudança de expectativas.

GRUA
Movimento de câmera onde esta é colocada sobre um guindaste e desloca-se na vertical.

GUERRA DO PAPEL
Momento de discussão e análise, depois da escrita do primeiro roteiro.

HALO DESFOCADO
A câmera desfoca em volta de um objeto, enquanto este se mantém focado.

IDENTIDADE VISUAL
Conjunto de elementos visuais (cores, figurinos, maquiagens, enquadramentos, cenários) que dialogam entre si e criam a unidade estética da obra audiovisual.


ILHA DE EDIÇÃO
Conjunto de equipamentos (computadores com softwares específicos) utilizados na edição (montagem) de um filme ou telenovela.


INSERT
É a inserção de uma imagem que enfatiza algum acontecimento específico em uma cena maior. Exemplo: Um homem caminha pela cozinha. Para diante da geladeira. Aproxima o rosto da porta da geladeira. Insert: Preso a um ímã há um bilhete.

INTERIOR
Termo utilizado para definir o ambiente em que se passa uma cena. Nesse caso, a cena acontece num local interno. Utiliza-se normalmente a abreviação Int.

KINESCOPIA
Processo inverso à telecinagem. Passagem do filme do formato digital para a película de cinema. Também chamado de transfer.


LÂMPADA INCANDESCENTE
Inventada em 1879 por Thomas Edison. Parte importante nos projetores cinematográficos. É um dispositivo elétrico que transforma energia elétrica em energia luminosa e energia térmica.


LENTE
Equipamento utilizado para captar e exibir imagens utilizando princípios óticos. Seu formato interfere diretamente na qualidade da imagem captada ou exibida.

LOCAÇÃO
Local, que não seja um estúdio, previamente escolhido para filmar uma ou mais cenas do roteiro.


LOCUÇÃO EM OFF
Texto narrado que acompanha alguma ação de um filme, pronunciado por um locutor ou um personagem que não está em cena. Também é chamada de narração em off, voz off ou simplesmente off ou voz over (VO).


LONGA-METRAGEM
Filme com duração superior a 70 minutos.

LUZ ARTIFICIAL
Luz proveniente de refletores ou qualquer outra fonte elétrica.

LUZ DIFUSA
Também chamada de luz suave. É a luz que incide sobre um objeto proveniente de uma fonte ampla, esparsa. Gera poucas sombras. Exemplo: Luz de um dia nublado.

LUZ DURA
É a luz que incide sobre um objeto proveniente de uma fonte bem definida. Gera sombras bastante marcadas. Exemplo: Luz do sol.

LUZ NATURAL
Luz que não é gerada por fontes artificiais. Exemplo: Luz do dia.

MAQUIADOR
Membro da equipe de arte responsável pela maquiagem do elenco. Seu trabalho vai da maquiagem mais simples até a construção de sofisticados efeitos visuais.

MARCAÇÃO DE LUZ
Tratamento da imagem (cor e luz) realizado pelo diretor de fotografia numa cópia do filme durante a pós produção.

MICROFONISTA
Técnico da área de som que opera o boom e os microfones.

MEDIA-METRAGEM
Filme com duração superior 30 e inferior a 70 minutos. A Ancine, algumas mostras, festivais e editais consideram o média-metragem como um filme de duração superior a 15 minutos e inferior a 70 minutos.

MINISSÉRIE
Obra fechada, com vários plots, que se desenrola durante um número de episódios geralmente não superior a dez.

MOSTRAS DE CINEMA
Programas de exibição de filmes. Podem ser temáticas (como a retrospectiva de um cineasta ou o retrato de uma época) e normalmente não possuem caráter competitivo.

MOVIOLA
Máquina usada para a montagem de filmes diretamente na película. Pouco utilizada nos dias de hoje.

MUDANÇA DE EXPECTATIVAS
Quando o curso da história muda de repente.

MUTOSCÓPIO
Inventada em 1894 pelo americano Herman Casler. A máquina utilizava cartões impressos. Os cartões passavam diante dos olhos, fazendo a figura mover-se. Geralmente eram cenas eróticas; e ostentavam o cartaz "O que foi que o mordomo viu?"

NARRATIVA
Exposição de uma série de acontecimentos encadeados, reais ou imaginários, utilizando palavras ou imagens.

NEGATIVO DE IMAGEM
Película contendo imagens impressas, que passará pelo processo de revelação.

NEGATIVO ÓTICO
Negativo onde fica impresso o som.


NICKELODEONS
Salas de exibição surgidas nos EUA em 1905. “Nickel” é o equivalente a 5 centavos de dólar americano. Este era o preço da entrada. “Odeon” significa teatro em Grego. Eram locais rústicos e abafados onde o divertimento barato era a principal atração para as classes trabalhadoras e para os milhares de imigrantes que entravam todos os anos nos EUA.


NOITE AMERICANA
Técnica de iluminação que cria um efeito noturno numa filmagem realizada durante o dia através do uso de filtros.

NÚCLEO DRAMÁTICO
Reunião das personagens relacionadas entre si por uma mesma ação dramática e organizadas num plot.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Glossário da teledramaturgia - Parte 2

DECUPAGEM
A palavra decupar vem do francês découper que significa “cortar em pedaços”. Na prática, é a divisão do roteiro do filme em planos. A decupagem é feita pelo diretor e inclui posições de câmera, lentes a serem usadas, mise en scène, diálogos e duração de cada cena. Consiste na transposição da linguagem de roteiro para a linguagem da imagem.

DECUPAGEM DE PRODUÇÃO
Detalhamento das necessidades de produção para realizar o filme.

DECURSO DA AÇÃO
Conjunto de acontecimentos relacionados entre si por conflitos que se vão resolvendo ao longo da história.

DESFOCAR
A câmera altera o objeto focado.

DESPRODUÇÃO
Etapa que acontece logo depois de qualquer filmagem. Consiste na devolução de todo o material utilizado nas filmagens e também na devolução das locações a seus proprietários em perfeito estado.

DIÁLOGO
Conversa entre dois ou mais personagens. Num roteiro são escritos diálogos, rubricas e cabeçalhos.

DOLLY
Carrinho que transporta a câmera e o operador e que permite a realização fluída de movimentos de câmera.

DOLLY BACK
Movimento de câmera. A câmera se distancia do objeto filmado.

DOLLY IN
Movimento de câmera. A câmera se aproxima do objeto filmado.


DOLLY OUT
A câmera retrocede e abandona o objeto.


DOLLY SHOT
Movimento de câmera caracterizado por se aproximar e se afastar do objeto e também por movimentos verticais.

DRAMATURGIA
Termo utilizado para designar a narrativa dramática. A história não é contada para o público, mas o público acompanha o desenvolvimento da história através das ações dos personagens (normalmente interpretados por atores).

DUBLAGEM
Inclusão do diálogo sobre uma cena anteriormente gravada. A gravação dos diálogos para uma dublagem normalmente é feita num estúdio de som, depois de realizada a filmagem.

EIXO
O eixo é uma linha imaginária que estabelece a relação de olhar entre dois personagens em cena e/ou a direção (esquerda ou direita do quadro) para onde acontece uma ação. Na transmissão de uma partida de futebol, por exemplo, é estabelecido um eixo na transmissão (as câmeras são posicionadas de um lado do campo). Caso essas câmeras sejam invertidas e passem a transmitir o jogo do outro lado do campo, o espectador ficará confuso, pois o mesmo time, como por mágica, começa a atacar para o lado invertido da tela da TV. No cinema o princípio é o mesmo. É importante manter o eixo na movimentação dos personagens e nos diálogos. No caso dos diálogos existe uma importante relação de olhar entre os personagens que conversam. Manter o eixo, nesse caso, é manter a relação de olhar, assegurar-se de que cada personagem olhe para o lado da tela correspondente à posição do outro personagem. Quebrar o eixo significa modificar o sentido do movimento e/ ou do olhar de um personagem e desorientar o espectador. Em algumas propostas quebrar o eixo pode ser bastante interessante.


ELENCO
Conjunto de pessoas (atores, atrizes, figurantes) selecionados para uma produção, que representam as personagens e fazem a figuração de um filme.


ELIPSE
Passagem de tempo. Exemplo: Em uma cena o personagem entra em seu escritório. Há um corte e na próxima cena o personagem já está sentado em sua mesa, falando ao telefone.

EMPATIA
Identificação do público com a personagem.

ENCADEADO
Fusão de duas imagens, uma sobrepondo-se à outra.

ENQUADRAMENTO
Imagem que aparece dentro dos limites do quadro (laterais, superior e inferior). Imagem que se vê no visor da câmera.

EPÍLOGO
Cenas de resolução.

ESFUMAR
A imagem dissolve-se na cor branca ou funde-se com outra.

ESPELHO
Página do roteiro onde se anotam os dados sobre personagens, cenários, localizações etc.

ESTRUTURA
Fragmentação do argumento em cenas; esqueleto da sequência das cenas.

ESTÚDIO
Lugar construído e preparado para a realização de filmagens ou local com isolamento acústico e equipamentos para realizar a gravação de sons.


ESTRELA
Dispositivo que mantém a firmeza das pernas de um tripé.


ETHOS
Ética, moral da história narrada.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Cenas explicativas, de informação.


EXTERIOR
Termo utilizado para definir o ambiente em que se passa uma cena. Nesse caso, a cena acontece num local externo. Utiliza-se normalmente a abreviação Ext.


EXTERNAS
Cenas filmadas nas praças, ruas, parques, campos, estádios, rodovias, enfim, ao ar livre.

EXTRAS
São os figurantes de um filme: pessoas contratadas para desempenhar papéis secundários, como os componentes de uma multidão.

FADE IN
Aparecimento gradual de uma imagem a partir de uma tela escura ou clara. Pode ser utilizado no início de um filme e/ou como transição de uma cena para outra.

FADE OUT
Escurecimento ou clareamento gradual de uma imagem, até que ela desapareça. Pode ser utilizado no final de um filme e/ou como transição de uma cena para outra.

FENACISTOSCÓPIO
Inventado em 1832 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau. Era um aparelho formado por um disco dentado com um objeto desenhado em posições levemente diferentes. Ao girar o disco em frente a um espelho, faz com que a imagem adquira o movimento. Plateau é o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana. Calcula que para a ilusão de movimento, é necessário que se as imagens se sucedam à razão de um décimo de segundo.

FESTIVAIS DE CINEMA
Eventos realizados periodicamente em diversas cidades do mundo, onde são exibidas obras audiovisuais. Normalmente, além de exibidos, os filmes competem entre si pelos prêmios oferecidos pelo festival. Cada festival determina os formatos aceitos (vídeo, películas, digital, etc.) e a duração (curtas, médias ou longas metragens) dos filmes. Além disso, muitos também são temáticos. Exemplo: Festival de Cannes (França), Festival de Brasília (Brasil), Festival de Gramado (Brasil).

FICÇÃO
Inventar, compor e imaginar. Recriar a realidade.

FIGURANTES
Pessoas/atores que apenas figuram no filme ou telenovela. Podem ser as pessoas que aparecem na fila de um banco, na rua, em uma festa.

FIGURINISTA
Membro da equipe de arte responsável pelo figurino.

FIGURINO
Conjunto de roupas e acessórios utilizado pelos atores e figurantes para a caracterização dos personagens na obra audiovisual.


FILTRO
Material translúcido utilizado pelo diretor de fotografia na lente da câmera com o intuito de modificar a cor e a intensidade da luz a ser captada.


FLASHBACK
Cena que revela algum fato ocorrido no passado, tendo como referência o tempo presente em que acontece a ação numa narrativa.

FLASH-FOWARD
Cena que revela algum fato que acontecerá no futuro, tendo como referência o tempo presente em que acontece a narrativa.

FOCO
Uma imagem está em foco quando aparece em sua completa nitidez, com seus contornos bem definidos.

FONÓGRAFO
Inventado por Thomas Edison em 1877. O aparelho movido à manivela tinha um cilindro coberto por papel alumínio, onde era registrado o som. Uma agulha fazia a leitura do cilindro e o som era reproduzido através de um bocal.

FOQUISTA
É o responsável pela medição e controle do foco nas lentes da câmera.


FORA DE QUADRO
Está fora de quadro qualquer ação que acontece fora dos limites do enquadramento. Naturalmente, o que acontece fora de quadro não pode ser visto pelo espectador. Apenas sugerido ou ouvido.


FOTOGRAFIA ANIMADA
Inventada em 1870 por Henry Renno Neyl. O espetáculo de fotografia animada utilizava uma Lanterna Mágica de Kircher, com um disco de dezoito aberturas.

FOTÔMETRO
Aparelho que mede a intensidade de luz que incide em determinado local utilizado pelo fotógrafo para adequar as necessidades específicas da câmara com as necessidades do filme.

FREEZE
Congelado. Manter uma mesma imagem por repetição do quadro. Congelar a imagem.

FUNÇÃO DRAMÁTICA
Quando o objetivo dramático de uma cena se converte em realidade.


FUSÃO
Aparecimento gradual de um novo plano e desaparecimento gradual do plano anterior. Por um breve momento os dois planos se confundem. É uma forma de transição.



FUZIL FOTOGRÁFICO
Inventado em 1878 por Étienne-Jules Marey. Consistia em um tambor forrado com uma chapa fotográfica circular que permitia a fotografia em série.