quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A evolução da telenovela mexicana - Parte 4


A década de 90 ficou marcada pelo carimbo da ecologia. Nas telenovelas dos anos 90, secionavam-se as cenas, encurtando-as cada vez mais, provocando o distanciamento do personagem por parte dos atores. Também se apostou na entrega de tramas superficiais, que quase sempre eram a mesma história a ser contada.

Tudo isso dava como resultado uma falsa impressão de rapidez narrativa, ou o que é pior, um ritmo trepidante, próximo ao vídeoclip musical, fazendo-nos supor que somos espectadores de  uma proposta estética moderna e audaz.

Surge, no entanto, a TV Azteca, para entrar na concorrência com a Televisa que, por muitos anos, havia sido a única produtora de telenovelas mexicanas. A nova emissora começou exibindo histórias estrangeiras para depois transmitir novas alternativas de telenovelas, onde os personagens  se utilizavam de uma linguagem mais real e deixavam de lado o erotismo para apresentar cenas sexuais reais, mas tudo dentro da medida.

A TV Azteca começou a importar talento da Televisa para realizar suas produções, mas levou muito tempo até alcançar os padrões de qualidade desta. Foi então que chegaram as produções da Argos, como Nada personal (Traição), que realmente pôde entrar na concorrência. Com a apresentação desta telenovela, onde se buscou refletir a realidade através da ficção, a Televisa sentiu a necessidade de se desinibir mais nas tramas e diálogos de suas telenovelas. Esta foi a década da guerra das emissoras.

O público dos anos 90 pôde voltar a reviver as temáticas e, em geral, o estilo de telenovelas dos anos 50. Começaram com a terceira versão de Corazón salvaje, onde foram apresentadas cenas de cama envoltas de grande erotismo, mas, com a chegada da citada concorrência, as cenas caíram no óbvio e até mesmo no obsceno, como no caso de Con toda el alma.

Os produtores começaram a escolher histórias onde se apresentavam problemáticas sociais e realidades, como a corrupção do governo (Traição); a homossexualidade (Olhar de mulher, Gente bien e O privilégio de amar); os “pecados” da Igreja (Tentaciones, O privilégio de amar); a revelação feminina (Olhar de mulher, La vida en el espejo, Tres mujeres); a problemática do meio ambiente e desastres naturais (Gente bien, Huracán); os sonhos do mexicano (El premio mayor) e os problemas da juventude, como o aborto, o alcoolismo, as drogas e a delinquência. As telenovelas rosas ficaram em segundo plano e as de época já não conquistavam o sucesso de suas antecessoras nos anos oitenta.

Estes foram os anos onde os atores maduros também passaram para o segundo plano e teve-se que adaptar as histórias centrais para protagonistas jovens e crianças, fazendo com que a experiência e o prestígio dos adultos se reduzisse a um simples apoio cênico para os novos valores. Isto deveu-se a fato de as produções juvenis passarem a ser as favoritas do público.

Também foi a década onde se iniciou os novos avanços na gravação de telenovelas, com as técnicas cinematográficas que deram mais qualidade às imagens, usadas pelo diretor Alberto Cortés e pelo produtor José Rendón em suas telenovelas Coração selvagem e Morir dos veces.

A audiência média na Cidade do México a princípios dos anos 90 esteve entre 41.8 e 59.0 pontos, sendo estes os índices mais altos, obtidos com as telenovelas Maria do bairro: 41.8 e Maria Mercedes: 59.0 (foto).

A partir dos finais dos 90, os índices mais altos estiverem entre 15.1 e 29.7, com telenovelas como O privilégio de amar: 29.7; Camila: 26.3; Laberintos de pasión: 26.1; Soñadoras: 25.2; Tres mujeres: 23.6; Esmeralda: 22.4; Alguna vez tendremos alas: 19.1; Los hijos de nadie: 18.8; La jaula de oro: 17.2; Gente bien: 16.6; Olhar de mulher: 16.3; Mi pequeña traviesa: 15.9 e Maria Isabel: 15.1. E os mais baixos entre 6.4 e 13.8, com as telenovelas La vida en el espejo: 13.8; Al norte del corazón: 11.5; El candidato: 9.5; La chacala: 9.4; Tres veces Sofía: 9.1; Demasiado corazón: 9.0 e El amor de mi vida: 6.4.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A evolução da telenovela mexicana - Parte 3


Os anos 80 se tornaram a época da mercadotecnia e do consumismo, fazendo com que a televisão mexicana pensasse na criação de novas alternativas de informação, produção e entretenimento.

Foi precisamente nestes anos que o Canal 2 sofreu outra mudança e se transformou no Canal de las estrellas, lema que até hoje sobrevive, identificando-o em muitos países. A respeito das telenovelas, tratou-se de deixar de lado a censura, ao apresentar cenas onde os personagens fumavam ou bebiam. Também passou-se a exibir tramas eróticas e violentas, substituindo as ternas e pacíficas.

Nesta década foram apresentadas, também, telenovelas de grande sucesso, principalmente as de épocas, com produções caras e ambiciosas, graças ao lucro obtido com as exportações para todo o mundo. Assim foram Bodas de odio, El extraño retorno de Diana Salazar, Yesenia, El pecado de Oyuki, entre outras. Passou-se a abordar temas delicados como a bruxaria (Estranho poder), a prostituição (Colorina) (foto), o aborto (O direito de nascer), a troca de sexo (Gabriel y Gabriela) e a reencarnação (El extraño retorno de Diana Salazar), sem deixar para trás os temas rosas, infantis e juvenis, como o de Simplesmente Maria, Rosa selvagem, Carrossel e Quinze anos.

As telenovelas mexicanas foram perdendo o romance para dar vez às intrigas, aos assassinatos, às cenas de cama e aos argumentos de ódio e vingança, onde novamente a protagonista voltava como vilã. Os anos oitenta foram, ainda, a época dos finais imprevisíveis e enigmáticos, como no caso de Angélica, onde a protagonista morre no final.

Valentín Pimstein tratou de resgatar o melodrama tradicional mas recorreu à farsa em suas telenovelas, caindo no absurdo e no cômico. Por sua parte, Miguel Sabido tratou de dar ao gênero outro estilo com suas tramas didáticas, onde, em um período de cinco anos, produziu quatro telenovelas com grande êxito, que foram Vamos juntos, Vem conmigo, Caminemos e Acompáñame, que abordavam temas como aborto, divórcio, marginalização sexual e falta de incentivos para o progresso individual.

Devido ao fato de as telenovelas dos anos oitenta terem alcançado o horário noturno, tornaram-se objeto de luxo na televisão nacional. Os atores que nelas participavam tornaram-se importantes para o público assim como as estrelas do cinema nacional dos anos 40 e 50.

A audiência que se obteve na Cidade do México durante essa década girou em torno dos 32.1 a 53.6 nos índices mais altos, obtidos com a apresentação de María Isabel: 53.6; De pura sangre: 48.8 e Os ricos também choram: 45.5. E entre 9.9 e 15.4 os índices mais baixos, com telenovelas como Mi nombre es Martina: 9.9 e El retrato de Dorian Gray: 15.4.

Nessa década as telenovelas eram transmitidas a partir das 17h00 e, com exceção deste horário, todas as telenovelas posteriores eram exibidas em meia hora. Desse modo, entre 18h00 e 20h00 eram transmitidas um total de seis telenovelas. Sua principal concorrência na televisão aberta foram os filmes e séries norte-americanas antigas, telenovelas estrangeiras, programas culturais, políticos e noticiários. Ás 20h00 fazia-se uma pausa para os programas cômicos e logo às 21h00 retomava-se as telenovelas do horário nobre, que competiam contra programas de clipes musicais, esportivos e de entrevistas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A evolução da telenovela mexicana - Parte 2


Em 1960, o Canal 2 começou a passar telenovelas às 18h00 e 19h00, para não competir com as transmissões do canal 4, às 18h30. Experimentou, também, as telenovelas matutinas, às 10h30, mas a grande demanda das rádios e as atividades próprias das manhãs impediram o êxito e estas foram tiradas do ar. Ainda assim, as preferências publicitárias se moveram em direção a este canal e, para 1961, criou-se a primeira faixa horária de telenovelas intitulada La comedia humana, fazendo com que os melodramas seriados permanecessem no Canal 2.

Em 1963, chegou um produtor para contribuir beneficamente com a telenovela, Ernesto Alonso, “O Senhor Telenovela”, que não somente buscava estrelas do cinema para suas telenovelas mas também introduzia os cenários naturais daquele país na gravação das externas de Doña Macabra, estrelada por Amparo Rivelles, Ofélia Guilmáin e Carmen Montejo, e posteriormente nas produções históricas, das quais é pioneiro, valorizando a trama, no lugar de prender-se às cenas em estúdios. Desta maneira, as produções começaram a se mudar de ambiente, estando cada vez mais em contato com o público.

Em meados dos anos 60, a telenovela mexicana amadureceu notavelmente. Os produtores recorreram às escritoras Caridad Bravo Adams e Yolanda Vargas Dulché, cujo estilo rosa já havia sido provado nas radionovelas e romances publicados com grande sucesso. A primeira teve sua entrada nas telenovelas mexicanas em 1966, com a história Corazón salvaje, que contou com uma produção pobre, deu oportunidade aos jovens atores, mas, no entanto, teve tanto êxito que até agora já obteve quatro versões. A segunda escritora, com a telenovela María Isabel (foto), alcançou uma audiência de 53 pontos, algo impossível na atualidade.

O México foi um dos primeiros países a experimentar em grande escala a inovação do televisor colorido. A telenovela pioneira na televisão em cores foi Leyendas de México, em 1968, pelo Telesistema Mexicano, Canal 2, com Jacqueline Andere e Guillermo Aguilar. Era um pacote de histórias semanais de vários contos sobrenaturais.

Nos anos 70, a Televisión Independiente de México, companhia organizada por um poderoso grupo financeiro de Monterrey, comprou os estúdios cinematográficos San Ángel e, entre 1972 e 1973, com a participação de Luis de Llano Palmer, começou uma faixa horária de entretenimento no Canal 8, onde posteriormente também se transmitiram telenovelas, como Muchachita italiana viene a casarse. Neste ano as telenovelas começaram a ser exportadas para a América Central e para alguns países da América do Sul.

No final da década dos anos 70 em diante, a telenovela mexicana começou a tomar força e o auge destes programas foi alcançado em 1979, quando uma modesta produção, desenhada para as tardes, cresceu até se apoderar da nação, subir ao horário nobre das 21h00 e abrir as portas do mundo a este gênero. Esta produção foi Os ricos também choram que, além de seu êxito, ajudou a Televisa a superar a crise econômica graças a sua exportação. É por esta razão que a partir dos anos 80 a telenovela se tornou um grande negócio, contribuindo com o crescimento e o êxito das produções mexicanas.

domingo, 17 de outubro de 2010

A evolução da telenovela mexicana - Parte 1


As telenovelas mexicanas foram passando por várias etapas de acordo com ano em que foram transmitidas. Cada década marcou novos estilos e características de se fazer telenovela. Veja, a seguir, como foi esse processo de evolução.

Nos anos 50, o teatro no México gozava de grande popularidade, surgiu, assim, a ideia de deslocá-lo para a televisão, criando, desse modo, uma nova produção cênica chamada teleteatro, que consistia em colocar câmeras e gravar as peças. Este conceito televisivo conseguiu obter grande demanda entre o público nacional.

Aos poucos os produtores foram esgotando todas as possibilidades de histórias sentimentais e decidiram mudar. Os teleteatros foram desaparecendo, dando espaço para o surgimento da telenovela. Alguns especialistas consideram o programa Ángeles de la calle, patrocinado pela Lotería Nacional, a primeira telenovela gravada no mundo. Outros coincidem em dizer que tenha sido uma espécie de teatro seriado gravado em 1950, chamado Aventuras de Roulletabile. Posteriormente se realizou a telenovela Con los brazos abiertos. Nenhuma das duas obteve êxito já que não houve patrocinadores de renome.

Em 1956, a companhia Colgate Palmolive, patrocinadora de uma infinidade de radionovelas, apoiou a realização de um novo projeto com base na radionovela Senda prohibida, adaptada pela escritora Fernanda Villeli. Desta maneira, em 12 de junho de 1958, nascia a primeira telenovela transmitida ao vivo pelo canal 4, Senda prohibida, onde atuaram Rafael Banquells e Silvia Derbez, que brilhou na pele de Nora, um ambiciosa mulher que se envolvia com o chefe, um homem casado, interpretado por Francisco Jambrina. Os altos índices de audiência foram comprovados pela reação do público: mulheres iam até a emissora e esperavam Silvia Derbez sair para insultá-la por causa das maldades de sua personagem.

O impacto que esta telenovela obteve entre o público feminino do país impulsionou o surgimento de uma nova produção chamada Gutierritos, estreada, pelo canal 4, às 18h30 do dia 11 de setembro de 1958, uma trama de Estela Calderón, novamente protagonizada por Rafael Banquells no papel de mártir. Esta telenovela iniciou suas transmissões ao vivo e em 21 de abril de 1960 começou com transmissões gravadas.

A Colgate-Palmolive patrocinou, também, a primeira telenovela gravada em videoteipe, em 1959: El precio del cielo, também de autoria de Fernanda Villeli. Teo (María Teresa Montoya), católica fanática, trabalhava como governanta com o propósito de juntar dinheiro para garantir a compra de sua entrada no céu.

Nestes tempos não havia um meio efetivo para se medir o impacto de um programa de televisão, exceto com a reação imediata do público. Assim, o êxito dessa telenovela mediu-se através da venda de televisores a níveis nunca antes vistos desde a introdução do aparelho no mercado, nove anos antes.

A princípio, a telenovela contava com um narrador afim de que os telespectadores pudessem entender “a linguagem audiovisual” do que antes se escutava na rádio. No início da transmissão o narrador dizia os créditos em voz alta para que o público não se perdesse na leitura das letras.

Da mesma maneira, em seus inícios, a telenovela não tocava nos famosos temas do tipo Cinderela, centrava-se em personagens antagonistas, como foi o caso da terceira produção mexicana, Teresa (foto), escrita por Mimí Bechelani. Teresa (Maricruz Olivier), personagem principal que dava nome à trama, nada tinha de pura e inocente, como as mocinhas indefesas de tantas outras histórias. De família pobre e honesta, conseguia entrar para a universidade, convivendo com o sentimento de vergonha por ser de origem humilde. Com o propósito de subir na vida, colocava a ambição pelo dinheiro acima e tudo e se relacionava com vários homens por interesse financeiro. No final atípico, era rejeitada pela família e ficava totalmente sozinha e arrependida.

A telenovela ganhou versão brasileira de mesmo título, em 1965, transmitida pela TV Tupi. A atriz Geórgia Gomide, no papel da protagonista Teresa, de tão convincente, acabou apanhando de uma telespectadora na rua.

A telenovela não quis ir mais longe no que se refere a histórias malévolas e, anos depois, deu às protagonistas uma personalidade mais suave e as fez donas do papel principal da história. Além disso, neste mesmo ano inventou-se o ponto eletrônico, produto cem por cento mexicano, que reduziu o tempo que a produção perdia para que os atores aprendessem os diálogos de todos os capítulos da história, mas que, hoje em dia, faz com que estes mesmos atores careçam de naturalidade.

TV Brasil apresenta Silencio roto

A TV Brasil exibe neste domingo, 17 de outubro, às 23h00, o filme espanhol Silencio roto, uma história de amor e sobrevivência durante a Guerra Civil Espanhola. Com roteiro e direção de Montxo Armendáriz, Silencio roto mostra, fundamentalmente, o papel desempenhado pelas mulheres durante a luta guerrilheira anti-franquista.

Montxo Armendáriz resgata um trecho pouco conhecido da Guerra Civil Espanhola. A história oficial cita como datas do conflito os anos de 1936 a 1939, mas o estouro da Segunda Guerra Mundial oculta um fato real: a Guerra Civil continuou como um conflito de baixa intensidade entre a guerrilha anti-franquista e a guarda civil durante vários anos. Vários pequenos grupos de homens armados continuaram a luta contra o novo regime de Franco. Estes guerrilheiros, conhecidos como “maquis”, muitas vezes viviam nas regiões montanhosas, mas ocasionalmente havia grupos de maquis urbanos também.

É justamente esse pedaço perdido da história que é resgatado pelo realizador. De fato, o filme marca com letreiros três fases desta guerra esquecida: outono de 1944, verão de 1946 e inverno de 1948.

Gravado em 2001, o filme conta, em 110 minutos, a história de Lucía (Lucía Jiménez) que, em 1944, aos 21 anos, decide retornar à vila onde nasceu, em meio às montanhas no norte da Espanha. Ela volta com o objetivo de reencontrar a tia e trabalhar para ela e acaba revendo também Manuel (Juan Diego Botto), um jovem ferreiro que colabora com os maquis, que não se rendem ao triunfo da ditadura de Franco e continua lutando contra ela. Impressionada com sua coragem, ela se apaixona pelo rapaz.

O significado do título do filme se faz evidente na primeira sequência: alguns planos da paisagem montanhosa do norte da Espanha e o suave som de alguns pássaros cantando é quebrado pelo estrondo de disparos. A natureza desses disparos se aclara mais tarde quando os guardas civis entram no povoado com um cadáver sobre um cavalo. Posteriormente, o silêncio do título é quebrado novamente pelos gritos das vítimas que recebem uma surra da guarda civil.

Silêncio roto recebeu o prêmio do Juri de Melhor Diretor, Menção Especial a Melhor Atriz Secundária no Festival de Cinema Espanhol de Toulouse (2001); Prêmio Julio Verne no Festival de Cinema Espanhol de Nantes (2002); Prêmio CICAE no Festival Internacional de Mons (2001); e Prêmio de Melhor Atriz Secundária no Círculo de Escritores de Cinema (2001).

Biografia de Guy Ecker


INTRODUÇÃO

Guy Frederick Ecker Davies nasceu em 09 de fevereiro de 1959, em São Paulo, Brasil. Filho de pais americanos, Bob Ecker e Marion Ecker, seus outros irmão são Jon, Eve, Amy e Lia. Guy morou no Brasil durante dezessete anos, a maior parte deste tempo no Rio de Janeiro, além disso, em sua juventude, também residiu na Venezuela e na Colômbia.


SUA HISTÓRIA

Seu pai, homem de negócios, apaixonado pela América do Sul, trabalhava como empresário de várias companhias multinacionais; este trabalho lhe permitiu viver sua paixão, trabalhando não somente no Brasil, mas também na Colômbia, Venezuela e México.

Ainda criança, Guy participou em vários programas e espetáculos de talento, sempre mostrando interesse pelo meio artístico. Por seus professores sabe-se que sempre foi talentoso e possuidor de uma carisma único, que a cada dia conquistava e era conquistado pelas garotinhas de sua classe.

Quando chegou o momento de ingressar em uma universidade, Guy teve que radicar-se nos Estados Unidos pela primeira vez. Enquanto estudava Negócios Internacionais na Universidade do Texas, fez um pouco de tudo para se manter: preparou hambúrgueres, deu aulas de dança de salão e até foi treinador de cavalos.

Ao terminar seus estudos, Guy trabalhou em um rancho chamado Texana, onde conheceu Nia Peeples. Ela era uma bela atriz, e ele um bailarino, que sonhava com a fama. Ambos se apaixonaram à primeira vista e, sem pensar duas vezes, Guy pegou suas coisas e a seguiu até Hollywood. Lá se casaram em 1984, mas a união não foi como o esperado e, depois de dois anos, se divorciaram. Ele decidiu ficar algum tempo na Califórnia e descobriu sua verdadeira paixão: a atuação.

Uma vez mais, Guy fez uma variedade de coisas para se manter: vendeu equipamentos esportivos, foi professor de idiomas e, como todo jovem aspirante a ator de Hollywood, um bom garçom; ainda assim, surgiram alguns convites para participar em filmes de baixo orçamento. Nessa época, trabalhou em três filmes: Blood Money, de 1985, e The devil wears white e Streets of death, ambos de 1986.

Guy Ecker parecia ser somente um esperançado desconhecido. Decidiu, então, adentrar o mercado comercial latino-americano, porém lhe disseram que seus traços anglo-saxões e seu nome eram uma responsabilidade. Sugeriram-lhe que mudasse de nome, mas ele, insistindo, rapidamente foi colocado em evidência nas publicidades direcionadas ao mercado latino dos Estados Unidos. Utilizando-se de seu conhecimento comercial, formou, também, uma companhia chamada Guyvota, que traduzia e dublava filmes para este mercado emergente latino-americano.

Em 1993, sua vida muda completamente. A RCN, da Colômbia, lhe dá sua primeira oportunidade na televisão latino-americana. Graças a uma amiga, realiza um teste para a minissérie La otra raya del tigre, que buscava um ator para desempenhar o papel de uma figura histórica, um alemão chamado Geo Von Lengerke. Guy realiza o teste mas, desacreditado, viaja para as Bahamas para tirar férias. No entanto, ao regressar, lhe avisam: havia sido aprovado para o papel de Lengerke.

Em 1994, os produtores colombianos vendo sua naturalidade como ator, lhe oferecem o grande papel de sua vida na telenovela Café com aroma de mulher, considerada uma das melhores telenovelas colombianas de todos os tempos. Galante, encantador e gentil, com um sorriso  irresistível, capaz de apaixonar qualquer mulher, Guy dá vida à Sebastião Vallejo, que com suas serenatas românticas e iniciativas apaixonadas, pôde encantar mais de uma gaivota. Sebastião era um ser contraditório, impotente sexualmente, porém desejável, ingênuo, mas astuto, violento e pacífico. Como se tivesse uma vasta experiência na atuação, Guy soube dotar o personagem de uma grande ternura, sensualidade e uma boa dose de humor. Além disso, sua aparência estrangeira que antes parecia uma desvantagem agora o tornava um disputado galã.

Em 1996, participa, junto da bela Sonya Smith, na telenovela Guajira. Nesta trama interpreta Helmut Heidenberg e, mesmo não tendo o êxito massivo de Café com aroma de mulher, consegue manter-se no gosto do público.

Em 1998, Guy se muda para o México atendendo a proposta de Carlos Sotomayor para protagonizar, ao lado Kate del Castillo, A mentira, baseada no clássico romance de Caridad Bravo Adams, que novamente torna-se um êxito internacional e o consagra no mundo das telenovelas. Personificando o poderoso Demétrio Assunção, que decide vingar a morte de seu irmão, Guy Ecker conquista o prêmio TVyNovelas como Melhor Ator Protagônico do ano.

Em 2000, se muda para a Califórnia e casa-se com a ex-modelo mexicana Estela Sainz. Aí recebe uma proposta para protagonizar Salomé, ao lado de Edith González, então regressa à Televisa para encarnar Júlio Montesinos, um personagem diferente dos que havia interpretado antes. Era o tipo de desafio que Guy estava disposto a aceitar: interpretar um homem reprimido sexualmente, dominado por uma mãe tirana, mas que terminava se envolvendo com uma cabareteira viciada em álcool, a quem ele regenerava. Neste mesmo ano, Guy descobre que possui um filho: John Michael, nascido em 1982, um aspirante a ator no México, fruto de um relacionamento há dezoito anos atrás.

Ainda em 2000, o ator visita sua terra natal: O Brasil, onde promove a divulgação de A mentira, exibida pelo SBT e cumpre o ritual de visitas aos programas da emissora, participando no Domingo Legal, programa da Hebe e Programa Livre, com Babi.

Em setembro de 2001, nasce Liam, seu segundo filho e, após terminar as gravações de Salomé, decide regressar aos Estados Unidos. Pouco tempo depois, sua luta dá resultados: é contratado pela NBC para participar na série norte-americana Las Vegas, enriquecendo sua experiência como ator. Após vários episódios o detetive Luis Pérez, seu personagem, é assassinado, mas, com ele, Guy consegue dar seu primeiro passo em Hollywood, tornando-se um rosto cada vez conhecido. Em 2003, nasce Sofía, sua terceira filha.

Em 2006, Guy recebe uma oferta para voltar a gravar uma telenovela da Televisa. Após quase cinco anos longe da emissora, o ator brasileiro protagoniza Feridas de amor, ao lado de Jacqueline Bracamontes, uma produção de Roberto Hernández, que representa seu regresso mais esperado, e pela qual Guy rejeita propostas de cinema e televisão nos Estados Unidos. Em Feridas de amor, Guy dá vida à Alessandro, que volta ao país para vingar a morte de seu pai, mas acaba apaixonado pela filha do suposto assassino. Terminada as gravações da trama, sua esposa Estela, que o havia acompanhado durante as gravações, dá a luz à Kaelan.

Em 2007, a Televisa oferece à Guy Ecker o papel de Alonso Santoveña, rival de Eduardo Yáñez,  em Destilando amor, a nova versão de Café com aroma de mulher, porém o brasileiro rejeita a oferta, já que tinha nas mãos um projeto mais animador e vanguardista. Assim, Guy se associa ao produtor Carlos Soto Mayor e à atriz Kate del Castillo, colaborando no projeto inovador e futurista de telenovelas para a Internet: a webnovela Vidas cruzadas, que rompe recordes de audiência tendo cerca de 50.000 visitas diárias em seu site. Neste mesmo ano, após ter um merecido descanso com a família em Los Ángeles, Guy regressa ao México para gravar o filme Artemio Arteaga y la santa hermandad, baseado em um roteiro de Rodrigo Rosas, que se rodou em cenários dos estados de Zacatecas, Oaxaca e o Distrito Federal.

Em 2010, o ator é escolhido para protagonizar, junto de Blanca Soto, Eva Luna, a primeira co-produção entre a Univision Studios e a Venevisión. A telenovela é uma história de amor contemporânea, cheia de romance, paixão e suspense, que gira em torno de Eva González, uma executiva de publicidade, que encontra o amor de sua vida, mas que sofre por pensar que este é o assassino de seu pai. Eva Luna, com previsão de estreia para o público latino dos Estados Unidos em 1° de novembro, conta, ainda, com as atuações de Julián Gil, Vanessa Villela, Susana Dosamantes, Harry Geithner, Daniela Scmidth, Jorge Lavat, Greidis Gil,u Sofía Lamas, entre otros


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2010 - Eva Luna
2006 - Feridas de amor (Alessandro)
2001 - Salomé (Júlio)
1998 - A mentira (Demétrio)
1996 - Guajira (Helmut)
1994 - Café com aroma de mulher (Sebastião)

WEBNOVELA

2009 - Vidas cruzadas (Daniel)

FILMES

2007 - Artemio Arteaga y la santa hermandad
1989 - Night Terror (Rick)
1986 - The devil Wears White
1986 - Streets of death
1985 - Blood money

SÉRIE

2003 - Las Vegas (Luis)

MINISSÉRIE

1993 - La otra raya del tigre

sábado, 16 de outubro de 2010

A produção de telenovelas da TV Azteca - Parte 3

O terceiro modelo: A tentação centralizadora

O modelo de produção de telenovelas que tanto orgulhou aos diretores da TV Azteca rapidamente deu amostras de esgotamento. Diante do êxito internacional de algumas de suas produções, a Argos reclamou à TV Azteca, entre outras coisas, os direitos para vender suas telenovelas em outros países. Por sua parte, Salinas Pliego não esteve de acordo com o pedido e sugeriu, então, pôr um fim em seus projetos de colaboração.

Martín Luna, alto executivo da TV Azteca, declarou, em outubro de 2000, que de fato houve diferenças porque a produtora queria ser independente em tudo, desde a escolha de conteúdo de seus programas até o elenco de suas produções e, obviamente, queriam o direito sobre elas. Epigmenio Ibarra, diretor geral da Argos Comunicaciones, deu sua versão sobre o rompimento e o considerou como uma operação dolorosa, mas necessária quando se quer deixar de funcionar como uma maquiladora para ser uma produtora independente, porém expressou esperança ao dizer que este rompimento poderia ter sido somente uma mera separação ou divórcio e não uma viuvez.

Deixando de lado o anedótico, o verdadeiro conflito que se originou foi o enfrentamento de dois modelos de produção de telenovelas. Por um lado o modelo tradicional, onde todo o processo industrial, além de seu financiamento, exibição, comercialização e promoção é realizado somente por uma empresa. É o modelo vertical e centralizado que foi utilizado desde os anos 50 pelo Telesistema Mexicano e, desde 1973, pela Televisa. Por outro lado, o modelo dos Estados Unidos, onde as grandes redes de televisão compram os conteúdos de uma rede de produtores independentes que incluem também os grandes estúdios cinematográficos e um olhar de empresa.

Quando Elisa Salinas iniciou suas tarefas de vice-presidenta de produção da TV Azteca, em 1996, disse que não havia recursos, não havia elenco, não havia escritores. Mas, no momento em que a empresa adotou o know how para elaborar telenovelas, o interesse por colaborar com as produtoras independentes foi decaindo.

Este foi o terceiro modelo de produção de telenovelas, que se iniciou em finais de 2000. Se bem que é certo que o principal mercado para a produção de conteúdos continue sendo o nacional, é visível a tendência de depender cada vez mais dos mercados internacionais.

A produção de telenovelas da TV Azteca - Parte 2

O segundo modelo: Gerar produção própria, especialmente telenovelas

Se bem em um primeiro momento Salinas Pliego pareceu se inclinar à compra externa, deixou abertas opções que, mais tarde, resultaram ser seus melhores recursos. Primeiro decidiu manter a produção própria em gêneros fortemente consagrados entre os interesses locais: as notícias e os esportes. Novas caras e alguns detalhes inovadores na produção de noticiários foram suficientes para atrair as audiências entediadas com o imobilismo e a parcialidade da Televisa na área informativa. De repente, a TV Azteca descobriu que o bom jornalismo também significava bom negócio.

As telenovelas

A TV Azteca adentrou na produção de ficção, principalmente de telenovelas, de uma maneira inovadora, ao menos no âmbito mexicano: a produção independente. Para a criação de conteúdos próprios, a emissora se organizou em equipes de trabalho ou unidades de produção. Salinas Pliego explicou a iniciativa da seguinte forma: “Nós temos a equipe, os estúdios e a distribuição do sinal. Colocamos tudo isto na mão do produtor e que ele entre com o talento, o trabalho e o programa”.

As consequências de investir na geração de produção própria superaram as perspectivas mais otimistas dos diretores. Em 1995, somente 24% de suas transmissões em horário nobre era de produção própria, já em 1999, era 85%. Como consequência, a imagem e o prestígio da empresa se fortaleceram, e não somente se alimentava o mercado nacional com as produções, mas também o mercado internacional.

Em 1993, a TV Azteca contava com um modesto 6% da audiência, mas em 1996 já era 28% e, em 1997, o melhor ano da companhia em termos financeiros, alcançou 35%. Desde então a TV Azteca tem se mantido ao redor dos 30%. O aumento na produção de programas também foi espetacular, de 3 mil horas produzidas em 1996, passou a 8.859 em 2004.

Ricardo Salinas Pliego, convencido pelas vantagens atribuídas à produção de conteúdos, declarou que a programação produzida internamente, como foi Olhar de mulher, tem sido a chave para o êxito contínuo. Adrián Steckel, então vice-presidente de finanças da emissora, declarou certa vez que produzir telenovelas não é barato, mas é um investimento para se ganhar mais audiência e uma porção maior dos gastos publicitários em televisão.

Diante do êxito das telenovelas feitas por produtores independentes, Salinas Pliego declarou que o objetivo principal da TV Azteca era fabricar telenovelas em grande volume para distribuir no México e no mundo: “A Televisa demorou 45 anos para montar sua fábrica de telenovelas, nós, em quatro anos, já a temos pronta, esse é o ponto central da TV Azteca”.

O dinamismo econômico da empresa se deveu em grande parte ao aumento da produção própria; à compra e exibição de telenovelas produzidas por produtoras independentes, principalmente Argos, e ao investimento - via compra de equipes - no futebol mexicano profissional. A arrecadação de receita publicitária gerada pela promoção massiva da Elektra, Biper, Hecali e Unefon, empresas irmãs da TV Azteca, e a cotação de parte do capital na bolsa de valores do México e de Nova Iorque também ajudou na grande economia da empresa de Salinas Pliego.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A produção de telenovelas da TV Azteca - Parte 1

A origem da companhia Televisión Azteca se remonta a 1993, ano em que o governo mexicano deu a conhecer sua intenção de privatizar um grupo de empresas públicas relacionadas com a produção, distribuição, exibição e venda de mensagens informativas e entretenimento. Este “pacote de meios estatais” incluía a rede Imevisión, composta pelos canais 7 e 13 de televisão, e suas respectivas repetidoras nacionais; a Compañía Operadora de Teatros (Cotsa), dona de 420 salas de cinema distribuídas em todo o país; o jornal El nacional e as instalações para a produção de material audiovisual, conhecidos como Estudios América.

O ganhador da licitação foi o empresário Ricardo Salinas Pliego, que ofereceu 645 milhões de dólares pelo “pacote de meios”, a quantidade foi 30% superior à segunda melhor proposta. Desta maneira, em meados do ano 1993, se pôs em marcha a empresa Televisión Azteca, terminando com o monopólio estabelecido pela Televisa desde 1973.


O primeiro modelo: Exibir sem produzir

Em outubro de 1993, diante de publicitários, anunciantes e da imprensa em geral, Salinas Pliego deu a conhecer à opinião pública as políticas e o perfil quanto à programação que regeria na TV Azteca: “Suspender a produção de programas próprios, cancelar as emissões críticas que se transmitiam ao vivo e reduzir o número de noticiários”. A maioria dos espaços seria preenchida, então, com telenovelas, filmes e séries nacionais e importadas. Salinas Pliego justificou este modelo de televisão argumentando que para sustentar a produção própria se requeria talento artístico, administração minuciosa, forte investimento de capital e distribuição internacional, recursos que eram muito escassos na recém fundada Televisión Azteca.

Desde a ótica de uma racionalização econômica, o modelo proposto era adequado para se alcançar rapidamente o ponto de equilíbrio financeiro. De fato, no mercado internacional, é possível adquirir um programa de ficção de uma hora de duração por 1500 dólares, ao contrário, o custo de produção no México pode ultrapassar a margem dos 20 mil dólares. Mas o negócio televisivo é complexo e não somente depende das vantagens de compra e venda, os programas são mercadorias simbólicas que devem atender às exigências do mercado e do gosto nacional.

Segundo o investigador americano Joseph Straubhaar, a programação importada sempre foi mais barata que o custo de produção local. Os programas produzidos localmente têm grande aceitação entre as audiências e, em geral, são os que mais agradam, porém sua produção supõe uma aplicação importante de recursos. Ao contrário, os programas americanos são os mais baratos do mercado, mas entre as audiências gozam de menor aceitação comparados com os produtos locais. Isto se deve ao fato de que os espectadores optam pela programação mais próxima de sua cultura. Esta proximidade cultural está baseada, em grande parte, no idioma, vestuário, tipos étnicos, gestos, linguagem corporal, definições de humor, ideias sobre o transcorrer que deve levar a história, tradições musicais, elementos religiosos, etc.

Straubhaar faz duas advertências: a seleção de programas está relacionada com a classe social. As classes populares, isto é, a classe baixa, a classe trabalhadora e os pobres, mostram uma acentuada receptividade em se tratando da cultura local e nacional. Pelo contrário, a elite e as classes média e alta, com maior nível de escolaridade, tendem a preferir programas estrangeiros.

Estes fenômenos influem fortemente na hora de descrever o perfil dos canais de televisão; cada empresa, de acordo com suas possibilidades, encontram um equilíbrio entre produzir e comprar e na TV Azteca não foi diferente. Apesar de seu alto custo, a produção local nos canais de televisão aberta é necessária, pois os programas devem ser portadores da identificação e estilo da empresa, indispensável para o posicionamento no mercado nacional.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mulheres assassinas 2: Tita Garza, aproveitadora


DATA
14/10/10

HORÁRIO
22h50

CANAL
Rede CNT

COM
Patricia Reyes Spíndola, Enrique Singer, Lourdes Reyes, Margarita Isabel, Raquel Pankowsky, Cecilia Romo, Arturo Barba, Aleyda Gallardo, Natalia García Ramón, Manuel Raviela

RESUMO
Tita Garza é uma senhora da alta sociedade casada com o empresário Antonio Garza. Na verdade, Antonio era no passado um simples vendedor que, assim como a maioria das pessoas, vivia correndo atrás do prejuízo. Tita, com suas habilidades, conseguiu transformar a vida do marido ajudando-o a deter uma grande empresa, com muitos funcionários, muitos lucros e é claro, grandes problemas.

A vida dessa senhora tão doce é cercada pela jogatina, que não dispensa de modo algum e passa horas com algumas amigas em disputadas partidas de pôquer. Acontece que Antonio está quase à beira da falência e consegue com esforços levantar um bom capital para sanear as dividas.

De repente, o dinheiro some da conta e ele entra em desespero. Tita pegou os quatro milhões e investiu, a princípio, num grande negócio. Só que os “caras” desapareceram com tudo e ela mergulhou também num grande problema. Diante disso, ela passa a convencer as amigas para que invistam suas economias naquele “grande negócio” e assim, pelos anos de amizade e confiança, cada uma delas entrega grandes somas à Tita na certeza de obter pelo menos três vezes o valor aplicado na forma de lucro.

Isso não acontece e a partir de certo momento, cada uma delas começa a exigir o dinheiro de volta. Tita passa a arquitetar uma maneira de acabar com as próprias amigas sem que precise devolver o dinheiro que delas tomou. A maneira encontrada é cruel! Tão cruel quanto o que o destino reserva a essa refinada mulher sem escrúpulos, capaz de enganar e matar as melhores amigas.

O surgimento da TV no México e o monopólio da Televisa - Parte 3

Em 1983, o Canal 13 ampliaria suas transmissões e criaria o Instituto Mexicano de Televisión (Imevisión), um sistema estatal de televisão. Era visível a diferença de programas transmitidos na Televisa e na Imevisión. Enquanto a primeira rejeitava os movimentos revolucionários, a estatal era totalmente a favor deles. Entretanto, no quesito programação estrangeira, no Canal 13 predominavam as séries norte-americanas, assim como no Canal 2, o principal da Televisa, porém em menor quantidade.

O consórcio Televisa recebeu inúmeras concessões de canais e estações de rádio e adquiriu grande poder econômico e político graças à produção a todo vapor de telenovelas, um investimento rentável para a emissora, e à expansão de transmissões esportivas, além da aquisição de sua própria equipe e estádios no país.

Com a Televisa permanecem o Canal 2, o Canal de las estrellas, com predomínio das telenovelas e noticiários; o Canal 4, Canal de la Ciudad; o Canal 9, Galavisión, de programação variada, e o Canal 5, de desenhos animados, filmes e séries de aventura. O monopólio conta inclusive com estações de rádio, empresas editoriais, salas de cinema, estádios, produtoras de vídeo e acesso a Internet pelo portal esmas.com.

A Televisa é dona da televisão paga mais acessível no México, além de ser proprietária da Sky. Este poder de inibir o êxito de outros canais vai de encontro à situação nos demais países da região, onde a TV a cabo está cada vez mais desenvolvida e acessível.

Um passo muito importante destaca a Televisa no mercado internacional, com a criação da Univisión, parceria entre Televisa e Venevisión, da Venezuela, emissora destinada ao público hispânico, cada vez maior e mais influente, residente nos Estados Unidos. A internacionalização veio do quase já saturado mercado da Televisa em território mexicano.

Não só o canal, mas também o endereço eletrônico (www.univision.com), é um dos favoritos para quem quer estar por dentro da vida dos artistas e saber tudo sobre as telenovelas mexicanas exibidas naquele território. Além de poder frequentar fóruns sobre famosos e de telenovelas que reúnem participantes de diversas localidades do mundo, inclusive um grande número de brasileiros.

A programação da Televisa também chega a países da América Latina e da Espanha. O Canal de las estrellas é visto diariamente nos Estados Unidos, na América Central e do Sul, na Europa e na África. É o preferido do público mexicano, e onde são transmitidas as telenovelas favoritas, inclusive as que são vistas no SBT e na Rede CNT. O sustento da televisão mexicana está em suas telenovelas, que, assim como as demais programações, recebem atenção especial para tornarem-se cada vez mais atrativas nacionalmente e aos destinos de exportação.

Como vimos, entre 1975 e 1985 houve um boom de concessões de TV’s regionais e de criação de canais educativos e culturais, que ao longo da história mexicana de televisão acabaram por funcionar como válvula de escape de um sistema televisivo que sempre pôde resolver seus conflitos e sair triunfante com a sempre oportuna intervenção e generosas concessões dos governantes do PRI.

Foi nesse período que nasceu a Imevisión que durou dez anos, quando foi adquirido pela Televisión Azteca, junto com o canal cultural 22, num momento em que o governo colocava à venda canais televisivos estatais.

Quando começou a obter maior êxito, em 1993, ano de sua privatização, no governo de Carlos Salinas de Gortari, a TV Azteca resolveu investir em telenovelas e noticiários para competir com a Televisa. Conseguiu atingir bom nível com as produções criativas Nada personal (Traição) e Mirada de mujer (Olhar de mulher). Assim, ambas emissoras, Televisa e TV Azteca seguem na competição entre si na guerra pela audiência, embora a última jamais tenha se constituído numa sólida ameaça.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O surgimento da TV no México e o monopólio da Televisa - Parte 2

Fundado em 1959, o Canal 11, educativo, do Ministério da Educação, possuía cobertura geográfica restrita ao Vale do México. Ficou durante muito tempo destinado a uma programação de baixa qualidade, porém conseguiu aprimorar em qualidade e incrementar sua programação, aproveitando os canais pagos para estender sua cobertura.

O canal cultural 22, de 1982, da Televisión Metropolitana de la Ciudad de México, apesar da proposta interessante e do alto nível da programação, funcionava na frequência UHF, o que dificultava o acesso além do Vale do México. No final dos anos 90 recebeu reconhecimento internacional da Unesco como um dos melhores canais de televisão cultural.

Uma possível ameaça ao monopólio surge 10 anos depois do lançamento oficial da televisão no México, em 19 de janeiro de 1960, durante o mandato de Adolfo López Mateos (1958-1964), com a promulgação da Lei Federal de Rádio e Televisão, que definiu as ondas eletromagnéticas como propriedade da nação e a radiodifusão como um serviço de interesse público, em vez de um serviço público – daí, portanto, a necessidade da permissão do Estado para haver concessões. Começava o processo formal de controle da televisão mexicana, que se mantém até hoje a fim de garantir constitucionalmente a relação com os donos dos meios de informação.

Em 1969, uma vitoriosa negociação levou à publicação do decreto de redução do imposto a ser pago pela emissora: 12,5%, e não mais os anteriores 25% do espaço gratuito da programação das TV’s e rádios reservado para o governo. Esse tempo nunca foi utilizado totalmente.

No México as concessões de estações de rádio e canais de TV valem por trinta anos e são renováveis, o que depende quase que totalmente do presidente, embora a outorga formal seja dada pelo Ministério das Comunicações. Isso ocorre desde as três primeiras concessões a empresários.

Houve três sérias tentativas de regulamentação dos meios de comunicação: o primeiro em 1979, o segundo no início da década de 90, e o terceiro ao final. A regulamentação do sistema televisivo enfrenta impasses devido à censura, manipulação informativa e impunidade do modelo de televisão mexicano.

Com o intuito de pôr fim à quase exclusividade conquistada pela empresa Telesistema Mexicano, de Emílio Azcárraga, o presidente Gustavo Díaz Ordaz (1964-1970) concede o Canal 8 ao poderoso grupo Alfa, de Monterrey. Entra no ar a Televisión Independiente de México (TIM), em 5 de novembro de 1968. Não restam dúvidas de que a competição foi acirrada: eram desde personalidades do país ocupando cargos importantes nas duas empresas até interferências significativas na programação das emissoras, com investimentos em programas jornalísticos, esportivos, como o futebol americano, e de entretenimento na disputa pela audiência.

Foi no governo de Luís Echeverría (1970-1976) que o Canal 8, do Grupo Monterrey, se fortalecia a ponto de constituir em uma ameaça para o sistema televisivo, dominado pela emissora Telesistema Mexicano. Entretanto, a real ameaça veio da compra do Canal 13 pelo governo em janeiro de 1972, canal este originado através do movimento estudantil de 1968, que lutou para o governo do então presidente Díaz Ordaz (1964-1970) abrir seu próprio canal de televisão.

Embora tivesse a finalidade de veicular programações culturais, que servissem de complemento à programação vigente na televisão privada, a nova emissora acabou transformada em uma cópia da televisão comercial, uma vez que visava à propaganda política e à rentabilidade.

A intensa competição entre TSM e TIM e a preocupação com a audiência do Canal 13 levou à fusão das duas primeiras empresas em dezembro do mesmo ano. Nascia a Televisión Vía Satélite S.A., famosa pela sigla TELEVISA – a consolidação definitiva do monopólio televisivo, que marcava o futuro da televisão no México.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O surgimento da TV no México e o monopólio da Televisa - Parte 1

Falar da história da televisão mexicana é, ao mesmo tempo, defini-la como o histórico da Televisa. Há mais de 50 anos a maior empresa produtora televisiva em língua espanhola no mundo mantém-se intacta no controle da indústria da televisão no México, onde domina mais de 70% das transmissões, com quatro redes nacionais e mais 200 estações.

A Televisa controla ainda a única emissora de TV via satélite do país e a operadora de cabo dominante na Cidade do México. O monopólio vem desde o surgimento das primeiras emissoras de rádio e hoje a liderança alcança também a televisão em espanhol nos Estados Unidos.

A permanência da Televisa no poder é, de fato, uma das características mais importantes na história da indústria da televisão mexicana. A forte relação de dependência que há com a cultura e tecnologia norte-americanas é visível, assim como a capacidade de oferecer à sociedade produtos culturais que lhe interessem e, ao mesmo tempo, influenciem no modo de vida.

A permanência do Partido Revolucionário Institucional (PRI) durante setenta anos no poder é também fortemente vinculada à influência da Televisa e de outras emissoras que surgiram diferencialmente, com a ajuda do governo. No México, o partido e a televisão foram como duas caras da mesma moeda durante mais de cinquenta anos, até 2000, na derrubada do PRI.

É da poderosa indústria radiofônica, originada na década de 20, que surgem os principais antecedentes que, mais tarde, se transformariam na classe empresarial televisiva. Em 1930, Emílio Azcárraga Vidaurreta adquiriu em pouco tempo a liderança na radiodifusão. Filiou-se à americana NBC – vinculada à RCA (de onde vinham materiais gravados) – e criou a rádio XWE, a mais moderna da época e a primeira com amplo alcance, que chegou a diversos Estados mexicanos com o propósito de ser “A voz da América Latina a partir do México”.

A XEQ, segunda empreitada de Emílio Azcárraga na radiodifusão, esteve vinculada à CBS e trouxe como novidade o Departamento de Produção Independente. A total independência com as empresas norte-americanas foi conquistada em 1945, ano em que 50% das emissoras de rádio do México estavam sob controle da XWE e da XEQ, graças à criação e ao sucesso da rede Rádio Programa do México (RPM).

Daquele ano em diante várias outras emissoras de rádio começaram a surgir naquele país. Muito antes de acontecer a primeira transmissão na televisão mexicana, em 1950, vários experimentos haviam sido realizados há cerca de 20 anos antes, na tentativa de projetar imagens à distância, graças aos recursos dos próprios técnicos ou ao apoio do governo.

Nos anos 40, o mais recente veículo de comunicação já mostrava potencial para se converter em um grande negócio. É a partir da década de 50 que a televisão começa a ter importância significativa na vida cultural, política e econômica do México e a estar presente no cotidiano. Hoje, a principal característica da televisão para os mexicanos é a de ser o meio visual de informação, educação e entretenimento da maioria das pessoas.

Oficialmente a televisão no México foi inaugurada em 31 de agosto de 1950, na capital, Cidade do México, e a primeira transmissão foi no dia seguinte, para menos de 10 televisores, com um discurso do então presidente do país Miguel Alemán Valdés (1946-1952).

Foi o empresário Rómulo O’Farril Silva quem obteve a primeira concessão de TV comercial, o Canal 4 (XHTV), da Televisión de México S.A, com infraestrutura e tecnologia vindas dos Estados Unidos e baseada no modelo europeu produtivo e expansivo de televisão. Levou menos de um ano para entrar em cena, mais uma vez, Emílio Azcárraga Vidaurreta, com a XEW TV Canal 2, em 21 de maio de 1951. O Canal 2, hoje conhecido como Canal de las estrellas, ficou também sob responsabilidade do filho e sucessor de Azcárraga, Emílio Azcárraga Milmo. Por fim, o engenheiro Guillermo González Camarena ficou com o Canal 5 (XHGC).

Em 25 de março de 1955 os três canais se juntam e formam o Telesistema Mexicano (TSM), que tinha como um dos principais acionistas Miguel Alemán, ex-presidente do México. A fusão tinha como objetivo expandir a televisão para todo o país. Em 1973, a emissora passaria a se chamar Televisa.

O governo mexicano entendia que era melhor deixar a televisão a cargo de empresários para assegurar o desempenho deste meio de comunicação segundo os interesses governamentais, do que patrocinar diretamente uma emissora e ao mesmo tempo censurá-la. Era preciso, para tanto, controlar a concorrência, pois, com ela, a censura estaria ameaçada, já que a guerra pela audiência levaria os donos de emissoras a apelar para qualquer nível de programação.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Alma indomável estreia na Rede CNT


Hoje, 11 de outubro, às 22h00, a Rede CNT estreia Alma indomável, uma telenovela da Venevisión International, escrita por Alberto Gómez, o mesmo de Acorrentada, e gravada entre 2008 e 2009 no sul da Flórida, Estados Unidos, em belas locações externas com muito colorido, vegetação natural e animais campestres, além de paisagens exuberantes, praias magníficas, e majestosas mansões.

Protagonizada por Scarlet Ortiz e José Ángel Llamas, com atuações antagônicas de Lilibeth Morillo e Luis José Santander, Alma indomável conta, ainda, com as atuações de Lisette Morelos, Patty Álvarez, Maite Embil, Leonardo Daniel, Karina Mora, Adita Riera, Franklin Virgüez, Isabel Moreno, Martha Picanes, Alan Ibarra, Yadira Santana, Yul Burkle, Esperanza Rendón, Rodolfo Jiménez, Kenya Hijuelos, Oscar Corbella, Tali Duclaud, Juan Vidal, Roberto Leverman, Yami Quintero, Nelida Ponce, Julio Capote e Gabriel Parisi.


RESUMO

Alma Pérez é uma jovem selvagem, porém belíssima, e com seus 23 anos é a fruta fresca e apetitosa daqueles campos verdes onde vive. Juntamente com Jasmim, sua irmã de criação, corre rebelde e despreocupada pelas terras, toma banho nos rios e entra para roubar frutas na impressionante fazenda da poderosa família Sorrento.

Alma jamais pisou numa escola, por isso sua educação é escassa e seu caráter agreste a mete em milhares de problemas. Jasmim é totalmente o oposto, é tímida e calada, mas sempre se deixa levar pelas loucuras e travessuras que Alma inventa.

Na fazenda Brisas vive Patrício Sorrento em companhia de Dubraska, sua filha, uma jovem caprichosa e orgulhosa que esconde um terrível segredo; segredo também conhecido por Patrício que, para evitar um escândalo, se vê obrigado a comprar um marido para sua filha. Também nesta casa vive Gertrudes, a cunhada amargurada e mesquinha de Patrício. Gertrudes, também viúva, é mãe de Mônica, que, tal como sua mãe, é perversa.

Gertrudes e Mônica vivem amarguradas por serem as parentes pobres, as amparadas daquela fazenda. Gertrudes sonha com casar sua filha com um milionário, e, por isso, consegue que Mônica se torne noiva de Alberto Ocampo, filho único de uma rica família. Mas, ainda que Mônica sonhe com se casar com Beto, na verdade não o ama e dele só lhe interessa seus milhões. Mônica, na realidade, sente uma paixão devoradora pelo tosco e mal educado capataz da fazenda Brisas, Nicanor, um tipo rude e de maus sentimentos.

Alma não conhece seus verdadeiros pais, foi criada pela despótica Fucha Pérez, a avó de Jasmim. Fucha ama e vive em função de sua verdadeira neta, quanto à Alma, somente a despreza. Fucha é uma mulher de sentimentos mesquinhos e entregue à bebida; bate em Alma e a trata com patadas, com insultos e desprezos.

Mas, apesar de haver crescido nesse ambiente hostil, Alma não perdeu o sorriso no rosto, nem a inocência. É uma jovem trabalhadora e empreendedora que ganha a vida vendendo frutas na beira da estrada, ordenhando vacas de fazendas vizinhas ou passando roupa nas casas dos ricaços que vivem na região. Alma, por várias vezes, tem que sair nos golpes com alguns rapazes para lhes exigir respeito.

Paralelamente à vida de Alma, conheceremos João Paulo Robles, protagonista da história. É um bom jovem de 30 anos que vive humildemente com sua mãe Caridade Robles, uma mulher que se encontra em uma cadeira de rodas após haver sido assaltada e atingida por um tiro disparado por um malandro que conseguiu fugir. Com o desenrolar da história se descobrirá que a pessoa que assaltou Caridade e conseguiu escapar é Nicanor, o capataz da fazenda de Patrício.

João Paulo ganha a vida como administrador de Patrício, que lhe tem muito apreço por ser um jovem trabalhador e honrado. Sua mãe somente poderá caminhar se submeter-se a uma caríssima operação, mas João Paulo não possui o dinheiro necessário para pagá-la. Com muita vergonha, ele se atreve a pedir um empréstimo a Patrício para poder operá-la.

Patrício, que precisa casar sua filha Dubraska para esconder seu segredo, propõe a João Paulo lhe presentear com o dinheiro que necessita com tanta urgência, além de torná-lo seu sócio em todos seus negócios, contanto que aceite se casar com Dubraska. João Paulo se nega, pois não está disposto a se vender; mas, ver dia após dia sua mãe atada àquela cadeira de rodas, faz com que acabe aceitando a oferta.

Dubraska aceita se casar com João Paulo, mesmo que não o ame. Ela está apaixonada pelo peão Fernando Ríos, que irá para a cadeia injustamente. Fernando será preso a mando de Patrício para, assim, separá-lo de Dubraska. O grande segredo que a jovem guarda é que acaba de dar a luz à uma filha do peão.

É por isso que Patrício se apressa em casar sua filha com João Paulo, para mandar os recém casados de viagem, e quando regressarem, trazerem a bebê nos braços, fazendo-a passar por filha de João Paulo. A menina está escondida em um quarto da mansão Brisas, somente aos cuidados de uma enfermeira. Dubraska ama sua filha, mas seu pai não deixa que se aproxime da menina enquanto não aceitar se casar com João Paulo. Ela acaba aceitando o casamento, mas sem renunciar ao amor que sente pelo nobre Fernando.

Cecília de Ocampo, uma mulher refinada e de nobres sentimentos, é a verdadeira mãe de Alma. Ela, após uma aventura na juventude, da qual nasceu Alma, foi separada de sua filha por sua mãe dona Paula, que entregou a menina à Fucha, juntamente com uma boa quantia em dinheiro. Fucha desapareceu com a criança e, por isso, Cecília nunca mais voltou a vê-la. Cecília se casou com o nobre Danilo Ocampo, com quem adotou um filho; ninguém mais, ninguém menos que Beto, o namorado da ambiciosa e terrível Mônica.

Beto quer se apresentar aos pais da família de Mônica, que trata-se de Gertrudes, Dubraska e Patrício. Cecília e Danilo estão encantados com a ideia de que seu filho Beto se case com uma jovem pertencente a uma família tão importante, o que Cecília nunca chegou a imaginar é que Patrício é o homem que ela amou no passado, ou seja, o pai de sua filha perdida. Patrício ignora haver tido uma filha legítima, filha esta que não é outra senão a selvagem Alma.

Certo dia, Nicanor entra no humilde casebre onde Alma vive com Fucha e Jasmim e discute com ela reclamando algo, mas a jovem se defende como uma fera. Durante a luta, Alma desmaia e Nicanor aproveita para incendiar o lugar e, assim, matar Alma para silenciá-la. Nicanor foge do casebre em chamas e Alma se salva por um milagre, ajudada por seu amigo, o bobo Teófilo, e pelo valente Fernando.

O casebre fica reduzido a cinzas. Fucha e Jasmim regressam da cidade e veem como o fogo consumiu tudo. Fucha culpa Alma de ser a responsável pela perda do lugar onde viviam. Ela ameaça dar uma surra brutal assim que a encontrar. Umas horas antes, Alma, assustada, imaginando a pancadaria que teria com Fucha, escapa correndo entre a mata. Cansada e sem forças, chega à fazenda de seu pai Patrício, salta o alto muro e entra na mansão. Se mete nas cavalariças e ali passa a noite em meio a soluços e lamentando sua triste sorte. Pouco a pouco, a desventurada jovem dorme.

No dia seguinte é encontrada dormindo ali, sobre os montes de palha, por João Paulo, que se surpreende, mas logo a reconhece, pois, um dia antes, João Paulo e Alma haviam se conhecido quando ela tomava banho no rio e ele, descaradamente, lhe tirava umas fotos. Alma, furiosa por aquelas fotos, lhe atirara uma manga na cabeça e fugira, sem se lembrar do rapaz até este momento.

João Paulo, descobrindo-a nos estábulos, a acorda e se interessa em ajudá-la. Ela se desfaz em lágrimas e lhe relata o acontecido. A jovem lhe diz que ficou sem casa e que teve que fugir para que a mulher que a criou não lhe desse uma surra. João Paulo, comovido, a convida para se mudar à sua casa, para, assim, torná-la acompanhante de sua mãe paralítica. Ela se surpreende diante da oferta. Após, Alma se encontra frente a frente com Patrício Sorrento, o dono daquelas terras. Ele também é posto a par da situação da desvalida jovem e convida a bela Alma a ficar morando na mansão Brisas.

Alma desconfia das intenções de Patrício e ele assegura que somente deseja ajudá-la e, se aceitar, a educará e refinará. As malvadas Gertrudes e Mônica se negam a aceitar aquela selvagem dentro de casa, mas Patrício se empenha, pois deseja tornar-se seu Pigmaleão, mesmo ignorando o laço de sangue que o une à Alma. Assim, ela entra para viver na impressionante mansão campestre de seu pai.

Cecília, com a ajuda de sua grande amiga Amanda e um detetive, procura Alma, mas tudo parece ser em vão. Ela se desespera por não poder encontrá-la e esconde de Danilo ter uma filha perdida. Quando este se dá conta da verdade, sente-se magoado e ferido por aquele segredo. A revelação do fato começa a causar o que será um futuro divórcio entre ela e seu marido.

Gertrudes é amiga de dona Paula, a verdadeira avó de Alma. Na fazenda Brisas, a vida de Alma não é fácil, pois Gertrudes, Dubraska e Mônica tornam impossível a vida da pobre selvagem. Além disso, ali Alma se reencontra com o canalha Nicanor. Ela, que já sabe que Mônica engana seu futuro marido com o capataz, quer contar tudo. Alma ignora que Beto é, supostamente, seu meio-irmão e ambos jovens, ao se conhecerem, tornam-se amigos.

João Paulo se encarrega de ensinar Alma a ler, e ela, sem se dar conta, vai se apaixonando por ele, sem imaginar que João Paulo é noivo de Dubraska e que ambos tenham que se casar. Quando Alma se dá conta de tudo, sente-se desiludida e cheia de tristeza.

Lamentavelmente chega o dia do casamento de João Paulo e Dubraska. Ambos se casam e saem em viagem. Ele sente-se como o homem mais infeliz do mundo ao ter que se separar de Alma, quem descobriu estar amando com todas suas forças.

Alma sente que seu mundo desmoronou com aquele casamento e aquela viagem de lua-de-mel, e outra vez está desprotegida, pois Mônica a acusa de ladra diante de todos. A bela camponesa tem que sair da fazenda Brisas e entrar para trabalhar como doméstica na casa de sua própria avó, dona Paula, que descobre que a selvagem garota é sua neta. Longe de querê-la, a despreza e trata mal, por considerá-la filha do pecado.

Ao mesmo tempo, Beto descobre que Mônica o engana com Nicanor e rompe seu compromisso. O rapaz, destroçado, se afunda em tristeza. Beto, que anteriormente havia conhecido a doce Jasmim, irmã de criação de Alma, começa a se apaixonar pela camponesa. Jasmim também se encanta com Beto e entre eles nasce um amor precioso e juvenil.

Cecília, acidentalmente, conhece Alma e, ignorando o laço de sangue que as une, torna-se sua amiga e se propõe a cuidá-la e protegê-la. Os dias passam e João Paulo volta de sua lua-de-mel com Dubraska. Ambos chegam com uma menina nos braços, a filha de Dubraska e Fernando, que já saiu da prisão, e dizem a todos que a bebê foi adotada no exterior. João Paulo trata de se aproximar de Alma, mas ela, enganada, acredita que a filha de Dubraska é também dele. Alma se nega a ser feliz com João Paulo, pois não tem coragem de separá-lo de sua esposa e sua suposta filha.

Por sua parte, Beto, totalmente apaixonado por Jasmim, decide se casar com a doce camponesa e de fato chegam a se casar, mas, Mônica decide, inesperadamente, recuperar o jovem herdeiro. Ela lhe pede perdão, dizendo que não é necessário se divorciar de Jasmim, mas Beto, em dúvida, não sabe se continua amando-a ou se ama somente Jasmim. Confuso com seus próprios sentimentos, Beto abandona a camponesa e volta com Mônica. A pobre jovem cai numa terrível depressão e quase morre de tristeza.

Alma conhece Estevão de la Vega, o melhor amigo de Patrício. Estevão se apaixona perdidamente por ela e deseja torná-la sua esposa. Ela, mesmo não lhe amando, aceita se casar. João Paulo sente que morre de ciúmes e de dor. As coisas se complicam e Alma foge para a cidade com sua irmã Jasmim, aí conhece Raúl Urbaneja, o dono de uma das agências de modelos mais importantes de Miami. Raúl se empenha em tornar Alma uma grande modelo, e, mesmo ela se negando, a ideia não lhe desagrada. Raúl tem um irmão, Frederico Urbaneja, um famoso modelo que ao conhecer Jasmim fica deslumbrado com sua beleza.

Frederico começa a se apaixonar pela doce Jasmim e ela vê nele a possibilidade de um novo amor, com quem poderá esquecer Beto. Paralelamente, Beto se dá conta que não ama Mônica, que esse amor já está mais que enterrado, e decide procurar Jasmim para lhe pedir perdão por havê-la abandonado. Beto sonha com recuperá-la, mas a sofrida camponesa já está nos braços de Frederico e até mesmo pensa em se casar com ele, mesmo sem amá-lo.

Alma, já completamente refinada e uma grande modelo, sonha com triunfar e esfregar na cara de João Paulo todo seu sucesso. O casamento dele com Dubraska finalmente se afunda e ela luta por ser feliz junto ao verdadeiro pai de seu filho. Patrício continua empenhado em impedir esse amor.

Cecília finalmente revela a Patrício que teve uma filha com ele, filha esta que já deve estar perdida há mais de 20 anos. Imediatamente Patrício se dá conta deste fato e une forças com Cecília para procurar sua filha, sem imaginar que se trata da belíssima Alma.

Chega a noite de estreia de Alma como modelo. As pessoas mais influentes e poderosas assistem ao desfile. João Paulo também se encontra no local e descobre, com surpresa, que a modelo principal é Alma, agora convertida em Áries, a mulher de fogo. Alma triunfa como modelo e chama a atenção de todos. João Paulo consegue chegar até ela e lhe confessa o quanto a ama. Ela lhe garante que já é tarde para aquele amor. Raúl diz a João Paulo que Alma e ele vão se casar, mas, nesta mesma noite, Estevão, o esposo de Alma, reaparece e corta pela raiz os planos de conquista de Raúl.

A ambiciosa Fucha, por uma grande quantia em dinheiro, confessa a Patrício que Alma é sua filha, a filha que há tanto tempo está procurando. Patrício, emocionado, vai em busca de Alma, mas ela, ao conhecer a verdade, o rejeita por haver abandonado sua mãe Cecília.

Alma procura sua mãe e lhe confessa ela mesma que é sua filha. Cecília sente-se a mulher mais feliz do mundo por haver, finalmente, recuperado sua filha. Patrício muda seu testamento e morre pouco dias depois. Sua única herdeira é Alma, a quem deixa todos seus milhões e sua fazenda Brisas.

Alma volta a viver na mansão onde tantas vezes foi humilhada e desprezada. Ela põe Gertrudes e Mônica para trabalharem como suas empregadas, humilhando-as, assim, por todo o dano que lhe fizeram. Alma dispensa João Paulo de seu cargo como administrador, castigando-o, assim, pelo que a fez sofrer. Ela, agora milionária e famosa como modelo, decide, finalmente, se divorciar de Estevão e se casar com Raúl, mesmo não o amando.

Ninguém é feliz, pois Cecília descobre que seu bom esposo Danilo tem uma amante, que não é outra senão uma empregada da casa, chamada Suzy, uma interesseira. João Paulo, sem trabalho e desesperado, sente que o mundo desmoronou. Somente sua mãe, já curada graças à operação, o consola.

Dubraska e Fernando conseguem ficar juntos, mas a pobreza é muito grande e os problemas cada dia maiores. Alma perdoa sua irmã Dubraska por haver sido má com ela no princípio e ambas, a partir daquele momento, tornam-se muito unidas. Alma até mesmo lhe entrega parte da fortuna de Patrício. Agora, sem problemas econômicos, Dubraska, Fernando e a filha de ambos, podem ser felizes. Já Mônica e Gertrudes não se conformam sendo empregadas de Alma e planejam destruir sua vida.

Tudo está pronto para que a triste Alma se case com Raúl, já estando divorciada de Estevão, que não se conforma em perdê-la. Também a perversa Abigail Richardi, a prima de Estevão,  entrará em cena e se apaixonará perdidamente por João Paulo, quem conheceu em Roma quando este estava em lua-de-mel. Abigail também é modelo e sente ciúmes do êxito de Alma. Ela unirá forças aos vilãos da trama para destruir a protagonista.

Alma, sendo honesta, termina com Raúl lhe confessando que nunca chegará a amá-lo. Ele, triste, sai de viagem para sempre. Jasmim, também sincera com Frederico, lhe confessa que não pode se casar com ele, pois também nunca poderá querê-lo. Assim, a promessa de casamento entre ambos fica em pedaços e Jasmim volta a se unir a Beto, e, desta vez, para sempre, agora que este tirou Mônica para sempre de sua vida.

Danilo, arrependido e percebendo que seu verdadeiro amor é Cecília, termina sua aventura com a empregada interesseira. Ele sai na busca por Cecília e lhe pede perdão, mas ela, magoada, antes de perdoá-lo, faz com que sofra um pouco mais. Finalmente, ambos se unem, mais apaixonados do que nunca.

Cada vilão recebe seu justo final e vão pagando todo o dano causado com sua más ações. Alma e João Paulo podem, finalmente, ser felizes, sem nenhuma sombra que possa escurecer seu futuro. A felicidade, então, permanece junto deles para sempre.


ELENCO

Scarlet Ortiz: Alma Pérez Sorrento

José Ángel Llamas: João Paulo Robles

Lilibeth Morillo: Abigail Richardi

Luis José Santander: Estevão de la Vega

Karina Mora: Dubraska Sorrento

Isabel Moreno: Rafaela Pérez “Fucha”

Tali Duclaud: Jasmim Pérez

Óscar Corbella: Patrício Sorrento

Lisette Morelos: Mônica Sorrento

Patty Álvarez: Gertrudes de Sorrento

Yul Bürkle: Fernando Ríos

Rodolfo Jiménez: León Ríos

Nélida Ponce: Carmela Ríos

Adita Riera: Caridade de Robles

Franklin Virgüez: Danilo Ocampo

Esperanza Rendón: Cecilia de Ocampo

Alan Ibarra: Alberto Ocampo “Beto”

Martha Picanes: Dona Paula Romero

Víctor González: Nicanor Sánchez

Maite Embil: Amanda Tapia

Gabriel Parisi: Frederico Urbaneja

Juan Vidal: Raúl Urbaneja

Roberto Levermann: Teófilo “Teo”

Julio Capote: Ramón

Kenya Hijuelos: Suzy

Yami Quintero: Luisa

Yadhira Santana: Guadalupe “Lupe”

Martha Pabón: Rosangélica

Ramón Morell: Inspetor Casamayor

Leonardo Daniel: Rogério Sorrento

domingo, 10 de outubro de 2010

TV Brasil apresenta La sagrada familia

A TV Brasil exibe neste domingo, 10 de outubro, às 23h00, o filme chileno La sagrada familia, uma produção de Sebastián Campos. Utilizando diálogos improvisados, o filme de estreia do diretor é carregado de emoções e trata de questões consideradas tabus na sociedade chilena como drogas, sexo e homossexualismo, mostrando a desintegração de uma família burguesa do país.

Gravado em 2005, o filme conta, em 99 minutos, a história de uma família tradicional de classe média alta em seu fim de Semana Santa na casa de praia próxima a capital. Uma das expectativas da viajem é que os pais de Marco (Sergio Hernández), estudante de arquitetura, conhecerão Sofía (Pati López), a primeira namorada oficial do filho. Este mantém uma relação apática com seu pai, a quem Soledad (Coca Güazzini), sua mãe, está sempre tratando de acalmar.

A família, composta pelo pai egocêntrico, pela mãe desorientada e pelo filho desvalorizado, tenta manter a formalidade e a compostura exigida pelos costumes que acompanham essas datas sagradas, porém, a chegada de Sofía, uma jovem inquieta e rebelde, que, além disso, trará consigo uma explosiva carga sexual e uma grande quantia de drogas, desencadeará uma série de acontecimentos e emoções, que romperão com todo o aparente equilíbrio da casa, fazendo com que a família nunca mais volte a ser a mesma.

Nesta casa chegarão também outros amigos: uma bela e insolente jovem que decidiu fazer um misterioso voto de silêncio e dois colegas da universidade, um estudante de direito, gay assumido, e um companheiro, que todavia não se assumiu, os quais devem se preparar para um importante exame, mas que, assim como os demais, se verão inevitavelmente arrastados pela destrutiva paixão dominante neste feriado santo que dificilmente poderão apagar de suas mentes.

Sebastián Campos começou o projeto de La sagrada familia com um roteiro de apenas sete páginas, que posteriormente filmou em três dias. O resultado foi 80 horas de rodagem, editadas em dez meses. Do improviso sobre um rascunho de roteiro, surgiu uma verossímil representação da realidade, da complexidade existente nas relações pessoais e da construção de códigos morais. Os diálogos e as atuações dotam o filme de uma fresca naturalidade, cotidianidade e intimidade, afim de indicar e conduzir uma séria observação da sociedade atual.

La sagrada família recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Viña del Mar (2005); Prêmio FIPRESCI e Prêmio do Juri, no Festival de Cinema Latino de Toulouse (2006); Menção Especial no Festival Internacional de Cinema de Austin (2006); Prêmio SIGNIS no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (2006); Prêmio Titra Film no Festival de Cinema Tout Ecran, de Genebra (2005); Melhor Obra Prima no Festival de Cinema Latino-americano de Lima (2006) e Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Transilvania (2007).

Personagens de Alma indomável: Paula de Romero


Personagem: Paula de Romero

Intérprete: Martha Picanes


É a mãe de Cecília. Uma mulher de caráter forte e arbitrário. Quando sua filha Cecília ficou grávida em sua juventude, entregou aquela menina que nasceu à ambiciosa Fucha para que desaparecesse com a criança, não se importando que a menina fosse sua neta.

Cecília, há anos, suplica à sua mãe que lhe diga onde está sua filha, mas Paula com um coração de ferro se nega a dizê-lo. Ela perdeu o contato com Fucha, mas um belo dia descobre que agora ela não passa de uma velha miserável e bêbada que trata Alma muito mal. Mas, à Paula pouco importa que sua neta passe por tantas dificuldades, pois a odeia e a considera filha do pecado.
 
Paula e Gertrudes são amigas e, um certo dia, Paula lhe confessa que Alma, que agora vive na fazenda Brisas, é a verdadeira filha de Patrício. Quando Alma é expulsa da casa de seu pai, sem antes saber a verdade, por caprichos do destino, passa a trabalhar na casa de sua avó como empregada.

Ai, Paula, que a odeia com todas suas forças, passa a tratá-la muito mal com diversas humilhações. E Alma trata de ganhar o coração da velha, sem imaginar que é sua avó. Paula, que pratica magia negra, a qual utiliza contra sua própria neta, acaba por expulsar Alma de sua casa não sem antes lhe demonstrar o pior dos ódios.

sábado, 9 de outubro de 2010

Biografia de Christopher von Uckermann


INTRODUÇÃO

Christopher Alexander Luis Casillas von Uckermann nasceu em 21 de outubro de 1986, na Cidade do México, México. Filho de mãe sueca, Marie Christina Alexandra von Uckermann Karlsson, e pai mexicano, Víctor Manuel Casillas Arias, o ator, cantor, compositor e empresário tem dois meio-irmãos do primeiro casamento do pai, que se chamam Víctor e Rafael.


SUA HISTÓRIA

Christopher iniciou sua carreira aos dois anos de idade fazendo comerciais, tomando, assim, gosto pela atuação. Chegou a ser o rosto de mais de 160 campanhas publicitárias no México e no mundo, fato pelo qual recebeu, aos onze anos de idade, o prêmio El águila dorada.

Em 1998, é eleito, entre milhares de meninos, para estrear seu primeiro projeto de atuação e música: a telenovela O diário de Daniela, onde interpreta um personagem com seu próprio nome. Dois anos depois, em 2000, é chamado para fazer o papel de Santiago, o vilãozinho que deu um gás a mais à telenovela Amigos para sempre, protagonizada por Belinda e Martín Ricca.

Em 2001, participa em Aventuras en el tiempo, novamente ao lado de Belinda, com quem manteve um breve romance, e de vários atores mexicanos de peso, no papel de Ángel del Huerto. Grava, com o elenco da telenovela, três álbuns, sendo um deles ao vivo em um show direto de Monterrey, show esse que se torna a base para o capítulo final da telenovela. Em 2003, ingressa no elenco da telenovela Amy, a menina da mochila azul, no papel de Orlando, ao lado de Danna Paola.

Em 2004, encarna seu personagem de maior destaque: Diego Bustamente, na telenovela Rebelde, personagem este que lhe abre as portas para o sucesso mundial, uma vez que a versão mexicana da telenovela argentina Rebelde way, alcança altos índices de audiência em mais de 65 países no mundo e o leva a participar do grupo RBD, banda que inicia-se dentro da telenovela como forma de divulgação dos personagens, mas que por seu grande sucesso, alcança outros limites.

Nessa produção atua ao lado de Anahí, com quem manteve um romance além das câmeras, Dulce María, Maite Perroni, Christian Chávez e Alfonso Herrera, atores que também compunham o sexteto, o qual torna-se o maior grupo de influência pop do período, vendendo mais de 15 milhões de discos, com cinco álbuns em espanhol, três em português, um em inglês e três coletâneas com seus maiores sucessos, sendo uma delas em versão remix, além de seis DVD’s.

Em 2005, junto com quatro amigos, Christopher funda a Ferbuss, empresa de joalheria, que destina parte das rendas para instituições contra o câncer. Já em 2006, com algumas mudanças estruturais, a Ferbuss torna-se Vonego, e estreia no ano seguinte uma página na Internet onde disponibiliza os colares, pulseiras e anéis em ouro e prata fabricados pela empresa.

Em 2007, junto aos demais integrantes do RBD, forma parte do elenco da série RBD: La familia, buscando emular o êxito de Rebelde. Na série interpreta o papel de Ucker, nessa que foi uma produção que mistura realidade e ficção, tratando de contar o cotidiano do grupo. Também em 2007, compõe a canção Sueles volver, que fala sobre a falta que um amor faz, que entra para a tracklist do álbum Empezar desde cero, do RBD.

Em agosto de 2008, o grupo RBD anuncia seu fim com uma turnê de despedida que passa por  Bolívia, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Peru, Chile, Eslôvenia, Sérvia e Espanha. Nesse mesmo ano, Christopher surpreende aos fãs em um show cantando outra música de sua autoria: Light up the world tonight, metade em inglês metade em espanhol, a qual posteriormente é gravada no Brasil, junto a um amigo, e lançada em 03 de março de 2009, como seu single em carreira solo, música esta lançada em formato digital de maneira independente, mostrando um estilo bem característico, diferente do que era visto no RBD, o que dá uma prova da diversidade que será apresentada no álbum solo do cantor.

Concluído esse ciclo, Christopher dá início aos preparativos para a sua carreira solo. Realiza El movimiento, uma mini-turnê experimental pelo Brasil, nas cidades de Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, a fim de buscar novos sons e ideias junto aos fãs para compor as músicas do seu primeiro álbum solo, além de promover a divulgação de sua promissora carreira, em noites de autógrafos, recebendo suas fãs durante várias horas e dando mostras de seu single, além de outras músicas, sendo algumas do RBD e uma em especial: a versão em espanhol da canção Can't help falling in love, de Elvis Presley, a qual recebe o nome de Me enamoro de ti.

Em agosto de 2009, Christopher é convocado para protagonizar a primeira série integralmente latino-americana produzida com qualidade premium: Kdabra, da FOX Telecolombia e LAPTV. A produção obtém uma boa acolhida por parte do público e dá ao ator a oportunidade de compor a canção principal, junto com Gil Cerezo, intitulada Vivir soñando, e sua versão em português: Viver sonhando.

Kdabra tem sua primeira temporada gravada em Bogotá, na Colômbia, e conquista o público nos canais CityVibe e FOX, contando a história sobre a fronteira de dois mundos: o real e o sobrenatural, além de fenômenos inexplicáveis em torno do personagem principal, Luca, interpretado por Christopher Uckermann, um garoto de 17 anos que tem uma capacidade notável para magia. Educado na Ordem, uma comunidade religiosa fechada, onde se sente oprimido pela realidade circundante e sonha em fugir. O sonho se torna realidade quando ele consegue escapar da Ordem e na cidade encontra um grupo de magos urbanos da sua idade que usam a magia para cometer pequenos delitos.

Finalizada a primeira temporada da série, Christopher volta a Los Angeles, onde segue com os preparativos para seu disco solo. Ainda em 2009, o ator ocupa o primeiro lugar entre os 50 mais belos, da People en español.

Após uma longa espera e a confirmação de sua participação como o protagonista da segunda temporada da série Kdabra, Christopher apresenta, em 02 de setembro de 2010, a canção Sinfonía, resultado de sua colaboração criativa com Jodi Marr e George Noriega, os autores da canção, que possui melodias de violinos e tambores, e onde Uckermann expõe uma vez mais sua faceta criativa, abrindo as portas ao que será sua primeira produção discográfica: o álbum Somos, que promete ser uma experiência musical inovadora, com lançamento previsto para 16 de novembro deste ano.


SUAS ATUAÇÕES

TELENOVELAS

2009 - Verano de amor (Christopher)
2007 - Lola, érase una vez (Christopher)
2004 - Rebelde (Diego)
2003 - Amy, a menina da mochila azul (Orlando)
2001 - Aventuras en el tiempo (Ángel)
2000 - Amigos para sempre (Santiago)
1999 - O diário de Daniela (Christopher)

SÉRIES

2009 - Kdabra (Luca)
2007 - Skimo (Christopher)
2007 - RBD: La familia (Ucker)


SEUS PRÊMIOS

2009 - Premios People en Español - Melhor artista ou grupo novo
2002 - Televisa Niños - Trajetória
1997 - El águila dorada - Trajetória


SUA DISCOGRAFIA

2010 - Somos

Personagens de Alma indomável: Amanda Tapia


Personagem: Amanda Tapia

Intérprete: Maite Embil


Mulher elegante, de classe média alta. É a melhor amiga de Cecília, sua confidente. É simpática, mente aberta, nunca se dá por vencida e jamais se deixa afetar por algum problema.

Possui um visual moderno, já foi divorciada por quatro vezes, mas quer continuar vivendo a vida. Sempre está sorrindo e adora os rapazes de pouca idade. Quando conhece León se enlouquece por ele e sonha em torná-lo fino e fazê-lo seu esposo.

Fará qualquer coisa pelo amor de León, mesmo este somente tendo olhos para Alma. Amanda é muito divertida, descomplicada e sem problemas, tem a virtude de ser uma grande amiga e de chamar o pão de pão e o vinho de vinho.

Sua personagem cairá no gosto popular por suas alfinetadas indiscretas, inesperadas e inconvenientes. É encantadora, refinada e educada, mas depois de duas tequilas é capaz subir na mesa de qualquer restaurante para dançar e causar. Tem uma imaginação muito volátil e maliciosa, por isso, cada vez que vê León, o imagina com muito pouca roupa.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Personagens de Alma indomável: León Ríos


Personagem: León Ríos

Intéprete: Rodolfo Jiménez


É o irmão de Fernando, humilde como ele. É dono de uma mercearia, um pequeno negócio, mas que vai muito bem nas vendas. León é um bom rapaz, trabalhador e de bom caráter, sempre disposto a sorrir.

Está apaixonado por Alma e trata de conquistá-la se metendo em diversos problemas para encobrir suas loucuras. Também por ela, em mais de uma ocasião, sairá nos tapas com João Paulo para defender seu amor.

León se entristece quando Alma se casa com Estevão e sente que perdeu todas suas esperanças. Suzy, uma mulher sedutora que se envolve com Danilo está apaixonada por León, mas, apesar de amá-lo, o despreza por saber que é pobre.

Despeitado por haver perdido Alma, León se envolve com Suzy e esta fica grávida, mas a jovem garante que o filho é de Danilo. León descobre toda a patranha de Suzy e trata de desmascará-la. Quando Alma triunfa como modelo, León torna-se seu assistente pessoal e mão direita. Apesar do tempo passado, ele continua amando-a em silêncio e a protege de qualquer perigo.

Ao chegar nesse momento da história, León se transforma e, de peão da fazenda, passa a ser o dono de uma pequena loja, passando a se vestir melhor e a ser refinado. Seu amor por Alma continua intacto e será o eterno namorado não correspondido da protagonista.

Porém, na vida de León aparece Amanda, um divertida jovem que já se divorciou por quatro vezes e que está à caça de seu quinto marido. Amanda põe os olhos em León e juntos viverão grandes momentos hilariantes na história.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mulheres assassinas 2: Rosa, herdeira


DATA
07/10/10

HORÁRIO
22h50

CANAL
Rede CNT

COM
Daniela Castro, Silvia Pinal, Salvador Pineda, Lorena Velázquez, Anel e Gabriela Carrillo.

RESUMO
Cada vez mais pessoas vivem sozinhas. Para algumas, isto é absolutamente normal e elas tiram de letra qualquer ameaça de solidão. Outras, no entanto, abrem os braços para a solidão e vivem um angustiante sofrimento. Mesmo que outras pessoas tentem ajudar ou rodear, essas solitárias sofredoras preferem seguir levando a vida dessa maneira um tanto insólita.

Inês é uma dessas pessoas, com  seus 50 anos de idade, morando numa boa casa, mas totalmente histérica quando suas amigas ou a própria irmã tentam lhe agradar.

De repente, uma ida ao salão de beleza transforma os seus dias. Neste local ela conhece a mais que atenciosa Rosa, que passa a lhe ofertar cuidados especiais. O desejo de Inês é se sentir de certo modo importante e o centro de uma atenção especial. O objetivo de Rosa é de repente conseguir arrancar algum dinheiro da idosa.

Rosa tem um marido espertalhão que acaba fazendo sua cabeça para que ela esteja a maior parte do tempo com Inês demonstrando total fidelidade. Isto fará com que ela abra o jogo e conte sobre tudo o que tem.

A irmã de Inês acaba morrendo repentinamente e isto colabora para os planos de Rosa. Diante do fato, a casa da irmã fica para Inês e agora, com duas casas, ela precisa decidir o que fazer. Ai entra a astúcia de Rosa que acaba conseguindo convencer Inês a lhe deixar a residência como herança.

Inês topa a parada, mas começa a desconfiar que Rosa esteja preparando uma armadilha. Assim, ambas passam a mentir sobre seus movimentos até que de repente, Inês desmascara Rosa e o seu plano. Acuada, Rosa decide pôr fim a toda aquela loucura que ela mesma criou e que por certo decretará o seu novo e cruel destino.