domingo, 10 de outubro de 2010

TV Brasil apresenta La sagrada familia

A TV Brasil exibe neste domingo, 10 de outubro, às 23h00, o filme chileno La sagrada familia, uma produção de Sebastián Campos. Utilizando diálogos improvisados, o filme de estreia do diretor é carregado de emoções e trata de questões consideradas tabus na sociedade chilena como drogas, sexo e homossexualismo, mostrando a desintegração de uma família burguesa do país.

Gravado em 2005, o filme conta, em 99 minutos, a história de uma família tradicional de classe média alta em seu fim de Semana Santa na casa de praia próxima a capital. Uma das expectativas da viajem é que os pais de Marco (Sergio Hernández), estudante de arquitetura, conhecerão Sofía (Pati López), a primeira namorada oficial do filho. Este mantém uma relação apática com seu pai, a quem Soledad (Coca Güazzini), sua mãe, está sempre tratando de acalmar.

A família, composta pelo pai egocêntrico, pela mãe desorientada e pelo filho desvalorizado, tenta manter a formalidade e a compostura exigida pelos costumes que acompanham essas datas sagradas, porém, a chegada de Sofía, uma jovem inquieta e rebelde, que, além disso, trará consigo uma explosiva carga sexual e uma grande quantia de drogas, desencadeará uma série de acontecimentos e emoções, que romperão com todo o aparente equilíbrio da casa, fazendo com que a família nunca mais volte a ser a mesma.

Nesta casa chegarão também outros amigos: uma bela e insolente jovem que decidiu fazer um misterioso voto de silêncio e dois colegas da universidade, um estudante de direito, gay assumido, e um companheiro, que todavia não se assumiu, os quais devem se preparar para um importante exame, mas que, assim como os demais, se verão inevitavelmente arrastados pela destrutiva paixão dominante neste feriado santo que dificilmente poderão apagar de suas mentes.

Sebastián Campos começou o projeto de La sagrada familia com um roteiro de apenas sete páginas, que posteriormente filmou em três dias. O resultado foi 80 horas de rodagem, editadas em dez meses. Do improviso sobre um rascunho de roteiro, surgiu uma verossímil representação da realidade, da complexidade existente nas relações pessoais e da construção de códigos morais. Os diálogos e as atuações dotam o filme de uma fresca naturalidade, cotidianidade e intimidade, afim de indicar e conduzir uma séria observação da sociedade atual.

La sagrada família recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Viña del Mar (2005); Prêmio FIPRESCI e Prêmio do Juri, no Festival de Cinema Latino de Toulouse (2006); Menção Especial no Festival Internacional de Cinema de Austin (2006); Prêmio SIGNIS no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (2006); Prêmio Titra Film no Festival de Cinema Tout Ecran, de Genebra (2005); Melhor Obra Prima no Festival de Cinema Latino-americano de Lima (2006) e Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Transilvania (2007).
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