domingo, 21 de novembro de 2010

TV Brasil apresenta El Bola

A TV Brasil exibe neste domingo, 21 de novembro, às 23h00, o filme espanhol El Bola, escrito por Achero Mañas e Verónica Fernández. A produção, realizada em 2000, retrata a história de uma triste família marcada pela morte de um filho, no subúrbio de Madri. A chegada de uma outra família no bairro mostra que há uma outra realidade, mudando a complicada situação.

Ambientado em Madri, o filme conta, em 88 minutos, a história de Pablo (Juan José Ballesta), um garoto de 12 anos que vive em uma atmosfera violenta e sórdida. Devido a sua afeição pelo boliche, todo o bairro o conhece como El Bola.

Sua situação familiar, a qual tem vergonha de expor, o faz evitar relações de amizade com outras crianças. Seus pais, Mariano (Manuel Morón) e Aurora (Gloria Muñoz), vivem amargurados desde a morte de seu filho mais velho, de tal modo que Mariano espanca El Bola brutalmente por qualquer motivo, diante da passividade e o medo de sua mãe.

Com a vinda de Alfredo (Pablo Galán), um novo companheiro de escola que acaba de chegar ao bairro, filho de um tatuador liberal, chamado José (Alberto Jiménez), com quem faz amizade, El Bola conhece uma família onde existe comunicação e carinho, que lhe dá forças para aceitar e, finalmente, enfrentar sua situação familiar.

A infância e as crianças são os protagonistas deste filme, o primeiro longa-metragem de Achero Mañas, que centra sua trama na denúncia da violência doméstica, em especial a do abuso físico de pais contra filhos.

Para escolher seus jovens atores, Achero trabalhou com diferentes garotos de 11 a 13 anos de idade, procurando-os pelas ruas, colégios públicos e centros assistenciais, observando seus traços comuns: todos de áreas periféricas e de famílias de classe trabalhadora que, de uma forma ou de outra, estavam submetidos a situações de verdadeira violência.

Após realizar entrevistas com 1600 garotos que dariam vida à El Bola e seu amigo Alfredo, foram escolhidos Juan José Ballesta e Pablo Galán, que deram ao filme uma realidade brutal que se distanciou do melodrama. Ambos atores, especialmente Ballesta, continuaram participando em filmes, demonstrando que sua sensibilidade interpretativa não foi ocasional.

Já para interpretar os personagens adultos, Mañas escolheu atores profissionais, não excessivamente conhecidos, capazes de ajudar, com sua experiência, aos atores mais jovens e inexperientes. Estes esplêndidos atores foram Manuel Morón e Gloria Muñoz, pais de El Bola, Alberto Jiménez e Nieve de Medina, pais de Alberto, duas famílias que representaram, efetivamente, distintas maneiras de viver, e mesmo que os dois meninos tenham sido marcados por seus pais, um deles foi através do amor, que lhe causou dano: a tatuagem, e o outro, El Bola, foi através da violência, que lhe deixou uma marca mais tangível e profunda.

No ano de seu lançamento, El Bola conquistou quatro prêmios Goya: Melhor filme, Melhor Diretor (Achero Mañas), Melhor Ator Revelação (Juan José Ballesta) e Melhor Roteiro Original, além de outros reconhecimentos, como Melhor Roteiro no Festival de Sundance; Melhor Filme no Círculo de Escritores de España; Plato de Oro no Premio de la Familia, na Itália; Melhor Ator Revelação de Cinema nos Premios de la Unión de Actores de Madrid e Premio OCIC da Organización Católica Internacional del Cine y el Audiovisual.
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