domingo, 28 de novembro de 2010

TV Brasil apresenta Proibido proibir

A TV Brasil exibe neste domingo, 28 de novembro, às 23h00, o filme Proibido proibir, uma co-produção chileno-brasileira, do diretor Jorge Durán, chileno radicado no Brasil desde 1973. Neste filme, ele retrata a vida de três jovens universitários, na qual um triângulo amoroso conduz uma história com fundo sócio-político.

Lançado em 2007, o filme conta, em 105 minutos, a história de León (Alexandre Rodrigues), estudante de sociologia, brasiliense e torcedor do Flamengo, um idealista que desenvolve um trabalho social para tirar crianças da rua com a ajuda do futebol; Letícia (Maria Flor), estudante de arquitetura, carioca, romântica e sonhadora, que se apaixona por Paulo (Caio Blat), estudante de medicina, botafoguense, mulherengo, viciado em drogas, individualista e cínico, mas o melhor amigo de León, com quem divide um pequeno apartamento.

No hospital da Universidade Federal, onde Paulo faz residência, o trio conhece Rosalina (Edyr Duqui), uma paciente com leucemia em estado terminal. Ao irem no subúrbio buscar aos filhos desta que não foram visitá-la, os estudantes se confrontam com a violência da cidade. Ao tentar salvar Cacauzinho (Adriano de Jesus), o filho caçula de Rosalina, jurado de morte por ser a única testemunha da execução do filho mais velho, em uma confusão com a polícia, León é ferido em um tiroteio numa favela do Rio de Janeiro.

Letícia consegue resgatá-lo, mas, para que León sobreviva, Paulo terá que operá-lo em sua própria casa. A dolorosa experiência aprofunda os laços de amizade do trio e une finalmente Paulo e Letícia.

O lema de Paulo, Proibido proibir, repetido toda vez que ele acende um baseado na frente de León, é, em si, um manifesto político. “É proibido proibir” foi um slogan rebelde de 1968, utilizado durante um manifesto de universitários da Sorbonne e da Naterre, na França, que pregavam o igualitarismo, o liberalismo e a sensualidade, ou seja, aludiam a um modus vivendi regido pelas paixões desenfreadas, onde contestava-se tudo sem nada propor explicitamente, uma revolução doentia que não tinha qualquer programa.

Já Caio Blat se utiliza do slogan para justificar seu próprio cinismo, um cinismo que entra em xeque quando seu personagem torna-se amigo de Rosalinda, a ponto de compartilhar seus cigarros de maconha com ela, numa das cenas mais engraçadas do filme.

O filme ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles: Melhor Filme, no Festival de Biarritz; Prêmio Especial do Júri, no Festival de Havana; Melhor Filme, no Festival de Viña del Mar; Melhor Diretor, no Festival de Valdivia; três Lentes de Cristal, nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Caio Blat), no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, prêmio Margarida de Prata, prêmio Cine en Construcción, no Festival de San Sebastián e Prêmio SIGNIS.

Proibido proibir é sobre a juventude de hoje, que está perdida na sua própria inércia. Uma juventude que tem que arranjar novas bandeiras para levantar, que tem que descobrir contra o que se rebelar, já que o país goza de uma democracia plena - até que provem o contrário - há anos.
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