domingo, 7 de novembro de 2010

TV Brasil apresenta Garage Olimpo

A TV Brasil exibe neste domingo, 07 de novembro, às 23h30, o filme argentino Garage Olimpo, dirigido por Marco Bechis e co-produzido na Itália. O filme é a principal inspiração do diretor, que foi vítima da ditadura e forçado a deixar a Argentina em 1977. Garage Olimpo foi um lugar onde os presos políticos eram torturados e que ficava em uma área central de Buenos Aires.

Protagonizado por Antonella Costa e Carlos Echevarría, o longa, que estreou em 1999, sendo ganhador de muitos prêmios nacionais e internacionais, se ambienta num período durante a ditadura militar que governou a Argentina de 1976 a 1983 para contar, em 98 minutos, a odisseia de María (Antonella Costa), uma professora de 18 anos que dá aulas em uma vila.

María é ativista de uma pequena organização oposta à ferocidade da ditadura e mora com sua mãe francesa Diana (Dominique Sanda) em uma grande casa, na verdade uma pensão, onde um dos inquilinos, Félix (Carlos Echevarría), um jovem tímido é apaixonado por María e, ao que parece, não tem nem passado, nem família e trabalha como vigilante em um galpão.

Certa manhã, sete homens, com credenciais do exército argentino, invadem a velha casa e, diante dos olhos de Diana, levam María ao interior da Garage Olimpo, um dos numerosos campos de detenção clandestino, onde militares se usam de torturas contra prisioneiros. Lá, Tigre (Enrique Piñeyro), encarregado do centro, designa um de seus melhores homens para fazer o interrogatório. Essa pessoa é ninguém mais, ninguém menos que Félix, inquilino de María.

Félix, na verdade, é um agente secreto da polícia e leva uma vida dupla: torturador de prisioneiros e um dedicado cidadão. Ele trabalha para o governo obtendo informações dos presos, mas o destino prega uma peça em ambos quando ele, que não sabia do envolvimento político de María, torna-se o responsável pelo ato de tortura no seu primeiro dia na Garage Olimpo.

María, em uma tentativa desesperada e acreditando que sua única via de escape é Félix, tenta namorá-lo no cativeiro, mas, após um evento inesperado, este, mesmo estando apaixonado por ela, não consegue salvá-la de seu destino fatal.

Com um estilo seco e áspero, mas sem cair na armadilha do falso documentário, Marco Bechis nos propõe uma viagem ao horror da ditadura argentina em uma história de dor e humilhação, protagonizada por um verdugo e sua vítima. Um filme que ao ser assistido nos faz lembrar o quão brutal pode chegar a ser o homem.

No ano de 1999, Garaje Olimpo recebeu diversos prêmios do Festival de Havana, entre eles o Gran Coral, Prêmio da Crítica Cubana, Prêmio Glauber Rocha, Prêmio Memória Martin Luther King, Prêmio pela Memória de David Blaustein e Prêmio OCIC, além do Colón de Oro, do Festival de Huelva; Prêmio Alejandro, do Festival de Cinema de Thessaloniki e Prêmio FIPRESCI, do Festival de Cinema de Thessaloniki.

Já em 2000, a produção de Marco Bechis foi brindada com o Prêmio Lucas, do Lucas Festival Internacional de Filmes para Crianças e Jovens; Prêmio C.I.F.E.J. - Menção Especial, do Lucas Festival Internacional de Filmes para Crianças e Jovens; Prêmio ICCI, do Festival Lleida Hispano-americano; Cóndor de Plata, da Asociación Argentina de Críticos de Cine; Melhor Filme, do Festival de Cartagena; Melhor Diretor, dos Prêmios David di Donatello e Prêmio Fénix, do Festival Internacional de Cinema de Santa Barbara.
Blog Widget by LinkWithin

Nenhum comentário: