Smoking room relata, em 88 minutos, os acontecimentos que se produzem quando uma multinacional americana compra uma empresa espanhola e decide proibir o fumo no lugar de trabalho. A partir da medida, quem quiser fumar durante o expediente, deverá fazê-lo na rua.
Ramírez (Eduard Fernández), um dos funcionários do escritório, composto principalmente por homens, decide fazer um abaixo-assinado contra o que ele considera injusto. O que ele pretende é criar um fumódromo, o Smoking room, em uma sala da empresa que está desocupada.
A princípio, todos concordam e o apoiam. No entanto, na hora de assinar, os companheiros colocam uma série de desculpas para evitar entrar na lista; em contrapartida, ninguém vê problema algum em inscrever-se em outra lista: a dos que formarão uma equipe para jogar uma partida de futebol contra os empregados da outra empresa.
O certo é que a maioria de desculpas para não assinar a lista da Smoking room são outras. A partir desta situação, vemos que quase todos têm algo que ocultar. Ramírez se manterá inconsciente em quase todos os casos. O filme mostra, em diferentes planos, a batalha de cada um com seus próprios problemas e este mundo de pequenas intrigas acabará explodindo e deixando algumas vítimas.
Em sua estreia, Smoking room foi considerado um dos filmes mais valentes e honestos que o cinema espanhol trouxe nos últimos anos. Tanto é, que o longa foi premiado na 5ª edição do Festival de Cinema Espanhol de Málaga com o prêmio de Melhor roteiro, Melhor interpretação conjunta e Prêmio especial do júri. Também recebeu uma menção especial do júri no Festival Internacional de Karlovy Vary e uma nomeação ao Prêmio Fassbinder nos prêmios da European Filme Academy, além do Prêmio Goya de Melhor novo diretor, no ano da sua estreia.
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