sábado, 29 de janeiro de 2011

As telenovelas paraguaias – Parte 1


Alguém já assistiu ou ouviu falar em alguma telenovela paraguaia? Acredito que poucos, ou quase ninguém. Realmente elas são escassas, mas, mesmo não sendo um país que conte com uma grande trajetória em se tratando de produção de ficções seriadas, o Paraguai teve suas oportunidades e produziu algumas tramas em diferentes ocasiões.

A televisão chegou ao Paraguai em 25 de setembro de 1965, com a abertura do Canal 9, TV Cerro Corá. O primeiro teleteatro paraguaio ao vivo foi Una noche en familia, exibido em 1966, com as atuações de Mario Prono, Mercedes e Stella Marys Jané, e Luis D'Oliveira.

No ano de 1967, foram realizados vários teleteatros ao vivo, no horário do meio-dia, e estes contaram com a atuação de Armando Rubín, Carla Fabri, Zuny Joy, Patricia Blasco, Juan Angel Gómez, entre outros.

As primeiras telenovelas que chegaram ao país, graças ao uso do videoteipe, eram de origem argentina, que se somaram aos seriados norte-americanos que já eram exibidos. A estes dois se somaram, também, telenovelas mexicanas e brasileiras e, posteriormente, venezuelanas e colombianas.

Foi em 1978, quando realizou-se a primeira telenovela paraguaia gravada em vídeo: Magdalena de la calle, que foi rodada em cenários naturais, em preto e branco. Após vários atrasos na edição, foi exibida dois anos após, em 1980, quando já eram transmitidos vários programas em cores.

O projeto inicial de vinte capítulos ficou reduzido a cinco capítulos de 60 minutos. Magadalena de la calle foi produzida por Mercedes D'Oliveira e Eduardo Cerebello, foi dirigida por Silvio e Rudi Torga e contou com as atuações de Marilyn Maciel, Miguel Angel González, Amada Gómez, Ramón Patiño, Rosaly Usedo, Ricardo Sanabria e muitos outros.

Passaram-se vários anos e foram produzidas algumas minisséries, como Río de fuego, em 1991, que teve como protagonistas Zuni Castiñeira e Arnaldo André; El amor tiene cara de…, em 1993, com Pelusa Rubin, Alejandra Prayones e Raúl Taibo; Chicos y chicas, em 1999; Edad difícil, em 1999, e Colegio de señoritas, em 2001.

No decorrer do ano de 2005, foram apresentados quatro programas de ficção: González vs. Bonetti, produzida pela Telefuturo, girava em torno de duas famílias tradicionalmente paraguaias, onde os González tinham sérios problemas financeiros; ¡Animo, Juan!, também da Telefuturo, contava a história de um homem comum, de aproximadamente 50 anos, de costumes tipicamente paraguaios, mas com um caráter muito particular, pois vivia mal-humorado e se queixando, a ponto de sua mulher, após vinte e tantos anos de união, pedir o divórcio. Juan, que era incapaz de reconhecer seus erros e assumir que ainda a amava, se mudava para a casa do lado, passando a vigiá-la; González vs. Bonetti: La revancha, a segunda temporada e La novela de cachorros, produzida pelo Canal 13, Teledifusora Paraguaya.

Em 2006, o êxito das duas temporadas de González vs. Bonetti, permitiu a produção de La Chuchi (foto), dando continuidade à produção nacional. Realizada pelo Canal 13, a trama contava a história de Marta Bogarín, La Chuchi, que vivia em um bairro de classe baixa e cujas ambições de pertencer a uma classe social mais alta a levavam a inventar uma falsa realidade a fim de encontrar um namorado para sua sobrinha.
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Um comentário:

claudinha disse...

Seria muito bom e interessante se tivéssemos novelas paraguaias aqi no brasil