sábado, 17 de julho de 2010

Os remakes brasileiros - Parte 4

DÉCADA DE 2000

Em 2000, mais uma telenovela inspirada em A megera domada, de William Shakespeare, chega à TV. A primeira foi na TV Excelsior, com A indomável, de Ivani Ribeiro, em 1965. Depois, na Tupi, com O machão, de Sérgio Jockyman, em 1974. Dessa vez, com a esmerada produção da Rede Globo, foi ao ar às 18 horas O cravo e a rosa, de Walcyr Carrasco.

Um dos grandes êxitos do horário das seis, na Globo, foi Cabocla, telenovela de Benedito Ruy Barbosa, inspirada no romance de Ribeiro Couto, exibida em 1979, com direção geral de Herval Rossano. A nova versão, assinada por Benedito e sua filhas Edmara e Edilene Barbosa em 2004, repetiu o mesmo sucesso da primeira.

Entre idas e vindas, a Record acertou o passo quando decidiu reinaugurar, mais uma vez, seu núcleo de teledramaturgia, também em 2004, recontando um dos maiores êxitos da telenovela no Brasil e no exterior: A escrava Isaura, romance de Bernardo Guimarães.

Depois de A escrava Isaura, foi a vez de retrabalhar o clássico romance Senhora, de José de Alencar. Produzido pela Globo em 1975, com a direção de Herval Rossano, a história uniu-se a mais dois romances de Alencar, Lucíola e Diva, para transformar-se em Essas mulheres, telenovela de Marcílio Moraes e Rosane Lima, com direção geral de Flávio Colatrello, exibida em 2005.

Em seguida, Tiago Santiago buscou na clássica novela A pequena órfã, de Teixeira Filho, exibida pela extinta TV Excelsior em 1968, a base para um grande sucesso da Record: Prova de amor. A mesma trama que já servira de base para a Globo produzir Sonho meu, em 1993, alavancou o horário das 19h15 da emissora mais antiga em atividade no Brasil, ao contar, mais uma vez, a história da pequena órfã criada pelo bondoso velho Gui.

Lauro César Muniz, um dos maiores novelistas do país, buscou em sua própria obra a matéria-prima para escrever Cidadão brasileiro, telenovela que abriu, em 2006, novo horário na Record: 20h15. A base principal é a telenovela Escalada, produzida pela Globo em 1975, com tramas extraídas de O casarão, da Globo em 1976.

Um dos maiores sucessos da história da TV e símbolo do Brasil no exterior, Sinhá moça, romance de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, de Benedito Ruy Barbosa, exibida pela Globo em 1986, com direção de Reynaldo Boury e Jayme Monjardim, é reeditada também com sucesso em 2006, com a direção geral de Rogério Gomes.

Grande sucesso da extinta TV Tupi, a trama O profeta, de Ivani Ribeiro, no ano de 1977, foi adaptada por Thelma Guedes e Duca Rachid e supervisionada por Walcyr Carrasco em 2006. A segunda versão não seguiu fielmente a história original, com novos nomes, núcleos e personagens.

Em 1982, Benedito Ruy Barbosa escreveu Paraíso, que contava a linda história de amor entre Santinha e o Filho do Diabo. Na época, a telenovela foi exibida às 18h00, e em 2009, 27 anos mais tarde, o mesmo Benedito produz a telenovela que novamente foi exibida às 18h00.

Ti ti ti, produzida pela Globo em 1985, também ganha um novo remake neste ano de 2010. Escrita originalmente por Cassiano Gabus Mendes, agora é adaptada por Maria Adelaide Amaral, que mesclará seus personagens com alguns de Plumas e paetês, e Elas por elas, ambas também escritas por Cassino. Além disso, por se tratar de moda, a telenovela contará com a consultoria de Glória Kalil e Constanza Pascolato.
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