quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A evolução da telenovela mexicana - Parte 6


Em meados da década de 2000, novamente as telenovelas voltaram a ocupar cerca de cinco horas e meia da programação, sendo exibido das 17h00 até às 22h30 um total de cinco telenovelas. Também nesta década, a telenovela mexicana deu lugar aos remakes ou adaptações de histórias estrangeiras, principalmente colombianas e argentinas. O resultado foi frutífero, já que, a partir de então, começaram a surgir novas revelações juvenis que puderam iniciar uma carreira de sucesso. Assim foi o caso de Jaime Camil, que estreou nas telenovelas com Mi destino eres tú, e Anahí, que obteve seu primeiro papel protagônico em Primeiro amor - A mil por hora, remake de Quinze anos.

Abraça-me muito forte foi a ganhadora do prêmio TVyNovelas de 2000, mas também estava entre outras produções importantes como Amigos para siempre; El precio de tu amor; La casa en la playa e Locura de amor, remake de Dulce desafío, protagonizada por Juan Soler e, a princípio, por Adriana Nieto, que teve problemas com a produção, abandonou a telenovela e foi substituída por Irán Castillo.

O ano de 2001 foi caracterizado por telenovelas que abordavam novos temas sociais e cotidianos, que agregavam, ainda, outros mundos fantásticos. Amigas e rivais, remake de Garotas bonitas, foi a primeira telenovela juvenil que trouxe em seu roteiro temas fortes como a AIDS, o vício em drogas, a corrupção, etc., assim como Salomé, remake de Colorina, que abordou temas como homossexualidade, cuja protagonista era uma cabareteira.

Aventuras en el tiempo desenvolveu temas fantásticos e novos cenários. Navidad sin fin foi uma produção especial, onde se narrava um conto de natal à mexicana. Manancial, protagonizada por Adela Noriega, Mauricio Islas e Daniela Romo, tornou-se a credora do prêmio TVyNovelas desse ano. Outras produções de destaque foram: Atrévete a olvidarme; A vida é um jogo; La intrusa e Maria Belém.

Em 2002, A outra arrasou com a audiência por ser Yadhira Carrillo a protagonista e a antagonista da vez, ganhando, assim, o prêmio TVyNovelas. Outras produções foram Así son ellas, que também abordou temáticas mais reais, como a AIDS, o câncer de mama, problemas como o alcoolismo, vício em drogas, gravidez e liberação feminina; Cúmplices de um resgate; No limite da paixão; Las vías del amor; Menina, amada minha e Viva às crianças - Carrossel 2.

No ano de  2003, retomaram-se as telenovelas de época, que começaram a ganhar um auge inesperado com protagonistas como Fernando Colunga e Adela Noriega em Amor real, remake de Bodas de odio, que conseguiu grande aceitação da audiência por sua cenografia, argumento e personagens, ganhando, neste ano, o prêmio de melhor telenovela. Alegrifes e rabujos; Bajo la misma piel; Amarte es mi pecado; Poucas, poucas pulgas e Mariana da noite foram outras produções que viram a luz nesse mesmo ano.

O ano de 2004 apresentou diante das câmeras uma protagonista antagônica como há muito tempo não se via, Rubi, que tornou-se o êxito do ano, sendo a ganhadora do prêmio TVyNovelas. Além desta, apresentou-se o maior fenômeno juvenil da década: Rebelde, remake de Rebelede way, que abriu as portas para novos projetos. Outras telenovelas que chegaram aos lares neste mesmo ano foram Amy, a menina da mochila azul; Apuesta por un amor; Corazones al límite; Inocente de ti; Misión SOS: Aventura y amor; Mujer de madera e Piel de otoño.

Alborada foi a melhor telenovela de 2005, ano em que Peregrina, remake da telenovela Kassandra, também chegou ao México. Outros melodramas como Contra viento y marea; El amor no tiene precio; La esposa virgen; A madrasta, terceira adaptação mexicana do êxito chileno escrito por Arturo Moya Grau; e Sonhos e caramelos também obtiveram grande reconhecimento.

Em 2006, A feia mais bela, remake de Betty, a feia, ganhou o prêmio de melhor telenovela, abrindo caminho para novas telenovelas cômicas, e Código postal, que também brindou a televisão mexicana com novos talentos juvenis. Ainda neste ano apareceram Amar sin límites; Duelo de pasiones; Feridas de amor, La verdad oculta; Las dos caras de Ana e Mundo de feras, protagonizada pela venezuelana Gaby Espino, que causou polêmica ao deixar a telenovela.

O ano de 2007 obteve grande reconhecimento e êxitos quase que instantâneos, sendo Paixão o melhor deles. Outras foram: Bajo las riendas del amor; Destilando amor, segunda versão mexicana de Café com aroma de mulher de Fernando Gaitán; Lola… érase una vez; Tormenta en el paraíso; Yo amo a Juan querendón e Muchachitas como tú, onde Ariadne Díaz teve sua estreia.

Em 2008, Alma de hierro, inspirada na argentina Son de fierro; Al diablo con los guapos; Cuidado con el ángel, baseada no romance Una muchacha llamada Milagros da escritora Delia Fiallo; En nombre del amor, remake do grande sucesso Cadenas de amargura; Fuego en la sangre, remake de Paixões ardentes, que, por sua vez esteve baseada na telenovela Las aguas mansas; Juro que te amo, nova versão de Los parientes pobres; As tontas não vão ao céu e Un gancho al corazón, adaptação da telenovela argentina Sos mi vida, tiveram altos índices de audiência e deixaram o público mexicano muito feliz.

O ano de 2009 foi caracterizado por produções de alta qualidade e grandes êxitos como Hasta que el dinero nos separe, a melhor telenovela do ano; Atrévete a soñar, remake da telenovela argentina Patito feo; Camaleões; Amanhã é para sempre, adaptação da telenovela colombiana Pura sangre; Los exitosos Pérez, baseada na argentina Los exitosos Pells; a quarta versão de Corazón salvaje, que também teve tramas de Eu compro essa mulher; Mar de amor, baseada na telenovela venezuelana María del Mar; Mi pecado e Sortilegio, adaptação da telenovela Só você.

Este ano de 2010 também tem sido o ano dos remakes, ano em que importantes histórias podem ser vistas pelas novas gerações, como o caso de Llena de amor, remake de Mi gorda bella; Niña de mi corazón, remake de Mi pequeña traviesa; Para volver a amar, adaptação da colombiana El último matrimonio feliz; Cuando me enamoro, nova versão de A mentira; Soy tu dueña, remake de La dueña; a quinta versão de Teresa; e Triunfo del amor, nova versão de O privilégio de amar. Ainda assim, Zacatillo, un lugar en tu corazón também surpreendeu, sendo uma história inédita com base na comédia.

E os remakes não param por aí, pois em 2011, novas versões de histórias já conhecidas voltarão para a televisão mexicana e de lá para o mundo, como o caso de Miss XV Ilusiones, a nova adaptação de Quinze anos; Una familia con suerte, adaptação da argentina Los Roldán; Rafaela, produzida por Nathalie Lartilleux, que será um remake da história de mesmo nome escrita por Delia Fiallo e En los tacones de Eva, nova versão da telenovela colombiana de mesmo nome.

Porém, muitos escritores e produtores garantem que trarão sim novidades para a Televisa, entre eles estão Rosy Ocampo, com La fuerza del destino, uma história original escrita por María Zaratini e Emilio Larrosa, com El segundo hogar. Além destes, outros como Luis de Llano Macedo, Lucero Suárez e Carla Estrada estão preparando histórias originais.
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Um comentário:

Lucc disse...

Nossa, não conhecia esse blog, descobri hoje... Achei simplesmente maravilhoso!
Vou acompanhar sempre, já que sou um grande fã da cultura televisiva mexicana :)

Abraço a toda equipe, parabéns pelo EXCELENTE trabalho!