A TV Brasil exibe neste domingo, 4 de abril, às 23h, o filme mexicano Morirse está en hebreo, realizado por Alejandro Springall. O longa mostra, de maneira bem humorada, que o pior de morrer é reunir a família.
A obra, lançada em 2007 e selecionada naquele mesmo ano para o 30º Festival de Cinema do Rio, foi a primeira mostra não judaica que o filme participou e conta a história do velho Moishe (Sergio Kleiner), que não sobrevive a uma repentina parada cardiorrespiratória em uma festa. Seus filhos Ricardo (David Ostrosky) e Esther (Raquel Pankowsky), reúnem toda a família em casa para cumprir a Shivá (um velório de sete dias).
Um judeu comunista, um advogado charlatão, o oficial da cerimônia, um policial e Júlia, a última amante do avô Moishe, entre outros, dão lugar a muitas relações problemáticas, de conflito e de tensão sexual. Também um pai mulherengo que não quer que seu filho se torne rabino ou a mãe que se preocupa com a virgindade da filha, terão que conviver durante esse período de tempo, quando se manifesta o lado judeu-mexicano da família. As situações são as mais inusitadas possíveis e até um conjunto de músicos aparece para animar o “retiro espiritual”.
De acordo com a tradição judaica, cada pessoa, desde que nasce, é acompanhada por um anjo da luz e outro das trevas. É no Shivá que se decide qual dos dois seguirá com o defunto.
O filme relata um costume religioso relacionado às tradições da comunidade judaica pouco visto no cinema nacional, porém a falta de conhecimento sobre o assunto não se torna obstáculo para que a narração flua naturalmente.
Morirse está en hebreo, traz à memória o título de outro filme: Casarse está en griego, de 2002, que relatava de forma hilariante os sucessos em torno de um casamento celebrado segundo as tradições gregas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário