domingo, 16 de maio de 2010

Entrevista com Gabriela Spanic


Gabriela Spanic voltou à Televisa na pele de uma vilã, dando vida à Ivana em Soy tu dueña. A ex-rainha da beleza venezuelana declarou que não pensa em abandonar seu trabalho de atuação. Gaby está decidida e será atriz até o dia de sua morte. Em certa ocasião um de seus namorados lhe pediu para que renunciasse à sua profissão, por causa de ciúmes. Ao lembrar disso, ela mencionou que, no amor, se tornou uma mulher mais exigente e sem pressa para estabelecer uma relação.

Com uma voz firme que a caracteriza, a venezuelana de 36 anos, com um corpo escultural, falou sobre seu retorno às telenovelas mexicanas após nove anos de ausência, já que a última novela que protagonizou foi La intrusa, em 2001. Antes desta telenovela, Gaby participou em grandes produções mexicanas como La loba herida, A usurpadora e Por teu amor, entre outras. Em 2002, começou sua carreira na Telemundo, onde protagonizou La venganza, Prisionera e Tierra de pasiones.

A atual vilã da telenovela Soy tu dueña comentou que desde o nascimento de seu filho Gabriel de Jesús, tem andado muito cautelosa e, que agora, se ocupará com a sua evolução profissional. Um novo romance não lhe tirará o sonho. Seu bebê, de um ano e meio, é a fonte de energia para sua vida. Às vezes, convive somente quatro horas com ele, devido às extensas gravações do melodrama protagonizado por Lucero e Fernando Colunga.

Gaby tem vinte anos de carreira e já foi heroína de telenovelas no México, Estados Unidos, Venezuela e Colômbia, mas, agora, mostra seu lado maligno como vilã na nova versão de La dueña.

Soledad violenta é o título do filme em que participará Gabriela Spanic ao término de seu compromisso com a telenovela Soy tu dueña. A atriz venezuelana comentou que o longa-metragem, que tratará do tema violência doméstica, era um compromisso que já tinha antes de vir ao México, no entanto, foi adiado pela produção de Nicandro Díaz, e, possivelmente, será rodado no final de novembro, em seu país natal.

Gaby, como você se sente sendo parte da telenovela Soy tu dueña?

Me sinto muito orgulhosa por pertencer à história de Soy tu dueña. Trabalhar com Silvia Pinal, Ana Martín e atores desse nível representa uma grande escola para mim. Minha personagem, a Ivana desperta ódio e amor. É uma provocante domadora de homens, me dá muita liberdade emocional, além de me divertir com suas maldades.


Como você define Ivana, sua personagem?

É um papel com muitas matizes. Ela vem de uma família desestruturada e não bate bem da cabeça, então, em uma cena pode chorar, sorrir e, ao mesmo tempo, pedir perdão. É muito complexo, e estou buscando papéis assim, que me exijam nível de atuação.


Você gostou do novo visual preparado para este novo papel?

Sim. Me fizeram uma franja, deixaram o cabelo mais castanho, com camadas na frente e liso atrás, sem cachos. Os olhos expressivos e maquiados, os lábios naturais, muito angelical, para contrastar.


Como você enfrentou o desafio de dar vida à personagem que fez de Cynthia Klitbo uma grande atriz?

Daí veio a consagração de Cynthia como atriz. Imagine, então, a personagem que tenho em minhas mãos. Novamente tenho uma pressão, mas peço que Deus me acompanhe e que o trabalho agrade ao público. Estarei disposta, e darei o melhor de mim. Não terei medo, nem temor; é um trabalho que respeito muito, e que agora eu oferecerei minha própria versão.


Você já fez papéis de gêmeas, boxeadora, heroína e bobinha, o que há de especial neste?

Este tem matizes que nunca havia trabalhado. Ivana Dorantes vem de uma família desestruturada. É uma mulher que nunca recebeu carinho e que não tem dinheiro; vive de favor na casa de sua prima, a quem inveja. Pois bem, houve um pouco de tudo, porém parece que mais vilãs que heroínas. Em La intrusa (2001) fiz uma má e uma boa. Na Venezuela, quando fiz Como tú, ninguna (1995), ocorreu que, no final, a boa virou má. Ademais, na Colômbia fui, em um mesmo corpo, após uma mutação de alma, a mãe e a filha; mas também uma boxeadora em La venganza (2002). Me tocou fazer um pouco de tudo, mas esta personagem é diferente, complexa, ao mesmo tempo é vilã e compassiva.


Te escolheram para ser a protagonista do melodrama. Por que você decidiu dar vida à vilã?

Não sou a protagonista, mas primeiramente foi a mim que chamaram (sorrisos). Na realidade participei da seleção para as duas personagens. Quando chegou o momento de ler os roteiros, Nicandro comentou que me preferia mais como Ivana e, juntos, decidimos, na última hora, que seria a vilã. Imagine. Fiz tantas protagonistas boas, más. É uma personagem que não está bem da cabeça e é evidente suas mudanças, nesse aspecto. Gostei da vilã porque é o roteiro mais exigente em nível de atuação que já havia feito. Quero papéis que sejam um desafio, porque o prestígio, Gabriela já tem.


Como tem sido a experiência de trabalhar com Lucero?

A ideia me agrada muito. Sempre admirei Lucero, é uma pessoa linda por dentro e por fora. Tem meu carinho e respeito em seus trinta anos de carreira.


Você já havia trabalhado com Fernando Colunga. Como foi o reencontro?

Curiosamente fizemos juntos uma das telenovelas mais vendidas da história da televisão: A usurpadora. Fazia tempo que não o via. Bem, o vi o ano passado porque nos encontramos nos estúdios de gravação de Cristina Saralegui, em Miami. Ele é adorado, o admiro muito. Fernando é um cara muito respeitoso. Em A usurpadora trabalhei agradavelmente com ele. É responsável, profissional e um excelente companheiro. Eu me sinto muito feliz.


Suas primeiras cenas na telenovela foram com David Zepeda…

É um rapaz muito profissional, muito lindo, e haverão muitas cenas calientes. Ivana se relaciona com quase todos os homens da telenovela, então, imaginem. A princípio, as cenas foras difíceis porque eram puras locações (cenas externas), tive que ir ao mirante do Ajusco e morria de frio, mas a cena ficou muito boa.


Como é seu relacionamento com os homens?

Não sou mulher que idolatre seu parceiro, em algum momento já fui, mas isso não me deixou nada de bom. Sou contra o maltrato às mulheres, não temos dono. Se me conheceram neste ofício, não vou deixá-lo. Serei atriz até morrer.


Nos últimos anos, você esteve morando em Miami, com quem viverá no México?

Tive que vir morar no México devido à telenovela. Trouxe minha mãe e meu filho, que estão comigo aonde vou.


Como você se sente ao regressar à Televisa?

Meu recebimento no México foi extraordinário. Estou muito contente. O tempo de Deus é perfeito. Por acaso as coisas acontecem; por acaso Deus me mandou novamente ao México para trabalhar.


E como é seu novo papel como mãe?

Me considero mãe e pai, é difícil seguir adiante quando se é mãe solteira, mas, ao ver o sorriso de seu filho, isso perde a importância. Meu presente é somente ele, o tempo todo penso em meu anjinho. Me faz levantar mesmo estando cansada. Eu não quero que sofra por nada.


O que significa seu filho em sua vida?

Sem ele não posso viver. Se não estivesse comigo seria como se me faltasse uma perna ou um braço. Durmo com meu filho; é o amor da minha vida.


Ser mãe mudou alguma coisa em você?

Me fez amadurecer ainda mais, mesmo antes já sendo uma pessoa responsável, séria e muito profissional.


E, agora que está no México, você acredita que poderá ver com mais frequência sua irmã gêmea Daniela, evitando o distanciamento?

Desejo o melhor à minha irmã. Respeito a decisão dela, tenho a consciência em paz e toda minha família me apoia. As coisas não aconteceram como publicaram. As situações fugiram do meu controle, mas tenho fé em Deus e tudo dará certo. Eu nunca tive problemas com minha irmã, nuca discuti com ela. Disseram coisas que não vale a pena mencionar, porque não somente distanciaram minha irmã de mim, como também de minha família. Sua mãe sente sua falta, sua irmã Patricia, Antonio, a avó, todo mundo na Venezuela sente saudades. Algum dia ela abrirá os olhos. Por acaso Deus faz as coisas e eu confio muito nele. O tempo de Deus é perfeito, ele saberá quando, como e onde. Enquanto isso, vou dizer o que sempre disse: que a amo, sentimos sua falta e que respeitamos sua decisão, mas quando ela quiser voltar à sua família, vamos recebê-la de braços abertos.


Você já protagonizou na Venezuela, México, Colômbia, Miami, e seu nome é sinônimo de êxito. Mas, você é uma atriz cara?

Me deixa lisonjeada, mas muitas vezes exageram e dizem que Gabriela pede muito, não tem nada a ver. Para fazer Soy tu dueña não pedi grandes luxos, somente o justo e necessário, um apartamento e um motorista, porque não me atrevo a dirigir no México, eu me perco.


Como você se sente ao ser considerada uma vilã muito sexy?

Ah, obrigada, mas não me considero nada sexy (sorrisos). Me sinto muito lisonjeada porque sou o oposto do que opinam de Gabriela como pessoa e atriz. Se soubessem como durmo (sorrisos). Durmo vestida dos pés a cabeça com roupa folgada e nada sexy.


Mas, suas personagens esbanjam sensualidade, é uma marca registrada?

Sim. É uma marca que eu gosto de colocar nas vilãs. Forma parte de ser provocante, tentadora. Gosto de fazê-las parecer proibidas, mas ao mesmo tempo acessíveis, se a personagem preferir.


Você está celebrando vinte e um anos de carreira profissional…

Em primeiro lugar estou muito agradecida a Deus por ter me dado saúde e vida; em segundo porque tive a particularidade de ser escolhida pelos escritores ou escritoras e não por produtores, para desempenhar as personagens. Posso dizer que com todo orgulho que sou a única latina na história da televisão que mais papeis duplos interpretou. Estou agradecida porque não me enquadraram para ser a típica protagonista sempre. Ao longo de vinte e um anos desempenhei diversas personagens; tenho experiências e aprendizagens que levarei ao túmulo e ninguém poderá me tomar.


Colaborações: Revista Gaceta, Dulce Paraíso e El informador
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2 comentários:

Amanda Leal disse...

Gabriela Spanic é ume erupção! Grande atriz e mulher impressionante! Sua beleza contrasta com a simplicidade, que revela momentos diversos. Desejo-lhe toda felicidade do mundo e me entristeço por não haver encontrado um companheiro a sua altura.

Anônimo disse...

o fernando colunga podia casar com ela , eles formam um belicimo casal dentro e fora da tela