domingo, 30 de maio de 2010

TV Brasil apresenta Punto y raya

A TV Brasil exibe neste domingo, 30 de maio, Punto y raya, uma comédia dramática venezuelana produzida por José Ramón Novoa, dirigida por Elia Schneider e com roteiro de Henry Herrera, que oferece uma nova visão sobre o conflito na fronteira Colômbia-Venezuela e que ressalta os valores humanos de amizade e solidariedade em um entorno de guerra, dominado pela intolerância e pela falta de comunicação.

Protagonizada por Roque Valero e Edgar Ramírez, Punto y raya pretende mostrar a moral do povo venezuelano, que mesmo com a violência é capaz de levantar todos os dias rindo e com vontade de viver.

Gravado em 2004, o filme conta, em 105 minutos, a história de Cheito e Pedro, dois soldados, um venezuelano e outro colombiano, que estão na fronteira dos dois países durante uma guerra de nacionalismo e poder das drogas. Um quer defender sua pátria; o outro ganhar dinheiro com o tráfico e desertar a ideologia que lhe fora imposta.

Ambientados em um suposto período de guerra entre a Venezuela e a Colômbia, Cheito e Pedro, perdidos na fronteira, terra de ninguém, se cruzam por ironia do destino e passam a contar um com outro para sobreviver. A princípio, se enfrentam em uma pequena guerra pessoal, mas, à medida que vão encontrando as personagens que habitam a fronteira, se unem para se salvar, e consolidam uma profunda amizade.

O filme, leva uma mensagem de fraternidade e denuncia com humor a situação delicada da fronteira, onde a guerrilha, o exército e os narcotraficantes se enfrentam. Os dois protagonistas passam por todo tipo de situação improvável e confusões que os farão fortificar seus laços, para depois se enfrentarem, cada um do seu lado da raia, em seu território, cumprindo seu dever.

Elia Schneider preferiu rodar o filme em formato digital, o que permitiu filmar mais material. No entanto, a produção foi realizada com olhar de cinema, usando câmera de vídeo, mas narrativa, enquadramento e cenas pensados para a telona. De fato, a diretora realizou uma importante correção de cor, optando por tons de sépia, cinza ou branco e preto em situações intensas relacionadas com a morte.

É um filme com ritmo narrativo ágil, com diálogos que prendem, situações cômicas e dramáticas e um elenco sólido, onde Roque Valero e Edgar Ramírez estão acompanhados por Daniela Alvarado, Dora Mazzone, Daniela Bascopé, Laureano Olivarez, Pedro Lander, Ramiro Meneses, Rafael Uribe, Laureano Olivares, Juan David Restrepo, Yugui López, entre outros.

Foi gravado completamente na Venezuela, principalmente no Estado Barinas. Também se utilizou locações da planície venezuelana, onde se recriou o povoado onde vive o soldado colombiano; da localidade de Carmen de Uria, no Estado Vargas; e um bairro de Caracas, onde se recriou a residência do soldado venezuelano.

Para dar mais realismo às cenas bélicas, a equipe de produção contou com o apoio do Exército Venezuelano, com especial participação do Tenente Luis E. Monserrate, que ofereceu sua assessoria quando a ação incluia armas ou táticas de guerra.

O filme recebeu os prêmios da Crítica e de Melhor Ator (Roque Valero) na Mostra de Filmes Latinos no Festival de Cinema de Gramado de 2005.
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